Mood Life 49

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LifI

Viver com estilo

23 misturafina Uma seleção de novidades em acessórios, beleza e estilo para satisfazer seus desejos.

45 CASAestilo

Feira Ambiente, em Frankfurt, reúne o que há de mais inovador no mundo do design.

67 identidade

Nesta edição, Pefil traz Rosa Maria da Silva, que à frente da Broto Frutos, aposta no Cerrado para inovar nas receitas e alavancar os negócios. Em Vida de Artista, Rômulo Martin Llano mostra seu talento para transformar ferro em obras de arte. E em Cases, o diretor técnico da Real H, Mário Renck Real, fala do início de sua jornada, os segredos para o sucesso e a importância de praticar ações sustentáveis.

Nº 49 R$ 10,00

Daniel

Em entrevista exclusiva para a Mood, o cantor não se revela nada mais do que sempre foi: transparente, bom moço e realizado




Era uma vez... “Sempre acreditei que a gestação é um dos momentos mais lindos na vida de uma mulher, que é um dom divino. Por isso desejei registrar esse momento tão especial e único na minha vida e acho que o Gilson conseguiu capturar e demonstrar exatamente essa divindade nas fotos. Fiquei muito feliz com o resultado, pois minha maior preocupação era como minha princesinha Ana Luiza se sentiria ao ver as fotos dela ainda na barriga da mamãe e agora sei que ela irá entender sua importância e que mesmo antes de nascer já era um presente de Deus em minha vida.”

Foto: Gilson Barbosa | Gestante: Roberta Santos | Bebê: Ana Luiza studiogilsonbarbosa.com.br | (67) 3341-9828 |Campo Grande-MS (67) 9961-9303



Viver com estilo

A

Mood Life 49 representa o fechamento de um ciclo. Esta edição é a última na qual o veículo se apresenta como você, leitor, sempre o viu. Em março, aguarde uma Mood renovada, de dentro para fora, com layout e linha editorial mais modernos e de qualidade. Este mês, apresentamos o cantor Daniel em nossa capa. Nada melhor que um artista com uma trajetória de décadas para nos revelar a alma da sua carreira, suas histórias de vida e sua trajetória, que o fizeram um dos maiores artistas brasileiros de todos os tempos. Em Personalidade, o publicitário, designer e editor gráfico Gabriel Oliveira, que compõe o núcleo de criação de estampas da Farm – marca de roupas carioca, famosa em todo o país –, conta-nos suas referências e o que o levou a chegar, em pouco tempo, a ser responsável por belíssimas criações. Em Estilo de Vida, você confere três histórias que nos inspiram a mudar de ares quando o objetivo é melhorar de vida. Vamos apresentar pessoas que abriram mão de carreiras de sucesso para se dedicar ao que move a alma delas. No caderno Identidade, pessoas que nos contam sua trajetória de vida, no setor em que atuam, revelam histórias para refletir sobre a importância de se fazer o que gosta, independentemente da área. A Mood de fevereiro fecha esta etapa com chave de ouro. Matérias de encher os olhos e o coração. Histórias humanas de verdade. Boa leitura e até março, com a nova Mood!

Capa Daniel

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MOODlife

Foto Assessoria de Imprensa Produção Executiva Carmen Lemos de Albuquerque e Odirley Deotti

30 estilo de vida É preciso mudar de vida quando a busca é melhorar

36 personalidade

O publicitário responsável pela criação das estampas da Farm revela para a Mood Life como tudo começou e quais são suas aspirações para 2015

Expediente Jornalista responsável Clarissa de Faria (MTB 854/MS) reportagem@moodlife.com.br Editor Odirley Deotti editor@moodlife.com.br equipe editorial Clarissa de Faria e Odirley Deotti Fotógrafos Estúdio Sim, Gilson Barbosa Revisão Dáfini Lisboa dafini.lis@gmail.com Colaboraram nesta edição: Texto Carla Cecarello, Dr. César Benavides, Dirceu Peters, Douglas Mamoré Junior, Eduardo Fregatto, Lúcia Coletto, Luciana Petelinkar, Mayara Sá, Thaís Pimenta e Thereza Christina Silva. diretores Daniel Albuquerque e Marta Albuquerque Revista MOOD Life é uma publicação mensal. Rua da Paz, 1629. Santa Fé. Campo Grande/MS CEP 79102-210. Não nos responsabilizamos pelos conceitos emitidos nos artigos assinados. As pessoas que não constam no expediente não tem autorização para falar em nome da Revista MOOD Life. Impressão e acabamento Gráfica Alvorada. Distribuição e assinatura atendimento@moodlife.com.br PARA ANUNCIAR LIGUE (67) 3222-7331 Carol Morinigo atendimento@moodlife.com.br



conteúdo

23 45 misturafina CASAestilo

24 mistura fina Os acessórios

são itens que não podem faltar na composição de qualquer look. Confira nossas dicas.

26 beauty Uma seleção de

produtos para o cuidado do corpo e do rosto de quem tem bom gosto.

29 equilíbrio Dr. César Benavides fala sobre a importância de se preparar financeiramente antes de uma cirurgia plástica.

46 décor Feira Ambiente, em

Frankfurt, reúne o que há de mais inovador no mundo do design.

56 viagem Com design excepcional, o Hotel Entre Cielos presenteia os hóspedes com vistas espetaculares da Cordilheira dos Andes. 62 gourmet Ecully - Ambiente rodeado de plantas é palco de cardápio mediterrâneo. 65 vinhos Para o verão, a dica são os vinhos rosados e brancos.

67 identidade

68 perfil À frente da Broto

Frutos, Rosa Maria da Silva aposta em receitas diferenciadas para lançar seu negócio.

70 vida de artista Escultor

chama atenção por obras feitas totalmente de metal e prova que nunca é tarde para se descobrir artista.

72 CASES O diretor técnico da

Real H, Mário Renck Real, fala do início de sua jornada, os segredos para o sucesso e a importância de praticar ações sustentáveis.

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MOODlife

76 ATITUDE Marcio Monteiro, atual secretário de Fazenda, fala das experiências que o levaram ao cargo.

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achados

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Por Luciana Petelinkar

Foto Dollar Photo Club

música

decoração

Móveis Musicais

artesanato

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Ateliê Por formação, advogada; por talento, artesã. Assim, Karla Rocha Longo criou a Quadriculado Design, que personaliza agendas comuns, de brochura, com tecidos, fitas, laços e pérolas. Tem modelos florais, em poá, com estrelas, corações, corujas, patchwork, com preço que varia entre R$ 25 e R$ 35, dependendo do tamanho. Ela também customiza porta-trecos, agendas de telefone e cadernos, para crianças e universitários. O preço varia de R$ 20 a R$ 50. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (67) 9661-0882 ou na fan page facebook/ quadriculado.

Sob encomenda, a Carpi Mais – Trabalhos em Madeira produz móveis singulares. São mesas de centro, prateleiras, painel para televisão e o que mais se puder imaginar com temática musical. Com o círculo social formado basicamente por gente ligada à música, os formatos de violão e guitarra reinam na marcenaria, que funciona no fundo da casa de Daniel Magela. Mais informações pelo telefone (67) 9238-1882 ou pela fan page facebook. com/CarpiMais-Madeiras.

