revista

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Ano 14 Dezembro 2011

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textos: Reportagem:

Foto: Marquinho Silveira

Vem aí!!! 2012

Alissa Durkes Darlan Corrêa Marcos Mendes Paula Greco Zenólia Almeida

Entrevista:

Lierte Júnior

Rodrigo Ferreira Timotéu 1




ENTREVISTA

Lierte Júnior Estamos no limiar de um ano novo, ano de eleições municipais, quando elegeremos prefeito e 21 vereadores. O xadrez político já começou a ser montado e nada mais adequado do que uma entrevista com viés político. Assim, os colaboradores – entrevistadores da Movimento e sua direção resolveram entrevistar Lierte Junior, um vereador de primeiro mandato, combativo e polêmico. O agendamento foi feito e o casal Lena e Adolpho recebeu entrevistado e entrevistadores para um bate papo animado que durou horas. A novidade, nesse caso, foi a participação do jornalista Carlos Albuquerque que se juntou à Valeria Alves, Lincoln Byrro e ao casal anfitrião com a missão de extrair a maior quantidade possível de informações do vereador. Lierte tem uma boa formação acadêmica e é muito articulado, o que facilitou a entrevista, tornando – a ágil e produtiva. Alem de muita política, Lierte falou também de sua vida pessoal e sobre sua trajetória como pastor evangélico. Os leitores poderão apreciar a entrevista da página 22 à 30.

SUMÁR

IO

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Reportagem

62

turismo Aruba e Curaçao

Vem aí! 2012

10 Olha o Passarinho 12 Qualquer Coisa 14 Zenólia de Almeida 16 Darlan Corrêa 18 Marcos Mendes 20 Suruba 22 Entrevista Lierte Júnior

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50 Gente Que Faz 52 Alissa Durkes 56 Empresas & Negócios 66 Receita


e d itori al Vivemos em clima de fim de ano, quando, em geral, se renovam as propostas para o curso dos empreendimentos, dos projetos, das vidas. A revista Movimento comemora mais um ano de muitas realizações e de sucesso. Reuniu, então, clientes, patrocinadores, agências, colaboradores e amigos para celebrar. O salão do Ilusão, onde se deu o coquetel de confraternização, foi o palco para essa noite de brindes, e o leitor poderá acompanhar. pelas fotos, o alto nível das presenças, num evento simples, mas digno do sucesso da revista. Na presente edição, além dessa e de diversas outras coberturas de eventos sociais e empresariais, temos os colaboradores habituais, brilhantes como sempre, as seções permanentes, e uma instigante entrevista com o vereador Lierte Júnior. Na capa e na matéria das páginas 6 e 7 trazemos o odontólogo Rodrigo Ferreira Timóteu. Desfrute a última edição do ano. A todos desejamos que tenham um bom Natal, e que o ano de 2012 seja ótimo.

Boas Festas, e até a próxima.

Capa: Rodrigo Ferreira Timóteu Veste camisa BackStage Foto capa: Marquinho Silveira

EXPEDIENTE REVISTA MOVIMENTO CNPJ: 03379370/0001-70 Endereço : Av. Brasil , 3.277 – Sala 06 Diretora : Lena Trindade Conselho Editorial : Lena Trindade , Adolpho Campos Jornalista Responsável : Francisco Teixeira –Profissional : 1305/MG Colaboradores : Adolpho Campos , Alissa Durkes, Darlan Corrêa , Marcos Mendes, Zenólia de Almeida , Paula Greco, Carlos Albuquerque, Valéria Alves Revisão : Tarciso Alves Diagramação : Alderson Cunha (Kila) Foto Capa : Marquinho Silveira Fotos : Ramalho Dias, Lena Trindade, Marquinho Silveira Impressão : Lastro Editora As opiniões emitidas em artigos assinalados e declarados são de total responsabilidade de seus autores .

CONTATO COMERCIAL rmovimento@gmail.com (33) 3271.9240 / 9974-8892 / 8403-1434 www.revistamovimento.com

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Dr. Rodrigo Conhecimento e experiência a serviço da saúde bucal O trabalho do cirurgião dentista Dr. Rodrigo Ferreira Timóteu comprova que competência não tem idade. A dedicação deste jovem profissional, sua busca constante pelo aperfeiçoamento, aliada à grande experiência já adquirida em consultório proporcionam os excelentes resultados obtidos por ele na área de implantes dentários e outros procedimentos afins. Um talento herdado da mãe, Dra. Edir Dias Ferreira Timóteu, hoje já falecida, mas que até 2008 atuou na odontologia em Governador Valadares, sempre com grande competência; e lapidado com muito estudo e prática. Formado pela Univale em 2006, o Dr. Rodrigo já tem duas especialidades: Implantes e Periodontia (tratamento de doenças da gengiva); e atualmente está fazendo outra pós-graduação, desta vez em Prótese Dentária. Em seu consultório, O Dr. Rodrigo realiza cirurgias avançadas, instalações de implantes e outros procedimentos estéticos, como clareamento a laser, restaurações e todos os tipos de próteses que proporcionam a pessoas de todas as idades a satisfação de um sorriso mais bonito e saudável, utilizando, para isso, diferentes técnicas, de acordo com as características e necessidades de cada paciente. Foto: Marquinho Silveira

CLÍNICO GERAL ESPECIALISTA EM PERIODONTIA ESPECIALISTA EM IMPLANTE PÓS-GRADUANDO EM PRÓTESE DENTÁRIA


Ferreira Timóteu: Enxertos ósseos: Esta técnica reconstrói a altura e espessura do osso para instalação do implante. O material para enxerto pode ser retirado do próprio paciente (em geral da parte posterior da mandíbula), banco de ossos (ossos humanos, captados e tratados por central de transplante) ou feito com os chamados Bio-materiais, que são produzidos em laboratório, mas também proporcionam resultados positivos cientificamente comprovados.

Dentadura fixa

(protocolo superior ou inferior):

Implantes dentários curtos:

Overdenture

(dentadura sobre implante removível):

Utilizando materiais que necessitam de menor profundidade para fixar o implante, aumenta a possibilidade da sua instalação onde não é viável realizar a cirurgia de enxerto ósseo.

Cirurgias Periodontais: Tratamento de doenças da gengiva e cirurgias de enxerto de gengiva.

Extração do dente 3°molar (dente siso): As dentaduras fixas são uma ótima opção para quem precisa usar dentadura. O resultado é mais natural e muito mais confortável. Quem já faz uso de prótese total convencional poderá desfrutar do alto grau de estabilidade da dentadura fixa, que permite conversar com mais segurança e se alimentar melhor, proporcionando uma vida nutricional mais saudável e até a melhoria na degustação do sabor dos alimentos já que o “céu da boca da dentadura” é removido, ficando apenas a parte que sustenta os dentes.

É um órgão dentário que, mesmo completamente desenvolvido, não fez sua erupção na época normal, o que pode levar a sérios danos à arcada dentária; mas todo o procedimento deve ser avaliado para saber se realmente há indicação para extração.

A dentadura sobre implante removível é uma opção em alguns casos em que é possível instalar um menor número de implantes trazendo uma maior estabilidade pra prótese inferior ou superior.

Placa de bruxismo: O estresse do dia a dia, problemas de mordida (dentes mal posicionados) e distúrbios emocionais podem provocar o bruxismo, que é um apertamento ou ranger dos dentes durante o dia ou apenas ao dormir. Isso faz com que os dentes se desgastem de forma destrutiva, podendo também gerar ou agravar problemas periodontais, e em alguns casos pode levar a problemas na articulação (ATM), gerando dores na musculatura da face e dores de ouvido(otalgia). O uso da placa é indicado nessas e outras situações após a realização de exames.

Rua Barão do Rio Branco, 480 - Sl. 102 - Ed. Work Center | Ceentro - Gov. Valadars Tel.: (33) 33 3271-6533

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VOCÊ BUSCA QUALIDADE. ELES QUEREM TECNOLOGIA.

NO COLÉGIO MODELO O mundo mudou, assim como as necessidades dos alunos e as exigências do mercado de trabalho acompanharam tal tendência. Hoje, para garantir o desenvolvimento e formação integral das crianças, adolescentes e jovens, é preciso contar com um conteúdo atualizado e, principalmente, que interaja e estimule esse público tão exigente. Sendo assim, as escolas necessitam criar formas efetivas de atuação, para atender uma geração conectada. Com uma trajetória de inovação e proposta de trabalho comprometida com seus alunos e familiares, o Colégio Modelo acredita que cabe à escola o compromisso de transformar o ensino em conhecimento, auxiliando os alunos a obter sucesso em sua vida acadêmica. “Sabemos como é fantástico estar à frente sem deixar ninguém pra trás”. A partir desta proposta nasceu a parceria com uma das maiores referencias de Ensino no Brasil: SISTEMA COC DE ENSINO.

O Colégio Modelo, a partir de 2012, traz, para a sala de aula, inovações tecnológicas que contribuem de forma significativa para a evolução do ensino. Para isso se uniu ao pioneirismo e a tecnologia educacional do Sistema COC de Ensino. Desta forma, há interação entre tradição de ensino e as ferramentas e os métodos que facilitam o aprendizado dos alunos, estimulando o habito do estudo diário, garantindo um ensino de excelência no qual vem resultando um percentual de aprovação muito alto nos vestibulares de outras conceituadas Instituições de ensino, como também a evolução acadêmica de seus alunos. Os professores do Colégio Modelo dispõem de uma ferramenta diferenciada e extremamente atraente para enriquecer seu trabalho e motivar seus alunos, levando-os a resultados significativos no processo de ensino e aprendizagem. O propósito dessa abordagem é unir a tradição de ensino com

Saiba o que essa parceria representa para você: O que é: Sistema COC de Ensino Com 47 anos de atuação, o Sistema COC de Ensino unifica vanguarda e inovação por meio da metodologia cognitivista e é sinônimo de sucesso no setor educacional brasileiro. Hoje, o Sistema COC de Ensino, pertencente à Pearson Brasil, conta com 350 escolas parceiras em todo o Brasil e cinco no Japão, atingindo mais de 150 mil alunos de Educação Básica, por

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meio da Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II, Ensino Médio e Pré-vestibular. A Editora COC produz e distribui material didático impresso e eletrônico aos alunos de escolas parceiras de todo o país. A Pearson Brasil - pertencente ao grupo britânico Pearson, é líder em soluções educacionais e editoriais – leva até sua escola, os diferenciais da metodologia do Sistema COC de Ensino.

as ferramentas e os métodos que facilitam o aprendizado, estimulando o aluno a ampliar significativamente o contexto dos conteúdos. Todo o material é produzido a partir de temas da atualidade, conectado com o mundo tecnológico. Além dos recursos tecnológicos temos os recursos humanos que fazem o nosso diferencial: profissionais da área clínica especializado em Psicopedagogia , Neuropsicologia e professores capacitados para fazer a diferença no meio educacional de nossa cidade..


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TEM OS DOIS. Nossos diferenciais: Projeto LapCOC ® O Projeto Um LapCOC ® por Aluno visa levar aos alunos um contato mais concreto e produtivo com o mundo do conhecimento por meio da tecnologia. A meta é que cada aluno possua um computador portátil para utilização na escola.

Aula em 3D É um recurso que facilita a visualização de processos científicos e que “transporta” os alunos para ambientes dinâmicos e fascinantes, dando a eles a nítida sensação de estarem den-

tro do espaço estudado. Os vídeos das aulas em 3D são destinados a todos os segmentos e disciplinas e são formatados em diversos modelos. Além disso, todos os softwares utilizados estão perfeitamente integrados ao conteúdo do material didático.

Portal COC Educação® ®

O Portal COC Educação é um completo portal na Internet, exclusivo para os alunos que sua Escola é parceira do COC. Trata-se de uma extensão virtual da escola, o que possibilita aos alunos a continuidade das atividades escolares por meio da Internet. Com esse recurso, os alunos podem ter, nas muitas salas virtuais, além do enriquecimento cultural, o esclarecimento de dúvidas dos conteúdos programáticos. Tudo sem sair de casa.

O Livro Eletrônico (CD) é uma ferramenta didática usada para apoiar e auxiliar o professor em sala de aula. Ele contém, além do mesmo conteúdo impresso, recursos multimídia muito úteis para a compreensão dos temas didáticos estudados do Ensino Fundamental ao Pré-Vestibular.

Plantão On-Line No Portal COC Educação ®, os alunos contam com o Plantão On-line, que propicia o esclarecimento de dúvidas on-line com os professores do Sistema COC de Ensino;

BuilderCOC O BuilderCOC é uma ferramenta tecnológica que permite que os professores “construam” e personalizem os conteúdos a serem apresentados aos alunos a partir da Aula Digital. Com o apoio de um roteiro sugerido pela Editora COC, os professores têm acesso a um banco de imagens, vídeos, exercícios, slides, gráficos e muitos outros recursos, para que o ato de ensinar se torne mais motivador e o aprendizado, mais dinâmico.

Valores e Tecnologia nunca combinaram tanto! ESTUDAR NO COLÉGIO MODELO VAI ALÉM DOS LIVROS

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#Pan – transmissão do PAN pela Record gerou

A anunciada saída da apresentadora Fátima Bernardes do Jornal Nacional, na Rede Globo, mexeu com as redes sociais, e colocou o nome da apresentadora – que nem tem conta no twitter – no topo dos Trending Topics. 99% dos comentários giravam em torno da curiosidade sobre o novo projeto de Fátima na emissora, sobre o qual ela não deu qualquer detalhe, abrindo espaço para muita especulação. O que mais se cogita é um programa matinal com a apresentadora, com entrevistas, reportagens e variedades, um estilo bem popular na TV norte-americana. Sobre isso, o colunista de TV do Portal R7, Daniel Kastro (@DanielKastro) definiu bem ao escrever: “Globo quer transformar Fátima Bernardes em Oprah Winfrey”. Querida pelo público e respeitada dentro da emissora, ela ficará fora do ar provavelmente até abril, devendo reestreiar em grande estilo. Torcida a favor não falta. A colega – e apresentadora do Esporte Espetacular – Glenda Kozlowski (@glendakozlowski) definiu: “A Fátima é uma unanimidade nacional!! Vai ser um sucesso!!!”

