M de Mulher

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Amor e sexo

Carreira e trabalho

Cotidiano

Especial

Família e filhos Fitness

Moda

Saúde

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Quem acha que a mulher depois dos 30 perde sua sensualidade? O viagra comemora 10 anos, oq ue será que mudou na vida dos casais? Quem disse que elas já eram? As fabulosas histórias de mulheres de 50 e tantos anos que realizaram sonhos sem dar bola para os estereótipos, pondo em prática a simples determinação de viver plenamente a vida

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No Stress!! O que fazer quando o stress chega!

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Jussara Freire conversou com nossa reportagem e deu dicas sobre beleza, teatro e nos contou sobre sua nova peça.

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Com 40 horas de trabalho e cuidando dos filhos, mães modernas chegam aos limites.

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Elas ganharam curvas maravilhosas e consciência corporal. Anime-se!

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Dicas de roupas, maquiagem, cabelo e assesórios. Tudo isso para todas as idades! As mesmas vestem todas as mulheres.

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Aprenda com a nutricionista Márcia Del Medico dicas para reeducar sua alimentação com saúde, e siga o cardádio de Andresa, que perde cerca de 10 kilos.



Amor e sexo Sexo depois dos 30 anos Quem acha que a mulher depois dos 30 perde sua sensualidade está muito enganado. Mas e os homens o que pensam disso? Na outra ponta da equação, será que o homem julga mal a mulher que não esconde o tesão por ele e que topa ir para a cama nos primeiros encontros? O sexólogo e psicoterapeuta Ronaldo Pamplona considera que, atualmente, poucos pensam assim e por esses a mulher não deveria se lamentar. “Se um homem desvaloriza uma parceira porque ela faz sexo, é melhor que ele vá logo embora”, diz. Para Pamplona, a mulher age de forma machista quando imagina que recusar sexo vai valorizá-la diante dos olhos do outro. Isso é sinal de que ela não tem noção do próprio valor e fica à mercê da opinião do parceiro. Mas a ala masculina, embora jamais admita, também é muito insegura”, garante o sexólogo, que tem 36 anos de consultório. “Quando um homem some depois de uma transa, é possível que esteja com medo de que a mulher não aprove seu desempenho sexual ou que o compare com outro, coisa de que todos têm pavor.” Para Pamplona, não é o caso de estabelecer regras de conduta sexual. “Tudo depende do momento e do casal. Se cada um ficar com medo do que o outro vai

pensar - ela temendo pela reputação e ele pela performance na cama -, será mais difícil. Por outro lado, diferentemente das mais jovens, a mulher maior de 30 anos ainda tem muita influência do amor romântico”, revela Pamplona. “Às vezes, ela adia o sexo não como um estratagema para prender o homem, e sim porque prefere ir para a cama só quando se sente envolvida ou apaixonada.” Além do mais, nem todas gostam tanto de sexo. E existem muitas razões culturais para isso. Não é por acaso que “o caso Bree” chegou à TV americana na puritana era Bush. Pamplona lembra que a Usaid - Agência do Governo dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional -, uma das reguladoras dos investimentos das campanhas antiaids no mundo, tentou pressionar países a propagar a virgindade e a fidelidade como único modo de combater a doença. “Felizmente, o Brasil preferiu disseminar o uso do preservativo. Porém, aqui, a Igreja Católica e o movimento

evangélico têm feito cruzadas a favor da virgindade até o casamento.” É um novo modo de ligar sexo a sujeira, perigo e pecado e também um retrocesso em relação aos movimentos dos anos 60, que o associaram a liberdade, saúde e alegria.


O Viagra comemora 10 anos O que mudou na vida dos casais? Em 1998, o segurança Joaquim e a auxiliar administrativa Márcia tinham 41 anos de idade e oito de casamento. Naquela época, nem suspeitavam que, alguns anos mais tarde, a vida sexual deles dependeria totalmente de uma pílula azul que acabava de ser lançada: o Viagra. Assim como esse casal paulistano, milhões de pessoas em todo o mundo são beneficiadas direta ou indiretamente pelo medicamento e pelos similares que vieram depois. Mais do que o avanço científico de trazer uma solução inédita – ainda que momentânea – para a falta de ereção, a descoberta promoveu uma revolução social, como explica a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade (ProSex), do Instituto de Psiquiatria da USP. Ela é autora de uma pesquisa que avaliou, entre outros fatores, o impacto do remédio na vida dos casais. O estudo, realizado em 2003, gerou o livro O DESCO-

BRIMENTO SEXUAL DO BRASIL (SUMMUS EDITORIAL) e envolveu 7 103 brasileiros. Desses, 45,4% eram mulheres, a maioria receptiva à medicação. É o caso de Márcia, que, aos 47 anos, percebeu que o marido estava impotente. Tudo começou

quando Joaquim resolveu atender ao chamado de uma campanha de saúde e passar por um exame preventivo de câncer de próstata. Hoje, após ter tido a glândula retirada, está curado. O ônus da operação, entretanto, só viria alguns meses depois: não podia mais ter ereção. “Quando

descobri, me deu vontade de sumir, me senti diminuído, incapaz de fazer minha esposa feliz. Cheguei a pensar que seria preferível não ter feito a cirurgia. As pessoas me olhavam na rua e eu sentia como se estivesse escrito na minha testa: ‘impotente’ ”, afirma Joaquim. Sempre ao lado do marido, Márcia participou de tudo, desde a decisão de operar até a busca por um tratamento para a disfunção. “Casamento é mais do que sexo. Claro que eu sentia falta de transar, mas, para mim, o importante era ele estar vivo. Meu marido, entretanto, não se conformava. Por isso, me empenhei na busca por uma solução”, diz. Com indicação médica, o casal, que passou um ano sem ter relações, começou a usar Viagra. “O remédio me trouxe paz de espírito, voltei a me sentir seguro e feliz”, conta Joaquim. E Márcia declara que não tem do que reclamar: “Hoje estamos mais próximos, nossa cumplicidade aumentou e o prazer também”.


Sexo aos 30 O que elas pensam... Não fiz sexo e me arrependi “Eu me segurei no primeiro encontro porque queria algo mais sério. No segundo, tiramos o maior sarro dentro do carro dele e ainda consegui me controlar, achando que isso o manteria ligado. Não deu certo. Ele sumiu. Eu telefonei e ele me ignorou. Fiquei péssima. Devia ter transado, pelo menos teria aproveitado aquele momento.”

Karina Barros, 32 anos.

Dou quando tenho vontade e pronto ”Não vejo sentido em ter regras, cada situação é uma. Já esperei quando senti que poderia fluir melhor depois. Também já transei na primeira oportunidade que apareceu. Estou num relacionamento há três meses. Nossa primeira vez foi muito forte, foi o sexo que nos aproximou. Se ele me deixasse porque eu me entreguei logo, eu consideraria imaturidade - e um cara assim não combinaria em nada comigo. Gosto de tudo às claras, sem jogo. Não vejo graça em ter que esconder o meu tesão.”

Cristiane Sita, 37 anos.

Da Internet para a cama ”Nos correspondemos durante seis meses por meio do Orkut. Na primeira vez que nos encontramos fomos jantar e acabamos na cama. Ninguém parou para pensar em certo ou errado. Simplesmente era bom. Tanto que não nos desgrudamos nunca mais. Um mês depois, ele me pediu em casamento e, em seis meses, oficializamos a nossa união.”

Thais Minotti, 39 anos

Vou para a cama se sentir que ele está fisgado ”Conheci o irmão de um amigo numa festa de trabalho e ficamos. Na volta, transamos no carro num trecho meio deserto de uma praia. Depois disso, ele evaporou. Algum tempo depois, meu amigo deu a entender que o irmão me achou uma piranha. Por isso que hoje em dia antes de transar prefiro saber antes qual é a do cara.”

Luciana Oliveira, 34 anos

Transei no primeiro encontro e casei com ele ”Eu não gostava da idéia de fazer sexo logo de cara. Mas foi exatamente o que aconteceu com o homem que hoje é meu marido. Não só fomos para a cama já no primeiro encontro como fizemos sexo anal, coisa que nunca tinha me acontecido antes. Na hora, fiquei pasma comigo e com a situação, mas o tesão era tão intenso que queríamos nos engolir. Foi bom para nós dois, tanto que estamos casados - e vivemos muito bem. Essa paixão despudorada e intensa me ensinou que sexo e amor são para homens e mulheres fortes; não combinam com os mais fracos e os medrosos.”

Zélia Perruzo, 34 anos Eu me segurei por medo de perdê-lo

Fiz um cara esperar, mas transei com outro

”Meu ex era machista, do tipo bruto. Só fomos para a cama um mês depois que começamos a sair, mas, confesso, isso me soou estranho. Não tinha mais idade para esse jogo duro. Eu sou mais liberal. Mas achei que, se não me contivesse e aceitasse as investidas dele, iria perdê-lo. Com o tempo, ficou claro que não tínhamos nada a ver.”

”Se você transar, o cara some. Como isso me aconteceu várias vezes, decidi endurecer quando conheci meu namorado. Gosto de sexo e só consegui me segurar porque transei com um amigo sem compromisso. Meu plano deu certo, consegui namorar com quem eu queria, estamos juntos há um ano. As mulheres estão apressadas. n

Patrícia Santos, 42 anos

Carmen Santiago, 49 anos



Carreira e trabalho

Muito prazer, meia-idade Quem disse que elas já eram? As fabulosas histórias de mulheres de 50 e tantos anos que realizaram sonhos sem dar bola para os estereótipos, pondo em prática a simples determinação de viver plenamente a vida Há uma geração poderosa neste início do século 21: a das mulheres que já passaram dos 50 anos. Se alguém duvida, pergunte ao Bill, marido da Hillary Clinton. Ou observe mais atentamente estas senhoras. Senhoras de si, melhor dizendo. Cinqüentonas assim são fruto das mudanças comportamentais deflagradas na segunda metade do século 20 e das conquistas médicas que prolongaram a expectativa de vida e forneceram as ferramentas para viver com qualidade. Mas, acima de tudo, são conseqüência da decisão inabalável de aproveitar plenamente cada fase. A mudança, no entanto, ainda não foi incorporada aos dicionários. Meia-idade continua sendo o termo usado para definir essa faixa etária. Não é dos mais inspiradores: será “meia” oposição a plena? Ou o início do fim?

Há, certamente, o inexorável. O corpo muda, o mercado de trabalho não ajuda e as estatísticas sobre as possibilidades de conseguir um relacionamento estável são deprimentes. Isso quer dizer que, ao

chegar à tal da meia-idade, você já era? Antes de perguntar ao marido da presidenciável americana, aprecie as seguintes cenas, retratos de mulheres maravilhosas, todas com mais de 50.


