NALU para o Alvo

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ANO 1 - Edição nº 0 - Abril-Maio/2016 Bimestral

FICÇÃO CRISTÃ Conheça o gênero que conquista cada vez mais leitores

Intercâmbio + Missões: Cumprindo o IDE e explorando outras culturas

Geração Mimimi: Ativistas de sofá que reclamam de tudo e mais um pouco

Conexão Texas - Brasil: The Digital Age, a banda americana mais brasileira de todas



E que a jornada comece Olá, queridos leitor e leitora, seja bem vindo!! A revista NALU para o Alvo foi criada como um produto cultural para os jovens cristãos brasileiros. A ideia é fruto da mente de duas jornalistas que viram seu chamado se cumprir através da sua profissão. NALU, como carinhosamente a chamamos, apresenta matérias variadas de diversos temas ligados à vida cristã, cultura, comportamento, atualidades, entre outras coisas. Aqui você vai encontrar dicas, informações e discussões que te ajudarão a criar um visão crítica do que está ao seu redor, sem perder a graciosidade e leveza da juventude. Em nossa primeira edição, preparamos uma matéria sobre intercâmbio missionário e é especialmente pra você que quer cumprir o IDE do Senhor mas ainda não faz ideia como. Para os apaixonados por leitura, fizemos uma reportagem sobre Literatura de Ficção Cristã, um nicho pouco conhecido, porém com um grande potencial. E não é só isso, tem texto sobre carreira, amizades com pessoas não cristãs, Youtube e até sobre a crise de imigração na Europa. Mas, quando você folhear nossas páginas vai encontrar mais. Nós, da NALU, acreditamos que, como cristãos, ser separados vai muito além do que apenas nos apartarmos das coisas destes mundo, como se fôssemos uns ET’s perdidos numa terra estranha. Estamos aqui de passagem, mas podemos, sim, aproveitar muito do que essa vida terrena tem a oferecer sem nos contaminarmos com aquilo que nos afasta do Criador. Por isso, é possível que você encontre aqui temas não necessariamente cristãos, mas pode ter certeza que nossa abordagem terá uma visão sempre em conexão com o Alto. Por isso, venha conosco! Embarque nesta com a gente, ajudando a levantar temas que precisam ser discutidos à luz da Palavra de Deus. Compartilhe conosco suas experiências e suas expectativas. Vamos juntos fazer a diferença, sacudir a juventude brasileira e mostrar que além de estarmos cheios do Espírito Santo, somos também divertidos, inteligentes, antenados e LIVRES.

ANO 1 Edição nº 0 - Abril-Maio/2016 Bimestral

Jornalista Responsável: Nara Lima Diretora de Redação: Luana Figueiredo Editoras: Luana Figueiredo e Nara Lima Colaborador da edição: Micmas Paulo

ONLINE www.naluparaoalvo.com Facebook: https://fb.com/naluaoalvo Instagram: @naluparaoalvo

CONTATO COM A REDAÇÃO Críticas, dúvidas, sugestões e colaborações: redacaonalu@gmail.com

PARA ANUNCIAR nalucomercial@gmail.com


sumário 06

Como fazer a diferença na sua igreja

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Intercâmbio Missionário

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Geração mimimi

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Procura-se amigos não crentes

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Dicas para ser a mudança que você quer ver na sua comunidade

Cumprindo o IDE e conhecendo novas culturas

Por que tão chatos?

Para que se isolar na igreja quando se pode ser luz fora dela?

Ficção cristã: um gênero em ascensão Cada vez mais, autores brasileiros investem nesse tipo de literatura

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Nada de crente chato

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Brasileiros de coração

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O homem segundo o coração de Deus

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Papo reto

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NALU Indica

No Youtube, canais de humor têm levado evangélicos a rirem de si mesmos

NALU entrevistou a banda texana The Digital Age e tem álbum novo vindo por aí

Um raio-x da vida e ministério do maior Rei que Israel já teve

Alcance a autonomia financeira mesmo em tempos de crise

Dicas para ouvir, ler e ir



Foto: Pixabay

DEUS E IGREJA

COMO FAZER A DIFERENÇA NA SUA IGREJA Seja a diferença que você quer ver na sua comunidade

Por definição, se você é cris-

tão, você e sua comunidade são a Igreja. E se você está envolvido em uma comunidade cristã em particular, você tem a oportunidade e a responsabilidade de ajudar esse grupo da melhor forma para alcançar e servir o mundo. Porém, é mais fácil dizer do que fazer. Provavelmente, isso incluirá obter apoio da liderança da igreja. Mas os pastores não são os únicos responsáveis pela mudança, por isso aqui estão algumas dicas para fazer a diferença em sua igreja: Seja corajoso: Você está autorizado a ter boas ideias. Os líderes

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não precisam ser os únicos a pensar em tudo. Você tem todo o direito de ficar animado sobre fazer o bem em sua comunidade e ajudar as pessoas a pensarem sobre o que Deus pode significar para elas. Como pastor, a maioria das ideias brilhantes não é minha. Já participei de “aventuras” cujas concepções nunca passaram pela minha cabeça até que uma ou duas pessoas agendaram uma reunião comigo para discutir o desejo de satisfazer as necessidades físicas e espirituais de outros com roupas, alimentos, oração, carros usados e muito mais. Em qualquer igreja existem lacunas

N. Doug Gamble

no serviço prestado à comunidade, ou seja, sempre há algo a ser feito. Mas antes que você corra por aí sugerindo revisões ou criticando a forma como as coisas são feitas, tenha certeza de que

Você está autorizado a ter boas ideias e tem todo o direito de ficar animado sobre fazer o bem e ajudar as pessoas a pensar sobre o que Deus pode significar para elas.


você estudou a situação (ou pelo menos estar disposto a aprender sobre isso) e apresentará melhores soluções.

são maiores do que você, podem ir para onde você nunca conseguiria chegar sozinho. Pense pequeno em primeiro lugar. O que você está pessoalmente disposto a dar? Você tem energia, tempo e dinheiro? Ou apenas tempo e energia? Isso é bom, mais uma razão para ter um parceiro. Seus pastores ou outras pessoas em sua igreja provavelmente conhecem indivíduos competentes que querem investir tempo ou dinheiro em boas causas. Porém, fazer parceria com alguém não significa que as coisas irão sair como você planejou ou que as pessoas devem fazer tudo à sua maneira, mas sim ter que ouvir e respeitar a opinião do seu parceiro.

Reconheça o bem que a sua congregação tem feito: As gerações mais novas, muitas vezes, adotam uma postura compreensivelmente negativa sobre como o tradicional pode ser tonar monótono na igreja. De fato, há uma abundância de pontos negativos em uma religião organizada. Os líderes da Igreja estão dolorosamente conscientes disso. Mas se você quer apresentar uma ideia a seus líderes ou à congregação, não faça isso num tom condenatório ou hipócrita e muito menos com uma atitude agressiva. Há a possibilidade de que outras pessoas já estejam fazendo um bom Controle o seu entusiasmo, trabalho e você deve mostrar mas seja persistente: Cabeças respeito por isso. de pastores estão sempre cheias de preocupações. Congregações Mostre como sua ideia poderia tendem a pensar que eles são se conectar com outras e esteja responsáveis por tudo, desde disposto a criar parcerias: Cris- visitar cada pessoa enferma, reatãos podem, às vezes, ser solitá- lizar todos os funerais e casarios e por isso têm dificuldade de mentos, resolver todos os problepensar no que outras pessoas já mas e ouvir e aprovar toda boa estão fazendo. Por exemplo, se ideia. Eles precisam de ajuda. você está louco para ajudar os Quando tiver uma ideia vá até os mais necessitados, verifique se líderes com o entusiasmo controoutras igrejas ou organizações lado, emoção demais pode soprivadas já estão fazendo algo brecarregar quem ouve seus plaparecido e se isso não seria ape- nos. Dê tempo para que sua ideia nas um trabalho duplicado. Este cresça em sua própria mente e na processo de coleta de informa- mente de outras pessoas tamções pode levar sua ideia para bém (isso inclui os pastores e um nível mais elevado e transfor- seus potenciais auxiliadores). mar isso em algo que você ainda Contudo, seja persistente, continão tinha pensado. Assim, você nue a colher informações e vá pode abrir sua mente para o po- amadurecendo o conceito. der da parceria. Boas parcerias

Não espere que a igreja financie ou divulgue sua ideia por você: Pastores e organizações religiosas precisam dar conta de intermináveis contas e pedidos, sendo assim, não espere simplesmente se destacar no meio de tudo isso. Não fique dependente do escritório ou secretaria da igreja para imprimir seus folhetos de divulgação, por exemplo. Eventualmente, você pode desfrutar destes benefícios, mas você precisa assumir a responsabilidade por seu projeto e ser grato aos líderes da igreja que oferecem a orientação para nutrir uma ideia. Essa é uma parceria que abençoa de forma mais eficaz do que você jamais poderia ter feito se estivesse totalmente sozinho.

Dê tempo para que sua ideia cresça em sua própria mente e na de outras pessoas também. Contudo, seja persistente, continue a colher informações e vá amadurecendo o conceito *Este texto foi traduzido e adaptado a partir do artigo escrito por N. Doug Gamble para o site da Relevant Magazine. O texto original, “How to make a difference in your church”, você encontra no site da revista. N. Doug Gamble é pastor de missões e parcerias na Crossroads Fellowship, em Raleigh, Carolina do Norte, EUA.