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@ esporte

@ Fátima X Oprah

por PAULA GRECO

controvérsias. Teve quem amasse, teve quem execrasse e teve quem – como eu – seguisse firme diante da TV, apesar da irritação provocada sobretudo pela postura de alguns narradores e comentaristas (sobre estes últimos, é preciso que se diga que, em vias de regra, eles eram excelentes, a Record montou mesmo um timaço, conforme anunciou). Mas o blogueiro Tutty Vasques (@tuttyvasques) conseguiu definir em menos de 140 caracteres um dos pontos que mais incomodou o telespectador com um mínimo de senso crítico, quando tuitou: “Tá na hora de Galvão Bueno rever seus conceitos: o ufanismo deu um passinho à frente nas transmissões do Pan 2011 pela Record. Brasiiiill!!!” Quanto aos resultados, aplausos para o esporte nacional, exceto, claro, pela “paixão nacional” que mais uma vez deu vexame em uma competição internacional. Nossos meninos do futebol não tiveram metade da qualidade ou da garra das meninas de sua e de outras modalidades, o que gerou um comentário bem humorado do jornalista José Simão (@jose_simao): “As brasileiras do handebol arrasaram. As meninas do handebol sāo melhores que os meninos do pébol!”. O macaco tá certo!

#Imperador – a forma física do jogador de futebol Adriano também foi motivo de infinitos comentários no twitter. Mas dois deles resumem toda a história. Um é do próprio José Simão: “O Adriano está mais magro! Mais magro que uma vaca premiada! Rarará!”. O outro é do cartunista Maurício Ricardo (@MauricioRicardo): “Ou sou muito besta ou essa é minha melhor frase do ano: ‘Depois do Ronaldo, Adriano é a bola da vez’.”


# DeOlhoNoRio

M

esmo sendo o twitter a principal fonte de informação desta coluna, quero abrir uma exceção para o importante

trabalho do apresentador Paulo de Tarso nas

redes sociais. Para milhares de moradores

#Simba – filho do técnico Bernardinho, e muitas vezes acusado – sem razão – de estar na seleção brasileira apenas por isso, o levantador Bruninho Rezende (@ brunorezende1), tuiteiro de carteirinha e o mais popular entre os atletas da modalidade nas redes sociais, ocupou o topo dos Trending Topics na madrugada do dia 03 de dezembro, quando comandou a espetacular

dos bairros ribeirinhos em Governador

Valadares, os meses entre dezembro e março

são assim: um olho no céu e outro no rio. A

cada subida brusca do nível de água, bate

aquela apreensão. Em seu site (www.ptarso.

com.br), Paulo mantém um link permanente de

informações sobre condições meteorológicas

e medições do sistema de alerta de cheias do

Rio Doce. O mais bacana de acessar essas

informações pelo site do Paulo de Tarso é

que está tudo na mesma página: medição do

nível do rio (de hora em hora quando passa do

nível normal), previsão do tempo, volume de

água em toda a bacia, previsão de subida ou

descida do rio, além de dados estatísticos como

a altura máxima atingida em cada enchente

virada do Brasil sobre

e qual o volume de água necessário para

a Polônia. O apático

atingir cada bairro ribeirinho. Enfim, todas as

time brasileiro, que já tinha perdido dois sets e se encaminhava para

informações necessárias, disponibilizadas de

levar um “chocolate” dos poloneses, acordou para o jogo com a entrada

forma voluntária; um trabalho que é exemplo de

de Bruninho, que além de levantar lindas bolas, sacou com precisão,

cidadania.

defendeu, bloqueou, e até atacou, conquistando a importante vitória na trajetória rumo à vaga olímpica por 3 a 2.

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QUALQUER QUALQUER COISA

Dingou béu C

om o Natal já tão próximo fala-se de nascimento, presentes, Papai Noel. Mas, eu tinha outro tema em mente, talvez oposto, e estava em dúvida sobre escrever sobre ele, ou não. O que me animou a fazê-lo foi ler o artigo de Lya Luft na Veja (23/11) sobre “A dama que palita os dentes” quando afirma que “ter, às vezes, a noção de que tudo passa pode ser bom, como algo que ilumina a paisagem”. No artigo ela lembra Clarice Lispector: “um dia, tinham-se passado vinte anos.” Ou quarenta anos, ou cinqüenta... Me animou também o fato de que sou politicamente incor-

reto, ou seja, “sou do contra”. E não acredito em Papai Noel. Então, vamos lá: semana passada estive num velório, coisa que em geral não faço. Um amigo, o Almyr, costuma me dizer que terei dificuldades em ter seis pessoas para conduzir minha urna funerária até à última morada. Primeiro pela minha notória simpatia, e depois pela resistência que tenho em prestar solidariedade nesse momentos fúnebres – aqui se faz, aqui se paga. Achei aquele velório pífio, já fui em outros que tinham até violão, cachaça e tira-gosto. De outra parte, engana-se o Almyr: pelas minhas contas, já tenho cinco amigos garantidos para a espinhosa missão – se não houver viagens de última hora – e o Uéliton, um “chapa” do Mercado, de prontidão. Estou tranquilo. A verdade é que a morte perdeu prestígio e já não vem acompanhada de manifestações de pesar e saudade, como 12

antigamente. O consolo pela partida chega mais depressa para os sobreviventes e a missa de sétimo dia é o limite da memória. Já não há discursos ou aquelas frases heróicas, as últimas palavras, como as de Júlio Cézar ao ser apunhalado no Senado em Roma – “Até tu Brutus?!” (Brutus, que era de sua base aliada) – ou as de Getúlio Vargas que as deixou escritas na famosa Carta Testamento. O luto no vestuário, com as roupas pretas, nem pensar. Hoje em dia vive-se muito, pouca gente morre cedo – a morte traumática – e em geral se morre entubado em hospitais, quando a morte já foi anunciada há algum tempo, não deixando margem para o choque do falecimento repentino ou inesperado. Nem o corpo tem resistido, e a moda agora é incinerá-lo, queimá-lo. Os cemitérios, que antes eram lúgubres, com mausoléus negros, cinzentos, e em geral de muito mau gosto, agora são jardins gramados, extensas áreas bucólicas, até bonitas. As pessoas começam a encarar “a dama que palita os dentes”, sempre à espreita, com mais naturalidade. A propósito, lembro-me de um caso contado por um amigo e que tem a ver com a forma cínica como os jovens de hoje, cada vez mais egoístas, veem a morte dos mais velhos. Deu-se que ele estava fora da cidade e não pôde acompanhar as exéquias de um velho companheiro de infância. Dias depois, tendo voltado da viagem, e ainda planejando fazer uma visita de solidariedade à viúva, encontrou-se, na rua, com o filho do casal. Constrangido e ressentido por não ter estado presente nos momentos dolorosos passados pela família, disse ao rapaz: - Pois é... meus sentimentos, eu estava viajando quando seu pai, aquela grande figura, faleceu. Senti muito não ter podido estar presente momento tão grave. E o rapaz: - É... o velho foi pro saco...


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ZENÓLIA DE ALMEIDA Mestre em Ciências Sociais. Membro da Academina Valadarense de Letras

Consumo coletivo e economia compartilhada: uma nova tendência

N

estes tempos de disseminação das redes sociais, o capitalismo vive sua mais nova tendência: o consumo coletivo, também chamado de “social commerce”, “social shopping”, “economia compartilhada”, “economia em rede”, “consumo coletivo”, etc. Todos esses conceitos expressam uma grande mudança no mundo do consumo: o acesso coletivo a produtos que, adquiridos em grupo, são vendidos a um preço mais acessível. A idéia básica consiste em disponibilizar, através de sites, produtos com descontos atrativos e a mesma qualidade. A oferta vale para um número mínimo de pessoas, dentro de um prazo determinado. Durante todo o tempo em que o produto ou serviço é ofertado, o site divulga o número acumulado de compradores e o tempo que ainda resta para encerramento do prazo de validade da proposta. Para Victor Viñuales, diretor da fundação espanhola Ecodes (Ecologia e Desenvolvimento) “Estamos falando da transição de uma economia fortemente lastreada na propriedade para uma economia do compartilhamento, em que o acesso e o uso valem mais do que a posse, com a vantagem de que não temos as preocupações associadas à propriedade”. Grande parte do tempo disponível das pessoas é utilizado para acessar a internet. Nesse novo espaço virtual, os internautas multiplicam e trocam informações através das comunidades dos sites de relacionamentos ou plataformas sociais: fóruns, blogs, twitter, etc., contribuindo para gerar mudanças de atitudes e valores. Na verdade, as redes sociais realizam (em tempo real), a mesma função que as fofocas produzem boca-a-boca. No Brasil, o aumento do poder aquisitivo da população possibilitou o acesso rápido à internet através de computadores ou de celulares, contribuindo para acelerar o processo de inclusão social digital. Com um simples toque, uma pessoa pode ir ao banco, pagar contas, fazer compras, visitar museus, acessar dados e informações, enfim, conectar-se com outros, local ou globalmente. Entre outras vantagens, significa democratizar informações, solucionar problemas, poupar

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tempo e até mesmo dinheiro. São pessoas orientando outras pessoas, numa troca de opiniões e valores. Apesar de ser ainda uma nova modalidade, a aceitação do e-commerce no Brasil tem sido crescente. Os consumidores estão descobrindo que é melhor ouvir outros consumidores do que confiar no discurso corporativo, isto é, na hora de adquirir um produto ou serviço, vale mais conhecer a experiência de outras pessoas do que fazer uma simples pesquisa de preços. Para as empresas, a troca virtual de informações contribui para sedimentar marcas, compartilhar e disseminar produtos e serviços no mercado. Outra forma de consumo coletivo refere-se à partilha. Temos notícia de que o Grupo BMW e Sixt AG uniram seus esforços para oferecer um produto inovador: o DriveNow, um serviço de partilha de carros que promete ser eficiente, completo além de combinar qualidade e flexibilidade no uso. Os veículos contratados podem ser disponibilizados onde quer que o cliente precise deles. A partir de abril deste ano, o sistema DriveNow passou a ser oferecido em Munique e Berlim, com previsão de expansão internacional. O sistema começou oferecendo 300 carros BMW entre Mini Coopers e Modelos da Série 1; os clientes associados pagam 29 Euros ou 41 dólares por ano para usar um carro que custa cerca de cem mil reais. Além do pagamento inicial, o usuário paga 21 dólares por hora para usar um dos carros, sem pagar gasolina. Na Europa, o sistema é mais barato que usar táxi. Na mesma linha, a Toyota desenvolveu, no Japão, um importante projeto de compartilhamento de carros elétricos entre vizinhos, a ser disponibilizado a partir de 2012. Enquanto as empresas divulgam campanhas nos sites, os consumidores divulgam a promoção entre conhecidos e amigos, num padrão cultural de partilha social. Nos dias de hoje, vale a pesquisa de preço e... a opinião dos amigos! Dado o fascínio das ofertas e a lógica de mercado, antes de comprar, pense: Eu preciso? Eu posso? Eu devo? Depois de tudo isso, se ainda bater ‘aquela culpa’ acrescente: Eu mereço?


Carmen Steffens GV SHOPPING

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Sテグ PAULO

TOKYO

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Darlan Corrêa E-mail: darlancorreadias@gmail.com

Querido

Papai Noel

Sabe amigo, há muito tempo não escrevo uma carta! Você está ligado que vivemos no tempo dos e-mails,... E carta para você então? A última eu tinha uns oito anos! Não precisa ficar magoado, velhinho! Não foi por falta de fé. É que, depois de certa idade, a gente fica envergonhado... Eu ainda acredito em você até hoje! Sabe, este ofício de Pediatra faz a gente acreditar na pureza. E você com esta roupa vermelha, aquele trenó cheio de presentes é uma bela metáfora da pureza. Representa bem a magia do nascimento do menino de Nazaré. Então, na véspera dos meus 52, resolvi voltar a escrever! Acho que influenciado pela saudade das filhas, que não moram mais aqui em casa (só nas férias). Sabe, estou precisando de um pouco de magia... Nosso Planeta anda um caos, meu velho! Não sei se você tem tempo para olhar a internet aí na Lapônia... O ano todo ocupado com a fábrica de brinquedos... Pô, Klauss! A Europa está falindo, meu irmão! A Grécia e a Itália, que mandaram no mundo por séculos, estão de pires na mão! “Cê acredita?” E o resto do continente não vai muito bem das pernas... O Japão, coitado, se recupera de um desastre natural... Vem outro! Assim, nem National Kid agüenta! O pior de tudo, Velhinho, são os Yankes! Estão num desemprego de dar dó! Parece que aquele papo de país do futuro está chegando para o Brasil, meu caro Klauss! E é aí que você entra com a magia! Você não achou que eu ia te escrever para pedir um skate!Né não meu irmão? Não ficava nem bem pra mim... Olha só, eu sei que você tem prestígio com o chefe... Então, dá uma força, pô! Primeiro a tal de corrupção. Bicho!É só o cara chegar num cargo mais ou menos, pronto! Começa a pedir 10%,12%,15%,,, Virou uma espécie de etiqueta,Velhinho! Imagine se não tivesse a corrupção. Quanta grana ia sobrar para educação, saúde, segurança... Dá uma força aí, Klauss!

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Sim! E a justiça? Pô véi! A gente não vê ninguém se dar mal! Assim não dá amigo! Você podia mexer seus pauzinhos e dar uma acelerada no judiciário! Outra coisa: o tal do narcotráfico! Abre o olho, meu velho! Se brincar eles colocam bagulho até no seu trenó! Sabe, o governador do Rio inventou a UPP, que tira os traficantes dos morros. Se esse trem der certo vai melhorar muito pro Brasil. Vê aí, Klauss, como você pode ajudar! Tem um negócio que está me pondo doido! Chama ENEM, todo ano só se vê milhares de jovens chorando... Pô ,Velhinho, dá uma orientada naquele povo do MEC... Lógico que eu não podia deixar de falar no meu ofício... Cara, eu vou fazer 30 anos de formado, daqui a pouco! Será que não vou ter a alegria de ver o fim das filas de espera, a extinção dos corredores cheios de macas, a solução das terapias intensivas sem vaga? O nascimento de dirigentes justos e o fim da exploração do trabalho médico? Será que não vou ver renascer o idealismo na Medicina? Pô, Klauss, pedi demais, né? Mas, dá uma pesquisada aí com o chefe... Sei lá... Ah, a minha cidade! Tão linda e tão pobre! Será que, no seu trenó de presentes, não teria umas lideranças jovens comprometidas com nossa Governador Valadares? Bom, aqui em casa a gente só está querendo saúde e disposição. Eu e Stela desejamos também que nossas filhas continuem estudiosas e bonitas... Sim, só um conselho. Não deixe suas renas matarem a sede no Rio Doce... Dizem que ele está cheio de bactérias... Cara, você deve estar assustado com os pedidos... Sei que você é muito atarefado nesta época do ano... Mas veja só, Klauss, não pedi nada de muito complicado! Trate de não me decepcionar! Do contrário, só volto a te escrever quando fizer 90 anos! Um bom Natal!!!!