Sarau

de Segunda

Sem hora certa para acontecer, todas as segundas-feiras, uma conveniência do Vila Planalto abre as portas para um sarau muito animado. Com linhas arquitetônicas históricas e um balcão em forma de Kombi, a Primo’s Conveniência virou ponto de encontro de uma galera animada, que, ao contrário de muita gente, vê no bar e na cantoria uma forma de começar a semana de bem com a vida. O Primo’s Conveniência fica na rua Saldanha da Gama, 706, Vila Planalto. Às segundas-feiras, o sarau não tem hora certa para acontecer; mas, a partir das 18h, começa o movimento.



tomenota nacional

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Por Luciana Petelinkar

Fotos Divulgação

eletrônica

festa

music park

Carnaval Eletrônico

2015

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MOODlife

Na lista das maiores festas eletrônicas de Carnaval do Brasil, a sexta edição do Carnaval Music Park traz atrações que prometem agradar a todos os amantes de música eletrônica. Serão quatro dias de festas, de 14 a 17 de fevereiro, no Complexo Music Park, em Jurerê Internacional, em Florianópolis-SC. Entre as atrações, estão Kaskade, Pete Tha Zouk, Erick Morilo, Dimitri Vegas & Like Mike, Oliver Heldens e Capital Cities. Mais informações www.veraomusicpark.com.br

Sirena

festival

Ano novo chinês

Nos dias 21 e 22 de fevereiro será comemorado o Ano-Novo Chinês. Os dois dias de evento serão dedicados à cultura e aos ensinamentos chineses por meio de atrações de palco e de rua, com grande variedade de comidas típicas, dispostas em mais de 25 barracas, e mais de 50 atrações diversas, como as danças típicas, artes marciais (kung fu e tai chi chuan), dança dos leões, dança do dragão, músicas tradicionais, pintura chinesa, caligrafia e fogos de artifício. Tudo isso de forma gratuita para todas as atrações. A 10ª edição do evento acontecerá na Praça da Liberdade e na Rua Galvão Bueno, em São Paulo-SP, a partir das 11h. Mais informações: www.anonovochines.org.br. Foto: Fabricio Bomjardim | JCI Brasil China

O Sirena Maresias abre as festas do seu Carnaval Eletrônico no sábado, 14 de fevereiro, com as apresentações de Yves V, Alok, Vintage Culture e Adam Saville. No segundo dia do Carnaval Eletrônico do Sirena, a agitação continua; dessa vez, quem anima a galera é o renomado DJ Bob Sinclair. A segunda-feira vai contar com a agitação dos DJs Amine Edge & Dance e Victor Ruiz. Mais informações e ingressos no www.ticket360.com.br


segunda a quinta e domingos RODÍZIO PROMOCIONAL POR APENAS R$ 37,90

quartas * grupo de dez pessoas ou mais

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sextas e sábados ALACARTE COM PRATOS ÚNICOS E EXCLUSIVOS

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E U C L I D E S D A C U N H A , 1 1 9 | J A R D I M D O S E S TA D O S | ( 6 7 ) 3 2 0 1 - 4 3 9 6


tomenota nacional

Fotos Divulgação

Por Luciana Petelinkar

decoração

D.A.D.

joias

Feninjer

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MOODlife

A 60ª Edição da Feira Nacional da Indústria de Joias, Relógios e Afins será realizada entre os dias 25 e 27 de fevereiro, no Hotel Transamérica São Paulo-SP, e é o maior e mais importante evento do setor joalheiro na América Latina. Reconhecida por compradores brasileiros e estrangeiros como referência em joia com design e garantia de qualidade, a Feninjer traçou seu DNA de sucesso e tornou-se líder em seu segmento, apontando os rumos do mercado, o que a torna palco de difusão de conhecimento e de tendências. Mais informações www.feninjer.com.br.

show

Ministry

No dia 6 de março, a banda norte-americana de metal industrial Ministry fará uma única apresentação na Audio, em São Paulo-SP. A banda estourou entre os fãs de heavy-metal na virada das décadas de 80 e 90. Após um hiato de três anos, a Ministry decidiu voltar à ativa em 2011. Em 2013, foi lançado o álbum “From Beer to Eternity”, o décimo terceiro do grupo e que deve ser o último de estúdio da carreira, conforme as promessas de Al Jourgensen. Os ingressos podem ser comprados pelo site Ticket360.

O Salão Internacional de Decoração, Arquitetura e Design acontecerá no Expo Center Norte em São Paulo-SP, entre os dias 23 e 26 de fevereiro, das 10h às 20h. O salão, que tem o objetivo de mostrar tendências e novidades no setor de decoração e design, pode ser considerado um evento ícone em decoração de interiores e design na América Latina. Simultaneamente, acontece a 50ª Gift Fair, exclusiva para lojistas, decoradores, designers e profissionais do setor. Mais informações www.feiradad.com.br.



tomenota Regional

evento

FLIMS

cinema

CineMIS

Especial de Férias

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MOODlife

Até o dia 27 de fevereiro, o Museu da Imagem e do Som da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul exibirá, gratuitamente, filmes nacionais de longa-metragem, de seu próprio acervo. As sessões acontecem de segunda a sextafeira, sempre às 14 horas. A curadoria e a programação, com indicação etária por dia da semana, tem por objetivo melhorar a comunicação e a aproximação do público junto ao MIS. A indicação etária está definida da seguinte forma: segunda (livre), terça (10 anos), quarta (12 anos), quinta (14 anos) e sexta (16 anos). A curadoria e a programação, com indicação etária por dia da semana, podem ser encontradas no website do museu: www.mis.ms.gov.br, menu cinema. O Museu da Imagem e do Som está localizado no 3º andar do Memorial da Cultura e da Cidadania, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, 559, no Centro.

carnaval

desfiles em campo grande Os desfiles do Carnaval campo-grandense estão marcados para os dias 16 e 17 de fevereiro. Os ensaios já começaram e, nos barracões, carnavalescos estão em plena produção. Os temas dos enredos passeiam, em resumo, por causas sociais, lendas, crenças, imigração e homenagens a várias personalidades de Mato Grosso do Sul, como Tia Eva, Delio e Delinha, e o poeta Manoel de Barros.

A Flims (Feira Literária Internacional de Mato Grosso do Sul) se propõe a reunir diversas manifestações e linguagens da arte, como literatura, artes visuais, artesanato, música, dança, teatro e folclore. O evento acontece entre os dias 26 de fevereiro e 1° de março, no Armazém Cultural, na Esplanada Ferroviária, e contará com a participação de escritores locais, nacionais e internacionais, de pelo menos 25 países, entre eles, Marrocos, Suécia, França, Estados Unidos, Noruega e Equador. Na programação haverá, além do Congresso Literário, exposições de artes plásticas, fotográficas e de livros de arte; espaço dedicado a crianças; espaço da inclusão social por meio do livro e da leitura, com exposição e lançamentos de livros em braile e audiolivros, softwares e plataformas para leitura on-line de pessoas com deficiência; atividades interativas on -line; cinema, artesanato, artes plásticas, dança, teatro, música regional, folclore; museu literário; gastronomia, shows, recitais, exposição de trabalhos literários; roda de negócios e conferências. Mais informações pelo site www.flims.org.br.