É quarta-feira, dia reservado por Márcia de Luca, 55, mestre de ioga, de São Paulo, para ficar com os quatro netos. Enquanto almoça na companhia de uma amiga, da filha mais nova e da neta mais velha, Lívia, 5 anos, Márcia revela seu novo plano: fazer uma tatuagem. “Uma flor de lótus na altura do cóccix. Não é irado, Lívia?” A neta hesita em responder, mas a reação da filha é imediata. “Nem pense nisso, mãe, é horrível. Na sua idade...” Que idade é essa, afinal? Para Márcia, os assumidos 55 anos cronológicos correspondem a uma idade biológica de 27. “Tenho a vitalidade e aquela pitada de loucura dos 20 anos.” Com vantagens, acrescenta. Porque agora pode encarar a vida com “postura de rainha, autoridade de sábia e poder de deusa”. Com a voz da sabedoria, adverte que nem tudo são rosas. “Nessa fase, d i g o q u e t u d o são folhas, em tons de vermelho e dourado, como no outono, o ciclo da natureza cor-

respondente à meia-idade. Cada estação tem a sua beleza e devemos aproveitá-la.” A alegoria foi levada quase ao pé da letra por Márcia. Em outubro, início do outono no hemisfério norte, ela foi à Itália para se casar com seu namorado “de 24 anos” - o número se refere ao tempo de namoro e não à idade do atual marido, mas Márcia se diverte em apresentá-lo assim. A pegadinha funciona, porque é fácil imaginar um homem na faixa dos 20 se apaixonando por ela. Além da vitalidade e sabedoria, os muitos anos dedicados à ioga também esculpiram um corpo que desafia a lei da gravidade. No entanto, para Márcia o corpo é apenas um detalhe. “Precisamos cuidar bem dele, é o veículo para a nossa evolução espiritual. Mas o mundo físico, exterior, não é o nosso verdadeiro ser. A grande sacada é procurar dentro de nós as qualidades, a beleza e a força para nos tornarmos pessoas cada vez melhores.” A quinta-feira está atribulada para Lilian Mammana, 58. Enquanto aguarda notícias do irmão, hospitalizado com um princípio de infarto, ela organiza um almoço para um grupo de empreendedores sociais do qual faz parte. A reunião é no apartamento que Lilian mantém em São Paulo, apesar de, atualmente, estar morando no Rio. Sem crises - essas, felizmente, já passaram. Há cerca de cinco anos, Lilian acusou o baque da meia-idade.

Vivia um momento especialmente difícil, mas bastante comum nessa fase. Em um curto período de tempo, perdeu o pai, separou-se do segundo marido e precisou suspender as atividades da consultoria que havia montado p o r causa dos custos. Demorou cerca de um ano para, como diz, acordar. Em compensação, não parou mais. “Pelas previsões demográficas, devo chegar até os 85. Então, tenho mais uns 30 anos pela frente e A executiva de sucesso percebeu que tinha tudo para se tornar também uma empreendedora social bem-sucedida. Sua idéia: criar um instituto para mulheres da sua faixa etária discutirem seus problemas e procurarem meios de utilizar o seu potencial profissionalmente e na sociedade. O projeto cresceu e o grupo, inicialmente só de mulheres, juntou forças com outra organização, também voltada a pessoas de meia.


idade, mas de ambos os sexos. Animadíssima, ela ignora outra crise, a dos aeroportos, e enfrenta, feliz, a ponte aérea Rio-São Paulo para cuidar do novo instituto. E bota feliz nisso. A mudança para o Rio de Janeiro é um sonho que Lilian realizou aos 57 anos. “Desde que vi a novela LAÇOS DE FAMÍLIA, com aquelas cenas lindas passadas no Leblon, resolvi que um dia ia morar lá. Hoje, tenho um apartamento nesse bairro, caminho sempre no calçadão, vou à praia nos fins de sema na e estou fazendo novos contatos para o meu trabalho”, conta ela. Faltou dizer que, no ano passado, Lilian casou-se com seu terceiro marido, que havia recebido uma proposta para trabalhar no Rio de Janeiro. Lilian foi com ele.

São 8 horas de uma manhã de sexta-feira e a cardiologista Cristina Silvia Atie, 51, já está em seu c o n s u l t ó r i o. Impecável. Cabelos perfeitos, maquiagem completa, brincos poderosos e uma c a -

misa branca bem cortada, estilo jaqueta, em vez do tradicional jaleco de médico. “O dia em que alguém me vir de cara lavada é porque aconteceu algo muito grave. Podem me internar!”, avisa Cristina, que não desceu do salto alto nem quando quebrou o dedo do pé - mesmo porque não tinha um único par de sapatos baixos para usar. Que ninguém se iluda com tanta vaidade: se parece coisa de quem tem tempo de sobra para ficar cuidando da beleza, esse não é o caso de Cristina. Com uma jornada de 13 horas diárias de trabalho, a médica se reveza entre o consultório particular, o atendimento na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e um grande laboratório onde é responsável pelo setor de exames cardiológicos. O dia começa cedo: ela acorda às 5h30 da manhã para se arrumar. O cuidado, além de funcionar como um poderoso combustível para a autoestima, acabou dando uma mãozinha ao destino. “Quando eu iria imaginar que, aos 50, estaria casada de novo?” Cristi-

na estava em sua sala no laboratório, arrumadíssima como sempre, quando foi notada por um cliente - o seu atual marido. A médica comemora o segundo casamento e a nova fase da vida: “Adoro meu trabalho, estou indo superbem profissionalmente e me apaixonei de novo. Posso sentir as emoções que tinha aos 13 anos com a autonomia de uma mulher de 50. Quer m u n d o melhor?”Por isso mulheres acima dos 50, não duvidem do dia de amanhã, quem sabe você não acorda casada? Sexta-feira, por volta das 23 horas, Sonia Abreu, 56, começa a aquecer a pista do evento em São Paulo. De festa em festa, a DJ de cabelos vermelhos vai emendar até o fim da tarde de domingo. Só então vai dormir. Sonia foi a primeira mulher a fazer discotecagem profissional no Brasil. Quando começou, no final dos anos 70, o termo “disc-jóquei” nem existia. O tempo passou, mas ela continua com um


pique difícil de encontrar em qualquer um que já passou dos 20 anos. Talvez por isso, Sonia, que é solteira e não tem filhos, acabe sempre namorando homens mais novos. “Os da minha idade são cansados, não agüentam minha energia”, explica. E haja energia. Aos 56 anos, tão requisitada profissionalmente quanto na juventude, sobra-lhe fôlego para, de segunda a sexta, acordar às 5h30 da manhã para correr e fazer musculação. Isso sem contar a batalha de, por mais de 14 anos, cuidar em casa da mãe, com paralisia cerebral. Sonia vai em frente, inspirada por sua paixão, a música. “Acho que a letra da minha vida é a daquela canção de Gilberto Gil: ‘Andar com fé eu vou, que a fé não costuma falhar’.” E crê, firmemente, que sonhos e viradas acontecem em qualquer idade - especialmente na sua. Seu novo projeto é virar atriz. “Vou conseguir, tenho a pegada de representar.” Para ela, só não é possível “chegar a essa idade e não ter aprendido nada”. Entre outras coisas, aprendeu a respeitar melhor seu corpo e, depois dos 50, a gostar mais dele. “Há quatro anos, comecei a correr e ‘puxar ferro’. Meu corpo mudou. Se a PLAYBOY quiser fotografar uma cinqüentona original de fábrica, com tudo em cima, eu topo.”

Terça-feira à tarde, em um conjunto comercial em São Paulo, Amélia Serra, 54, atende paciente-

mente os clientes de sua empresa, um pool de três editoras de livros técnicos. Em meio à agitação dos quase 500 funcionários, ela permanece zen. A executiva, responsável pelo serviço de atendimento ao consumidor das editoras, credita boa parte de sua segurança à idade. “Experiência e tolerância são frutos da maturidade. Por isso, a melhor época para admitir um funcionário é quando ele já passou dos 40 anos”, afirma, na contramão da tendência mais comum do mercado, que prega a aposentadoria compulsória de

funcionários mais velhos. Amélia está longe de ser uma mulher guiada por tendências ou manuais com fórmulas do sucesso. Para começar, não se arrepende de ter parado de trabalhar durante 20 anos para cuidar dos filhos. Para quem imagina que a meia-idade traz poucas perspectivas a quem dedicou a vida ao marido e à família, ela desafia a regra: “Passar todo esse tempo ‘no lar’ é trabalho duro e valioso. E, quando os filhos saem de casa, além da sensação de missão cumprida, você está muito mais disponível para mergulhar na vida profissional sem culpas”. A famosa “síndrome do ninho vazio”, vê-se, passou longe de sua vida. O desconforto dos sintomas associados à menopausa, também - “se tive, não percebi”, afirma com um sorriso sem rugas nem plásticas. Segredos de beleza, ela não tem (“é herança genética”, diz), e a aparência jovem nunca é usada para mentir quando lhe perguntam a idade. “Às vezes digo que tenho 60 anos para ir me acostumando. Vou chegar lá, não é?” Sim, salvo enganos ou eventos inesperados, vamos todas chegar lá. De preferência, poderosas como elas. Por isso mulheres maduras, nunca deixem de sonhar e de procurar a felicidade, independente da idade a vida ainda tem muito a ensinar.



Cotidiano

No Stress! Dicas sobre o que fazer quando o stress aparece 30 anos

Seduza

Nesta fase, a mulher assume vários papéis: mãe dedicada, esposa amorosa, profissional de sucesso, filha atenciosa e por aí vai. Tudo isso requer muita vitalidade. Renove seu estoque de energia e combata o stress de todas as formas.

Aos 30, a mulher está mais bem resolvida, com a auto-estima forte. Já não precisa gastar energia em romances que vão dar em nada nem ficar presa a alguém que não ama. Domingos Oliveira, autor da peça CONFISSÕES DAS MULHERES DE 30, em cartaz no Teatro Folha, em São Paulo, é enfático: “Ter 30 anos é uma posição de abrangência estratégica: pode namorar homens de 20, 30 ou 50 sem que ninguém a chame de tarada”. Casada e com filhos? Mantenha a chama acesa. Use a imaginação, proponha fantasias a dois e esbanje disposição.

Corra Não atrás do tempo, e sim da sua saúde e bem-estar. A corrida melhora o pique, o humor, combate o stress e a depressão e faz a gente se sentir mais bonita. “Tudo graças ao aumento de substâncias como a adrenalina e a serotonina, que promovem prazer e prolongam essa sensação por algumas horas depois da atividade”, explica a trei- n a dora Fabi Pereira, ein a mento para Mu- l h e re s , de Santos (SP). Comece caminhando e aumente o passo progressivamente até conseguir correr.

Aromaterapia O período menstrual é um sugador voraz de energia. Nesses dias, tire proveito dos óleos essenciais para revitalizar. Vale acender uma vela aromática enquanto toma banho e preparar uma mistura para massagear o abdome e as pernas. Anote a receita da aromaterapeuta Sâmia Maluf, de São Paulo: junte uma gota de óleo essencial de ale-

crim, outra de louro, diluídas em 1 colher (sopa) de óleo de gérmen de trigo. No auge da TPM, que atinge oito em cada dez mulheres, especialmente na faixa dos 30 anos, use óleos de sálvia e de gerânio.

Administre Interprete de forma positiva as situações adversas e mantenha seu combustível energético alto. A psicóloga Ana Maria Rossi, no seu livro AUTOCONTROLE – NOVA MANEIRA DE GERENCIAR O STRESS (EDITORA BESTSELLER), aponta lições para quem se sente acuada nas horas estressantes: 1 Pergunte a si mesma: “É problema meu?” Se não for, não assuma responsabilidade por ele. 2 Se for, reflita sobre o que deve fazer para r e s o l v ê - l o. Depois, pare de se preocupar com decisões tomadas. 3 “Devo procurar ajuda?” Peça a quem possa colaborar de fato.


Revitalize Use o poder nutritivo do morango para hidratar e espantar o cansaço depois de um dia exaustivo (trabalho + filho que não dorme). A n o te uma receita caseira, criada por Deise Gonçalves, esteticista da Vip Clinique, no Rio de Janeiro. Depois de limpar a pele, misture três morangos lavados e amassados com três gotas de óleo de semente de uva e aplique no rosto. Deixe agir por 20 minutos e remova com água.