Dra. Grazziella M. Silveira CRM 41439

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MARCOS MENDES * Marcos Mendes é jornalista, professor da Univale e assessor de comunicação da Câmara Municipal

Bebo, Logo Existo O vinho sempre manteve uma relação direta com a civilização. Há mais de 2 milhões de anos já existiam as uvas que o homem poderia colher e, desde 6.000 a. C. a videira já era cultivada. A relação vinho/humanidade se confirma pelas saturnais romanas, pelas bacanais da antiguidade clássica (não confundir com as atuais) e por sua presença na Eucaristia cristã. Os antigos povos greco/romanos usavam o vinho em seus memoráveis banquetes filosóficos, de onde surgiu a base do conhecimento ocidental através do pensamento de Platão, Sócrates, Aristóteles, Epicuro e outros que fizeram a nossa cabeça. O vinho é uma bebida diretamente ligada à civilização e é nessa perspectiva que o inglês Roger Scruton escreve sobre o significado filosófico do vinho, no livro Bebo, Logo Existo. O título é uma referência direta ao pensamento cartesiano do filósofo Descartes. Bebo, Logo Existo aborda temas como as regulamentações econômicas centralizadoras da União Européia, a obsessão contemporânea por saúde e boa forma, e critica o puritanismo americano que em 1920 implantou a lei seca. (nada a ver com a nacional e seus bafômetros). Scrutom, que é filósofo, com carreira acadêmi-

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ca em Cambridge, analisa o proselitismo ateu de Richard Dawkins, a fenomenologia de Husserl e o desconstrucionismo de Derida. Nessa parte do livro, o autor exercita, estritamente, a filosofia, o que exige mais do leitor. O livro de Scruton vai além do universo especializado dos enólogos, muitas vezes antipáticos e prepotentes. Ele se apresenta como um “guia de um filósofo para o vinho” e defende a bebida como uma forma de resistência da cultura ocidental contra a barbárie multiculturalista que tem invadido a Europa. A obra de Roger Scruton afirma que o enebriamento não seria provocado pelo teor alcóolico, mas estaria associado a todas as sensações que o vinho provoca sobre o olfato e o paladar. As qualidades e limitações das vinícolas europeias também compõem o livro, que serve ainda como um guia prático de iniciação enófila. Seja nas celebrações, rituais, banquetes, jantares ou informais reuniões entre amigos o vinho sempre será uma boa companhia. E melhor ainda se o interlocutor participar de discussões filosóficas complexas, como a existência humana, ou mais prosaicas como os rituais pagãos que nos remetem ao culto grego do deus Dionísio. Seja como for, vinho e filosofia sugerem uma boa safra e uma boa leitura. Bebo, Logo Existo Tradução de Cristina Cupertino Octavo – 304 págs.


Dra. Viviane Peixoto: Fisioterapia a serviço da beleza

C

om grande experiência profissional e especialista na área de dermato-funcional – que agrega bem-estar físico e estético, proporcionando benefícios estéticos e reabilitantes, com tratamentos feitos pela própria especialista – a fisioterapeuta Dra. Viviane Peixoto é uma das sócias-proprietárias da Clínica Fisioderm, que, entre outras opções, disponibiliza tratamento conjunto com dermatologista e nutricionista, objetivando perda saudável de peso e medidas. Sempre dedicada a proporcionar o que há de mais moderno e melhor em termos de resultado, a Dra. Viviane acaba de adquirir o Manthus, aparelho que possui a mais avançada tecnologia no tratamento de gordura localizada, celulite e em pós-operatórios de cirurgia plástica. E como forma de presentear novos e tradicionais clientes, comemorando em grande estilo sua mais nova aquisição e possibilitando maior acesso aos tratamentos, ela oferece promoções especiais. Além do Manthus, a Dra. Viviane realiza em seu consultório diversos outros procedimentos que adicionam um plus de beleza, bem-estar e autoestima à saúde de homens e mulheres:

Fisioterapia a serviço da saúde e beleza! Limpeza de pele Rejuvenescimento facial Tratamento de estrias, celulite e gordura localizada Tratamento pré e pós-cirúrgicos Depilação a laser

Foto: Ramalho Dias

Tratamento para hipercromias (manchas)

Rua Israel Pinheiro, 1729 - Esplanada Tel.: 33 3271-9885 19


SURUBA Adjetivo: bom, excelente, forte, supimpa. Sf: grande cacete, bengalão. S. chulo: namoro escandaloso. S. chulo: orgia sexual em que participam mais de duas pessoas; surubada, bacanal.

Galvão

Multa

Galvão Bueno narrando luta do UFC: “Chute no saco pode, Arnaldo?” “Joelhada na boca pode, Arnaldo?” E o Arnaldo: “A regra é clara, vale tudo”.

Lido no para-brisa traseiro de um carro na Av. JK, em letras grandes: “Visite Valadares e ganhe uma multa”.

Tem mais Galvão Narrando UFC, com todos os jargões manjados: “Haaaaja coração, amigo” Cigano golpeava o rival e ele: “Um, dois, três, quatro”... “Acabou, acabou, acabou...” “Junior Cigano... Do Brasil”... Ainda bem que a luta dos “gladiadores do terceiro milênio” segundo ele, acabou rápido: 64 segundos. Haaaja coração, amigo !!!

O enigma do tempo - Na cama, são 7h, você fecha os olhos por 5 minutos e quando os abre de novo são 7h45. - Vendo seu time na TV sofrendo sufoco aos 44 minutos do segundo tempo, você fecha os olhos por 5 minutos e quando os abre de novo ainda faltam 5 minutos para o fim do jogo.

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Por falar em adesivos, não me lembro de ter visto nenhum BMW ou Audi com o adesivo “Deus é Fiel”.

Conselho Pai e filho estão conversando sobre futebol, quando o filho, meio atrapalhado, diz: - Pai, vou me divorciar. Faz seis meses que minha mulher não fala comigo... O pai fica em silêncio por uns momentos, depois diz: - Pensa bem, meu filho. Mulheres assim são difíceis de arranjar...

História contada por um ex-diplomata, e trata das diferenças de temperamento e estilo de Argentina e Brasil: nosso presidente Eurico Gaspar Dutra iria se encontrar com o presidente argentino, Perón, na Ponte da Amizade. Perón surgiu rodeado de seguranças vestindo o uniforme do exército argentino. Dutra apareceu, de seu lado, à paisana e com passos miúdos. Ao se aproximarem a uma distância suficiente para trocar palavras, Perón ergueu os braços e teatralmente saudou o “hermano Dutra”, que se aproximando mais disse em voz baixa: “hermano não, Eurico”

Compatibilidade - Estou me divorciando por compatibilidade de gênios... - Como compatibilidade? - É isso mesmo querida, compatibilidade: gosto de cinema, meu marido também, gosto de praia, ele também, gosto de teatro, ele também, gosto de homem, e ele também.

É brasileiro?! Papo ouvido na sala de espera de um cinema durante um festival: - Qual é o filme das 22h? - É o “Sindicato de Ladrões” restaurado - O filme é brasileiro?!

Rocinha Prenderam o chefe do tráfico da Rocinha porque se chama Nem. Se fosse Enem tinha vazado.


beto sartori

Água O Shopping Center Norte se manteve aberto graças a uma liminar. A prefeitura tinha mandado fechá-lo porque havia gás metano no subsolo. O José Simão então afirma: “Agora a gente escolhe shopping igual água mineral: com gás ou sem gás”.

Por falar em água, e a nossa água... heim?!!!

Jornal Nacional Fátima Bernardes saiu do Jornal Nacional. O José Simão comentando: “Largou o marido na bancada! Mais uma dupla sertaneja desfeita. Agora é ‘breaking news’ sem chapinha!”. Mais: “Fátima Bernardes abandona o marido para fazer programa”.

É fria, Neymar! “Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Por exemplo: dizer escrever claro não é certo, mas é claro, certo?”

Luiz F. Veríssimo

Amigos de Neymar que jogam na Europa falaram com ele sobre as temperaturas de lá, abaixo de zero. Assustado o craque, então, assinou com o Santos até 2014. O cabeleireiro de Neymar comemorou.

A Itália no espelho “Ao contrário do que sustentam alguns politicólogos, a corrupção inseparável do presidencialismo de colisão praticado no Brasil acabará por gerar crises crescentes de governabilidade até ocasionar o declínio da economia e a destruição do regime político. Os que se fixam apenas nas maiorias legislativas não enxergam dois fatores que solapam o sistema na raiz. O primeiro é a destruição da confiança, base, como ensinava Bobbio, da democracia.

...

Em grau distinto, alguns de nossos problemas se parecem aos italianos: crescimento lento, investimento baixo, incapacidade de aumentar produtividade e competitividade, aposentadorias precoces. Política doente contagia a economia”. “Rubens Ricupero”

Barriguinha ódio: É aquela barriguinha sarada que as mulheres veem nas outras e ficam com ódio.

Em festa de jacu, inhambu não pia

Manchete do caderno Mercado da Folha: Senadores dos EUA querem acelerar vistos para brasileiros. Outro grupo propõe eliminar exigência. Nada como um dia após o outro...

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entrevista - Lirte Júnior

ILUSTRAÇÃO ADOLPHO CAMPOS

“Todo mundo tá de saco cheio com os vereadores, tá de saco cheio com a Prefeitura, mas ninguém tem ação.”

Lincoln – De onde você é? Nasceu aqui, sua família é daqui? Como é a sua história em Valadares?

Lierte – Nasci aqui, em 1979, ano da grande enchente, no mês de novembro, com o Dr. Homero, no Hospital São Lucas. Vivi quase todo o tempo aqui, exceto por um período em que morei fora do país. Morei nos Estados Unidos, como muitos valadarenses, mas a nossa experiência foi diferente, porque fui para lá com minha família toda. Meu pai queria viver uma experiência nova, e fiquei lá durante quatro anos com meus pais e meus irmãos. Foi uma experiência muito boa, ficamos no Estado de Conneticut, numa cidade perto de Denver, perto de Dartford, uma região essencialmente de americanos e de portugueses. Eu tinha um tio em Newark e quando ia visitá-lo, aí sim, conhecia a realidade dos brazucas. Em Newark não era nem necessário falar inglês, dado a quantidade de brasileiros lá. Adolpho – Você tem votos lá? (risos)

Lierte – Tenho, tenho. Carlos – Você chegou a trabalhar lá?

Lierte – Não. Fui para estudar e permaneci lá como estudante. Aqui em Valadares comecei estudando numa escola chamada Pequeno Príncipe. Depois fui para o Presbiteriano e, depois de algum tempo, voltei ao Presbiteriano, mas aí já como professor. Dei aula de inglês, tenho uma boa formação nesse idioma. Fiz também o curso de Direito, na Fadivale, sou bacharel, e atualmente estou terminando uma pós-graduação em Gestão Pública. 22

Carlos – Você já falava inglês, quando foi para os Estados Unidos? Lierte – Não. Devo muito nesse aspecto à minha mãe, que me colocou numa escola de tempo integral que funciona. Ela e meu pai trabalhavam e eu levava uma vida de estudante. Carlos – Você falou em escola de tempo integral que funciona. Você conhece lugares onde não funciona?

Lierte – Aqui em Valadares não funciona (risos). Aqui é uma novela mexicana a escola de tempo integral. E eu provo. Carlos – Você diria que a escola em tempo integral em Valadares é um erro total?

Lierte – De maneira nenhuma. Falar que é um erro total seria ser imbecil. O erro está na falta de planejamento e de gestão. A idéia não se discute. E quando se denuncia isso, “ah, não pode denunciar”. Adolpho – Vou fazer um pedido: acho que o tema de escola de tempo integral é muito importante, mas não se pode ficar comparando qualquer coisa daqui com os Estados Unidos, porque é despropositado.

Lierte – Sim. Aí é covardia. Mas a sugestão que demos, como vereadores, e que coincidia com o programa da prefeita, era instituir a escola de tempo integral de maneira gradativa. Há estruturas, hoje, de escolas, onde é impossível trabalhar... Adolpho – Acho que essa questão de escola de tempo integral se


baseia numa idéia tão fundamental, que a gente pode criticar, mas sempre com algum freio na crítica, para dar mais incentivo, e ver se a coisa chega a funcionar bem. Se a prefeita conseguir, ao longo do mandato, deixar isso razoavelmente implantado, ela já terá justificado o mandato.

faço janta. Estou economizando mais de R$ 350 por mês. Escola de tempo integral é a oitava maravilha do mundo...”

Lierte – Concordo. Mas ao mesmo tempo, para implantar, a primeira coisa seria ela ter do seu lado os educadores. Não foi feito incentivo aos educadores, muito pelo contrário. Se o professor está insatisfeito, o que ele vai passar para os alunos? O professor tem que estar motivado. (Lierte desfia uma série de críticas pontuais)

Lierte – A idéia de escola de tempo integral é bênção, principalmente para comunidades mais carentes. Mas estou criticando a forma e a prefeita precisa rasgar o plano de governo dela, e eu posso falar porque ajudei a fazer o Programa. E o compromisso dela era implantar a escola de tempo integral de forma gradativa, a partir de 2009.

Adolpho – Lierte, vou lhe fazer uma pergunta definitiva: o próximo prefeito, ou prefeita, qualquer que seja, tem condições de voltar atrás na questão da escola de tempo integral?

Lierte – Não tem jeito de voltar atrás. Seria um retrocesso... Adolpho – Então já alcançamos uma vitória. Quero registrar que esta minha posição não significa que eu seja a favor da prefeita. Sou a favor da idéia.

Lierte – O problema é que a idéia começou a ser implantada sem nenhum planejamento. Lincoln – Acho as críticas válidas, especialmente vindas de um vereador, e acho que o Poder Público peca sempre por falta de planejamento e de gestão, o que proporciona muito desperdício.

