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ertamente neste inicio de 3º Milênio, nenhuma atividade humana terá crescido tanto quanto o turismo no Mundo. Há nações que desde tempos imemoriais faziam do turismo a base principal de sua economia, todavia, eram poucos Países. Hoje são mais de uma centena. Em realidade, com mais de 7 bilhões de habitantes, a terra é um formidável formigueiro, movimentando-se sem parar. A chamada globalização aproximou os povos, abriu caminhos, encurtou distancias. Assim, é fundamental que todos estejam preparados para esse novo mundo, aproveitando aquilo que melhor possuam. Nosso País, lamentavelmente, neste assunto, tem andado à reboque dos acontecimentos. Países com menos potencial turístico que o Brasil, recebem mais de 30 milhões de turistas por ano, enquanto nosso País recebe míseros 6 milhões. As razões, todas sabemos, assim como sabemos que se o País cuida assim tão pouco do seu turismo, imagine-se o que acontecerá nos Estados e Municípios. Desse modo, cada unidade há de cuidar de seus interesses no campo do turismo, pois esta chamada “indústria sem chaminés”, representa, na atualidade, uma questão essencial de sobrevivência. Pois bem, nesta importante e estratégica alternativa de desenvolvimento, como ficam Unaí e nossa região? Creio que ficamos bem, senão a curto, pelo menos a médio prazo. Potencialidades as temos, resta desenvolve-las. Deixando de lado as mais distantes, no tocante às grutas e cavernas, temos Tamboril, Gentio e

sapezal, que podem ser exploradas satisfatoriamente. Mas impõe saber, desde logo, que o turismo moderno exige certos confortos. Tirante os que gostam de aventuras mais radicais, o turismo moderno requer condições mínimas de bem - estar e decente sobrevivência. Quando se imagina que as belezas naturais foram colocadas por Deus à nossa disposição a custo zero, parece perfeitamente razoável que gastemos alguns recursos para que a mão do homem adapte às condições modernas aquilo que a natureza tão dadivosamente nos ofereceu sem custo. As cachoeiras da Jiboia, do Queimado, Galho da Ilha, Buritizinho e outras, estão à espera dessa “ajuda” do homem, completando a obra Divina. Mas, além do conforto há que pensar na preservação ambiental, condição indispensável para quem desenvolva qualquer planejamento rural. As noções de conforto de higiene no mundo moderno, estão extremamente evoluídas, seja no meio urbano, seja no meio rural, valendo observar que o turista moderno busca cercarse de razoável conforto, além de ser, ele próprio um exigente fiscal do trato com a coisa Ambiental. Sem embargo destas noções elementares de higiene e conforto, nós, que desfrutamos de extraordinárias belezas naturais, haveremos de dotá-las das exigências modernas, sem se esquecer da gastronomia unaiense, hoje bastante farta, pois, além da tradicional comida mineira, dispomos também de gastronomia herdadas com os que chegamos a Unaí trazendo tradições de suas Terras, desde o pato no tucupi até arroz

carreteiro e as demais cozinhas nordestinas, goiana e mato-grossense. De fronte de tantos elementos chamativos, devemos cuidar da parte diretamente ligado aos recursos turísticos, bastante pródigos para quem se aventure principalmente no turismo rural, pois, estamos cercados de populações sequiosas de um pouco de vida rural para contrapor-se ao tumultuo da vida cotidiana numa cidade como Brasília, da qual distamos apenas 170 quilômetros. Que venham nossos dirigentes Municipais e Estaduais ao encontro de tais reivindicações, compondo conosco a sociedade, os clubes de serviço e as entidades sociais, unindo-nos em torno desse auspicioso segmento social de grande previsão para nossas economias. Oxalá !

Altir de Souza Maia Advogado, Presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Unaí e da AULA (Academia Unaiense de Letras e Artes)


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