Flores Na porta de entrada ou no jardim, coloque orquídeas, lírios-da-paz ou margaridas, de preferência na cor branca, para que todos saibam que são bem-vindos. No centro da mesa, a melhor pedida é a flor amarela, como o girassol, plantada em um vaso com terra. Isso vai fortalecer a energia vital e a saúde dos moradores. “Flores vermelhas no quarto ativam o romantismo e

a união”, ensina Patrícia Soares da Costa, de São Paulo, especialista em feng shui. Mas atenção: se você não cuidar das plantas, elas podem ter efeito contrário e roubar a energia.

Sucos Criada por um mestre de ioga hindu que, aos 70 anos, corria 10 quilômetros em 42 minutos, esta “poção mágica” à base de frutas e vegetais foi analisada pelo departamento de nutrição da USP. “A conclusão é de que ela contém boa quantidade de carboidratos, antioxidantes, vitaminas e 243 calorias”, conta Wa n d e r lei Oliveira, diretor da Federação Paulista de Atletismo. Para prepará-la, bata no liquidificador o suco de 2 laranjas e de 1 limão com 1 cenoura média, 1 beterraba média, 1 tomate, 4 fatias de gengibre, 18 folhas de hortelã, 10 gotas de própolis, 2 colheres (chá) de pólen e 2 de levedura de cerveja. Beba de manhã, em jejum, sem coar.

40 anos O sobe-e-desce hormonal pode alterar a disposição e o humor. Para não ser pega de surpresa, antecipe-se aos sintomas, adquirindo bons hábitos: dê mais atenção ao e à saúde e explore experiências novas.

Musculaçao A vitalidade está associada à força física, que cai naturalmente com o passar dos anos. Para frear essa perda ainda não inventaram nada melhor do que a musculação – a atividade estimula o coração, o metabolismo, a circulação sanguínea. Outro bom motivo para levantar peso pelo menos três vezes por semana é que a tensão provocada no músculo irradia carga elétrica para os ossos, estimulando o aumento das células que evitam a redução da massa óssea. A partir dos 30 anos, essa queda gira em torno de 5% a cada década; em quem treina ela é de aproximadamente 1%”, diz o professor de educação física Hélio Furtado, do Rio de Janeiro.

Hábitos Pequenas alterações na rotina ajudam a combater a monotonia e revigorar. E isso pode trazer benefícios à saúde, especialmente se estiverem relacionadas à malhação regular e à ingestão moderada de álcool. Uma recente pesquisa inglesa constatou que fazer meia hora de ginástica cinco vezes por semana e se limitar a uma taça de vinho por dia evita um em cada dez casos de câncer de


mama. Nunca é tarde para parar de fumar: a atitud e melhora a disposição física, o paladar, a respiração... e isso sem falar no seu perfume!

Acupuntura Segundo a medicina chinesa, as agulhas equilibram o fluxo de energia que percorre o corpo, também chamado de força vital ou Chi. Já a medicina ocidental prega que as picadas acionam as terminações nervosas da pele, liberando os neurotransmissores responsáveis pelo bem-estar, como a serotonina. “Você sente o resultado na hora”, conta a fisioterapeuta Sandra Ono, do Buddha Bar, em São Paulo. Aproveite a sessão para amenizar rugas. “As agulhas aceleram a produção de colágeno e elastina.”

Sorria

Um minuto de gargalhada proporciona a mesma sensação de bem-estar e disposição que 15 minutos de bicicleta. A constatação é do psiquiatra William Fry, da Universidade de Stanford, nos Esta-

dos Unidos. Assina embaixo a atriz Grace Gianoukas, 44 anos, que há mais de uma década se ocupa de fazer as pessoas rirem no show de humor TERÇA INSANA, em São Paulo. “Tenho uma visão bemhumorada sobre os 40 anos. Nessa idade, a mulher sabe que não tem tempo a perder. Tem mais o que fazer do que ficar mapeando estrias. A gente investe esse tempo numa boa massagem relaxante”, diz. Para rir muito, lance mão de qualquer fonte de piada – filmes, livros, teatro.

Viage Dependendo do roteiro escolhido, ela pode dar uma guinada em sua vida e trazer gás novo. Foi o que aconteceu c o m a empresária A m á l i a Sina, 44 anos, de São Paulo, que em abril do ano passado viajou com o marido e o filho para Sant’Agatha, na Itália, para comemorar a união de 15 anos em uma igrejinha construída no século 14. A viagem também marcou o lançamento da sua linha de cosméticos, Amazonutry, que já nasceu globalizada. “Ali deixei para trás minha carreira de executiva (ela foi presidente da Walita do Brasil). Foi uma ousadia navegar por outros mares. Renovação e felicidade total.”

Aveia Duas colheres (sopa) por dia garantem mais energia e vitalidade, pois a aveia contém carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas e minerais, essenciais para o bom funcionamento dos órgãos e o combate dos radicais livres”, afirma a nutróloga Tamara Mazaracki, do Rio de Janeiro. O cereal ainda ajuda a reduzir a ansiedade, aumentar a saciedade, prevenir o esgotamento mental, a insônia e a prisão de ventre. Extremamente versátil, a aveia pode ser usada no preparo de vitaminas, sopas, mingaus, bolos e pães.”

Alongue-se Relaxe a musculatura ao acordar e sempre que sentir necessidade para garantir vigor. O professor de educação física Denis Alves, do Espaço Stella Torreão, no Rio de Janeiro, sugere alguns movimentos diários: traga os dois joelhos ao mesmo tempo em direção ao tronco e segure; deitada de costas, com os pés apoiados no colchão e os joelhos flexionados, tombe as pernas para um lado e depois para o outro; mantenha uma perna estendida e, com as mãos, puxe o outro joelho em direção ao tronco. Repita com a outra perna.


50 anos Aproveite cada minuto do dia para cultivar a energia de viver e fazer coisas que dão prazer. Com sabedoria, vai perceber que bastam pequenos ajustes na rotina para melhorar a qualidade de vida e dobrar a disposição

Dançe A atividade trabalha com três ferramentas que estão diretamente ligadas à vitalidade: o corpo, por meio dos passos, dos gingados e do movimento dos braços, pés e quadris; a socialização, estimulada principalmente pelo contato físico; e a música, que desperta diferentes emoções. “A dança ainda tem o poder de extravasar a sensualidade, de fazer com que a pessoa se sinta mais bonita e desejada. Fisicamente, melhora a circulação, fortalece a musculatura e alonga”, diz o professor de dança Marcello Palladino, do Palladino Dança Social, em São Paulo. Está esperando o que para procurar um clube, uma escola, uma academia ou arrastar os móveis da sala para sacudir o corpo?

Ajude A sensação de ser útil é rev i g o rante”, diz Maria Tereza Rezende, 64 a n o s , que há oito trabalha como voluntária no Hospital do Câncer de Uberlândia (MG). “Antes de entrar no hospital, respiro fundo e me concentro para transmitir tranqüilidade aos doentes. Como ex-paciente, sei quanto o câncer rouba energia e como é importante ter força para superá-lo.” Para não se abater com o sofrimento dos outros, ela afirma que o segredo é se engajar. “As pessoas passam a fazer parte da minha vida e eu da delas.”

Recicle Se submeter a um processo de mudança (e até de desapego!) renova o espírito e faz a gente se sentir útil e cheia de energia. Organize o armário, doe peças que não usa mais, separe o lixo, deixe a energia fluir.

“Isso melhora o fluxo de energia dentro de casa”, explica a arquiteta Solange Lacerda de Böer, especialista em feng shui. Não quer dizer que é preciso abrir mão daquele vestido lindo de 1970 – é bem provável que ele volte à moda. “Mas nada de guardar o vestido de noiva de um casamento que acabou e que só traz más recordações.”

Sexo A libido não acaba com a menopausa”, garante o ginecologista e terapeuta sexual Amaury Mendes Jú n i o r, do Rio de Janeiro. O fim do período fértil pode até ressecar um pouco a vagina, mas o aumento da testosterona faz com que a mulher se excite facilmente.” Além das delícias do sexo, há mais bons motivos para você se manter ativa: a energia gerada no orgasmo estimula o desejo de conquistar objetivos e de ser feliz, e o ato sexual libera uma boa dose de endorfina, responsável pela sensação de bem-estar.

Soja Pesquisas apontam que uma dieta rica em soja combate os sintomas da menopausa, como falta de disposição, ondas de calor, cólicas e dores nas mamas, provocados pela queda na produção do hormônio


feminino. Além disso, o grão reduz os riscos de ter osteoporose, hipertensão e alguns tipos de câncer. “Há outros benefícios da soja sendo estudados,

“Isso ativa a energia emocional, combustível relacionado à alegria e à esperança”, diz a psicoterapeuta Mira Kirshenbaum, autora do livro ENERGIA EMOCIONAL (EDITORA BEST SELLER). Se falta coragem para se aventurar, comece com coisas mais simples, como experimentar um prato exótico.

Massageie como a redução de peso, a prevenção e o controle do diabetes. O que se sabe é que o consumo de 25 gramas de proteína de soja por dia reduz o colesterol”, diz a nutricionista Liliana Bricarello, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A quantidade pode ser encontrada em 4 copos de leite de soja ou em 230 gramas de tofu.

Aventura Que tal aprender a mergulhar ou encarar a famosa caminhada de Santiago de Compostela, na Espanha? Esses exercícios liberam muita adrenalina e deixam você a mil. Mas o principal motivo é você fazer algo novo.

Compre uma bolinha com pinos de plástico, como a Fisiobol, um óleo de amêndoa e adote um bom exercício para ativar a circulação, eliminar as dores n o corpo e acordar bemdisposta. Espalhe o produto nos p é s e nas pernas e faça movimentos circulares, de baixo para cima, com o apetrecho. Essa massagem pode ser feita tanto em você por você mesma ou você pode fazer um alguém. Depois, repita o processo no abdome, nos braços, nas mãos e nas costas. “Nos pontos doloridos, a pressão pode ser um pouco maior. Mas, em geral, ela deve ser suave para não arranhar a pele ou estimular a flacidez”, ensina a fisioterapeuta Fernanda Scovino, do Espaço Solaris, do Rio de Janeiro.

Memória Estudos comprovam que a memória de quem tem uma vida saudável, estimulante e rica do ponto de vista social funciona melhor do que a de pessoas que têm um cotidiano monótono. Para que você não perca a memória basta força-lá, e nunca deixar que pequenas informações caiam no esquecimento. Um outro estudo mostra que hoje muitas peaaosas não lembram se quer o próprio número de telefone, isso porque hoje em dia é facil você armazenar as informações em um desses aparelhos novos, cada vez menores. Trabalhe a mente, leia livros, se atualize nas novas tecnologias até para se sentir mais jovem. Que tal comprar um iPod para acompanhar seus passos de dança? Nada de excepcional ocorre com a memória aos 50 anos. Ela envelhece como o restante do corpo. Mas você pode resolver com sucesso situações complexas se mantiver a mente ativa”, por isso mesmo com o iPod, lembre-se sempre de usar a cabeça para anotar, diz o professor Mártin Cammarota, da PUC, em Porto Alegre.




Especial Os segredos de Jussara Freire

S

ão 36 anos de sucesso dedicados aos palcos. Mas Jussara é despudorada. Foi dessa forma, jogando para escanteio qualquer tipo de declaração politicamente correta, que a atriz abriu seu coração para a Revista M de Mulher, com a mesma intensidade que declarou seu amor pelo palco, disparou contra a maioria da nova geração de atores, contra o panorama atual da nossa televisão, contra a banalização do ser humano... Tudo isso em favor da sinceridade. Com vocês, a verdade latente de Jussara Freire que, sem papas na língua, ainda falou da era das celebridades, de teatro, da TV de ontem e de hoje, da sua relação com o ex-marido e companheiro de cena Marcos Caruso, do seu espetáculo em cartaz “As Pontes de Madison”, dos projetos futuros e avisa: “Eu quero fazer tudo”.