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DEUS E IGREJA

EXPLORAR E SERVIR O intercâmbio missionário é a modalidade para quem quer conhecer outras culturas e trabalhar para o reino Por: Nara Lima Foto: Pixabay

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V

iajar é uma das melhores coisas que alguém pode experimentar. Conhecer novos lugares ou rever aqueles que ficaram na memória, aprender um novo idioma, apreciar uma nova culinária e encontrar pessoas diferentes e encantadoras são algumas das mais incríveis sensações de um viajante. É por essas e outras razões que muitas pessoas optam por um intercâmbio. Não importa a idade: a experiência do intercâmbio muda a vida de quem o faz. Mas o que fazer quando os motivos listados acima não são os únicos que impulsionam o desejo de sair da zona de conforto em busca de novas experiências? E se você quiser útil no seu destino, trabalhando em favor dos nativos? É este sentimento que tem atraído muitos jovens para a modalidade missionária do intercâmbio, o volume é tão significativo que é possível encontrar agências específicas para isso, como a Cese – Intercâmbio Cristão, de Curitiba, que ajuda jovens a encontrarem o intercâmbio mais indicado e auxilia com toda burocracia: desde a papelada até a compra de passagens. O que leva os jovens (ou adultos) a escolher esse tipo de intercâmbio é a necessidade de cumprir o IDE do Senhor ao mesmo tempo em que recolhem experiências com impacto na vida pessoal, profissional e espiritual.

continente onde o Evangelho muitas vezes não é recebido com braços abertos. Ter essa experiência me fez vivenciar ainda mais que não é pelo meu próprio braço que consigo pregar, falar ou fazer algo, e sim ser totalmente dependente do agir do Espírito Santo e de como Ele quer fazer as coisas do jeito dele”, conta Grace Kelly Schimitt. Grace embarcou para a Grã-Bretanha para participar de um projeto chamado Pa!s e ficou 11 meses na pequena e aconchegante cidade de Clitheroe. “Éramos o intermediário entre escola e igreja local. Fazendo isso através de clubes de lanche, assembleias (esquetes de em média 20 minutos), onde através de princípios bíblicos havia conversas sobre ter confiança em Deus, perdão, coisas grandes, etc. Ajudávamos na igreja local como lideres de grupos de adolescentes, e no que era preciso”. Foi um tempo transformador para a catarinense de Blumenau que ao voltar percebeu que a igreja brasileira pouco faz pela comunidade local: “foi um sacode no meu modo de ver o Evangelho aqui no Brasil”. O resultado dessa sacudida foi um projeto que atende crianças carentes de sua cidade. Com o objetivo Social, Educativo, Evangelístico e Missionário, a iniciativa atende atualmente sete crianças no prédio da própria igreja e o intuito é ser ponte entre essas crianças e seus pais, atraindo-os à Deus. “Já tem sido desafio após desafio. Crianças desestruturadas de amor precisando de muito auxílio”, completa Grace.

Cumprindo o IDE no Velho Mundo Para alguns, é a oportunidade de ser canal do amor e providência de Deus, aprender mais sobre Ele e também mudar o pensamento em relação a muitas Tudo novo coisas. “Foi uma experiência Desafio foi também o que muito diferente, de tudo o que já o jovem Vinicius Santos, 22 anos, vivi. Fui servir num país em um de Campinas, enfrentou em seu

primeiro intercâmbio missionário. “Foi a primeira vez de muitas coisas, viajar sozinho, conhecer outro país, falar outra língua”, conta. Ele é integrante do Castelo do Rei, um programa das Assembleias de Deus, cujo foco é o evangelismo infantil e o discipulado de jovens e adolescentes. Vinicius foi para El Salvador, país da America Central que fala espanhol, língua que o jovem não dominava na época e teve que aprender rapidamente. O choque cultural foi muito forte, mas as dificuldades, segundo ele, só o aproximaram de Deus. Dentro de alguns meses, Vinicius já estava pregando pela primeira vez e em espanhol. Depois disso ele ainda viajou para Colômbia, Uruguai, Argentina e Estados Unidos, onde pastoreou um grupo de jovens. Compartilhar o que aprendeu em suas viagens não foi tarefa difícil, hoje Vinicius ensina inglês e espanhol e trabalha com equipes de estrangeiros que vêm ao Brasil. “É ótimo viajar e ter novas experiências, mas voltar para o Brasil pra mim sempre foi muito espe-

Ter essa experiência me fez vivenciar ainda mais que não é pelo meu próprio braço que consigo pregar e sim ser totalmente dependente do agir do Espírito Santo e de como Ele quer fazer as coisas do jeito dele

Grace Kelly Shimitt Intercambista na Inglaterra

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cial, acredito que nós podemos toda ação, Mauro ainda conhe- soas: “Minha irmã pretende estar mudar o mundo, e eu quero co- ceu missionários de diversas par- junto para compartilharmos memeçar pelo Brasil”, conclui. tes do globo e conseguiu dar um lhor essas aventuras”. upgrade no inglês. Mão na massa Dos meses em que ficou Intercâmbio Missionário fora, Mauro não consegue extrair Tudo foi um grande é para quem quer estar constan- apenas um acontecimento que temente ocupado. Mauro Santos, marcou a sua vida, mas afirma aprendizado que eu senti de 24 anos pôde sentir isso na que muitos encontros impactana pele, vi as pele, quando saiu de Curitiba em ram de forma significativa e que dificuldades, aprendi a direção a White River, na África o ajudam a fazer uma autoavaliado Sul para participar do Ten ção constante sobre o modo de dar mais valor nas coisas Thousand Homes, onde os inter- agir e pensar: “Tudo foi um gran- que pareciam não ter cambistas ajudam na construção de aprendizado, e um aprendizade casas para os moradores lo- do que eu senti na pele, vi as difi- valor. Uma viagem dessas cais. Essa, porém, não é única culdades, aprendi a dar mais vacom certeza muda a atividade desenvolvida por lá, há lor nas coisas que pareciam não maneira de viver de também outras ocupações como ter valor, mas que tinham um qualquer pessoa ajudar o ministério infantil, visi- valor enorme. Uma viagem destar casas e hospitais e o serviço sas com certeza muda a maneira social e evangelístico: “O projeto de viver de qualquer pessoa”. A Mauro Santos abrange muito mais do que cons- experiência foi tão marcante que Intercambista na África do Sul truir casas. Tentei participar um o jovem, além de já planejar nopouco de cada coisa”. Além de va jornada, contagiou mais pes-

Vinicius Santos em seu intercâmbio missionário nos EUA. Foto: Vinicius Santos/Arquivo Pessoal

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VIDA

Foto: Pixabay

A OPRESSÃO DE UM RELACIONAMENTO ABUSIVO

Anônimo

Ele era tudo o que eu havi-

a pedido: um homem trabalhador, temente a Deus, se importava com as pessoas e, principalmente, me amava. Eu achava que ele era tudo que eu havia pedido, já que ele também foi meu maior opressor. Um relacionamento que até então era saudável se transformou numa prisão: eu não podia fazer nada sem o consentimento dele. Eu não deveria usar o cabelo solto longe da sua presença, pois eu deveria ser bonita apenas para ele. Eu não podia sair com as amigas, pois ele viria atrás de mim e no fim ainda me culparia por suas ações. E por algum tempo eu fiz da verdade dele a minha verdade. Eu o amava e, ingênua, acreditava que sua visão de mundo era melhor que a minha. Na tentativa de me encontrar nele, acabei me perdendo. Não reconhecia a mim mes-

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ma. Não era mais eu, mas quem ele queria que eu fosse. Perdi minha voz, minha identidade. Perdi meu amor próprio e me deixei carregar por um sentimento que em vez de fazer bem, só aumentava o ego do meu opressor. Entrei de cabeça na depressão, um buraco escuro no qual ninguém jamais imaginou que eu estivesse, mantinha um sorriso no rosto, mesmo que soubesse que tudo aquilo estava errado. Não sabia o que era um relacionamento abusivo ou acreditava que só podia chamar assim se houvesse agressão e, como ele não fazia isso, eu dizia para mim mesma que parasse de ser tão fraca, relacionamentos são difíceis e que se ele me amava, o resto (a dor, a angústia e a opressão) era resto. Mas não era. O resto era o mais importante, era a minha vida. E foi a partir daí que eu co-

mecei a perceber minha verdadeira identidade: a de filha do rei. Princesa. Menina dos olhos de Deus. Propriedade daquele que me criou e tinha (ainda tem) grandes planos para mim e que eu não deveria jamais me contentar com o pouco que a vida me oferece se Ele, o MEU PAI, tem o melhor pra mim. Pela misericórdia e graça de Deus eu consegui me libertar, me reerguer e não foi um processo fácil nem rápido, mas foi um período que senti que minhas feridas estavam sendo saradas, com tempo suficiente para serem cicatrizadas, para que hoje eu possa olhar com amor para as pessoas, inclusive para o meu opressor. Hoje, enquanto sigo a minha jornada com Cristo, tento, debaixo da sua graça, encorajar meninas e meninos a se livrarem de relacionamentos abusivos, mesmo quando muitos deles nem entendem que estão vivendo em um. Tento lembrá-los que Jesus morreu por eles para fossem livres e não acorrentados por sentimentos que só trazem dor. Hoje, meu coração está leve, eu perdoei e me perdoei por me permitir tanto. E eu oro para que você, menino ou menina, homem ou mulher, onde estiver, possa se amar tanto a ponto de ter forças para se libertar, e para que possa perceber o seu valor de filho amado de Deus.

Perdi minha voz, minha identidade. Perdi meu amor próprio.


