
Plano de investimentos da Câmara Municipal de Vila Verde assegura financiamento estratégico que abarca as áreas da saúde, educação e turismo, assim como a requalificação de estradas e a ampliação das redes de água e de saneamento no concelho.

Plano de investimentos da Câmara Municipal de Vila Verde assegura financiamento estratégico que abarca as áreas da saúde, educação e turismo, assim como a requalificação de estradas e a ampliação das redes de água e de saneamento no concelho.
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MINISTRO DA EDUCAÇÃO:
REQUALIFICAÇÃO DA REDE VIÁRIA DO CONCELHO: MAIS DE SETE MILHÕES EM PAVIMENTAÇÕES
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Idosos e crianças ‘ganham’ provedoras
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Recolha seletiva valoriza biorresíduos alimentares
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Mais de 400 mil euros para apoiar clubes e atletas
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50 anos de Abril: determinação democrática
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MINISTRO DA AGRICULTURA:
Obras nas escolas impulsionam desenvolvimento Vila Verde tem projeto inovador para agricultura e floresta
Ministro da Educação, Ciência e Inovação presidiu à inauguração das requalificações das EB da Vila de Prado e de Vila Verde, onde foi recebido em ambiente de festa e bons momentos artísticos.
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Ministro da Agricultura e Pescas presidiu à cerimónia de assinatura de protocolo para a elaboração do Plano Diretor Agrícola, Florestal e de Desenvolvimento Rural (PDAF).
Ministro das Infraestruturas e Habitação compromete-se em avançar com concurso para estudos que permitam projeto de execução da obra
Prémios nacionais distinguem Município
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Na Rota dos saberes e sabores das freguesias
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Município de Vila Verde amplia capacidade financeira em 2025 para garantir equipamentos coletivos e infraestruturas
O Município de Vila Verde assegura em 2025 um plano de investimentos estruturado, de forma a conciliar acrescidas funções sociais e o financiamento estratégico para equipamentos coletivos e infraestruturas. O programa abarca as áreas da saúde, educação e turismo, assim como a requalificação de estradas e a ampliação das redes de água e de saneamento no concelho. “Investir em mais e melhores infraestruturas e equipamentos, sem descurar a missão social como área prioritária de intervenção municipal, representa uma aposta séria e estruturada na capacidade de promover o bem-estar e a satisfação das pessoas e famílias”, sustenta a presidente da Câmara, Júlia Rodrigues Fernandes.
Aaposta em infraestruturas e equipamentos consolida a linha estratégica para “a coesão e o desenvolvimento sustentado de todo o território”, num processo em que Júlia Rodrigues Fernandes sublinha a mobilização de recursos para “o desenvolvimento da economia local, a criação de riqueza e oportunidades de emprego, com melhores condições de vida para todas as gerações”.
A autarquia apresenta em 2025 um orçamento recorde de 51 milhões de euros, a que acrescem ainda as verbas provenientes dos fundos europeus e cerca de 25 milhões de euros que podem resultar do saldo de gerência.
A liquidez financeira da autarquia permite assegurar um volume avultado de obras estruturais, ao mesmo tempo que surgem ampliados os recursos
para as funções sociais – para onde tem sido canalizado o grosso das despesas de investimento e que abarca áreas como a educação, a ação social e a saúde.
O executivo camarário presidido por Júlia Rodrigues Fernandes prevê uma nova fase de intervenções em vias secundárias de comunicação rodoviária no interior do concelho. No primeiro semestre do ano deverá ser concretizado um novo concurso na ordem dos 3,2 milhões de euros para pavimentações. Este investimento sucede aos concursos já executados no último ano, com valores acumulados superiores a 5 milhões de euros, que permitiram a reparação e repavimentação de estradas municipais e nas freguesias. A este volume de
intervenções acresce o trabalho concretizado pelas equipas municipais, com particular relevo na rede viária.
“O forte investimento que foi feito nestes últimos anos para ampliar a rede de saneamento agravou a degradação de estradas e caminhos, com impacto maior nas zonas urbanas e habitadas, razão pela qual tivemos que aumentar o esforço financeiro para reparar e requalificar as nossas acessibilidades”, explica júlia Rodrigues Fernandes. A autarca sustenta que “as
acessibilidades para viaturas e peões, assegurando maior fluidez e segurança rodoviárias, são determinantes para a competitividade territorial e a atratividade de novos investimentos, única forma de garantir as condições de desenvolvimento da atividade económica e, assim, alcançar cada vez melhores níveis de bem-estar social”.
O plano de mobilidade para o concelho aponta à criação de novas infraestruturas viárias com investimento direto do Município, de modo particular nos
acessos a áreas empresariais. São os casos da ligação da Vila de Prado à área empresarial de Oleiros (processo pendente da avaliação da Infraestruturas de Portugal sobre o entroncamento com a EN201) e o Eixo Periférico Norte-Sul (em fase de conclusão do projeto e que ligará Soutelo e o Parque Empresarial de Gême). Inclui-se ainda uma nova ligação entre as EN101 e EN 308 para ‘libertar’ a pressão de tráfego na entrada norte da Rotunda do Bom Retiro, em Vila Verde.
De forma a não pôr em causa a construção destas vias rodoviárias estruturantes para o concelho, a par de equipamentos programados também para candidaturas a fundos comunitários, a Câmara de Vila Verde salvaguardou o financiamento necessário na gestão do orçamento municipal.
Entre equipamentos previstos estão a ampliação e renovação da Estação de Tratamento de Água (ETA) do concelho, de estabelecimentos escolares e outros equipamentos coletivos, o Parque da Vila e os arranjos exteriores da Adega Cultural, a extensão de saúde de Cervães e a requalificação do Centro de Saúde de Vila Verde.
Está igualmente programado um forte investimento na rede de abastecimento público de água, abrangendo sobretudo as freguesias do norte do concelho, tendo em vista a qualificação de subsistemas de abastecimento, e cujo volume global poderá chegar aos 11 milhões de euros nos próximos anos.
Com um orçamento orientado sobretudo para as pessoas e para as famílias, a aposta na educação emerge no orçamento municipal de Vila Verde –aprovado em sede de executivo camarário e Assembleia Municipal – com um investimento previsto para 2025 superior a 5,6 milhões de euros.
O Município de Vila Verde vai ainda reforçar os apoios aos alu-
nos e às famílias no âmbito da ação social escolar, garantindo transportes escolares totalmente gratuitos, as refeições e o prolongamento dos horários, o apetrechamento das escolas e as bolsas de estudo para alunos que frequentam o ensino superior.
A aplicação dos valores mínimos para impostos e taxas é uma tendência da política fiscal que a Câmara de Vila Verde vai manter em 2025, com o objetivo de assegurar uma gestão responsável dos recursos e
concretizar uma estratégia de afirmação do concelho e de consolidação da sua coesão e competitividade.
O IMI continua no nível mais baixo de 0,3%, sendo ainda reduzido para as famílias com 2 ou mais filhos e prorrogada a respetiva isenção ao abrigo do artigo 46.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais.
As famílias carenciadas e os jovens têm direito à de taxas urbanísticas para construção de habitação. Os munícipes com idade até aos 40 anos beneficiam de isenção ou redução de
IMT na aquisição de habitação.
As famílias mais numerosas e carenciadas têm acesso à isenção ou a tarifário social no âmbito das tarifas da água e do saneamento básico.
Às instituições e associações locais são atribuídas genericamente isenções de taxas municipais.
No que toca aos incentivos à atividade económica, para as micro e pequenas empresas estão consagrada a isenção do pagamento de derrama, a par da atribuição benefícios fiscais ao investimento e projetos empresariais que contribuam para a criação de novos postos de trabalho. Os empreendimentos turísticos, agropecuários, florestais e industriais continuam a beneficiar de isenções das taxas urbanísticas aplicáveis. Com as pessoas no centro das prioridades, o executivo camarário aposta num ano de investimento “com relevantes obras em infraestruturas e equipamentos de basilar relevância para a promoção do bem-estar e para a progressiva melhoria das condições de vida, num processo que envolve todas as freguesias do concelho”.
ACasa dos Saberes e Sabores Populares de Vila Verde é o novo espaço de valorização do legado histórico e cultural com que o concelho reforça a sua afirmação no contexto socioeconómico global.
Focado no riquíssimo património gastronómico do território, o espaço é dinamizado pela Associação Empresarial do Vale do Homem, no âmbito de um protocolo de cooperação.
A presidente da Câmara de Vila Verde, Júlia Rodrigues Fernandes, justificou a aposta num investimento que veio permitir “a requalificação de um edifício com muitas memórias e história”, reforçando simultaneamente os recursos
para a valorização do território.
“A Casa dos Saberes e Sabores Populares começou já a produzir resultados”, como constatou a autarca, elogiando os novos produtos e propostas já apresentados, envolvendo diferentes parceiros.
Na Casa – que já foi quartel da GNR e ainda se preserva o espaço da antiga cela –, é também espaço de exposição e valorização, com produtos certificados e premiados, como o Pudim Abade de Priscos, os queijos e os doces, a cerveja artesanal, as papas de sarrabulho dos ‘Vinte’ da Vila de Prado, o pica-no-chão, a doçaria e pastelaria e os vinhos.
O protocolo com AEVH prevê que mensalmente decorram
atividades ligadas aos sabores e aos saberes de tradição.
“Há uma dinâmica cultural associada a este protocolo, com iniciativas como a apresentação de livros, degustações e workshops”, adiantou Júlia Rodrigues Fernandes.
A requalificação do edifício representou um investimento total de cerca de 194 mil euros, 180 mil dos quais financiados através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, no âmbito do programa operacional regional Norte 2020.
Oministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, anunciou em Vila Verde o compromisso para retomar o processo da construção da variante à EN 101. Numa sessão pública na Câmara Municipal e na presença do presidente da IP- Infraestruturas de Portugal, o governante fez questão de assumir o início imediato dos trabalhos de preparação do concurso para os estudos necessários ao projeto de execução da obra, reclamada há mais de 20 anos.
“A IP irá lançar, desde já, um estudo rodoviário profundo para se encontrar soluções para a obra da variante à Estrada Nacional 101. Mal tenhamos esse estudo, iremos, em conjunto, encontrar soluções de financiamento para a execução da obra”, avançou Miguel Pinto Luz.
A IP concluiu já os procedimentos para avançar com o concurso para realização dos estudos de impacto ambiental, geotécnico, geológico e socioeconómico – a aguardar aval do Ministério das Finanças.
A presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, Júlia Rodrigues Fernandes, manifestou a satisfação pelo compromisso assumido, de forma a retomar o processo da Variante e a resolver o problema do trânsito da Estrada Nacional 101.
A autarca lembrou que a obra integra o Plano Nacional de Investimentos 2030 e que o Município tem consagrado em PDM um corredor reservado para a via, mas estava sem qualquer dotação financeira, de tal forma que o governo anterior manteve o processo parado e não avançou para o lançamento do projeto.
Ministério das Infraestruturas e Habitação avança para estudos que permitam concretizar projeto de execução da obra
Na visita ao concelho, o ministro das Infraestruturas e da Habitação aproveitou para visitar as obras de repavimentação na EN 201, acompanhado por responsáveis da IP, membros do executivo e autarcas do concelho.
Na ocasião, a presidente da Câmara sensibilizou o governante para a necessidade de estender a obra em curso até à Variante do Cávado, assim como a urgência em resolver o problema de constrangimento de tráfego na Rotunda do Canoísta, na Vila de Prado.
“Há o compromisso de, em conjunto, estudarmos as melhores soluções, seja um túnel, ou uma passagem elevada, para resolver o problema de todos que andam nesta estrada”, adiantou a presidente da Câmara, escla-
recendo que o município assegurou já a execução do projeto que vier a ser apresentado.
A opção para a Rotunda do Canoísta integrará também a ligação ao Parque Industrial de Oleiros, que o município já
assumiu. “São obras estruturantes e necessárias para atrair investimento para Vila Verde e melhorar a qualidade de vida dos vilaverdenses e das populações dos concelhos vizinhos”, sustentou a autarca.
CARREIRAS S. MIGUEL
CARREIRAS S. TIAGO
+ de 7 milhões € em pavimentações
+ de duas centenas de estradas requalificadas
+ de 50 Kms de pavimentos novos
Através de concursos públicos, a Câmara Municipal de Vila Verde avançou com um conjunto de empreitadas para a pavimentação e reparação da rede viária do concelho, num valor global que ultrapassou os 7 milhões de euros, nos últimos 3 anos.
Num plano de intervenção a
que acresce ainda os trabalhos efetuados pelas equipas municipais de asfaltamento, a operação permitiu a requalificação de mais de duas centenas de estradas e caminhos, numa extensão global superior a 50 quilómetros, tanto áreas mais urbanas como localidades mais rurais.
A presidente da Câmara, Júlia Rodrigues Fernandes, explicou
que o objetivo é “concretizar, de forma célere e estruturada, a melhoria de um amplo leque de vias de comunicação no interior das freguesias e do concelho”.
A autarca justificou o investimento na rede viária face à “necessidade e urgência” em requalificar estradas que se encontram com “pavimentos danificados sobretudo pelas obras
de instalação de redes de saneamento e de abastecimento de água, gás e telecomunicações”.
“É um investimento que se reveste de grande importância para reforçar a atratividade do território e assegurar mais segurança, conforto e melhores condições de vida às nossas populações”, apontou a Presidente da Câmara.
A par das obras para ampliação da rede de saneamento e outras infraestruturas, que “têm decorrido a grande ritmo no concelho”, as condições climatéricas e a ocorrência de períodos de pluviosidade mais intensa contribuíram também para agravar o desgaste dos pavimentos das estradas.
Ministro da Agricultura e Pescas presidiu à cerimónia de assinatura de protocolo para a elaboração do Plano Diretor Agrícola,
Oconcelho de Vila Verde vai ter um Plano Diretor Agrícola, Florestal e de Desenvolvimento Rural (PDAF). É um documento orientador sobre a ocupação, a caraterização e a gestão do território rural. “Inovador e pioneiro” no país, o projeto está a ser desenvolvido numa parceria entre o Município de Vila Verde, a ATAHCA e o IPVC.
As três instituições assinaram um protocolo para a conclusão do plano, que deve estar pronto no próximo ano, “respondendo a três questões essenciais: O que temos? O que queremos ter? E que caminho devemos seguir?” – como adiantou a presidente da Câmara Municipal, Júlia Rodrigues Fernandes.
O Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, presidiu à cerimónia, reconhecendo a importância do PDAF para melhorar a eficiência e a rentabilidade no uso dos solos, “em linha com as prioridades do governo” para combater o défice agroalimentar do país e simultaneamente melhorar o rendimento dos agricultores e promover a renovação geracional no setor.