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Por Luciana Petelinkar



estante Por Oswaldo Ribeiro*

LITERATURA

MTV BOTA ESSA P#$* PRA FUNCIONAR / Zico Góes

"A MTV Brasil foi uma emissora inventiva desde que entrou no ar em 1990. Por aqui em Campo Grande, a programação só chegava por TV a cabo. Em 1995 assinei a extinta Multicanal e comecei a acompanhar todos os programas da Music Television Brazuca [gostava demais do Teleguiado com Cazé (Na cara!!!) e Lado B com Fábio Massari (Só nele consegui acompanhar os clipes da minha banda predileta, a escocesa The Jesus and Mary Chain). A MTV foi durante anos minha preferida. Os bastidores, desta história que acompanhava por aqui, e durou 23 anos no Brasil, são contados por Zico Góes no livro “MTV Bota Essa P#$* Pra Funcionar” aliás estava acompanhando ao vivo o VMB de 2004 quando Caetano Veloso disse esta frase durante problemas técnicos na apresentação que fazia com David Byrne. O apresentador da noite Selton Mello improvisou bem e a frase virou slogan da emissora."

"Sempre há tempo para (re)ler, (re)ouvir, (re)ver você e as pessoas ao seu redor"

MÚSICA

DA LAMA AO CAOS / Chico Science e Nação Zumbi

"“Da Lama ao Caos” de Chico Science e Nação Zumbi, álbum de 1994, teve seu lançamento impulsionado pelo clipe de “A Cidade” exibido em exaustão pela MTV Brasil. O grande Chico Science era figurinha fácil dos programas da emissora e alimentava a brasilidade com uma pegada rock sem precedentes na música nacional (bem, há que se dizer que a banda carioca Picassos Falsos, que voltou à ativa no ano passado, tinha feito um disco em 1988 que influenciou CS e NZ na concepção de LMAC. Quer conhecer procure por “Supercarioca”). Voltando ao CSNZ, “Da Lama ao Caos”, que completou 20 anos em 2014, é uma experiência sonora. Letras (manifestos do MangueBeat/MangueBit), ritmo (Ciranda, Coco, Macaratu, etc) e a guitarra de Lúcio Maia são ingredientes que só poderiam ser misturados em Hellcife. Ano passado tive o prazer de ouvir canções deste álbum ao vivo em show do Nação Zumbi no MS Canta Brasil. Entendi o quão impressionante é o peso/poder de uma canção. Foi arrepiante ouvir o verso: “E com o bucho mais cheio comecei a pensar, que eu me organizando posso desorganizar. Da lama ao caos, do caos à lama. Um homem roubado nunca se engana."

CINEMA

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MOODlife

QUESTÃO DE TEMPO / Richard Curtis

*Oswaldo Ribeiro, é jornalista, professor, coordenador do curso de Jornalismo da UCDB e apresentador do programa Vinil Digital (exibido pela FM Educativa UCDB - 91,5 MHz nas quintas-feiras às 21h).

"Como as dicas anteriores propõem uma volta ao passado e suas memórias, a de cinema também vai nesta linha. Imagine que no seu aniversário de vinte e um anos, seu pai contasse que os homens da sua família podem voltar no tempo? Esta é a premissa de Questão de Tempo (About Time, 2013) de Richard Curtis [escritor, diretor e produtor] (de Um Lugar Chamado Notting Hill, O Diário de Bridget Jones e Mr. Bean). Imbatíveis nas comédias românticas, os ingleses da Working Tiltle acertam a mão mais uma vez, neste filme engraçado, emocionante e por vezes profundo sobre o tempo, o amor e as relações humanas. Enfim, se você quer diversão, emoção e pensar um pouco sobre a vida, Questão de Tempo é indicado. E, atenção para a cena do casamento ao som de Il Mondo de Jimmy Fontana (sensacional!). "



cultura Por Jamyle Rkain

“Swingueiros”

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de Campo Grande


Fotos Dicastanha Fotografia

ão quarenta e cinco anos de história, nos quais os refrãos de suas músicas nunca deixaram de ser cantarolados por todos os cantos do Brasil. O grupo Novos Baianos, que transformou a música brasileira na década de 70, ganha agora uma homenagem daqueles que inovam esse mesmo cenário na atualidade: os que adicionaram o rock de Jimi Hendrix a ritmos naturalmente brasileiros, como a bossa nova e o baião, têm sua obra revisitada por novos nomes da música nacional, em uma coletânea de 30 músicas. O projeto “Tinindo e Trincando” foi idealizado em janeiro de 2014 pelo portal Jardim Elétrico – especializado em pesquisa e disseminação do que é produzido pela música brasileira – e parceiros, sendo lançado em dezembro do mesmo ano. Durante vários meses, uma triagem de artistas foi feita para selecionar a lista dos que realizaram o tributo. Mais de 50 nomes foram pensados pela produção

para eleger os 30 que integraram o projeto. Entre os artistas participantes, encontram-se músicos de variadas localidades e, ainda em 2014, no dia 20 de novembro, grande parte deles se reuniu na casa de shows DaLeoni, em São Paulo, para um evento de pré-lançamento. A cantora campo-grandense Thamires Tannous, que investe na combinação de ritmos que contemplam do samba à música árabe, está no projeto com sua versão de “Na Cadência do Samba”, canção de Ataulfo Alves, gravada pelo grupo baiano no disco “Vamos pro Mundo”, de 1974. Com um arranjo “intimista e doce”, como dito por Thamires, o processo de criação da versão foi natural, e a faixa foi escolhida por ela mesma para isso. “Apesar de não ser uma música de autoria dos Novos Baianos, acredito que a versão que eles gravaram é a mais conhecida, forte e a que mais gosto”, disse. Ela falou tam-

bém sobre a responsabilidade de gravar uma música de uma banda que tanto admira. Sendo essa a sua primeira participação em um tributo, ela ressaltou a importância desse tipo de homenagem na própria carreira, por causa do alcance de um público maior. “Acredito, sim, que os tributos são uma boa forma de se alcançar mais ouvintes, pois quem ouve o tributo, normalmente, são as pessoas que já gostavam da banda homenageada, junto àquelas que ouvem pela curiosidade ou pelos artistas que participam. Então, o público aumenta muito e, quando alguém gosta de uma determinada versão ali gravada, naturalmente busca mais coisas do artista que fez a gravação”, afirmou. Thamires foi para São Paulo em 2005 e lançou seu primeiro CD em 2013. Com letras de compositores como Luiz Tatit e Estrela Leminski, o disco foi muito elogiado pelos portais especializados na geração musical da