M de Mulher – Como e quando foi o seu primeiro contato com o teatro? Jussara Freire – A primeira peça que assisti na vida foi “Morte e Vida Severina”, na época de escola. Quando vi aquilo, achei o máximo, me encantei e falei: “É isso que eu quero ser!”. Em seguida, ajudei a formar um grupo de teatro amador que, naquela época, servia para a gente aprender sobre teatro, não para trabalhar na televisão como é hoje em dia. Como eu sou uma mulher nascida em 1951, fui forjada no meio da ditadura e claro que, com a minha pouca idade, achava que poderia fazer alguma coisa para sair daquele inferno. O ator fala alguma coisa e passa alguma coisa. Olha só como o teatro é rico! M – E como foi a reação da sua família? JF – Como eu comecei em 1973, minha família não achou muito legal, pois pensava que era um trabalho que não dava futuro. Em 1973 você podia ser médica, engenheira, advogada, secretária, mas atriz, não, pois era uma coisa meio esquisita. Mas os meus pais nunca foram tão contra assim, achavam só que era algo que não dava futuro. Quando fiz minha primeira novela eles começaram a compreender que a vida de ator não era aquela zona que imaginavam. Na verdade, até hoje as pessoas acham que o ator

é muito volúvel, faz o que quer. Não é assim. Tem uns malucos, tem gente que acha que para ser artista precisa ser transgressor, mas é uma profissão como qualquer outra. Poderia ter escolhido ser engenheira, médica ou advogada, mas preferi ser atriz. Para mim é uma opção de vida. M – Como você enxerga a nova geração? JF – Acho cada vez pior. Temos talentos que surgem, mas, hoje em dia, infelizmente, as pessoas querem aparecer, ter seus 15 minutos de fama. Um sequestrador chama a imprensa para aparecer porque, provavelmente, alguém fará uma

A primeira peça que assisti na vida foi “Morte e Vida Severina”, na época de escola. Quando vi aquilo, achei o máximo, me encantei e falei: “É isso que eu quero ser!”. história da vida dele. Acho que está muito ruim. Nossa profissão tem muito paraquedista que não sabe o que fala, o que faz. Está lá para ir em festa, para aparecer na revista “Caras”, naquelas fotografias 3 x 4, para ser convidado para inauguração de shopping, da caneta Bic... Eles acham que isso é ser ator. E não é. Ser ator é uma coisa muito séria. A safra de novos atores está cada vez mais fraquinha e as meninas e os meninos que real-

mente possuem talento não estão tendo chance, porque, infelizmente, você, hoje em dia, tem que ir para a televisão para depois fazer teatro. Atualmente, as pessoas perguntam para você: “Como eu faço para ser ator? Mas é para trabalhar na televisão.” As pessoas não querem ser atores, querem ser artistas de televisão, querem os tais 15 minutos de fama. M – Está muito diferente da época em que você começou? JF – Antigamente era o contrário: você ia do teatro para a televisão. As pessoas, para conseguirem um lugar ao sol na televisão, têm que ter o biotipo da televisão, ou seja, rostinho bonitinho para vender sabonete. E não é assim a vida. Quando eu comecei na televisão meus mestres foram Laura Cardoso, Márcia Real, Rodolfo Mayer e, quando não tinha gravação, eu, mesmo assim, ia aos estúdios para ver esse pessoal trabalhar. Não havia essa anticultura que existe hoje. Fico muito triste quando vejo notícias de pessoas que participaram de reality shows e viraram famosos, com exceção de uma ou outra pessoa, como a Juliana Alves e a Grazi Massafera, muito aplicadas. Conto nos dedos essas celebridades que caem na profissão e dão certo. Hoje qualquer um quer ser ator e não é assim. Eu não posso ser médica amanhã, tenho que estudar. Até para fazer unha ou limpar uma casa tem que se ter prática e parece


que, para ser ator, não. Aí, fazem qualquer cursinho de dois meses, vão para a televisão e, em dois minutos, conseguem o DRT (registro do ator na Delegacia Regional do Trabalho) – nosso sindicato também fecha muito os olhos para isso, o que acho uma pena. Você acaba tendo que, cada vez mais, brigar pela profissão, pelo seu espaço. Só pode fazer teatro de sexta-feira a domingo e ainda fica pedindo a Deus que tenha público. M – Você quer dizer então que está difícil fazer teatro? JF – Hoje em dia está muito difícil. Quem faz teatro não sobrevive do teatro. O teatro é caro para quem vai assistir e pouco rentável para quem faz: paga-se muito em aluguel, em luz, em um monte de coisa. Tem muita gente que investia em teatro antigamente e não tem mais vontade de investir. Tem um amigo meu, que não vou revelar o nome, que, mesmo com todos esses problemas, quer investir em teatro, quer ser produtor, conseguiu um teatro muito bom e interessante, mas os donos do teatro falaram assim: “Só negociamos se tiver alguém da Globo”. Não dá para entender. Tinha meu nome, mas eu não estou na Globo agora. As pessoas ainda associam talento com televisão e não é isso. M – Com toda esta dificuldade, muitos novos talentos podem estar sendo ceifados, não acha?

JF – Talentos imperdíveis. Talentos que, de repente, acabarão fazendo outras coisas porque precisam comer, pagar as contas. Isso ceifa mesmo. É esta palavra mesmo: são ceifados. Se você não tem nome, não tem visibilidade, não consegue ser ator. E se você não consegue ser ator, não consegue visibilidade, então, faz televisão. É uma pena, porque eu sei que tem gente muito boa que teima em fazer teatro e não consegue. M – Diante desse panorama, você pensa, então, em dar prioridade aos trabalhos na TV? JF – Eu não fechei com a Record porque eles queriam que eu fizesse teatro só até dezembro. Me ofereceram um bom contrato, de quatro anos, um ótimo salário, mas com a cláusula de que eu não poderia fazer teatro e ficasse em “As Pontes de Madison” só até dezembro. E se nos próximos quatro anos surgir uma peça maravilhosa? Achei um absurdo. Fui para a Record porque a Globo estava um pouquinho chata nesse ponto, mas agora trocou. Pode ser também um caso pessoal, não sei. O argumento deles é que não daria tempo para fazer uma peça e uma novela ao mesmo tempo. De maneira nenhuma eu vejo como isso poderia afetar, mas acontece que a televisão, hoje em dia, está meio desorganizada, às vezes não consegue conciliar a produção com a presença do ator. Só porque

você tem contrato eles acham que têm exclusividade sobre você 24 horas e não é bem assim.

“Eu não fechei com a Record porque eles queriam que eu fizesse teatro só até dezembro”. M – O fazer novela está mais difícil também? JF – Se você parar para olhar na televisão é difícil se identificar com as pessoas que estão lá. São todos meio robotizados, com o mesmo corte de cabelo, com a mesma maquiagem, o mesmo peso, tudo igual. Meninas lindas estão ficando secas, arreganhadas, o que não é o tipo do brasileiro. Está todo mundo ficando louro também. Fazem luzes e têm o sotaque carioca (provocação bem humorada ao entrevistador). Por exemplo, essa última novela que fiz (“Chamas da Vida”), eu não gostava de fazer. Não gosto muito de enfocar a desgraça. É muito tiro, muita droga, muito sexo, muita maldade, muita explosão e isso me enche um pouco o saco porque, de repente, não se precisa de ator, mas de dublê. São mais novelas de ação do que de interpretação. M – Esse esteriótipo que você descreveu dos atores de novela não se encaixa ao seu perfil. Incomoda? JF – Sou muito despudorada em tudo que faço. Quero é ser uma pessoa possível. Não sou um este


reótipo de beleza: sou uma mulher de 58 anos que está de bem com a vida. Não faço essa linha “qual é a minha dieta para emagrecer quatro quilos em uma semana”. E aí tem uma coisa que estou achando muito interessante: no teatro: as pessoas se comovem tanto com a personagem porque elas estão olhando uma mulher de 58 anos que é possível. Posso estar um pouquinho acima do peso para os padrões de televisão, mas as pessoas acham tão possível aquela mulher, aquele homem que é alto e magro (Marcos Caruso), que se identificam.

“Sou uma mulher de 58 anos que está de bem com a vida. Não faço essa linha qual é a minha dieta para emagrecer quatro quilos em uma semana”. M – Falando do seu início no teatro, você mencionou a época da ditadura como algo que, de certa forma, impulsionou sua carreira. Você acha que anda faltando mais espetáculos de contestação? JF – Falta contestação gostosa. Não adianta subir ao palco e falar um monte de coisas para calar a boca. Não é isso, não adianta. Por exemplo, as pessoas acham que o teatro do Marcelo Médici é simplesmente uma comédia, eu não acho. Os textos dele são de uma crueldade, de um dedo na ferida, que, à primeira vista, até não parece, a

gente morre de rir, mas, de repente, revisando, você vê como tudo é muito cruel, como todas as personagens dele são absolutamente verdadeiras, só que revestidas do riso, e isso é muito legal. Você liga para quantos morreram no Iraque, no Irã, no Afeganistão? Tudo foi banalizado. O ser humano tem o terrível hábito de banalizar qualquer coisa. O Rio de Janeiro nesta guerra civíl, São Paulo nesta bagunça que está... A pizza, a bomba e o sequestro estão no mesmo nível. Banalizou o erotismo, o sexo, o amor, a dor: ficou tudo tábua rasa. Eu não sou pessimista, sou de muito bom humor, só que, quando tenho oportunidade de falar exatamente aquilo que penso, acho maravilhoso. Não posso deixar de ter certeza, nunca, que sou formadora de opinião. Que mesmo que eu tenha três fãs no mundo, tenho responsabilidade sobre esses três fãs. Se eu falar que eu gosto de amarelo, infelizmente, eles vão querer usar amarelo para o resto da vida. Então, tenho que tomar muito cuidado com a minha vida particular e falar aquilo que eu penso de verdade mesmo. Não posso mentir. M – Falando em comédia, você sempre se destacou, seja na TV, seja no teatro, com personagens cômicos. Fazer rir é um desafio para você? JF – Uma atriz que faz comédia é uma coisa muito difícil. Você aprende a falar inglês, alemão e

até aramaico, mas não aprende a contar uma piada. Comédia é mais difícil de fazer. Só atores bons de comédia têm a pitada certa para o drama. Fazer comédia fina, requintada, é muito difícil. Se eu contar uma história muito triste da minha vida para você, você vai ouvir em silêncio e vai até chorar. Agora, tirar uma risada de uma pessoa, principalmente nos dias em que estamos vivendo, é muito difícil. Ser ator é um dom. Se o ator ainda por cima tem o dom da comédia é uma dádiva. M – Como e quando foi que você e o Caruso se encontraram pela primeira vez? JF – Foi em nosso primeiro grande fracasso. A gente se conheceu em um fracasso chamado “Peri e Ceci”. Era um pseudo-musical horrível, onde ele fazia um fidalgo português e eu uma índia. O figurinista me botou de índia americana. Era um horror, era tudo ruim. Mas, graças a esse trabalho, a gente teve a felicidade de se encontrar e viver um lindo casamento de 20 anos. E deu mais do que certo. Estamos há mais de 15 anos separados, mas somos sócios indissolúveis: temos um filho ma


ravilhoso (Caetano Caruso). M – E como tem sido dividir o palco com o Caruso nessa peça que vocês estão em cartaz, “As Pontes de Madison”? JF – As pessoas acham lindo, tipo: “Oh, que bonito os dois trabalhando juntos... é tão romântico...”. “As Pontes de Madison” é um dos sucessos de São Paulo. As pessoas acham encantador ex-marido e exmulher trabalhando, o que, para nós, é algo absolutamente comum. Se tivéssemos brigado, tivesse tido aquelas coisas que a gente vê que dá polícia, aí, talvez, não teríamos essa parceria, essa cumplicidade, essa intimidade de teatro. M – É mais fácil dividir a cena com um ex-marido de 20 anos? JF – Aí é que está... Não sei se sou diferente das outras pessoas, mas, para mim, é a mesma coisa. Não consegui me sentir em nenhum momento inibida. Acho que pode até, no inconsciente, ter ajudado alguma coisa. Mas, se fosse outro ator, eu teria o mesmo empenho, a mesma satisfação em estar fazendo aquilo. Olho para aquele homem e percebo a história de amor. Aprendi uma coisa maravilhosa: não devo representar, mas atuar. Representar qualquer um pode, agora atuar é deixar a personagem entrar em você, aí é outra coisa. Quando eu estou no palco não é que esteja tomada pela personagem, mas estou tão focada naquela história que poderia ser

qualquer um. Que bom que é o Caruso, porque ele é um excelente ator, um grande amigo, um grande parceiro, um grande dramaturgo e um grande diretor – o que faz com que todas as observações dele sejam válidas. Tem uma química.

