Nosso Bem Estar Dezembro 2022

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DEZEMBRO 2022 Distribuição gratuita WWW.NOSSOBEMESTAR.COM JORNAL DE
Inscreva-se na Newsletter do Nosso Bem Estar e receba conteúdos incríveis toda semana! Acesse o site ou envie um e-mail pra gente!   DIA DO PAMPA Especialista alerta sobre ameaças ao bioma SLOW MEDICINE Médico italiano divulga Medicina sem Pressa ADOBE STOCK/NBE REFLEXÃO “O Futuro passou ontem lá em casa” O
A busca de uma vida sustentável com mais humanidade e propósito
COLEÇÃO
FAROL DA
Simplicidade Voluntária

Nesta retrospectiva singe la de nossos Editoriais de 2022, aproveitamos para agradecer profundamen te aos nossos leitores e anunciantes parceiros de caminhada.

Que todos possam colher os bons frutos das sementes que se meamos juntos.

OS

FEV

“Nada jamais continua, tudo vai re começar”, poetiza Mario Quintana. Isso quer dizer que o primeiro passo é o iní cio de jornada, mas cada novo passo não é só continuidade, é um recomeçar o ca minho. Podemos dizer que um passo a mais é confirmação de trajetória, é acre ditar no mesmo rumo.

MAR

O amor e a compaixão são inclusi vos, generosos, solidários e tantas ou tras virtudes capazes de trazer felicida de genuína. Sentimentos que precisam ser estendidos aos diferentes seres vi vos, por ínfima que seja a sua consciên cia, e, principalmente neste momento, à Gaia – nossa generosa Mãe Terra amea çada pelos nossos maus tratos.

ABR

O Outono traz a mudança da pai sagem. O frio faz as plantas retraírem a seiva e as folhas caem, não sem antes nos brindarem com o encanto da esta ção das folhas multicoloridas. Que essa estação nos inspire a promover as nos sas mudanças internas e externas para o caminho de uma felicidade coletiva.

MAI

Cada cidadã ou cidadão precisa ser responsável por impedir a extinção de árvores (mesmo nas cidades), por pro mover o consumo de alimentos saudá veis para o planeta (o que exclui os agro tóxicos e exige pelo menos a redução do consumo de carne), por reduzir o uso de combustíveis fósseis e por res peitar os povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais, que são al guns dos mais importantes protetores do meio ambiente.

Nosso tempo

“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.

Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;

Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar; Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar; Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar; Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora;

Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;

Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.”

(Eclesiastes)

JUN

“Seremos compatriotas e contem porâneos

De todos que tenham

A vontade de beleza e vontade de justiça.

Tenham nascido quando tenham nascido

Tenham vivido onde tenham vivido Sem importarem nem um pouqui nho

As fronteiras do mapa e do tempo.” (Eduardo Galeano)

JUL

Como tudo no universo está interli gado, vamos lembrar que nossas ações, mesmo as pequenas, interferem direta ou indiretamente na saúde do Planeta. Acompanhamos consternadas os episó dios que vêm ocorrendo em nosso país de destruição e perdas de biomas, de vi das e de culturas.

AGO

“Nascemos para manifestar a glória do Universo que está dentro de nós.

Não está apenas em um de nós: está em todos nós.

E conforme deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo.

E conforme nos libertamos do nos so medo, nossa presença, automatica

mente, liberta os outros.” (Nelson Mandela)

SET

Ainda que a Democracia não seja um regime perfeito, é o melhor regime que os seres humanos conseguiram de senvolver na sua convivência social. Te mos o compromisso de olhar para a frente, de evoluir enquanto organização social.

Evoluir, segundo nossa visão, é pro mover uma sociedade mais democrática, solidária e amorosa.

OUT

“Que as coisas continuem como an tes: eis a catástrofe. A infância é promes sa de começo, testemunho do eterno retorno do novo e, portanto, de adia mento da catástrofe. Talvez seja por isto que todo poder conservador busque domesticar a infância: para manter um estado de coisas é preciso, injustamen te, conter o indeterminado.”

(Walter Benjamin)

NOV

Muitas cavernas nos aprisionam nes te início do século XXI. Entre as piores, estão as bolhas de redes sociais e inter net manipuladas por algoritmos e gru pos com interesses diversos, que nos aprisionam através do medo e da igno rância numa falsa zona de conforto e segurança e em “verdades” para lá de questionáveis.

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Editoras: Vera Mari Damian MTb 5119

Rose Brogliato MTb 11004

Thais Wortmann Gomes Representante Porto Alegre (51) 99911-4403 Ingrid Müller, Fábio Ferreira e Voxmidia Diagramação Vera Maria Crippa Atendimento

Conselho Editorial - Rose Brogliato, Vera Mari Damian, Lucimara Quadros, Esther Atz, Raul Bocco, Ângela Schmidt, Érico Vieira, Max Bof, Thais Wortmann Gomes.

Informes publicitários, textos e colunas assinadas não correspondem necessa riamente à opinião do jornal e são de responsabilidade de seus autores.

Que todos os méritos gerados por esse trabalho beneficiem e tragam felicidade para todos os seres.

