4ª Edição Jornal Fiodeback

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Página 10 // Jornal Fiodeback // 03-12-2012

DIÁRIO DE UM ESTUDANTE EM ERASMUS Desta vez decidimos obter declarações de estudantes que ainda estão a viver as experiências de Erasmus. Falamos com dois colegas que estão na Polónia, o João Ricardo Santos e o Rui Filipe Costa. Aproveitem esta viagem que começa agora pela cidade de Lódz. “Polónia… Ainda hoje acordo e penso: “eu estou de Erasmus!”

“ERASMUS em Lódz, uma experiência, uma aventura, um momento sem igual.” Rui, porquê a escolha deste país? “Tenho de ser sincero, sempre gostei de climas mais frios e portanto tive a curiosidade de experimentar cá viver. Outro fator muito importante foi o de estar a viver numa zona da Europa onde se consegue “dar uns pulitos” para outros países de forma rápida e barata. (E a wodka…sim a wodka).” A nível de preços praticados, o que nos tens a dizer? “No supermercado, em geral os preços são ligeiramente mais baratos nos bens essenciais e um pouco mais caros nos produtos de marca. Com cabecinha, no final, um carrinho de compras acaba por ficar ligeiramente mais barato do que em Portugal. A nível de vestuário, é exatamente os mesmos preços na maioria das lojas “conhecidas”. Jantar fora (numa das mil pizzarias ou cenas dos kebabs) fica normalmente entre 2€ a 4€ com bebida! Depende da fome, e da cerveja pedida! O principal preço também é muito em conta: 0,5L de cerveja custa cerca de 1,20€,

que pode subir ligeiramente caso seja numa discoteca. Aliás, a noite por cá é bem mais barata quando comparada com Aveiro.”

um estudante de Erasmus contudo não se pode dizer que seja um ensino mais fácil pois estamos presentes com uma maneira diferente de ensino e talvez um bocado mais trabalhoso a nível de Em relação à forma de en- apresentações e relatórios para sino, o que tens de mais im- entregar todas as semanas. Sem portante a apontar, João? contar com as instalações fantásticas que nos são oferecidas.” “Lembro-me de no primeiro dia sentir-me completamente de- E tu Rui, quais as maiores sorientado. Entrar num país diferenças que nonovo, numa cidade nova, numa tas a nível do ensino? cultura nova e nem a língua perceber é algo completamente “A nível académico estamos muito diferente e assustador. Contudo bem servidos por cá: 2 campus essa desorientação não durou muito acolhedores, bons promuito tempo. Explorar a cidade fessores, excelentes condições com amigos e a ajuda dos men- e aulas em Inglês. Fica de fora tores que nos foram atribuídos logo a barreira da língua e ficam pela instituição de acolhimen- Erasmus + Polacos + Professor to faz com que numa semana no mesmo patamar. Foi fácil enjá nos sentíssemos em “casa”. trar no ritmo polaco e há muita Primeiro dia de aulas, um verda- flexibilidade por parte dos prodeiro filme! Encontrar a entrada fessores quer a nível de horários, da Universidade, encontrar os quer a nível de avaliação. Após a departamentos, até as própri- 1ª semana, já estamos em casa! as salas torna-se um assunto Uma das maiores diferenças muito complicado quando não que notamos nos estudos foi o se sabe ler polaco. Acho que a maior enfase na teoria, que vai frase que eu proferi mais vezes muito ao “fundo da questão” e nesse dia foi “Sorry professor uma prática perfeitamente acesfor the late time, we got lost” sível. Ah, e relatórios, muitos (chegávamos quase sempre com “reports” durante a semana.” uma hora de atraso). A nossa sorte é que os professores são Rui, quanto ao lazer o que nos compreensíveis e ainda se riem tens a aconselhar? com a situação. Que mal é que tem? Somos de Erasmus não é? “Apesar de não ser “a cidade” da Falando em aulas, há aquela id- Polónia, Lodz movimenta muito eia muito comum que o ensino é os seus estudantes. Todas as semais fácil. É verdade que os pro- manas há muito por onde escolfessores são mais flexíveis com her desde pubs para beber uns

canecos, pubs para comer bem, música ao vivo, festas de Erasmus...não falta é festa! Durante os fins-de-semana, e com pouco planeamento, visitas as principais cidades Polacas por cerca de 10€ ida e volta em comboio (50% desconto estudante) ou mesmo de autocarro, se for reservado a tempo. Para outros países, e dependendo da viagem, arranja-se sempre grandes preços em relação aos preço que seriam caso saíssemos de Portugal. Na parte da comida… podem esquecer comer de jeito se não forem vocês a fazer! Ou isso, ou pizzas, kebabs e shoarmas! E para os meninos do café, ou pagam 1€, ou tornam-se amigos da cevada, cappuccinos e Mocachinos! Atenção, aqui não se bebe na rua, a casa de banho dos rapazes é triângulos, das meninas a bola, não se passa a estrada fora da passadeira e pelo vermelho. E sim, deve-se pagar o TRAM (quem vier vai perceber).” João, que nos tens a dizer em relação à vida noturna e viagens que já tenhas feito? “Sem duvida nenhuma que não há melhor espirito de diversão e sair a noite do que a vida de um estudante de Erasmus! Os melhores bares, as melhores discotecas, as melhores festas! Ainda me lembro na semana passada estar a jantar no dormitório e perguntar “será que o resto do pessoal de Erasmus


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