VIDA

E SE EU QUISER MUDAR?

A insatisfação profissional leva jovens a buscarem novos rumos. Mas qual a melhor maneira de fazer isso?

Foi-se o tempo em que a

escolha da carreira era decisão para a vida toda. Graças a ousadia da geração Y, o que vale hoje é a satisfação, mesmo que para isso seja necessário fazer reboot profissional e começar de novo. Pesquisa divulgada pela Kelly Global Workforce Index mostrou que 57% dos entrevistados previam uma mudança de carreira num prazo de cinco anos. Mas o que faz uma pessoa mudar de carreira? Os motivos podem ser diversos: falta de reconhecimento, insatisfação financeira e conflitos pessoais. Embora as razões variem de uma pessoa para outra, o importante neste momento

de desilusão é fazer uma autoanálise sobre o que gerou o sentimento, identificar suas qualidades e limitações e então traçar uma nova estratégia. A orientadora vocacional e master coach Andrea Deis dá algumas dicas de como preparar esse plano B: “Busque identificar outras aptidões e talentos, desenhe sua missão, alinhada a seus valores e objetivos, identifique o potencial do mercado. Desenhe metas com prazos, planeje a médio prazo e faça uma operação a curto prazo”. Há muito que se considerar ao mudar de carreira. André Luiz Dametto, mentor de gestão de talentos e mudanças e master

Foto: Pixabay

Por: Nara Lima

coach orienta que o profissional se faça quatro perguntas antes de tomar uma decisão: 1) O que você aprende mais rápido do que as outras pessoas?; 2) Que temas eu vivo estudando e me aprofundando?; 3) Quando pedem minha ajuda geralmente sou convocado em que assuntos? 4) O que eu gosto de fazer até quando estou nos meus piores dias? ”Estas respostas são indicadores dos nossos reais talentos e podem ser a base da escolha da nova profissão”, explica André. Independente de qual seja a decisão, ela precisa ser analisada e bem pensada, um bom planejamento pode evitar novas frustrações e atrasos na carreira.

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VIDA

O DESPRAZER DE PERTERNCER À GERAÇÃO MIMIMI A galera que causa preguiça em quem a observa

Por: Luana Figueiredo

Foto: Pixabay

geração contemporânea, A que poderia ser lembrada como a geração da tecnologia, da informação, está ficando cada vez mais conhecida como a geração mimimi. Não sabe o que é isso? Num site de significados, é possível encontrar algumas definições: reclamação, chororô, ex-

pressão usada na comunicação informal usada para descrever ou imitar uma pessoa que reclama. O mimimi tem uma conotação pejorativa, sendo muitas vezes utilizado para satirizar alguém que passa a vida reclamando.

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Para se enquadrar nesse grupo, não basta apenas ser jovem e nascido a partir dos anos 90, afinal na internet parece que a cronologia simplesmente não existe, já que boa parte dos usuários da rede dá a entender que faz questão de pertencer a geração mimimi. São jovens chatos, que reclamam de tudo, sofrem com tudo, se ofendem com tudo e quase sempre não toleram nada, e o pior: tudo isso na internet. Você precisa ter uma opinião sobre todas as coisas, ainda que não tenha a menor ideia sobre

nada. Precisa se sensibilizar com qualquer causa, mesmo que sequer se importe. Você tem que ser da esquerda ou da direita, mostrar que é politizado. Você precisa abrir sua página do Facebook e dar a sua opinião sobre qualquer assunto corriqueiro, embora ninguém dê a mínima. Você tem que mostrar que é culto e conhecedor de todas as áreas, mesmo baseando esse conhecimento apenas no conteúdo das primeiras linhas do que o Google apresenta e nunca tendo lido um livro até a última página.


Ah! E você não precisa fazer sua parte para construir um mundo melhor, só reclamar dele está de bom tamanho. Ao fazer tudo isso você, com sucesso, se enquadrará na geração mais chata que já existiu. Uma geração fraca emocionalmente, que se ofende fácil. Se ofende quando é repreendido, se ofende se não é convidado a alguma festa, se ofende se alguém esquece seu nome e... Fala sério! Ninguém merece. É tanto mimimi que a geração Z passou a ser conhecida, e desmerecida, por esse apelido nada carinhoso. A questão é que eles têm muito mais a oferecer à sociedade do que esse punhado de rótulos. É uma geração que poderia ser conhecida pelos a-

vanços na tecnologia, o acesso ilimitado ao conhecimento ou pela diferença que fazem na sociedade, pois existem pessoas que apesar de cronologicamente serem parte dessa geração, não fazem jus ao apelido e são, consequentemente, injustiçadas ao serem rotuladas pelo codinome. A questão é que ninguém tem que provar nada para ninguém ou opinar sobre o que não lhe interessa (ou lhe diz respeito). Ninguém precisa defender causas que não lhe comovem ou ser especialista em tudo. As pessoas só estão desesperadas para mostrar que são, que sabem. Mas ninguém realmente se importa. Ninguém deve odiar outra pessoa só porque ela pensa de forma diferente. As pessoas ve-

Ninguém tem que provar nada para ninguém ou opinar sobre o que não lhe interessa (ou lhe diz respeito). Ninguém precisa defender causas que não lhe comovem.

em o mundo de forma diferente. Ninguém merece um mundo de iguais. Ninguém merece viver na obrigação de fazer o que não quer só para agradar. Todo mundo merece a liberdade de fazer suas próprias escolhas.


VIDA

Por: Luana Figueiredo

Foto: Pixabay

Pode parecer clichê, bati-

do... Assunto saturado. O problema é que mesmo sendo clichê, batido e um assunto saturado as pessoas insistem em querer ser luz onde definitivamente há muita luz. A Bíblia é clara quando diz “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.” (Mateus 5:13-16). Jesus não poderia ter sido mais explícito. Cristãos precisam de ami-

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gos não cristãos. É claro que existem níveis de relacionamento, o próprio Jesus teve diferentes tipos de relacionamento. Ele combinou o propósito de sua vida com seus relacionamentos mais próximos, mas isso não fez com que se afastasse dos demais. Quantas pessoas se convertem e simplesmente abandonam seus amigos não crentes por achar errado manter a amizade? De acordo com o designer e youtuber David Mesquista só é “errado se você se associa com alguém para fazer o mal, praticar bullying. O Salmo 1 fala isso. Mas amizade, de bater papo, trocar ideias, rir, nunca será errado. Pode acontecer justamente o contrário: você se cercar tanto de

amigos ‘crentes’ que não tem pra quem testemunhar o evangelho”. Uma dúvida que sempre surge no meio dos jovens é se esse amigo não convertido deve ser evangelizado. A resposta é: deve. Então surge outra questão, como fazer isso sem ficar com a fama de chato? Simples. “Não seja impositivo e aprenda a ouvir”, diz David. Sem contar que existem diversas (muitas mesmo) formas de evangelização. É necessário aprender a agarrar qualquer oportunidade que surja para falar de Jesus. O pastor e youtuber Junior Meireles conta que uma das maneiras de evangelizar é aproveitando assuntos que aparecem na roda de amigos. “Histórias de fantasmas, por exemplo, eu já evangelizei várias vezes em rodas onde o tema central era fantasmas e terror, contei as histórias de luta contra o mal, de manifestações em pessoas possessas e essas experiências que tive fazem com que eles me escutem. Depois de falar da escravidão da vida que não possui a Cristo, sempre no outro dia alguém me procura pedindo oração, é preciso nunca perder a chance de evangelizar, é pregar em tempo e fora de tempo”. Vale ressaltar que se sentir


O próprio Jesus teve diferentes tipos de relacionamento. Ele combinou o propósito de sua vida com seus relacionamentos mais próximos, mas isso não fez com que se afastasse dos demais um pouco confuso é normal no começo da caminhada cristã, isso não é culpa dos amigos, porém passa a ser prejudicial quando essa confusão torna a pessoa vulnerável às más influencias. “É normal que, na adolescência, o jovem se confunda um pouco e assuma posturas combativas e questionadoras de tudo que aprendeu na infância, e é aí que entram as boas companhias e os amigos que você fez caminhando com Jesus” explica David. Amigos têm a capacidade de influenciar e é por isso que, segundo o pastor, os amigos do passado só representam perigo quando a pessoa não está realmente firmada em Jesus. “É até possível que este ’ex’ alguma coisa sirva de exemplo ou incentive essas pessoas que ainda estão na lama do pecado a serem diferentes e a viverem uma vida com Jesus. Relembrar o passado não é o problema, o problema é reviver o passado, você pode relembrar o passado com gratidão, por exemplo, por Deus ter tirado você daquela situação”. David esclarece que

“depende como você lida com o seu passado e do que fez nele. Se cometeu pecados dos quais se arrependeu, tratou e resolveu, você pode não ter problema algum. Mas imagine a seguinte situação: seus amigos e você usaram drogas no passado, e, ao se apartar deles, você conheceu Jesus e abandonou o vício, está livre e feliz. Andar com eles, sendo eles ainda usuários, será bom para você ou ruim? Você estará firme o bastante para influenciar ao invés de ser tentado? É uma questão na qual deve pensar seriamente, mesmo se tiver a intenção de evangelizar seus amigos. Não tenha dó, coleguismo ou falsa piedade. Jesus vem primeiro, sua salvação e decisão devem pesar mais que um sentimento de ’vou ser o chato da galera’. Lembrar que o mundo nos detesta como detestou nosso Mestre deve motivar esse tipo de decisão”. Jesus andava no meio de uns doidos aí, lá em Mateus 11:19 está escrito que chamaram ele de comilão e beberrão por andar no meio dos publicanos e pecadores. Ele foi o maior exemplo de amigo. Não se limitou apenas a amizades cristãs, ele também tinha relacionamento com não cristãos, pessoas de outras religiões, com ricos, pobres, pecadores. Ele amou todas essas pessoas, porém não se moldou aos padrões delas. Da mesma forma pode ser com a vida de um cristão, ele pode ter amigos fora da igreja, ele só não deve ter as mesmas atitudes que eles, afinal, ele é a luz no meio da escuridão.