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www.nossobemestar.com
Editorial
ADOBESTOCK/NBE

Sabor e aroma de FeStaS

Embora o período de final de ano possa ser considerado pouco saudável devido à quantidade de eventos com refeições mais exageradas (conside rando a parcela da população que tem condições para isso, é claro), segre dinhos embutidos nos pratos podem salvar a estação.

Canela, anis estrelado, noz mos cada, cardamomo e gengibre. Essas especiarias que aromatizam e enri quecem muitos pratos ao longo do ano, na época de Natal tornam-se protagonistas.

CANELA

A principal delas é a canela, pra ticamente o tempero oficial do Na tal. Além de combinar com vários ali mentos, a canela pode ser facilmente polvilhada sobre tantos outros com saborosos resultados. E de brinde ga

nhamos a redução dos níveis de glice mia, reduzindo o risco de desenvolvi mento do diabetes tipo 2.

ANIS ESTRELADO

Ingrediente antigo das medici nas tradicionais e com sabor intenso, o anis estrelado tempera de doces a salgados. Pode ainda render um ex celente chá, trazendo o benefício de

limpeza das vias respiratórias.

GENGIBRE

Extremamente versátil, o gengi bre auxilia a imunidade, ajuda com as náuseas e favorece o funcionamento da vesícula biliar e do pâncreas. É um condimento aliado para digerir os ali mentos mais “pesadinhos” das festas de final de ano.

DICAS

• As festas de fim de ano pro movem encontros. Para dei xar a sua casa ou evento ain da mais “natalinos” e acon chegantes, experimente fer ver durante algum tempo uma mistura de especiarias com cascas de limão ou laranja.

• As especiarias podem enfeitar e aromatizar os arranjos deco rativos. Paus de canela podem cobrir a lateral de velas, anis es trelado pode compor as guir landas, por exemplo.

CARDAMOMO

Se esta planta aromática ainda não apareceu na sua cozinha, uma rápida pesquisa vai fazer você adotá-la rapidi nho. Melhora da digestão, controle da pressão, diminuição do mau hálito são apenas alguns dos poderes deste pa rente do gengibre.

NOZ MOSCADA

Mais conhecida no toque de ouro ao purê de batatas e pratos da culi nária italiana, a noz moscada ajuda a melhorar a digestão, por isso é uma colaboradora perfeita para essa épo ca, não é?

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AZERBAIJAN STOCKERS/FREEPIK/NBE ESPECIARIAS DOS PRATOS NATALINOS AJUDAM A MANTER A SAÚDE
uq e talum sucogel a d o ? uq e talum sucogel a d o ? chegando Verão chegando novocitrus.com.br @novocitrus VIDA E EQUILÍBRIO MEDICINA TRADICIONAL CHINESA Medicina Tradicional Chinesa, Biomagnetismo, Constelação Sistêmica, Maha Lilah Caxias do Sul - RS Av. Rio Branco, 247 - Sala 804 54 99958-3307 | 54 99994-3405 Farroupilha - RS Rua da República, 425 - Sala 506 Natalina Pedrolo Profissionais com mais de 12 anos de experiência; Formação e especializações no Brasil e na China; Técnicas eficazes aplicadas de acordo com a sua necessidade; É a verdadeira Medicina Chinesa. Elisangela Arruda

Medicina Sem Pressa ensina quando menos é mais

Movimento surgiu na Itália e começa a se estabelecer no Brasil

Na região da cidade Italiana de Tu rim surgia nos anos 1980 o movimen to Slow Food para promover a cons cientização sobre a importância do ali mento ser Bom, Limpo, Justo e Para Todos.

As bandeiras do Slow Food fize ram escola.

Em 2011, Turim se tornava o ber ço da Slow Medicine, que rapida mente caiu nas graças de uma parce la de médicos e pacientes. Desde en tão, os encontros internacionais so bre o tema vêm disseminando a ideia de uma nova prática de Medicina para vários países.

Em novembro passado, o médico cardiologista e ex Secretário Geral do Slow Medicine na Itália veio ao Brasil para uma itinerância de palestras. No Rio Grande do Sul, Marco Bobbio fa

lou para médicos e estudantes da Ca pital gaúcha, Passo Fundo e Caxias do Sul sobre sua experiência de mais de 40 anos como médico cardiologista e sobre os conceitos da “Medicina Sem Pressa”, nome adotado no Brasil para difundir o movimento.

“Médicos, pacientes e cidadãos começaram a perceber uma Medici na exageradamente governada pela tecnologia e não pelas necessidades do paciente. Uma Medicina que induz a fazer exames e a tomar os medica mentos desnecessários provoca da nos. O conceito de slow não significa uma Medicina lenta ou preguiçosa. É uma Medicina cujo método te permi te refletir e adotar procedimentos di ferentes. E não agir porque sempre se fez assim ou porque o protocolo in dica”, explica Marco Bobbio, alertan do que não se trata de uma Medicina

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Uma Medicina centrada no paciente

O movimento Slow Medicine propõe a prática de uma Medicina que não fique condicionada ao uso das tecnologias e protocolos pa dronizados e seja capaz de promo ver o cuidado, a escuta, o diálogo e decisões compartilhadas com os pacientes. É uma Medicina centra da no paciente.