A campograndense Thamires Tannous é uma das 30 vozes presentes no tributo

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cultura

Fotos Dicastanha Fotografia

Por Jamyle Rkain

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Carlos Nascimento Jr. durante o show

qual ela faz parte. No momento, mora na França para estudar um semestre de canto e improvisação, e fala do seu desejo de voltar aos palcos de sua cidade natal. “Em Campo Grande, fiz o show de lançamento do meu primeiro disco, o “Canto para Aldebarã”, mas espero voltar em breve para fazer outros shows. Acho que Campo Grande tem um público legal, que valoriza a MPB e vem crescendo com o fomento à cultura na cidade e no Estado”. A cantora ainda cita três nomes de músicos campo-grandenses que, da mesma forma que ela, mudaram-se para São Paulo para tentar a vida na música. São eles: Bruno Piazza, Tássia Holsback e Gabriel Sater. Além de Thamires, um dos integrantes da organização do tributo tem uma longa história com a capital sul-mato-grossense. Carlos Nascimento Jr. é jornalista, nascido em Campinas-SP, e se dedica à produção musical no Jardim Elétrico. Aos 27 anos de idade, 17 deles vividos em Campo Grande, mora em São Paulo e tem uma relação de amor com a música. “A música chegou à minha vida por intermédio dos meus tios, que eram muito boêmios e curtiam música brasileira. Desde cedo, o violão fez parte da minha vida. Talvez seja essa minha maior frustração, não sa-

ber tocar o instrumento”, disse Carlos. Sobre o projeto em homenagem aos Novos Baianos, o jornalista foi um dos idealizadores. “Estávamos numa mesa de bar na rua Augusta, eu e o Di Pietro, coordenador do Jardim Elétrico, conversando sobre música, vida, sobre tudo. Do nada, entre um gole e outro de cerveja, veio a inspiração”, conta. A dificuldade de trabalhar com tantos artistas fez com que o coletivo firmasse parcerias com a Jazz House, produtora cultural, e o RockInPress, portal de música brasileira. “Sem toda essa galera, o sonho seria apenas um sonho, não realidade. Produção tem muito a ver com paixão, e isso todo mundo teve de sobra”, assegurou o jornalista. Para Carlos, os músicos de Campo Grande que merecem destaque, além da célebre família Espindola, são: o grupo Sampri, Bianca Bacha, Sofia Basso, a banda Sarravulho, Marina Peralta e o Chalana de Prata. Cícero e A Banda Mais Bonita da Cidade são nomes que despontaram na cena independente e também participam do tributo. Em 2012, o carioca teve uma versão sua para tributo eleita a melhor do ano, pelo Prêmio Multishow, e recebeu diversos elogios por ela. Para esse, Cícero interpretou a clássica “Acabou

Chorare” e utilizou seu intimismo característico, no estilo voz e violão. “Novos Baianos foi uma das bandas mais importantes da minha adolescência. Eu entrei na onda não só musical, mas comportamental também. Parei de fazer a barba, cortar o cabelo, andava com violão na mão, para cima e para baixo, achava que tinha me encontrado. Isso com 15, 16 anos. Fui um fã do que eles representavam como um todo. Fui, não, sou até hoje”, contou Cícero. A Banda Mais Bonita da Cidade, por sua vez, deixou “Preta Pretinha” dançante, com traços de folk. “A gente tem estudado muito a sonoridade de violões e outros instrumentos acústicos, descontruindo a formação de "banda" e indo para um arranjo mais primitivo. Queremos refletir essa sonoridade no disco novo, que vamos produzir no ano que vem”, explicou Vinícius Nisi, produtor da faixa e instrumentista da banda.

Os dois CDs do tributo estão disponíveis para download gratuito, no site do Jardim Elétrico.


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misturafina Estilo Shop Beauty

24 mistura fina Os acessórios são itens que não podem faltar na composição de qualquer look. 28 intimidade Transexualidade: O sentimento de pertencer a um gênero sexual não correspondente ao sexo biológico. 29 equilíbrio Dr. César Benavides fala sobre a importância de se preparar financeiramente antes de uma cirurgia plástica.

make

coresdoverão o vermelho invadiu a

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maquiagem na década de 20 e volta com tudo em 2015!


misturafina shop Por Clarissa de Faria

Indispensáveis Os acessórios são itens que não podem faltar na composição de qualquer look. Peças de encher os olhos e arrasar nas produções finas e elegantes.

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MOODlife

Fotos Divulgação

Bolsa Queens by Santino R$255

Bracelete COPAN Coleção H.Stern por Oscar Niemeyer

Anel de Ouro Nobre com rubis, diamantes brancos e cognac Linha Cazaquistão H.Stern


Brincos de ouro amarelo com ônix e diamantes Linha China H.Stern Brincos de ouro nobre H.Stern

Anel de Ouro Nobre e diamantes Linha Japão H.Stern

Relógios Ceramic Femininos H.Stern

Relógio Victorinox Maverick Sport Chronograph

Tênis Superga Cotmetu Gold RE 259,90

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Relógio Ceramic H.Stern


misturafina beauty Por Thaís Pimenta

A Chave

Maçãs coloridas

Com formato inspirado nos famosos doces parisienses macarons, o Oh My Maxi Blush! é ideal para carregar na bolsa. Sua nova textura de creme em pó e seu pincel aplicador com escova macia proporcionam um efeito natural e radiante para as maçãs do rosto, em uma única aplicação do produto. Aposte! Por R$ 68,50 no site www.arcancil. com/pt.

O cantor e compositor Justin Bieber lançou sua terceira fragrância, The Key, com frescor de frutas, flores e com um toque de almíscar que estimula os sentidos. A embalagem é vibrante, com grafismo brilhante em dourado, mostrando chaves cadentes – que fazem referência à força de acreditar que é possível realizar seus sonhos. A partir de R$ 89,00 na www.sepha.com.br.

Praticidade

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MOODlife

Sedosa

O Sugar Body Scrub é um luxuoso esfoliante corporal que não agride a pele, eliminando as células mortas e promovendo uma sensação de suavidade em todo o corpo. O açúcar-mascavo e o óleo de damasco presentes no produto criam uma textura deliciosa, e o óleo de semente de uva regenera e reestrutura a pele. Por R$ 99 no site da Sephora (www.sephora.com.br).

Atendendo a todos os estilos, os batons Caresse de Rouge prometem um look muito mais atraente. Seguindo a trend de cores do ano, a marca lança o tom Brun Story Board, que tem uma cor semelhante à Marsala, eleita cor do ano pela Pantone. Outro atrativo é que a embalagem tem a cor exata do batom, o que facilita na hora de preparar o make up naqueles dias de correria. Por R$ 59,90 no site www.arcancil.com/pt.


Fotos Divulgação

COR

Reparando os fios

O vermelho é a cor que mais combina com os tons de pele das brasileiras. Pensando nisso, a Natura Aquarela lançou o movimento #meuvermelho. Com nove tonalidades diferentes, vai ser difícil escolher a cor que mais agrada. Em matte, hidratante, cintilante, com duplo efeito, gloss ou ainda como batom líquido, o vermelho invadiu a maquiagem na década de 20 e volta com tudo em 2015. A partir de R$ 17,90, com as revendedoras Natura.

Pele de boneca

Para reduzir a oleosidade do rosto, comum nesta época do ano, o Effaclar Mat, de La Roche-Posay, é a pedida certa. Oil-free, ele atua como primer, tem ação matificante e redutora de poros. O resultado é uma pele mais uniforme, com menos brilho e muito mais aveludada. Por R$ 92,90 na loja.laroche-posay.com.br/.

Na ponta dos dedos

Com 24 cores já disponíveis, a marca Arcancil resolveu aumentar ainda mais os tons da Nail Voltage. A linha chega a esta estação com outras seis novas opções em tons avermelhados, alaranjados, pink e amarelo. Os esmaltes têm longa duração, graças a seus pigmentos micronizados, em cores vernizadas, alegres e intensas. Escolha o que mais combina com você! Por R$ 34,00 no site da Arcancil.

A nova linha Perfect Hair, da Mahogany, é ideal para as mulheres que gostam de se transformar constantemente. São cinco produtos, com atenção especial para o sérum, que sela a cutícula dos fios. Por possuir óleos de argan, ojon e crambe em sua fórmula, o sérum também repara os fios, proporcionando mais brilho e resistência. Por R$ 38,00 nas lojas físicas e na virtual da Mahogany.