Lierte – Temos denúncias na Câmara de que alimentos estão sendo jogados fora. Está havendo desperdício... (Lierte desfia mais uma série de críticas pontuais. Adolpho pede que se mude de assunto, caso contrário a entrevista será consumida com o tema de escola de tempo integral. Não adiantou muito) Carlos – Certa vez, a gente questionou a prefeita sobre esses atropelos na implantação da escola de tempo integral, e ela respondeu lembrando os Cieps, na época de Leonel Brizola e Darcy Ribeiro, quando se pensou primeiro nas estruturas físicas para implantação da idéia. Oscar Niemeyer projetou os prédios (Cieps), que foram construídos, mas a sociedade não comprou a idéia da escola de tempo integral. Depois veio Moreira Franco como governador, e os Cieps se tornaram elefantes brancos. Ela então disse que aqui se pensou o contrário: não tínhamos estruturas físicas adequadas, mas a intenção foi de vender a idéia, convencer os pais, a sociedade. Por outro lado, há pouco tempo, fui entrevistar uma mulher, e a matéria nem era sobre educação, e eu cheguei à casa dela, no Bairro Planalto, e perguntei: “Quantos filhos a senhora tem?”. - “Tenho cinco filhos”. - “E onde estão os meninos”. - “Na escola”. - “Escola de tempo integral?”. - “Sim”. – “E o que a senhora acha da escola de tempo integral?”. – “Meu filho, eu não faço mais café da manhã, não faço almoço, não faço lanche, e às vezes não

Adolpho – Agora, isso eu vou cortar, viu?... (risos)

Adolpho – Agora, vamos adiar essa discussão. Vamos começar do começo. Você é do PMN, e continuou no PMN. Na Câmara, seis vereadores mudaram de partido. Por outro lado, você era da base aliada da prefeita, fez campanha para ela, etc. Então, como você vê essas mudanças de partido, e como foi o rompimento, essa mudança de rumo, estando você agora na oposição.

Lierte – Primeiro, não mudei de partido, porque tenho vida partidária. Quem mudou de partido mudou porque não tinha vida partidária. Fui para o PMN por opção, pela filosofia do professor Celso Brant, criador do partido. Fui, felizmente, o mais votado da coligação da Elisa, e fiquei em terceiro lugar geral, com 2.385 votos. Pedi votos para a Elisa, subi em morro com ela... Valéria – Para a Elisa e para o Brito ...

Lierte - ... meu partido, na época, era historicamente ligado ao grupo do PT. Vale lembrar que o vice-prefeito do Fassarella, o senhor Gerson Peixoto, é do meu partido até hoje. Quando houve o rompimento? Eu tinha chegado na Câmara com um certo prestígio, tanto é que a prefeita me convidou, e eu fui o líder dela na Câmara. Agora, no dia em que a prefeita, numa reunião de secretariado, falou: “Eu vou para o Hospital, vou entrar no Hospital e só saio de lá quando o problema da saúde estiver resolvido”, eu entrei em crise. Fiquei tão assustado com isso, que fui a Belo Horizonte conversar com o Marcus Pestana, que era secretário de Saúde, e o hoje presidente municipal do meu partido era funcionário do Marcos. Falei com ele: “Como é que ficamos? A prefeita disse que só vai sair do Hospital depois que resolver o problema da Saúde”. Ele disse: “Que Deus tenha misericórdia de vocês”. Voltei, fui para a Tribuna da Câmara, e renunciei à liderança do bloco da maioria, por entender que aquilo era um factóide, um desrespeito com o pessoal da área médica, e com a própria secretária de Saúde dela. Valéria – E em que momento partiu para ser oposição?

Lierte – Ok. No final do ano de 2009, a prefeita chamou uma coletiva e eles fizeram um balanço de 2009, e nesse balanço já usaram mentiras. Tem coisas que apresentaram em 2009 e que agora, quase 2012, não estão prontas ainda. E quando 23


entrevista - Lirte Júnior

eles colocaram as metas para 2010, aquilo foi meu caixão. Pensei: “Não tem jeito disso se realizar”. Isso aconteceu no dia 20 ou 21 de dezembro de 2009, e ali eu decidi: “Não quero continuar com o governo”. Alguém então me falou que eu ia ter um problema com meu partido, que era alinhado com a prefeita. Respondi que não teria problema, porque meu partido tem estatuto e se eu estiver insatisfeito não vou sair do partido, e sim compartilhar minha insatisfação com o grupo. Fiz uma reunião com o partido, e na época o pessoal não queria sair por conta dos cargos, inclusive o vicepresidente do partido, o Antônio Fernandes, pessoa que respeito muito e que me recebeu muito bem no PMN. Mas, temos visão política diferente. Penso que mais do que ter um cargo na prefeitura, o importante é poder participar. A prefeita, hoje, não ouve nem a ela mesmo, ouve ,sim, uma meia dúzia que manda na Prefeitura de Governador Valadares.

Carlos – Lembro-me de que numa das primeiras intervenções que eu vi de você, na Câmara, a gente esperava que você citasse a Bíblia, e você citou Maquiavel. O fato de ser pastor ajuda na atuação na Câmara?

Lierte – Na Câmara, não vou deixar de ser pastor, mas ali estou vereador. Ali, na Câmara, é como se fosse uma arena de guerra, só que a guerra das palavras. E você tem que usar as armas que você dispõe. Carlos – O pastor vem em socorro do vereador, de vez em quando?

Valéria – Há quem diga que se ela ouvisse mais o Silvano as coisas iriam melhor.

Lierte – Infelizmente, não. Lierte – Discordo. Discordo porque quando o Silvano entrou não vi melhoras, ao contrário, vi piora. Se o Silvano fosse muito bom eles não tinham me perdido. Se ele fosse muito bom eles teriam ganho a eleição na Câmara, e eles perderam. Foram incompetentes na primeira eleição, e foram incompetentes na segunda.

“nós temos um projeto alternativo para Valadares. Precisamos de uma terceira via...”

Valéria – Lierte, em que momento o pastoreio entrou na sua vida?

Lierte – Entrou na minha vida em 1989, quando ainda era criança e queria ser batizado, e na região onde morava, no EUA, não tinha Igreja Batista. Então, meu avô ligou pra mim, aqui do Brasil, e pediu que eu lhe desse a oportunidade de me batizar. Valéria – Ele era pastor?

Lierte – Sim, ele sempre foi pastor. Ele é o pastor número 80, no Brasil. Sempre fui fã do meu avô. Não posso afirmar que sou pastor por causa dele, mas sempre achei a vida dele muito interessante. Pastoreio não é profissão... Adolpho – Você não ganha nada para ser pastor?

Lierte – Ganho. Adolpho – Então é profissão.

Lierte – Meu avô foi sempre um incentivador do nosso ministério. Com 12 anos de idade, já confiava o púlpito para mim. Eu pregava com 12 anos, na Vila Isa. 24

Adolpho – O Espírito Santo se recusa a baixar ali (risos).

Lierte – O Espírito Santo me dá força, sim, mas eu me preparei para ser vereador. Entrei na Faculdade de Direito já com a intenção política, e inclusive ganhei duas eleições no Diretório Acadêmico. Foram os primeiros passos políticos. Carlos – Há três anos atrás, por pedir votos para o partido e para o PT, membros da sua igreja te cobraram por você estar aliado a partido que defende aborto, etc?

Lierte – Perdi voto. Perdi voto. Hoje eu tenho quatro apoiadores que falam que não me apoiaram na eleição passada, porque eu estava junto com o pessoal que apoia Parada Gay, que apoia aborto... Carlos – Qual é a sua opinião, hoje, sobre Parada Gay e homofobia?

Lierte – Soltaram na internet um boato de que eu ia fazer uma paralisação em frente à Prefeitura. Eu não fiz isso. Eu fiz manifestação democrática na Câmara. Primeiro ponto: sou contra Parada Gay, isso é fato. Qualquer sociedade evoluída precisa primar pelo respeito às outras pessoas. Acho que a Parada Gay não é uma festa boa para a família, e estamos vivendo uma situação de desrespeito à própria Constituição: eles não aceitam críticas, não podem ser criticados, o PL 122 coloca-os num status em que se eu for fazer uma exegese com relação à prática da homossexualidade, na palavra, eu vou poder sofrer processo a nível criminal... Carlos – Se você fosse prefeito liberaria a Praça dos Pioneiros para a Parada Gay?

Lierte – Eu teria muita dificuldade... Adolpho – A eleição está próxima, hein! (risos)

Lierte – ...eu teria muita dificuldade para esse tipo de ação. Entendo que é legal qualquer cidadão se manifestar onde quer que seja. O prefeito não tem poder para impedir qualquer tipo de manifestação. Estou sendo sincero ao expor meu posicionamento pessoal. Não sou homofóbico, mas a lei me coloca como homofóbico. Está havendo uma deturpação quando se coloca a comunidade homossexual como uma raça acima de qualquer crítica. A lei entende que qualquer manifestação religiosa contra o ato da prática homossexual é crime. Para construir uma sociedade melhor


devemos ser tolerantes. Agora, ser tolerante é diferente de ser conivente, e conivente eu não sou. A agenda no Brasil está equivocada nesse aspecto.

Carlos – Por falar em despesa, você foi pelos 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20 ou 21 vereadores?

Lincoln – Quero fazer uma pergunta, num tema que me interessa, que é gestão, planejamento, onde acho que temos obrigação de avançar no setor público. Participei de uma audiência pública onde o INDG apresentou um estudo que constatava que Valadares tinha 8, 9 mil funcionários públicos, e a máquina funcionaria com 5 mil funcionários...

Lierte – Fui pelos 21 vereadores, primeiro pela decisão do meu partido, depois pelas reuniões que houve na Câmara, quando nos posicionamos assim.

Lierte – 5.235. Agora, não se trataria de coragem política para fazer conforme você falou. Temos uma situação em que a prefeita se nega a tomar uma atitude que ela precisa tomar, que é chegar no eixo de equilíbrio fiscal. O próximo prefeito de Governador Valadares vai ter que exercer uma ação, queira ou não. O Ministério Público mandou fazer concurso, foi feito o concurso, mas a prefeita não dispensou os apaniguados políticos. A máquina está inchada. E temos um funcionalismo público sofrido. Por que não foi feito um reajuste para o funcionalismo? Porque a máquina está estourada. E temos que ser corajosos para fazer uma auditoria judicial na Prefeitura de Governador Valadares.

Carlos – Você acha que a Câmara discutiu o assunto à exaustão, como deveria?

Lierte – Foram sete meses de discussão... Carlos – Mas a população participou dessa discussão?

Lierte – Os segmentos da sociedade foram convidados para as discussões. Carlos – Aos 44 minutos do segundo tempo a sociedade percebeu o que estava acontecendo e se mobilizou.

Lierte – E foi um movimento espetacular da sociedade valadarense. Mas a ação foi intempestiva... Lincoln – A sociedade se manifestou e o vereador representa a sociedade e, portanto, deveria ter havido mais discussão. Na eleição a sociedade vai ter a oportunidade de manifestar a sua insatisfação. Faltou maior sensibilidade aos vereadores. Adolpho – Muita cosia poderia ter sido feita, e não foi feita, mas o ponto é o seguinte: queríamos saber, e você afirmou ter sido a favor de 21 vereadores. Ponto.

Carlos – A Câmara pode pedir isso, essa auditoria?

Lierte – Eu já pedi. Inclusive pedi isso no mês passado, quando fizeram um decreto, que eu chamo de decretocalote, para não pagar. Restos a Pagar no valor de R$ 12 milhões, e o Diário do Rio Doce publicou isso. E uma coisa que me chamou a atenção: uma dívida com o Correio, de R$ 30 mil. Valor redondinho. Estou defendendo e vou defender essa auditoria judicial, seja lá o que vier pra mim no futuro. O orçamento para ser votado em dezembro é de quase R$ 1 bilhão, é de R$ 728 milhões. Não é pouca coisa. Falta é a Prefeitura de Governador Valadares querer fazer parcerias com fundações sérias, como a Fundação João Pinheiro, que forma administradores públicos todo ano, e é uma das melhores escolas do país. Que dia você viu um prefeito de Valadares ir lá para contratar uma consultoria? Não, você vê é a Prefeitura contratando consultoria de empresa do Rio Grande do Sul, que é o caso da Ibrama, no valor de R$ 12, 670 milhões, que deu pano pra manga e não funcionou. Quando fui para o Ministério Público, denunciei e o contrato foi desfeito, a Prefeitura ficou em maus lençóis. Estive num dos melhores escritórios de Belo Horizonte e perguntei: “ Dr. José Nilo de Castro, quanto vocês cobram para fazer o serviço que está descrito nesse contrato, em Governador Valadares?”. Responderam: “R$ 1,2 milhão”. Estive depois com o Dr. Davi Barbiere, que é procurador da Câmara Municipal de Congonhas, e fiz a mesma pergunta. Ele respondeu: “Minha empresa cobraria R$ 800 mil”. O contrato que a prefeitura tinha com a Ibrama é de R$ 12, 670 milhões. Não é à toa que o Ministério Público acatou nossa denúncia e o contrato foi desfeito.

Lierte – Preciso dizer que fui a reunião na Associação Comercial e propus que se conversasse com os vereadores, e a questão seria discutida pelos vereadores, de novo, mas a ação, literalmente, passou por cima de tudo e virou uma luta de egos da turma lá: Taquinho, Albino e meu grande amigo Dr. Francisco Shimabukuro Jr. que entrou no negócio... Adolpho – Eu também entrei. E não tem nada de ego, não. Vinte e sete mil assinaturas é luta de egos? (risos) Carlos – A impressão que ficou foi que os vereadores empurraram tudo com a barriga, principalmente a Comissão de Constituição e Justiça, até se esgotar o tempo regulamentar.

Lierte – O episódio foi muito negativo. Carlos – A Câmara perdeu uma oportunidade única, perdeu o bonde da história. Tinha que ter havido o debate. Valéria – Eu era a favor dos 21 vereadores, mas fiquei indignada com o fato dos vereadores terem se recusado a debater. Carlos – Além do candidato do PT, teria outro candidato que seu partido não apoiaria de jeito nenhum? 25


entrevista - Lirte Júnior

Lierte – Meu partido... nós temos um projeto alternativo para Valadares. Precisamos de uma terceira via... Valéria – Você é o candidato da terceira via?