Está norteada pelo tripé de uma Medicina Equilibrada, Respei tosa e Justa para todos.

Equilibrada porque fará tudo o que for necessário ao paciente, mas sem exagerar.

Respeitosa, porque é atenta para com a dignidade do indivíduo, reconhece seus valores e conside ra as necessidades e expectativas

alternativa, mas da Medicina científica, ocidental, porém ancorada nos pilares de uma Medicina Equilibrada, Respei tosa e Justa para todos (veja box).

NA UNIVERSIDADE

O conceito vai chegando aos pou cos nas universidades. Na Faculdade de

do doente.

Justa, porque é comprometi da em assegurar o melhor cuida do disponível baseado nas melho res evidências científicas.

“Uma medicina para ser jus ta precisa ser para todos”, obser va Marco Bobbio e compara: “no mundo há 10% de pessoas obesas, cuja doença é causada por comida demais. E uma grande parte da po pulação mundial com doenças cau sadas por falta de comida. Na Me dicina é o mesmo: temos os danos causados pela falta de médicos e os danos causados pelo excesso de Medicina. Para ser justa, não pode ser uma Medicina que dê muito a poucos e nada a muitos.”

Medicina da Universidade Federal do RS foi criado um Laboratório de Medi cina Slow, onde os estudantes estudam como tratar as doenças sem ser agres sivos ou mesmo prepotentes. “É o pri meiro e esperamos que surjam outros”, aponta Bobbio, que considera o Brasil como um dos países em que a Slow Me dicine está em franco crescimento.

A vinda de Marco Bobbio ao Rio Grande do Sul foi promovida pelo Laboratório de Políticas Públicas e Sociais (Lappus), instituição coordenada pelo advogado e ex vereador de Porto Alegre Marcelo Sgarbossa, na foto com Marco Bobbio (E) e a esposa Lucia.

Dois de seus livros foram traduzi dos para o português e tiveram gran de repercussão. O Doente Imaginado, trata do paciente que é imaginado pela indústria farmacêutica para vender seus produtos e para transformar pacientes em consumidores permanentes. No li vro Medicina Demais, Bobbio faz a des crição dos danos provocados por uma

medicina exagerada que inclusive pro voca gastos inúteis e desperdícios.

A vinda de Marco Bobbio ao Rio Grande do Sul foi promovida pelo La boratório de Políticas Públicas e So ciais (Lappus), instituição coordenada pelo advogado e ex vereador de Por to Alegre Marcelo Sgarbossa, na foto com Marco Bobbio e a esposa Lucia.

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ARQUIVO PESSOAL/NBE
A gente te ouve mais quando vai até você. Acompanhe o calendário dos encontros nas nossas redes sociais: @camaracaxias O “Câmara vai aos Bairros” está visitando diversas comunidades aqui de Caxias, ouvindo a população e dando oportunidade para você falar o que precisa ser melhorado na nossa cidade. Participe do próximo encontro. 03.12 | 14H Sede da UAB Avenida Independência, 2542, Panazzolo

Salvar o Pampa, Urgente!

Paulo brack*

Estamos vivendo graves crises socio ambientais nunca vistas. Desigualdades so ciais estarrecedoras, mudanças climáti cas exponenciais, perda de biodiversidade dramática, poluição crescente... Crise ou pré-colapso sistêmico?

Por outro lado, do lado opos to à degradação, há um punha do de gente resistindo e res gatando a sociobiodiversi dade e os modos de vida locais, despegados do mo delo econômico dominan te de transformação do Pla neta numa “fábrica de negó cios” para poucos.

No que se refere à biodiversida de, um conjunto de especialistas (IPBES/ ONU, 2019) estima que 1 (um) milhão de espécies estejam em ameaça de extinção no mundo. No Rio Grande do Sul, segun do decretos estaduais de 2014, 1.084 es pécies sofrem ameaça de extinção (804 de flora e 280 de fauna).

Neste Estado, ocorrem também os dois biomas brasileiros com maior per centual de perda de remanescentes na turais, no caso da Mata Atlântica e Pam pa, onde restam, respectivamente, 12% e 43% da área original (1/4 de campos se cundários ou antropizados, que tiveram sua cobertura original modificada).

O Pampa está restrito ao estado do Rio Grande do Sul, ocupan do 194 mil km2 (IBGE, 2019), correspondendo a quase 70% do território estadual (metade sul e parte do no roeste) e 2,3% do territó rio brasileiro.

Infelizmente, é o bioma brasileiro com menor percentu al de Unidades de Conservação (3%) e o que mais perdeu, proporcionalmente, sua cobertura de vegetação nativa, entre 1985 e 2021.

