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BTT é, hoje em dia, uma modalidade desportiva que se pode regozijar pela enorme quantidade e qualidade de tecnologia disponível para atletas e treinadores, contribuindo de sobremaneira para um trabalho de preparação física cada vez mais preciso e rigoroso. Os equipamentos disponíveis para a avaliação do atleta, por exemplo, são cada vez mais fiáveis, permitindo inclusive fazer análises no próprio terreno, ou simular em laboratório o esforço real, em bicicletas próprias desenvolvidas para o efeito. Neste sentido, é cada vez mais profundo o conhecimento científico da modalidade e aumentam as possibilidades de analisar com mais pormenor as capacidades físicas e principais debilidades de cada betetista. O caso mais pragmático deste profundo conhecimento, é a análise cada vez mais precisa do “binário” de cada atleta, que é traduzido pela relação peso/potência a intensidades submáximas e máximas. O aumento do número de publicações científicas com estudos realizados em ciclismo e BTT, possibilita a comparação com valores de referência de atletas de top internacional, e assim “catalogar” com rigor os patamares de rendimento físico de cada atleta. Atualmente em Portugal, já uma grande parte de atletas profissionais e amadores, conhecem com detalhe os seus valores (potencialidades) e trabalham afincadamente cada intensidade de treino, com o objetivo de garantir o melhor rendimento desportivo, através da afinação/calibração física de cada patamar/limiar de rendimento físico. O ciclismo mundial trabalha já há alguns anos com estes dados, na medida em que o ingresso de atletas em equipas UCI é em grande parte das vezes baseado no estudo do perfil fisiológico, assente na análise detalhada da capacidade de produção de força/potência do atleta. A RELAÇÃO PESO/POTÊNCIA A capacidade de produção de potência de cada atleta deve ser sempre relativizada ao peso corporal do indivíduo, visto que, entre atletas com igual potência no limiar 77