“As pessoas acham encantador ex-marido e ex-mulher trabalhando, o que, para nós, é algo absolutamente comum”. M – Quem mais tem essa química artística com você? JF – Por exemplo, quando fiz uma novela chamada “Cabocla”, eu e o Otávio Augusto tínhamos uma química incrível, era uma maravilha. Trabalhar com o Otávio Augusto foi um presente também. E a química não é só com homem. Com a Irene Ravache, em “Inseparáveis”, eram maravilhosos o nosso clima, a nossa química, a nossa cumplicidade em cena, era fantástico. M – Já tem projetos futuros encaminhados? JF – Se Record, Globo ou SBT me chamarem e eu achar interessante, eu vou, desde que que eu possa fazer teatro. Não sou atriz de televisão, não sou atriz de cinema, não sou atriz de teatro. Sou atriz. Por melhor salário que me ofereçam, não posso abdicar da honra e do privilégio de subir ao palco.

Todo ator gosta mais do teatro. Você tem tempo de saborear cada palavra no ensaio e cada dia você descobre uma coisa nova. É muito interessante esse processo no teatro. A televisão, hoje, está um pouco pizza, tem que fazer depressa porque, quando é uma novela inédita, o autor não entregou o texto e aí dá uma embolada no meio-de-campo e você fica sem saber o que vai fazer na semana. Nessa última novela que fiz era assim: eu não sabia o que iria fazer no dia seguinte. Mesmo quando o autor entregava o texto com antecedência, a produção se enrolava. Atualmente o teatro é o meu meio preferido e eu não quero ficar restrita a nada na minha vida, como uma boa aquariana, graças a Deus. Não me restrinja, pelo amor de Deus, porque acho que envelhecer é restringir as suas ações. Sou multifacetada.



Família e filhos

É possível sim ser mãe e trabalhar

Com 40 horas semanais de trabalho, cuidando dos filhos pequenos, roupas para lavar, uma casa e uma vida pessoal para cuidar, as mães modernas chegam aos limites para lidar com todas as suas responsabilidades sem perder a cabeça. Apesar de difícil, a tarefa não é impossível e milhares de mulheres provam isso diariamente. Porém, algumas estratégias facilitam a vida dessas mulheres trabalhadoras: “Quando você é uma mãe trabalhadora, tem que descobrir jeitos criativos para lidar com tudo”, afirma Michelle LaRowe, diretora da Associação Internacional de Babás e autora de “Working Mom 411” (“Informações para a mãe trabalhadora”, em tradução livre, sem edição em português). Confira a l gumas

das dicas da autora para as mães trabalhadoras:

Aceite

a sua escolha

Mulheres constantemente ficam divididas entre ir ao trabalho e ficar em casa com os filhos pequenos. Uma pesquisa realizada em 2009 revelou que tanto homens quanto mulheres concordam que mulheres que trabalham em tempo integral não são a melhor escolha para as crianças pequenas. Mais de 50% das mães acreditam que um emprego em meio período pudesse ser melhor para os filhos. Esta sensação pode levar à culpa quando a mulher trabalha em tempo integral, afirma LaRowe. “Só porque ela

se sente culpada não quer dizer que é culpada de alguma coisa”, diz. De acordo com a autora, a melhor escolha para as mães é aceitar a sua escolha de trabalhar e cuidar da família: “Se você sabe que fez a melhor escolha para a sua família, isso é tudo que importa”.

Pessoas

para ajudar

De acordo com LaRowe, babás e creches não são as únicas opções para cuidar dos pequenos. É possível dividir os cuidados com os filhos, com outra mãe, ou ter a ajuda de amigos ou familiares enquanto o filho não está na creche.

Reúna

ajuda

“Encontre pessoas, lugares e coisas na sua comunidade que ajudem e que possam facilitar a sua vida, para que você possa ter mais tempo livre durante o dia”, sugere LaRowe. Entretanto, é importante que essas pessoas sejam de confiança e não sejam em grande número. De acordo com o psicólogo Russell Matthews, a dica pode se virar contra a mãe trabalhadora: “Quanto


maior é a sua rede social, mais pessoas podem contar com a sua ajuda também”, diz.

Cuide-se “Quando você se envolve demais com o trabalho ou a família, a primeira coisa que você faz é parar de tirar tempo para se cuidar”, afirma Matthews. O psicólogo recomenda que as mães arranjem tempo para fazer um hobby, atividade física ou cursos que dêem prazer e sejam relaxantes. Entretanto, o especialista admite que arranjar tempo para isso é difícil. Segundo ele, é nesta hora que deve entrar a ajuda para a mãe: pedindo para um amigo ou familiar buscar o filho na escola já ajuda a dar um tempo para a mãe relaxar. Basta agora que os amigos cooperem com essas mães que não tem tempo para quase nada, é só fazer uma força que dá para ajudar.

Crie

limites flexíveis

Muitas vezes quando um filho está doente, a mãe tem menos tem-

po para o trabalho, e quando há muito trabalho, tem menos tempo para a família. Embora esse jogo funcione bem, Matthews não recomenda que os limites entre trabalho e família sejam quebrados, e sim flexibilizados. “Minha recomendação é se concentrar em uma coisa”, diz o psicólogo. Isso não significa, entretanto, que a mãe tenha que colocar uma parede entre a família e o trabalho. Para mães que têm escritórios em casa, por exemplo, é bom explicar

vem ter pulso firme e explicar aos chefes que, embora possa ficar até mais tarde no trabalho em alguns dias, em outros tem que ter tempo para buscar os filhos na escola, por exemplo.

à família que naquele momento ela estará ocupada e não poderá ficar disponível para resolver qualquer problema. Do mesmo modo, mães que trabalham fora de casa de-

tenham tempo sozinhos. O fato de dormir cedo ajuda tanto a criança como os pais, deixe que desde cedo o pequeno crie esse habito, assim tudo será mais tranquilo.

Dormir

cedo

LaRowe sugere que as crianças durmam até, no máximo, oito da noite. Além de dar tempo suficiente para uma noite de sono saudável, o horário permite que os pais




Fitness Melhore seu corpo se exercitando

Foi exatamente isso que estas mulheres conseguiram bem longe da tradicional academia. Elas ganharam curvas maravilhosas e, de quebra, consciência corporal e uma sensação de bem-estar intensa. Anime-se!

Balé Delicadeza e força Plié, elevé, relevé. Essas são palavras que, desde os 3 anos, fazem parte da vida de Marina Beltrame, hoje com 21. “Durante 15 anos treinei profissionalmente, mas agora faço balé por prazer, pois a expressão por meio do corpo me encanta”, diz. A repetição dos passos de dança ajudou Marina a fortalecer e delinear as panturrilhas. “O movimento de impulsão e flexão dos joelhos e os exercícios na ponta do pé exigem muito das pernas”, diz. O balé, além de trabalhar a postura e a flexibilidade, endurece o abdome e o bumbum. Benefícios Clínicos Dançar exercita o corpo como um todo e dá uma sensação de bem-estar. “Mas é preciso impor limites, pois a exaustão leva a lesões e distensões. Sem falar em tendinites, comuns nos pés das bailarinas”, diz o traumatologista Samir Salim Daher.

Ioga

Circo

Equilíbrio e tônus ”Durante 13 anos, trabalhei mais de 12 horas por dia nas maiores agências de publicidade de São Paulo. Não tinha disposição para encarar exercícios físicos e odiava academia. Foi quando experimentei a ioga”, conta a ex-executiva Sylvia Freire, 42 anos. A atividade se transformou em um modo de vida – estudou muito, abandonou a profissão e hoje é professora em um badalado centro de ioga. “A melhora geral de saúde é visível. Para realizar as posturas, é preciso concentração e sustentação de determinada região do corpo. Pratico hatha ioga quatro vezes por semana e sinto o meu corpo tonificado e forte ao mesmo tempo em que é leve e harmônico.” Benefícios Clínicos Os exercícios de respiração típicos da ioga exercitam a região abdominal e equilibram corpo e mente. Para obter mais efeito, intercale com musculação e exercícios aeróbicos duas vezes por semana.

Energia e elasticidade Cássia Theobaldo, 30 anos, foi uma adolescente sedentária. Mas seus olhos brilharam quando entrou em um circo. Tudo foi por acaso: o irmão dela, que é músico, foi convidado para tocar em um picadeiro e ela foi junto. “Quando descobri que eles davam aula, nunca mais parei. Virei artista e professora. Há nove anos faço parte do Circo Fractais”, conta. Seu trabalho exige horas de preparo físico – abdominais, exercícios no tecido, no trapézio e no arco (lira). Ela acredita que seu corpo está bem melhor hoje do que aos 15 anos. “O circo, ensina a pessoa a superar limites.” Benefícios Clínicos Para praticar, é preciso já ter feito outras atividades que dão flexibilidade e equilíbrio, como ginástica olímpica. “O trabalho aeróbico e de resistência no circo é grande, diz o médico Ricardo Cury. A atividade deve ser feita com cautela.


Corrida Fôlego e corpo enxuto Paula Spuch, 35 anos, fazia academia. Mas, quando a professora a levou para correr pelo bairro, ela sentiu uma liberdade incrível e resolveu praticar ao ar livre. “Procurei uma equipe esportiva, a 4any1, e comecei percorrendo 6 quilômetros por dia. Hoje chego à marca dos 20 quilômetros. Em dois meses, defini minhas coxas e meu abdome.” Benefícios Clínicos A corrida é um dos melhores esportes para emagrecer e aumentar a resistência cardiovascular. “Como em qualquer atividade, é importante fazer uma dieta balanceada.

Destaque

A instrutora de ioga australiana Bette Calman, de 83 anos, diz ser mais flexível hoje do que há 50 anos, graças à técnica. A instrutora, que foi uma das primeiras a introduzir a antiga prática indiana na Austrália nos anos 50, tem estudado e ensinado ioga há 40 anos no país e disse que os movimentos ficam cada vez mais fáceis. “Nunca se está velho demais para a ioga”, disse ela, “o corpo pode se alongar cada vez mais”. Mesmo com todos os anos de dedicação, a instrutora lamenta

Em média, gastam-se entre 300 e 600 calorias em uma hora, seguindo um ritmo confortável”, diz o médico Samir Daher. Antes de sair correndo por aí, é preciso condicionar o corpo com caminhadas. Para potencializar o resultado, alterne a corrida com aulas de musculação três vezes por semana.