Em 37 anos, perderam-se 3,4 milhões de hectares, ou seja, 29,5% de sua vegeta ção original, principalmente campos nati vos, para dar lugar à agricultura conven

Nosso Bem estar • Nº 134 • Dezembro 2022 • 6 MEio aMbiEntE
ARQUIVO PESSOAL/NBE LAURA BOCCO TRADUTORA INTÉRPRETE REVISORA INGLÊS ESPANHOL PORTUGUÊS laurabocco@gmail.com +55 51 99657-3015 Traduções escritas em geral Traduções simultâneas Revisões (ABNT) M A I S I N F O R M A Ç Õ E S 5 4 3 0 2 5 . 5 4 3 1 9 9 9 7 1 . 3 9 9 9 C O N F I R A N O S S A A G E N D A ! no corpo, Saúde na alma Saúde • Y o g a • R i t o s T i b e t a n o s • G r u p o d e e s t u d o s A y u r v e d a Terapia Ayurveda Esperamos você! • O f i c i n a d e T a m b o r X a m â n i c o d i a 3 / 1 2 n o S í t i o A M O T U • C o n s t e l a ç ã o F a m i l i a r I n d i v i d u a l e E m p r e s a r i a l d i a 1 6 / 1 2 • C o n s t e l a ç ã o F a m i l i a r e m G r u p o d i a 1 7 / 1 2 R $ 5 3 0 0 à v i s t a R é v e i l l o n A m o t u E q u i l í b r i o , c u r a e p r o p ó s i t o d i a s 3 1 / 1 2 / 2 2 e 1 / 1 / 2 3 P r o g r a m a ç ã o e s p e c i a l n a n a t u r e z a ! F A Ç A S U A I N S C R I Ç Ã O n o W h a t s A p p 5 4 9 8 1 4 2 . 9 7 3 9 Acesse mandal com br

Dezembro tem Dia do Pampa

O “Dia Nacional do Pampa” é ce lebrado em 17 de dezembro e tem o objetivo de ressaltar a importância da conservação e uso sustentável do Pam pa, destacando ações para enfrentar os riscos e desafios existentes para tal.

Em 16 de dezembro de 2022, acontece evento para debater a reali dade do Pampa, na Assembleia Legis

cional, à silvicultura com seus gigantescos desertos verdes de eucalipto ou de pinus, à mineração, entre outras atividades.

Esta conversão (perda do bioma) al cança uma média de 157 mil hectares/ano, desde 2010, atingindo o equivalente a 70 vezes a área do município de Porto Ale gre (Mapbiomas, 2022). Por outro lado, a área de silvicultura no Pampa, que era de 43 mil hectares, em 1985, saltou para 745 mil hectares em 2021, representando um aumento de 1.641% em 37 anos.

lativa do RS, das 9h às 12h, em forma to presencial com transmissão pela TV Assembleia.

A iniciativa é da Coalizão Pelo Pampa, lançada em 2021 e integra da por 21 organizações que atuam na área ambiental, social e científica no bioma. O evento é aberto ao públi co em geral.

A riqueza em geodiversidade e socio biodiversidade no Pampa é bastante des tacada, com dezenas de monumentos na turais, principalmente na Serra do Sudes te, incluindo a existência de milhares de espécies de flora e fauna.

Cerca de 2 mil plantas ocorrem em campos e outros ambientes não flores tais. Centenas de espécies de vegetais na tivas (medicinais, ornamentais, forragei ras e frutíferas) são levadas para outros países, em forma de biopirataria, gerando

renda lá fora. Destacamos alguns exem plos como a espinheira-santa, as petúnias, as verbenas, o butiazeiro e o araçá.

Em novembro começam a florescer, nos campos próximos às beiras de es tradas, as verbenas-roxas-compridas, de nome científico Verbena bonariensis, uma planta ornamental originária do Pampa e dos Campos Sulinos, incluindo Argentina e Uruguai.

Alvo de biopirataria de plantas orna mentais, é usada principalmente na Euro pa EUA e Austrália. Há poucos anos, ti vemos a oportunidade de encontrá-la em Amsterdã, Holanda, em vasos dependu rados junto às pontes dos canais típicos daquela linda cidade, junto com petúnias também dos nossos Campos Sulinos. Por aqui, nem mudas destas plantas temos.

A riqueza natural e a cultura diversa e os modos de vida tradicionais, em grande parte ligados à pecuária familiar, são sus

tentáveis, mas desconhecidos pela socie dade e também por parte dos agentes pú blicos e econômicos. O turismo rural e de aventura, sempre com base familiar ou em pequenos empreendimentos locais junto às belas paisagens e vegetação do Pampa, poderia gerar renda (mel, geleias, artesa nato, lãs naturais, etc.) e melhor qualidade de vida do que os desertos de soja e eu calipto para exportação de grãos e fardos de celulose.

Acreditamos que, se a sociedade ti ver melhor conhecimento deste patri mônio, poderá forçar políticas públicas mais sustentáveis do ponto de vista so cioambiental (pesquisas e apoios a pe quenos empreendimentos), mantendo a diversidade tão necessária à qualidade ambiental e à economia.

*Paulo Brack - é biólogo, mestre em Botânica, doutor em Ecologia professor da Universidade Federal do Rio Grande

ARQUIVO PESSOAL/NBE
PAULO BRACK/ ACERVO PESSOAL
do Sul.

A prática de uma vida despojada do excesso de bens materiais e vol tada para a simplicidade e para a evo lução do espírito foi o centro dos en sinamentos dos grandes mestres que pisaram neste Planeta.