“As pessoas precisam ver Jesus em você. Mas Jesus não era tolo, então esta mesma firmeza deve ser sua marca. Sempre deixe claro para as pessoas os limites da amizade”, diz declara o designer. O pastor Junior explica que para influenciar, de forma positiva os amigos não convertidos só é necessária uma coisa: ser exemplo. “Sendo o cristão que muitas vezes pregamos e não vivemos, porque quando seu amigo não cristão perceber a farsa que é você, não terá interesse nenhum em seguir a Cristo. Seja sempre exemplo, conte experiências, compartilhe o que Jesus fez com você e ele será influenciado”. Antes de qualquer coisa, se existe algo que esses amigos precisam é oração, às vezes esse amigo não quer mais ouvir falar de Deus, então apenas continue orando e ao mesmo tempo deixando a conversão à Deus. “Ore por todos eles. Tenha um caderno de oração com os nomes dos amigos e ore por cada um, sem falta, e Deus providenciará oportunidades de evangelismo. E não se preocupe se elas não vierem por meio de você: Deus é bom, é sábio, tem seus planos e sabe o que faz. Ore e confie, pode ser que outra pessoa o evangelize por causa da sua oração.”, aponta David. *A Luciana Bellini, esposa do David Mes-

quita, também nos deu um help com algumas dúvidas. *O canal do David Mesquita no Youtube é David Mesquita e o do pastor Junior Meireles é Sou Igreja Sou Luz.

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CULTURA

ê c o v e u q O ? o d i l m e t


uem nunca chorou ou deu risada ao ler Q alguma cena de um livro qualquer? Ou quem

FICÇÃO CRISTÃ É O GÊNERO QUE CADA VEZ MAIS GANHA ESPAÇO NAS PRATELEIRAS DAS LIVRARIAS Por: Luana Figueiredo Fotos: Pixabay

nunca teve os sentimentos em turbulência por conta da burrada de algum personagem, ou porque o desfecho esperado finalmente aconteceu? Histórias de descobertas, romances, amizades, lutas internas e situações cotidianas, sem dúvida atraem o leitor. O que todas elas, normalmente, têm em comum é o fato de pertencerem ao mesmo gênero: a ficção. Ficções são obras criadas a partir da imaginação, elas podem ser literárias, teatrais, cinematográficas. De acordo com Salvatore D’Onófrio “O fictício não significa falso, mas historicamente inexistente”.Então, histórias fictícias não são falsas, apenas não existem no mundo real, somente na imaginação do leitor e do autor. O estilo é marcado principalmente pela narrativa, caracterizada por diálogos entre personagens e seus relacionamentos. Em contrapartida ao que muitos pensam, a ficção literária é surpreendentemente humanizada e provoca profunda empatia no leitor que, ao se identificar com os personagens, em algumas situações, acaba por refletir sobre as próprias atitudes diante da condição que se encontra. Publicada em 2013 na revista "Science", o estudo de dois pesquisadores, da The New School, em Nova York, revelou que ler obras de ficção aperfeiçoa a capacidade intelectual de discernir os pensamentos e emoções das pessoas ao redor. Ou seja, ler ficção melhora as habilidades sociais de alguém, pois se passa a compreender melhor os sentimentos alheios e, assim, oferecer reação adequada. A ficção literária também foi tema de uma pesquisa do Instituto Pró Livro. No estudo, a entidade constatou que ao serem perguntados sobre o livro que mais marcou suas vidas, em sua maioria, os leitores responderam obras de ficção. O gênero leva o leitor a questionar não só a sociedade, mas também a si mesmo, levantando então questionamentos em partes de nós que estão calejadas, seja preguiça, desatenção, ignorância ou pecado.

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Existe Ficção Cristã? Existe! Ficção Cristã é uma história de ficção criada com enredo moralmente cristão que deve transmitir valores e princípios bíblicos ao leitor. De acordo com a pastora e escritora cristã, Renata Martins, autora da série A Ovelha e o Dragão, a ficção cristã não difere muito das outras. “São histórias criadas (e aí podemos abusar da criatividade), porém o grande diferencial fica por conta dos princípios bíblicos, cristãos. Falam sobre o amor puro (bíblico), relatam experiências com o mundo espiritual, enfim, falamos sobre a palavra de Deus de um modo criativo, permitindo ao leitor que ele conheça de forma mais envolvente esse mundo espiritual que muitas vezes para ele é desconhecido.” A escritora Lycia Barros, autora da série Despertar, acrescenta ainda que “Para escrever ficção cristã não basta o autor ser cristão, este tipo de ficção só poder ser assim denominada quando Deus está no centro da história. Do contrário, é apenas um escritor cristão, não um autor de ficção cristã”. O título mais famoso do

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estilo é Amor de Redenção, da escritora americana Francine Rivers. No Brasil, não se sabe ao certo quando o gênero foi descoberto, mas já existem vários títulos nacionais, o que é ótimo para o público daqui, pois a literatura deve ser sempre uma fonte de inspiração. No entanto, mesmo levando o título de “cristão” é necessário filtrar o que será lido. “Creio que devemos ser seletivos com aquilo que lemos para ter certeza de que o tempo investido na leitura será produtivo para nós. E creio que isso sempre acontece quando lemos algo que edifica a nossa vida espiritual. Hoje, temos muita frivolidade sendo publicada, infelizmente. Mas, também temos muita coisa boa, basta procurar”, explica Lycia. Então, nenhuma obra de ficção cristã deve ser tomada como verdade absoluta. A única verdade absoluta é a que está na Bíblia, por mais que um livro seja baseado na Palavra. Renata esclarece que “A característica principal da ficção é justamente ser uma história inventada”, mas garante que em seus livros sem-

pre procura ser o mais fiel possível às escrituras. A escritora Dani Nuevo, autora da série A fonte do Poder, afirma que nenhum livro, por melhor que seja, substitui a Palavra de Deus, por isso ela conta que para todo escritor “conhecer a verdade é um desafio para escrever a verdade. Portanto o maior desafio é praticar para falar. Viver e então se atrever a escrever”. Sendo assim, Lycia conta que “Por mais que o autor se baseie na Palavra de Deus para montar os princípios do livro, esta é a visão pessoal do autor sobre as escrituras. Por isso é sempre importante pedir a direção do Espírito Santo enquanto estou escrevendo”. Desse modo, só é possível afirmar que algo edifica se estiver alicerçado na Bíblia “do contrário são apenas palavras, boas ou más”, declara Dani. Além do chamado para escrever sobre o gênero, é necessário ter aptidão para tal. Renata Martins diz que o que a despertou foi a falta de obras que estivessem de acordo com seus princípios. “Antes não encontrava histórias românticas e que fossem santas o suficiente. Quase todas continham feitiçaria ou um


contexto sexual forte... E aí o Espírito Santo me despertou o desejo para que eu mesma escrevesse algo que eu adoraria ler e me edificaria. Sendo assim A ovelha e o Dragão nasceu!”. Ela descreve ainda dois passos para a criação de uma história cristã: “Primeiro: sentir de Deus o desejo para escrever uma nova história. Segundo: orar muito e pedir a ele direção para que a história nasça e os personagens se desenvolvam. Para mim a oração e a busca pela direção de Deus são imprescindíveis para que as histórias surjam”. Embora seja um gênero em sutil ascensão no Brasil, ainda há muito a ser feito, principalmente por parte de editoras cristãs. “As editoras cristãs não investem em ficção cristã. E os próprios cristãos muitas vezes não valorizam este tipo de literatura por estarem mais habituados a ler livros de autoajuda. Isso prejudica a propagação maior do trabalho” finaliza Lycia. Por que ler Ficção Cristã? Existem cristãos que defendem energicamente a não leitura do gênero, pois consideram toda obra de ficção uma mentira. Contudo, há uma coisa que precisa ser lembrada: Jesus foi um grande contador de ficção. Ele criava, ou seja, imaginava, inventava histórias para poder ilustrar uma lição de moral. Exemplos? As parábolas do filho pródigo, das dez virgens, da ovelha perdida, do bom samaritano, da casa sobre a rocha e tantas outras. Por diversas vezes, multidões o ouviam enquanto Ele con-

tava alguma história para dar exemplo de alguma situação, e assim ensinava sobe Salvação, perdão, amor e outros valores. Para Dani Nuevo, a obra de ficção cristã pode ser uma ferramenta poderosa. “Temos a tendência de mergulhar naquilo que nossos olhos contemplam. Ativamos nossos sentidos quando lemos. Rimos, choramos, refletimos. Portanto, se você ler algo bom, estará enchendo seu coração e sua mente de coisas boas. O contrário também é válido”, diz. Caso você sinta que esse é o seu chamado, a autora explica alguns pontos. “Primeiro ore e descubra se Deus te chamou para isso. Fazer algo por modismo ou para se tornar importante, ou até pensando numa carreira profissional é furada! Lembrese: na hora da tempestade, o barco só não afunda se Jesus estiver ali! Inspire-se! Como? Leia Feli-

Jesus foi um grande contador de ficção. Ele criava, ou seja, imaginava, inventava histórias para poder ilustrar uma lição de moral penses 4.8 e pratique! Comece inventando pequenas histórias para os amigos lerem. Eles serão sinceros sem te magoar”. Identificar uma história da categoria é fácil, basta se enquadrar em alguns aspectos, como incluir o contraste entre atributos humanos negativos (pecado, mal, transgressão etc) e positivos (redenção, esperança, coragem, amor, etc). Além de abrir a mente para o aprendizado e agregar cultura, a ficção cristã é um entretenimento sadio para o jovem contemporâneo.