Pilates Postura e resistência

Ganhei consciência corporal, flexibilidade e coordenação motora”, diz. Benefícios Clínicos ”Como não existe trabalho de explosão, há uma solicitação maior do tônus e do fortalecimento muscular”, explica o ortopedista Ricardo Cury, de São Paulo. “O alongamento típico do pilates trabalha grupos musculares que estão encurtados e contraídos.

Thays Morais Ribeiro, 32 anos, formada em educação física, dava aula de ginástica tradicional. Como ficava muito tempo em pé, sentia fortes dores lombares. Foi aí que investiu no pilates. “No início, a ideia era melhorar a postura. O resultado foi visível. Me animei tanto que hoje sou professora de pilates.

que o marido nunca tenha praticado como ela. No entanto, a filha Susan seguiu os passos da mãe e abriu uma escola de ioga há quase uma década.

“Eu continuo a dar aulas lá, ao menos 11 vezes por semana”, disse ela, que se orgulha do netinho de três anos também ter começado a prática. “Cada vez que faço ioga é como se eu estivesse num conto de fadas. Esse é um exercício devagar, que ajuda fisicamente, emocionalmente, espiritualmente. É bom para ser praticado nos dias de hoje, onde todo mundo está sempre correndo e estressado. A autora de três livros sobre Ioga, impressiona o genro, Richard MacRae: “Quem diria que ela ficaria tão famosa devido a ioga”, disse ele.



Moda As mesmas peças vestem mulheres de todas as idades Calça boyfriend, brilho, macacão e vestido cítrico. Saídas das passarelas, essas tendências parecem vestir bem apenas as garotas do mundo fashion. Engano! Mostramos aqui mulheres de 30, 40, 50 e 60 anos desfilando as mesmas peças apenas de maneiras diferentes para combinar com o charme de cada idade. Você vai se surpreender!

30 anos Macacão Tem o frescor da estação e está mais elegante e urbano graças ao acabamento de alfaiataria 32 anos, Barbara Nogueira • Macacão de linho, A. Niemeyer, R$ 548 • Cinto de couro, Isabella Giobbi, R$ 298 • Sandálias de couro, Schutz, R$ 300 Tulipa Parte da tendência de volumes localizados, a saia de forma tulipa atualiza o look sem exageros. Barbara desenha um corpo escultural: o corset justo realça o colo e enfatiza o volume da saia.

40 anos

Boyfriend O jeans que parece emprestado do namorado ficou mais clarinho. A modelagem larguinha é confortável, gostosa e pode compor todos os estilos 41 anos, Isabella Teixeira • Calça jeans, Ellus 2nd Floor, R$ 438,90 • Camisa de palha de seda, Sable, R$ 2 175 • Brincos de prata Esencial, R$ 890

50 anos

Cítricos Cores vivas iluminam e trazem alegria à estação. Vale ousar e misturar mais de um tom no mesmo look 50 anos, Neusa Teixeira Neusa controla a exuberância da cor ao sobrepor um casaco de verão. Os escarpins de mesma tonalidade alongam a silhueta

• Vestido de georgette, Marcos Ferreira, R$ 898 • Casaco de organza, Lita Mortari, R$ 1 100 • Escarpins de couro, Cavage, R$ 1 158 • Vestido de georgette, Marcos Ferreira, R$ 898 • Colar de madrepérolas, Diferenza, R$ 581 • Peep toes de camurça e tule, Paula Ferber, R$ 922

60 anos

Tulipa Parte da tendência de volumes localizados, a saia de forma tulipa atualiza o look sem exageros 62 anos, Erika Cabral • Saia de algodão, Ricci & Colella, R$ 279 • Capa de tafetá, Cori,


R$ 1 200 • Camiseta de malha de algodão, Nutrisport, R$ 110 • Brincos de prata com opala, Esencial, R$ 936 • Anel de madeira e pirita, Esencial, R$ 950 • Sandálias de couro, Jorge Alex, R$ 159 Macacão Tem o frescor da estação e está mais elegante e urbano graças ao acabamento de alfaiataria Erika também desenha a silhueta, mas com cinto fino. O salto alto amplia a figura. A jaqueta dá o toque esportivo. • Macacão de linho, A. Niemeyer, R$ 548 • Jaqueta de náilon, Fillity, R$ 488 • Cinto de couro, Les Lis Blanc, R$ 159,50 • Colares: de tecido com murano e granada, Filó de Luxo, R$ 380, e de correntes, Gloria Coelho, R$ 287 • Sandálias de lona, Alphorria Cult, R$ 117,80

Beleza

Dez anos mais jovem, dez vezes melhor

A editora de moda americana Charla Krupp ensina como mulheres com mais de 40 anos podem se parecer mais jovens. Para Charla Krupp a vaidade não é um dos sete pecados capitais. Editora de moda e estilo de importantes revistas americanas como Glamour e InStyle, ela afirma que a busca pela beleza não é apenas o seu ganha-pão: é o de todas as mulheres acima dos 40 anos. Isso porque, segundo Charla, no mercado de trabalho, a idade e a aparência valem mais do que a experiência. Não que o mundo corporativo esteja contratando espécies de “Barbies” mas, para competir com jovens competentes, as mulheres mais velhas estão tendo que acrescentar uma boa apresentação ao seu currículo. “Como as empresas estão demitindo funcionários com altos salários, muitas executivas experientes estão enfrentando uma recolocação profissional. Aí a aparência conta”, afirma Charla. Ela não nega que isso seja uma injustiça, mas enfatiza que as mulheres têm de ter uma visão prática. “É a regra do jogo. Com o aumento da expectativa de vida, temos que levar em conta que ficaremos alguns anos a mais no mercado de trabalho”.

Com essa idéia na cabeça, ela escreveu o livro How Not to Look Old (Como não se parecer velha, sem tradução para o português). O livro, explica a autora, é direcionado para mulheres acima de 40 anos. E, apesar de dar dicas específicas para o mercado de trabalho, deve causar mudanças em todos os planos da vida, inclusive o pessoal. Charla, que também é consultora de moda do canal E! e do


programa Today Show, afirma que escreveu o livro motivada pela própria idade - que não revela a ninguém - e pelos inúmeros pedidos para dar conselhos específicos para mulheres mais velhas. Ela diz que há muito o que aprender. “Hoje em dia as mulheres estão melhores do que elas mesmas estavam 10 anos atrás. Vide Glenn Close, Barbra Streissand, Beth Middler. Eu mesma me considero mais bonita hoje em dia que há 10 anos”. As vendas comprovaram que havia um grupo feminino ansioso por sugestões: seu livro figurou por 15 semanas na lista dos mais vendidos do jornal The New York Times, atrás apenas do best seller global O Segredo. “O mercado editorial feminino é voltado para jovens de até vinte e poucos anos. O que as revistas mostram não satisfaz as expectativas nem resolve os problemas de uma mulher de 40 ou 50 anos”, afirma Charla. “Muitas mulheres não se dão conta disso, mas uma saia que ficou ótima na Gisele Bündchen pode não ficar bem em uma mulher mais velha. Aliás, é mais provável que não fique”, diz. Com essa idéia na cabeça, ela entrevistou especialistas de todas as áreas - de dermatologistas e dentistas a designers de roupas, cabeleireiros e personal shopper - e reuniu a experiência de toda a sua carreira. O resultado foi um rol de produ-

tos e cuidados que Charla garante terem o poder de roubar alguns anos da aparência. “Podem parecer coisas que uma mulher pensa todo dia. Mas meu público são mulheres que trabalham muito, têm uma casa para cuidar, criam os filhos e não têm tempo para acompanhar as tendências e exigências da moda”. A pedido de M de Mulher, ela selecionou alguns dos conselhos de seu livro para ajudar as leitoras .

Batom “Abandone o vermelho”, aconselha Charla. Após os 40 anos, as maquiagens devem ser claras. Batons escuros envelhecem o rosto e deixam a expressão triste. “Podem deixá-la igual à Cruela Cruel”, diz. Cores carregadas, além de causar a impressão de afinamento dos lábios, deixam as rachaduras mais evidentes. Utilize o rosa e outros tons claros, que dão um ar jovem e tornam os lábios mais grossos. Você também deve ter à mão sempre um brilho, porque eles iluminam o rosto. Outra dica é não contornar a boca toda com lápis escuro. Use-o apenas em lugares que precisam ser realçados.

Cabelo Cuidar do cabelo é a primeira atitude para quem quer parecer mais jovem. “Se você tiver dinheiro para melhorar apenas uma coisa, que

sejam os cabelos”, diz. O primeiro passo é adotar franjas. Elas emolduram o rosto e dão um ar delicado à expressão. Como os cabelos ficam mais finos à medida que as pessoas envelhecem, o ideal é fazer cortes e usar produtos que dêem volume aos cabelos. No pior das hipóteses, pode-se consultar o dermatologista para saber se precisa de algum tratamento contra a calvície. Resolvido o problema do corte e do volume, pinte-os, se forem grisalhos, ou clareie as madeixas, se forem muito escuras. “Um dos truques para se parecer mais jovem é usar tons claros, e no cabelo isso é mais que comprovado”. Abuse do castanho, faça luzes. “Cabelos pintados são como maquiagem que você nunca tira”, ensina a especialista.

Unhas Para quem tem mais de 40 anos a recomendação é ter as unhas das mãos curtas e em tons claros. Charla acredita que cores escuras envelhecem as mulheres. “Para as meninas, cores escuras são bonitas, mas se você não é mais uma, use um bege ou um tom de rosa muito claro”. Já unhas compridas compõem um visual antigo. Além do trabalho que dá mantêlas limpas e pintadas, unhas compridas são um indicativo de que suas donas


não trabalham muito. “Não combinam com o dinamismo da mulher moderna, que trabalha, mexe com computadores, cuida dos filhos e tem suas atividades domésticas”. Para as unhas dos pés, siga as tendências: cores escuras são liberadas.

e tirá-los logo na saída. Não existe nada mais velho que sapatinhos feios, mas confortáveis”.

Pele

É uma das mudanças mais simples de fazer, e tem resultados excelentes. Como os óculos são a primeira coisa a ser notada no rosto eles realmente têm o poder de indicar o quão velha você quer aparecer. Uma armação retangular em plástico ou casco de tartaruga é muito moderna. As hastes também devem ser grossas. Armações clássicas não mostram estilo, explica Charla, apenas denunciam sua idade.

Uma pele bonita é fundamental para parecer mais jovem. Um bom sabonete esfoliante não é necessariamente caro e é um dos cuidados fundamentais para o rejuvenescimento. Charla recomenda esfoliar a pele, especialmente a do rosto, de uma a duas vezes por semana. Para encobrir as imperfeições, o segredo é usar pouca base, justamente o oposto do que as mulheres geralmente fazem. À medida que envelhecem, as mulheres tendem a usar mais maquiagem. “O segredo é passar pouco, até obter um brilho suave”. Se a pele é boa, um leve toque é suficiente. “O excesso de base é uma prova evidente de que o rosto tem muitos sinais a esconder”.