No Cristianismo, Budismo, Con fucionismo, Taoismo e tantas outras religiões/filosofias, a simplicidade e o desprendimento dos bens materiais estiveram presentes no exemplo de vida de seus mestres.

No século 20, o Oriente trazia à tona os ensinamentos de Mahatma Gandhi, que liderou a revolução india na através da simplicidade e da não -violência.

No mesmo século, o Ocidente vi via o seu paradoxo.

Ao mesmo tempo em que cres ciam nos Estados Unidos os templos de consumo (shopping centers) e era incrementada a cultura de produzir e consumir uma infinidade de novos produtos para, teoricamente, “simpli ficar a vida” de donas de casa e exe cutivos, outros movimentos emergiam para alertar sobre os problemas des sa escolha. E para convidar pessoas ao retorno de uma vida mais simples.

Em 1936, o filósofo norte ameri cano Richard Gregg introduziu o con ceito de simplicidade voluntária em artigo publicado numa revista indiana. Em 1936, publicou o livro O Valor da Simplicidade Voluntária e suas ideias iriam influenciar inclusive o pacifista Martin Luther King Jr.

Nos anos 1940, o norte-ameri cano Henry David Thoreau largou a vida da cidade e foi viver em meio à

Matéria
ADOBE STOCK/NBE
Boas Festas a todas as famílias. Que 2023 traga muita luz e um novo tempo de amor e esperança!

floresta de forma sustentável. Poe ta, naturalista, ativista e filósofo, en tre outras qualidades, Thoreau gerou livros e ideias que influenciariam ge rações, o surgimento do Movimento Hippie nos EUA e no mundo, e líderes idealistas, como o próprio Gandhi.

Em 1981, também no país do con sumo, o escritor norte-americano Duane Elgin publicava o livro Simpli cidade Voluntária, cujas ideias são re sumidas na expressão “é uma maneira de viver que é exteriormente simples e interiormente rica.”

NÃO É PARA TODOS

Diferentemente da pobreza, que é imposta, a “simplicidade voluntária”, é um estilo de vida escolhido e alicer çado em ideias e práticas de uma vida mais “slow”, mais humana e solidária e de menor impacto sobre o planeta.

Considera como fundamental

ter as necessidades básicas assegura das, mas que a vida deve ser voltada para o que é verdadeiramente essen cial. Promove os valores da frugalida de material, o florescimento intelec tual e a consciência da dimensão hu mana na ordem universal.

A Simplicidade Voluntária pode soar como um sacrilégio para muitas pessoas, especialmente as que ado ram consumir ou que ancoram sua vida nos valores de bens materiais.

Para estas, a sugestão é experi mentar a “aventura” de doar de co ração, seja tempo, presença, conhe cimento ou mesmo coisas/bens que não lhe servem mais.

Já existem diversas pesquisas cien tíficas provando que os efeitos positi vos no cérebro e no bem-estar são maiores para quem doa do que para quem recebe.

Talvez essa “aventura” possa aju

Diferentemente da pobreza, que é imposta, a “simplicidade voluntária”, é um estilo de vida escolhido e alicerçado em ideias e práticas de uma vida mais “slow”, mais humana e solidária e de menor impacto sobre o planeta.

dar a pessoa a encontrar dentro de si o que tanto busca fora através do consumo.

Mas, atenção! Independentemente das opções pessoais, os seres humanos precisam encontrar com urgência uma saída para o brete em que se meteram

nessa emergência climática que amea ça a própria vida na Terra.

Isso tem tudo a ver com um jeito mais simples de viver.

Uma grande saída pode ser o exemplo e a sabedoria dos indí genas.

dE Capa a FREEPIK/NBE

Quando os colonizadores chega ram na América, por volta de 1500, encontraram por aqui seres humanos que reverenciavam a natureza, a vida simples, a liberdade, a pureza, o espí rito de comunidade, a fraternidade, a solidariedade, o respeito à Mãe Terra e a todos os seus habitantes.

A resistência dos povos originá rios da América nestes 520 anos para manter costumes, língua, cosmologia e a própria vida se reverte hoje em um farol para uma humanidade que se vê às voltas com os graves problemas causados pelo seu modo insustentá vel de viver.

Em novembro de 2022, a COP 27 – Conferência da ONU sobre Meio Ambiente, tentou mais uma vez de finir novos rumos para evitar que o aquecimento global causado pelas ati vidades humanas comprometa a vida no Planeta a curto prazo.

Os resultados ainda são pífios, mas alguns precisamos comemorar. O Brasil entra no ano de 2023 com o primeiro ministério dedicado aos po vos originários e com políticas mais rigorosas sobre a preservação de flo

Os povos originários da América Latina ensinam que somos filhos de uma mesma Mãe Terra, a Pachamama. Em outras palavras, pertencemos a uma comunidade mais ampla, que abrange todas as comunidades: a natureza.

restas, fundamentais para deter a emergência climática.

MUITAS LIÇÕES

Os povos originários da Améri ca Latina ensinam que somos filhos de uma mesma Mãe Terra, a Pacha mama. Em outras palavras, pertence mos a uma comunidade mais ampla, que abrange todas as comunidades: a

natureza.

