Raquel de Almeira Moraes|115
O modelo da política de informática educativa – PROINFO – na década de 1990 afastou as universidades enquanto espaço de excelência para a formação como havia no PRONINFE e o centralizou no Núcleo de Tecnologia Educacional, NTE (MORAES, 2003b), que estava subordinado à Secretaria de Educação e ao MEC que raramente dialoga com a comunidade educacional organizada. Quando muito, professores em caráter individual dão cursos, workshops, fazem assessorias, mas acabaram os programas institucionais, ainda que sistêmicos de formação de professores, que ocorriam no modelo político anterior (PRONINFE), como o projeto FORMAR. Tal fato precarizou a formação dos professores, pois é inconcebível que essa formação ocorra sem o auxílio, o apoio e a responsabilidade da universidade como era no passado. Afinal, como coloca Marx em sua III Tese sobre Feuerbach: “[…] o educador deve ser educado”. (MARX, 1986, p.12)
Os limites da Informática na Educação Considerando-se o crescente aviltamento dos direitos fundamentais da humanidade quanto à saúde, emprego e educação – entre outros – julgamos pertinente a seguinte reflexão de Marx (1975, p. 194): Chegou-se finalmente a uma época em que tudo aquilo que os homens tinham considerado como inalienável se tornou objeto de troca, de tráfico e se pode alienar. É a época em que as coisas até então eram comunicadas, mas ja-