Lierte – Estou à disposição do meu partido, para o que ele determinar. Sobre ser candidato, isso é em junho do ano que vem que vai ser tratado. Respondendo ao Carlinhos sobre o não apoio a outro candidato, temos uma orientação para não caminharmos com o PT e o PTN. Adolpho – Quem daqui é do PTN? O Darly é? (risos)

Lierte – O PTN teve aqui uma história muito pequena. O meu amigo Marcos Fraga mexeu com o PTN aqui, mas não teve muito sucesso.

de Comunicação e, pelas informações que obtive, ela não vai ter tempo para isso. A Prefeitura vai ficar sem agência de propaganda? É isso?

Lierte – Olha, o dinheiro que seria usado pela Secretaria de Comunicação, que não é pouco, vai ser usado de outra forma. Vai ter agência, ano que vem é ano de eleição, há interesse da prefeita e do grupo dela fazer essa licitação. Agora, ela (a licitação) tem que ser feita de acordo com a lei, senão vai dar pau de novo. Quando fiz a denúncia, a Áurea inclusive entrou com uma ação de danos morais contra mim. Lena – E o resultado dessa ação?

Lierte – Vai ser agora em fevereiro a primeira audiência. Agora, veja, eu como vereador uma das minhas funções é de fiscalizar, poxa, e ela entra com ação. Foi ela que fez a coisa errada, não fui eu.

“Heldo tinha a fantasia do PT mudar. Eu já entrei sem fantasia”

Lincoln – O fato é que a política, em Valadares, está polarizada. Vocês estão tentando a terceira via; e se não for possível essa terceira via?

Lierte – Você participou de um movimento numa Cooperativa de Crédito, buscando alternativa, se contrapondo à situação. Foi salutar o processo? Vocês acham que saíram derrotados daquele processo? Formou-se ali um grupo que está, hoje, consolidado. Nós queremos fazer isso aqui em Valadares. Valéria – Vocês, então, terão candidato a prefeito de qualquer jeito?

Lierte – Está muito cedo ainda. Falar que não haveria possibilidade de composição seria ser muito insensato. Agora, o PSDB achar que vai tomar a cidade, sem ter uma conversa com o PMN, é impossível. Nós defendemos um governo diferente, e estamos abertos para fazer a discussão política, mas vamos trabalhar para termos cabeça de chapa. Vocês falam: “vocês são oposição”. Ok. Não sou oposição, oposição é o PSDB. Agora, tudo que denunciei do PT foi em cima de fatos, quebra de fundamentos legais, e o Ministério Público acatou todas as nossas denúncias... Valéria – Pêra aí... os caminhões do SAAE estão aí até hoje.

Lierte – Dia 6 de dezembro vou estar com o Dr. Leonardo Cabral. Por quê? Eles (os caminhões) estão até hoje na rua, mas já foi aberto inquérito, já está na fase de manifestação do Ministério Público, e creio que até o início do ano vamos ter surpresa aí. O primeiro escândalo, que denunciei, do governo Elisa, foi a questão do direcionamento da licitação da publicidade para a ZP. Naquela ocasião, muita gente me crucificou e a própria Secretaria de Comunicação foi para o jornal: “Eu quero ver quando o Ministério público se pronunciar”. Ele se pronunciou, a Ação Pública saiu. Adolpho – Sabe-se que a Prefeitura está fazendo uma nova licitação para atender a área 26

Carlos – Ao entrar com uma ação de danos morais, ela sinaliza para a sociedade: “olha, ele está mentindo”.

Lierte – Penso que ela entrou com a ação num rompante, e política você não se faz com rompante. Logo após, o Ministério Público acatou minha denúncia. Carlos – O vereador exercer o papel dele, como vereador, é salutar; que ele seja oposição. Agora se você fosse da base, se estivesse na situação, será que você estaria executando esse papel de fiscalização?

Lierte – Desde que assumi o papel de liderança de governo eu criticava, basta ver as fitas. Vereador não pode ser despachante de luxo. O maior problema é você chegar a vereador ou deputado dependendo disso para comer. Adolpho – Você está querendo dizer com isso que os outros vereadores são assim?

Lierte – Não. Mas, infelizmente, e isso é no sentido amplo dos legislativos, é que os legislativos em todas as instâncias, se tornaram despachantes de luxo. E só justifica ser do legislativo se você cumprir seu papel fiscalizador. Carlos – Você diria que aconteceu com o Heldo Armond o mesmo processo, como o seu, só que o dele foi mais demorado?

Lierte – Meu processo foi um pouco diferente, porque o Heldo ainda tinha a fantasia do PT mudar. Eu já entrei sem fantasia, já sabendo da realidade. E outra coisa: o Heldo não tem o mesmo perfil meu. Eu não gosto de deixar a coisa no ar. Por exemplo: o trator do aeroporto? Tá no ar até hoje, fez-se a denúncia do trator, tem um réu confesso. Levaram pro Ministério Público? Não levaram. Eu vou pro Ministério Público, vou para a Polícia Federal... Adolpho – Lierte, precisamos esclarecer para os leitores todas essas informações que vão surgindo aqui: denúncias que envolvem a Comunicação, o Saae, agora o trator... Por favor, vamos sucintamente explicar o que provocou essas denúncias, para que os leitores possam entender.


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entrevista - Lirte Júnior

Lierte – Em ordem cronológica: com relação à Comunicação, recebi uma denúncia de um cidadão, no meu gabinete. Ele havia feito a mesma denúncia na Câmara, e os vereadores do governo rejeitaram a denúncia do cara, Robson Gomes Natal. Achei que se o cara teve peito de fazer a denúncia, a Câmara tinha que acatar e investigar. O pessoal entrou em parafuso – e eu era governo, tá? E eu falei com o denunciante que ele tinha que fazer um ofício, formalizando a denúncia. Eu apresentei a denúncia de falhas na licitação, tais como direcionamento, uso de critérios subjetivos, ao Ministério. Público, que acatou e entrou com uma Ação Civil Pública, e anulou o contrato. Com relação ao Saae, o Tribunal de Contas do Estado não permite a questão de locação de veículos com promessa de doação no final do pagamento. Existe uma súmula, uma jurisprudência, nesse sentido. O procedimento poderia ser – entre aspas – sanável, se tivesse um projeto autorizativo na Câmara. Mas seria interessante pedir bênção aos vereadores? Ia chamar a atenção. Aí, uma compra que poderia ser de seis milhões e poucos de reais, a prefeita pagou dezessete milhões e cacetada. E vai que eu estava em Itabirinha, visitando meu amigo Aurélio, e mencionei o assunto. Ele disse: “Lierte, essa empresa é de Goiânia? Esse pessoal veio aqui e está rodando a região oferecendo aos prefeitos os produtos deles. E eu tenho um parecer do meu procurador desaconselhando qualquer negociação nesse sentido”. Vocês podem não saber, mas Valadares é o único município que paga IPVA de carro. São coisas que arrebentam a gestão. A empresa é de fora, e nenhuma outra empresa concorreu.

“A máquina está inchada. E temos um funcionalismo público sofrido.”

Carlos – Na sua opinião, foi incompetência ou má fé?

Lierte – Pode ter gente, no processo, inocente, mas com certeza tem muito interesse por detrás. Não é à toa que sofri perseguições e até tirei minha esposa daqui da cidade. Prefeitos de outras cidades me deram um “kit prefeito”, ensinando como os prefeitos devem agir para comprar da Embrascol. Tá na CPI, tá na mão do promotor. Existe uma lei municipal indicando que o órgão oficial de imprensa para dar publicidade aos atos é o Diário do Rio Doce e publicaram no Hoje em Dia, para não chamar a atenção. Isso é um vício insanável. Carlos – Vocês chegaram a apurar se alguém da prefeitura estaria levando algum nessa?

Lierte – Nós pedimos o indiciamento, no meu voto em separado, de duas pessoas: o procurador do Município e o Diretor da Autarquia. Carlos – Isso poderia ser motivo de impeachment, por exemplo?

Lierte – Poderia, mas infelizmente, via Câmara, nós não temos força para isso. Façamos um raciocínio: o caso da administração passada foi de R$ 1, 800 milhão; nós estamos falando, hoje, só na minha mão, de R$ 40 milhões de desvio. Falta na administração alguém para bater na mesa: Nessa administração não temos isso! De três a seis pessoas mandam na prefeitura. Tenho certeza de que até hoje a Elisa não sabe o que foi a licitação da publicidade. Ela não entendeu até hoje, ela é ludibriada. 28

Adolpho – Desculpe, mas você fala coisas que a gente precisa explicar: você diz de três a seis pessoas, e a diferença é de 100%. Se fosse três a quatro, tudo bem.

Lierte – Três aqui na cidade, e de fora da cidade mais uns três. As grandes licitações são para empresas de fora. Os empresários de Valadares têm medo de licitar. Carlos – Lierte, a prefeita é refém de um grupo?

Lierte – Se você quiser ser um prefeito refém de um grupo econômico você é. E eu digo: será que vale a pena pagar esse preço? Adolpho – O Carlos perguntou diretamente: ela é refém? Você não respondeu...

Lierte – No início talvez ela fosse refém, mas hoje ela é parte. Você vê que ela, na ocasião que teve de mudar o rumo da administração dela, retrocedeu. A modificação do secretariado dela foi eminentemente política. E sem estratégia, porque não conseguiu aglutinar os grupos, e quem está com ela está insatisfeito. As bocas maiores do sistema precisam ser alimentadas e ela não tem pulso para racionar a ração, do mais gordão, e fazer uma “graça” para o menor. É uma questão de desesperança, porque você não vê projeto de fato na gestão dela. Vão aparecer obras, mas obras da Vale. Eles não vão poder reivindicar a paternidade, coisa que criticaram no passado. E a Vale não está fazendo mais que a obrigação. A Vale não paga IPTU, e eu já fiz as contas: seriam quase R$ 300 milhões por ano. A Vale não faz favor para Valadares. Qualquer prefeito de Valadares vai trazer obras da Vale, para que consiga aqueles protocolos que ela consegue, de empresa social, de empresa isso, empresa aquilo. O único projeto que eu vejo, mesmo assim com a parceria da iniciativa privada, foi a questão da política habitacional. Isso é indiscutível, mas o que mais? Nada foi feito, porque ela não tem equipe. Sobre explicar as denúncias que o Adolpho pede: é o caso da licitação na Saúde. Um grupo de empresários foi ao meu gabinete e fez a denúncia. Pedi de novo: “Faz um ofício que vamos investigar”. O fato é que no processo licitatório houve duas empresas com assinaturas falsificadas: uma de Contagem e outra de Betim. Eu fui lá com a minha equipe. Uma das empresas não participa de licitações e a outra nunca participou de licitação em Valadares. No orçamento delas, falsificaram as assinaturas. Um dos empresários não queria falar, e eu disse: “Meu amigo, não tem mais jeito, já fui à polícia, já fiz a denúncia”. Aí, ele fez e assinou a declaração e foi no Cartório para registrar. Quando voltei para Valadares a coisa já estava estourando, um repórter da Globo tinha feito a matéria e tinha a tinha a gravação dos empresários falando, e inclusive isso está na Polícia Federal. Adolpho – Isso é recente?

Lierte – Início do ano. A licitação rebentou o escândalo com o Dr. José do Carmo sendo secretário, mas o negócio foi feito na época da Iara. E o que me deixou encucado é o incêndio que houve lá na área do depósito dos papeis de licitações... Adolpho – Mas aquilo foi acidente, mesmo... (risos) O resto é maledicência...


Lierte – Encaminhei o caso para a polícia e para o Ministério Público, e inclusive um dos empresários está acionando a prefeitura, por danos morais. Valéria – Falta o trator... Adolpho – O trator não tem explicação (risos) Valéria – Foi um acidente... (risos)

Lierte – O caso do trator, por que não levaram para o Ministério Público? Não entendo isso. Adolpho – Lierte, estamos aqui como imprensa, e te pergunto: a imprensa tem te dado cobertura para fazer uma manifestação, uma denúncia?

Lierte – Me lembro do vereador Geovanne Honório, durante o governo Mourão, dizendo que a imprensa não lhe dava espaço, etc. Vejo, hoje, que a imprensa de Valadares é coerente, que mostra os dois lados da moeda, que dá espaço para os dois lados, oposição e governo. O erro da prefeita foi ter posto no comando da Comunicação Social uma pessoa que não tinha habilidade para lidar com a imprensa. A imprensa tem que ser respeitada. Assim como a educação, emprego, etc, são prioridades, a imprensa também é. Este governo não respeita a imprensa. Dentro do assunto imprensa quero registrar que tive bons mentores de relacionamento com a imprensa: um foi o Dileymárcio, através de quem eu comecei na televisão, outro é o Mendes. São duas pessoas que eu escuto muito... e me criticam. Lincoln – E o Iprem? Valéria – Sobre esse assunto me reporto ao Luizinho (Luis Alves Lopes), que eu admiro e que me falou que na época dele na administração tinha oposição, tinha o Geovanne e a Cida, tinha o Ministério Público, e atrasos não eram tolerados, e que nessa administração o povo faz e acontece, se fez um acordo que ninguém consegue entender. Como é que é isso?

Lierte – Não sei se vocês sabem, mas existe uma Ação civil Pública que impede a prefeitura de fazer o procedimento que foi feito, o empréstimo. Não pode.

Adolpho – Como você quer ser prefeito numa situação dessa? (risos)

Lierte – Você me apóia? Isso nós vamos discutir na convenção no ano que vem. Carlos – Quais os outros nomes do PMN em Valadares?

Lierte – Temos empresários, temos o Júnior Veja, temos o Humberto da Covatrans... Adolpho – Covatrans?

“Estou defendendo e vou defender essa auditoria judicial, seja lá o que vier para mim no futuro.”

Adolpho – Mas já fez...

Lierte – Na mesma ação, o Ministério Público pede a devolução dos R$ 8, 555.000,00 que a prefeitura pegou. Agora, eles vão brigar com a Justiça. O Iprem virou a Bolsa da Viúva. Todo mundo pega dinheiro lá. A questão com o Iprem que mais me preocupa é que existe uma certidão negativa que o Iprem precisa dar para o município, para habilitá-lo a receber essas verbas de convênios. Pouca gente sabe disso, e para essa certidão negativa ser dada, para o gestor, ele precisa estar em dia. Na virada do ano, se a prefeita não estiver em dia, eles vão ter problema. E na virada do ano nós temos que estar em cima do Iprem, vigiando. Inclusive, no caso do Conselho Deliberativo, com relação ao terreno do Iprem, teve até Polícia Federal lá, porque essa questão de Previdência já é de competência da Polícia Federal. Os conselheiros do Conselho Deliberativo do Iprem estão, também, acionando o Ministério Público. Infelizmente, quando o gestor parte para a irresponsabilidade fiscal...A questão do Iprem requer ação imediata da Polícia Federal, do Ministério Público. Infelizmente, temos na Câmara pessoas comprometidas com os interesses do Executivo. Carlos – A prefeitura tem condições de evitar que essa bomba do Iprem exploda?