A cosmologia indígena também tem muito a nos ensinar. Os andinos cultivam o conceito de “sumak kaw say ”, que, numa tradução livre signifi ca “viver em plenitude” (sumak = ple nitude; kawsani = viver).

O sumak kawsay se fundamenta em cinco princípios:

1) sem conhecimento ou sabedo

ria não há vida (Tucu Yachay);

2) todos surgimos da mãe terra (Pachamama);

3) a vida é plena (hambi kawsay);

4) a vida é coletiva (sumak ka maña);

5) todos temos ideais ou sonhos (Hatun Muskuy).

TEKO PORÃ

Esse princípio de vida dos povos indígenas andinos tem correspondên cia na sabedoria indígena dos povos originários que habitam no Brasil.

Teko Porã é um termo em guarani que significa, literalmente, o “belo ca minho”, ou o “bem viver”.

Para os Povos Indígenas, a natu reza é quem dá sentido à vida. Como uma imensa teia, na qual tudo está in terligado, tem o poder de nos mos trar o caminho de luz a trilhar em busca de sabedoria.

A professora indígena de Filoso fia, Cristine Takuá, explica que Teko Porã é a representação da boa manei ra de Ser e de Viver.

“Toda essa complexa crise de re lações que os humanos hoje estão vi vendo nada mais é do que reflexos de séculos de uma caminhada mal fei

osso Bem estar • Nº 134 • Dezembro 2022 • 10

Saiba mais sobre como adotar hábitos com melhor impacto em áreas como água, alimentação, biodiversidade, crise climática e resíduos, acessando o guia digital Primeiros Passos!

ta que nos levou para o ‘Tekó Vai ’, o Mal Viver. Ele está presente no con sumo desenfreado e na esquisita ma nia de servidão voluntária onde mui tos vivem escravos de seus quereres. Está presente nas guerras, no indi vidualismo, na poluição dos rios, no empobrecimento, na depressão, en fim em diversas situações que colo cam o ser humano numa incessante busca de Viver Melhor, na ilusão de que os bens materiais, o conforto e o luxo irão trazer a delicada e profun da satisfação da experiência que pe netra no próprio ser e no estar quan do se alcança o Bem Viver nas ações diárias da Vida.” https://passos.akatu.org.br/

De acordo com os estudos do Ins tituto Akatu, ONG focada na sensibi lização e mobilização para o consumo consciente, os brasileiros estão cada vez mais convencidos de que o jeito de consumir importa e já somam mais de 50 milhões de consumidores engajados e conscientes.

E mais, 86% dos brasileiros afirmam desejar reduzir seu impacto individual sobre o meio ambiente, contra 73% da média mundial, conforme indica a pes quisa Vida Saudável e Sustentável 2021, realizada pelo Akatu e GlobeScan.

Bora praticar? Veja as dicas:

• Conheça experiências de econo mia circular, visite brechós, adquira só o que for necessário para driblar a in dústria do fast fashion, que figura en tre as principais causadoras de poluição do planeta. Em Porto Alegre foi criado recentemente o Vtrine www.vtrine.onli ne. Na plataforma o lojista disponibiliza as roupas, o cliente seleciona as peças que deseja receber em casa e faz uso por até sete dias. Depois, a Vtrine faz a coleta das peças, higieniza e elas voltam para o closet. Assim, as roupas circu

lam até o final de sua vida útil.

• Faça um levantamento de tudo o que não precisa e doe – com gosto, com vontade, com compaixão, com amor.

• Seja uma pessoa comprometida com o meio ambiente, com sua casa, seu planeta.

• Dê preferência a alimentos orgâ nicos, frutas, legumes e vegetais da es

tação, produzidos por pequenos produ tores locais.

• Comece a ter tempo para você, para seu lazer, para sua família, para aqueles que convivem com você.

• Curta mais a Mãe Natureza e todo o seu encanto.

Abra seu coração para parti lhar o sorriso, o pão, a vida, o amor.

11 • Nº 134 • Dezembro 2022 • Nosso Bem estar
Matéria dE Capa
FREEPIK/NBE

Meditação no presépio*

Quando São Francisco de Assis in ventou o primeiro presépio, e falou das coisas do céu numa gruta, dizem que, ao ajoelhar-se, desceu-lhe aos braços esten didos um Menino todo de luz.

O Santo Poeta colocara ali ape nas umas poucas imagens: as da Sagra da Família, a do irmão jumento e a do irmão boi.

O áspero cenário de pedra tinha a nudez franca da pobreza, a rispidez dos desertos do mundo, o recorte bravio dos lugares de sofrimento.

Aí, o Menino de luz pode descer, porque ele vinha para ensinar caminhos difíceis, e restituir às coisas naturais da terra o sentido da sua presença na or dem universal.

O amor humano é um perigoso jogo.

Por amor, os homens foram cons truindo presépios ao longo do mundo, e já não lhes bastava a pedra desguarneci da: queriam recobri-la do ornamento da sua devoção.

