Atelier IX 2

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Mário Pedro Raposo dos Anjos

EUVG-070031

O referencial, linha de ferro, foi desfeito embora tenha sido criada uma linha à qual se chamou de “linha do movimento”, que contrasta com o restante pavimento pelo facto de ser executada em lajetas de granito – Pedras Salgadas 90cmx30cmx10cm(cxlxh) perfazendo uma largura total de 140cm. Esta linha tem como objectivo guiar as pessoas que por ali passam, sendo de referência como a antiga linha de ferro, é um elemento que se desvia do antigo percurso da ferrovia e revela o que de melhor se poderá retirar deste parque urbano.

A “linha do movimento”, pontuada pelos equipamentos desportivos, de cultura e de lazer, procura não ser franca na abordagem a estes pontos de interesse, quer-se sim uma aproximação que desperte o interesse dos que nela passeiam. O Jardim de Cheiros, por exemplo, aparece como uma muralha alta (encerrada em si mesma) com uma entrada que se vislumbra numa das paredes laterais sem contactar com a linha guia. É neste tipo de jogo / relação que se apostou para a intervenção geral criando situações de tensão e de descompressão, estreitamento e alargamento, possibilitando visibilidade total para os vários talhões ou não com a densificação da arborização. A ocupação destes talhões ajardinados foi pensada um pouco como Cerdà pensou o plano de expansão de Barcelona, o conjunto de talhões ora se fecha a quem passa pela linha do movimento, ora forma uma clareira, ora indicam corredores. Estes estilhaços não funcionam sozinhos mas sim em conjunto, dando todo o sentido à unidade de intervenção.

Coimbra, 15 de Fevereiro 2012

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