Lierte – O Iprem já explodiu. Como é que a prefeitura vai devolver R$

8.500.000,00? Me parece que em Valadares nós estamos num momento em que o pessoal está anestesiado. Ninguém faz nada! Todo mundo está de saco cheio com os vereadores, tá de saco cheio com a Prefeitura, mas ninguém tem ação. Eu chego no Ministério Público está lá aquela pilha de processos, estou até com vergonha do Dr. Leonardo. Não sou enjoado, mas tenho que dar o feedback. Se você analisar do ponto de vista da Lei de Responsabilidade Fiscal você vê que está tudo sendo empurrado com a barriga.

Carlos – É só passar no Mercado que você identifica. (risos) (Lierte interrompe para conversar por telefone com a esposa, depois de falar muito bem dela, uma baiana que se chama Ana Paula Vilela Ferreira Mônaco Viana Soares) Adolpho – Com esse nome ela é rica...

Lierte – Não vou dizer que dei o golpe, não, mas estou muito satisfeito. (risos) Valéria – Lierte, e essa questão da privatização dos cemitérios?

Lierte – Sobre a privatização dos cemitérios, chegou o projeto lá. Ele concede 25 anos para a empresa vencedora, e outra coisa é que os distritos estão excluídos no projeto. O princípio de norma legal é que nenhuma lei pode ser excludente. Eu tinha chegado de Santo Antônio do Porto, e o pessoal de lá estava com raiva, porque o cemitério de lá tinha sido desativado. Fui conversar com o secretário de Assistência Social e ele disse: “Na lei os distritos não estão incluídos, mas nós vamos abrir uma discussão depois, porque lá não é rentável”. Eu disse então: “Lá não morre gente?”. Quando cheguei no escritório estão lá três representantes de funerárias me esperando. O projeto não tinha descido ainda, e os caras já me entregaram uma cópia dele. Liguei para a Câmara, e me disseram que o projeto tinha descido. Pedi a eles que me fizessem um ofício, eles fizeram e eu estive no Ministério Público, e no edital tinha um item que dizia que a empresa para participar tinha que ter cinco anos de experiência em administração de cemitérios. E o projeto chegou na Câmara com data de julho, e até então nenhuma das comissões tinha se manifestado. Mas tive a grata satisfação de ver o parecer do Dr. Leonardo Cabral questionando a Câmara e a prefeitura sobre o porquê de tão longa concessão, ainda que a Lei Geral das concessões é de 10 anos. Por que essa de 25 anos? Houve questionamentos e o projeto está paradinho lá. Pedi uma audiência pública, e derrubaram meu parecer. Mas vou fazer uma audiência pública na cidade toda. Pode não ter valor jurídico, mas eu quero debater. Adolpho – Temos que encerrar a entrevista e quero arrematar: primeiro você falou de diversos assuntos com muita propriedade, mas um deles, que eu acho da maior gravidade, você falou com pouca profundidade, que 29


entrevista - Lirte Júnior

é o assunto do Iprem. Segundo, você falou somente “en passant” sobre ameaças à sua família, e terceiro, quando a gente fala “vamos entrevistar o Lierte”, as pessoas (poucas) dizem: “Não deem palanque pro Lierte, em função da confiabilidade dele”. Não sei explicar isso, mas é o que dizem... Valéria – Posso explicar? Primeiro porque ele apoiava a Elisa e depois se voltou contra ela; segundo, em função da conveniência do Lierte pelas pretensões políticas dele... Afinal, ele quer ser prefeito. Adolpho – Vamos deixar o Lierte comentar isso...

Lierte – Primeiro eu quero dizer da minha admiração pelo Adolpho e pela revista... Adolpho – Deixa eu aumentar o volume... (risos)

Lierte - ... sobre a confiabilidade, primeiro eu quero dizer que sou “ficha limpa”, e não sou apadrinhado político de ninguém e isso incomoda, porque não aceito “pitaco” no meu mandato, de padrinhos políticos. Não entro nesse esquema e isso causa uma indisposição naqueles

um mês... Vocês falam em confiabilidade e eu pergunto: quais vereadores teriam coragem de fazer o que faço? Encarei o sistema, e não sou escravo dele. Sobre o Iprem é como eu disse: precisa haver uma mobilização no Ministério Público, e aí entra o Ministério Público Federal... O Iprem trem o controle interno, que responde ao controle externo, que é um órgão do governo federal que comanda todas as previdências. Certamente virão auditores externo para fazer um Raio X dessa questão. E a Polícia Federal já está em ação para que essa auditoria venha. O Conselho Deliberativo do Iprem está totalmente contra o que está acontecendo. O desfecho disso tudo é que não está nítido para nós. Agora o fato é que estou saindo daqui hoje feliz, pelo debate que tivemos. E saio com o propósito de trabalhar essa questão da confiabilidade que o Adolpho mencionou. Carlos – Talvez essa questão tenha a ver com o fato de que as denúncias que você fez não deram em nada ainda. Ainda não resultaram em algo...

Lierte – Falar isso é até covardia comigo e com o Ministério Público...

“Aí, uma compra que poderia ser de seis milhões e pouco de reais, a prefeita pagou dezessete milhões e cacetada.”

Valéria – Tem a ver também com a comunicação... Lincoln – Uma assessoria de comunicação pode resolver...

Lierte – (para a Valéria) Vou procurar vocês lá. Agora, as coisas não são simples: a empresa Ibrama, do Rio Grande do Sul, é de um cara que é irmão meu de igreja, que eu freqüentava, e eu rompi o relacionamento com ele, para dar andamento às denúncias. Prevaleceu meu compromisso com o povo. Hoje, por exemplo, estou na casa de vocês... Adolpho – Você não deve espalhar isso... (risos)

que se acostumaram a mandar. Outra coisa: não sou do grupo do Mourão e nunca fui do grupo da Elisa. Quando ela me convidou para ser líder na Câmara foi para me amarrar, porque para ela vereador tem que ser cego, surdo e mudo. E eu me preparei para ser vereador, para dar o meu melhor. Na verdade, Lierte causa incômodo. E nossa oposição é boazinha, não tem perfil de oposição. Sobre ameaças, eu fui ameaçado, inclusive não só eu; o vereador Chiquinho teve gente na casa dele. Eu tenho o B.O. Fui à polícia, na época andei “com gente comigo”... Foi uma situação muito complexa, inclusive houve uma colisão no carro de minha esposa, os “caras” achando que era eu, no carro. E era um carro do Rio de Janeiro, a polícia foi atrás e não conseguiu localizar. Membros de comunidades em que tenho acesso chegaram no meu escritório e falaram: “Lierte, tem um boato aí que eles vão te fazer”. Depois chegou a mim um cara de uma funerária e disse: “Olha, dizem que um vereador vai morrer”. Passei muito “cagaço”, mandei minha esposa para Conquista, fui à Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, registrei queixas, e fui para uma chácara de um amigo meu, e os “caras” foram lá em casa, armados, os vizinhos me contaram. Então, levei os vizinhos todos para a polícia, para depor. Adolpho – Você acha que nós estamos correndo algum risco aqui, agora? (risos) Lincoln – Foi no período do Saae?

Lierte – Sim, foi naquela época. Não gosto nem de lembrar dessa época. Foi um momento em que pensei em “chutar o balde”. Deus foi bom comigo...minha esposa ficou fora durante 30

Lierte - ... quando vou à casa de alguém estou dando liberdade, então, depois não posso dar porrada... Já fui na casa do cara, e quando eu chego na Av. do Contorno para fazer minha investigação, quem eu encontro? Ele! E eu não podia retroceder... Ligaram para parentes meus, para meu avô, pedindo para “aliviar”. Lincoln – Talvez você não esteja conseguindo passar a imagem do que você está fazendo, para a sociedade, para a cidade.

Lierte – Estou saindo daqui satisfeito e consciente de que preciso trabalhar isso. Comunicação. Consegui o respeito da imprensa pela minha produção na Câmara. Carlos – Para encerrar: e o avião no Rio Doce? Adolpho – A Câmara vai fazer um requerimento...

Lierte – Estou muito agradecido por ter sido convidado, sei que não é qualquer um que senta aqui. Deus me preparou para estar aqui conversando com vocês; o papo foi muito agradável e tenho pra mim que nós valadarenses precisamos abrir uma discussão sobre a inércia do município. E estamos correndo riscos. Agradeço muito por ter estado aqui como vocês, e me coloco à disposição.


A Equipe Oncoleste deseja a todos os seus pacientes e familiares, colegas da área de saúde e a comunidade Valadarense e Região, muita saúde e felicidade neste Natal e em 2012.

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Os 15 anos de Mariana Dias Araújo Valério

Mariana e a mãe Conceição Araújo

Dezembro começou fazendo brilhar a estrela da belíssima debutante Mariana Dias Araújo Valério. Ao lado dos pais, Alberto Valério e Conceição Araújo, ela recebeu os amigos e parentes para celebrar este momento tão especial. Com organização de Tatiana Bretas, Mariana, lindamente vestida, reinou no seu dia, com direito à valsa com o pai e os amigos.

O brinde da debutante com os pais Alberto Valério e Conceição Araújo

A debutante Mariana e as amigas


Foto: Ramalho Dias


Formatura Terceiro A

noite de 25 de novembro teve todos os ingredientes perfeitos e motivos para comemorar! Formatura do 3º ano do Ensino Médio do Sistema de

Ensino Genoma mais uma vez brilhou na organização, com coordenação de Sandra Jardim, decoração da Feliz Aniversário e serviços de Teka Buffet. Impecáveis, os diretores Rodrigo Cunha e Suelen, Nilson Cunha e Janaíne, Thiago Cunha, juntamente com a matriarca Zilma Cunha, receberam alunos, familiares e amigos em uma festa marcada pelo glamour e a elegância dos convidados, e a alegria dos formandos, que se jogaram na pista ao som da banda San Remo e celebraram a conclusão desta importante etapa de estudos, até o nascer do sol. Confirmando sua posição de crescimento e destaque no ramo da educação, o Genoma traz como grande novidade para o ano letivo de 2012 a abertura de turmas de Ensino Fundamental II – 6º ao 9º ano, complementando o Ensino Médio e o pré-vestibular já existentes.

O diretor do Genoma Rodrigo Cunha e a esposa Suelen

Os professores Leandro, Rinaldo e Rafael

O diretor Nilson Cunha e esposa Janaíne

Professor André e esposa

Os diretores Nilson Cunha, Rodrigo Cunha e Thiago Cunha

Professores Chico e Cláudia

Professora Vanessa e esposo

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Mariana e Lucimar Gomes

Funcionários Edson, Sandra e Célia

Natália

A formanda Eduarda e João Pedro

Halanna e Bárbara – Recepção

A formanda Eduarda, com o diretor Nilson e sua mãe Magda


Ano 2011

Família Genoma: João Eduardo, Janaíne, Nilson, Suelen, Rodrigo, Zilma e Thiago Cunha

Os diretores Thiago Cunha e Zilma Cunha

As coordenadoras Perla, Amanda, Narcélia, Raquel e Valquélia

O brinde dos formandos do 3º Ano A advogada Mara e Márcio

A psicóloga Ernestina e Jairo

Stéphanie, Deisielly e Grazyelle – Tesouraria

As coordenadoras Priscila e Daniele

Professores Elaine, Hudson e Deise

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Fotos: Ramalho Dias

O brinde da equipe Movimento A

confraternização de fim de ano da Revista Movimento já está virando uma tradi-

ção. Muitas pessoas interessantes reunidas, e aquele ar festivo que marca as melhores festas. Foi com toda essa alegria e descontração que anunciantes, colaboradores, publicitários, parceiros e amigos da Movimento brindaram às conquistas de 2011, aos projetos para o próximo ano e ao encerramento de mais uma temporada de bem-sucedidas parcerias. Decorado com o bom gosto de Patrícia, da Feliz Aniversário, o Ilusão fervilhou de gente eclética e glamurosa, que se deliciou com o maravilhoso buffet de Célia Bittencourt, e muito wisky e champanhe geladíssimo. As personalidades que marcaram presença na agradabilíssima noite da Movimento você confere nesta e nas próximas páginas desta edição que encerra 2011 com chave de ouro, desejando a todos que fazem parte do sucesso da revista um 2012 repleto das mais plenas realizações.

Júnior e Larissa Prates

Feliz Natal! Feliz Ano Novo!