Sapatos

Magra

Óculos

O salto alto é indispensável. Ele faz você parecer mais alta, além de deixar sua postura mais ereta. Mais que isso, eles são sexy. Os saltos não precisam ser necessariamente agulha. O conselho é se condicionar a usá-los nos contextos essenciais. “Nem que seja para calçá-los na entrada do restaurante

O truque para aparentar cinco quilos a menos é acertar na roupa íntima. Charla se diz uma entusiasta de bermudas e tops modeladores, que são peças usadas por baixo da roupa e que deixam o corpo mais magro e firme. “São ótimos para levantar os seios, comprimir a barriga e arrebitar o bumbum”, diz. Além disso, não marcam a roupa. Um ponto em que ela se diz fã das brasileiras é em relação às calcinhas.

“Gosto de calcinhas pequenas, tanguinhas. Além do efeito estético, elas têm um poder psicológico poderoso”, diz. “Ninguém se sente sexy com calcinhas de vovós. Sua capacidade de se sentir sexy.

Seios Charla estima que 80% das mulheres usam o sutiã errado. Ela ensina uma técnica para achar o sutiã ideal. Deve-se dobrar os cotovelos formando um ângulo de 90º. A melhor posição é colocar o sutiã no meio do caminho entre a ponta do cotovelo e o ombro. A especialista diz que não existe um modelo ideal porque cada mulher tem suas medidas, mas se ela conseguir ajustar o sutiã neste ponto, os seios ficarão turbinados e a silhueta, mais fina.

Pernas A exposição das pernas na medida certa passa uma impressão jovem. Charla é taxativa: jogue fora as meia-calças no tom da pele. Elas dão um tom artificial e antigo às pernas. Se não puder deixá-las de fora, invista nas meias arrastão e nas meias opacas, que chamam menos atenção.

Roupa arrasar de elegante com ele, ela joga um banho de água fria nas


suas expectativas. Para a especialista, esse look tradicional envelhece até as mais enxutas. Ela não recomenda nenhuma roupa que combine todas suas peças. Esqueça os tailleurs. Nada de tom sobre tom. Moderno e elegante, na sua visão, é abusar dos contrastes. Uma dica são os vestidos com jaquetinhas para completar o visual. Charla não prega que as mulheres sejam magérrimas. “Aceite seu físico, mas tente lidar com os excessos”. Use roupas que modelem seu corpo e não que o façam parecer maior do que é. Roupas muito justas deixam imperfeições muito aparentes, mas roupas largas farão você parecer maior. Uma boa dica é usar uma bata ajustada ao corpo com calças skinny (retas em relação à perna) por baixo. Outra sugestão é um vestido com corte em A, que dá um visual nem tão justo, nem tão largo. Quando você for sair, use, no máximo, três peças brilhantes. Não use um vestido brilhante, um colar brilhante, uma bolsa brilhante, brincos brilhantes. Você pode usar um brinco, o vestido e o sapato, por exemplo.

Plástica “Não gosto de plásticas, elas envelhecem. Se você quer parecer uma mulher de 60 anos, faça um lift no rosto”, diz a especialista. O risco

são as operações mal feitas, cujo resultado pode ser uma pele rígida e esticada. “Um rosto com plástica passa a idéia de que você é velha o suficiente para ter de recorrer a este tipo de cirurgia”. Charla agradece por viver em uma época em que os avanços cosméticos são capazes de reduzir as rugas em 48 horas.


Moda de

AZ B a

A

Acessórios valorizam a sua produção. Invista em lenços, cintos, bolsas, brincos, suspensórios.

Brilho, sua calça jeans é puro glamour quando tem aplicações metalizadas como rebites ou tachinhas prateadas ou douradas.

C

Cintura alta é perfeita para quem deseja alongar as pernas.

E D G Detalhescalça com recortes e bordados, personalizam o seu jeans.

Prepare-se para causar também nos dias de chuva. Galochas coloridas podem ser usadas com calças skinny, shorts e bermudas.

Echarpes podem ser usadas com blusa ou vestido. Estampas floridas ou lisas dão um toque cheio de estilo ao look.

H

Harmonia- Para usar roupas com estampas diferentes, as cores das duas estampas precisam estar em harmonia e ter pelo menos uma cor em comum.

F

Fashion é tudo o que está na moda. Uma pessoa é fashion se está antenada com a moda. Cuidado para não ser uma vitima fashion, por isso escolha só o que combina com seu tipo físico e estilo.

I

Índigo é o nome do tecido usado para calças jeans.


J

Jaqueta deixa seu visual descolado e pode ser usado em diversas ocasiões, por cima de blusas ou vestudos.

N P

Meias de varios tamanhos, estilos e cores permitem diferentes combinações.

O Óculos de sol protegem os olhos da radiação solar e dá estilo. Fique atenta para escolher um modelo que combina com o seu rosto.

V

Rasteirinhas podem ser usadas durante o dia ou a noite. Ficam lindas com bermudas, skinny, shorts, saias e vestidos.

U X

Calça skinny, aposte no estilo em 2010. Shorts jeans claro pode fazer uma boa dupla com botas. Strass aplicado em calças, deixam a produção mais elegante.

Vintage é a calça jeans com puídos e com uma aparência antiga.

Neon é a cor tendência desse verão. Tem rosa, verde-limão, azul. Só não exagere na dose. Invista em peças pequenas ou em detalhes em neon.

Pedraria- calças ou bermudas com apliques em pedraria deixam a peça jeans mais chique e elegante.

QR

Quadril largo pede calças e bermudas jeans escuras, já o quadril estreito fica mais elegante vestir uma calça mais solta e clara.

S

L

M

Laço, laçarotes de cetim nos cabelos, no sapato, no colar, na bolsa. Esse acessório deixa o visual mais feminino e romântico.

Unhas são nosso cartão de visita, é importante que as unhas estejam bonitas.

T Z

Xadrez, essa estampa tem cores e tamanhos variados. Dá para montar combinações sofisticadas e ousadas.

Tradicional, esse estilo de calça jeans é um clássico que não pode faltar no guarda-roupa.

Zíper, o uso do ziper é util nas calças jeans, mas também pode ser usado como um detalhe cheio de estilo nas peças fashion.


Maquiagem

Maquiagem para todas as gereções 30 anos Tempo de glamour Quase tudo ainda cai bem, mas é hora de começar a apostar na sutileza para um visual chique.

Cabelo Aos 30, é preciso escolher um comprimento que recupere a leveza dos 20 anos. “Mantenha os fios um palmo abaixo dos ombros, sempre repicados e com franja longa. É chique e não envelhece”, sentencia Marco Antônio de Biaggi. Para cobrir os brancos, que estão aqui e ali, a dica é tonalizá-los com a cor original do seu cabelo. Garanta um resultado natural fazendo mechas fininhas ao redor do rosto. Aproveite que a idade ainda permite e use os cabelos soltos, ondulados ou escovados.

lar, e outra, mais escura, bem pertinho da raiz do cabelo, nas têmporas, nas abas do nariz e no pescoço”, ensina o maquiador Fabio Nogueira. Finalize a pele com pó translúcido e pinceladas de blush rosado ou terra nas maçãs. Nos olhos, use sombra grafite ou marrom, rímel e delineador pretos. Invista no batom nude ou vermelho.

Os fios brancos estão mais intensos agora, e as mechas, sozinhas, já não camuflam. É preciso colorir tudo desde a raiz. O ideal é usar dois tons mais claros que o natural. Você pode abusar do reflexo, que ajuda a rejuvenescer. O comprimento perfeito é na altura do pescoço e repicado, com franja longa. “Mas, se você não abre mão do longo, que não passe da linha do peito e tenha um repicado em volta do rosto”, recomenda o expert Marcos Proença.

Maquiagem

Maquiagem O segredo é não exagerar, escolhendo apenas um ponto de destaque – olhos ou boca. Como olheiras e pés de galinha já dão sinais, corretivo líquido e base passam a ser itens obrigatórios no nécessaire. “Para iluminar a expressão, use dois tons de base: uma mais clara que a sua pele no meio da testa, embaixo dos olhos, sobre o nariz e no maxi-

Cabelo

40 anos Beleza é luz As restrições aumentam e a ideia deve ser iluminar e valorizar mais a aparência do que parecer que está produzida

A partir dos 40, é fundamental aplicar um hidratante de efeito lifting antes da maquiagem para suavizar as linhas de expressão e as bolsas sob os olhos. “Depois, cubra a pele com base líquida e pó mineral e finalize com uma pincelada de blush rosado nas têmporas”, diz a maquiadora Vanessa Rozan, do Liceu de Maquiagem, em São Pau-


lo. Para um olhar jovem, realce as pál¬pebras superiores com sombra mineral marrom e bege. Evite pintar as pálpebras inferiores para não denunciar as olheiras. Na boca, você pode optar por batons claros (rosa ou nude) ou escuros (bordô ou vermelho fechado).

maçãs em direção às têmporas é fundamental para dar um up e aumentar o viço. Traga um pouco de cor ao make escolhendo um batom alaranjado. Só que, antes de aplicálo, marque o contorno labial com um lápis, pois com a idade o desenho fica indefinido.

50 anos Com leveza O penteado e a maquiagem são dois grandes trunfos para rejuvenescer. A medida certa é a da discrição

Cabelo A palavra de ordem é evitar os extremos. O comprimento ideal é na altura da saboneteira – nem curtinho nem comprido demais. Dá até para usar franja, mas tem que ser alongada e na lateral. Esqueça o corte reto: para um ar jovem e moderno, os fios precisam ser repicados. Como o cabelo está mais branco, a tendência é extrapolar no reflexo e acabar ficando blond. Já que tanto o loiro quanto o moreno total envelhecem, o melhor é investir nas nuances mais naturais de castanho.

Maquiagem Os efeitos da gravidade deixam o contorno facial mais caidinho. Por isso, aposte numa base lifting. Aplique corretivo cremoso e pó facial somente no centro da face, para iluminar. Blush pêssego das

60 anos Em traços suaves Cores mais discretas são as grandes aliadas. Não é preciso ter medo de se produzir – a questão é não querer mostrar uma idade que não se tem.

Cabelo

O corte chanel ou o curtinho com fios repicados são perfeitos. Para o visual não ficar careta, realce as pontas com spray ou pomada. Outra dica é manter a raiz com volume para quebrar o semblante cansado. Modele com musse e secador e, se necessário, coloque bob

para estruturar os fios. A coloração deve ser suave para não criar muito contraste com a pele. Fique com as nuances de castanho-claro ou loiroclaro.

Maquiagem “O ideal é concentrar o make em pele e boca. Os olhos passam a ser secundários”, diz o beauty stylist Evandro Ângelo, do EV, em São Paulo. Mais do que nunca, a pele tem que ser corrigida, porém com sua¬vidade. O primeiro passo é aplicar base líquida e, depois, pó facial na parte central do rosto. Boa aposta: blush em musse rosa-queimado espalhado nas têmporas. Já que os olhos são neutros, prefira os tons de marrom e bege opacos. Ao aplicar a sombra, não se deve ultrapassar a linha do côncavo. Para levantar o olhar, nada como três camadas de rímel nos cílios. Vermelho fechado e terra são as cores mais indicadas para os lábios.



Saúde

Reeducação alimentar aos 30 anos gorda. Mais uma má notícia: o vilão favorece o aparecimento de celulite e de bolsas embaixo dos olhos.