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SEPARAMOS ALGUNS LIVROS DE FICÇÃO CRISTÃ, SALVA AI !!!

S

A Fonte do Poder: Um Chamado para o Invisível, de Dani Nuevo - Felipe é um garoto que perdeu o avô recentemente e enfrenta a difícil situação de ter sua mãe hospitalizada em estado grave. O jovem descobre que seu avô materno deixou de presente para ele e para a sua irmã, Manuela, um livro e um diário. Inesperadamente, o garoto conhece um grupo de adolescentes que conhece o tal livro e faz pesquisas sobre ele, os “Radicais”. Por causa do que está escrito no diário, Felipe anseia descobrir o que o livro pode revelar. Conforme Felipe e seus novos amigos avançam em suas pesquisas, algo maravilhoso acontece... Aquilo que é invisível, mas inteiramente real, é manifesto dia após dia. No decorrer dos acontecimentos, seres celestiais e anjos demoníacos interferem na trajetória dos jovens, que terão de ser firmes em suas decisões e optar por viver uma vida segundo a vontade do Poderoso Rei Yahweh ou viver segundo seu próprio querer e colher as consequências.

J

Despertar: A Bandeja, de Lycia Barros – Primeiro livro da série Despertar, "A Bandeja", foi vencedor do prêmio literário CODEX DE OURO 2013 como melhor romance brasileiro. O livro conta a história de Angelina, de 19 anos, que ao entrar para a universidade, inicia um apaixonado envolvimento amoroso com um de seus professores, Alderico - mais conhecido por Rico. Por conta da avassaladora e descontrolada paixão que envolve esse relacionamento, Angelina começa a viver somente para Rico, colocando seus estudos, seus amigos, sua família, sua religião e até mesmo a si própria em segundo plano. Angelina é evangélica por tradição familiar e não exatamente por convicção religiosa. Porém, inesperadamente, tem um estranho sonho, cujas revelações possuem um forte e marcante significado, que ela somente conseguirá compreenderá mais tarde. Quando, no momento certo, a grande verdade é revelada para Angelina e ela finalmente compreende o significado do amor de Deus em sua vida.


C

F

O Peregrino, de John Bunyan - Uma narrativa cheia de emoção e suspense. Bunyan relata a viagem de Cristão, um peregrino espiritualmente abatido que viaja rumo à Cidade Celestial. No decorrer da aventura, ele se encontra com personagens de carne e osso, mas que possuem nomes alegóricos, tais como Evangelista, Adulação, Malícia, Apoliom e Vigilância. Passa por lugares sombrios e medonhos, como o Desfiladeiro do Desespero, o Pântano da Desconfiança, a Feira das Vaidades e o Rio da Morte. A cada encruzilhada surge um novo desafio que ameaça sua chegada ao destino final. O enredo mescla-se à interpretação simbólica, e o resultado é uma incrível experiência literária e espiritual.

Acontece a Cada Primavera, de Gary Chapman e Catherine Palmer - Steve não a procura mais, não presta atenção ao que ela diz. Brenda já não anseia por sua volta ao fim do dia. Um romance sem futuro. Um casamento chegando ao fim. O longo e tenebroso inverno das relações parece inevitável. Em meio a uma forte tempestade, surge Cody, um andarilho desconhecido. Ele parece destinado a trazer problemas ao casamento. Seria a primavera de emoções voltando à vida de Brenda? O estranho era estopim que faltava para implodir uma série de crises em casamentos aparentemente perfeitos. Haverá salvação para os moradores de Deepwater Cove? Catherine Palmer e Dr. Gary Chapman se unem nesta obra - que tem conquistado leitores e transformado casamentos por todo o mundo - para trazer esperança e consolo a relacionamentos que se encontram no inverno da existência.

D A Ovelha e o Dragão – Os Escolhidos, de Renata Martins - O livro conta a história de dois personagens: Raquel, filha de um renomado pastor da cidade, e Cristiano, filho de um rico empresário. Para que os negócios da família prosperem, Cristiano é levado a fazer um pacto com uma entidade demoníaca, pois seu próprio pai é um satanista, embora ele não saiba disso. Porém, para conseguir a proteção diabólica, ele deverá pagar um preço: seduzir Raquel e atingir a igreja do pai dela, que está crescendo muito e influenciando positivamente a sociedade. Cristiano aceita a proposta, porém nem tudo sai como planejado. Ele e Raquel se apaixonam. E agora? Como esse amor poderá acontecer e se realizar perante tais circunstâncias? Será possível a união de uma cristã e um satanista?

Imagens de Divulgação




CULTURA

NADA DE CRENTE CHATO!!!

Contrariando a ideia de que cristãos não sabem rir de si mesmos, o Youtube fornece uma imensa lista de canais de humor com inspiração cristã

Com a produção de vídeos

cada vez mais intensa, o Youtube se tornou uma das principais fontes de entretenimento audiovisual. É possível encontrar de tudo um pouco na rede social, desde aulas para concursos e vestibulares, passando por receitas, crítica de cinema, música, entre outros, alguns com quali-

Por: Nara Lima

dade profissional, outros amadores e outros até de gosto duvidoso. Em meio a tantas opções, os canais de humor se destacam. O sucesso avassalador de Porta dos Fundos é um belo exemplo. É raro existir alguém que não tenha assistido ao menos um vídeo da trupe. O triunfo do canal inspirou o surgimento de muitos

Foto: Pixabay

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outros que passaram a criar esquetes inspirados no dia a dia apresentados com sarcasmo e acidez. No meio dessa enxurrada de vídeos cômicos, cujo único compromisso é fazer rir, encontramos os canais de humor cristão, uma modalidade que tem crescido e conquistado até os mais sérios. A premissa é simples: usar as falhas e imperfeições diárias para causar reflexão e, claro, risadas. Os mais sensíveis podem se ofender com um vídeo ou outro ou até mesmo afirmar que brincadeiras com coisas cristãs são uma blasfêmia. Mas quem faz esse tipo de vídeo garante que a crítica não é uma provocação, mas sim um meio de desmistificar a ideia de que os cristãos não podem rir de si mesmos. “Muitos não cristãos têm uma imagem pejorativa dos cristãos, por acharem que nós somos muito ‘caretas’ e humor cristão vem para tirar essa imagem”, diz o Youtuber piauiense Felipe Barroso, responsável pelo perfil Relatos de um jovem cristão. “Em tudo achai graça” Quem não riu com o vídeo “Visitante” do canal Desconfinados? Este é um bom exemplo


proviso, de brincadeiras que surgem na hora das gravações”, afirma Thiago Matso, criador do canal. Embora o Profetirando seja um perfil ainda recente no Youtube, a ideia vem do blog de mesmo nome, criado em 2010 e hoje já engloba outros projetos como loja online, peças teatrais e atuação nas redes sociais. Thiago Matso

“Todas as falas, bordões ou personagens que aparecem nos vídeos são 90% de improviso, de brincadeiras que surgem na hora das gravações”

Canal Profetirando

de que, sim, os cristãos podem rir de uma prática tão corriqueira nas igrejas que é a apresentação de quem vem ao templo pela primeira vez. Qual foi a garota cristã que não vibrou ou concordou com todas as forças com as palavras de Fabiana Bertotti sobre “Maquiagem e Santidade”. O importante ao assistir esses vídeos é poder refletir sobre as nossas atitudes e enxergar a beleza e comicidade delas. Há um dito popular que diz: “brasileiro ri da própria desgraça” e por que os cristãos precisam ser diferentes neste sentido? Essa é a ideia do canal Profetirando, um grupo de cearenses cujo lema é “Em tudo achai graça”. O perfil no Youtube registra mais de 18 mil seguidores e o clima entre eles é o de reunião entre amigos que se divertem ao fazer piada deles mesmos. O canal se destaca por não seguir incondicionalmente um roteiro préescrito: “Com o tema definido, passo para o grupo no dia da gravação e a gente desenrola tudo no improviso. Todas as falas, bordões ou personagens que aparecem nos vídeos são 90% de im-

Família que faz vídeo unida permanece unida A inspiração para esses vídeos vem a partir da convivência com os diversos tipos encontrados nas igrejas e também fora dela. São pastores, líderes, familiares e amigos que com suas atitudes peculiares ou mesmo comuns acabam inspirando personagens facilmente identificáveis, como explica Arielle Fernandez, a Hope, criadora do Little Hope. “Presto atenção em todos os lugares que eu vou, todas as conversas que eu participo ou escuto, todos os momentos que vivo ou vejo em filmes e séries, pregações e até mesmo outros vídeos e vou anotando. Com o tempo, estas anotações se encaixam umas às outras, formando ideias”. Para interpretar esses personagens, Hope incluiu toda a família e além de atuar, eles também têm uma função nos bastidores: o irmão é responsável pela parte técnica (editar os vídeos e incluir arte quando necessário); a mãe se transforma em diretora, instruindo a filha qual o melhor ângulo, o que precisa ser enfatizado ou corrigido; o pai ajuda na criação dos roteiros e escolha dos temas.