“É um instrumento que deve ser replicado a nível nacional”, defendeu o governante, salientando o potencial impacto do PDAF para impulsionar investimentos no mundo rural e no setor agrícola e florestal. Nesse sentido, elogiou o facto de se tratar de um “documento
orientador e não vinculativo”, assumindo a crítica à excessiva burocracia muitas vezes provocada pelo “bloqueio de instituições que falham às suas próprias reuniões”.
Fazendo-se acompanhar pelo Secretário de Estado das Florestas, Rui Ladeira, e perante líderes de diversas organizações e estruturas da agricultura, florestas e proteção civil, José Manuel Fernandes destacou ainda a importância de medidas que os municípios assumem no apoio aos agricultores, como acontece em Vila Verde com a comparticipação na sanidade animal e a isenção de taxas em investimentos agrícolas.
O Plano Diretor Agrícola, Florestal e de Desenvolvimento Rural do concelho de Vila Verde é a concretização de um compromisso assumido pela presidente da Câmara Municipal, tendo em vista a consolidação de um desenvolvimento sustentável do território, “extremamente dinâmico, com grande extensão e enorme diversidade”, que importa “conhecer bem, para decidir melhor”.
Júlia Rodrigues Fernandes explicou que o PDAF “vai retratar a realidade concelhia em termos agrícola e florestal e ajudar os agricultores, produtores florestais e agentes de desenvolvi-
mento rural a tomarem as melhores decisões em termos de investimentos naquelas áreas”. Para a concretização do documento – que dispõe já do diagnóstico sobre o histórico das explorações e culturas desenvolvidas –, ao Município juntaram-se a Associação das Terras Altas do Homem Cávado e Ave (ATAHCA) e a Escola Superior Agrária de Ponte de Lima, do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC).
Num documento que se diferencia enquanto inovador, a autarca vincou a afirmação da identidade do concelho, “orgulhoso da sua ruralidade”. O plano é mais uma forma de evidenciar “aquilo que o território de melhor, ao nível dos solos, do meio
ambiente, da natureza, dos rios e áreas agroflorestais, assim como das nossas tradições em cada uma das freguesias”.
Além de explanar que culturas dispõe o concelho, o PDAF vai identificar as caraterísticas dos solos e zonas que melhor poderão adequar-se a diferentes tipos de culturas ou investimento para novas explorações.
“Vai ajudar os nossos agricultores e os nossos empreendedores a tomar as melhores decisões”, explicitou Júlia Rodrigues Fernandes.
Numa sessão em que o presidente do IPVC, Carlos Rodrigues, destacou a mais-valia que representa o documento
estratégico para dinamização e impulso à inovação no setor produtivo agroflorestal, coube ao presidente da ATAHCA, Mota Alves, revelar dados que definem a caraterização da atual ocupação dos solos no concelho, assim como alguns procedimentos da metodologia a seguir.
Apresentado pela presidente da Câmara como fundamental na orientação do trabalho a executar no PDAF e grande promotor do território rural, Mota Alves mostrou-se confiante que o Plano “seja o primeiro de muitos outros instrumentos de planeamento, necessários e indispensáveis ao crescimento de cada território, em particular, e de Portugal no seu todo”.
JÁ ELABORADO PARA O PLANO, PARTILHA-SE A INFORMAÇÃO APRESENTADA POR MOTA ALVES*
«O Plano Diretor Agrícola, Florestal e de Desenvolvimento Rural para o Concelho de Vila Verde, marcará a diferença pela inovação, pela coragem de uma Câmara Municipal como Vila Verde em querer assumir o planeamento mais fino e a estratégia de curto e médio prazo para os setores agrícola, florestal e desenvolvimento rural e neste último estará incluído a agroindústria, a atividade complementar à agricultura, nomeadamente o Turismo no Espaço Rural, a animação territorial, a valorização dos produtos endógenos, a gastronomia e património etnológico.
O território, para além de outras coisas, tem características rurais que devem ser potenciadas e organizadas de modo a tornar cada espaço mais atrativo e motivador para fixar jovens, sendo para isso necessário demonstrar que se é diferente e apontar alguns caminhos.
No diagnóstico do concelho Vila Verde, entre 2010 e 2023, poderemos concluir que algumas áreas de atividades associadas à agricultura, florestas e desenvolvimento rural sofreram alterações consideráveis que merecem uma análise e reflexão de todos: entidades públicas, privadas e dos diversos agentes locais.
O concelho de Vila Verde em 2011 tinha 47.888 habitantes e em 2021 tinha 46.664, tendo perdido 1.224 habitantes, cerca de -3,01%, com algumas freguesias e perder mais de 10%, sendo mais acentuada a evolução negativa nas freguesias situadas a norte da sede do concelho, onde temos uma população mais envelhecida, menos motivada para investir no setor económico e mais difícil de fixar jovens, estas freguesias a norte do concelho continuam a perder população.
A densidade populacional do concelho é de 204,43 habitantes por Km2, podendo considerar-se um concelho densamente povoado, sobressaindo a as freguesias entre a sede do concelho e a cidade de Braga onde a densidade populacional é maior.
Todas as freguesias e união de freguesias são consideradas, nos respetivos mapas, rurais e de baixa densidade, servindo esta classificação para acessibilidade a algumas linhas de apoio financeiro públicos.
A superfície agrícola utilizada em 2009 era de 5.104 ha e em 2019 era de 4.629 ha perdendo-se cerca de 475 ha.
As explorações agrícolas em 2009 eram 1.977 e em 2019 1.644, perdendo-se em 10 anos 333 explorações. O concelho
nestes 10 anos perdeu superfície agrícola utilizada e perdeu igualmente número de explorações agrícolas, mas ganhou na área média por exploração que passou de 2,6 ha para 2,8 ha, mesmo assim ficaram terrenos incultos que poderão ser recuperados para a atividade agrícola.
A mão de obra agrícola em 2019 era de 4.222 pessoas e a mão de obra familiar, no mesmo ano, era de 3.944 pessoas.
A população agrícola em 2019 era de 4.441 pessoas e a população agrícola familiar era de 9,56% da população total.
O concelho de Vila Verde em 2003 tinha declarado 512,14 ha de vinha, em 2013 tinha 245,59 ha e em 2023 tinha 270,284 ha de vinha. Entre 2003 e 2013 perderam-se 266,55 ha, entre 2013 e 2023 aumentou 24, 694 ha, mas entre 2003 e 2023, em 20 anos, perderam-se 241,856 ha. Para quem percorre o concelho verifica que existem mais área de vinhas recentes, uma por substituição de vinhas velhas e outras de novos direitos de plantação. O concelho ainda tem alguma área residual de vinha de enforcado e área superior de vinha de bordadura.
Neste setor da atividade agrícola tem-se verificado uma melhoria substancial do modo de produção de uvas e na substituição das uvas tintas por uvas brancas.
Nas duas últimas décadas o concelho de Vila Verde perdeu explorações pecuárias leiteiras, tendo atualmente 7, quando chegou a ter mais de 20, com duas que
aumentaram o seu efetivo leiteiro e as restantes mantiveram.
Na análise que fizemos das raças autóctones no concelho entre 2013 e 2023 verificamos os seguintes dados:
- Raça Barrosão em 2013 tinha 401 efetivos e em 2023 tinha 254 efetivos registados, correspondendo a -36,66%;
- Raça Minhota em 2016 tinha 879 efetivos e em 2023 tinha 678 efetivos registados, correspondendo a -22,86%;
- Raça Cachena em 2013 tinha 60 efetivos e em 2023 tinha 150 efetivos registados, correspondendo a +150%;
- Raça de Ovelhas Bordaleiras
Entre Douro e Minho em 2013 tinha 678 efetivos e em 2023 tinha 443 efetivos registados, correspondendo a -34,66%;
- As 4 raças de Galinhas Portuguesas:
- Branca em 2019 tinha 179 bicos e em 2023 tinha 142 bicos, correspondendo a -20,67%;
- Amarela em 2019 tinha 237 bicos e em 2023 tinha 177 bicos, correspondendo a -25,31%;
- Preta Lusitana em 2019 tinha 477 bicos e em 2023 tinha 322 bicos, correspondendo a -32,49%;
- Pedrês em 2019 tinha 266 bicos e em 2023 tinha 242 bicos, correspondendo e -9,02%.
Produção de Cidrão em 2013 existiam cerca de 100 m2 de plantação e em 2023 existia cerca de 1ha. A variedade tradicional de cidrão existente no Minho, nos Conventos, Mosteiros e Casas Agrícolas estava em extinção, tendo-se conseguido recuperar a plantação deste citrino tornando numa atividade agrícola rentável. Em 2012 o concelho tinha cer(continua na página seguinte)
(continuação da página anterior)
ca de 0,3 ha de mirtilos, com a realização do Seminário em Vila Verde nesse ano, incentivou-se um conjunto de jovens a investirem nesta produção agrícola, existindo em 2023 cerca de 70 ha, com uma produção atual de cerca de 500 toneladas, distribuídas por 35 explorações. Esta atividade agrícola, para além de inovadora e adaptada ao território, tornou-se rentável e motivo para a utilização da terra por jovens, muitos deles jovens agricultores a tempo inteiro e qualificados. O resultado deste sucesso deveu-se ao Seminário onde se discutiu em simultâneo a produção e a comercialização, que resultou na credibilização desta atividade de uma nova cultura agrícola. Existem no concelho três organizações de receção, tratamento e comercialização de mirtilos, uma de cariz cooperativo e duas de cariz empresarial
A produção de KIWI no concelho está instalada desde a década de 80 do século XX, tendo crescido sucessivamente, existindo atualmente cerca de 110 ha plantados. Esta cultura tem um potencial de crescimento que será considerado para o futuro de utilização de terrenos com características para esta cultura.
A maçã Porta da Loja em 2013 era uma produção de bordadura dos campos destinada a auto-consumo do agricultor e venda nas feiras locais, em 2023 existiam plantados cerca de 3,5 ha. Esta variedade regional de maçã tem um grande potencial de crescimento de área plantada. Nunca poderá ser esquecido a sua identidade com este território e toda a sua carga cultural; para além do seu sabor e perfume únicos e da sua longevidade
de conservação sem necessitar de frio artificial.
Nos citrinos existiu um incremento devido ao apoio financeiro nos pequenos investimentos agrícola, da responsabilidade do GAL da ATAHCA, que conseguiu nos últimos 6 anos passar de cerca de 1 ha ordenado para mais de 12 ha de limão em 2023. Esta cultura necessita de uma organização que se responsabilize pela receção e tratamento do fruto e sua comercialização.
Entre os citrinos (cidrão e limão) já referenciados deverá ser pensada a possibilidade de se recuperar a laranja de Mós, que em tudo é muito semelhante à de Amares, Ermelo ou de Pala e que terá potencialidades devido às suas características e adaptação a este micro território.
Os soutos com plantação ordenada eram em 2023 de cerca de 12 ha, devido à doença da tinta não tem sido possível motivar os agricultores a novas plantações. Existem muitos castanheiros antigos nas bordaduras de campos e quintais.
Existiram no concelho plantação de fruta, apoiadas por fundos públicos, que não tiveram sucesso devido à falta de aconselhamento correto aos investidores, como aconteceu com o maracujá, devido às condições edafoclimáticas, nunca produziram nem conseguiram as plantas aguentar o período normal de vida de produção, porque se “queimavam” devido à geada. Alguns consultores tiveram responsabilidades no aconselhamento dos jovens agricultores. Os cereais, nomeadamente o milho grão tem aumentado nos últimos anos o número de hectares de produção, tendo o concelho de Vila Verde uma grande potencialidade de crescimento a partir do pleno funcionamento do Regadio de Cabanelas.
No que respeita à produção de leguminosas, a sua produção é residual, cingindo-se nos últimos anos à produção para autoconsumo e algumas dezenas de quilogramas para venda nas feiras de Vila Verde, Pico de Regalados, Vila de Prado ou na Festa das Colheitas (no feijão a produção principal é de: feijão branco, feijão amarelo, feijão de mistura, feijão miúdo, feijão catarino e feijão rajado).
A floresta merecerá uma proposta concreta sobre o que se plantar, onde e como, podendo a produção de frutos secos (pinhão, avelã, nozes, castanhas) ocupar áreas de proximidade às aldeias, criando assim zonas tamão aos incêndios e transformando-se em áreas agro-florestais de interesse para a paisagem e de proteção às pessoas residentes nas aldeias, sendo, também, uma produção rentável e com mercado de escoamento. No que respeita à floresta o concelho tem aumentado a área de eucaliptos, diminuído a área de pinheiros e das espécies autóctones, nomeadamente as variedades de carvalhos. Há necessidade de se proteger, através de uma classificação municipal, os pequenos bosques de carvalhos seculares, pela importância histórica-cultural, ambiental e de relação com a fauna e flora que lhes está associada.
O PDAF de Vila Verde deverá orientar os investidores, nos setores de atividades agrícolas, florestais e das atividades associadas, de modo a terem investimentos rentáveis e de sucesso e nunca uma preocupação para quem investe sem orientação ou mal aconselhado. O insucesso de um poderá não desmotivar quem pretende investir, mas o insucesso de muitos certamente irá afastar investidores, principalmente
os mais jovens.
Pretende-se que o PDAF de Vila Verde seja um documento de planeamento micro que oriente os agricultores ou os novos agricultores a investimentos corretos, para isso é necessário que cada espaço territorial seja identificado pelas suas características e indicada as possíveis produções mais aconselhadas. Assim, teremos produção agrícolas mais adaptadas a cada espaço territorial e cada agricultor mais motivado devido à rentabilidade da sua exploração.
O resultado só se poderá obter com acompanhamento técnico permanente e aconselhamento antes de avançar com o investimento, caso contrário continuaremos com desperdícios de muitos recursos e de afastamento dos mais jovens em investirem na atividade agrícola, seja ela vegetal ou animal. Todos devemos ter consciência que para se fixarem jovens aos territórios rurais há necessidade de lhes garantir nível de vida semelhante a todos os restantes que exercem as suas profissões fora dos territórios rurais.
Pretende-se que o PDAF seja um documento de planeamento estratégico, com duração até 2035, data em deve ser avaliado e revisto. O Plano para resultar e obterem-se os investimentos de sucesso, será necessária a criação de uma equipa pluridisciplinar permanente, de aconselhamento e acompanhamento de novos projetos agrícolas e florestais, devendo essa envolver outros técnicos de outras entidades e de outras especializações, sendo o seu trabalho avaliado anualmente. Para além desta equipa técnica multidisciplinar é aconselhado criar-se um observatório municipal para avaliar a implementação do PDAF, produzindo no final de cada ano um relatório, cujos resultados sejam discutidos e partilhados pelos
diversos agentes locais. No que respeita à floresta o concelho tem aumentado a área de eucaliptos, diminuído a área de pinheiros e das espécies autóctones, nomeadamente as variedades de carvalhos. Há necessidade de se proteger, através de uma classificação municipal, os pequenos bosques de carvalhos seculares, pela importância história, cultural, ambiental e de relação com a fauna e flora que lhes está associada.
