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museu do douro

Editorial

Este ano, celebramos o Douro.

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Somos Cidade Europeia do Vinho, com os olhos do mundo atentos ao programa de grandes eventos e atividades que os municípios que compõem a Comunidade Intermunicipal do Douro estão a desenvolver.

Queremos comemorar este “excesso da natureza”, berço do Vinho do Porto - o “Sol engarrafado a embebedar os quatro cantos do mundo”, como tão bem perpetuou Miguel Torga. Como durienses, cabe-nos a responsabilidade de aproveitar a grandeza desta ocasião para promover e valorizar o vinho, o enoturismo, a cultura e o património locais.

Nos últimos quarenta anos, o caminho percorrido pela mais antiga região demarcada do mundo é verdadeiramente notável. Ainda há muito por fazer, mas a região pode orgulhar-se da visão de futuro e ousadia demonstradas em momentos fundamentais da sua trajetória histórica.

Soubemos valorizar a nossa paisagem e qualificar as nossas gentes, na sequência de um conjunto de transformações estruturantes operadas neste belo território.

A criação do curso de Enologia na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), a obtenção da distinção da UNESCO como Património da Humanidade, a aposta na navegabilidade do Rio Douro e a criação do Parque Arqueológico do Vale do Côa foram apenas algumas das mudanças mais relevantes que concretizámos e que tiveram um profundo impacto na melhoria da qualidade de vida dos durienses.

A constituição do Museu da Região do Douro, como Museu de Território, é, a este nível, um caso exemplar. Um projeto que toda a região abraçou desde a sua instituição e que foi capaz de salvaguardar e projetar a nossa diversidade cultural e natural, nas áreas da museografia, da investigação e da ação cultural.

Assente num modelo de gestão que exige a cooperação de instituições e entidades públicas e privadas muito diversas, o Museu do Douro é hoje um equipamento cultural perfeitamente enraizado no território, dinâmico e agregador na sua relação com outros agentes culturais e instituições.

Num momento em que é elevada a fasquia da exigência e da responsabilidade pública, este Museu e as entidades parceiras, entre as quais os municípios, devem reforçar a afirmação das políticas culturais da região, garantindo um maior envolvimento das comunidades.

Todos temos a ganhar com o reforço deste projeto cultural comum. Um verdadeiro pilar da valorização da identidade regional, capaz de contribuir para uma maior integração desta “paisagem cultural evolutiva viva” nos principais roteiros do turismo cultural.

A colaboração e o diálogo institucional são indispensáveis para assegurar o êxito do nosso Museu do Douro.

Neste sentido, a Câmara Municipal de Lamego assume-se como um parceiro ativo, responsável e empenhado na consolidação da missão confiada a este equipamento museológico.

Brindemos ao futuro do Museu do Douro. Brindemos ao Douro.

Francisco Lopes

Presidente da Câmara Municipal de Lamego