Suicídio - Outubro/2017

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EDIÇÃO 10 - ANO 2 - Nº 10 - OUT/2017

Suicídio


Índice

EDIÇÃO 10 - ANO 2 -Nº 10 - OUT/2017

02 Biografia 03 Quando hábitos abreviam encarnações 04 Acima de tudo, uma luz brilha sobre nós 05 Entretenimento 05 MEEF Responde 06 Ame-se!

Esta é uma revista confeccionada e produzida pela Mocidade Espírita Eurydes Ferreira (MEEF) do Centro Espírita e Ins tuição Caminho da Luz (CEICAL), de circulação interna, sem fins lucra vos e de distribuição gratuita.

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EDIÇÃO 10 - ANO 2 -Nº 10 - OUT/2017

Editor: Matheus Vieira Peres Revisor Geral: Alfredo Henrique C. de Paula Colaboradores: Abraão Brito Elias Amanda de Castro Amanda Le cia Amaral Souto Iasmin da Silva Brito Vinícius Passeri Moraes de Souza Impressão: Murillo Toledo Montagem: Matheus Vieira Peres


Biografia

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Marlene Nobre

arlene Rossi Severino Nobre, nascida em Severínia, interior do Estado de São Paulo, em 1937, filha de pais espíritas – Pedro Severino Júnior e Ida Rossi Severino, ambos trabalhadores a vos do movimento espírita. Graduou-se na Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro em 1962 e depois fixou residência junto aos seus pais, na Capital Paulista, onde teve oportunidade de trabalhar no Hospital das Clínicas de São Paulo. Posteriormente, conseguiu atuar nos Hospitais Broca e Boucicault, ambos em Paris. Durante mais de 30 anos foi médica até aposentarse em 1994.

Espírita”; autora de vários livros como “O passe como cura magné ca”, “Chico Xavier – Meus pedaços do espelho”, entre outros. Era membro do Conselho Nacional das En dades Especializadas da FEB, órgão instalado em 2014. Dra. Marlene desencarnou na manhã do dia 5 de janeiro de 2015, no litoral paulista, após uma encarnação de dedicação ao bem e iluminação de mentes e corações.

Entre os anos de 1957 a 1962, Marlene esteve diretamente ligada ao movimento espírita em Uberaba, par cularmente aos trabalhos da Comunhão Espírita Cristã (CEC), junto a Chico Xavier. Além das tarefas nas sessões públicas da CEC, deu aulas de moral cristã na evangelização infan l do Centro Espírita Uberabense e conduziu dois programas de rádio. No dia 30 de março de 1968, tornou-se a primeira secretária da recém fundada Associação MédicoEspírita de São Paulo. Muitos de seus colegas uniram-se sob a inspiração de Batuira e Bezerra de Menezes, através do médium Spartaco Ghilardi, para lançar as bases do movimento médicoespírita no Brasil. Com a desencarnação de seu marido Freitas Nobre no dia 19 de novembro de 1990, foi chamada, cerca de quinze dias depois, por Dr. Bezerra de Menezes para a tarefa de unir colegas e formar a AME-Brasil. A par r daí começou uma outra etapa em sua vida, porque ficou ainda mais ligada ao movimento médico-espírita, sem, no entanto, abandonar nenhuma das tarefas a que estava anteriormente vinculada. A líder espírita foi fundadora do Cenro Espírita Cairbar Schutel, em São Paulo, e da Associação Médico-Espírita (de São Paulo, do Brasil e a Internacional); juntamente com Freitas Nobre fundou também o jornal e a Editora “Folha

Marlene Nobre

Informações extraídas de: h p://www.diasdacruz.org.br/2014/07/15/entrevistacom-marlene-nobre/ h p://www1.folha.uol.com.br/co diano/2015/01/157320 2-marlene-rossi-severino-nobre-1937-2015---uma-vidapela-causa-espirita.shtml

por Iasmin da Silva Brito EDIÇÃO 10 - ANO 2 -Nº 10 - OUT/2017

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Ar go Quando hábitos abreviam encarnações ‘’Amai, então, a vossa alma, mas cuidai também do corpo, instrumento da alma. Não cas gueis o corpo pelas faltas que o vosso livre arbítrio o fez cometer e do qual ele é tão responsável quanto o cavalo malconduzido é pelos acidentes que causa." (Allan Kardec, Evangelho Segundo o Espiri smo)