O PDAF de Vila Verde, não será apenas um instrumento de planeamento agrícola e florestal será também um indicador de investimentos nas mais variadas áreas relacionadas com o desenvolvimento rural integrado, nomeadamente o Turismo no Espaço Rural, a gastronomia, a animação territorial, a paisagem, a água, as pessoas, o património etnológico, a agro-indústria e a promoção do que se produz associado a uma MARCA CÁVADO que deverá ser criada para todo o território do Cávado onde estejam incluídos os produtos e os produtores.
Quero agradecer o convite que o Município, na pessoa da Sra Presidente Drª Júlia Rodrigues Fernandes, dirigiu à ATAHCA, para participar, em parceria com o IPVC/ESAPL, na elaboração de um documento pioneiro e de elevada importância para o concelho de Vila Verde.
Agradeço, igualmente à Professora Isabel Valin, ao Professor Alonso e Engenheiro Raúl Rodrigues, mas de modo especial à Professora Isabel, por terem abraçado este projeto e pelo envolvimento demonstrado desde o primeiro momento.»
*José da Mota Alves Presidente da ATAHCA
Alunos do Centro Escolar de Vila Verde desafiados para projeto-piloto de reciclagem de embalagens
Projeto-piloto desenvolvido pela TetraPark, em colaboração com a Braval e o Município de Vila Verde
Os alunos do Centro Escolar de Vila Verde aceitaram o desafio para participarem num programa de sensibilização e incentivo para a reciclagem de embalagens, no âmbito de uma iniciativa promovida pela TetraPark, em parceira com a sociedade intermunicipal Braval e o Município de Vila Verde.
Na sessão de apresentação do projeto-piloto que decorre neste ano letivo e envolve 10 escolas da área de abrangência da Braval, o vereador Patrício Araújo, responsável municipal pelo ambiente, e o diretor-executivo da Braval, salientaram a importância da iniciativa para a “mobilização das novas gerações na defesa da sustentabilidade e do futuro do Planeta”. O objetivo desta iniciativa é aumentar a recolha de Embalagens de Cartão para Alimentos Líquidos (ECAL) para reciclagem.
Pedro Machado justificou a escolha do Centro Escolar de Vila Verde reconhecendo “o dinamismo que o concelho tem na área ambiental” e enaltecendo “o Município, que se preocupa com a educação ambiental das suas crianças, que já sabem os conceitos de reduzir, reciclar e reutilizar”.
Sabendo-se que nas escolas o consumo de pacotes de leite e de sumos é elevado, a Tetra Pak pretende aferir qual a melhor metodologia para aí recolher o máximo de embalagens, num processo que conta com a colaboração da Braval.
Neste projeto-piloto, os alunos, assim como professores e auxiliares, são desafiados a colocar nos contentores, entregues para o efeito, os pacotes de leite e sumo que consomem na escola.
Novo ciclo de investimentos na gestão dos resíduos mobiliza população para hábitos mais sustentáveis
OMunicípio de Vila Verde tem em desenvolvimento a implementação de recolha seletiva e transformação de biorresíduos alimentares no concelho, para a produção de fertilizante natural e de energia.
O projeto está já a ser executado nos núcleos urbanos de Vila Verde e Prado, envolvendo ainda de forma particular espaços de restauração, cantinas escolares, lares e IPSS do concelho – enquanto “grandes produtores” deste tipo de resíduos.
A presidente da Câmara, Júlia Rodrigues Fernandes, salienta a aposta do município em desenvolver processos cada vez mais sustentáveis e que garantam a melhor qualidade de vida às populações de todo o concelho.
Nesse âmbito, a autarca destaca um novo ciclo de investimentos na gestão dos resíduos, que inclui o reforço do serviço e dos circuitos de recolha em todas as freguesias, acompanhado de medidas para “combater o desperdício e promover a sustentabilidade e defesa do meio ambiente”.
“Todos temos a obrigação de deixar o mundo um bocadinho melhor às novas gerações. E não estamos a conseguir. Temos de abandonar o modelo de sociedade do descartável para levar à prática diária o conceito da reutilização. Nada se perde, tudo se transforma e aproveita”, sustentou Júlia Rodrigues Fernandes. A autarquia estima reduzir em 37%
o lixo indiferenciado. No plano de investimentos para a gestão de resíduos, está ainda previsto instalar 36 novas baterias de ecopontos e transformar três antigas ETAR’s em postos de compostagem – onde será também possível recolher sobrantes de podas e jardinagem.
“Cada vez mais, fazemos mais e mais lixo, apesar dos recursos serem cada vez mais escassos e dos efeitos ainda mais evidentes das alterações climáticas. É urgente dar seguimento ao trabalho extraordinário que tem sido desenvolvido nas nossas escolas e no pré-escolar, para mobilizar toda a comunidade para hábitos de vida mais sustentáveis”, desafiou a presidente da Câmara de Vila Verde.
Com financiamento do Fundo Ambiental, o projeto de valorização dos biorresíduos ‘Agora Sim, Nada Se Perde’ avançou inicialmente em Vila Verde e estende-se depois à Vila de Prado, assim como a espaços de
restauração (grandes produtores de biorresíduos).
Como explicou o vereador do ambiente, Patrício Araújo, os sacos para biorresíduos alimentantes são depositados nos contentores de lixo indiferenciado e depois selecionados na triagem mecânica do aterro da Braval, para serem transformados em composto orgânico e energia.
O sistema – que permite reduzir a pressão sobre as taxas de lixo a pagar pelos consumidores, por força da diminuição do lixo indiferenciado enviado para aterro – será alargado progressivamente ao resto do concelho. Os aderentes recebem gratuitamente um balde castanho e sacos verdes específicos.
Entre os biorresíduos alimentares incluem-se os restos de hortaliças e legumes, fruta, borras de café e saquetas de chá, cascas de ovos, pão, bolos, cascas e frutos secos, restos de comida cozinhada com gordura, carne, peixe, marisco, sopa, ossos, espinhas ou molhos, lacticínios e citrinos.
Ministro da Educação, Ciência e Inovação presidiu à inauguração das requalificações das EB da Vila de Prado e de Vila Verde
Oministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, presidiu à inauguração das obras de requalificação e modernização das Escolas Básicas da Vila de Prado e de Vila Verde. O governante foi recebido em ambiente de festa e momentos artísticos que evidenciaram o ensino de excelência que é assegurado nas escolas do concelho.
Foi “um dia feliz e de afirmação de uma prioridade central do Município de Vila Verde: a educação”, como sublinhou a presidente da Câmara, Júlia Rodrigues Fernandes, que não deixou também de apontar os esforços em curso para novos investimentos que garantam ainda melhores condições para os alunos e professores, assim como restante comunidade
educativa.
O Ministro da Educação, Ciência e Inovação exprimiu, com entusiasmo, a satisfação pelo ambiente humano e pelo resultado das intervenções nas duas escolas dos 2º e 3º ciclos.
“Estes momentos resultam de muitos anos de trabalho e do esforço de várias pessoas e instituições”, afirmou Fernando Alexandre, lembrando a importância “da articulação entre o Governo Central, as autarquias e a direção das escolas”.
O governante sublinhou que este trabalho de cooperação “é essencial e vai ser cada vez mais importante, porque são as autarquias quem está mais próximo dos problemas e têm a capacidade de mobilizar as vontades, os recursos para garantir que todas as condições estão
reunidas para que a educação cumpra a sua missão”.
Nesse âmbito, fez questão de apontar que “em Vila Verde temos esse exemplo muito claro”. Enalteceu o “enorme compro-
metimento do Município com a educação, elegendo-a como prioridade”.
Aas obras de requalificação das duas escolas representaram um investimento global su-
perior a três milhões de euros, com financiamento em cerca de 85% do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através do Programa Operacional Regional Norte 2020.
Os restantes 15% foram assumidos pela Câmara Municipal e pelo Ministério da Educação.
A EB da Vila de Prado recebeu um investimento de 1,422 milhões de euros, enquanto a intervenção na EB de Vila Verde custou 1,483 milhões de euros.
A estes valores acrescem cerca de 200 mil euros assumidos pelo Município de Vila Verde em
melhorias complementares nas duas escolas, como a climatização.
Na apresentação dos investimentos, a presidente da Câmara reiterou a aposta na educação como “pilar estruturante” no processo de desenvolvimento do concelho, sustentando que “a educação é mola impulsionadora do desenvolvimento
e prosperidade do nosso território, de olhos postos numa escola mais humanista e inclusiva”.
“Trabalhamos todos os dias por uma escola cada vez melhor, para termos melhores alunos e alunas, e um concelho cada vez mais forte e desenvolvido”, concluiu Júlia Rodrigues Fernandes.
“Novo ciclo de cooperação para fortalecer cada vez mais um trabalho de excelência, único e diferenciador no ensino em Vila Verde”
ACâmara Municipal de Vila Verde celebrou novas parcerias de cooperação com diferentes entidades locais para, em cooperação com os agrupamentos de escolas, assegurar as atividades de enriquecimento escolar (AECs) a todos os alunos do primeiro ciclo do ensino básico do concelho.
Com aposta reforçada na relação de proximidade, a presidente da Câmara Municipal, Júlia Rodrigues Fernandes, explicou que a celebração dos novos protocolos se insere no “plano em desenvolvimento para promover e implementar medidas de apoio à família, consolidando a oferta de uma escola de excelência e a tempo inteiro no concelho”.
“É um novo ciclo de cooperação, em que procuramos aproveitar a experiência, os conhecimentos e os recursos das nossas escolas, instituições e comunidades envolven-
tes, para prosseguir e fortalecer cada vez mais um trabalho de excelência, único e diferenciador no ensino em Vila Verde, a favor dos mais novos e também das famílias”, sustentou Júlia Rodrigues Fernandes.
A oferta de AECs, implantada neste ano letivo nas escolas do 1º ciclo no concelho, incide sobre domínios de desporto e bem-estar, artes plásticas e performativas, oficinas de línguas, ciências experimentais e tecnologias.
O objetivo é privilegiar a ligação da escola com o meio, o exercício de valores de solidariedade e voluntariado, assim como a dimensão europeia da educação. A frequência é “facultativa e de natureza eminentemente lúdica, formativa e cultural”.
Entre as associações, movimentos culturais e instituições sociais envolvidos neste processo estão a Cruz Vermelha
Portuguesa, a Casa do Povo de Vila Verde, a Associação Expressar, o Centro Social do Vale do Homem, a Associação Massive Perspective e a Casa do Povo da Ribeira do Neiva. Faz igualmente parte a Associação de Pais e Encarregados de Educação do Jardim de Infância e da Escola Básica de Oleiros. Estas instituições, a quem cabe assegurar os profissionais e os recursos para a concretização das atividades, operam em articulação com os agrupamentos de escolas do concelho, nomeadamente de Vila Verde,
de Prado e de Moure e Ribeira do Neiva, de acordo com protocolos assinados entre todas as entidades envolvidas.
Os domínios de oferta das atividades e as durações diária e semanal de cada AEC decorrem em cada Agrupamento de Escolas de acordo com determinação aprovada pelos respetivos Conselhos Gerais e em consonância com os Conselhos Pedagógicos.
O investimento para a concretização deste novo plano de enriquecimento curricular no 1º ciclo ronda os 230 mil euros, va-
lor dependente da evolução do número de alunos abrangidos. Júlia Rodrigues Fernandes mostrou-se confiante no sucesso das parcerias estabelecidas para o próximo ano letivo, assinalando o entusiasmo dos parceiros para “um novo desafio” que terá um impacto extremamente enriquecedor para a dinâmica do concelho, onde é publicamente “reconhecido e distinguido o trabalho social especialmente desenvolvido junto das famílias e enquanto ‘município amigo’ das crianças e da juventude”.
ACâmara Municipal de Vila Verde assume, integralmente, os custos das famílias com a compra dos livros de fichas de trabalho complementares aos manuais escolares para todos os alunos do primeiro ciclo do ensino básico no concelho. O reembolso das despesas deve ser solicitado através dos serviços online, no arranque de cada ano letivo. Integrada nas políticas municipais de apoio às famílias e valorização do sistema de ensino no concelho, a medida abrange igualmente as fichas de apoio ao inglês adotadas nos 3.º e 4.º anos.
“A educação é um pilar fundamental e absolutamente estratégico no plano de desenvolvimento do concelho, especialmente centrado nas pessoas”, assume a presidente da Câmara, Júlia Rodrigues Fernandes, na sustentação da iniciativa.
A autarca sublinha que “não podem faltar recursos para garantir a melhor educação, formação e condições de desenvolvimento das crianças e dos jovens”, reiterando a determinação em assegurar “apoios aos alunos e às famílias de forma que a todas as crianças do concelho tenham acesso a uma educação de excelência”.
O processo de candidatura para reembolso das despesas com os livros de fichas inicia-se mediante apresentação de requerimento pelo encarregado de Educação, através de formulário que está disponível no portal do Município (no site www.cm-vilaverde,pt ou no link https://mynet-sol.cm-vilaverde. pt). Tem igualmente de ser anexado documento comprovativo da despesa.
Desta forma, procura-se evitar que os munícipes necessitem de deslocar-se aos serviços presenciais nos Paços do Concelho, evitando simultaneamente as filas de espera provocadas pela procura excessiva nos balcões de atendimento.
O prazo para apresentação das candidaturas decorre, anualmente, de 1 de setembro até ao dia 30 de outubro. De acordo com o regulamento municipal, o pagamento dos reembolsos está previsto ser efetuado no período entre 2 de novembro e o dia 20 de dezembro.
Trinta e cinco estabelecimentos do primeiro ciclo e do pré-escolar do concelho de Vila Verde foram distinguidos pelo trabalho desenvolvido ao nível da sensibilização e educação na preservação e promoção do meio ambiente, no âmbito do projeto ‘Escola + Verde’.