Trouxeram folhagens e flores, dispu seram frutos e pássaros, desceram o céu, num pálio de seda azul, colheram as es

trelas, dos ramos que se alongam na noi te. Caçaram a lua, no meio da sua viagem, e pescaram o sol, redondo peixe de na dadeiras flamejantes. Não lhes bastaram, porém, ainda, esse convite e essa con quista, no reino dos adornos da nature za. Convocaram os habitantes do mundo para uma adoração geral. Trouxeram os pastores, que deviam ser os vizinhos mais

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próximos da feliz manjedoura; trouxe ram os lavradores e os artífices, de acor do com as imaginárias relações da família do recém-nascido. Mas era preciso não esquecer os Profetas, anunciadores do acontecimento, e das ruas da Bíblia os fi zeram descer com suas barbas, seus ca jados, suas visões e ainda cheios de voz.

Os Reis vieram por si, de olhos pos tos na Estrela; e como os Reis traziam os camelos; e os pastores, carneiros, tam bém os Profetas arrastaram leões, e ca bras sem defeito — e depois, em mui ta confusão, toda besta que remói, umas de unha fendida, outras não; e até os ani mais que caminham sobre o peito e os que têm muitos pés e ainda assim se ar rastam pelo chão.

E houve assim uma existência de amor, e alguém pensaria estar o mundo apaziguado, e a família terrena compre endida e satisfeita, trabalhando e cantan do, bailando e dormindo tendo em redor de si a parede rústica do Presépio.

Mas, na verdade, a parede do Presé pio deixara de existir.

O que havia eram muitas paredes, de palácios e de mosteiros, de chácaras e de cozinhas de quartéis e de fábricas, de lo jas e de manicômios.

Porque essa humanidade se arruinou

e adoeceu; esqueceu-se que a oferenda não lhe pertencia...

Ninguém mais podia amar a sua ofer ta, mas a do seu vizinho; e já não ama va com amor de dar, mas com amor de possuir.

E não houve mais quem se despojas se, mas só quem apreendesse.

Notou-se que o sol e a lua e as estre las não tinham mais sua substância pró pria: eram de ouro e de gemas, eram pin tados e incrustados; não se moviam nem aqueciam mais.

Notou-se que os cantores tinham fi cado melancólicos e a dança não se le vantava em asas tênues: arrastava caudas fúnebres, patas desconfiadas, pontas de espadas surdas.

E aquilo que foi um Presépio era um mundo de contradições, sem equilíbrio nem sentido...

Nuvens de seda e pó de danças tol daram a íntima, pequena cena de um nas cimento sobrenatural.

Tudo tinha ficado mais importan te que o Menino chegado para ensinar o amor.

Tudo tinha formado sucessivos pla nos, anteriores uns aos outros, sobre postos uns aos outros, escondendo-se uns aos outros, num amontoado de ri

Por amor, os homens foram construindo presépios ao longo do mundo, e já não lhes bastava a pedra desguarnecida: queriam recobri-la do ornamento da sua devoção.

queza, ambição, prepotência, vaidade, cobiça, rapina, mentira, traição e ódio.

Mas quando tudo ruir completamen te, — porque sempre chegam novos fo rasteiros ao Presépio, e cada um se diz o único verídico, o mais sincero e o mais poderoso, o mais rico e o mais fiel — quando tudo ruir completamente, o Me nino continuará na sua gruta, com a sua família humilde, o irmão boi e o irmão jumento, para recomeçarem a vida, na simplicidade humana das coisas naturais

e universais.

E se outro São Francisco se ajoelhar na gruta rústica, o Menino virá todo em luz aos seus braços, porque só o Santo Poeta entendia dessa irmandade geral do céu e da terra, e da graça de todos os despojamentos, e da alegria de não pre cisar ter, pela contemplação de todos os enganos, e da leveza da vida em expres são absoluta.

*Texto extraído do livro “Cecília Meireles – Obra em Prosa – Publicado originalmente no Blog Conto Brasileiro: http://contobrasileiro.com.br/?p=2392

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ESTRIAS: invista na prevenção e na autoestima

Elas são meio que inevitáveis. Então saiba como evitar, mas não se abale

Estrias são cicatrizes que surgem devido à degradação das fibras de colágeno e elas tina na pele.

Entre as causas mais co muns estão: crescimen to rápido na adolescên cia, ganho ou perda de peso de maneira rápi da, gravidez, muscula ção intensa, implantes mamários e uso pro longado de corti coides.

O tratamen to para amenizar estrias é através de diferentes procedimentos dermatológi cos e o resulta do pode ficar

aquém do esperado.

O melhor é investir na prevenção, mantendo o corpo hidratado e a pele bem cuidada; praticar exercícios regu larmente e optar por uma alimenta ção balanceada.

Melhor ainda é fortalecer a sua autoconfiança e manter a autoestima em alta – com ou sem estrias.

Aproveite para conhecer alguns mitos e verdades sobre estrias:* Coçar a pele provoca estrias?

MITO. A coceira é uma consequ ência das estrias e não sua causa. Al gumas pessoas sentem coçar a pele quando as fibras elásticas da pele es tão se rompendo. Algumas pessoas chegam a sentir ardência e dor duran te o rompimento.