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Mais Quente


intimidade Por Carla Cecarello

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MOODlife

S

entimento de pertencer a um gênero sexual não correspondente ao sexo biológico. Trata-se, portanto, de uma questão relacionada à identidade sexual, que, nesses casos, não coincide com o sexo com o qual se nasce. Costuma-se dizer que são situações em que uma alma feminina está presa num corpo de homem, ou em que uma alma masculina está presa num corpo de mulher. Assim, muitos transexuais, no seu dia a dia, vestem-se e se comportam como se fossem um elemento do sexo oposto. Como sentem o seu sexo biológico e caracteres sexuais secundários como algo que não lhes pertence, é com alguma frequência que desejam proceder a alterações no corpo, para que a sua anatomia passe a corresponder ao seu sentimento interno, masculino e feminino. Esse sentimento de pertencer a um sexo que não é o seu surge habitualmente na infância e mantém-se até a idade adulta. Existem diversas teorias sobre as causas da transexualidade, embora nenhuma delas consiga dar uma explicação conclusiva sobre essa questão. Para alguns autores, na base de uma incompatibilidade entre sexo e a identidade sexual, estão fatores biológicos. Para outros, a transexualidade encontra suas origens em problemas no relacionamento precoce com os pais, particularmente com a mãe, que, inconscientemente, desejaria que o seu filho fosse uma menina ou que sua filha fosse um menino. Um transexual é diferente de um travesti, uma vez que este último apenas se veste como alguém do outro gênero sexual e não deseja fazer uma operação de mudança de sexo. Christine Jorgensen foi, em 1953, na Dinamarca, a primeira pessoa na história da humanidade a deixar de ser um homem, por meio de uma cirurgia, e passar a ter órgãos sexuais femininos. A partir dessa data, tornou-se possível a “correção”, por meio da medicina, de um problema que provavelmente existe desde sempre. Na maior parte dos países em que são efetuadas operações de mudança de sexo, o

indivíduo que deseja passar por esse procedimento tem de ter um acompanhamento cuidadoso e percorrer um longo caminho. Um dos problemas com o qual os transexuais se deparam é o da mudança legal de identidade sexual, que não é possível em muitos países, exceto, em alguns casos, por meio de uma decisão judicial. Caso contrário, o transexual terá, com alguma frequência, de se deparar com a situação constrangedora de se identificar em circunstâncias formais com o nome anterior à operação. Essas situações não são, obviamente, facilitadoras do processo de integração social que já se afigura difícil. Em anos mais recentes, os transexuais têm-se reunido em associações próprias ou de defesa dos direitos dos homossexuais, nas quais, por vezes, encontram alguma solidariedade relativa às suas causas, como forma de poderem conquistar algum reconhecimento legal e social de condição. Alguns desses movimentos não se limitam a integrar a transexualidade, abrangendo igualmente o travestismo e outras questões que não se inserem nas categorias tradicionais de gênero. O termo utilizado por esses movimentos, para designar os indivíduos que não se identificam com as noções sociais de masculino e feminino, é o de transgender.

*Carla Cecarello é Psicóloga e Sexóloga CRP-06/35.812-0 www.carlacecarello.com.br Tel.: 11 3884.2059 e 3887.5123 "Envie a palavra SEXO para 77800 do seu TIM, CLARO ou VIVO e receba, diariamente, dicas sobre sexualidade da Dra. Carla Cecarello."

Foto ilustrativa Dollar Photo Club

Transexualidade


equilíbrio Por César Benavides*

Programar-se financeiramente para uma cirurgia plástica -operatórias. De acordo com cada tipo de pele, genética de cada paciente e eventuais assimetrias mais difíceis de se tratar, podem ser necessárias mais cirurgias para se atingir o resultado adequado ou satisfatório, e isso inclui custos adicionais. Diversas complicações imediatas, mediatas ou tardias podem eventualmente ser cobertas pelos planos de saúde. Para cada cirurgia, o cirurgião deve transmitir orientações específicas sobre isso. Assim, cada paciente deve conversar com seu cirurgião plástico sobre as possibilidades de custos adicionais de cada caso, de cada tipo de cirurgia, e como isso deve ser ponderado, como poderemos estar preparados para, de forma natural, tratar o que mais for necessário para uma boa evolução pós-operatória. A procura por cirurgias plásticas tem crescido no país, e o Brasil possui um número de cirurgiões plásticos igual e com potencial de superar a quantidade de cirurgiões plásticos dos Estados Unidos. Mas, diariamente, ouvimos histórias de pacientes que foram, de forma malsucedida, submetidas a cirurgias plásticas por profissionais não habilitados, não preparados, ou seja, profissionais que não são cirurgiões plásticos. Mais de 90% dessas pacientes são atraídas pelos baixos preços e ficam mais propensas a serem enganadas por tais profissionais. Ardorosos esforços têm sido empreendidos pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, com o objetivo de orientar a população a procurar cirurgiões plásticos com título de especialista. Isso garante que a chance de ter problemas com as cirurgias seja menor. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica é a segunda maior do mundo, ficando atrás apenas da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica. Isso deve ser orgulho para todos os brasileiros e motiva todos os cirurgiões plásticos a trabalharem pela evolução da cirurgia plástica e pela cirurgia cada vez mais segura. Cada região ou cidade deste país possui uma média de valores para cada cirurgia. Quando, de rompante, surgem profissionais cobrando valores muito mais baixos, só isso se torna motivo para melhor avaliação. Orientamos a pesquisa no site www.cirurgiaplastica.org.br. Ao digitar o nome completo do profissional, aparece se é ou não cirurgião plástico com título pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. *Dr. César Benavides é Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Membro Internacional da American Society Of Plastic Surgeons. CRM4046 / RQE 2215 29

Quando surge a ideia de realizar a cirurgia plástica para melhorar qualquer parte do corpo, logo vêm as dúvidas: qual será o valor? Quanto deverei gastar? Quanto preciso economizar? Existe algum custo a mais, além do que o cirurgião me passou? Essas são dúvidas perfeitamente normais e devem ser compartilhadas com o cirurgião durante as consultas prévias. Geralmente, cada cirurgião tem uma forma de estabelecer orçamentos para as mais variadas cirurgias. Alguns costumam ter um atendente, ou assistente, que lida com isso durante as atividades do consultório. Alguns médicos orientam que o paciente transfira os seus honorários e o da equipe ao hospital, que então repassa a ele. Outros cirurgiões plásticos lidam diretamente com o paciente no acerto dos honorários. E, ainda, alguns cirurgiões acertam valores que incluem hospital e anestesista, além de sua equipe. É muito importante saber que o valor a ser pago ao cirurgião também inclui o seu assistente (geralmente, outro cirurgião plástico), instrumentador, uso de materiais e equipamentos especializados, além dos custos relativos a visitas hospitalares, curativos, documentação fotográfica e acompanhamento ao longo de todo o período de recuperação. Boa parte dos hospitais não possui equipamento especializado para a realização de muitas cirurgias plásticas. Via de regra, cada cirurgião possui o seu instrumental específico para cada cirurgia, e os materiais utilizados para cada cirurgia possuem muitos detalhes que permitem a atuação com mais precisão e segurança. O cirurgião plástico opta por determinadas técnicas operatórias de acordo com sua experiência, e isso envolve o uso de instrumentos específicos. Mas, todos sabemos que medicina não é matemática. A maioria das cirurgias possui custos adicionais previstos, como medicamentos para tomar em casa, sutiã pós-operatório, cintas modeladoras, almofadas protetoras para o abdômen, meias de compressão para prevenir trombose, sessões de drenagem linfática etc. Entretanto, podem surgir custos adicionais não previstos, como uso de mais antibióticos e analgésicos, sessões de drenagem linfática além do habitual, quando a paciente possui maior chance de formar fibroses, eventual nova cirurgia diante de qualquer complicação (sangramento, infecção), medicamentos usados para prevenir ou tratar alterações de cicatrização (cicatrizes hipertróficas e queloides, manchas escurecidas etc.). Em certas situações, pode ser necessária a participação de outro especialista, por exemplo, dermatologista, quando surgem estrias pós