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ostamos de pensar que estamos no controle o tempo todo, que usamos nossa mente e livre arbítrio para tomar todas as decisões. Mas, infelizmente, a maioria das ações que empreendemos todos os dias é fruto de vários hábitos automa zados. Esses hábitos influenciam nossos pensamentos e ações, seja no comportamento em casa, no trabalho, como nos alimentamos, se fazemos ou não exercícios sicos, etc. E justamente por esse mo vo, precisamos estar atentos aos hábitos nega vos que construímos ao longo do tempo. Com alguns já estamos bastante familiarizados, a exemplo das consequências do excesso de cigarro, álcool, drogas (lícitas ou ilícitas), má alimentação, etc. Entretanto, muitas vezes esquecemos ou ignoramos outros hábitos, que também nos adoecem e abreviam nossa encarnação. Segundo Emmanuel, em O Consolador, todas as doenças, antes de se estabelecerem no corpo material, têm um ascendente espiritual. A doença não é uma causa, é uma consequência proveniente das energias nega vas que circulam por nossos organismos espiritual e material. O controle dessas energias é feito através dos pensamentos e dos sen mentos. Portanto, a indisciplina mental e emocional provoca o desequilíbrio dessas energias, o que gera as doenças. André Luiz, na obra Nos Domínios da Mediunidade, explica que "assim como o corpo sico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também o organismo perispiritual absorve elementos que lhe degradam, com reflexos sobre as células materiais".

Ele também afirma que "se a mente encarnada não conseguiu ainda disciplinar e dominar suas emoções e alimenta paixões (ódio, inveja, ideias de vingança), ela entrará em sintonia com os irmãos do plano espiritual, que emi rão fluidos maléficos para impregnar o perispírito do encarnado, intoxicando-o com essas emissões mentais e podendo levá-lo até a doença". Nossos hábitos de egoísmo, orgulho, ódio e inveja estão abreviando nossa encarnação, diariamente. É uma forma de suicídio indireto ou inconsciente. E como podemos modificar esses hábitos? Tudo começa pelo autoconhecimento, através da avaliação dos nossos próprios atos, dia após dia. Além disso, é necessário desenvolver uma intenção verdadeira e consciente de autoaperfeiçoamento, para dar início à prá ca constante de mudança dos nossos hábitos equivocados. Contamos, ainda, com a vasta literatura da nossa doutrina consoladora, sempre que desejarmos. Para mudar esses hábitos, no Livro de Respostas, Emmanuel, de forma bastante didá ca, traz diversos ensinamentos valiosos, os quais merecem destaque: Quanto possível, procura acostumar-te ao bem. Pensa e fala no bem. Age, fazendo o bem, tanto quanto puderes. Um dia, compreenderás que a pessoa, seja ela quem for, somente crê e tão só admite aquilo que cul va no próprio coração. (Capítulo 11) Ninguém se eleva, sem esforço máximo da vontade, dos campos do hábito para as regiões iluminadas da experiência. Entretanto, ninguém a nge as múl plas regiões da experiência sem passaportes adquiridos nas agências da dor. (Capítulo 23) Assim, pouco a pouco, conseguiremos melhorar a qualidade de nossos pensamentos e a tudes, buscando sempre a saúde sica e emocional. De forma que nossa encarnação seja abreviada o menos possível, e possamos aproveitar ao máximo essa valiosa oportunidade de aprendizado e evolução. A tarefa requer esforço e dedicação, mas disso nós mesmos já sabíamos ao planejar esta existência no plano espiritual. Por isso, não desanimemos! por Abrão Brito Elias

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Ar go

Acima de tudo, uma luz brilha sobre nós aparentemente impossível. Em cada momento da Não te mates em vão, Por mais te fira a provação Não olvides que Deus está con go. O sofrimento é vida que te apruma, Não acharás a morte, em parte alguma… Declaras-te infeliz, tens o peito magoado, Afirmas que ninguém te dá valor, Que não passas de um ser estranho e sofredor, A morrer de amargura e desagrado; Por maior seja a angús a em que te expresses, Tens con go a razão por dom divino, Podes modificar o teu próprio des no.¹

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odos nós temos que lutar para não estar constantemente em sintonia com as trevas. Vivemos angus osos processos de aflição, próprios de um planeta de provas e expiações. Quando o sofrimento nos bate à porta, como espíritas, queremos apenas ques onar os mo vos que o trouxeram até nós, porque entendemos que algum mo vo existe para a dor e ela serve para o nosso aprimoramento espiritual. Mas, vivenciar esse entendimento é tarefa di cil de ser executada. Como rar da cabeça a ideia de que tudo está perdido e que, apesar do nosso esforço, o problema parece não ter solução? e que nenhum sofrimento parece ser maior que esse? A exemplo do que ocorre em um vídeo game, no qual a cada nova fase o grau de complexidade aumenta, as dificuldades na Terra também se manifestam em diferentes graus. Cada experiência reencarnatória é desafiadora, árdua e, certas vezes,

