82|Informática Educativa no Brasil: das origens à década de 1990. os rumos da política pedagógica foram alterados e a Informática na Educação se reduziu a um treinamento para o trabalho. Também o Projeto Eureka começou a sofrer pressão no sentido de limitar a gestão participativa, que se aproximava da participação co-gestionária. A prefeitura social-democrata pós-1992 não absorveu esse tipo de participação como mecanismo superior de gestão democrática. Tentou pressionar para a representação uma forma de participação limitada à esfera burocrático-administrativa, a qual propicia a formação de grupos de pressão (lobby) e pressões no intuito de influenciar as decisões e até as pesquisas, segundo Motta (1986). Assim, podemos perceber que a Informática na Educação, no Estado brasileiro, tem sido utilizada mais para qualificar – e relativamente – a mão-de-obra necessária ao setor produtivo do que a melhoria da qualidade do ensino e do desenvolvimento do raciocínio crítico, reflexivo e criador do conjunto da população. E a explicação desse resultado nos remete a considerações de caráter sócio-histórico.
A internacionalização da Informática na Educação brasileira O rumo que a Informática na Educação poderia percorrer no País foi pioneiramente analisado, em meados dos anos 1980, por Henrique Rattner. A este respeito, destacamos a seguinte reflexão: