BioGene Informa #8

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EDITORIAL

Amigo Agricultor Jair A. Swarowsky - Diretor Executivo DuPont Pioneer Brasil

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esde que assumi a liderança da DuPont Pioneer, em julho de 2015, esta é a primeira oportunidade que tenho de escrever o editorial do BioGene® Informa. É um motivo de grande satisfação e acontece em um momento de ótimas perspectivas tanto para a BioGene® quanto para o mercado de grãos. Mesmo em um período turbulento, que já vem desde 2014, o agronegócio permanece em crescimento. A exportação de grãos vem batendo recordes e os produtores vêm obtendo boas remunerações devido ao câmbio favorável e à alta de preços das commodities. O período é especialmente bom para o milho, onde a safra verão tem perspectiva de manutenção de área frente às quedas acumuladas nos últimos anos. A safrinha deverá permanecer em crescimento, impulsionada pelos bons preços do milho. Já a soja enfrentou na última safra problemas climáticos, o que afetou a produtividade em algumas regiões. Ainda assim, os preços do grão no

mercado se mantiveram favoráveis. Nestes próximos meses, a BioGene® estará apresentando uma série de novidades para o mercado. Serão lançados novos híbridos de milho, além de disponibilizar a tecnologia Leptra® em sua linha de produtos. Esta tecnologia é atualmente a melhor opção para auxiliar no controle das principais lagartas da cultura do milho e vem apresentando ótimos resultados no campo. Nesta 8ª edição do BioGene® Informa, além de abordar os lançamentos de híbridos para a safrinha e da tecnologia Leptra®, estaremos apresentando matérias sobre manejo de resistência de insetos, tratamento de sementes, importância da distribuição no mercado de grãos, combate à pirataria de sementes e perspectivas de mercado. Agradeço a confiança dos produtores e de nossos parceiros comerciais na equipe de representantes e nos produtos da marca BioGene®. Desejo muito sucesso a todos nestas próximas safras. Boa leitura.

EXPEDIENTE BIOGENE INFORMA - 8ª EDIÇÃO

Distribuição gratuita para clientes da BioGene® • Tiragem: 20.000 exemplares • Editor e coordenador: João Dreher • Projeto gráfico e diagramação: Agência Nakao

As solicitações de recebimento do BioGene Informa deverão ser feitas para:

A/C de Marketing BioGene® - Rod. BR-471, km 49 CEP 96.810-971 - Cx. Postal 1009 Santa Cruz do Sul/RS Fone (51) 3719.7700 E-mail: atendimento@biogene.com.br

“Não é de responsabilidade dos autores nenhum dano direto ou indireto, relacionado ou proveniente de qualquer ação ou omissão, resultante de qualquer informação contida neste material. Todas as consequências advindas de qualquer medida com base neste material são, única e exclusivamente, de responsabilidade do leitor. Todos os direitos reservados. Esta publicação não poderá ser reproduzida ou transmitida, no todo ou em parte, de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou impresso, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da BioGene”

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Agrisure® e Agrisure Viptera® são marcas registradas utilizadas sob licença da Syngenta Group Company. A tecnologia Agrisure® incorporada nessas sementes é comercializada sob licença da Syngenta Crop Protection AG. ® YieldGard é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company. Tecnologia de proteção contra insetos Herculex® desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred. ®Herculex e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC. LibertyLink® e o logotipo são marcas registradas da Bayer. As marcas com ®, TM ou SM são marcas e marcas de serviço da DuPont, Pioneer ou de seus respectivos titulares. © 2016 PHII Programa de Boas Práticas Agrícolas: A utilização das tecnologias aqui contidas requer a adoção de boas práticas agrícolas para manter a suscetibilidade das pragas-alvo, prolongando a eficácia das tecnologias. Como boas práticas gerais recomenda-se a adoção de práticas de manejo de resistência e manejo integrado de pragas, como rotação de culturas, dessecação antecipada, tratamento de sementes, plantio de refúgio estruturado efetivo, controle de plantas daninhas e voluntárias e, se necessário, aplicação complementar de inseticidas. Para mais informações acesse www.boaspraticasagronomicas.com.br e veja o Guia de Uso de Produtos disponível em www.biogene.com.br.


MATÉRIA DE CAPA

Biotecnologia e o lançamento da tecnologia Leptra ®

Alcides Ita - Gerente de Agronomia BioGene®

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termo Biotecnologia vem sendo empregado, em nosso cotidiano, para identificar lavouras/variedades geneticamente modificadas. No entanto, o termo Biotecnologia tem origem no Grego “Bio” que significa vida, “tekhne” que significa técnica, arte, ofício, juntamente com o sufixo “logia” que significa estudo. Ou seja, é o estudo do conjunto de técnicas a favor da vida. Neste contexto, muitos autores vêm tentando obter uma definição que melhor represente e explique o termo. Uma definição, proposta pelo prof. Antônio Paes de Carvalho, é que Biotecnologia é “o conjunto de conhecimentos técnicos e métodos, de base científica ou prática, que permite a utilização de seres vivos como parte integrante e ativa do processo de produção industrial de bens e serviços”. A Biotecnologia está presente em vários setores da economia. Dentre eles podemos citar a Agricultura (adubo composto, pesticidas, silagem, mudas de plantas ou de árvores, plantas com propriedades novas, etc), a Alimentação (pães, queijos, picles, cerveja, vinho, proteína unicelular, aditivos, etc), a Indústria Química (butanol, acetona, glicerol, ácidos orgânicos, enzimas, etc), a Eletrônica (biossensores), a Energia (etanol, biogás), o Meio Ambiente (recuperação de petróleo, tratamento do lixo, purificação da água etc), a Pecuária (embriões) e a Saúde (antibióticos, hormônios e outros medicamentos, vacinas, reagentes e testes de diagnóstico, etc). Na Agricultura, a Biotecnologia vem apresentando um grande destaque a nível mundial. A utilização de cultivares geneticamente modificadas (ou transgênicas) vem aumentando, apesar das críticas, de forma consistente na agricultura mundial. De acordo com Clive James, citado pela ISAAA, as culturas onde mais se utiliza cultivares transgênicos são soja, milho, algodão e canola. Estas são culturas de grande importância mundial e apresentam uma taxa de adoção de transgenia na ordem de 83%, 29%, 78% e 24%, respectivamente. O

mesmo estudo relata que 28 países já apresentavam lavouras plantadas com cultivares Transgênicos, beneficiando aproximadamente 18 milhões de agricultores, sendo o Brasil o segundo maior produtor (ISAAA-2016, dados referentes a 2015). Outro dado importante é que a tecnologia mais usada é a de resistência a herbicidas, abrangendo aproximadamente 100 milhões de hectares já em 2012. O Brasil assumiu a segunda posição mundial em área de lavouras transgênicas em 2009. Até 2015 mantém esta posição com 44,2 milhões de hectares, inferior somente aos Estados Unidos da América, que possui 70,9 milhões de hectares distribuídos em nove culturas. No Brasil as culturas onde a transgenia é mais importante são a soja, com uma adoção de 94,2%, o milho, com adoção de 84,6% e o algodão, com 73,3% (ISAAA-2016, dados referentes a 2015). Apesar de apresentar uma área expressiva no mundo, as lavouras/variedades transgênicas não contam com uma grande gama de opções de traits, seja para tolerância a insetos ou para tolerância a herbicidas. Os genes comerciais que codificam tolerância a insetos são oriundos, basicamente, de uma bactéria: o Bacillus thuringiensis (de onde veio a sigla Bt). O B. thuringiensis é uma bactéria Gram positiva, podendo ser caracterizado pela habilidade de formar cristais proteicos durante a fase estacionária e/ou de esporulação. O B. thuringiensis ocorre naturalmente em diversos habitats incluindo solo, filoplano, resíduos de grãos, poeira, água, matéria vegetal e insetos. Também chamados de delta-endotoxina, estes cristais proteicos possuem propriedades inseticidas específicas e são responsáveis por 20-30% da proteína total da célula (BOUCIAS; PENDLAND, 1998). Esta proteína cristal recebeu a denominação de Cry. Vários são os genes Cry e cada um codifica a formação de uma proteína específica onde cada uma tem ação sobre uma determinada ordem de inseto. A ação inseticida dessas proteínas se dá através

Agrisure® e Agrisure Viptera® são marcas registradas utilizadas sob licença da Syngenta Group Company. A tecnologia Agrisure® incorporada nessas sementes é comercializada sob licença da Syngenta Crop Protection AG. ® YieldGard é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company. Tecnologia de proteção contra insetos Herculex® desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred. ®Herculex e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC. LibertyLink® e o logotipo são marcas registradas da Bayer. As marcas com ®, TM ou SM são marcas e marcas de serviço da DuPont, Pioneer ou de seus respectivos titulares. © 2016 PHII Programa de Boas Práticas Agrícolas: A utilização das tecnologias aqui contidas requer a adoção de boas práticas agrícolas para manter a suscetibilidade das pragas-alvo, prolongando a eficácia das tecnologias. Como boas práticas gerais recomenda-se a adoção de práticas de manejo de resistência e manejo integrado de pragas, como rotação de culturas, dessecação antecipada, tratamento de sementes, plantio de refúgio estruturado efetivo, controle de plantas daninhas e voluntárias e, se necessário, aplicação complementar de inseticidas. Para mais informações acesse www.boaspraticasagronomicas.com.br e veja o Guia de Uso de Produtos disponível em www.biogene.com.br.

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MATÉRIA DE CAPA

da sua ligação com receptores específicos situados nas membranas intestinais dos insetos-alvo. Outro grupo de proteínas descoberto mais recentemente foi isolado da fase de desenvolvimento vegetativo da bactéria B. thuringiensis: são as chamadas proteínas Vip. A sigla VIP vem do inglês - (Vegetative Insecticidal Proteins). Muitos isolados de B. thuringiensis apresentam a produção destas proteínas. Estas proteínas não formam inclusões cristalinas e não apresentam sequência de aminoácidos similar às proteínas Cry e, desta forma, não se encaixam neste grupo. Dentre as proteínas Cry e Vip, as proteínas Cry1, Cry2 e Vip3 são as que atualmente estão presentes em cultivares comerciais e que apresentam ação inseticida contra alguns lepidópteros-praga (PINTO et al., 2010). Uma explicação resumida sobre o mecanismo de ação das proteínas Cry foi descrito por Fiuza em 2010: A ação inseticida destas proteínas pode ser descrita, resumidamente, em quatro fases: i- ao serem ingeridos cristais proteicos são solubilizados em pH alcalino no intestino médio dos insetos. A solubilização é necessária para liberação de protoxinas, que determinam a especificidade à espécie-alvo; ii- após a liberação ocorre a ativação das protoxinas por enzimas digestivas; iii- as protoxinas se ligam aos receptores da membrana do intestino médio; iv- essa ligação gera a formação de poros na membrana do intestino médio dos insetos, ocasionando um desequilíbrio iônico entre o meio intra e extracelular, causando a paralisia e morte do inseto. Em 1997, YU et al. descreveu que as proteínas Vip3A têm atuação no epitélio intestinal do inseto, assim como as proteínas Cry. Porém, devido à sua forma solúvel, essas proteínas se ligam mais rapidamente aos receptores de membrana das células epiteliais do intestino do inseto suscetível, resultando em progressiva degeneração da camada epitelial. De modo geral, todas as proteínas Bt possuem o mesmo modo de ação. A diferenciação entre elas está no que chamamos de sítio de ação, que é definido pelos receptores nos quais cada proteína se liga no intestino médio do inseto. A interação específica proteína-inseto determina os sítios de ação (ou receptores) responsáveis pela suscetibilidade da praga, e a ausência ou presença de resistência-cruzada. Hoje em dia há relatos de populações de insetos resistentes a algumas proteínas Cry. Uma das estratégias usadas para reduzir ou minimizar a evolução de resistência, além de práticas de manejo cultural, é a piramidação de diferentes genes que codificam diferentes proteínas com sítios de ação distintos. Pensando na maior eficiência dos híbridos transgênicos com tolerância a insetos, a DuPont trouxe para a marca BioGene® a tecnologia Leptra® de proteção contra

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Agrisure® e Agrisure Viptera® são marcas registradas utilizadas sob licença da Syngenta Group Company. A tecnologia Agrisure® incorporada nessas sementes é comercializada sob licença da Syngenta Crop Protection AG. ® YieldGard é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company. Tecnologia de proteção contra insetos Herculex® desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred. ®Herculex e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC. LibertyLink® e o logotipo são marcas registradas da Bayer. As marcas com ®, TM ou SM são marcas e marcas de serviço da DuPont, Pioneer ou de seus respectivos titulares. © 2016 PHII Programa de Boas Práticas Agrícolas: A utilização das tecnologias aqui contidas requer a adoção de boas práticas agrícolas para manter a suscetibilidade das pragas-alvo, prolongando a eficácia das tecnologias. Como boas práticas gerais recomenda-se a adoção de práticas de manejo de resistência e manejo integrado de pragas, como rotação de culturas, dessecação antecipada, tratamento de sementes, plantio de refúgio estruturado efetivo, controle de plantas daninhas e voluntárias e, se necessário, aplicação complementar de inseticidas. Para mais informações acesse www.boaspraticasagronomicas.com.br e veja o Guia de Uso de Produtos disponível em www.biogene.com.br.


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insetos, que estará disponível inicialmente nos híbridos BG7046VYH e BG7640VYH (veja mais sobre estes híbridos na matéria sobre lançamento de produtos). Esta tecnologia torna-se inovadora na medida que une, em uma mesma planta, três proteínas, sendo duas Cry, a Cry1Ab e a Cry1F, e uma proteína Vip, a Vip3Aa20. A tecnologia Leptra®, devido ao seu amplo espectro, é hoje a melhor opção para auxiliar no controle das principais lagartas que atacam a cultura do milho, como a lagarta-docartucho, lagarta-elasmo, lagarta-do-trigo, broca-da-cana-de-açúcar, lagarta-eridania, lagarta-da-espiga e lagarta-rosca. É uma excelente escolha para aqueles agricultores que desejam mais segurança e rentabilidade na sua lavoura. Apesar de ser uma tecnologia recente e com alta eficácia contra os insetos-alvo, há necessidade de monitoramento e manejo das lavouras. Temos esta tecnologia como aliada no manejo dos insetos-alvo, e não podemos de forma alguma entender que é a única opção. A utilização da tecnologia Leptra® requer a adoção de boas práticas agrícolas para manter a suscetibilidade das pragas-alvo, prolongando a eficácia e durabilidade da tecnologia. Como boas práticas gerais recomenda-se o Manejo da Resistência de Insetos (MRI), que tem como foco principal o uso de refúgio estruturado efetivo e o uso de inseticidas químicos para o controle adicional de pragas quando necessário. Baseado em informações que temos hoje, acredita-se que novas tecnologias visando o controle de pragas Lepidópteras não serão lançadas no médio prazo, o que reforça a importância da utilização de corretas práticas de manejo, evitando assim a seleção de populações resistentes e prolongando a durabilidade da tecnologia. Referências: Campo Digit@l: Rev. Ciências Exatas e da Terra e Ciências Agrárias, v. 9, n. 2, p. 58-65, dez, 2014 FIUZA, L. M. Mecanismo de ação de Bacillus thuringiensis. Biotecnologia Ciência & Desenvolvimento, Brasília, n.38, p.32-35, 2010. PINTO, L. M. N. et al. Toxinas de Bacillus thuringiensis. Biotecnologia Ciência & Desenvolvimento, Brasília, n.38, p.24-31, 2010. YU, C. G.; MULLINS, M. A.; WARREN, G. W.; KOZIEL, M. G.; ESTRUCH, J. J. The Bacillus thuringiensis vegetative insecticidal protein vip3a lyses midgut epithelium cells of susceptible insects. Applied and Environmental Microbiology, Washington, v. 63, n. 2, p. 532-536, 1997. EMBRAPA, Circular Técnica 135. Milho Bt: Teoria e Prática da Produção de Plantas Transgênicas Resistentes a Insetos-Praga, dezembro 2009. BOUCIAS, D. G.; PEDLAND, J. C. Principles 1994. of insect pathology. Boston: Kluwer Academic Publishers, 1998. 537 p.

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MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS

Técnicas de manejo para controle de pragas Itavor Nummer - Líder de Agronomia

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controle da principal praga que ataca a cultura do milho, a lagarta-do-cartucho (S. frugiperda) é o principal motivo para a massiva utilização, pelos agricultores brasileiros, de híbridos de milho geneticamente modificados que expressam proteínas tóxicas às populações suscetíveis deste inseto. No ano de 2008 ocorreu a primeira liberação para comercialização de híbridos geneticamente modificados que expressavam proteínas tóxicas oriundas da bactéria do Bacillus thuringiensis e a adoção pelos agricultores brasileiros ocorreu de forma muito rápida, em uma velocidade sem precedentes no cenário agrícola nacional, atingindo hoje aproximadamente 85% de toda semente híbrida comercializada no país. Esta taxa de adoção, de alguma forma, expressa em números o quanto o agricultor sente a necessidade de se valer desta tecnologia como alternativa ao controle dos insetos da ordem lepidóptera que atacam a cultura do milho, especialmente a lagarta-do-cartucho-do-milho, não somente pelos danos diretos causados por este inseto (redução da população de plantas nas fases iniciais, corte de plântulas emergidas, destruição de área foliar, danos em espigas e pendões) mas também como uma tecnologia que auxilia na redução no número de operações de pulverização, especialmente na safra de verão, onde estabelece-se uma disputa com a cultura da soja por operações nas propriedades que cultivam as duas culturas. Não obstante a eficácia das diversas alternativas de controle dos insetos praga nas lavouras, o que se tem visto no campo é a tomada de decisão dos agricultores por híbridos de milho e variedades de soja que se complementem dentro de um modelo de exploração agrícola que tende a realizar cinco cultivos em dois anos, onde a precocidade aliada ao rendimento são características básicas da decisão e, no intuito de maximizar a renda em um segundo momento, ele opta pelas tecnologias Bt de controle de insetos mais eficientes como alternativa para reduzir os custos de produção pela menor utilização de inseticidas e redução do número de aplicações. Este modelo de exploração agrícola que permite o cultivo das áreas o ano todo lança alguns desafios para a durabilidade e eficácia das tecnologias Bt, uma vez que a pressão de seleção imposta pela tecnologia associada ao número de gerações dos insetos, entre outras características, podem determinar a seleção de indivíduos que

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MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS

naturalmente existem e são resistentes a esta tecnologia. Este é um ponto importante, afinal, em sistemas de produção intensivos, não se pode considerar a tecnologia Bt isoladamente como técnica de controle de insetos, pois se medidas de controle complementares não forem adotadas o incremento destas populações resistentes é inevitável e exponencial, significando a perda de eficiência da tecnologia e por consequência a falha no controle destes insetos a campo, como já se tem registro. Todas as tecnologias Bt existentes no mercado – e não são muitas – que codificam tolerância a insetos da ordem lepidóptera no milho, soja e algodão têm a origem basicamente de uma mesma bactéria: o Bacillus thuringiensis. Este é um ponto inicial que precisa ser bem compreendido, pois este estreitamento de opções e a falta de perspectiva de surgimento de novas tecnologias leva à necessidade primordial de adotar práticas complementares que visem ampliar a durabilidade da tecnologia Bt no milho, algodão ou soja e, desta forma, preservar o valor direto e indireto desta na maximização da renda do agricultor. Não é de hoje que os esforços no processo de estabelecer um nível maior de conhecimento sobre o assunto são dispendidos por várias entidades, empresas e até o governo, no intuito de incrementar a adoção das práticas de Manejo Integrado de Pragas (MIP), onde a utilização de híbridos e variedades Bt também está incluída como parte deste manejo. O MIP, na realidade, é um sistema que associa o ambiente e a dinâmica populacional da espécie, utilizando todas as técnicas e os métodos apropriados, mantendo a população da praga em níveis abaixo daqueles que ocasionam dano econômico. Mais recentemente, com o advento da perda de eficiência no controle de populações resistentes de Spodoptera frugiperda por algumas tecnologias, houve a necessidade de se promover com muito mais ênfase as ações que visam o manejo da resistência dos insetos (MRI), o que mais recentemente ficou conhecido como Melhores Práticas de Manejo. As melhores práticas de manejo são na realidade um conjunto de ações que tem por objetivo a redução da pressão de seleção causada pelo uso contínuo de agentes de controle – neste caso, inseticidas oriundos de biotecnologias ou inseticidas sintéticos/biológicos – buscando a redução do risco de seleção de indivíduos resistentes e, consequentemente, a evolução de populações resistentes, aumentando assim a durabilidade da tecnologia e preservando seu valor para o agricultor. Quanto maior o número de práticas adotadas concomitantemente na propriedade e/ou região produtora, mais efetivo estes esforços serão. Entre outras práticas enumeramos seis, consideradas mais efetivas.

segue

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MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS

Dessecação antecipada: As culturas antecessoras, assim como as plantas daninhas e voluntárias presentes no ambiente, funcionam como plantas hospedeiras para as principais pragas que atacam a cultura na fase inicial, podendo influenciar a espécie predominante e a pressão inicial das pragas. Assim, no sistema de plantio direto, a pressão de pragas na fase inicial da cultura pode ser maior quando comparada ao sistema de plantio convencional. A dessecação antecipada da cobertura vegetal tem como objetivo disponibilizar palhada seca sobre o solo, facilitando a operação do plantio e promovendo a proteção do solo. O momento ideal das aplicações de herbicida pode variar de acordo com as condições climáticas e o sistema de plantio utilizado. Além disso, a dessecação antecipada da palhada contribui para a redução de população de pragas iniciais. Em casos de alta pressão de praga, principalmente na presença de lagartas remanescentes da palhada, recomenda-se aplicação de inseticidas no pré-plantio, pois lagartas grandes são, de modo geral, menos suscetíveis a proteínas Bt, sobrevivendo mais facilmente à exposição do milho Bt, podendo acelerar o processo de desenvolvimento de resistência.

Tratamento de sementes: O Tratamento de Sementes (TS) é uma prática que tem como finalidade o controle de pragas subterrâneas e iniciais da cultura, período de grande suscetibilidade às pragas. O uso de Tratamento de Sementes é importante para o estabelecimento do stand da lavoura, já que os danos causados por essas pragas resultam em falhas na lavoura devido ao ataque às sementes após a semeadura, danos às raízes após a germinação e à parte aérea das plantas recém-emergidas. Considerando o manejo de resistência de insetos, o uso de Tratamento de Sementes auxilia no estabelecimento de plantas nas áreas de refúgio e serve como um diferente modo de ação em áreas Bt na fase inicial de desenvolvimento da lavoura.

Adoção de áreas de refúgio estruturado efetivo: A função da área de refúgio no manejo de resistência de insetos às culturas com a tecnologia Bt é produzir uma abundância de insetos suscetíveis, que cruzarão com os raros insetos resistentes provenientes das áreas plantadas com tecnologia Bt, reduzindo, assim, a possibilidade de desenvolvimento de populações resistentes. Quanto maior o número de aplicações de inseticidas em áreas de refúgio menor sua efetividade como ferramenta de MRI. Entretanto, devido à alta pressão de pragas em áreas tropicais, entende-se que implementação de áreas de refúgio sem nenhuma intervenção na população de pragas não é uma prática viável. Assim, o foco da proposta de refúgio é reduzir ao máximo o número de aplicações de inseticidas, focando apenas no controle de pragas na fase inicial da cultura, janela mais importante para seu estabelecimento. A proposta de manejo de áreas de refúgio de milho, visando otimizar a sua efetividade como ferramenta de MRI, baseia-se nas seguintes recomendações: • Adoção de 10% de área de refúgio estruturado efetivo;

Monitoramento

Bt

Bt: Manejo de resistência • Leptra®: 4% de plantas ao nível 3 da Escala Davis • Outras tecnologias: 10% de plantas ao nível 3 da Escala Davis

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Refúgio Estruturado Efetivo

Monitoramento e manejo visando produção de insetos suscetíveis • Aplicar inseticidas quando 20% das plantas atingirem o nível 3 da Escala Davis • Máximo 2 aplicações até V6

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• O plantio da área de refúgio estruturado efetivo pode ser feito de diversas maneiras, desde que seja mantida uma distância máxima de 800 metros da área com milho Bt. Entretanto, para uma maior efetividade da área de refúgio como ferramenta de MRI, recomenda-se a sua implantação em faixas, ou dentro do mesmo talhão, favorecendo, assim, o acasalamento aleatório entre indivíduos provenientes das áreas de Bt e refúgio.

Bloco Plante uma área de refúgio na forma de um bloco de milho convencional adjacente à área Bt Refúgio

Perímetro Plante uma área de refúgio na forma do perímetro ou 4 a 6 linhas do campo de milho Bt

Em conjunto com outra lavoura Plante uma área de refúgio de milho convencional até 800m da área de milho Bt

Milho Bt

Faixa Plante uma área de refúgio de 4 a 6 linhas de milho convencional dentro da área de milho Bt

Pivô Central Plante o refúgio na proporção recomendada pela empresa produtora da semente dentro da área irrigada

Outra Cultura

Fonte Abrasem

• Uso opcional de tratamento de sementes com inseticida. • Uso de inseticidas – Nas áreas de refúgio (milho não Bt), para o controle da lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) as aplicações de inseticidas deverão ser feitas quando 20% das plantas atingirem o nível 3 da Escala Davis (raspagens iniciais). Para garantir a efetividade do refúgio como ferramenta de MRI, recomendam-se no máximo duas pulverizações até o estágio V6 (seis folhas verdadeiras). Idealmente, as pulverizações da área de refúgio devem acontecer simultaneamente às pulverizações da área com milho Bt.

Manejo da Lagarta-do-cartucho no refúgio estruturado efetivo Monitoramento

Dessecação 30 - 40 DAP

Monitoramento Aplicar inseticida nas áreas de refúgio com 20% de plantas danificadas (escala Davis 3) Máximo 2 aplicações até V6

Dessecação Pré-Plantio 2 - 3 DAP

Produto VE específico

V6 Figura adaptada por José Madalóz

Consideramos ser essa a melhor relação entre o dano econômico e o refúgio estruturado efetivo como produtor de insetos suscetíveis. Importante salientar que as principais empresas de sementes que atuam no mercado brasileiro concordaram em seguir e difundir as orientações do Comitê Brasileiro de Ação à Resistência de Inseticidas (IRAC- BR), que tem como missão orientar o uso de produtos fitossanitários de maneira sustentável.

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Controle de plantas daninhas e voluntárias: Algumas plantas daninhas podem ser importantes hospedeiras para insetos pragas das culturas subsequentes, permitindo que uma quantidade significativa de insetos sobreviva nas áreas de cultivo no período de entressafra. Além disso, ervas daninhas podem ser fonte de lagartas em ínstares mais avançados, as quais apresentam maior dificuldade de controle pelas tecnologias Bt. A movimentação de lagartas entre plantas Bt e daninhas pode acarretar em exposição subletal dos insetos, aumentando sua taxa de sobrevivência no campo e, consequentemente, o risco de evolução de resistência. Certas práticas podem contribuir para o controle eficaz das ervas daninhas, assim como para a prevenção da resistência aos herbicidas.

1) Não deixar áreas em pousio: empregar as práticas integradas de manejo de plantas daninhas durante o ano, focando o manejo do banco de sementes (rotação de culturas e coberturas). 2) Começar a cultura no limpo: aplicar um controle efetivo antecipadamente no pré-plantio e, se necessário, usar um pré-emergente em áreas de elevada pressão de plantas daninhas. 3) Utilizar a dose e o momento correto de aplicação dos produtos no sistema de manejo, observando-se as melhores condições de aplicação. 4) Utilizar o manejo pós-colheita: associação de herbicidas com diferentes mecanismos de ação. O manejo inadequado de plantas daninhas e voluntárias pode trazer sérias consequências.

Plantas daninhas resistentes

Plantas daninhas resistentes e voluntárias

Monitoramento de pragas e tomada de decisão: O monitoramento de pragas na lavoura é fundamental na tomada de decisão. Essa prática determina a situação das pragas na cultura através da avaliação adequada de incidência e pressão de pragas, danos e prejuízos que podem estar ocorrendo e da definição do momento da aplicação de inseticida. O monitoramento de pragas deve ser realizado de forma que todo o campo seja avaliado, para que a tomada de decisão seja apropriada. A avaliação poderá ser feita nos padrões de zig-zag (para danos no interior do campo), ou de perímetro (para danos na bordadura do campo), conforme apresentado na figura abaixo. Assim, o monitoramento constitui-se como a base de todo e qualquer programa de manejo integrado de pragas, devendo ser

Use este padrão para os danos no interior do campo

uma prática rotineira realizada durante todo o ciclo da cultura. Sempre que for necessário realizar mais de uma aplicação de inseticida, deve-se alternar os modos de ação de maneira a evitar a seleção de insetos resistentes. Atenção: Nas áreas de milho Bt com a tecnologia Leptra®, quando 4% das plantas atingirem o nível de dano 3 da Escala Davis para lagarta-do-cartucho-do-milho, contate o Representante Comercial dos produtos marca BioGene® ou o distribuidor da sua região e verifique a necessidade de aplicação de inseticidas. Para outras tecnologias Bt oferecidas pela BioGene® (YieldGard®, Herculex® I e Optimum® Intrasect®), pulverizações devem ocorrer quando 10% das plantas apresentarem danos no nível 3 da Escala Davis.

Use este padrão para os danos na bordadura do campo Agrisure® e Agrisure Viptera® são marcas registradas utilizadas sob licença da Syngenta Group Company. A tecnologia Agrisure® incorporada nessas sementes é comercializada sob licença da Syngenta Crop Protection AG. ® YieldGard é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company. Tecnologia de proteção contra insetos Herculex® desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred. ®Herculex e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC. LibertyLink® e o logotipo são marcas registradas da Bayer. As marcas com ®, TM ou SM são marcas e marcas de serviço da DuPont, Pioneer ou de seus respectivos titulares. © 2016 PHII

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Programa de Boas Práticas Agrícolas: A utilização das tecnologias aqui contidas requer a adoção de boas práticas agrícolas para manter a suscetibilidade das pragas-alvo, prolongando a eficácia das tecnologias. Como boas práticas gerais recomenda-se a adoção de práticas de manejo de resistência e manejo integrado de pragas, como rotação de culturas, dessecação antecipada, tratamento de sementes, plantio de refúgio estruturado efetivo, controle de plantas daninhas e voluntárias e, se necessário, aplicação complementar de inseticidas. Para mais informações acesse www.boaspraticasagronomicas.com.br e veja o Guia de Uso de Produtos disponível em www.biogene.com.br. Março / 2014: Observou-se a redução na suscetibilidade e a resistência à proteína Cry1F (tecnologias Herculex® I e Optimum® Intrasect®) em populações de lagarta-do-cartucho-do-milho (Spodoptera frugiperda). Por favor, entre em contato com o Representante de Vendas de produtos marca BioGene® e informe-se sobre as Melhores Práticas no Manejo Integrado de Pragas.


MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS

Guia de imagens - Escala Davis - Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda)

Rotação de cultura: Rotação de cultura trata-se da prática de alternar o plantio de diferentes espécies da cultura na mesma área agrícola. Como ferramenta de MIP e MRI, a escolha das espécies para a rotação de culturas deve focar em culturas diferentes, que não expressem a(s) mesma(s) proteínas Bt, ou culturas que não sejam hospedeiras das pragas de maior importância na área, visando a quebra da janela de exposição e redução na pressão de população. O estabelecimento de uma janela livre de hospedeiros ajuda a reduzir a densidade de pragas e a seleção de resistência. Para a obtenção de máxima eficiência na melhoria da capacidade produtiva do solo, o planejamento da rotação de culturas deve considerar, sempre que possível, a associação de espécies que produzam grandes quantidades de biomassa e de rápido desenvolvimento, cultivadas isoladamente ou em consórcio com culturas comerciais. Benefícios associados à rotação de cultura incluem: 1) Controle de doenças; 2) Controle de pragas; 3) Controle de plantas daninhas; 4) Reciclagem de nutrientes; 5) Aumento da produtividade do sistema.

Escala Davis – Visual Rating Scales for Screening Whorl-Stage Corn for Resistance to Fall Armyworm, F.M. Davis USDA-ARS Crop Science Research Laboratory, Mississippi State University, MS 39762.

O que pode gerar, num primeiro contato, um desconforto por parecer um conjunto de práticas de difícil implantação e operacionalização nas propriedades rurais, necessita contar com o bom senso e racionalização de agricultores e técnicos pelo exposto acima, pois à luz dos conhecimentos atuais, dentro do que é legalmente permitido fazer e recomendar, não existe nada mais efetivo na direção da manutenção da durabilidade dos “traits” Bt em ambientes tropicais como o Brasil e alguns países da América Latina (Argentina, Colômbia, Paraguai, etc), que inclusive basearam-se no plano brasileiro para implantar o deles. A estratégia mais efetiva no combate à resistência é implantar diversas práticas simultaneamente para retardar sua ocorrência e, para maior efetividade, estas devem ser implantadas antes do seu desenvolvimento. Para tanto, recomenda-se a implantação de programas de MRI como componente de um programa mais amplo de MIP, cobrindo três componentes básicos: monitoramento do complexo de pragas no campo e mudanças na densidade populacional, foco em níveis de dano econômico, e integração de múltiplas estratégias de controle.

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DEPOIMENTOS E RESULTADOS MILHO

Veja os resultados e depoimentos de quem planta híbridos BioGene no Milho Verão e Silagem

®

NILO BLATT São Martinho/RS BG7046H - 193,7 scs/ha BG7318YH - 192,5 scs/ha

"Pela primeira vez planto as sementes de milho marca BioGene®. Pelo resultado colhido foi surpreendente a produtividade na minha lavoura. Posso afirmar que o BG7046H e o BG7318YH são híbridos de boa resposta ao manejo de alto investimento."

CLEMENTE CHUPEL Três Barras/SC BG7318YH - 209,3 scs/ha

“O milho BG7318YH me agradou muito pela sua precocidade e qualidade de grãos. Boa sanidade, sem acamamento. A produtividade me surpreendeu com 209,3 sacos/ha. Recomendo esse milho.”

RODRIGO SCHMAEDECKE Passo Fundo/RS BG7318YH - 202,3 scs/ha

MELVI PROBST Petrolândia/SC BG7061H - 155,0 scs/ha

"Plantei o BG7318YH e tive um bom resultado de produtividade com precocidade na colheita. O BG7046H manteve o potencial produtivo da lavoura aliada a sanidade, recomendo plantio dos híbridos BG7318YH e BG7046H."

"Plantei o híbrido BG7061H pela primeira vez na safrinha e atendeu à minha necessidade, onde precisava de um material rápido e produtivo que ficasse pronto a tempo, antes do preparo da próxima safra de cebola. Obtive uma excelente produtividade de 155 sacos/ ha. Eu recomendo o híbrido BG7061H em pós-cebola, pois superou minhas expectativas em precocidade e produtividade."

VILMAR CZIS Alpestre/RS BG7046 - 166,8 scs/ha BG7049YH - 160,2 scs/ha ANSELMO FALLGATTER Canoinhas/SC BG7318YH - 200,3 scs/ha

"Nesta safra conheci os híbridos da BioGene® através da recomendação da Cooper A1. Além das áreas demonstrativas, na minha área comercial plantei o BG7046 que colhi utilizando parte para silagem também. Me surpreendeu pela qualidade e participação de grãos na massa verde."

“O híbrido BG7318YH vem confirmando o potencial produtivo, precocidade, sanidade de plantas e grãos. Produzi nessa safra 200,3 sacos/ha.”

Veja alguns resultados de silagem de qualidade produzidas por clientes BioGene® NO PARANÁ E MINAS GERAIS Nome Produtor Município/UF

Híbrido

FELISE ROSIN CORONEL VIVIDA/PR BG7060hR CRISTIANO PEREIRA DE REZENDE UBERLÂNDIA/MG BG7049YH ELSON ALVES DE REZENDE JUNIOR UBERLÂNDIA/MG BG7049YH

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Área(ha) massa verde (kg/ha) 15,0 6,0 15,0

72.000 75.000 63.000


DEPOIMENTOS E RESULTADOS MILHO

RESULTADOS MILHO BIOGENE - RS / SC / PR / SP / MG

minas gerais

s ã o paulo

paraná

santa catarina

RIO GRANDE DO SUL

®

PRODUTOR MUNICíPIO/UF Luciano G. De Mattos Almirante Tamandaré do Sul/RS GRUPO SCHAEDLER BOA VISTA DAS MISSÕES/RS IRMÃOS GAI BOA VISTA DO CADEADO/RS PAULO GOI BOA VISTA DO CADEADO/RS Claudio Waiss Cachoeira do sul/RS Gibrail Pasinato Cacique Doble/RS Rogerio F. Pacheco Carazinho/RS ELEMAR ZAKSZESKI CHIAPETTA/RS JULIANO LAUXEM CRUZ ALTA/RS LUCIO RIVA DOIS IRMÃOS DAS MISSÕES/RS DIONARA DILIANE LOMPA HUMAITÁ/RS Aderlei Vendrusculo Jacuizinho/RS Pedro Cortese Jacutinga/RS AGRÍCOLA BINSFELDT PALMEIRA DAS MISSÕES/RS Hilton Kipper Saldanha Marinho/RS Cleber Odone Motta Lenzi São José do Ouro/RS José Domingos Segarra São José do Ouro/RS MILTON ANTONIO WERNER SEDE NOVA/RS IZANIR JOÃO BIN TUPARENDI/RS JOSÉ DA CRUZ CANOINHAS/SC Liana Faccio Ipuaçú/SC AMARILDO HERBST ITAIÓPOLIS/SC Anderson Vendrusculo Quilombo/SC Jose Pertusati Quilombo/SC Mauro Rosina Quilombo/SC CLAUDIMIR ZUCCO RIO DAS ANTAS/SC Zidione Cherobin Xaxim/SC JACIDIO SAMBATI CAMPO MOURÃO/PR CONDOMíNIO MILLA CANDóI /PR FAZENDA CARACU CANDÓI/PR BRUNO REINHOFER RESERVA DO IGUAÇU/PR JONATHAN SEITZ GUARAPUAVA/PR BRUNO REINHOFER PINHÃO/PR CONDOMíNIO MILLA PINHÃO/PR HERMES NAIVERTH PINHÃO/PR PAULO DENILSON BASSO PINHÃO/PR WIlFRIED GEORG SPIELER PINHÃO/PR JOÃO MARCO NICARETTA PITANGA /PR FRANCISCO SOARES RORATO RONCADOR /PR VILMAR BORGERT VITORINO/PR Ronivaldo Dognani Avaré/SP Jurandir Cimati Coronel Macedo/SP Gelson DelAnhol Itararé/SP JoÃo Bosco Dal Col Itararé/SP Israel Sverner Taquarivaí/SP Mauricio Fernandes Dias Taquarivaí/SP ELIR SCHWERTNER IRAÍ DE MINAS/MG HILARIO SCHWERTNER IRAÍ DE MINAS/MG

Híbrido Área (ha) PRODUTIVIDADE BG7318YH 67,0 11.820 kg/ha 197,0 scs/ha BG7318YH 1,3 12.600 kg/ha 210,0 scs/ha* BG7046 60,0 10.350 kg/ha 172,5 scs/ha BG7318YH 62,7 12.720 kg/ha 212,0 scs/ha* BG7318YH 15,0 10.680 kg/ha 178,0 scs/ha BG7318YH Faixa 14.280 kg/ha 238,0 scs/ha BG7318YH 50,0 11.760 kg/ha 196,0 scs/ha BG7046 15,0 10.800 kg/ha 180,0 scs/ha BG7318YH 27,0 11.340 kg/ha 189,0 scs/ha* BG7046H 15,0 11.460 kg/ha 191,0 scs/ha BG7318YH 3,0 14.310 kg/ha 238,5 scs/ha BG7318YH 30,0 12.660 kg/ha 211,0 scs/ha* BG7046H 1,2 11.040 kg/ha 184,0 scs/ha BG7318YH 14,1 12.480 kg/ha 208,0 scs/ha BG7318YH 1,5 12.240 kg/ha 204,0 scs/ha* BG7318YH 43,0 12.516 kg/ha 208,6 scs/ha BG7318YH 17,9 11.820 kg/ha 197,0 scs/ha BG7318YH 12,0 12.732 kg/ha 212,2 scs/ha BG7318YH 1,5 12.600 kg/ha 210,0 scs/ha BG7318YH 5,0 11.460 kg/ha 191,0 scs/ha BG7318YH Faixa 10.956 kg/ha 182,6 scs/ha BG7046H 10,5 10.800 kg/ha 180,0 scs/ha BG7318YH 5,6 12.000 kg/ha 200,0 scs/ha BG7046 Faixa 10.800 kg/ha 180,0 scs/ha BG7318YH Faixa 11.952 kg/ha 199,2 scs/ha BG7318YH 30,0 9.600 kg/ha 160,0 scs/ha BG7318YH 10,0 10.920 kg/ha 182,0 scs/ha BG7318YH 10,0 10.410 kg/ha 173,5 scs/ha BG7046H Faixa 12.792 kg/ha 213,2 scs/ha BG7318YH 50,0 11.820 kg/ha 197,0 scs/ha BG7046H 19,4 10.165 kg/ha 410,0 scs/alq BG7318YH 51,2 14.147 kg/ha 570,6 scs/alq BG7318YH Faixa 16.759 kg/ha 675,9 scs/alq BG7318YH 85,0 13.500 kg/ha 544,5 scs/alq BG7060H Faixa 13.480 kg/ha 543,7 scs/alq BG7318YH 150,0 13.200 kg/ha 532,4 scs/alq BG7318YH 21,2 14.447 kg/ha 582,7 scs/alq** BG7318YH 5,0 15.742 kg/ha 634,9 scs/alq*** BG7046H 10,0 11.200 kg/ha 451,7 scs/alq BG7318YH 35,0 13.736 kg/ha 554,0 scs/alq BG7318YH 39,4 13.080 kg/ha 527,6 scs/alq BG7318YH Faixa 14.712 kg/ha 593,4 scs/alq BG7318YH 11.529 kg/ha 465,0 scs/alq BG7046H 44,8 12.120 kg/ha 488,8 scs/alq BG7318YH Faixa 12.180 kg/ha 491,3 scs/alq BG7046 30,0 10.165 kg/ha 169,4 scs/ha BG7046 35,1 10.428 kg/ha 173,8 scs/ha BG7046 2,0 10.194 kg/ha 169,9 scs/ha BG7046 10,0 11.160 kg/ha 186,0 scs/ha BG7046H 28,0 11.106 kg/ha 185,1 scs/ha BG7046 25,0 9.828 kg/ha 163,8 scs/ha BG7037H 15,0 11.400 kg/ha 190,0 scs/ha BG7037H 16,0 11.400 kg/ha 190,0 scs/ha

* Área irrigada **Colheita em 22/02 ***Colheita em 29/02

® YieldGard é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company. Tecnologia de proteção contra insetos Herculex® desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred. ®Herculex e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC. LibertyLink® e o logotipo são marcas registradas da Bayer. TMRoundup Ready é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company. As marcas com ®, TM ou SM são marcas e marcas de serviço da DuPont, Pioneer ou de seus respectivos titulares. © 2016 PHII

Março / 2014: Observou-se a redução na suscetibilidade e a resistência à proteína Cry1F (tecnologias Herculex® I e Optimum® Intrasect®) em populações de lagarta-do-cartucho-do-milho (Spodoptera frugiperda). Por favor, entre em contato com o Representante de Vendas de produtos marca BioGene® e informe-se sobre as Melhores Práticas no Manejo Integrado de Pragas.

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depoimentos e resultados soja

Veja os resultados e depoimentos de quem planta cultivar BioGene

®

“Estamos na Bahia há mais de 20 anos e nos tornamos distribuidores BioGene® há 4. Encontramos na BG4290 o que os produtores procuraram por muito tempo em relação a variedades de soja, que é estabilidade, potencial produtivo e padronização da lavoura. A BG4290 é a melhor variedade de soja lançada nos últimos anos.”

LUIZ ALBERTO MIOR anderson knutsen FÊNIX AGRO Luís Eduardo Magalhães/BA

RESULTADOS RESULTADOS SOJA SOJA BIOGENE BIOGENE® - MG- MG - GO- BA - N -- TO NE PRODUTOR Luiz Antônio Mânica José Carlos Ferigolo Onório Franzon Guenter Neiva Petrus Leonardus Zandbergen

MUNICÍPIO/UF Cultivar Área (ha) PRODUTIVIDADE Bonfinópolis/MG BG4569 Faixa 3.654 kg/ha 60,9 scs/ha Cabeceira Grande/MG BG4290 Faixa 3.003 kg/ha 50,1 scs/ha Guarda-Mor/MG BG4377 10,0 4.300 kg/ha 71,6 scs/ha Paracatu/MG BG4184 150,0 3.600 kg/ha 60,0 scs/ha Paracatu/MG BG4184 115,0 4.800 kg/ha 80,0 scs/ha BG4377 3.120 kg/ha 52,0 scs/ha Fabiano Silva de Queiroz UnaÍ/MG BG4569 3.000 kg/ha 50,0 scs/ha BG4377 3.180 kg/ha 53,0 scs/ha Irineu Anselmo Urban UnaÍ/MG BG4290 3.600 kg/ha 60,0 scs/ha Carlos Henrique Souza Jataí/GO BG4377 Faixa 4.080 kg/ha 68,0 scs/ha Fátima Vieira Guimarães Jataí/GO BG4184 15,0 3.300 kg/ha 55,0 scs/ha Gilmar Roque Batisti Jataí/GO BG4184 260,0 3.240 kg/ha 54,0 scs/ha Ademir Delatorre Formosa do Rio Preto/BA BG4290 200,0 3.780 kg/ha 63,0 scs/ha Anildo Erno Winter Formosa do Rio Preto/BA BG4290 80,0 3.120 kg/ha 52,0 scs/ha Boris Kasdorf Formosa do Rio Preto/BA BG4290 800,0 3.822 kg/ha 63,7 scs/ha Irmãos Demarchi Formosa do Rio Preto/BA BG4290 300,0 4.032 kg/ha 67,2 scs/ha Rogério Alexandre Serafina Formosa do Rio Preto/BA BG4290 400,0 3.300 kg/ha 55,0 scs/ha Sergio Augusto Perez Formosa do Rio Preto/BA BG4290 150,0 3.720 kg/ha 62,0 scs/ha Tercio Sthil Formosa do Rio Preto/BA BG4290 300,0 2.880 kg/ha 48,0 scs/ha Aderson Dahmer LuÍs Eduardo Magalhães/BA BG4290 195,0 3.060 kg/ha 51,0 scs/ha João Carlos Puton LuÍs Eduardo Magalhães/BA BG4290 350,0 3.900 kg/ha 65,0 scs/ha Cristiano Puzisky São Desidério/BA BG4290 Faixa 3.000 kg/ha 50,0 scs/ha Tsuyochi Kuroda São Desidério/BA BG4290 70,0 2.580 kg/ha 43,0 scs/ha André Dal Moro Porto Nacional/TO BG4290 65,0 2.520 kg/ha 42,0 scs/ha BG4377 Faixa 2.988 kg/ha 49,8 scs/ha Carlos Guilerme Nilson Alvorada/TO BG4184 200,0 2.880 kg/ha 48,0 scs/ha BG4290 Faixa 2.832 kg/ha 47,2 scs/ha Leandro Shen Mateiros/TO BG4290 2.940 kg/ha 49,0 scs/ha BG4184 842,0 2.520 kg/ha 42,0 scs/ha Thiago de Mori Porto Nacional/TO BG4290 1200,0 2.700 kg/ha 45,0 scs/ha

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Sempre siga as regulamentações de importação e exportação, práticas de manejo e as instruções do rótulo de pesticidas. Variedades que são tolerantes ao glifosato contêm genes que conferem tolerância a herbicidas a base de glifosato. Herbicidas a base de glifosato controlam culturas que não são tolerantes ao glifosato. 21/10/14 As marcas com ®, TM ou SM são marcas e marcas de serviço da DuPont, Pioneer ou de seus respectivos titulares. © 2016 PHII Atenção: Defensivos agrícolas são perigosos a saúde, humana, animal e ao meio ambiente. Utilize sempre os equipamentos de proteção individual e não permita o contato de menores de idade com defensivos agrícolas. Em caso de dúvidas,contate um engenheiro agrônomo.


PIRATARIA

Frederico Barreto - Gerente de Marketing e Comunicação da DuPont Pioneer para o Brasil e Paraguai

A

partir da aprovação da Lei de Proteção de Cultivares (LPC), em 1997, que impulsionou a agricultura nacional através dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento, os agricultores passaram a experimentar novos patamares de produtividade nas suas lavouras de soja. Traçando um comparativo, a produtividade média da soja no Brasil saltou de 1.748 kg/hectare na safra 1976/77 para 2.830 kg/hectare na safra 2014/15, representando 62% de aumento. O setor de obtenção vegetal é o grande responsável pelo incremento de 21% na média produtiva nacional da cultura. Na região Sul do Brasil, onde há plantios históricos de soja, este incremento foi de 31%. Porém, em paralelo aos avanços em rendimentos e produção, enfrentamos hoje os impactos trazidos pelo significativo aumento do comércio ilegal de sementes, chamado também de pirata. Trata-se de agricultores que compram produtos oriundos de uma multiplicação de variedades fora dos padrões estabelecidos pela lei de sementes. Na maioria das vezes, iludido por um preço mais barato, o produtor rural se vê atraído a este tipo de mercadoria. Entretanto, vários são os riscos desta negociação. Para o agricultor que compra e planta, pode haver impactos nos aspectos de produção, como a redução da qualidade e do rendimento final de colheita. Já quem comercializa, pode sofrer ação judicial pela ausência de licença para multiplicação, multas tributárias, ações trabalhistas, dentre outros. Este mercado impacta fortemente as empresas obtentoras de genética, como a BioGene®, pois não há pagamento sequer de royalties como reconhecimento dos investimentos em pesquisa. Atualmente, cerca de 30% das sementes são salvas de uma safra para a outra, sendo parte disso comercializada de forma ilegal. Diante desse cenário, o Brasil perde competitividade no mercado de trading pela obsolescência das culturas devido à redução de investimentos em pesquisa e produção da matéria-prima – a semente. Importante salientar que há um forte esforço de melhoramento genético de plantas, com alto investimento financeiro e de tempo. Por exemplo, para desenvolver uma variedade de soja, a BioGene® leva, em média, de 4 a 7 anos, realizando diversos testes nas diferentes regiões produtoras no Brasil, com a finalidade de assegurar a qualidade e a confiabilidade das cultivares comercializadas.

A redução das taxas de compra de semente, muito forte no Sul do Brasil e crescente na região do MT, GO e MG, afeta diretamente a capacidade do setor sementeiro. Se examinado como uma cadeia, este processo leva a: 1. 1. Redução dos níveis de produtividade dos agricultores e consequente menor rentabilidade ao mesmo. 2. 2. Diminuição das receitas das empresas que produzem e comercializam sementes, inibindo sua atuação nas regiões de maior concentração de pirataria de sementes. 3. 3. Não reconhecimento do valor da genética ao desenvolvedor, acarretando em corte dos investimentos em programas de melhoramento de plantas para regiões com menores taxas de compra de sementes certificadas A consequência deste cenário é profundamente negativa ao agronegócio brasileiro, porque: • • Reduz a oferta de novas cultivares regionalmente; • • Diminui a oferta de sementes de qualidade, tanto fisiológica como fitossanitária; • • Minimiza o potencial produtivo da cultura; • • Gera desconfiança e retira competitividade de nossa produção no mercado global de grãos. Portanto, ciente da responsabilidade que carrega, a BioGene® trilha um caminho de constante valorização da semente certificada e estabelece ações de promoção ao combate à pirataria no Brasil. Em 2016, a empresa lançará uma campanha de comunicação para abordar claramente o tema com o mercado. Seguindo seus valores corporativos, a BioGene®, com mais essa iniciativa, firma o seu compromisso com os agricultores brasileiros em continuar desenvolvendo produtos, tecnologias e serviços para produzir mais e ajudar a alimentar o mundo de forma responsável.

As marcas com ®, TM ou SM são marcas e marcas de serviço da DuPont, Pioneer ou de seus respectivos titulares. © 2016 PHII

Os riscos da semente pirata à agricultura brasileira

A PRODUTIVIDADE MÉDIA DA SOJA NO BRASIL safra 1976/77

1.748 kg/hectare

safra 2014/15

2.830 kg/hectare

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LANÇAMENTOS

Lançamentos BioGene Jerson Grieco da Silva - Gerente Técnico de Produto

A

BioGene® está constantemente investindo em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos para oferecer aos agricultores brasileiros. Assim, para esta safra verão e para a safrinha, a BioGene® preparou uma série de lançamentos de híbridos de milho que atendem às necessidades dos produtores e apresentam um ótimo balanço entre características de defensividade e produtividade. A BioGene® possui híbridos para as diversas regiões edafoclimáticas de importância para a cultura do milho em todo o Brasil. Além de produtos inéditos no portfólio, a BioGene® também lança neste ano os primeiros híbridos com a tecnologia Leptra® de proteção contra insetos. Com essa tecnologia, a marca aumenta ainda mais as opções oferecidas a seus clientes em termos de

®

genética e resistência a insetos. Já a partir da safra verão 16/17 e especialmente na próxima safrinha serão oferecidos os híbridos BG7046VYH e BG7640VYH, ambos com a tecnologia de controle de insetos Leptra®. Veja no quadro ao lado os últimos lançamentos da BioGene® para o mercado de milho. Com estes lançamentos, a BioGene® avança em sua visão estratégica de oferecer ao produtor de milho brasileiro um portfólio de produtos completo e variado. Assim, em 2016, a BioGene® oferecerá mais de 20 opções de híbridos com características importantes e adaptados aos diversos ambientes do país. Para mais informações sobre a linha de produtos da BioGene®, tanto para milho quanto para soja, tecnologias disponíveis, busca de representantes em cada região ou outras informações sobre a marca, acesse o nosso site www.biogene.com.br.

Agrisure® e Agrisure Viptera® são marcas registradas utilizadas sob licença da Syngenta Group Company. A tecnologia Agrisure® incorporada nessas sementes é comercializada sob licença da Syngenta Crop Protection AG. ® YieldGard é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company. Tecnologia de proteção contra insetos Herculex® desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred. ®Herculex e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC. LibertyLink® e o logotipo são marcas registradas da Bayer. TMRoundup Ready é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company. As marcas com ®, TM ou SM são marcas e marcas de serviço da DuPont, Pioneer ou de seus respectivos titulares. © 2016 PHII

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Programa de Boas Práticas Agrícolas: A utilização das tecnologias aqui contidas requer a adoção de boas práticas agrícolas para manter a suscetibilidade das pragas-alvo, prolongando a eficácia das tecnologias. Como boas práticas gerais recomenda-se a adoção de práticas de manejo de resistência e manejo integrado de pragas, como rotação de culturas, dessecação antecipada, tratamento de sementes, plantio de refúgio estruturado efetivo, controle de plantas daninhas e voluntárias e, se necessário, aplicação complementar de inseticidas. Para mais informações acesse www.boaspraticasagronomicas.com.br e veja o Guia de Uso de Produtos disponível em www.biogene.com.br. Março / 2014: Observou-se a redução na suscetibilidade e a resistência à proteína Cry1F (tecnologias Herculex® I e Optimum® Intrasect®) em populações de lagarta-do-cartucho-do-milho (Spodoptera frugiperda). Por favor, entre em contato com o Representante de Vendas de produtos marca BioGene® e informe-se sobre as Melhores Práticas no Manejo Integrado de Pragas.


Novo

BG7046VYH Novo

BG7640VYH Novo

BG7037YHR

Novo

BG7061YHR

HÍBRIDO DE MILHO BG7046VYH O BG7046VYH conta com a tecnologia Leptra®, possui alto potencial produtivo e adaptação às regiões centro alto e sul do Brasil. Apresenta alta resposta a um maior investimento, com excelente retorno ao uso de fertilizantes e fungicidas. A recomendação é posicionar esse híbrido em plantios mais cedo.

HÍBRIDO DE MILHO BG7640VYH Outro lançamento com a tecnologia Leptra® é o BG7640VYH, que é um híbrido com alto potencial produtivo e adaptado às regiões centro alto e centro baixo. Apresenta um excelente pacote de resistência a doenças e resposta ao uso de fertilizantes.

HÍBRIDO DE MILHO BG7037YHR O BG7037YHR é um híbrido de ciclo precoce, com a tecnologia Intrasect® e resistência ao herbicida glifosato. Essa característica possibilita o controle de ervas daninhas com este herbicida, que não é seletivo e possibilita um excelente controle de grande número de plantas invasoras. Esse híbrido apresenta um excelente pacote de resistência a doenças e ampla adaptação geográfica. Pode ser plantado no centro baixo e alto e safrinha.

HÍBRIDO DE MILHO BG7061YHR O BG7061YHR é um híbrido adaptado ao plantio no verão da região sul e na safrinha em todo o país. Apresenta tecnologia Intrasect® e resistência ao herbicida glifosato, possibilitando um controle de ervas daninhas mais eficaz. É um híbrido superprecoce recomendado para condições em que o produtor desejar uma combinação de culturas ou em cultivo de safrinha.

Novo

BG7542H Novo

BG7439H

HÍBRIDO DE MILHO BG7542H Outro lançamento da BioGene para a safrinha 2017 é o híbrido BG7542H. Esse híbrido apresenta excelente pacote de sanidade e alto potencial produtivo. É um híbrido de ciclo normal, com adaptação para o Brasil central alto e baixo e também para a safrinha.

HÍBRIDO DE MILHO BG7439H Já o híbrido BG7439H também é um lançamento da BioGene para a safrinha do Brasil central. Esse híbrido apresenta alto potencial produtivo, excelente sanidade de folhas e colmo e ciclo normal.

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TSI

Tratamento de Sementes Industrial: quebrando barreiras Ivo Lersch Jr. - Gerente de Tratamento de Sementes

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os últimos anos, tivemos importantes avanços na qualidade das sementes de milho e soja ofertadas no mercado brasileiro. Essa evolução da qualidade das sementes é acompanhada por novas e mais avançadas tecnologias em proteção de sementes, através de ingredientes ativos que contemplem o máximo de proteção em relação a fatores bióticos e abióticos, como pragas, doenças e estresse hídrico, gerando o mínimo de impacto ao meio ambiente. O tratamento de sementes é utilizado como ferramenta de proteção à semente, tanto no campo como no armazenamento, que pode se estender por um período maior que 12 meses. A tecnologia de desenvolvimento de novos ingredientes ativos está associada à tecnologia de formulação dos mesmos e de recobrimento das sementes. Essa evolução mais constante tem acontecido devido aos investimentos da indústria de sementes e químicos na busca pelo aperfeiçoamento tecnológico. Segundo a Kleffmann (2014-2015), cerca de 90% da soja brasileira é tratada com fungicidas e 81% com inseticidas. Já em milho híbrido, 100% das sementes são tratadas com fungicidas e 87% com inseticidas. O tratamento de sementes é uma ferramenta tecnológica de importância inquestionável na pro-

teção da Agricultura Mundial, já que protege o início dos cultivos desde a germinação até a fase inicial de desenvolvimento. A falta dessa proteção inicial pode ter impacto direto na produtividade. Para a escolha de qual produto deve ser utilizado no tratamento, deve-se levar em consideração a segurança ambiental e toxicológica do mesmo, associada a garantir uma proteção eficaz contra um amplo espectro de pragas. Um dos diferenciais entregues pelo Tratamento de Sementes Industrial é a garantia de ingrediente ativo por semente e a permanência do mesmo aderido à semente, obtido pelo uso de polímeros durante o processo de tratamento.

O que são polímeros? São produtos líquidos ou sólidos inertes, ou seja, não possuem ingrediente ativo. Eles têm a função de recobrir o tegumento da semente com uma fina película permeável, formando uma trama polimérica no ingrediente ativo (peliculização), promovendo sua distribuição e menor lixiviação, sem afetar a germinação. Os principais benefícios são: adesão do ativo, recobrimento uniforme, cor e uniformidade, fluidez e plantabilidade, redução da emissão de poeira e secagem do tratamento.

Inseticida Fungicida Polímero

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Semente


TSI

O período de armazenamento da semente está diretamente relacionado à qualidade da semente e o ambiente na qual ela está armazenada. O diferencial entregue pelo Tratamento de Sementes Industrial é não afetar negativamente o poder fisiológico da semente, permitindo que a mesma expresse todo seu potencial genético, fazendo com que o produtor alcance altos rendimentos em sua lavoura.

Os principais objetivos do Tratamento de Sementes Industrial (TSI): • • Maior segurança na aplicação • • Garantia de ativo por semente • • Agilidade no plantio • • Proteção nos estágios iniciais da cultura • • Maior espectro de controle de pragas • • Manutenção do estande É de fundamental importância a utilização do TSI para possibilitarmos maior longevidade às tecnologias que estão hoje disponíveis no mercado, reduzindo o potencial de dano e fazendo a sua parte no manejo recomendado para as culturas de soja e milho. Não existe uma ação isolada que possibilite o atingimento de todo potencial produtivo. São ações somatórias que potencializam as chances de sucesso de uma lavoura.

DuPont™ Dermacor® Dermacor® é o primeiro tratamento de sementes inseticida da classe química das diamidas antranílicas, possuindo um modo de ação inovador no controle das pragas de solo e pragas foliares iniciais. Oferece ação residual que protege a planta por muito mais tempo. Após o plantio, inicia-se o processo de solubilização pela água presente no solo, o que ativa a proteção da planta ainda no momento da germinação. A raiz começa a absorver o tratamento e translocá-lo via xilema para as folhas e parte aérea da planta, protegendo a lavoura de pragas como a Helicoverpa. Outro benefício importante do Dermacor® é o rápido estabelecimento da cultura. Com ele, a planta cresce com mais vigor, apresentando maior tolerância a intempéries e resultando em maior produtividade. O inseticida Dermacor® possui registro para sementes de milho, para controlar preventivamente a lagarta-do-cartucho-do-milho (Spodoptera frugiperda) e as pragas de solo denominadas Corós (Phyllophaga cuyabana e Lyogenes fusca). Já para a cultura da soja, o inseticida está registrado para controle de pragas como Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus), Lagarta-do-cartucho (Spodoperta frugiperda), Coró (Phyllophaga cuyabana), Lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis) e Lagarta Helicoverpa (Helicoverpa spp).

Cruiser® é marca registrada da Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. Poncho® é marca registrada da Bayer. Atenção: Defensivos agrícolas são perigosos a saúde, humana, animal e ao meio ambiente. Utilize sempre os equipamentos de proteção individual e não permita o contato de menores de idade com defensivos agrícolas. Em caso de dúvidas,contate um engenheiro agrônomo. Agrisure® e Agrisure Viptera® são marcas registradas utilizadas sob licença da Syngenta Group Company. A tecnologia Agrisure® incorporada nessas sementes é comercializada sob licença da Syngenta Crop Protection AG. ® YieldGard é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company. Tecnologia de proteção contra insetos Herculex® desenvolvida pela Dow AgroSciences e Pioneer Hi-Bred. ®Herculex e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC. LibertyLink® e o logotipo são marcas registradas da Bayer. As marcas com ®, TM ou SM são marcas e marcas de serviço da DuPont, Pioneer ou de seus respectivos titulares. © 2016 PHII Programa de Boas Práticas Agrícolas: A utilização das tecnologias aqui contidas requer a adoção de boas práticas agrícolas para manter a suscetibilidade das pragas-alvo, prolongando a eficácia das tecnologias. Como boas práticas gerais recomenda-se a adoção de práticas de manejo de resistência e manejo integrado de pragas, como rotação de culturas, dessecação antecipada, tratamento de sementes, plantio de refúgio estruturado efetivo, controle de plantas daninhas e voluntárias e, se necessário, aplicação complementar de inseticidas. Para mais informações acesse www.boaspraticasagronomicas.com.br e veja o Guia de Uso de Produtos disponível em www.biogene.com.br.

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DISTRIBUIÇÃO

BIOGENE E A DISTRIBUIÇÃO ®

“Escolher a semente certa faz o seu negócio acontecer” Sérgio Silva - Gerente de Marketing Estratégico BioGene®

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m 2007, a DuPont do Brasil decidiu criar uma nova marca de sementes para atuar no mercado de milho, com o claro propósito de apoiar o desenvolvimento do agronegócio no país. E assim nascia a BioGene®, uma marca que tem como diferencial o foco de atuação no produtor por meio de canais de distribuição. Hoje, completados apenas 9 anos de existência, estamos inseridos em um cenário de alta competitividade entre as empresas fornecedoras de sementes, em função do portfólio completo de diversas companhias, produtos com pouca diferenciação, rápido crescimento da biotecnologia, produtores demandando soluções, forte pressão sobre preços e margens, entre outras questões que tornam este mercado cada vez mais competitivo. Neste novo cenário, a BioGene® está comprometida em desenvolver produtos e serviços que possibilitem o avanço na produção, pois somos uma marca de sementes com genética adaptada, de fácil manejo e com elevada estabilidade produtiva. Temos o objetivo de atender as necessidades do mercado de maneira simples e descomplicada, levando uma proposta de valor objetiva de como produzir mais de modo sustentável, valorizando combinação da genética, as práticas de manejo da rotina do dia a dia, com tecnologia e serviços de valor agregado.

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A BioGene® entende que o caminho para atender os anseios do agricultor brasileiro seja através do fortalecimento das relações comerciais com nossos distribuidores, de modo a melhor entendermos juntos a realidade do mercado, entregarmos soluções diferenciadas, criarmos vantagem competitiva, desenvolvendo assim o sistema de distribuição de modo sustentável, sendo a distribuição, revendas e cooperativas, nosso principal elo de ligação com os agricultores. No entanto, o mercado brasileiro apresenta, assim como a diversidade natural do negócio agrícola, diversas formas de acessar o agricultor no campo. Cada região do país é moldada pelas características do seu produtor, como, por exemplo, tamanho do módulo rural e nível de tecnologia e investimento. Todas as formas de acesso são igualmente importantes, portanto o balanço entre as diferentes formas de acesso são determinantes para o sucesso da venda de insumos agrícolas. Assim sendo, os produtos BioGene® estarão disponíveis nos melhores canais e com cobertura de área potencializada pelas diversas modalidades de venda com parceiros fortes ou através de representantes em atendimento direto. Nossos representantes têm a responsabilidade de acessar o agricultor via distribuidor, serem percebidos como membro da equipe de vendas e como referência técnica, serem proativos, com foco na solução, trabalhando intensamente na geração de demanda com foco em resultados, de modo a melhor atender as necessidades do produtor rural.


DISTRIBUIÇÃO

Neste contexto, de um produtor rural, profissional do campo, que cada vez mais está investindo em tecnologia, temos a obrigação e a responsabilidade de entregar as sementes BioGene® com excelente posicionamento, preço justo e acompanhadas dos melhores serviços, para que o melhor acesso ao mercado seja realizado através dos nossos canais de distribuição: revendas e cooperativas. Com objetivo de estabelecer e valorizar parcerias fortes com estes canais e aumentar o seu reconhecimento, está sendo lançado o Programa Rede, programa de distribuição da BioGene®, que busca ampliar a aprimorar o acesso ao produtor rural. Enfim, acreditamos que a distribuição vai muito além de armazenar e entregar produtos: ela leva informações e participa da atividade dos agricultores. Neste contexto, a BioGene® está preparada para, em conjunto com a sua rede de distribuição, entregar soluções efetivas ao agricultor brasileiro com o desenvolvimento e evolução constante de produtos e serviços, para que de fato produzam resultados e façam a diferença na hora da colheita, pois “Escolher a semente certa faz o seu negócio acontecer”.

As marcas com ®, TM ou SM são marcas e marcas de serviço da DuPont, Pioneer ou de seus respectivos titulares. © 2016 PHII

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MERCADO

Oferta restrita de milho deve ditar o tom do mercado no Brasil Leonardo Sologuren - Eng.º Agrônomo, mestre em economia e Sócio-Diretor da Horizon Company

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pesar de a crise política ter ocasionado sérios problemas econômicos para o país, não podemos ignorar o fato de que a desvalorização do dólar foi benéfica para a agricultura brasileira, seja para o caso da soja, seja para o caso do milho. No caso específico da oleaginosa, cujo preço é dolarizado, a escalada da moeda norte-americana elevou os preços em reais, ajudando a compensar a queda das cotações internacionais. No caso do milho, a valorização do dólar elevou de forma expressiva a competitividade das exportações brasileiras. O escoamento de 28,9 milhões de toneladas de milho no ano passado, aliado a um volume já exportado nesse ano de 12,2 milhões de toneladas, proporcionou uma forte alta nos preços do cereal. No estado do Mato Grosso, o milho está sendo negociado no mercado disponível em torno de R$ 35,00/saca, enquanto no Sul o preço médio praticado é de R$ 48,00, ou seja, uma valorização superior a 50% quando comparado ao mesmo período do ano passado. Apesar da alta recente dos preços do milho no mercado doméstico, no mercado internacional a tendência é de queda nas cotações. Segundo estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os produtores norte-americanos devem semear uma área de milho 6,4% maior na campanha agrícola 2016/17, o que totalizaria 37,9 milhões de hectares. Frente a essa perspectiva de área, o USDA projeta que os Estados Unidos devem produzir um total de 366,5 milhões de toneladas de milho na safra nova. Se esse número for confirmado, represen-

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Produção de milho nos Estados Unidos

Fonte: USDA

Elaboração: Horizon Company

taria um crescimento de 21,1 milhões de toneladas em relação ao total produzido na campanha agrícola 2015/16. Nesse contexto, os estoques de passagem saltariam para 54,7 milhões de toneladas, registrando um crescimento de 8,9 milhões de toneladas em relação à safra precedente. Confirmando-se essa projeção, então os Estados Unidos estariam colhendo uma nova safra recorde do cereal. Focando a análise no mercado doméstico, a queda na produção da 2ª safra 2015/16 está conturbando o cenário de oferta doméstica. A forte seca que assola as principais regiões produtoras de milho do Brasil está comprometendo seriamente o potencial produtivo.


MERCADO

As perdas relativas à quebra de produção na 2ª safra ainda estão sendo levantadas no campo, mas, dado o nível de dano observado, é muito possível que o volume de perda seja bastante expressivo. No Triângulo Mineiro, por exemplo, há produtores que perderam 100% da sua área plantada. Como a 2ª safra passou a ter mais importância que a 1ª, perdas de produção podem comprometer de forma significativa o quadro de oferta no Brasil. No Mato Grosso, estima-se que mais de 60% da produção planejada já estaria comprometida com as exportações. Essa restrição de oferta doméstica aliada ao alto volume já comprometido das vendas externas do Brasil deve ajudar a sustentar os preços do milho. Importante lembrar que a cotação do dólar também terá um efeito relevante sobre a precificação do cereal. Como as exportações de milho já representam mais de 30% da produção total, o componente “dólar” já tem

um peso importante sobre a precificação do grão no Brasil. Nesse quesito, a política tem tido um papel importante sobre o movimento do dólar. O processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff trouxe um maior nível de confiança ao mercado, o que acabou valorizando o real perante o dólar. A desvalorização da moeda norte-americana obviamente reduz a competitividade das exportações do milho brasileiro. Atualmente, os preços do milho praticados no mercado doméstico superam de forma expressiva a paridade de exportação. Consumidores apresentam-se desabastecidos diante de um quadro de oferta restrita. Os estoques de passagem no Brasil apresentam-se muito baixos e qualquer quebra na produção da 2ª safra compromete ainda mais o cenário de abastecimento. E é justamente essa perspectiva que deve dar o tom do mercado no segundo semestre. Se de um lado há uma possibilidade de queda nos preços em função de uma super safra nos Estados Unidos aliada a projeções de um dólar mais fraco em função da melhora no cenário político no Brasil, os baixos estoques de passagem doméstico aliados à frustração de safra devem ditar o tom dos preços em um ambiente no qual há um volume expressivo do cereal comprometido com as vendas externas.

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