Troque itens da sua alimentação por outros mais saudáveis. Isso ajuda a combater o stress e o esgotamento mental, além de dar pique para você resolver suas mil e uma tarefas diárias

Parte 2

Parte 1 • Use o restaurante por quilo a seu favor. Em vez de se entregar à variedade de comida (que faz a gente comer mais!), comece pelo bufê de saladas: as folhas devem ocupar cerca de dois terços do seu prato. Complete com apenas uma opção de carboidrato e uma de proteína. • Inclua quinoa na sua rotina. O grão é fonte de proteínas, fibras, vitaminas, ferro, cálcio e ômega 3 e 6 e tem menos calorias que a aveia. Por tudo isso, ganhou o títulos de “alimento perfeito”, da Organização das Nações Unidas (ONU). Pode ser preparado e servido como o arroz, refogado com cebola e alho, ou consumido cru enriquecendo saladas, sucos, sopas, pães, bolos e tortas. • Para prolongar a juventude interna e externa, coloque sempre no prato alimentos ricos em carotenoides – responsável pelo colorido da cenoura, da abóbora, do tomate, da manga, do mamão... “No organismo, essa substância se transforma

em vitamina A e é capaz de prevenir o envelhecimento provocado pelo sol, atenuar linhas de expressão e estimular a síntese do colágeno”, explica a dermatologista Adriana Vilarinho, de São Paulo. • Anote aí a receita para ter mais pique no trabalho: duas castanhasdo-pará e dois damascos por dia. A combinação protege o sistema imunológico, combate os radicais livres e fornece nutrientes como ferro e potássio. • A nutricionista Cynthia Antonaccio não se cansa de repetir: “Tire o saleiro da mesa”. O excesso de sal retém líquido, deixando você inchada e com a sensação de estar

• Se você anda mal-humorada, experimente colocar no prato alimentos ricos em ácido fólico e selênio. “O primeiro auxilia no equilíbrio das funções cerebrais e o segundo combate o cansaço mental”, explica a médica ortomolecular Sylvana Braga, de São Paulo. Boas fontes: feijãobranco, suco de laranja, fígado, ovos e frutos do mar. • Não há nervosismo que resista a uma xícara de chá feito com 1 colher (sobremesa) de alecrim, jasmim ou melissa. “Essas ervas são capazes de atuar no sistema nervoso central, ajudando a acalmar. Beba três vezes ao dia”, indica a fitoterapeuta Adriana Sarti, de São Paulo. • Para turbinar a ação do seu creme anti-idade, consuma diariamente uva, brócolis, maçã, alho e cebola. Fontes de flavonoides, retardam os sinais do tempo em três anos ou até seis se cozinhar com azeite em vez de margarina e molho de tomate no lugar do creme de leite. • Contra o ressecamento excessivo da pele, experimente ingerir 1 colher (sopa) de óleo de macadâmia por dia. Poderosa fonte de ômega


7, ele regenera os tecidos e hidrata profundamente. “Mas, para fazer efeito, deve ser consumido frio, na salada ou acompanhando o pão”, alerta o naturopata Orlando Vettorazzo, de São Paulo. • O hábito de chupar balas para enganar a fome pode estar sabotando a sua dieta. Para tirar a dúvida, deixe em um lugar visível todas as embalagens. No fim do dia, multiplique o número de papéis por 15, que é o valor energético de uma bala simples, ou 30, se for recheada. • Comer frutas cítricas, como laranja, acerola, tangerina e limão, três vezes ao dia, ajuda a combater o envelhecimento precoce e a prevenir câncer e doenças do coração. “Se enjoar, faça um rodízio com frutas roxas ou vermelhas, como amora, morango, uva, ameixa, cereja e framboesa, que contêm antocianinas, substância com ação semelhante”, diz a pesquisadora Jocelem Salgado.

Parte 3 • Durante a TPM, uma em cada quatro mulheres come até 87% mais calorias do que o habitual. Pode jogar mesmo a culpa nos hormônios. Mas, para evitar que o ponteiro da balança suba, coloque no prato cereais integrais e carne vermelha. Ricas fontes de vitamina B6, aumentam a produção de serotonina e espantam a compulsão.

• No próximo almoço com a família – em que normalmente são servidos pratos mais gordurosos –, lembre-se de consumir junto alguma fonte de cálcio, um molho de iogurte ou queijo ralado light, por exemplo. “O mineral liga-se à gordura formando uma substância semelhante ao sabão. Como ela não é absorv i d a pelo intestino, acaba sendo excretada”, explica Jill Fullerton-Smith, autora do livro A VERDADE SOBRE A COMIDA (EDITORA INTRÍNSECA). • Quem gosta de petiscar tem um bom motivo para escolher as amêndoas: estudo do City of Hope National Medical Center, na Califórnia, nos Estados Unidos, mostrou que quem ingere oito unidades por dia consegue acelerar o metabolismo, ficar saciado mais rapidamente e perder peso. Mas atenção: são só oito amêndoas! Dor de cabeça, insônia, ansiedade e diarreia podem ser sinais de que você anda exagerando no cafezinho. “O limite é de seis xícaras pequenas por dia”, apenas 6 xícaras e isso é suficiente. diz a nutricionista Cristiane Durante, São Paulo.

Trocas valiosas Tudo bem que fazer bruscas mudanças à mesa depois de três décadas de vida não é fácil, mas vale a pena, principalmente se você está cansada de viver de regime. A mais importante delas é ficar atenta às escolhas, como optar por carboidrato integral em vez de simples, trocar alimentos fritos por assados e fastfood por sanduíche natural. “A reeducação alimentar inclui ainda aumentar o consumo e a variedade de frutas, verduras e legumes, caprichar no café-damanhã, fazer pequenos lanches entre as refeições e maneirar no tamanho das porções”, afirma a nutricionista Márcia Dal Medico, de São Pedro (SP). A recompensa não poderia ser melhor: você desintoxica o organismo, emagrece com saúde e pode comer sem medo uma fatia de bolo no seu aniversário, panetone no Natal e até churrasco no fim de semana. “Eu testei trocar alimentos” Em 2002, fui trabalhar em outro estado e, em menos de um ano, o ponteiro da balança pulou dos 58 para os 66 quilos. Pudera. Descontava na comida toda a ansiedade e a saudade da família, não dispensava sobremesa e fazia apenas três refeições por dia, todas em porções caprichadas.


Decidi virar o jogo e passar as férias em um spa. Foi ótimo perder 4 quilos em apenas dez dias, mas melhor mesmo foi adquirir novos hábitos, como beber 1,5 litro de água por dia e não ficar mais de três horas sem comer. Tudo ia bem até que tive um problema muito sério na família. Deprimida, engordei de novo. Dessa vez bati nos 69 quilos. Apesar de saber o que fazer, precisava de um estímulo e fui buscá-lo novamente no spa. Em cinco dias, perdi 2,5 quilos e recuperei o ânimo. Tanto é que retomei a linha, passei a malhar quatro vezes por semana e continuei emagrecendo, mesmo estando com a tireoide alterada. Em três meses, cheguei aos atuais e tão sonhados 60 quilos, que mantenho desde 2006.

e médica, como ela teve) e depois continuar seguindo as orientações em casa com uma dieta de 1200. Como os novos hábitos já foram incorporados à rotina dela, só precisa ficar atenta para não deixar que as emoções interfiram no seu peso.” Márcia Dal Medico, do Spa Jardim da Serra, em São Pedro (SP)

Opinião da Nutricionista

1 copo de suco de maracujá + 3 colheres (sopa) de manga picada

“Andressa sempre teve muita disciplina, por isso conseguiu seguir o cardápio de 600 e 800 calorias diárias do spa (que só podem ser feitos com orientação nutricional

1 copo de suco de maracujá + 3 colheres (sopa) de manga picada

Cardápio Café da manhã 1 xícara de leite desnatado batido com 1 fatia fina de mamão, 1 maçã e 3 colheres (sopa) de aveia + 3 biscoitos maisena Lanche manhã 1 fatia média de abacaxi com um fio de mel Almoço 1 prato de alface com rúcula, 2 colheres (sopa) de cenoura ralada, 2 colheres (sopa) de soja e 1 colher (sopa) de cebola + 3 pegadores de macarrão penne com iscas de salmão, ervilha e molho branco + 1 fatia fina de rocambole de laranja Lanche da tarde

Jantar

Ceia 1 fatia fina de bolo de coco light

É sempre bom lebrar que os regimes variam de pessoa para pessoas, algumas delas fazem a dieta, seguem esse cardápio acompanhadas de remédios, claro que sempre indicados por médicos especializados. O mais importante nisso tudo é sempre ter o acompanhamento de um nutricionista. Afinal hoje em dia existem vários tipos de dieta, e vários tipos de especialistas, a maior novidade nese mundo das dietas é a dieta que é feita atraves do seu tipo sanguineo, essa é feita por um médico ortomolecular, ele analisa seu tipo de sangue e faz uma dieta exclusiva para você. Esta sim deve ser seguida a risca. Já a dieta da Andressa por exemplo, pode até ser usada, mais a nutricionista não garante o mesmo efeito. Essa dieta é baseada em uma alimentação saudável , e até mesmo as pessoas que não fazem regime deverim tentar se alimentar dessa forma, para criar e cultivar hábitos alimetares extremamente saudáveis. Muitos gosrinhos hoje em dia estão investindo também na cirurgia bariátrica, que realemnte dá resultado, porém não deixem se enganar, para aqueles que acham que o processo de recuperação é fácil se engana, é muito dificil, por isso é recomendado que todos tenham sempre uma alimentação adequada, para que quando tiver que passar por uma situação como uma recuperação, esteja devidamente preparado, e não sofra com as mudanças nos hábitos alimentares.



Mulheres são mais afetadas por mudança climática O Relatório sobre a Situação da População Mundial publicado pelo Fundo de População das Nações Unidas, revela que as mudanças climáticas devem provocar impactos mais rigorosos nas mulheres. O relatório, segundo o fundo, procura inovar ao colocar os problemas do aquecimento global em uma perspectiva humana, questionando como as atuações individuais podem influenciar nos impactos. Trata-se de “mobilizar o poder de homens e de mulheres para reverter o aquecimento da atmosfera da Terra e lançar uma estratégia global de longo prazo genuinamente efetiva para lidar com a mudança do clima”, segundo Thoraya Ahmed Obaid, diretora-executiva do fundo. O documento conclui que os acordos internacionais e as políticas de cada país para combater os efeitos da mudança do clima terão mais sucesso no longo prazo se levarem em conta as dinâmicas populacionais, as relações entre os gêneros e o bem-estar das mulheres e seu acesso a serviços e oportunidades. Uma da conclusões é que os impactos seriam minorados por um crescimento populacional mais lento. Mas essa não é a única questão demográfica que influi no aumento

de emissões de gases de efeito estufa. A composição domiciliar é outra variável importante, segundo o relatório. Estudos demonstraram que o consumo de energia per capita de domicílios menores pode ser mais alto do que o de domicílios maiores. A mudança de estrutura etária e a distribuição geográfica entre campo e cidade também têm influência. As mulheres, principalmente as dos países pobres, devem ser mais afetadas que as dos países ricos, principalmente pelo fato de serem a maior parte da força de trabalho agrícola e por terem acesso a menos oportunidades para gerar renda. Elas, sempre segundo o relatório, administram suas casas e cuidam das famílias, o que diminui sua mobilidade e aumenta sua vulnerabilidade quando ocorrem desastres climáticos. Tudo isso, segundo o texto, gera um “ciclo de privação” que compromete o combate aos

efeitos da mudança do clima e que deve ser mais bem estudado. O relatório cita texto da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, ou CIPD, que comclui que, sendo atendidas as necessidades de planejamento familiar e saúde reprodutiva, bem como outros serviços básicos de saúde e educação, haverá uma estabilização natural da população, “sem necessidade de coerção”. Além disso, o texto propõe melhora no acesso das meninas à educação e medidas para aumentar a igualdade entre os sexos. Isso, a longo prazo, contribuiria para diminuir as emissões de gases de efeito estufa.


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