Dando conta do regozijo pelos resultados obtidos e pelo envolvimento das escolas no projeto, a presidente da Câmara de Vila Verde, Júlia Rodrigues Fernandes, destaca o impacto das ações nas comunidades locais e na consolidação de uma sociedade ambientalmente cada vez mais comprometida com a qualidade ambiental e um futuro mais sustentável
“Há um trabalho fantástico que tem vindo a ser desenvolvido ao longo dos últimos anos pelas nossas escolas e jardins de infância, com um impacto enorme para a sustentabilidade e valorização ambiental do concelho. Os resultados são cada vez mais evidentes e representam um potencial crescente e de grande relevo para o futuro”, refere Júlia Rodrigues Fernandes. Salientando o papel que os mais novos podem desempenhar junto das suas famílias, a autarca deixa o desafio para que os alunos “sejam uma referência cívica e se assumam como verdadeiros ‘influencers’ na defesa do ambiente, levando para a vida diária as mensagens e os hábitos aprendidos na escola”. Das “atitudes e experiências pro-
tetoras do ambiente” desenvolvidas nos diferentes estabelecimentos, o projeto ‘Escola + Verde’ distinguiu 11 escolas do primeiro ciclo e jardins de infância com o grau de “excelente”. O galardão foi atribuído a EB Freiriz, EB Monsenhor Elísio Araújo, EB N.º2 Vila Verde, EB Oleiros, EB Ribeira do Neiva, EB/JI Cervães, EB/JI Esqueiros, EB/JI Parada de Gatim, EB/JI Sande, JI Marrancos e JI Oleiros. Num périplo que envolveu também os vereadores Manuel Lopes, Michele Alves e Patrício Araújo, a Bandeira ‘Escola + Verde’ foi também atribuída a 15 estabelecimentos, pelo seu desempenho ambiental: Colégio D. João de Aboim, EB Lage, EB Lanhas, EB Moure e Ribeira do Neiva, EB Nº1 Prado, EB Oriz S. Miguel, EB Soutelo, Infantário da Misericórdia, JI Atães, JI Carreiras Santiago, JI Gême, JI Loureira, JI Moure, JI Pedregais e JI Sabariz. O trabalho ambiental desenvolvido foi ainda reconhecido nas escolas básicas de Aboim da Nóbrega, Atães, Barbudo, Cabanelas, Gême e Turiz, assim como nos jardins de infância de Arcozelo, Devesa (Duas Igrejas) e Lanhas. Lançado pelo Município em 2010 e tutelado pela equipa municipal de educação, em colaboração com os Agrupamentos de Escolas, o projeto ‘Escola + Verde’ atribuiu o diploma de ‘Escola com maior Poupança de Água do Concelho’ ao jardim de infância de Cervães. Com a “Maior Poupança Energética” sobressaiu o JI de Oleiros, enquanto o JI de Marrancos recebeu o diploma com maior quantidade de tampinhas recolhidas.
Comemoração do Dia Mundial da Terra na Escola Básica de Vila Verde proporcionou reflexão sobre estilos de vida e produção de resíduos
Na comemoração do Dia Mundial da Terra na Escola Básica de Vila Verde, o vereador municipal do ambiente, Patrício Araújo, partilhou números de uma realidade perigosa e insustentável, que está a provocar efeitos nocivos sobre o Planeta e também a qualidade de vida das pessoas.
“Somos prisioneiros de uma sociedade do descartável”, alertou Patrício Araújo, dirigindo-se aos alunos dos 2º e 3º ciclos, a quem destacou o acesso a uma formação de excelência e à consciencialização sobre as questões ambientais, com particular impacto na gestão dos resíduos.
Contra a prática autodestrutiva da “sociedade do descartável” e a favor de um modelo de “hábitos de vida mais sustentáveis e saudáveis”, o autarca apresentou a evolução dos números de produção de lixo, que não param de crescer. Aproveitou para explicar medidas do Município no reforço da reciclagem e gestão dos resíduos, destacando o novo projeto de recolha e aproveitamento de biorresíduos.
A mudança de comportamentos para evitar a produção de resíduos e promover a separação e a reciclagem – como explicou o vereador – representa “ganhos inestimáveis
para o ambiente, a saúde e a economia, permitindo aos cidadãos poupar muito dinheiro”. No Município de Vila Verde, segundo dados de 2023, foram recolhidas 1.158 toneladas de vidro, 1.006 toneladas de papel e 156 toneladas de embalagens. Esta separação dos munícipes representou uma poupança de 123.920 euros na tarifa de deposição de resíduos e na diminuição da TGR-Taxa de Gestão de Resíduos a pagar ao Estado. Mas o valor poderia ser melhor. Patrício Araújo lamenta que 40% dos resíduos indiferenciados ainda sejam de embalagens.
A Câmara Municipal de Vila Verde aprovou a atribuição de bolsas de estudo a 232 alunos do ensino superior residentes no concelho. Os apoios atribuídos para este ano letivo, de acordo com o regulamento municipal, variam entre 350 euros e mil euros para cada estudante. Em termos globais, o investimento do Município está estimado num total de 65 mil euros.
Sublinhando que a educação constitui “um pilar estratégico fundamental nas políticas de desenvolvimento sustentado do concelho”, a presidente da Câmara de Vila Verde, Júlia Rodrigues Fernandes, chama atenção para a importância da intervenção do Município no apoio aos estudantes e às suas famílias, com particular destaque para os que se encontram em condições socioeconómicas mais desfavoráveis.
“Os apoios sociais na área da educação são um instrumento do Município com importância redobrada para a potenciar o desenvolvimento humano e minimizar o impacto das diferenças sociais no acesso à igualdade de oportunidades entre os cidadãos”, assume Júlia Rodrigues Fernandes.
A autarca defende que” a melhoria dos níveis de formação e qualificação da população” se manterá na “primeira linha de prioridades das políticas públicas”, enfatizando “a mais-valia para o desenvolvimento do capital humano, social e económico do território”.
A atribuição das bolsas de estudo é encarada como “uma medida de incentivo à frequência do ensino superior, de molde a capacitar os jovens para os desafios profissionais cada vez mais exigentes e a dotar o território de quadros técnicos essenciais ao desenvolvimento socioeconómico”.
De acordo com o regulamento municipal para atribuição de bolsas a alunos do ensino superior residentes no concelho de Vila Verde, o apoio destina-se a estudantes em condições socioeconómicas mais desfavoráveis.
Além dos estudantes em cursos de licenciatura, as bolsas abrangem alunos que frequentam os cursos técnicos superiores profissionais (CTSP) e mestrados. As bolsas atribuídas são efetivadas num pagamento único relativo ao letivo em curso.
Júlia Rodrigues Fernandes destaca “oportunidade” para fortalecer trabalho diário com novas gerações
Cerca de 250 profissionais ligados à investigação e à intervenção na área da infância e juventude participaram no 4º Congresso Intermunicipal sobre Proteção de Crianças e Jovens, que decorreu em Vila Verde. Sob o lema “As margens também são estrada”, a iniciativa juntou ainda responsáveis da área social de Barcelos, Esposende e Famalicão.
Na abertura dos trabalhos, na Adega Cultural de Vila Verde, a presidente da Câmara, Júlia Ro-
drigues Fernandes, salientou o impacto do congresso, fazendo especial referência à “necessidade permanente de acompanhar a evolução cada vez mais acelerada da realidade social e responder aos desafios da atualidade”.
“Esta é uma oportunidade para ficarmos mais fortes e enriquecidos, com informação e ferramentas que serão muito importantes para o trabalho do dia-a-dia com as nossas crianças e os nossos jovens”, apontou Júlia Rodrigues Fernandes.
A autarca salientou desafios como a multiculturalidade, a transição climática, a transição digital, a natalidade e a inteligência artificial, assim como as migrações. “Não são temas abstratos, mas sim questões concretas, que estão, por exemplo, nas nossas escolas, onde juntamos dezenas de nacionalidades diferentes”, enfatizou.
A par da excelência do painel de oradores e especialistas elencados para os dois dias de trabalho, a presidente da Câmara
destacou a grande variedade de profissionais que envolve este congresso intermunicipal, desde as forças de segurança, à segurança social, saúde e ensino, sejam ligados à infância ou à juventude, de IPSS, escolas, estruturas municipais ou do Estado.
“É uma demonstração clara da importância do trabalho em rede para o sucesso desta missão de valorização social, e de que Vila Verde é um bom exemplo”, afirmou Júlia Rodrigues Fernandes, partilhando o reco-
nhecimento do concelho pela UNICEF como “Amigo das Crianças”, além de ser membro das redes de municípios amigos da juventude e ‘cidade educadora’. O Congresso Intermunicipal sobre Proteção de Crianças e Jovens juntou profissionais de diferentes concelhos ligados à investigação e à intervenção com crianças e jovens em risco ou perigo, tais como magistrados e procuradores, técnicos de comissões de proteção de crianças e jovens.
- Beatriz Santos, professora e ex-presidente da CPCJ, é a Provedora para a Proteção dos Direitos da Criança e das Famílias no concelho - Função foi criada no âmbito do plano de ação de Vila Verde como ‘Cidade Amiga das Crianças’ - UNICEF valoriza iniciativa do Município de Vila Verde como inovadora e boa prática a ser seguida
OMunicípio de Vila Verde criou uma provedoria destinada a defender os direitos das crianças e a assumir um trabalho especificamente orientado para questões ligadas aos mais novos e aos seus contextos familiares. A UNICEF aponta a iniciativa inédita como “inovadora” e “uma boa prática” a ser replicada.
A professora e ex-presidente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), Beatriz Santos, foi a escolha do Município para a nova função, criada no âmbito do desenvolvimento do Plano de Ação Local (PAL) de Vila Verde, como ‘Cidade Amiga das Crianças’ – distinção atribuída pela UNICEF.
A presidente da Câmara de Vila Verde, Júlia Rodrigues Fernandes, justifica a aposta inovadora do Município na criação da “Provedora para a Proteção dos Direitos da Criança e das Famílias”, tendo em conta “a mais-valia que representa para a definição e concretização de políticas e ações, sejam públicas ou privadas, na defesa e valorização dos mais novos”.
A autarca salienta “a experiência, os conhecimentos e a sensibilidade” de Beatriz Santos no tratamento e acompanhamento de matérias relacionadas com as crianças, os jovens e as famílias, demonstrando sempre um comprometimento de grande responsabilidade na defesa dos Direitos da Criança
Elogiando o trabalho e o legado de Beatriz Santos na CPCJ, Júlia Rodrigues Fernandes faz ainda questão de
sublinhar a capacidade da Provedora na “mobilização e agilização” de todos os recursos, pessoas e serviços, na resposta a diferentes problemas e desafios sociais.
“O seu papel influenciador poderá fazer uma grande diferença na solução de situações pontuais que surjam e lhe sejam expostas”, apontou a presidente da Câmara. Destacou ainda “a rede de contactos e parcerias”, que Beatriz Santos pôde desenvolver como professora e líder da CPCJ e que “serão excelentes para este novo papel, sempre que haja necessidade de articulação interinstitucional ou pessoal”.
Como “provedora das crianças”, Beatriz Santos foi convidada pela UNICEF a participar na conferência "Direitos da Criança: Ação Local, Desafio Global", no Porto, para partilhar as linhas orien-
tadoras da sua intervenção no terreno, que pretende “levar avante de uma forma cada vez mais alargada e abrangente”, privilegiando “um trabalho de acompanhamento mais preventivo e promotor de boas práticas”. No âmbito do quadro de competências aprovado pelo mecanismo de coordenação do PAL de Vila Verde como ‘Cidade Amiga das Crianças’, à Provedora cabe “apreciar eventuais exposições, públicas ou privadas, identificadas ou anónimas, de situações que comprometam o bem-estar das crianças, jovens e famílias. Para eventuais contactos ou solicitações de intervenção da Provedora, os munícipes – nomeadamente crianças, jovens, pais ou cuidadores – podem, desde já, utilizar o email provedoria.crianca@vilaverde.pt.
Projeto inovador SANUS reconhecido pelo impacto na qualidade de trabalho
O Município de Vila Verde foi distinguido no âmbito da iniciativa Prémio Autarquia do Ano, pelo desenvolvimento do projeto SANUS, que visa assegurar condições para uma melhoria contínua da segurança no trabalho e do estado de saúde física, mental e do seu bem-estar de todos os colaboradores.
O Município de Vila Verde, distinguido com menção honrosa na categoria “Desporto e Vida Saudável - Promoção de Estilo de Vida Saudável”, apresentou “um projeto inovador, focado nas pessoas – os/as colaboradores –, assumindo que são o bem mais precioso das organizações”.
O prémio foi entregue numa cerimónia realizada em Lisboa, onde o Município esteve representada pela vereadora Michele Alves, responsável pelos pelouros de ordenamento do território, urbanismo e modernização administrativa, e pela diretora de recursos humanos, Dulce Filipe.
Promovido pelo Lisbon Awards Group, o Prémio Autarquia do Ano nasceu com o objetivo de homenagear os municípios e freguesia que se destacam, nas mais variadas áreas, pelas suas práticas inovadoras e de gestão rigorosa do interesse público.
Na apresentação do projeto, a vereadora Michele Alves sustentou que o SANUS se insere no cumprimento dos objetivos e das estratégias que o executivo da Câmara Municipal de Vila Verde define para o concelho, concretizando uma missão que coloca as pessoas e as comunidades locais no centro das suas preocupações e intervenções.
O SANUS 03 – projeto desenvolvido em 2023 e que prossegue em 2024 – teve como lema “Trabalho Seguro e Saudável”. Apresenta como principais objetivos consciencializar os/as trabalhadores/as do Município relativamente à importância da segurança no local de trabalho, a par de um programa de ações para o bem-estar físico e mental dos/as trabalhadores/as.
LOUREIRA
Ação de recrutamento de voluntários promovida pelos serviços de Proteção civil e Ação Social
No âmbito de iniciativa lançada pelo Banco Local de Voluntariado, o Município de Vila Verde decidiu criar uma equipa para fazer face a situações de emergência, com a integração de elementos munidos de formação adequada e especializada para intervenções ao nível da proteção civil e ação social no território.
A iniciativa é desenvolvida em concertação com os serviços municipais de Saúde e Ação Social e de Proteção Civil, que estão a concretizar ações para recrutamento de voluntários, num processo que assegura a formação adequada para as pessoas interessadas em participar no projeto.
O objetivo é garantir que o Banco Local de Voluntariado passe a dispor de uma equipa de voluntários habilitados a prestar apoio no âmbito dos primeiros socorros psicológicos, criação e gestão de zonas de concentração e apoio à população.
Visando complementar a ação da proteção civil de âmbito municipal, bem como a dos diversos agentes de proteção civil presentes no território, os voluntários poderão ainda participar noutras ações decorrentes de acidente grave ou catástrofe que possam ocorrer no território do município. Este grupo de pessoas poderá vir a constituir-se como uma mais-valia, contribuindo assim para o aumento da resiliência do território e da população, com particular impacto em situações de emergência e também de risco social.
Os interessados podem obter mais informação através dos contactos de telemóvel 926288134 ou email bancolocaldevoluntariado@cm-vilaverde.pt. As inscrições devem ser efetuadas até 15 de novembro, em formulário próprio através do link https:// forms.office.com/e/LE4Y0JFFxy
Inauguração presidida pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social
ACasa do Povo da Vila de Prado inaugurou as novas instalações de creche, ampliando a capacidade para acolher 111 crianças. Acresce ainda a nova valência de apoio domiciliário que dá resposta a 40 utentes. A cerimónia de inauguração foi presidida pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Ramalho.
“O sucesso de uma obra vê-se pelo seu resultado e o sucesso desta obra vê-se pela alegria das crianças, o que nos dá garantias de um resultado positivo que está à vista de todos”, atestou a governante, apontando Vila Verde
como “um bom exemplo de cooperação com o governo central”, com particular atenção ao nível da ação social.
“Só neste concelho temos 55 acordos de cooperação com a Segurança Social”, precisou Maria do Rosário Ramalho. E justificou que “não é o estado centralizado que move o país. O estado deve apoiar as iniciativas das suas gentes. Devemos confiar que quem conhece melhor o território são as pessoas desse mesmo território, pois elas é que sabem o que é preciso para melhorar as vidas das comunidades onde se inserem”.
Acompanhada pela presidente da
Câmara Municipal de Vila Verde, Júlia Rodrigues Fernandes, e pelo presidente da Casa do Povo de Vila de Prado, Armandino Carvalho, a ministra enalteceu o esforço conjunto da instituição, do Município de Vila Verde e do Estado, através de verbas disponibilizadas pelo PRR. Numa cerimónia animada pela atuação das crianças da creche e pelo Rancho Folclórico da Casa do Povo, Armandino Carvalho partilhou o «grande esforço» feito pela instituição para concluir a «magnífica» obra, que custou cerca de 2,3 milhões de euros e responder às necessidades de muitas famílias.
MARRANCOS ARCOZELO
Médica Fátima Peixoto escolhida para reforçar resposta ao desafio do envelhecimento ativo
ACâmara de Vila Verde criou a função de Provedora do Idoso, que é assumida pela médica Fátima Peixoto. Vem reforçar os serviços de apoio e acompanhamento integrados na estratégia de valorização da inclusão e do envelhecimento ativo no concelho.
Na cerimónia da tomada de posse da Provedora do Idoso, a presidente da Câmara de Vila Verde, Júlia Rodrigues Fernandes, sublinhou a pertinência do trabalho a desempenhar num concelho integrado no território com a maior esperança média de vida em Portugal.
“É preciso ter uma nova abordagem. A aposta passa por reforçar os projetos de envelhecimento ativo e participativo, ampliando e dando mais força à enorme rede que temos a trabalhar nesta área no concelho”, defendeu Júlia Rodrigues Fernandes, destacando o perfil da Provedora.
“É uma pessoa idónea, integrada na comunidade, foi autarca e vereadora, além de médica no concelho, conhece a realidade, é comunicadora, disponível, empenhada e dedicada, sabe estabelecer pontes, uma mulher de causas e extremamente sensível para as questões dos nossos idosos”, atestou a presidente da Câmara.
Com o apoio da equipa da ação social do Município, a Provedora do Idoso “será um apoio fundamental” para o trabalho
que a Câmara quer desenvolver, designadamente para ajudar no “rastreio de situações problemáticas, tanto a nível de saúde, habitação, segurança e combate à solidão”.
Júlia Rodrigues Fernandes apontou vários programas em curso, como o projeto-piloto ‘Idade Maior’ no acompanhamento de pessoas não institucionalizadas, a Academia Sénior de Vila Verde, com hidroginástica e formação musical, atividades lúdicas e recreativas. O objetivo é contrariar o isolamento e promover a participação dos idosos na dinamização social e cultural do concelho.
Na tomada de posse, a Provedora do Idoso sugeriu já reforçar a enorme rede de intervenção social no concelho, com a proposta de formação de “um grupo de dois voluntários por freguesia para sinalizar casos de necessidade de intervenção”.
Fátima Peixoto lembrou o aumento de 22% de idosos no concelho, nos últimos 10 anos, para defender que “é bom viver em Vila Verde e que a esperança de vida aumenta”, mas “isso traz responsabilidades” e necessidade de reforçar a “segurança, maior qualidade de vida e mais direitos”.
A instituição da função de Provedora do Idoso no Município de Vila Verde resulta de um
PROVEDORA DO IDOSO
A Provedora do Idoso tem como destinatários todos os idosos do concelho que, pelas mais diversas razões, necessitem de apoio e orientação.
Tem o objetivo de defender os direitos das pessoas idosas e, em articulação, com a Comissão de Proteção do Idoso, promover iniciativas que visem responder às suas necessidades, às dos cuidadores formais e informais e de todos os agentes da sociedade civil com intervenção na problemática do envelhecimento.
protocolo de cooperação com a Comissão de Proteção do Idoso, presidida por Carlos Branco, que chamou a atenção para a acumulação dos fenómenos de “crise da natalidade, envelhecimento da população e aumento da esperança média de vida”.
- Receber queixas, denúncias e reclamações e apoiar a sua resolução e o respetivo encaminhamento para as entidades competentes;
- Acompanhar, até ao seu encerramento, todos os processos, fazendo a ligação com os diversos intervenientes;
- Promover o desenvolvimento pessoal e social dos idosos, a sua autonomia e a sua integração social;
- Intervir na tutela nos interesses das pessoas idosas e procurar as soluções mais adequadas;
- Assegurar a representatividade da população sénior na definição das políticas da autarquia.
Por isso, vincou a “mudança de paradigma” e a necessidade de reforçar a capacidade de responder aos desafios do envelhecimento ativo.
Na sessão que decorreu no salão nobre da Câmara Municipal, sob animação do coro da
Academia Sénior de Vila Verde, Eduardo Duque explanou a contextualização das pessoas da terceira idade à luz da atualidade, na palestra ‘Do respeito à marginalização: a transformação da pessoa idosa na sociedade contemporânea’.
Artistas juntaram-se a crianças e jovens para calendário promovido pelos serviços de ação social do Município de Vila Verde
Artistas de diferentes ofícios associaram-se ao Calendário Solidário 2025, uma iniciativa promovida pelos serviços de ação social da Câmara de Vila Verde e que conta com a participação de filhos dos funcionários municipais. O objetivo é angariar receitas que revertem a favor de famílias e crianças em situação de maior vulnerabilidade socioeconómica.
Mais de uma dezena de empresas do concelho colaborou na causa, com contributos financeiros que se juntam ao resultado da venda dos calendários, ilustrados com fotografias de crianças e jovens no contacto com os artistas nos seus ateliers e áreas de trabalho.
A presidente da Câmara, Júlia Rodrigues Fernandes, agradeceu a participação e o envolvimento de “todos os que contribuíram para a concretização deste projeto, integrado num trabalho conjunto para que Vila Verde seja um concelho cada vez mais coeso, justo, solidário e, também por isso, mais desenvolvido e inclusivo”.
“A adesão de artesãos e artistas consagrados, assim como de empreendedores e empresários que não descuram a vertente social da ati-
vidade económica, faz-nos acreditar ainda mais nas potencialidades e nas virtudes do Calendário Social que, em boa hora, o Município, graças à proatividade, à generosidade e ao humanismo dos seus funcionários e colaboradores, decidiu levar a bom termo”, reconhece a autarca.
Neste calendário participam os artistas Luís Coquenão, Maciel Cardeira, Rafael Ibarra, Fernando Rei, Joaquim Marques, Rosa Araújo, Fátima Mendes e Lucília Dantas, assim como o fotojornalista Alfredo Cunha, o escritor Serra Nevada, cesteiros dos Irmãos Azevedo Gama-La-
nhas, bordadeiras da Aliança Artesanal e oleiros da Castanheira & Dantas.
As verbas arrecadadas destinam-se integralmente a reforçar os recursos dos serviços da Ação Social do Município no apoio a famílias carenciadas.
A edição 2025 do Calendário Social teve apoios das empresas Soltoperfil, Sopainel, Construções Vitória Machado, Prodigípadrão, Intermarché, Pedrivalões, Ibconseg, IBG Group, Casa Santos, Conceito Gomes, SRR-Assistência técnica equipamentos hoteleiros, Monte & Monte, AGM Monteiro e Martins & Filhos.
Rede de Apoio aos Cuidadores Informais (RAC)
OMunicípio de Vila Verde criou uma Rede de Apoio aos Cuidadores Informais (RAC), com o objetivo de promover a concertação da intervenção local, a criação de recursos de ajudas técnicas, bem como a implementação de formação de cuidadores informais.
A iniciativa valeu a distinção do Município com o selo Rede de Autarquias que Cuidam dos Cuidadores Informais (RACCI), promovido pelo Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais. Segundo os promotores da iniciativa, o projeto apresentado pela Câmara Municipal de Vila Verde foi considerado como um dos que obtiveram as melhores avaliações globais, com base nos diferentes critérios que constam no regulamento.
A RACCI é uma iniciativa que se destina a distinguir, divulgar e amplificar as melhores práticas levadas a cabo ou formalmente por municípios e freguesias nesta área, em Portugal, através da atribuição de selos de mérito.
Observatório da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas distingue Município de Vila Verde
OMunicípio de Vila Verde foi reconhecido como
“Autarquia Familiarmente Responsável”. A distinção foi atribuída pelo Observatório da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas, valorizando a concretização de políticas sociais e com particular impacto na vida das famílias.
“Esta distinção é naturalmente motivo de regozijo e satisfação, que recebemos com orgulho e como merecido reconhecimen-
to pelo trabalho que temos desenvolvido há vários anos e que diversas instituições externas apontam como referência e, em alguns casos, inovador”, reagiu a presidente da Câmara Municipal de Vila Verde.
Júlia Rodrigues Fernandes salientou a implementação de políticas e medidas de apoio à família nos mais variados domínios, como a educação, o apoio social, a saúde, a habitação, os transportes, o urbanismo e a
cultura e recreio.
“Esta estratégia de intervenção social do Município de Vila Verde assume-se cada vez mais preventiva e estimuladora da inclusão e do desenvolvimento sustentado do concelho”, frisou a autarca.
A criação da função de Provedora para a Proteção dos Direitos da Criança e das Famílias – iniciativa que a UNICEF destacou como inovadora e a replicar – é uma das medidas que resul-
tam da política integrada de família e do intenso trabalho que o Município tem levado a efeito. É neste âmbito que se enquadra a decisão de criação de um Gabinete para a Infância e Famílias, que tem por missão base a promoção e proteção dos direitos das crianças e jovens em Vila Verde e a promoção de uma parentalidade positiva, apoiando as famílias na concretização dos Direitos da Criança. Sempre num trabalho em
rede, com forte envolvimento das escolas, Juntas de Freguesia, IPSS, empresas e outros agentes locais de desenvolvimento, o município de Vila Verde tem mantido um progressivo reforço de políticas sociais que promovem e valorizam as diferentes componentes da vida familiar. É nesse contexto que se enquadram iniciativas como a atribuição de bolsas de estudo, o apoio à renda, os concursos de talento, a atribuição de apoios à formação no desporto e da música, a promoção de ações de projetos de combate ao isolamento como o “Idade Maior” e os “Seniores Ativos”, as iniciativas de apoio parental ou o sistema de incentivos à fixação dos jovens e das famílias no concelho.
O Observatório da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas tem como objetivos primordiais acompanhar, galardoar e divulgar as melhores práticas das autarquias portuguesas em matéria de responsabilidade familiar. O galardão “Autarquia Familiarmente Responsável” distinguiu este ano 110 municípios em Portugal.
A entrega da bandeira “Autarquia Familiarmente Responsável” ao Município de Vila Verde – que esteve representado pelo vice-presidente Manuel Lopes –aconteceu numa sessão solene realizada a 17 de outubro, no auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra.
Aprogramação Na Rota das Colheitas percorreu praticamente todas as freguesias do concelho de Vila Verde. Chegou também à Alemanha. Foram mais de 50 atividades que aconteceram de agosto a novembro, num desafio aberto a todas as gerações para “sentir e reviver os saberes e sabores das tradições do mundo rural”.
“Temos orgulho na nossa ruralidade e nas tradições genuínas. Representam uma mais-valia única e diferenciadora para a valorização do concelho, das freguesias e das nossas gentes”, sublinhou a presidente da Câmara de Vila Verde, Júlia Rodrigues Fernandes, no balanço da Rota que reforçou a afirmação do concelho e das suas potencialidades.
A Festa das Colheitas foi o momento alto da programação. Envolveu Juntas de Freguesia, escolas, paróquias e comissões fabriqueiras, associações locais, empresas e agentes turísticos, num desafio à participação de pessoas de todas as gerações.
Em praticamente todos os eventos, os participantes foram convidados a saborear a gastronomia local e a provar das tradicionais merendas partilhadas nas atividades rurais, num ambiente marcado pelo convívio comunitário.
Mais de 50 atividades ligadas às tradições agrícolas e ao mundo rural, no âmbito de uma programação que passou por 30 freguesias do concelho de Vila Verde
ORIZ STA MARINHA
ORIZ S. MIGUEL
Grupo de 10 jovens do projeto ‘Habito o Mundo’ embelezou com graffitis muro de antiga pré-escola
Vila Verde acolheu um grupo de jovens refugiados e migrantes, que se dedicaram à pintura de um mural de arte urbana, no âmbito do projeto global e de inclusão ‘Habito o Mundo’, desenvolvido pelas fundações ‘La Caixa’ e Calouste Gulbenkian.
“É uma experiência com impacto humanista extremamente rico, deixando marcas que promovem e transmitem valores importantes para uma sociedade melhor, mais inclusiva, coesa e desenvolvida”, sub-
linhou a presidente da Câmara de Vila Verde, Júlia Rodrigues Fernandes.
Em visita à zona de intervenção, a autarca agradeceu e deu os parabéns aos jovens e orientadores da iniciativa, destacando o embelezamento da área, com as pinturas coloridas dos muros exteriores do antigo jardim de infância da Carvalhosa, em Vila Verde.
Júlia Rodrigues Fernandes salientou ainda os graffitis inspirados nos motivos dos Lenços de Namorados, sustentando a
importância da cultura, da identidade e do modo de vida das comunidades locais nos processos de integração e valorização social.
Com o apoio do Município, a pintura graffiti contou com a participação de 10 jovens refugiados – com idades entre os 11 e os 19 anos –, numa ação orientada pelos dois artistas Godmess e Hazul, coautores do mural de arte urbana.
Esta oficina, também acompanhada pelos serviços de ação social da Câmara de Vila
Verde, permitiu aos jovens se conhecer e executar diferentes técnicas de arte Urbana, num processo de construção artística que visou estimular a criatividade e a arte como forma de expressão e educação não formal.
O projeto ‘Habito o Mundo’ está integrado no plano ‘PARTIS & Art for Change’, uma iniciativa conjunta da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação “la Caixa” lançada em 2020, com o objetivo de fomentar e difundir o papel cívico da arte e da cul-
tura participativas enquanto impulsionadoras de mudança e de transformação social.
O projeto é dirigido a refugiadas e migrantes, assim como outras crianças e jovens de outros contextos, de forma a proporcionar o desenvolvimento de competências na área artística, assim como a socialização e integração dos participantes. No leque de ações incluem-se oficinas de cerâmica e produção de livro com ilustrações, a par da criação de mural de arte urbana.
Marca de progresso social e humanista recebida no dia da celebração dos 169
Oconcelho de Vila Verde recebeu o prémio de ‘Município de Excelência para Viver em Igualdade’. A distinção aconteceu no dia da celebração dos 169 anos da fundação do concelho. “Uma feliz coincidência e que reforça a valorização da estratégia de desenvolvimento do território sustentado na coesão social e humanista”, destacou a presidente da Câmara de Vila Verde, Júlia Rodrigues Fernandes.