Wellington Braga e Socorro


Paulo Cunha e Lorena

Dra. Ana Beatriz, Miriam Cardoso e Marieta Byrro

Dr. Célio Cardoso e Dr. Darlan Corrêa

Renato Fraga e Carmen Cléa

Dr. Márcio Pena e Lagilda


Fotos: Ramalho Dias

Diego D’Angelo e Danielly

Lincoln Byrro Neto e Francisco Silvestre

Amigos da Movimento brindam ao sucesso de 2011

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Josias Barbosa e Silvia

Débora Di Spirito, Lena Trindade, Vanessa Gimenez e Mírian Santiago

Rodrigo Moura e Eliana


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Fotos: Ramalho Dias

Viviane, João e Renata Lins

Rodrigo Timóteu e Stefania

Ivamar Farias e Andréia

Karine, Rogério Primo, Simone Magalhães e Luis Gustavo

Gente eclética reunida no Ilusão

Ricardo Amaral e Newarke

Eduardo e Fabrício (Aquario)

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André e Karla

Rosana Lacerda

Sayonara Calhau

Antônio João e Tessa Damasceno


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Fotos: Ramalho Dias

Lulu Pinheiro e Flora

Fábio e Andrea Lacerda

Harley Araken e Raquel Farias

Pessoas interessantes e felizes

André Lacerda e Lilian Murta

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O hair stylist Cícero Mello e Valquíria

Léo Nascimento, Lena Trindade e Bosco Costa

Karine e Aparecida Nóbrega


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Fotos: Ramalho Dias

Marcos Mendes e Zenólia Almeida

Beré Magalhães e Bruno

Clima descontraído e alegre Lena Trindade e Cilene Pereira

Dra. Grazziella Silveira, KK Gontijo e Viviane Coelho

Anna Cotta, Luciana e Geraldo Purri

Mide e Edilene Reis e Terezinha

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Jaqueline Tristão e Cida Duarte

Sissi e Manoel

As irmãs Vera e Lena Trindade

Walkíria e Priscila Barreto


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Alzira Leal

Alaor, Gerson e Antônio Leal

Uma noite especial

Beatriz Bicalho, Luciana Rocha e Ilma Barbosa Fotos: Ramalho Dias

Márcio Pereira e Bel

Lorena Cunha, Jaqueline Tristão e Socorro Braga

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Viviane Coelho e Araceli Vieira

Jefferson e KK Gontijo

Renata Lins

Sônia Leão


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Os anfitriões Rodrigo Fabiano Souza e Mayra Peixoto Souza com a atriz Cissa Guimarães

Um brinde ao sucesso do Bairro Ouro Verde

O

jantar em torno da atriz Cissa Guimarães, organizado com todo carinho e elegância pelos empresários Mayra Rody Peixoto Souza e Rodrigo Fabiano Souza, reflete o cuidado do jovem casal de empreendedores para com o loteamento Ouro Verde, que chega à sua segunda etapa de vendas com uma grande campanha publicitária estrelada pela carismática atriz global. Na Chácara Boa Vista, decorada com suavidade e aconchego, os anfitriões receberam ao lado dos parceiros Alberto Monte Alto, da Correta Imóveis, e Edésio Liandro, da Projet Engenharia. Delicioso cardápio assinado pelo chef Ulysses Lima e a voz inconfundível do talentoso Kadu Vianna embalando os convidados completaram o clima especialíssimo da noite, que comemorou também o sucesso da primeira etapa, que teve suas 160 unidades vendidas em apenas 20 dias. A segunda etapa do Bairro Ouro Verde contempla 200 lotes, localizados a partir da sede (em construção) do IFMG – Instituto Federal de Minas Gerais – até a área de frente à entrada para o futuro campus da UFJF. A localização não poderia ser mais atraente: a região tem topografia privilegiada, não é inundável e está no vetor de crescimento da cidade e com acesso rápido e fácil ao centro pela Avenida Minas Gerais. Com todo o loteamento aprovado nas instâncias legais, Rodrigo e Mayra já estão com a logística pronta e preparada para começar as obras de infra-estrutura no local, que vai contar com rede de água, esgoto, drenagem, asfalto em todas as ruas e áreas verdes. Tudo feito com a mais alta qualidade, a fim de proporcionar aos clientes e futuros moradores do Bairro Ouro Verde não apenas um bom investimento, mas a realização do sonho da casa própria em grande estilo.

Wesley e Cristina Lima, Pedro Colen, Cissa Guimarães, Ulisses, Maria Siman e Avelino


Tiago Souza e Alexandre Peixoto

Airam, Thaís, Kadu, Beto Monte Alto e Bia

Edézio Liandro e Adalgiza Raydan

O show de Kadu Vianna

Mayra Peixoto Souza e Rodrigo Fabiano Souza

Yana Terra e Cid

Júlio Avelar

Sandro Heringer e Camille

Kátia, Maria e Dahir Siman

Tiago Souza e Mayse Costa

O chef Ulisses Lima e Cissa Guimães

Yana Terra e Wilma Trindade


Empresário do Ano

Olavo Machado Júnior e Rozani Azevedo

FIEMG de “casa nova”

P

A capacidade de “fazer acontecer” da presidente

Guilherme Olinto de Abreu Resende foi o grande

outros presidentes de regionais, transferindo para

homenageado deste ano no baile da Associação

a cidade a reunião mensal que tradicionalmente

residente da Cooperativa Agropecuária do

da FIEMG Regional Rio Doce Rozani Azevedo

Leste de Minas e do SILEMG – Sindicato

trouxe para Governador Valadares o presidente do

das Indústrias de Laticínios de Minas Gerais,

Sistema FIEMG, Olavo Machado Júnior, e vários

Comercial e Empresarial de Governador Valadares.

Wellington Braga e Guilherme Olinto Resende

acontece em Belo Horizonte. A causa não poderia

O Salão Nobre do Ilusão fervilhou com o prestígio do

ser mais nobre, com a inauguração da galeria dos

“Empresário do Ano”, que ganhou o carinho da família

ex-presidentes e a reformulação completa da sede,

e a presença de muitos amigos e parceiros de trabalho.

que passa a ter estrutura para receber empresários

A nota elegante da noite ficou por conta da educada

dos 93 municípios que compõem a regional. A “casa

atenção às palavras de Guilherme e do presidente

nova” foi inaugurada com um prestigiado almoço de

da ACE, Wellington Braga. Respeitoso e absoluto

confraternização.

silêncio que imperou durante os dois discursos permitia que fosse ouvido até o ruído do ar condicionado, só suplantado pelos calorosos aplausos ao final de cada fala. Uma atitude tão inédita quanto admirável.

Hercilinho Diniz e Luíza prestigiaram Guilherme Olinto

Medalha In Memorian

Orgulho maior não pode haver para o filho José Altino Machado: representar o patriarca Coronel Altino Machado, na entrega da Medalha Desembargador Hélio Costa, outorgada In Memorian pelos relevantes serviços prestados ao Poder Judiciário. Em cerimônia conduzida pelo juiz diretor do fórum, Dr. Amaury Silva, na Câmara Municipal, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais prestou uma justa homenagem ao Coronel Altino, militar condecorado, pioneiro da aviação civil e fundador da Faculdade de Direito Vale do Rio Doce, José Altino Machado e Tininho Machado

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entre outras realizações deste cidadão exemplar.

Maurício Morais, Bonifácio Mourão, Toninho Coelho, João Emídio e João Campos no lançamento da expansão da SuperI TV


A maior feira empresarial do Leste Mineiro está pronta para todas as mulheres

espaço MULHER Lojas e confecções de roupas, calçados, bolsas, acessórios, joias, perfumaria, fitness, salão de beleza e estética. Além de cursos, palestras, oficinas e tradicional desfile de moda. Um setor completo, feito pensando exclusivamente nas mulheres. Expoleste 2012. Essa vai entrar para a história.

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alissa durkes

A viagem de um

caminhoneiro verbal

E

xistem dias em que nossos sonhos parecem tão próximos… A nossa felicidade é nítida e passada através do nosso olhar. Nesses dias, tudo parece mais leve, a vida parece mais tranqüila, é incrível o que pode trazer a sensação de ter potencial. Mas é nesses dias, e especialmente neles, que alguém resolve fazer um comentário, aparentemente inofensivo, que destrói completamente tudo aquilo que você sentia antes. Algumas simples frases como “Ah, sei quem é! O namorado da fulana.” (bem quando você acreditava que fulana seria você) ou um “Nossa, isso aí é que é uma cantora de banheiro mesmo”, ou mesmo um conselho, bem realista, mas que fere como “Desculpe, mas você vai quebrar a cara no final”, são frases que gosto de chamar de caminhões. Sim, caminhões, de todos os atropelamentos o pior, mais perigoso, por ser maior e apresentar uma carga muito pesada. Muitas pessoas, quando atropeladas por caminhões fingem que nada aconteceu, simplesmente se levantam e carregam o caminhão nas costas, como se não sentissem dor nenhuma, mas que sabem exatamente a dor dos seus músculos internos ao carregar tanto peso. Outros ficam deitados no chão sem querer levantar, sem querer acordar. Para essas pessoas abrir os olhos e ver os danos causados pelo acidente é muito cruel, eles preferem se esconder e não pensar a respeito. Por fim, ainda existem aqueles que após o atropelamento fazem de tudo para levantar, mas simplesmente não conseguem. Essas pessoas se esforçam para carregar o peso nas costas e definitivamente não querem ficar paradas no chão, elas querem receber a crítica e internalizá-la, acreditam que assim irão crescer e não se destruir. Mas elas não são capazes nem de levantar. É triste, mas essas pessoas existem, e eu, particularmente, me considero uma delas. Tantas vezes olhar no espelho para mim não é o suficiente, eu preciso sempre de uma confirmação. Se eu tenho um sonho, por exemplo, e alguém me diz “esse é um sonho difícil, pare de tentar porque você vai sofrer quando não alcan-

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çá-lo”, eu não penso em outra coisa por dias e dias. Eu paro no tempo e vejo que, mesmo eu acreditando no meu potencial, nas minhas conquistas, existem pessoas que não acreditam, e o final da frase “quando não alcançá-lo” me é particularmente incômodo. Como essa pessoa pode ser rude o suficiente para dizer que não realizarei os meus sonhos? E como eu, e as outras pessoas que se encaixam no meu quadro, podemos ser bobas o suficiente para achar que um único comentário é determinante? É claro que nem todo atropelamento é feito por caminhões, existem inúmeros meios de transporte. Uma bicicleta, um carro numa baixa velocidade, todos são menos cruéis, de mais fácil recuperação, mas um caminhão? O caminhão raramente não deixa sequelas, e essas acompanham o acidentado por muito tempo, ou pelo resto de suas vidas. Ele precisa praticar a fisioterapia mental, e ir se curando do choque com o tempo. Não sei bem aonde quero chegar com esse texto, mas sei exatamente porque o escrevi, e foi por ter passado recentemente por um atropelamento. Quero terminar com conselhos, mesmo sabendo que podem não ajudar. Quero apenas que se lembrem sempre que muitas pessoas após sofrerem um acidente, principalmente os mais trágicos, quando QUASE se perde a vida, não a perdem, e passam a vê-la de outra maneira. Essas pessoas podem se tornar limitadas FÍSICAMENTE mas, muitas vezes, crescem MENTALMENTE. Por isso, aproveite, pois o atropelamento verbal não deixa marcas físicas e nós somos donos da nossa própria mente. Você pode decidir que caminho trabalhar, do crescimento ou da retração e da desistência. Esse é um conselho hipócrita. Mas que sei que é importante e por isso sinto a necessidade de passar. Acreditem em vocês e em suas capacidades. Mesmo que sejam ridículas, faz bem acreditar. E eu prometo, de todo coração, que também farei o máximo para não deixar nenhum caminhão me derrubar! PS.: Por favor, prestem atenção no que dizem às pessoas, não seja você o caminhoneiro. (RISOS)


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MODA

Mais três tendências... para a moda

Saia longa:

outra tendência que já vem de coleções anteriores e ganha força neste verão, com modelagens amplas e de babados. A inspiração hippie e folk reforça as estampas florais, em especial o Liberty (aquele floralzinho bem miúdo), que ganha a companhia dos saiões lisos – em cores fortes ou off white – e até de animal print, em looks que vão do sóbrio ao descolado.

Espadrilles:

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Color Block:

a inspiração nas cores fortes que reinaram absolutas nos anos 80 segue firme nessa estação em looks que, como o próprio nome diz, formam “blocos de cores” quentes e fortes, desde as peças principais – que podem ser lisas ou de estampas que formem blocos – até sapatos e acessórios. Não é fácil de usar, mas é divertido. Para não correr o risco de ficar muito over, o ideal é não misturar mais que quatro cores.

elas são os It Shoes da estação. Literalmente todos os estilistas investiram nestas sandálias com solado de corda, que dão um aspecto ao mesmo tempo rústico e elegante ao look. Democráticas, elas têm vários tamanhos de salto, variando entre plataformas, anabelas e até rasteirinhas.


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empresas& NEGÓCIOS Ibituruna

Popô & Lelê

Fattus A

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Da primeira peça do enxoval até as roupinhas mais descoladas para meninos e meninas até 10 anos. Na Popô & Lelê, o bom gosto e o talento da empresária

paixonada por sapatos como toda mulher,

e artesã Jaqueline Tristão

a empresária Larissa Prates faz questão

se transformam em roupas,

de manter em sua sempre maravilhosa vitrine

acessórios, peças de decoração

as mais exclusivas novidades, com modelos

personalizadas, lembrancinhas de

que se destacam pela beleza e originalidade,

batizado e aniversário, vestidos de

dando um toque de puro charme e glamour

dama de honra, de anjo, e todas

a qualquer produção. Com a ampliação da

as fantasias com que só a infância

loja, as clientes ganharam um ambiente mais

é capaz de sonhar.

Photoclube Apaixonados por fotografia e incansáveis no trabalho desenvolvido no Ibituruna Photoclube, Dr. Wagner Damázio e Dr. Marcus Moraes realizaram, em parceria com a Prefeitura de Governador Valadares e o Instituto Nosso Lar, um curso de fotografia para 37 adolescentes, com idade entre 14 e 17 anos, no Bairro Turmalina. O gratificante resultado das aulas transformou-se em uma exposição que atualmente está na sede do Instituto, mas deve percorrer outros locais. Entusiasmados pelo aprendizado, os adolescentes agora se preparam para o próximo passo, que é a edição de um livro documentário com a história do bairro. Para motivá-los ainda mais, o Ibituruna Photoclube está realizando uma campanha para doação de máquinas fotográficas, para

clean e mais comodidade para desfrutar do

que cada um tenha sua própria câmera. Uma

excelente atendimento da loja.

iniciativa que merece adesão.


Sintonia Para quem gosta de um jeans wear de qualidade,

Centopéia

as peças da Ozmose, Dopping e Equus. Para quem

Falando em paixão por sapatos, é fácil

não abre mão das tendências, as coleções sempre

descobrir porque para muitas meninas ela

tentadoras da Fato Básico, Caos, Strattus e muitas

começa bem cedo. Basta dar uma olhada

outras marcas que as empresárias Amanda Caldeira

na fofura dos modelos que a empresária

Braga Araújo e Maria Aparecida Caldeira Braga

Kênia Ruela tem na sua Centopéia.

colocam à disposição de suas clientes nas araras da

Sapatinhos e acessórios infantis para

Sintonia, um endereço que não pode faltar na agenda

garotas e garotos cheios de estilo e

de quem faz questão de estar antenada com a moda.

energia andarem por aí com mais charme. A empresária Kênia Ruela

Empresário Rosalvo Novaes comemorando merecidamente a certificação ISO9001 recebida pela sua Impermax. E com um detalhe importante: ela é a única empresa de impermeabilização do estado a receber esta certificação. Conquista de uma gestão competente e trabalho executado com máxima qualidade.