estilo de vida Por Clarissa de Faria

Novos ares

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É preciso mudar de vida quando a busca Ê melhorar

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Fotos Marcos Leonardo


ernando Pessoa já dizia: “Não importa se a estação do ano muda... Se o século vira, se o milênio é outro. Se a idade aumenta... Conserva a vontade de viver, não se chega a parte alguma sem ela”. Essa busca apurada por viver intensamente, procurando o novo e o que realmente pode e irá nos fazer mais felizes é o que todo mundo quer. Nada permanece o mesmo e, por isso, as mudanças são tão importantes. A mudança de vida, de profissão, de ares. Quantas vezes já não nos perguntamos: “O que move a minha alma?” “A alma parece estar mais limpa e a qualidade de vida é um ponto muito relevante. Estou trabalhando muito mais, mas em um lugar especial. É um sonho praticamente realizado, agora só falta conseguir ter as pessoas que amo aqui perto, e aí, sim, meu sonho se completa”, conta Marcelo Pushalski Rezende, 37 anos, publicitário, que há um ano e meio se dedica integralmente a um projeto pessoal e profissional, que é comandar um passeio turístico em Bonito-MS. A carreira de Marcelo teve início logo que saiu da faculdade, ao concluir o curso de Publicidade e Propaganda, e apresentar um projeto de conclusão de curso que tratava de um planejamento de marketing turístico, área que sempre o encantou e na qual, como publicitário, trabalhou por muito tempo, com clientes de diversas cidades turísticas do Estado. Um dos clientes que Marcelo atendeu, durante quase 10 anos, foi o Bonito Aventura, um

passeio que oferece flutuação no Rio Formoso. “Sempre gostei muito do passeio e, toda vez que visitava Bonito, quando sobrava um tempinho, fazia questão de ir lá. Em uma dessas idas, surgiu a oportunidade de arrendar o atrativo e me coloquei à disposição. E não é que o Sr. Antônio aceitou?” Com isso, em dois meses, ele organizou o processo de fechamento da 7 por 1 – Comunicação Integrada – e sua mudança de mala e cuia para Bonito. Marcelo revela que, quando seu pai estava vivo, ele sempre dizia que gostaria de ir morar na praia, e isso o marcou muito, durante toda a sua vida; virou um sonho dele, também. “Ele não conseguiu realizar, mas eu considero que estou conseguindo alcançar os planos dele e o meu, agora. Anteriormente, quando viajava para Bonito a trabalho, no momento em que ia descendo a serra e logo me aproximava do município, eu tinha a sensação de chegar à praia”. A sensação era tão boa, que sempre o encheu de esperança de um dia se mudar pra lá. Sobre os desafios de abrir mão de uma rotina por outra completamente diferente, ele garante que tudo tem seu ônus e bônus, e que gerir qualquer empreendimento é difícil, mas, ainda assim, lá está sendo melhor. “Para mim, está valendo muito a pena e trabalho, diariamente, sabendo que tenho muito a conquistar; mas entendo que é preciso mudar de ares quando a busca é melhorar”.

“A alma parece estar mais limpa e a qualidade de vida é um ponto muito relevante. Estou trabalhando muito mais, mas em um lugar especial. É um sonho praticamente realizado, agora só falta conseguir ter as pessoas que amo aqui perto, e aí, sim, meu sonho se completa”

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estilo de vida

Fotos Gilson Barbosa

Por Clarissa de Faria

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O que leva a essa mudança? O psicólogo, coach e neuropsicólogo Luciano Coppini explica que são vários motivos que podem desencadear o desejo de mudar de profissão. O descontentamento com a área, a dificuldade de recolocação, o surgimento de novas profissões e oportunidades, ou mesmo o desejo de fazer algo diferente, ou seja, sair da rotina. “No passado, era importante permanecer nos trilhos, empenhando-se para ter um crescimento vertical, se possível, dentro da mesma empresa, na qual era certo que, com o tempo, esse funcionário conquistaria o reconhecimento profissional e financeiro, por meio de um cargo de prestígio com uma remuneração compatível.”

Ele ainda acrescenta que quem pretende começar uma nova carreira precisa levar em consideração que toda mudança exige um período de adaptação. “Uma coisa que ajuda a passar mais rápido pelo período de transição é fazer uma mudança para uma carreira que seja próxima a sua anterior, em que o conhecimento acumulado, ou os clientes conquistados, passe a dar suporte a sua nova profissão”.

A escolha Ana Luiza Mesquita da Costa Sá, 32 anos, atuou como dentista por seis anos e, durante um período, conciliou a profissão com o desejo de ter uma loja de utensílios domésticos e decoração, a Luxo D’Casa. O consultório e a loja ocupavam o mesmo pré-

dio, e assim ela se dividia, além dos afazeres da casa, com filhos e marido. O jeito extrovertido e comunicativo sempre foi ponto forte em sua personalidade, mas que, segundo ela, não conseguia

“Tenho muito mais obrigações do que antes, mas levo minha vida sem angústia de quem ainda não encontrou a coisa certa a se fazer. Faço o que amo e tenho o prazer de chegar à minha loja todos os dias e atender todas as pessoas”


“Às vezes, a profissão que escolhemos não nos proporciona essa satisfação. Então, buscamos alternativas para nos realizar e acabamos nos encontrando em uma profissão totalmente diversa da que escolhemos inicialmente” mica do que antes. “Não tenho só pacientes para atender, hoje são clientes, representantes comerciais, funcionários e demais colaboradores que exigem minha atenção. Tenho muito mais obrigações do que antes, mas levo minha vida sem angústia de quem ainda não encontrou a coisa certa a se fazer. Faço o que amo e tenho o prazer de chegar à minha loja todos os dias e atender todas as pessoas”. Com a advogada Eliane Medeiros de Lima, 36 anos, escolher o caminho que deveria seguir se deu em 2013, quando conheceu a história de sucesso de outra advogada, hoje, uma das diretoras da Mary Kay, Maria Helena Moreira. Eliane formou-se há seis anos, por admiração pela profissão e com a ideia de que teria um re-

torno financeiro alto e rápido. “Logo que comecei na Mary Kay, já sabia que, se quisesse seguir carreira, teria que me dedicar por um período mais longo. Então, optei por deixar a advocacia e me dedicar exclusivamente à Mary Kay, para obter os ganhos previstos bem como mais qualidade de vida.” Eliane acredita que todos buscam uma vida financeira confortável aliada à qualidade de vida. “Às vezes, a profissão que escolhemos não nos proporciona essa satisfação. Então, buscamos alternativas para nos realizar e acabamos nos encontrando em uma profissão totalmente diversa da que escolhemos inicialmente.”