Embora a maioria de views seja de pessoas que acompanham o canal e gostem do estilo de humor, existem sempre os criticadores de plantão, dispostos a atacar quem faz o vídeo, mas isso é tirado de letra, já que a maioria entende e apoia a proposta. A grande questão é: existe limite entre o humor saudável e aquele que, mesmo sem intenção, acaba atingindo uma pessoa ou um grupo específico? Para Daysiane Maia, espectadora assídua destes vídeos, deve existir um cuidado: “Não é porque tá na internet que a gente pode falar o que quer”. Para Felipe, é difícil não ultrapassar a linha tênue que separa o riso da ofensa: “A palavra de Deus precisa ser levada a sério, mas o humor cristão não é para banalizar a palavra de Deus, mas atrair o público jovem”. Thiago Matso, que não simpatiza com o termo “humor cristão”, por achar um rótulo desnecessário, vai ainda mais além: “Hoje em dia, é difícil fazer qualquer tipo de humor sem passar dos limites. O ‘politicamente correto’ tem limitado as piadas. Qualquer coisa é motivo pra briga, mimimi e até processo”. O segredo é encontrar o equilíbrio entre o que é engraçado e o que é abusivo. Humor bom é aquele que pode ser desfrutado por todas as idades e que não se apoia na depreciação alheia para fazer rir. Encontrar essa moderação pode até ser difícil, mas ela é essencial para o bom desempenho de qualquer tipo de humor.

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ATUALIDADES

DENGUE, ZIKA VÍRUS E CHIKUNGUNYA: ENTENDA A DIFERENÇA

Aprenda a diferenciar as doenças virais que se tornaram epidemia no Brasil Por: Luana Figueiredo

ão é de agora que o BraN sil tem sofrido com a ameaça imi-

nente que vem em forma de mosquito: o Aedes aegypti. O minúsculo inseto, que no passado foi um dos responsáveis pela epidemia da febre amarela, agora aterroriza a população com a disseminação de outros três vírus: a dengue, o zika vírus e a chikungunya. Apesar de serem transmitidas pelo mesmo vetor, não se engane, são doenças diferentes. A docente especialista, Jacira Noemia Cassanho, professora do Instituto Cimas de Ensino e Enfermeira do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, do Hospital Geral de Guarulhos, explicou as características e riscos de cada uma, além de formas de prevenção dos vírus que têm infectado milhares de brasileiros. Sintomas Dengue: Mais de 90% das pessoas infectadas NÃO desenvolvem sintomas. Ou seja, de cada 10 infectados 1 desenvolve sinais e sintomas. Com o predomínio de febre alta (dura de 2 a 7 dias), dor de cabeça, dores musculares e ao redor dos olhos. Zika virús: Na maioria dos casos a infecção por Zika é assintomática (não exibe sintomas). Apenas em 18% dos casos há manifestações clínicas, como:

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exantema (manchas vermelhas na pele), febre, artralgia (dor nas articulações), mialgia, cefaleia e hiperemia conjuntival (olhos vermelhos). Com o predomínio de prurido (coceira pelo corpo). Chikungunya: Estimase que 72% a 97% dos infectados desenvolveram sintomas. Febre com início súbito maior que 38 ºC (pode durar até uma semana). A poliartralgia, dores múltiplas nas articulações, é a principal característica da infecção, ocorre com frequência nas mãos e nos pés e pode persistir por meses ou anos. O edema é comum, cefaleia (dor de cabeça), dor difusa nas costas, mialgia (dor muscular), náusea, vômito, poliartrite, exantema e conjuntivite. Fenômenos hemorrágicos podem acontecer, mas não são frequentes. Diagnósticos Os principais sintomas específicos de cada doença é o que difere uma da outra. Ressaltando que o diagnóstico é feito através da técnica de PCR-RT e sorologias. Seguindo a orientação do Ministério da Saúde, primeiramente faz-se a sorologia para Dengue, se negativo, deverá ser feito para Chikungunya e consequentemente para Zika.

Evolução, riscos e gravidade Na Dengue, após a picada do mosquito infectado, os sintomas da doença aparecem de 3 a 14 dias. A evolução para forma grave da doença pode acontecer rápido e o óbito pode advir. Ela pode apresentar algumas complicações como desidratação grave, derrame pleural e encefalopatia. Na Zika, após a picada do mosquito infectado os sintomas da doença aparecem de 3 a 12 dias. A evolução para forma grave da doença é rara e o número de óbitos é baixo. Ela pode causar algumas complicações neurológicas, como síndrome de Guillain-Barré (doença autoimune que ocorre quando o sistema imunológico do corpo ataca parte do próprio sistema nervoso por engano. Isso leva à inflamação dos nervos, que provoca fraqueza muscular) e microcefalia. Na Chikungunya, após a picada do mosquito infectado os sintomas da doença aparecem de 3 a 7 dias. A evolução para forma grave da doença se dá quando adquirida por bebês, pacientes com mais de 65 anos ou por pessoas já previamente com múltiplas doenças, principalmente de origem cardíaca, pulmonar ou neurológica, sendo mais a-


Foto: Pixabay

gressiva e podendo levar o paciente a óbito. Como não possui uma fase hemorrágica, a Chikungunya costuma ser uma virose mais benigna. A complicação maior não é o risco de morte, mas sim o risco de incapacitação pelas intensas e prolongadas dores articulares. Na população mais debilitada podemos citar: Síndrome de Guillain-Barré, hepatite aguda, insuficiência renal aguda, surdez, lesão ocular, miocardite, pericardite e insuficiência respiratória. Em qualquer um dos casos o indivíduo deve procurar atendimento médico após o aparecimento dos sinais e sintomas da doença e, se diagnosticado, ser conduzido para o tratamento específico de acordo com a infecção. Evite a automedicação, já que alguns remédios são contraindicados nesses casos.

Prevenção Muito se fala sobre o uso de repelente, que inibe a picada dos insetos, mas a proteção não é total. Como o mosquito Aedes aegypt tem hábitos diurnos (e dependendo da intensidade da luz artificial, noturnos), não se deve descuidar do uso de repelente e nem se esquecer de realizar novas aplicações, pois o suor e o contato com a água podem remover o produto. No entanto, a única forma realmente eficiente de evitar as doenças é combatendo o mosquito. Sendo assim, alguns cuidados importantes devem ser tomados, como manter caixa d'água bem tampada, colocar lixo em sacos plásticos e manter a lixeira sempre fechada, não jogar lixo em terrenos baldios, se guardar garrafas de vidro ou plástico, manter sempre a boca para bai-

xo, não deixar a água da chuva acumulada sobre a laje, encher os pratinhos ou vasos de planta com areia até a borda, se guardar pneus velhos em casa, retire toda a água e mantenha-os em locais cobertos, protegidos da chuva, limpar as calhas com frequência, evitando que galhos e folhas possam impedir a passagem da água, lavar com frequência, com água e sabão, os recipientes utilizados para guardar água e lavar vasos de plantas aquáticas com água e sabão toda semana (é importante trocar a água desses vasos com frequência). Lembre-se, a batalha contra o Aedes aegypti é um trabalho de todos. Caso a prevenção esteja longe de seu alcance, contate o agente de vigilância ambiental de sua região.

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ATUALIDADES

Fotos: Pixabay

POR QUE A CRISE IMIGRATÓRIA NA EUROPA É PROBLEMA DE TODO MUNDO? Dá para fazer mais do que somente assistir às notícias

Já virou rotina: todo dia

tem uma notícia sobre a crise imigratória na Europa e seus desdobramentos. O assunto é tão frequente que se tornou comum, trivial, certo? Errado. A situação é gravíssima e está longe de acabar ou ser comum, mesmo que os países consigam resolver os problemas que levam pessoas a abandonarem seus lares em busca de uma vida melhor, as consequências ainda são incalculáveis. Na Síria, por exemplo, de onde sai a maioria dos refugiados, ainda é difícil quantificar o rastro de destruição do Estado Islâmico e outros grupos radicais, assim co-

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Por: Nara Lima

mo rebeldes e forças do governo. Mesmo que os EUA e seus aliados consigam derrotar esses vilões modernos, reconstruir as cidades e a vida das pessoas afetadas certamente não será tarefa fácil, principalmente pelo fato de o país viver uma guerra civil desde 2011, quando parte da população entrou para a luta armada contra o ditador Bashar al Assad, que ascendeu ao poder em 2000. Estima-se que em cinco de guerra anos mais de 260 mil pessoas já morreram com a guerra no país. Mas não é só da Síria que partem os refugiados. É verdade

que o país é campeão, mas o Afeganistão, a Eritreia, a Somália e Nigéria vêm logo atrás. A Nigéria, aliás, vive uma situação parecida com a da Síria, mas lá os terroristas atendem pelo nome de Boko Haram. A maioria desses imigrantes, como já se sabe, gasta quantias exorbitantes para pagar pessoas que os atravessem pelo Mar Mediterrâneo em direção à Europa, sujeitando-se ao frio, à fúria do mar e às vezes à morte. Mas por que tudo isso é seu problema? Se as pessoas tomam essa decisão, a responsabilidade é só delas. Esse afirmação pode até