Steffens

Carmem

Impermax ISO 9001

Colorido e brilho da vitrine da Carmem Steffens chamam a atenção de quem passa pelo mall do GV Shopping. Sandálias, sapatos e bolsas da coleção de verão da marca dando show de luxo e beleza, bem ao estilo que a consagrou. Opção luxuosa de presentes para as mais chiques. Já para as teenagers mais estilosas, os modelos Carmem Steffens Kids são um mimo apaixonante.

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Arquiteta

Priscila Barreto A

Fotos: Ramalho Dias

arquitetura que vai além da beleza, agregando criatividade e funcionalidade para oferecer soluções e construir ambientes que reúnam conforto e praticidade sem perder de vista os desejos e preferências pessoais. Assim é o trabalho da arquiteta Priscila Barreto, uma profissional que prima pelo cuidado em cada detalhe na hora de transformar em realidade a casa (ou empresa) dos sonhos de cada cliente. Para ela, cada projeto é um trabalho de estreita parceria, desde o projeto arquitetônico (apresentado em 3D com alto nível de detalhamento) até a decoração interior, passando pelo acompanhamento das obras, escolha de peças e materiais, assimilando o gosto do cliente às suas idéias, moldando-as aos orçamentos e disposição de investimento de cada um. Sua maleabilidade e capacidade de diálogo e adaptação imprimem um diferencial no trabalho de Priscila, tanto em ambientes residenciais (casas, prédios, apartamentos) quanto comerciais (lojas, clínicas, escritórios e outros). Uma criatividade que é a sua marca registrada e pode ser conferida também no blog “Falando de Arquitetura” (www.arqpribarreto@blogspot.com).

Av. Minas Gerais, 2.065 - Apto 101 - Grã-Duquesa - Gov. Valadares |

tel.: 33

3271-6445 -

33

8815-0260


FOTO: KK COELHO

FOTOS: RAMALHO DIAS

Rua Sete de Setembro, 2889 - Centro Telefax: 3271-3344

Rua Sete de Setembro, 2889 - Centro Telefax: (33) 3271-3344

Rua Barão do Rio Branco, 30 - Centro Tel.: 33 3212-3380 Rua Belo Horizonte, 561 - Centro Tel.: 33 3212-3273 Av. Minas Gerais, 782 - Centro Gov. Valadares - MG | 33 3271-5531 Rua Israel Pinheiro, 2341 - Centro Telefax: 3271-5522

Rua Bahia, 371 - Lourdes Telefax.: (33) 3221-4611

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Av. Minas Gerais, 1674 -N. S. das Graças Gov. Valadares - MG | 33 3276-2160 Rua Belo Horizonte, 717 - Centro Gov. Valadares | Tel.: 3276-4949 Rua Espírito Santo, 252 Lourdes | Tel.: 3275-8444

pri_btos@hotmail.com

|

arqpri@blogspot.com

Rua Espírito Santo, 252 - Lourdes Tel.: (33) 3275-8444

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turismo por Paula Greco

C

Aruba & Curaçao

om três quartos de sua superfície coberta por águas, nosso fascinante planeta Terra é pontuado por incontáveis costas litorâneas com praias das mais diversas belezas, desde as mais selvagens até as chamadas urbanas. Cada uma delas encanta por uma peculiaridade, seja a cor do mar, o cenário paradisíaco, as atrações submersas ou o agito das altas temporadas. E entre tantas e tão belas praias, não é exagero afirmar que as mais famosas são as do Caribe; exatamente porque reúnem o que de mais incrível um litoral pode oferecer aos seus visitantes.

Aruba e Curaçao, duas pequenas ilhas das chamadas Antilhas Holandesas, se destacam ainda mais nesse panorama de “quase paraíso” porque, localizadas na parte meridional do Caribe, a pouco mais de 20 quilômetros da costa da Venezuela, elas ficam longe das rotas de furacões e tempestades que tanto assustam os turistas em praias caribenhas. A proximidade entre elas é tanta que não vale a pena conhecer uma sem visitar a outra, até porque, apesar das muitas semelhanças, é nas diferenças que reside o charme deste destino em dose dupla. Geralmente o roteiro começa por Aruba, com suas praias planas de areia muito branca, vento constante, grandes estruturas hoteleiras e muitos passeios interessantes para se fazer. De 4X4 pela 62


ilha, de submarino com fundo de vidro para apreciar as belezas do fundo do mar e muitos passeios de barco, durante os quais é possível mergulhar de snorkel. Neste quesito, a principal atração é a carcaça do navio alemão Antilla, afundado durante a Segunda Guerra Mundial. As praias de Aruba são uma atração à parte: Palm Beach, Baby Beach, Arashi, Eagle Beach, e Malmok são, nesta ordem, as mais conhecidas e badaladas. Dá para percorrê-las de ponta a ponta em um ou dois dias e alugar um carro é bastante simples, até porque a comunicação em bom “portunhol” é fácil para os turistas brasileiros. A culinária local é exótica e saborosa, mas o “salgado” pode vir nos preços, especialmente nas praias próximas aos grandes resorts. Comer em lugares menos badalados pode render uma boa economia. De Aruba para Curaçao, o trajeto é feito em vôos rápidos – não tem barcos – mas, como são independentes, é preciso passar pela imigração nas duas ilhas. São apenas 20 minutos e dá até para fazer um “bate-volta” no mesmo dia, mas isso significaria perder boa parte das atrações da mais nova pérola do Caribe, que a cada ano vem se estruturando mais para receber os turistas. Muito maior em extensão e com mais variedade de relevo, Curaçao tem uma estrutura diferente e bastante interessante. A maior parte das praias é particular, em geral elas são menores, de acesso mais restrito, mas exuberantes, e de águas tão cristalinas que é possível ver os peixes passando, até mesmo na proximidade da praia. Não por acaso os praticantes de mergulho com snorkel conside-

ram o lugar um dos melhores do mundo para sua prática, inclusive para crianças. A capital da ilha, Willemstad, é dividida ao meio pela ponte móvel Rainha Emma. De um lado, Punda, com o belo centro histórico, de arquitetura holandesa; a mais antiga sinagoga em funcionamento contínuo nas Américas (com chão de areia, para relembrar os anos em que os judeus erraram no Egito) e o mercado. Em Otrabanda, o museu Kurá Luanda e o Forte Rif. Entre as praias particulares, destaque para as selvagens Cas Abou e Port-Marie. Mas é a praia pública de Kenepa Grandi a que mais deslumbra pelo visual. Outras atrações são a praia do Seaquarium – onde é possível até nadar com golfinhos – e os clubes de praia, como o famoso Mambo Beach, onde rola o agito da ilha. Mas o sol (que brilha o ano inteiro) e o calor (que torna necessário um reforço no filtro solar) não são as únicas atrações de Aruba e Curaçao. Em ambas as ilhas, a possibilidade de compras torna o conceito de paraíso ainda mais completo. Além de uma infinidade de lembrancinhas, os shoppings locais oferecem bebidas destiladas de marcas internacionais e roupas de grife por preços bem mais em conta que no continente. Sobretudo os cosméticos e perfumes também fazem a festa de quem gosta do gênero e até eletrônicos podem ser encontrados por valores interessantes. Por isso, fugir da altíssima temporada – que vai de janeiro a abril – pode ser uma boa dica para economizar nas tarifas e se jogar nas compras.

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reportagem

Vem aí!!!

Por Paula Grecoa

O que você acha que vai fazer no dia 22 de dezembro de 2012? Comprando os últimos presentes de Natal e preparando a ceia, ou correndo entre escombros depois de presenciar o Armagedon, como em tantos filmes já produzidos sobre o tema? Desde os primórdios da humanidade, em diferentes registros históricos, muito já se profetizou sobre o fim do mundo. Datas foram estabelecidas, tragédias anunciadas, pânico espalhado. Mas nenhuma previsão é tão popular quanto a que envolve os últimos dias de 2012, o que pode ter a influência direta da globalização e da rapidez com que as informações circulam em tempos de internet e mídias sociais. Mas o fato é que as raízes que levam a esta especulação datam de tempos bastante remotos.

No anunciado “fim dos tempos” a grande oportunidade de um novo começo A data é 21 de dezembro de 2012. Ou 13.0.0.0.0 no calendário de conta longa da civilização Maia (vide Box), último dia contabilizado nesse calendário. E que poderia simplesmente passar batido pela história como muitas outras ferramentas de civilizações antigas o foram, mas que caiu no imaginário popular contemporâneo, segundo os especialistas, graças a um livro do escritor estadunidense José Arquelles. Em “O Fator Maia”, lançado em 1984, o autor descreve o momento como “o fim do Homo Sapiens 64


O calendário da discórdia A civilização Maia usava um sistema com vários calendários distintos. Juntamente com outros povos, tinha um calendário de 260 dias para datas religiosas; um calendário solar de 365 dias e este chamado calendário de longa contagem, com aproximadamente 5.200 anos e que, de acordo com alguns estudos, termina em 21/12/2012. Por este calendário, a cada 20 dias forma um uinal, o que seria o mês. Cada 18 uinals, 1 tun, ou “ano”, cada 20 tuns fa-

e o início de uma época ecologicamente mais harmoniosa”. A obra serviu alavancar um movimento internacional, deflagrado pelo próprio Arquelles, que ganhou muitos adeptos no final dos anos 80 e começo dos anos 90, e pregava a harmonização com a natureza. Serviu também para dar origem a uma série de teorias especulativas sobre as prováveis circunstâncias que envolveriam este “fim dos tempos”. Elaboradas a partir de “sinais” interpretados com a ajuda da matemática, da mitologia, da ufologia, da Bíblia, da tecnologia e até mesmo do uso de alucinógenos, essas teorias se multiplicam, popularizam e lançam grandes e catastróficos enredos futuros para o final do próximo ano. Quanto mais mirabolantes elas se tornam, mais se distanciam da referência Maia que deu origem à criação deste mito contemporâneo do Apocalipse, até porque os próprios textos referentes à profecia feita pela antiga civilização são bastante vagos e dão origem a várias interpretações. Mas todas as versões e teorias contam com dois pontos em comum: a data e a passagem por uma transformação radical.

Não destrua a própria casa Apostar em uma mudança – não como um fim,

mas como a possibilidade de um novo começo – talvez seja a chave para entender o que de positivo e otimista é possível extrair de tudo isso. Um ponto interessante é que, textualmente, em nenhum momento a famosa previsão Maia afirma que o mundo vai acabar. Ao contrário, ela é muito mais um alerta quanto à necessidade de evoluir para uma relação harmônica com o planeta de forma a não destruí-lo, o que, aí sim, poderia levar o homem a desaparecer como espécie dominante, como já aconteceu com tantas outras durante o processo evolutivo. Trocando em miúdos, 2012, mais que uma data mítica, nos oferece a oportunidade individual de melhorar nossa própria relação com este belo e castigado – por nós, seus “donos” – planetinha que nos sustenta. “Salvar o mundo e conquistar a paz” não é só discurso de herói do cinema ou papo de miss politicamente correta. É muito mais uma questão de atitude pessoal que se renova a cada dia, muitas vezes com pequenos gestos. Um exemplo se refere ao lixo, este “monstrão” que, muito mais que guerras e cataclismas, pode em pouco tempo inviabilizar uma qualidade de vida decente para os habitantes da Terra. Então, tudo começa com não jogar lixo no chão. Se não tiver lixeira por perto, coloca no bolso, na bolsa e dispensa em casa, adequadamente, reciclando (ou pelos menos separando para reciclagem) o

ziam um katun e assim sucessivamente, até a data final de 13.0.0.0.0. Para alguns estudiosos, esta data, que provavelmente corresponde ao nosso 21 de dezembro de 2012, é apenas uma restauração do calendário, que corresponderia mais ou menos a uma virada de milênio, como se o dia 22/12/2012 fosse, para eles, o 0.0.0.0.1 novamente. Para muitos, apenas uma bem-humorada oportunidade de curtir um réveillon antecipado antes do Natal.

que for possível. Participar de forma organizada, através de associações e ONGs é importante. Mas trazer o bom hábito para o dia a dia, dar o exemplo, compartilhar e espalhá-lo pela vizinhança, fazer este trabalho de “formiguinha” é tão ou mais valioso. É preciso acreditar que o mundo vai melhorar se a gente o quiser e sobretudo o fizer assim: mais simples, mais harmonioso, menos ansioso. E, quem sabe, celebraremos a entrada em 2013 como um novo tempo, de mais cuidado, gentileza e respeito às diferenças. 65


Receita

Tender à Califórnia Ingredientes: - 1 tender bolinha ( aproximadamente 3kg) - Cravos-da- índia ( à gosto ) - ½ copo (americano) de glucose de milho - 1 copo (americano) de vinho branco seco - 1 copo (americano) de calda de abacaxi - 1 copo (americano) de suco de laranja - ½ lata de abacaxi em calda - cereja em calda (à gosto) - fios de ovos (à gosto)

Preparo: Com uma faca, faça riscos na superfície do tender, formando losangos. Em seguida, insira os cravos nos cruzamentos. Então, pincele o tender com a glucose de milho e leve para assar em forno preaquecido em temperatura média por cerca de 2 horas. Enquanto estiver no forno, regue o vinho, a calda de abacaxi e o suco de laranja previamente misturados na superfície da carne e deixar assar por mais de 20 minutos ou até dourar. Por fim, sirva o tender com o abacaxi em calda, a cereja em calda e os fios de ovos.

FAROFA TROPICAL ESPECIAL DE NATAL Ingredientes: - 1 colher (de sopa) bem cheia de manteiga sem sal - ½ xícara (de chá) de bacon cortado em cubos (150g) - ½ abacaxi cortado em cubos - 1 cebola picada - 8 damascos secos cortados em cubos - 6 ameixas secas picados - ½ xícara (de chá) de uva-passa escura - 2 colheres (de sopa) de salsinha picada - 2 xícaras (de chás) de farinha de mandioca tipo biju Preparo: Em uma panela, coloque a manteiga e frite o bacon. Então, junte o abacaxi e frite até dourar. Feito isso, acrescente a cebola até murchar, o damasco, a amei-

Bom apetite! 66

xa, a uva-passa, a salsinha e, por último, a farinha de mandioca, mexendo bem até obter uma farofa. Sirva em seguida.


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