Criado pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) em 2012, o prémio bienal ‘Viver em Igualdade’ destina-se a distinguir autarquias com boas práticas de integração, concretamente na dimensão da Igualdade de Género, quer na sua organização ou funcionamento internos, quer nas atividades por desenvolvidas e no serviço público prestado.
A presidente da Câmara de Vila Verde destacou a aposta no progresso social e humanista como estratégia de valorização do concelho, vincando também “a necessidade e a importância de promover a igualdade entre homens e mulheres para assegurar o desenvolvimento sustentado do território”.
“Além de serem um problema de justiça social e uma violação intolerável da Declaração Universal dos Direitos do Homem, as desigualdades entre homens mulheres provocam um prejuízo objetivo para a sociedade em geral e para as nossas comuni-
dades, designadamente ao nível do desenvolvimento e progresso social, económico e humanista”, defendeu Júlia Rodrigues Fernandes.
Apesar de todos os progressos ao longo dos anos, a autarca referiu que, “de uma forma geral, as mulheres continuam a enfrentar maiores dificuldades de afirmação e progressão social e profissional devido ao contexto familiar, social e económico-empresarial”.
Por isso, a autarca defendeu que “é fundamental aprofundar a evolução ao nível da partilha igualitária dos direitos e responsabilidades, tanto na esfera familiar como na profissional”. Apelou ainda a “um esforço maior na adaptação das empresas e das rotinas profissionais às funções familiares dos trabalhadores, quer sejam homens
ou mulheres”.
“CONCELHO CADA VEZ MAIS INCLUSIVO E COMPETITIVO”
Na estratégia de progresso social e humanista do concelho de Vila Verde – onde inclui a promoção da igualdade de género –, a presidente da Câmara sublinhou a importância do trabalho em rede, coordenado pelas equipas de ação social do Município e com o envolvimento das forças vivas locais, nomeadamente IPSS, juntas de freguesia, escolas e agrupamentos de escolas, movimento associativo e empresas.
“O desígnio da coesão territorial e social beneficia das parceiras encetadas por todos estes agentes do desenvolvimento local e regional, com uma intensa e profícua atividade diária, con-
vergindo no sentido do bem-estar e da segurança de pessoas e bens”, sustentou.
A autarca lembrou que o Município de Vila Verde foi também distinguido como “Autarquia Familiarmente Responsável”, prémio atribuído pelo Observatório da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas e que visa valorizar a implementação de políticas e medidas sociais nos mais variados domínios, como a educação, o apoio social, a saúde, a habitação, os transportes, o urbanismo e a cultura e recreio.
“O Município tem levado a efeito junto das famílias e das escolas, numa estratégia de intervenção social cada vez mais preventiva e estimuladora da inclusão e do desenvolvimento sustentado do concelho”, explica Júlia Rodrigues Fernandes, em defesa de “um concelho
cada vez mais inclusivo, justo, solidário, e também por isso mais desenvolvido, coeso e competitivo”.
O Município de Vila Verde criou uma Rede de Apoio aos Cuidadores Informais (RAC), com o objetivo de promover a concertação da intervenção local, a criação de recursos de ajudas técnicas, bem como a implementação de formação de cuidadores informais.
A iniciativa valeu a distinção do Município com o selo Rede de Autarquias que Cuidam dos Cuidadores Informais (RACCI), promovido pelo Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais.
Segundo os promotores da iniciativa, o projeto apresentado pela Câmara Municipal de Vila Verde foi considerado como um dos que obtiveram as melhores avaliações globais, com base nos diferentes critérios que constam no regulamento.
A RACCI é uma iniciativa que se destina a distinguir, divulgar e amplificar as melhores práticas levadas a cabo ou formalmente por municípios e freguesias nesta área, em Portugal, através da atribuição de selos de mérito.
I Congresso de Ciência e Tecnologia juntou investigadores, cientistas, académicos, formandos e líderes políticos
Apresidente da Câmara de Vila Verde, Júlia Rodrigues Fernandes, aponta o concelho como um exemplo prático e concreto da estratégia equilibrada que a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, traça para o desenvolvimento sustentável do planeta.
No I Congresso de Ciência e Tecnologia que decorreu em Vila Verde, a ministra – numa intervenção à distância através de ferramentas digitais – vincou, “sempre com as pessoas no centro das prioridades”, “a importância do triângulo do conhecimento, formado por ciência, inovação e educação”.
“São os motores fundamentais para um desenvolvimento que concilie a proteção e valorização do ambiente com a qualidade de vida das pessoas e o crescimento económico”, afirmou Graça Carvalho, referindo-se à temática do evento que discutiu a “interceção entre educação, ciência e tecnologia”.
Precisamente com base nesta trilogia, a presidente da Câmara de Vila Verde sustentou a inter-
venção do Município ao serviço das pessoas e na definição de políticas e ações que têm levado à distinção do concelho em diferentes estudos sobre diferentes aspetos dos níveis de qualidade de vida para a população local, Perante o salão nobre dos Paços do Concelho lotado e participantes online, Júlia Rodrigues Fernandes destacou o impacto dos investimentos na transformação digital dos serviços municipais, associados às apostas estratégicas para a educação de excelência e a valorização dos recursos naturais do concelho.
“As soluções digitais têm sucesso quando colocam as pessoas em primeiro plano. Além de proporcionarem novas oportunidades aos agentes do desenvolvimento, promovem o avanço de tecnologias fiáveis, incrementam uma sociedade aberta e plural, impulsionam uma economia pujante e sustentável, concorrem para o combate às alterações climáticas e a transição ecológica”, sustentou a autarca.
Nos serviços municipais, a transformação digital está tam-
PROPRIEDADE | Município de Vila Verde DIREÇÃO | Presidente da Câmara Municipal de Vila Verde PUBLICAÇÃO PERIÓDICA SEMESTRAL
bém a ser objeto de um forte investimento, no sentido da “simplificação de procedimentos e de uma mais fácil interação com os munícipes, proporcionando ganhos em termos de celeridade e de eficiência da maior importância para atender às solicitações e legítimos anseios das populações”, como destacou a
COORDENAÇÃO & PRODUÇÃO | Gabinete de Apoio à Presidência e Comunicação Institucional
presidente da Câmara.
MUNICÍPIO COM
QUALIDADE DE VIDA
Padrão com logomarca
Entre as diversas distinções do concelho – reconhecido como ‘Município Amigo’ das crianças e da juventude, ‘Cidade Educadora’ e ‘Autarquia Voluntária’ entre outros reconhecimentos de âm-
Assinatura principal Assinaturas complementares
IMPRESSÃO | Diário do Minho TIRAGEM | 15.000 exemplares
bito social e progresso humano –, Júlia Rodrigues Fernandes salientou o facto de Vila Verde se distinguir na análise comparativa da Rede de Municípios com Qualidade de Vida, sobretudo na área da educação.
Conforme consta do relatório do INTEC – Instituto de Tecnologia Comportamental,
Vila Verde apresenta uma taxa de retenção no ensino básico substancialmente inferior à média nacional. Na comparação com municípios de caraterísticas semelhantes, Vila Verde obteve uma taxa de retenção e desistência no ensino básico inferior à média dos municípios de alta densidade e de outros municípios médios. Relativamente à percentagem de estudantes que completam o ensino secundário, em Vila Verde esta foi superior à média nacional, assim como à média dos municípios de baixa densidade, de média densidade e municípios do Norte, com uma evolução muito positiva entre 2019 e 2021.
Júlia Fernandes referiu-se ainda aos projetos Eco-Escola e Escola + Verde, assim como o o plano de ação que Vila Verde está a desenvolver no âmbito dos Programas Intermunicipais
de Promoção do Sucesso Escolar (PIPSE).
“O indesmentível empenho e o enorme entusiasmo nas instituições de ensino fazem-me acreditar, ainda mais, que, juntos, vamos ser capazes de vencer este grande e urgente desafio que se nos coloca de colocar sempre e cada vez mais o conhecimento científico e tecnológico ao serviço do progresso social e da construção de um mundo melhor”, afirmou a autarca.
No I Congresso de Ciência e Tecnologia, o cientista e professor universitário Carlos Fiolhais interveio para falar sobre ‘Transição Ambiental e Transformação Digital - desafios para a Ciência, Tecnologia e Educação’, num painel que contou ainda com Pedro Marcelino, especialista em Inteligência Artificial e fundador da ‘xval.ai’, e Assunção Flores, docente e Investigadora
do Instituto da Educação da Universidade do Minho. Sob moderação de José Ismael Graça, coordenador da Casa do Conhecimento do Município de Vila Verde, o Congresso concentrou ao longo da tarde apresentações de “boas práticas pedagógicas” por parte de diferentes escolas e agrupamentos escolares, assim como da Universidade do Minho e do
IPCA-Instituto Politécnico do Cávado e Ave. Alunos dos Clubes de Ciência Viva dos agrupamentos de escolas de Prado, Vila Verde, Moure e Ribeira do Neiva, da Secundária de Vila Verde e da Escola Profissional Amar Terra Verde apresentaram projetos específicos ligados à formação e investigação.
O I Congresso de Ciência e
Oencontro “Rede Casas do Conhecimento: 20 anos de partilha e convergência de territórios”, a 22 de novembro de 2024, assinalou os 20 anos de trabalho em rede, que une Instituições de Ensino Superior Públicas e o Poder Local em prol dos seus territórios.
Na sua intervenção a Presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, Júlia Rodrigues Fernandes enalteceu o papel da Universidade do Minho e da Rede Casas do Conhecimento, na importância da “partilha de projetos em parceria orientados às pessoas”.
O Reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, destacou a importância do papel da Universidade por via da Rede de Casas do Conhecimento, como agente ativo de intervenção no território, lançando o debate sobre os desafios e as oportunidades para os próximos anos.
O evento contou com a presença do Professor Doutor Ramón Villares, professor Catedrático de História na Universidade de Santiago de Compostela e Presidente do Conselho de Cultura Galega, como orador convidado numa apresentação alusiva à temática “Casas de Estudos
Tecnologia foi uma iniciativa da Casa do Conhecimento do Município de Vila Verde e dos Clubes de Ciência Viva na Escola, assinalando o encerramento do programa da V Feira de Ciência & Tecnologia, que se iniciou em fevereiro e incluiu a realização de cinco palestras, uma caminhada e uma mostra de projetos, envolvendo 2300 participantes.
galegas e relações culturais com a “Galécia Maior”.
No encontro estiveram presentes Presidentes de Câmara, Vereadores, Dirigentes e Técnicos das Casas do Conhecimento de Paredes de Coura, de Montalegre, de Boticas, de Vieira do Minho, da Ponte de Barca, da Trofa, de Fafe, da UMinho, além do Vice-reitor da Transformação Organizacional e Simplificação Administrativa e do Diretor da Unidade Cultural Casa do Conhecimento da Universidade do Minho, reforçando o compromisso com a inovação e a colaboração territorial.
Viaturas elétricas reforçam sustentabilidade e proximidade dos serviços de saúde
Com apoio do PRR, Município entregou cinco novas viaturas às unidades de saúde do concelho
O Município de Vila Verde procedeu à entrega de cinco viaturas elétricas para o serviço das unidades de saúde do concelho. A operação representou um investimento na ordem dos 200 mil euros, financiados através do PRR-Plano de Recuperação e Resiliência.
A presidente da Câmara Municipal, Júlia Rodrigues Fernandes, sublinhou a importância de renovação ao nível da frota automóvel para o “reforço da capacidade de resposta e da proximidade dos serviços de saúde, promovendo simultaneamente a sustentabilidade dos equipamentos e recursos disponíveis”.
No ato de entrega das viaturas, marcaram presença o vereador Patrício Araújo e responsáveis da ULS-Unidade Local de Saúde de Braga, nomeadamente Américo Afonso do conselho de administração, o diretor clínico Rui Macedo e o enfermeiro-diretor Gonçalo Alves.
As novas viaturas foram entregues às Unidades de Saúde Familiar (USF) Vida + e ProSaúde, à Unidade de Cuidados na Comunidade, à USF da Vila de Prado e a USF Terra Verde (Pico de Regalados e Vade), onde foram igualmente instalados postos de carregamento elétrico.
Os veículos – de Citroën ë-Berlingo –estão adaptados e equipados de forma a possibilitar ações, cuidados e serviços de saúde a prestar às populações, sejam de enfermagem ou apoio médico. A aquisição destas viaturas, com verbas do PRR, insere-se no objetivo de “modernização e crescimento sustentável dos cuidados de saúde primários”.
Presidente da Câmara de Vila Verde acompanhou jovens do concelho no Regimento de Cavalaria nº 6, em Braga
Apresidente da Câmara Municipal de Vila Verde, Júlia Rodrigues Fernandes, apadrinhou a participação de cerca de centena e meia de jovens do concelho no Dia da Defesa Nacional que decorreu no Regimento de Cavalaria nº 6, em Braga.
A valorização da segurança e da paz para o desenvolvimento e progresso social foi a tónica dominante nas mensagens deixadas aos jovens pela autarca e pelo comandante do Regimento, coronel José Pedro Mataloto.
“É importante ter consciência do valor inestimável da paz e da segurança, com impacto decisivo na qualidade de vida de cada um de nós”, reconheceu Júlia Rodrigues Fernandes.
A autarca agradeceu a participação dos jovens, que desafiou a aproveitarem a jornada para reforçarem a consciencialização sobre a evolução da soberania e da democracia de
Portugal, num contexto em que “os conflitos da atualidade, em diferentes partes do mundo, voltaram a pôr em causa a paz como bem adquirido e inabalável”.
O coronel José Pedro Mataloto orientou a visita às instalações e equipamentos militares. O Regimento de Cavalaria nº 6 recebe ao longo do ano mais de 15 mil jovens de todo o distrito, que têm a oportunidade conhecer equipamento militar, como os veículos de intervenção e combate Pandur e armamento, experimentar fardas e partilhar expectativas e experiências com militares.
Fundado em 1709, o RC6 esteve aquartelado em várias cidades do país, encontrando-se na cidade de Braga desde agosto de 1979. Nos últimos anos, os militares têm participado e cumprido missões no território estrangeiro, como no Kosovo, assim como em patrulhamento ou vigilância pós-incêndio em Portugal.
Cerca de 200 crianças e jovens participaram no FIT –Festival Infanto-Juvenil de Teatro. Mais de uma dezena de crianças de jardins-de-infância e escolas do primeiro ciclo do concelho subiram ao palco no auditório da Escola Profissional Amar Terra Verde (EPATV). Participaram também jovens atores vindos de Braga, de Ponte da Barca, da Póvoa de Varzim e também do concelho galego de Rianxo. A iniciativa foi organizada pelo Projeto Expressar, com o apoio do Município de Vila Verde e o
envolvimento diversas juntas de freguesia, associações, escolas e outras instituições.
Foram interpretadas peças como ‘Os seis porquinhos em rima’, Branca de Neve e os anões, Em busca do sono perdido, O Rei vai nu, A nova roupa do rei, A Casinha de Chocolate, Capuchinho Vermelho, Cinderela, Era uma vez um País, Quem roubou os brigadeiros, Agora sou eu a falar, A princesa e o sal, O sequestro na fábrica de brinquedos e também O Auto da barca do inferno.
No palco estiveram grupos de jardins de infância de Turiz, Oriz, Sabariz, Esqueiros, Barbudo e Centro Escolar de Vila Verde. Ao elenco pertencem ainda grupos de teatro do ATL da Casa do Povo de Vila Verde, da EB1 Monsenhor Elísio Araújo e dos centros escolares de Prado e Soutelo, das juntas de freguesia de Vila Verde e Barbudo e de Prado, das Oficinas do Projeto Expressar, assim como do Teatro da Varazim - Tura Mini (Póvoa do Varzim), o Grupo de Teatro de S Victor e o grupo
da Escola de Teatro Airiños (do concelho galego de Rianxo).
O Projeto Expressar é uma associação cultural para a produção e promoção de projetos artísticos e educativos centrados no teatro, tendo como objetivo proporcionar às crianças e aos jovens o acesso à participação cultural.
Desde a sua criação, em 2003, tem vindo a criar diversos projetos pedagógicos, produções artísticas e eventos culturais, com entidades públicas e privadas, como é o caso do FIT – Festival
Infanto-Juvenil de Teatro de Vila Verde.
Juntamente com o Município de Vila Verde, estão envolvidas no projeto entidades como o Gabinete para a Infância e Famílias (GIF), a Escola Profissional Amar Terra Verde, os Agrupamentos de Escolas de Vila Verde e Prado, a Casa do Povo de Vila Verde e as juntas de freguesia de Vila Verde e Barbudo, Vila de Prado, Soutelo, Oriz e UF Esqueiros, Nevogilde e Travassos Oriz, assim como a autarquia de S. Victor (Braga).
RIBEIRA DO NEIVA
RallySpirit2024: Mais de uma centena de carros que marcam a história do desporto automóvel
Ocentro de Vila Verde acolheu mais de uma centena de carros lendários das provas de desporto automóvel nacionais e internacionais, no âmbito da edição 2024 do RallySpirit.
Num momento de descontração e convívio, esta foi uma oportunidade para os Vilaverdenses conhecerem de perto pilotos e bólides carismáticos dos ralis e de provas de velocidade em estrada.
A iniciativa reuniu alguns dos carros que marcam a história dos ralis, como os Audi Quattro S1 E2, o MG Metro 6R4, o Toyota Celica Twincam Turbo ou o Porsche 911 SCRS, incluindo ainda o Toyota 222D Grupo S – um dos três únicos existentes no mundo.
Ao parque de verdadeiras lendas dos ralis juntaram-se o Ford RS200 da Diabolique, um Lancia Delta S4 e um Lancia Rally 037 com a decoração da Martini Racing, para além do Ford Sierra Cosworth 2WD a envolver vários pilotos portugueses que fizeram história no desporto automóvel nacional.
Apoios para futebol sénior e de formação, hóquei em patins, taekwondo, atletismo e trail
ACâmara Municipal de Vila Verde aprovou um programa de cooperação com as organizações desportivas do concelho, para apoio às atividades federadas na época em curso. A autarquia prevê disponibilizar uma ajuda financeira superior a 400 mil euros, abrangendo milhares de crianças e jovens.
Além do futebol sénior e de formação, o programa de apoio financeiro do Município contempla atividades como hóquei em patins, taekwondo, atletismo e trail. As verbas destinam-se a comparticipar inscrições, seguros e equipamentos, garantindo ainda subsídios para ajudar nas despesas de funcionamento dos clubes.
O vereador Patrício Araújo, responsável pelo pelouro municipal do desporto, reuniu com representantes de todos os clubes para concertar e explicar a concretização do novo programa de cooperação, vincando a preocupação com a sustentabilidade das coletividades e o impacto do desporto para a elevação dos níveis de qualidade de vida e progresso social do concelho.
Num município marcado pela ampla implantação de organizações e estruturas desportivas disseminadas por todo o território, Patrício Araújo referiu-se às coletividades como “agentes e parceiros ativos incontornáveis no processo de desenvolvimento desportivo, cultural, recreativo e social do concelho”.
“Enquanto escola de formação orientada por princípios éticos, de justiça e solidariedade e de interiorização de valores, como o esforço e o mérito, o empenho e a persistência na busca de objetivos,
o desporto constitui um importante fator de inclusão e progresso social e humanista, com particular impacto na valorização de competências dos nossos jovens”, defendeu.
O autarca sublinhou que “a atribuição de subsídios às coletividades desportivas assenta no pressuposto de que contribui para a melhoria das instalações desportivas e da qualidade das atividades prestadas à comunidade”.
O valor global em termos de inscrições de atletas ronda os 45 mil euros, a que acrescem cerca de 110 mil euros para equipamentos. O volume em termos de subsídios atribuídos às coletividades é na ordem dos 250 mil euros.
Para aquisição de vestuário desportivo, o Município disponibiliza uma verba até 34 euros por atleta, que compreende equipamento de jogo, composto por camisola, calções e meias e fato de treino.
O Município assume ainda a comparticipação do valor referente ao pagamento das inscrições dos atletas: no caso do futebol até ao limite de 23 atletas para os escalões juniores, juvenis e iniciados; e 15 atletas para os escalões infantis, escolas, pré-escolas, minis (benjamins, traquinas, petizes, escolinhas). Estão também incluídas as inscrições no Inatel para os atletas menores de 18 anos.
Neste programa participam clubes como GCDR de Lanhas, GRD da Ribeira do Neiva, ACRD de Vilarinho, Vilaverdense FC, ACRD Pico de Regalados, Os Regadinhas de Freiriz, AD de Aboim, GD de Prado, GDR Marrancos, ACDR de Oleiros, AD da Lage e ADCR de Turiz.
Passeios em bicicletas elétricas, ateliers de bordados e uma exposição de fotografias do património natural do concelho assinalaram, em Vila Verde, a comemoração do Dia Mundial do Turismo.
“É uma jornada que junta diferentes polos da atratividade e dinamização turística do concelho, valorizando o património diversificado do território”, sustentou a presidente da Câmara, Júlia Rodrigues Fernandes, na abertura das atividades.
Numa ação que contou com a participação de alunos do curso de Turismo da Escola Secundária de Vila Verde, a autarca reiterou a aposta no turismo como “vetor estratégico no desenvolvimento do concelho”, enaltecendo o trabalho e o contributo de diferentes parceiros neste processo, designadamente empresas e empresários ligados ao setor, assim como as autarquias e as instituições locais.
Algumas das atividades estiveram concentradas na Loja Interativa de Turismo de Vila Verde, um espaço que a presidente da Câmara destacou pelo “papel importante na receção dos turistas, que são em número crescente e que procuram muita da nossa tradição e cultura”. Exemplos disso são a Festa e a Rota das Colheitas que “promovem viagens pelo saber e pelos sabores do nosso concelho”.
Nestas comemorações, o centro da vila foi surpreendido por jovens em bicicletas elétricas a percorrerem a ciclovia urbana. Uma pré-apresentação de um serviço que estará disponível em breve. “Estamos a finalizar a imagem que vamos colocar nas bicicletas e, em breve, estarão a circular, numa aposta na mobilidade verde”, adiantou Júlia Rodrigues Fernandes.
Boletim Cultural de Vila Verde congrega textos inéditos e olhares diversos sobre a Revolução de Abril
Com a participação de mais de três dezenas de autores e um conjunto diversificado de olhares e abordagens sobre a Revolução do 25 de Abril, o Boletim Cultural de Vila Verde – Nº 19 foi apresentado publicamente numa sessão marcada pela defesa dos valores da liberdade e da democracia.
“É com chave de ouro, nos 49 anos do 25 de Novembro, outra data marcante do processo de construção da nossa democracia, que encerramos o intenso e amplamente participado programa de comemoração dos 50 anos da Revolução de Abril”, assinalou a presidente da Câmara na sessão de apresentação da obra.
Júlia Rodrigues Fernandes destacou “os textos inéditos, excelentes trabalhos, diferentes olhares e memórias que ficam para as gerações futuras”, através das 230 páginas do Boletim Cultural dedicado ao “25 de Abril de 1974”, agradecendo a participação e o envolvimento de pessoas de diferentes quadrantes.
“É fundamental que continuemos a semear e a fazer florescer os valores, os ensinamentos e as conquistas de Abril, para que se perpetue e, renovadamente, nos inspire e nos impele a fazermos ainda mais e melhor pelo desenvolvimento dos nossos territórios e das nossas comunidades”, defendeu a autarca.
Sublinhando “a ambição e a energia que inúmeros agentes do desenvolvimento local e regional colocam ao serviço do concelho”, Júlia Rodrigues Fernandes fez questão de referenciar o “intenso trabalho individual e coletivo que em Vila Verde se concretiza todos os dias para fazer e dignificar Abril, sempre ao serviço das pessoas”.
No lotado salão nobre dos Paços do Concelho, a sessão incluiu a exibição de dois filmes sobre os momentos da Revolução de Abril apresentados pelo fotojornalista Alfredo Cunha, a par da exposição do coordenador do Boletim Cultural, Aurélio Oliveira, relativamente à compi-
lação de “uma obra democrática e de grande valor cultural e histórico”.
O Boletim Cultural de Vila Verde – Nº 19 conta com um ensaio de Norberto Cunha e testemunhos de autores como, José Manuel Fernandes, Manuel Marques Afonso, António de Sousa Araújo, Manuel Barros, Joaquim Cerqueira, Mário Vilhena Da Cunha, Martinho Gonçalves, Teresa Lago, Mota Leite, Sílvia Mota Lopes, Helena Magalhães, Maria do Céu Nogueira, Henrique Barreto Nunes, Angelino Pereira, Adelino Pinheiro da Silva, Alberto Nídio Silva, Salvador Sousa, Maria Adelina Vieira e Domingos Xavier.
Integra ainda trabalhos de António Correia, Avelino Acácio Cunha, Sílvia Mota Lopes, Maria Emília Martins, Fernando Pinheiro, Júlia Vale e Maria Adelina Vieira. Além dos poemas vencedores do concurso realizado nas escolas, conta também com a participação de Manuela Barreto Nunes, Manuel Martins Costa, António Estrada, numa homenagem aos Democratas de Vila Verde.
O livro fecha com o espaço “25 de Abril de 1974, Quinta-feira” - “Diz-lhes como fomos felizes nesse dia”, dedicado a uma seleção de fotografias de Alfredo Cunha sobre os momentos vividos na Revolução.
SANDE VILARINHO
BARROS GOMIDE
Cerimónia pública evoca ‘sementes’ e dedicação de 45 anos ao serviço da comunidade
Dezenas de pessoas juntaram-se numa cerimónia pública em Rio Mau, para “perpetuar a memória e o reconhecimento” do padre Manuel Agostinho da Silva, sublinhando as marcas de uma vida dedicada às gentes da Ribeira do Neiva e à comunidade paroquial.
Numa cerimónia marcada pela inauguração de um memorial e pela atribuição do nome do padre Agostinho à rua requalificada que liga a igreja paroquial ao cemitério, a presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, Júlia Rodrigues Fernandes, sublinhou o legado de professor e líder espiritual e social.
“As sementes que o padre Agostinho foi lançando, que continuam a dar frutos e a marcar a vida da comunidade local, contribuíram para esta conjugação de esforços e mobilização de diferentes pessoas e instituições, de forma a perpetuar a sua memória e também levar avante um conjunto de obras que dignificam a freguesia e a memória de quem muito deu de si a estas gentes”, afirmou Júlia Rodrigues Fernandes.
Um testemunho sobre o trabalho social do padre Agostinho como professor na telescola de Duas de Igrejas foi deixado pelo presidente da Junta da União de Freguesias da Ribeira do Neiva, José Azevedo, destacando o im-
pulso dado naquelas freguesias para “o conhecimento, a educação e a ética”, sempre numa postura de “conselheiro, educador e amigo”.
Armandina Silva, sobrinha do sacerdote e uma das impulsionadoras da homenagem, agradeceu a todos os que colaboraram, incentivaram e tornaram possível a homenagem em Rio Mau, terra que o padre Agostinho serviu durante 45 anos e que “escolheu ficar para sempre”.
Nas cerimónias participaram o Vigário para o Clero da Arquidiocese de Braga, cónego Vítor Novais, o arcipreste e atual pároco de Rio Mau, padre Sandro Vasconcelos, acompanhados ainda pelos demais responsáveis das paróquias da Ribeira do Neiva.
Padre Manuel Agostinho da Silva, natural de S. Martinho de Sande, Guimarães, nasceu a 23 de maio de 1924. Foi ordenado sacerdote a 21 de dezembro de 1946, no Seminário de Braga. Em 8 de Março de 1947 foi nomeado pároco de Carreiras e Portela no arciprestado de Vila Verde. Dez anos depois foi nomeado pároco de Torre e Portela, no arciprestado de Amares, embora alguns dias depois tenha sido nomeado para a freguesia de Rio Mau, no arciprestado de Vila Verde, uma vez que o lugar ficou vacante. Acumulou por duas vezes a paróquia de Goães, como administrador, e a de Azões, como pároco, de 1991 a 1994.
Durante muitos anos lecionou na Telescola de Duas Igrejas, destacando-se pela sua afabilidade e gosto pela Matemática que facilmente incutia nos alunos. Curioso, inteligente e observador, pesquisava com minúcia manuscritos antigos e ouvia atentamente as histórias das coisas e das gentes que ia registando em apontamentos dispersos, por vezes publicados em jornais da região sobre o pseudónimo de MAGOS.
Em dezembro de 1999 foi substituído, por motivos de saúde, e faleceu a 21 de maio de 2001.
AXIII Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde registou uma adesão recorde de artistas e visitas do público. A exposição contou com a exibição de 102 obras de 74 artistas nacionais e internacionais, oferecendo uma plataforma única para jovens talentos mostrarem a sua criatividade e inovação no mundo da arte contemporânea. Ao longo dos 27 dias de ex-
posição, mais de 700 pessoas passaram pelo Centro de Ciências Gastronómicas de Vila Verde, incluindo artistas de diferentes pontos do país, estudantes e professores ligados às artes, assim como instituições de ensino e sociais, para apreciar. Com o Plano Nacional de Artes como um dos parceiros charneira, o evento beneficiou da participação ativa de artistas e público, no âmbito de um programa extremamente rico e que
consolida a Bienal como evento fundamental para a promoção da arte jovem e para a reflexão sobre o futuro da criação artística.
A Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde é um marco cultural de referência. Nesta edição, foi dada especial atenção aos valores da liberdade e da democracia, numa ligação efetiva à comemoração do cinquentenário da Revolução de Abril.