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praticar com seus pacientes, por ser uma relação mais formal. Dessa forma, viu no atendimento aos clientes da loja a oportunidade para praticar o que sabia desde criança, por ser filha de comerciantes: negociar. Hoje, depois de ter optado por não atuar como dentista e dedicar-se integralmente à loja, ela garante que a mudança refletiu na disposição ao acordar para começar seu dia. “Além disso, trabalhar com aquilo que se gosta torna sua rotina menos cansativa. Quando eu chego em casa, ainda posso cuidar dos meus filhos e do meu marido, sem reclamar do meu dia a dia ou da minha vida. Fui muito satisfeita como dentista, mas hoje me sinto mais realizada e completa.” Sobre a rotina, Ana Luiza explica que é muito mais dinâ-




personalidade Por Clarissa de Faria

Gabriel Oliveira

O publicitário responsável pela criação das estampas da Farm revela para a Mood Life como tudo começou e quais são suas aspirações para 2015

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arioca, publicitário e atuante em diversas frentes de trabalho no que se refere à criação. Gabriel Oliveira formou-se na PUC do Rio de Janeiro, em 2005, e há sete anos é o diretor de arte do departamento de estampa da Farm. Além de assinar a identidade da estamparia, compõe o núcleo responsável pela criação do conceito das coleções da marca. Desde o início da sua carreira como diretor de arte, ele desenvolve em paralelo seu trabalho autoral como artista gráfico,

que, segundo ele, é sua válvula de escape em meio à correria dos projetos de mercado. Há alguns anos, começou a transformar seu processo criativo em cursos e workshops, em parceria com institutos e escolas de criação, como é o caso do PRINT.ME, que acontece na Perestroika, uma escola que tem filiais em diversos estados. Quando e como despertou a vontade de trabalhar com arte? Na verdade, trabalhar com arte não foi bem uma escolha, foi um percurso natural, pois desde criança já era apaixonado pelas coisas que via e acabava criando brincadeiras, estórias e conceitos com o meu universo visual. Alguma referência quando criança e/ou adolescente o influenciou? Tudo que eu via me influenciava, desde os objetos da casa, as revistas; por isso, a publicidade da década de 90 influenciou o início do meu trabalho, mas as principais referências de verdade sempre vieram do meu contato com a natureza, da infância no sítio e na praia.


Fotos Divulgação

O que representa pra você, como artista, desempenhar esse trabalho de tanta responsabilidade dentro de uma marca de roupas famosa e que conquistou brasileiras de todo o país? Sem dúvida, uma grande realização. É impossível falar que se trabalha na Farm sem receber um sorriso de volta. Mas isso exige esforço criativo e psicológico constante; para o meu olhar, não tem feriado nem fim de semana, estou constantemente procurando estímulos visuais que possam funcionar pra Farm, seja dentro da empresa ou nos meus momentos livres. Podemos dizer que você desenvolve, dentro da sua área, diversas frentes de trabalho. Quando você viu seu trabalho sendo desmembrado, da estampa ao designer de móveis e objetos? De fato, eu nunca me considerei um designer de estampas, ou designer de algo específico. Como publicitário, sempre me concentrei na minha capacidade de entender pessoas e traduzir meu entendimento em conceitos e coisas belas. Então, dependendo da fase da minha vida, eu me vejo mais envolvido com determinados ramos do mercado. O 37

Como funciona o seu processo de criação a cada troca de coleção dentro da Farm, desde a pesquisa da identidade até a formação dela de fato? Criar pra Farm inclui o desafio que é entender os desejos da Kátia Barros, nossa diretora criativa, que é, sem dúvida, a pessoa mais sensível que já conheci. Isso torna cada coleção um esforço que começa da estaca zero. Como o pontapé da coleção vem das estampas, antes mesmo de pensarmos nas roupas, estamos pensando em estampa e comunicação. Então, nessa etapa inicial, eu me concentro em criar imagens que suscitem desejo, que encantem, que provoquem o interesse da equipe, pela linguagem, pela beleza ou pela coerência com o estilo de vida da Farm. Eu olho pra marca como se ela fosse uma pessoa, uma amiga minha, e quanto maior minha intimidade e empatia com essa "pessoa", mais assertivo fica meu trabalho. A partir do momento em que começo a entender o que tem de ser feito, levo as informações para minha equipe de designers e, juntos, desenvolvemos a identidade gráfica que vai para os produtos.


personalidade Por Clarissa de Faria

trabalho com os móveis, por exemplo, começou do meu desejo de decorar minha própria casa. Conte-nos um pouco sobre o Surface_Project, no qual o foco é a área de decoração e arquitetura. Quando comecei a decorar meu apartamento, fiquei frustrado, percebi que a maioria das coisas que eu queria comprar não existia ou teria de ser garimpada pelo mundo. Na mesma época, o André Carvalhal, gerente de marketing da Farm, estava montando o apê dele, e percebemos, juntos, que tínhamos interesses em comum e a mesma dificuldade. O André acabou sendo um dos meus maiores clientes de quadros e objetos de decoração, então, vimos que existia uma oportunidade no mercado e montamos a Surface_Project: uma marca de decoração contemporânea, que desenvolve móveis, objetos e projetos de espaços e lojas.

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Em 2014, você assinou uma linha de tecidos em parceria com a JRJ e desenvolveu um projeto para a Adidas. Como foi desenvolver esse projeto para uma marca internacional? Os dois projetos foram assinados pela Surface_Pro-

ject. Para a JRJ, o André e eu desenvolvemos 13 estampas que traduzem perfeitamente a identidade da nossa marca em um mix: Concreto, Mar, Madeira e Vegetação. Ficamos bem satisfeitos com o resultado final e já estamos trabalhando no próximo mix para tecidos de decoração. Com a Adidas, deu frio na barriga, pois sou grande fã da Original desde sempre, e sabíamos que o projeto teria projeção internacional. Tudo surgiu de um convite da galera louca da Void de POA. Tivemos que criar 6 decorações diferentes para a POP UP Store da Adidas, no Rio. Foi supercorrido, mas um prazer enorme, principalmente pelo astral da galera envolvida. Como é poder conciliar seus projetos com seu trabalho autoral como artista gráfico? O meu trabalho de artista gráfico é uma válvula de escape em meio à correria dos projetos para o mercado. É nos meus quadros que eu realmente faço o que tenho vontade, sem precisar da aprovação final. Por exemplo: eu sempre fui um apaixonado por azul e madeira; há 4 anos eu só crio quadros com essa cor e, na maioria das vezes, sobre telas


de madeira. Não penso em usar outra linguagem tão cedo. Como não existe a pressão do "cliente", eu posso trabalhar com os conceitos em um tempo mais estendido, que é mais natural para mim; isso traz profundidade para a obra final. Há alguns anos, você começou a transformar seu processo criativo em cursos e workshops, em parceria com institutos e escolas. Como é poder transferir seu conhecimento e experiência de mercado de trabalho para pessoas que ainda estão começando? Eu comecei a dar aula a convite da Perestroika, uma escola criativa que olha para o ensino por uma ótica totalmente inovadora, e estou totalmente envolvido com isso agora. Por meio desses cursos, tenho a oportunidade de conhecer muita gente, e, na maioria das vezes, é justamente com os novos profissionais que a troca acontece com maior empatia e aprendizado mútuo. Quando me refiro a novos profissionais, isso não quer dizer que eles tenham pouca idade, às vezes são profissionais que demoraram anos pra tomar coragem e toparem trabalhar com o que gostam, então, eles têm a alma jovem, mais jovem que a de um adolescente. Os meus cursos tratam um pouco disso, é mais que processo criativo, tem muito de psicologia, antropologia etc. Infelizmente, é bem comum que o profissional maduro traga consigo um olhar desiludido e rancoroso sobre temas que são muito interessantes, mas isso não é regra. Quais suas paixões e aspirações nas horas vagas? Surfe, meu afilhado de dois anos e assistir a documentários sobre o Universo, no Discovery Channel.