reencarnação, passamos por situações que exigem muito de nós. Um dos primeiros desafios da existência é aprender a andar. No início, é muito di cil. A criança tem dificuldades para dar um único passo sem cair de cara no chão, pois ela se desequilibra, fica com medo, desespera-se e até se machuca algumas vezes. Depois de algumas tenta vas sem sucesso ela sente-se frustrada e muitas vezes chora, mas logo está ela lá tentando de novo, com um sorriso gigante de contentamento quando consegue a ngir o obje vo. Com o tempo, o ato de andar se torna quase insignificante, pois ela opera os movimentos com muita facilidade e sem nem precisar prestar atenção. Quando crescemos os desafios passam a ser outros, tão di ceis quanto aprender a andar, só que em uma fase mais avançada da vida. Por isso, naturalmente con nuamos tendo momentos de desequilíbrio, medo, desespero e, inclusive, caímos e nos machucamos algumas vezes. Nesses instantes, em que a vontade de desis r for gigante, é necessário respirar e lembrar que somos Espíritos imortais, que já aprendemos a caminhar várias vezes em diversas situações e estamos diante de possibilidades infinitas de aprendizado e crescimento e possuímos todo o apoio dos que estão ao nosso redor, encarnados e desencarnados, inclusive de Jesus. Joanna de Ângelis nos diz que no começo o processo evolu vo é assinalado por dores com intervalos de bem-estar, até que o Espírito consiga gozar da tranquilidade com breves presenças do sofrimento, culminando com a plenitude sem aflição. Por isso, nos momentos de tristeza estamos caminhando rumo à fase de maior paz. Quando ideias de aniquilamento rondarem nossas mentes, procuremos lembrar que somos maiores que tudo que enfrentamos e busquemos superar as dores que nos impedem a alegria de viver, tentando encontrar os verdadeiros mo vos que afligem a alma ao ponto de pensar em suicídio: uma mágoa não resolvida, um orgulho ferido, ou qualquer outro. O fundamental é não desis r até encontrar a solução para esse conflito interno e pensar na luz divina que brilha “quando a noite está nublada [...] até de manhã”, deixando, como diria Paul McCartney é só “deixar estar” que “haverá uma resposta”.

¹: DOLORES, Maria. Coração e Vida, capítulo 23.

por Amanda Le cia Amaral Souto

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MEEF Responde 1. O que leva uma pessoa a cometer o suicídio? A pessoa se direciona ao suicídio quando está ocioso, com falta de fé e quando está saciada com a vida terrena que possui. Porém, para aquele que torna sua vida ú l de acordo com suas capacidades e não se entrega à ociosidade, o trabalho nada tem de árduo e a vida se escoa mais rapidamente. Esse suporta as dificuldades com paciência e resignação e obtém a felicidade mais concreta e mais durável (Questão 943 de O Livro dos Espíritos).

2. Quais as consequências do suicídio para o suicida no plano espiritual? Para cada caso existe uma consequência, mas, no geral podemos citar quatro delas: a) O espírito que comete suicídio abaixa o seu campo vibratório, podendo sofrer todo po de sensações de níveis mais baixos, por decorrência da culpa. No mundo espiritual, a consciência do ser tem voz muito mais a va que no mundo corporal, de modo que o suicida pode sofrer por muitos anos de uma culpa que corroi seu psiquismo, levando-o à beira da loucura espiritual.

b) Em alguns casos, o suicida fica tão fora de si que acaba sendo presa fácil dos vampiros – Espíritos desencarnados que sugam a energia do indivíduo em sofrimento após a desencarnação. c) Algumas vezes, ao desencarnar o suicida é levado para lugares específicos no umbral, a exemplo do “Vale dos Suicidas”, narrado Camilo Castelo Branco, no livro psicografado por Yvonne Pereira chamado Memórias de um suicida. d) Ao reencarnar muitos suicidas vem com o órgão que foi atacado pelo ato suicida danificado. Isso ocorre, às vezes, no suicídio indireto, em que a pessoa faz a si um mal de forma consciente, porém sem intenção direta de matar o organismo sico, como os fumantes, os quais podem, por exemplo, reencarnar com problemas pulmonares.

Para mais detalhes, recomendamos a leitura da questão 154 na obra O Consolador.

por Vinícius Passeri Moraes de Souza

Entretenimento

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Ar go

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Ame-se!

iante do sucesso do outro, há aqueles que optam por diminuir-se e entrelaçar-se naquele torturante silêncio em que o indivíduo pensa não ser capaz de nada simplesmente porque o outro é.

Ame-se de maneira saudável! Você é capaz. Se o seu próximo conseguiu alcançar algum obje vo admirável, você também pode conseguir, e não só você como qualquer outro em sua volta.

Em contrapar da, há também aqueles que veem em si mesmos verdadeiros deuses, a ponto de subir em patamares cada vez mais materialmente altos sem notar onde – ou em quem – estão pisando.

Respeite suas capacidades, e respeite as dos outros! Aprenda a olhar o que está ao seu redor e a construir seus valores com base no que mais importa: a evolução.

A verdade é que, como muita coisa hoje em dia, o nível da autoes ma das pessoas vem sendo 8 ou 80. Ou são o cordeiro, ou são o leão. Ou lixo, ou luxo. Simples assim.

Lembre-se: todos erram, por isso estamos aqui, encarnados. Devemos evitar os erros, mas se tropeçarmos uma vez ou outra, podemos usar a prece – nosso merthiolate que não arde – e seguir em frente!

Mas, o extremismo faz mal.

Seja mais você <3

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