até ser uma meia verdade, mas também é bem egoísta. Como cristão, ajudar as pessoas em necessidade é seu dever. É mandamento: “Amar ao próximo como a si mesmo”. Há pessoas em diversos lugares do mundo que abrigaram refugiados em suas casas e lhes ajudaram a reconstruir a vida, inclusive no Brasil. No ano passado, uma pernambucana recebeu um casal de sírios e seu filho de apenas cinco meses. Mas nem todos têm condição financeira, psicológica ou estrutura para isso. Mas há tanto a ser feito, você pode simplesmente procurar uma instituição séria e fazer doações para ajudar os voluntários a suprir a necessidade das pessoas nessa situação dolorosa. Ou mesmo ir

até uma organização no Brasil e saber como contribuir. A ADUS (Instituto de Reintegração dos Refugiados) ajuda os refugiados no Brasil. O Instituto promove aulas de português, qualificação profissional, introdução no mercado de trabalho, além de outras ações sociais com o objetivo de reintegrar o refugiado na sociedade. Aos dispostos a ajudar a ADUS, podem ser voluntários ou doar roupas, calçados, livros e outros objetos que serão usados nos bazares da ONG para arrecadar dinheiro. Ou seja, as formas de ajudar são muitas e bem acessíveis. Existe outra coisa que como cristão também é seu dever: orar por esses irmãos, esses filhos de Deus que já passaram

por tanta coisa, abandonaram tudo o que conheciam como lar em busca de uma melhor qualidade de vida. Muitas pessoas que fogem de seus lares fazem isso por questões religiosas, e é doloroso saber que existem cristãos que não têm a mesma liberdade de culto que temos aqui. Mas independente do motivo que os levou a fugirem de suas casas levando apenas a roupa do corpo e dinheiro, quando sobra alguma coisa, é sua função pedir a Deus que derrame sua graça sobre filhos que estão fugindo e tenha misericórdia dos outros envolvidos nessa equação: governos, terroristas e da população que continua sofrendo o jugo esmagador que é viver nesses países nos últimos tempos.

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PERSONALIDADE

CORAÇÃO VERDE E AMARELO Mike Dodson, Mark Waldrop, Jeremy “B-Wack” Bush e Jack Parker formam o “The Digital Age”, o quarteto mais brasileiro do Texas

Por: Nara Lima

Fotos: The Digital Age/Divulgação

E les já tinham uma carrei-

ra consolidada quando vieram ao país e arrebataram corações de jovens de todo Brasil e foram arrebatados também. Aprenderam português, cantaram na nossa língua, viram milhares de pessoas vibrarem e adorarem ao som de sua música e fizeram parceria musical com alguns de nos-

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sos cantores favoritos, como Livres e Fernandinho. The Digital Age ama o Brasil e se refere ao nosso país como ‘segunda casa’. Em entrevista por email, repleta de palavras e expressões em português, o vocalista Mike Dodson conversou com a NALU sobre a banda, o Brasil, se mostrou antenado

com os recentes acontecimentos por aqui e, entre outras coisas, revelou um segredo muito aguardado pelos fãs do quarteto. NALU: Quando a banda The Digital Age nasceu? THE DIGITAL AGE: The Digital Age foi formada em 2012, após quase 10 anos de turnê como


"The David Crowder Band." Toda a ideia do nosso nome vem da ideia de amar o nosso próximo. Jesus nos chama primeiro para amar a Deus com todo o nosso coração e segundo para amar o nosso próximo. E essa ideia sobre o que significa a palavra "próximo”, mudou nesta "Era Digital". Hoje, com alguns cliques, nós, como cristãos, temos o poder de transmitir a graça, amor, sentimento de pertencimento e aceitação ao nosso próximo, independentemente de quão longe fisicamente eles possam viver de nós. O voo da nossa cidade natal, Waco, no Texas, para o Brasil, dura mais de 15 horas, mas podemos enviar pequenas palavras de encorajamento em questão de segundos. Então eu acho que isso é para isso que somos chamados. Usar a tecnologia de hoje para continuar a amar como Cristo e usar palavras de cura para fortalecer aqueles ao nosso redor a fazerem o mesmo.

inspirado recentemente. Os nossos irmãos e irmãs brasileiros nos fizeram concentrar nas coisas ao nosso redor e a não ficar presos em nossos próprios sentimentos de indignidade, autodúvida, ou qualquer coisa. Em vez disso, vocês têm nos inspirado a viver uma vida plena de alegria e paixão.

NALU: Como é o processo de escrever e fazer música nova? TDA: É diferente para cada canção. Eu sou realmente comprometido em passar mensagens de esperança e alegria nos momentos bons e nos momentos difíceis, por isso estou sempre procurando maneiras de dizer esta mensagem de uma forma nova e única. Inspiração artística funciona em muitos níveis. Às vezes é como um rio corrente de ideias, outras vezes é como construir uma casa com uma pequena pedra de cada vez. A parte mais difícil é a persistência e manter a mente sempre aberta. Sempre ouvindo e sempre pronto para NALU: Quais são as suas prin- fazer o trabalho, evitando a autocipais influências? dúvida a todo custo. TDA: Nós somos influenciados por quase tudo o que vemos e NALU: O nome “The Digital ouvimos Eu acho que, como se- Age” remete aos tempos mores humanos, somos todos influ- dernos. Como encorajar os joenciados, mesmo de maneiras vens a adorar num tempo em que não conhecemos. Então, es- que os corações têm se afastatamos constantemente à procura do de Deus? de ideias, inspiração, ou de uma TDA: Acho que o incentivo que maneira criativa para entregar queremos dar às pessoas é que palavras e ações que mostram as elas não estão sozinhas. As pespessoas que amamos elas e que soas estão distanciamento de Deus as ama. Honestamente, a Deus, eu creio, porque elas quepaixão que nós vemos em vocês rem colocar essa fachada que é algo que realmente tem nos aparece perfeita: independente, e

impecável e elas trabalham duro para manter essa máscara. Mas no processo eles estão ignorando a fundação, nossa comunidade de fé, nossa aceitação um do outro e, finalmente, a verdadeira realidade de nossa identidade como filhos de Deus, amados como nós somos, aqui e agora pelo perfeito amor de Jesus Cristo. Então eu acho que o nosso encorajamento vem daquela sensação de identidade ou pertencimento, de que você não precisa entrar num lugar junto com outras pessoas para adorar e ser perfeito, mas que você é perfeitamente amado. NALU: As pessoas do Brasil amam a banda e o sentimento parece ser recíproco. Tem alguma apresentação que marcou vocês? TDA: Nós amamos vocês. Profundamente. Eu brinquei sobre isso algumas vezes, mas eu realmente acredito que é verdade, que Deus me deu um coração brasileiro. Toda vez que eu estou no Brasil, a minha vida é enriquecida. A minha fé e alegria são reforçadas, de modo que cada apresentação é única, cada conversa ou relacionamento que tive foram especiais para mim. Eu acho que se tivesse que apontar um momento que marcou a minha vida ou que realmente mudou a minha trajetória seria na Conferência Livres, com Juliano Son, em maio de 2014. Nós tínhamos sido convidados para participar desta conferência, o que foi uma honra, mas nenhum de nós sabia nada de português

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na época. Nas semanas que antecederam a conferência, eu estava começando a ficar nervoso sobre não ser capaz de me comunicar com as pessoas, eu queria uma maneira de me conectar e mostrar que eu realmente me importava com elas, mesmo que eu não pudesse falar sua língua. Então, eu encontrei um vídeo do YouTube da música How He Loves (Ele Me Ama), em português e aprendei a cantar ouvindo umas 1000 vezes. E chegou a hora de cantar esta canção: nós fizemos a primeira estrofe em inglês e as pessoas cantaram junto, daí nós mudamos para português no segundo verso e... aquele momento. Depois que eu comecei a cantar em português, minha voz e a do público combinadas era uma harmonia que só o Espírito Santo pode produzir. Foi o som mais bonito que eu já ouvi, até hoje, quase dois anos depois, o eco daquele som me enche de alegria de uma forma que eu nem consigo descrever.

trata de adoração, essa afirmação é verdadeira? TDA: É tão verdadeiro. Vocês são loucos! NALU: O que vocês mais gostam no Brasil? TDA: Vocês!!!! A maneira que Cristo nos fala através de vocês. Nós amamos vocês, amamos seu país e sempre amaremos, independente de quão difíceis as coisas estejam, com políticos e corrupção, nós amamos Brasil. Acreditamos que Brasil é como uma semente que foi plantada, num lugar difícil, onde é escuro e complicado de ver uma saída. Acreditamos que, em última instância, o Brasil será transformado através do trabalho da Igreja, através da união, fé, esperança e perseverança. Transformado de uma semente em uma bela árvore, forte, flexível, que irá glorificar a Deus.

NALU: Quais são os projetos para 2016? Vocês têm planos de vir ao Brasil em breve? NALU: Nós ouvimos frequen- TDA: Se Deus quiser! Estamos temente que os brasileiros têm muito ansiosos para voltar a nosalgo de especial. Quando se sa segunda casa. Neste momen-

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to, estamos terminando nosso álbum, e nós não compartilhamos isso com ninguém ainda, mas vamos revelar o segredo. O álbum vai se chamar "GALAXIES". A ideia do CD fala sobre como às vezes nos vemos como insignificantes, pequenos, sozinho, e sem poder, da maneira que frequentemente dizemos a nós mesmos: "O que posso fazer para mudar este problema?", "Eu sou muito fraco", “Eu sou insignificante", "Eu sou inútil". Imagine o seguinte: você está olhando para o céu e vê um milhão de estrelas e na vasta exibição de brilho, você vê uma partícula de luz um pouco desbotada, este ponto de luz é como muitos de nós passamos a vida pensando sobre nós mesmos: pequeno, insignificante. Mas a coisa legal que me surpreendeu recentemente foi o fato de que se você pegar um telescópio e olhar através da lente, percebe que aquele ponto desbotado de luz, que achou que fosse uma mera estrela insignificante, é na verdade uma galáxia inteira com centenas de bilhões de estrelas, brilhando mais do que você jamais poderia ter imaginado. E essa galáxia é VOCÊ. Nós somos galáxias. A verdade é que estamos cheios com o poder do Espírito Santo. Nós somos poderosos. Nós somos bonitos. A luz da alegria de Cristo em nós é ofuscante e estamos aqui para usar esse poder, essa relevância, essa alegria, esse calor para unir a Igreja e transmitir compaixão, amar as pessoas poderosamente, aqui e agora.