Estria é um tipo de cicatriz?

VERDADE. A estria aconte

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ce quando a pele estica rapidamente, seja em um estirão de crescimento na adolescência, na gestação ou em um processo de ganho de peso. Nos pon tos onde a pele mais precisou se esti car ficam marcas, que podem ser ver melhas, brancas, roxas, castanhas ou pretas, dependendo do tom da pele.

Estrias só aparecem no bum bum?

MITO. As estrias podem surgir em qualquer parte do corpo, as áreas mais comuns são: seios, braços, cos tas, barriga, coxas, joelho, flancos e panturrilhas.

Tomar sol piora o aspecto das estrias?

MITO. O sol não muda em nada as estrias. O que acontece é que, no caso das marcas esbranquiçadas, quando o resto da pele está bronze ada, as estrias ganham mais destaque. Hidratar a pele da barriga evita o surgimento de estrias na ges tação?

VERDADE. Manter a pele hi dratada durante a gestação ajuda na prevenção de estrias em todo corpo, O ideal é usar hidratantes específicos para gestantes ricos em água e nu trientes, e óleo para garantir umecta

ção e retenção de água na pele. O que define se a mulher vai de senvolver estria na gestação é a genética?

VERDADE. O surgimento de estrias é multifatorial, ou seja, acon tece por uma série de razões e a ge nética é uma delas. Hábitos alimen tares, consumo de água e hidratação da pele também podem colaborar ou não para o aparecimento das lesões. Consumo elevado de açúcar dá estria?

VERDADE. O açúcar provoca a inflamação dos tecidos, o que inclui a pele. Quando a pele está inflamada a chance do surgimento de estrias é maior. Além disso, existe a glicação, quando a molécula de glicose se fixa na fibra elástica da pele e provoca o rompimento da fibra.

Usar calça jeans e cinta modeladora dá estria?

MITO. Fricção não impacta o surgimento de estrias, logo o uso de calça jeans ou de cinta modeladora é indiferente quando o assunto são as marcas.

*Fonte: Doutora Talita Cibele, enfermeira especialista em estrias.

Verão chegando, calor, sol, ar, cloro, umidade...

Nesta estação, a tendência é os fios ressecarem mais. Para proteger seu cabelo, previna-se com estas dicas da cabeleireira Manoela Pauletti

• Receba a estação com os cabelos bem hidratados. Escolha másca ras indicadas para os o seu tipo de cabelo.

• Use produtos com proteção UVA/UVB, tipo leave-in, para criar uma espécie de blindagem nos fios.

• Shampoo e condicionador com proteção solar também ajudam.

• Lave os cabelos utilizando o shampoo em duas etapas, para o ca belo ficar bem limpo, especialmente após piscina ou mar.

• Apare as pontas a cada 3 ou 4 meses.

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Cuide de seus cabelos no verão

O Futuro passou ontem lá em casa

O ano que vem passou ontem lá em casa e disse que o futuro vai ser melhor.

Disse que o presente é bom, que é também doído, que o passado pode ter sido ruim mas que também, cer tamente, foi bom. Que foi tudo uma mistura.

Disse também que o futuro assim exatamente o será, alternando as ho ras duras com as horas doces, os dias de subida pedra acima e os dias de descida e de sombra, de horas de ale gria, de muitas horas de tédio – mas sempre um pouquinho mais de tédio do que de emoção.

E tudo isso, de novo e pra sem pre com a diferença de que, no futu ro, nós mesmos seremos uma versão mais melhorada de nós mesmos.

Os nossos defeitos sempre um pouquinho mais despiorados.

O futuro disse ontem que ano que vem a vida virá com menos par tículas de feiura porque a gente vai tá mais experiente. Que no futuro, a gente vai tá mais preparado para a beleza já bonita que existe.

O ano que vem tomou um cafe zinho com a gente, sentou no sofá, perguntou da família, ficou sabendo das notícias…

Disse que é preciso prestar aten

ção pro presente porque o presente é tudo o que a gente tem.

Disse que, bem dizer, o presen te é o melhor presente que só ganha quem tá vivo.

Sentado num tamborete na vara da, depois de um silêncio de tanto fa lar, disse que cuidemos da casa por que a casa é uma das melhores coisas que temos.

Que se dê atenção pro jar dim, que se ria na cozinha, se enfei te o quarto e se tome muito banho bom no banheiro, consciente de que o chuveiro é o maior luxo do nos so tempo.

Saiu lá de casa era boca da noite.

Findou a visita ontem dizendo que a casa é pro nosso corpo o que o nosso corpo é pra nossa alma: reve ladora de quem somos, de quem po demos ou de quem conseguimos ser.

E que pra tudo tem uma esperan ça, ainda que a esperança seja fazer as pazes com tudo que a vida nos dá.

De modo que o ano que vem saiu ontem lá de casa rindo, dizendo que o futuro está quase presente e que se deve conciliar com o passado.

E que no fim do ano ele chega, e que vai estar feliz de nos ver.

*Túlio Borges é artista paraibano e se traduz como amante de palavra, planta e música.

ANNA SHVETS/PEXELS/NBE
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