Sob organização da Câmara Municipal de Vila Verde, a Bienal é, cada vez mais, um espaço de oportunidade e incentivo à liberdade criativa dos jovens, num espaço que se pretende “o mais possível abrangente e inclusivo”.
Na exposição estiveram 102 obras de diferentes modalidades, como pintura, escultura, técnica mista, desenho, vídeo e fotografia, da autoria de jovens portugueses e de países como
França, Itália, Moldávia, Brasil e China.
O evento foi dinamizado com diversas iniciativas que promoveram o diálogo entre arte e público. Entre os momentos mais marcantes da Bienal, destacaram-se as visitas guiadas que permitiram aos visitantes explorar as obras expostas com o acompanhamento de especialistas, além de workshops e conversas com profissionais da área.
Reabilitação de açudes na Malheira e Ponte Nova
Rios Neiva e Vade vão ser contemplados por programa nacional de renaturalização dos rios
Orio Homem foi contemplado com financiamento público para recuperação de açudes danificados pelas cheias do último inverno. O plano ascende a um total de 600 mil euros, abrangendo os concelhos de Vila Verde, Amares e Terras de Bouro. Os rios Neiva e Vade vão também ser alvo de ação de limpeza.
A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho presidiu à cerimónia de assinatura dos protocolos de financiamento das operações, entre a APA-Agência Portuguesa do Ambiente e os três municípios do Vale do Homem: Amares, Terras de Bouro e Vila Verde.
A operação estende-se ainda ao rio Neiva, com um plano de limpezas de excessos de vegetação, junto da linha de água, realizando pequenas podas em vegetação ripícola e o corte em silvados e outras infestantes, na área que atravessa a freguesia da Ribeira do Neiva. Serão igualmente reconstituídos ou reparados pequenos açudes.
A cerimónia de assinatura dos protocolos decorreu na zona fluvial da Ponte Nova, na
Loureira, com a participação do presidente da APA, José Carlos Pimenta Machado, e os presidentes das câmaras municipais de Vila Verde, Júlia Rodrigues Fernandes, de Amares, Manuel Moreira, e de Terras de Bouro, Manuel Tibo.
O âmbito dos protocolos estabelecidos incide sobre os açudes nas zonas fluviais da Malheira, em Sabariz, e da Ponte Nova, na Loureira, num investimento global estimado em cerca de 150 mil euros.
Estas intervenções destinam-se a valorizar a linha de água do rio, para promoção da biodiversidade e habitats, que contribua para implementação da Lei da Água. Foram definidas propostas de intervenção com
vista à melhoria das condições de drenagem da linha de água. Além da intervenção para ações mais urgentes de limpeza e desobstrução do curso do rio na Ribeira do Neiva, a ministra do Ambiente e Energia acedeu à solicitação da presidente da Câmara de Vila Verde, Júlia Rodrigues Fernandes, para uma intervenção mais profunda para os rios Neiva e Vade.
Na presença de vereadores, autarcas das freguesias e responsáveis de instituições dos três concelhos, a governante sublinhou a importância do apoio financeiro para os rios Neiva e Vade no programa de renaturalização dos rios que está a ser desenvolvido no país.
Protocolo entre Câmara de Vila Verde e Universidade
Àdescoberta de um conjunto de monumentos funerários megalíticos, uma equipa de arqueólogos e estudantes da Universidade do Minho esteve no Monte do Oural, para escavações de “um valioso achado patrimonial” construído entre 4000 a 3000 anos ac.
A presidente da Câmara de Vila Verde, Júlia Rodrigues Fernandes, acredita que o trabalho desenvolvido ao abrigo de um protocolo entre o Município e a Universidade poderá levar a um projeto de musealização, estimulando a preservação e a valorização patrimonial e turística daquela zona.
“O nosso concelho é muito rico em arqueologia, com vestígios de ocupações em diferentes épocas, como é o caso da Citânia de S. Julião, em Ponte S. Vicente, e muitos outros locais identificados e que é fundamental disponibilizar às pessoas para visitar e conhecer melhor estes achados e a história das nossas terras e dos nossos antepassados”, defendeu Júlia Rodrigues Fernandes.
Em visita ao trabalho de escavações conduzidas no terreno pelo arqueólogo Luciano Vilas Boas, a autarca vincou a impor-
tância das parcerias com a Universidade do Minho e instituições de ciência e investigação para a valorização do território. Defende novos protocolos que permitam “avançar com outros projetos, em diferentes locais arqueológicos riquíssimos”.
As escavações no Monte do Oural decorrem junto à bacia do Rio Neiva, no âmbito do projeto de doutoramento intitulado ‘Paisagens Mortuárias durante a pré-história recente nas bacias do rio Lima e rio Neiva’, de Luciano Vilas Boas. Pretende abordar as questões relacionadas
VALBOM S. PEDRO
PAÇÔ
VALBOM S. MARTINHO
Universidade do Minho viabiliza escavações Equipa de arqueólogos entusiasmada com descoberta de “valioso achado patrimonial”
com a morte entre o período neolítico e a idade do bronze.
As potencialidades arqueológicas do Monte do Oural estão a entusiasmar o professor e investigador universitário, tendo em conta as informações que vai recolhendo à medida que avançam os trabalhos de escavação e a exploração da zona, onde abundam estruturas preservadas de tempos mais remotos.
“O potencial do sítio é muito maior do que aquele que inicialmente prevíamos. Estamos a perceber que, provavelmente, existirá um átrio, isto é, uma
zona de acesso ao interior do monumento, que pensávamos que estaria destruído, mas aparentemente ele poderá estar ainda bem preservado, o que é uma boa noticia”, revelou Luciano Vilas Boas. Nas escavações iniciais levadas a efeito em 2023, a equipa detetou a existência de um menir, onde os trabalhos estão também a incidir neste Verão, com a ajuda voluntária de estudantes de arqueologia da Universidade do Minho sob a tutela de Ana Bettencourt, diretora de curso e coordenadora do projeto de dou-
toramento de Luciano Vilas Boas.
Conforme explicam os responsáveis do projeto, “o menir não é muito comum no norte de Portugal, mas na bacia do Neiva, da nascente até à foz, existem alguns exemplares”. No caso do Monte do Oural, a especificidade da estrutura é acrescida pelo facto de “estar muito próxima a um monumento megalítico, o que não é nada comum”.
Com vista à valorização desta zona e do património arqueológico, a presidente da Câmara de Vila Verde destaca a aposta num trabalho cuidado e atento, que concilie a preservação com a melhor utilização do espaço pelo público.
“Este é um sítio muito próximo à nascente do rio Neiva e que ficou muito valorizado pelo Baloiço do Oural. Temos uma vista fantástica e fabulosa de toda esta natureza extraordinária. Com boas condições climatéricas, conseguimos ver o mar. É uma paisagem brutal, um local fabuloso para contemplação da natureza. Mas todo este trabalho tem de ser feito com muito cuidado, de forma muito restrita e muito cautelosa para não des-
truirmos o que aqui está”, partilhou Júlia Rodrigues Fernandes.
A autarca adverte que os visitantes devem “vir com responsabilidade, no sentido de perceber que é um local que tem de ser protegido, onde dispomos de estruturas muito valorizadas e ricas”. Reforçou que os investimentos a concretizar visarão também “sensibilizar e educar a população para a importância destes achados, para que os possam igualmente respeitar e proteger”.
As mamoas – também designadas por antas e que normal-
mente datam de 4.000 anos a.C. – foram construídas pelas primeiras comunidades de pastores e agricultores. Destinavam-se a albergar os mortos, provavelmente de maior prestígio social das comunidades da época. Eram construídas com terra e pedras, contendo no interior uma câmara funerária. No tempo neolítico, estas câmaras funerárias tinham uso de longa duração, isto é, não eram sepulturas individuais, mas coletivas, para conter vários corpos de pessoas supostamente importantes na comunidade.
As comemorações dos 50 anos da Revolução do 25 de Abril mobilizaram, em Vila Verde, movimentos e pessoas de diferentes gerações numa “verdadeira manifestação democrática, para valorizar a determinação no processo de construção de um concelho cada vez melhor para todas as pessoas”.
Foram 50 iniciativas com que o Município quis assinalar os 50 anos da Revolução, num programa que culminou a 25 de novembro com a apresentação do Boletim Cultural.
“Continuar Abril é uma missão permanente pela paz e pelo progresso das nossas terras e das nossas gentes”, projetou a presidente da Câmara Municipal, Júlia Rodrigues Fernandes, na sessão solene comemorativa, marcada por diversos momentos de animação cultural inspirados na Revolução dos Cravos.
O programa comemorativo do Município para os 50 anos da Revolução contou com a participação e o envolvimento de autarquias locais, associações e outras instituições, escolas e
agrupamentos de escolas, empreendedores e Vilaverdenses em geral.
“Todos juntos, trabalhamos de forma articulada e em rede. Vamos continuar esta caminhada iniciada há 50 anos, por Portugal e por Vila Verde”, apontou a autarca, desafiando particu-
larmente para o trabalho no concelho, que pretende “cada vez mais moderno e competitivo, mais justo e inclusivo, mais solidário e cada vez mais atrativo”.
Foi um ano de eventos diversos, desde manifestações de rua, espetáculos, conferências e
exposições, incluindo uma sessão plenária da Assembleia Municipal Jovem, com intervenções de representantes dos diferentes níveis de ensino do concelho de Vila Verde e interpelações à presidente do executivo camarário, Júlia Rodrigues Fernandes, sobre diversas temáticas.
O programa proporcionou ainda um musical inédito, que decorreu na Adega Cultural, sob organização da Academia de Música de Vila Verde, com a participação de elementos da Escola Secundária, da EPATV e dos agrupamentos de escolas do concelho.
VILA VERDE BARBUDO
“processo
VILA DE PRADO
Com o Lenço de Namorados como fonte de inspiração para a criatividade e inovação a programação “Fevereiro 2025 – Mês do Romance” proporcionou o lançamento de 21 novos produtos da marca Namorar Portugal. No ‘mês mais longo do ano’ em Vila Verde, houve espaço para saraus, desfiles, concertos de música, lançamento de livros, trilhos e caminhadas. Estiveram envolvidos mais de 80 parceiros, assim como 16 unidades de alojamento e nove restaurantes, a par de outros espaços de dinamização económica. “É uma programação muito rica e diversificada, sempre assente na aliança entre tradição e modernidade, garantindo uma mais-valia única e diferenciadora do concelho, com impacto importante para a economia, cultura, turismo e dinamização social”, apontou a presidente da Câmara de Vila Verde, Júlia Rodrigues Fernandes.
Disponíveis ao público estiveram ainda oito exposições, sempre associadas aos Lenços de Namorados: Câmara Municipal de Vila Verde, Centro de Dinamização Artesanal e Espaço Namorar Portugal, Lojas Interativas de Turismo (LIT) de Vila Verde, de Braga e do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, EB 1,2,3 da Ribeira do Neiva, Casa da Cultura de Cabeceiras de Basto.
BOLETIM INFORMATIVO Nº 32/33/34
MARÇO 2025
Uma noite de S. Valentim de magia, emoções fortes, muita alegria, luz e cores inspiradas na tradição do Lenço de Namorados. Foi assim a Gala Namorar Portugal, num desfile de moda que consolida a referência de Vila Verde como “capital do amor”.
Com a “sempre irreverente” apresentação de Filomena Cautela e ambiente musical ao ritmo da cantora Anabela e da Orquestra Viv’Arte, jovens criadores de moda e estilistas consagrados juntaram-se num grande espetáculo com mais de 600 pessoas a assistir, na Adega Cultural de Vila Verde.
A Gala é o momento alto de toda a programação “Fevereiro – Mês do Romance”, com mais de 50 iniciativas associadas ao Lenço de Namorados e à marca Namorar Portugal. “É o grande tributo a todos os que continuam a fazer dos Lenços de Namorados uma arte intemporal”, apontou a presidente da Câmara de Vila Verde, Júlia Rodrigues Fernandes.
Resultado da aliança estratégica entre tradição e inovação – sempre com o Lenço de Namorados como tema central –, 61 coordenados assinados por jovens participantes do XXI Concurso Internacional de Criadores de Moda desfilaram ao lado de propostas dos estilistas consagrados Rafael Freitas e Anabela Baldaque.
Um grupo de alunos da TEXAVE – Escola Profissional do Ave venceu o concurso, graças a um conjunto composto por um macacão branco e casaco azul com recortes singulares, bordados com os tradicionais motivos dos Lenços de Namorados.
“Este prémio é um grande incentivo. Queremos mais, queremos seguir a área da Moda”, reagiu a emocionada Ana Margarida Correia, acompanhada pelos colegas e coautores do coordenado 51, Tiago Pinto e Chissola Rodrigues e Margarida Oliveira.
O concurso – que contou com participações de Espanha e Bulgária – distin-
guiu ainda trabalhos de formandos da CEARTE Coimbra, da Casa Pia de Lisboa e Escola de Tecnologia e Gestão de Barcelos, a par de trabalhos individuais de Daniela Gonçalves Araújo, Marisa Marinho e Aline Malheiro de Santana – que conquistou o Prémio McDonalds para o melhor coordenado infantil.
Como vincou a autarca Júlia Rodrigues Fernandes, “o Lenço de Namorados, que
as mulheres do Minho bordavam no século XVIII para exprimir os seus sentimentos e sinalizar uma relação amorosa, continua hoje a transmitir, aos quatro cantos do mundo, uma mensagem muito forte de amor, de paz, de justiça e de solidariedade”. Por isso, é um ícone do concelho de Vila Verde e um produto estratégico de desenvolvimento cultural, social e, sobretudo, económico.
1º Prémio: Coordenado 51 – TEXAVE –Escola Profissional do Ave (Tiago Pinto, Ana Margarida Correia, Chissola Rodrigues e Margarida Oliveira)
2º Prémio: Coordenado 47 – CEARTE Coimbra (Formandos do curso de Tecelagem de Vila Verde sob orientação de Fernando Rei)
3º Prémio: Coordenado 39 – Casa Pia de Lisboa (Tara Chaves e Marta Tavares)
Prémio Jovem Revelação: Coordenado 43 – Casa Pia de Lisboa (Maria Canaço, Nelida Soares, Raissa Furtado e Williane Anjos)
Prémio do público: Coordenado 9 – Daniela Gonçalves Araújo
Prémio Impacto Visual: Coordenado 8 –Marisa Marinho
Prémio Delta Cafés: Coordenado 53 –ETG, Escola de Tecnologia e Gestão de Barcelos (Ana Costa, Beatriz Miranda, Catarina Gomes, Cristina Fuca, Daniela Queirós, Inês Meira, Lara Gonçalves, Mafalda Vilas Boas, Maria Sousa, Mariana Sampaio, Soraia Fonseca e Margarida Lemos)
Prémio McDonald’s: Coordenado 13 –Aline Malheiro de Santana