RAIO-X

O HOMEM SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS

Por Luana Figueiredo Ilustração: : Pixabay

ome: Davi N Aparência: Era ruivo e formoso

de semblante e de boa presença (1 Sm 16:12) Profissão: Pastor de ovelhas, líder militar, rei, músico e poeta Cidade Natal: Vivia num povoado pequeno, em Belém (I Sm 16:1). Parentes: Jessé (pai), Nitzevet (mãe), Eliabe (irmão), Abinadabe (irmão), Siméia (irmão), Natanael (irmão), Radai (irmão), Ozem (irmão), Zeruia (irmã) e Abigail (irmã) Filhos: Amnom, Quileabe, Absalão, Adonias, Sefatias, Itreão, Tamar, Samua, Sobate, Natã, Salomão, Ibar, Elisua, Nefegue, Jafia, Elisama, Eliada e Elifelete. Esposas: Mical - Filha de Saul (1 Sm 18:20-30), Abigail - Exesposa de Nabal (1 Sm 25:3642), Ainoã – (1 Sm 25:43-44), Maacá – Princesa de Gesur (2 Sm 3:3), Eglá (2 Sm 3:5) e BateSeba - ex-esposa de Urias (2 Sm 11:27) Hobbies: Foi um grande músico, sua reputação era tal que tocava perante o rei Saul (1Sm 16:1423). Pecados mais conhecidos: Adultério (2 Sm 11:2-4) e Homicídio (2 Sm 11:14) Primeira aparição na Bíblia: Então mandou chamá-lo e fê-lo

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entrar (e era ruivo e formoso de semblante e de boa presença); e disse o Senhor: Levanta-te, e unge-o, porque é este mesmo. Então Samuel tomou o chifre do azeite, e ungiu-o no meio de seus irmãos; e desde aquele dia em diante o Espírito do Senhor se apoderou de Davi; então Samuel se levantou, e voltou a Ramá. (1 Sm 16:12-13) Morte: E Davi dormiu com seus pais, e foi sepultado na cidade de Davi. (2 Reis 2:10) Lições: Era um homem que consultava o Senhor (1 Cr 28:9); Confiava na Palavra de Deus e obedecia as ordens dEle (Sl 19 e 2 Sm 15:25); Era um adorador nato (1 Cr 29:10-14 e Sl 34:1); Tinha um coração quebrantado perante o Senhor (Sl 51.17). Curiosidades Era um homem segundo o coração de Deus (1 Sm 13:14 e Atos 13:22); Era um poeta inigualável e escreveu algumas das maiores obras primas da literatura espiritual. Nenhuma poesia tem sido tão constantemente usada como os salmos de Davi; Enquanto Davi tocava harpa, espíritos malignos eram expulsos da vida de Saul (1 Sm 16:23); Foi citado na Galeria dos Heróis da Fé (Hb 11); Foi um general capaz e conduziu

com grande êxito suas campanhas militares; É considerado, em geral, como o maior rei de Israel; Viveu como fugitivo durante certo tempo. Este foi um período obscuro em sua trajetória. Perseguido pelo rei Saul, Davi viveu uma perigosa vida de fugitivo. Mas existem alguns momentos de grandeza em meio a este obscuro cenário: a intercessão de Jônatas assegura a restauração temporária da graça do rei por Davi (1 Sm 19:4-7) e a generosidade de Davi ao poupar a vida de Saul, por duas vezes (1Sm 24:1-5 e 26:1-20).


PAPO RETO

FUJA DA CRISE

Dicas para alcançar e manter a autonomia financeira Por: Micmas Paulo Foto: Pixabay

Diante de um cenário eco-

nômico recessivo e de muita instabilidade política, com a inflação acima da meta batendo a casa dos 10% a.a, aumento do desemprego e juros abusivos, é preciso buscar o socorro que vem do alto (Salmos 121), bem como elaborar um planejamento/ controle financeiro das receitas (entradas) e das despesas (saídas), baseando-se em um consumo mais consciente para alcançar e manter a autonomia financeira. Ajustar e reajustar o orçamento são ações que devem ocorrer diariamente visando o enxugamento dos gastos excessivos, tais como aqueles considerados supérfluos. No entanto, o consumo precisa ser mantido porque no ciclo virtuoso da economia, o consumo gera produção e produção gera investimentos e renda. Essa renda volta ao processo gerando novamente o consumo. Sendo assim, nesse processo de interdependência, esse ciclo precisa girar.

A dica é não perder de vista os gastos, não atrasar ou parcelar a fatura do cartão de crédito e nem usar o limite do cheque especial, que possuem as maiores taxas de juros, acima de 400% e 280% a.a respectivamente. Caso a sua realidade seja de endividamento/ inadimplência, a orientação é pesquisar outras linhas de crédito e financiamento com taxas menores, como por exemplo, o crédito consignado, 41% a.a, e o crédito pessoal, 117% a.a. As cooperativas de crédito oferecem taxas de juros menores ainda do que os bancos e financeiras, então vale a pena pesquisar e conhecer. Para quem tem uma reserva financeira e quer fazer o dinheiro render com ganhos acima da inflação e com baixo risco de perdas, a sugestão é aplicar em renda fixa como CDB, LCI ou LCA que são produtos que possuem a garantia do FGC – Fundo Garantidor de Crédito, e finalmente, nos títulos do tesouro direto que têm apresentado ótimos rendi-

mentos, contudo, é bom saber que os títulos não estão contemplados no FGC. Em caso de desemprego, não se desespere. Tente empreender oferecendo aquilo que faz de melhor. Pode ser um produto (artesanato, comida...), um serviço (reparos, manutenção...) ou apenas revenda (catálogos), mas faça tudo com o rigor de uma administração planejada, profissional e com os controles que possibilitem visualizar o fluxo de caixa, ou seja, quanto entra e quanto saí. Fazendo a nossa parte e com a ajuda de Deus, passaremos por esse momento de crise percebendo e aproveitando as oportunidades que se apresentarem diante de nós. Para nossa meditação, leiamos Deuteronômio capítulo 28, versículos 1 ao 13. *Micmas é formado em Administração de Empresas e membro da Assembleia de Deus em Campinas


NALU INDICA

Youth Revival Depois de um álbum de estreia que conquistou jovens de todo o mundo, o grupo Hillsong Young & Free, volta em 2016 com um novo trabalho. Intitulado Youth Revival, o projeto tem 13 músicas, 12 delas foram gravadas ao vivo na Hillsong Church, em Sidney e mais uma versão rádio de Where you are. As composições trazem novamente aos ouvidos e corações letras que falam da liberdade e identidade em Cristo, com melodias dançantes e algumas baladas como a belíssima When the fight calls. Em entrevista à Billoard, Laura Toggs, líder da banda explicou a diferença entre o som do Young & Free e demais grupos pops: “Nos nossos shows o foco é a mensagem que estamos compartilhando através da nossa música. O foco não é em nos tornarmos estrelas, é sobre adorar a Deus”. E o ministério de jovens da Hillsong encontrou uma ótima maneira de adorá-lo.

Congresso Nacional JUMP – Jovens em Unidade Multiplicando Poder O JUMP nacional é realizado anualmente na cidade de Sumaré, interior de São Paulo, na Estância Árvore da Vida. O evento reúne milhares de jovens de todo o Brasil - e até de outras nações - de quinta a domingo, direcionando-os para uma conquista exponencial em seus respectivos territórios. O JUMP Sumaré é sempre um impacto na vida da juventude, são dias de louvor, cura, aprendizado, comunhão, diversão e novas amizades. O congresso acontece desde 2012 e é organizado pelo Ministério Internacional da Restauração (MIR). Neste ano acontecerá entre os dias 18 e 21 de agosto e inscrições já estão liberadas. Por isso, recomendamos que você corra para garantir a vaga em valor promocional. Para mais informações sobre preços e condições de pagamento acesse http:// goo.gl/Drz1BY

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Jarrid Wilson - Jarrid Wilson mora no Tennessee, EUA com a esposa e o filho. É pastor, autor e blogger. Seus posts falam de vida cristã, juventude, amor, relacionamentos em suas diversas formas, compaixão e experiências pessoais. Escreveu dois livros: 30 Words, um devocional de 30 dias cujo objetivo é encorajar as pessoas a ter um relacionamento mais profundo e constante com Deus e Jesus Swagger que fala sobre ser separado para viver como um seguidor genuíno de Cristo, imitando suas ações e refletindo o seu amor. Jarrid também é cofundador do Cause Roast, marca de café que doa 50% de seus lucros para causas como falta de água ou de comida, educação, apoio médico, cuidado com os órfãos e luta contra o tráfico humano. Com um currículo assim, vale a pena conhecer os textos e as ideias deste pastor que, já tem feito muito pelo seu próximo. http://jarridwilson.com/

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