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Planos, projetos e novidades para 2015? Em 2015, vou montar meu ateliê para poder expor meus trabalhos autorais e receber outros artistas.

Fotos Divulgação

O que o Gabriel Oliveira ainda não desenvolveu e/ou não realizou que gostaria muito de fazer? Trabalhar com Paisagismo é um grande sonho, fiz o curso do Jardim Botânico e espero terminar minha carreira nessa profissão, ou, se puder, fico só molhando as plantas mesmo.


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Daniel Em entrevista exclusiva para a Mood, o cantor não se revela nada mais do que sempre foi: transparente, bom moço e realizado.

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antor, casado e pai de duas filhas, Daniel é natural de Brotas-SP e a música faz parte da sua vida desde a infância, por incentivo da família e dos amigos. Na época, ainda menino, fez amizade com José Henrique dos Reis, o João Paulo, que se tornou seu companheiro inseparável e dividiu os palcos de 1985 até 1997 – parceria interrompida pelo trágico acidente que marcou a vida da dupla. Em 1998, o cantor lançou seu primeiro CD solo: “Adoro Amar Você”, que vendeu mais de 1 milhão de cópias e sinalizou o início da carreira sem o companheiro. De lá para cá, uma surpresa boa a cada álbum lançado. Em 2009, o álbum “As Músicas do Filme O Menino da Porteira” foi trilha do filme estrelado por Daniel e se destacou pelas regravações das canções “O Menino da Porteira” e “Tocando em Frente”. Por meio dele, o cantor recebeu seu primeiro prêmio internacional – o Grammy Latino. Em 2013, lançou o show “Daniel 30 anos – O Musical”, que em seguida se tornou DVD. Já são mais de 13 milhões de discos vendidos em toda a sua trajetória – 8 CDs João Paulo & Daniel, 17 CDs solo e 5 DVDs.

Olhar-se no espelho todos os dias é a mesma sensação de quando se ainda é muito jovem? É confortável? Sinto-me confortável ao me olhar no espelho, as minhas marcas de expressão são um sinal de que vivi intensamente tudo o que a vida me apresentou e, de uns anos pra cá, eu me sinto rejuvenescido, querendo sempre mais, como quando era mais jovem. Essa sensação é motivadora, e é essa fase que eu vivo desde que minha primeira filha nasceu. O que você fazia antes e que, hoje, por conta da idade, você se priva? Eu me privo de algumas coisas, mas não por causa da idade, e sim por situações que aconteceram comigo. Por exemplo, eu adorava andar de moto, fazia trilha, era uma paixão. Depois de um acidente em 2006, fiquei muito tempo sem poder pegar uma moto e também perdi um pouco o movimento do braço para cima, logo depois nasceu minha filha, e tudo isso me motivou a deixar a moto de lado.


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capa Por Clarissa de Faria

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Não tenho ideia do que seria se não fosse cantor; Você viveu na casa dos pais até pouco tempo atrás. O que te fez ficar tantos anos morando debaixo do mesmo teto que eles? Acho que a comodidade, era bem mais fácil chegar à casa da mãe, ter as coisas do jeito que eu gostava, sem me preocupar muito; mas chega uma hora em que temos de seguir nosso caminho. Demorei e fui aos poucos, mas acredito que tenha sido na hora certa.

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A paternidade foi a melhor surpresa até hoje? Com certeza, sim, ser pai me realizou de uma forma incrível, sou apaixonado pelas minhas filhas, participo de tudo e elas me completam como ser humano. A música entrou na sua vida de que maneira? A música sempre esteve na minha vida, lembro-me de mim pequeno, cantarolando pela casa, meus pais sempre ouviram rádio e meu irmão mais ve-

lho, Gilmar, tinha a música como calmante. Logo já aprendi a arranhar um violão e, desde então, nunca mais me separei dele. Após a perda do João Paulo, você teve um período em que acreditou que nunca mais voltaria aos palcos. Quando você teve a certeza de que deveria continuar? Foi muito difícil esse período e essa decisão. Eu voltei rápido, pois tinha muitos compromissos contratuais pra cumprir, e, na minha cabeça, era cumprir isso e parar. Mas ainda bem que fui impulsionado a continuar nosso sonho, não sei o que eu seria se não fosse fazer o que mais amo, que é cantar. O que você já se imaginou fazendo, se não fosse cantor? Não tenho ideia do que seria se não fosse cantor; hoje, tenho isso claramente como a minha missão, faço tudo com muito amor e prazer. Talvez eu en-


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hoje, tenho isso claramente como a minha missão, faço tudo com muito amor e prazer. contrasse algo que me desse alegria, mas não consigo visualizar isso. Em que momento você sentiu que estava no caminho certo e que a carreira começou a decolar? Não sei dizer ao certo, pois fui levado num turbilhão de emoções nessa minha volta, e as coisas foram dando muito certo, como já vinham desde que lançamos a canção “Estou Apaixonado”, juntos. Você e João Paulo se conheceram muito pequenos. Quando e como surgiu a ideia de se unirem como artistas? Na verdade, quando nos conhecemos, eu era pequeno, e ele era um pouco mais velho e cantava com seu irmão Chico. A ideia de nos unirmos surgiu quando este irmão do João Paulo se casou; meu parceiro de dupla também era mais velho e tinha seus compromissos. Foi então que meu pai e o Chico acharam que a parceria poderia dar certo, como deu.

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O sucesso entre as mulheres é notável, principalmente pelo fato de você sempre ser mencionado como um homem discreto e de poucos relacionamentos. Ao que se deve essa postura? Esse é meu jeito de ser mesmo, não é algo fabricado, sou discreto, caseiro e gosto de coisas simples. Tive poucos e sérios relacionamentos, mas nunca gostei de expor isso. Qual foi o disco de maior sucesso e o que ele representou pra você como artista? Tive dois trabalhos muito marcantes, que foram o álbum com o João Paulo, com a música “Estou Apaixonado”, o qual vendeu mais de 1 milhão de cópias, e depois na fase solo, meu primeiro CD sem ele, o “Adoro Amar Você”, também com venda superior a 1 milhão.

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Vaidade. Como você lida com ela? Eu creio que sou vaidoso na medida certa, gosto de me cuidar, de estar bem pra mim e pro meu público. Arrumo o cabelo, escolho roupas que fiquem bem em mim. Os 30 anos de carreira estão sendo bem comemorados? Qual o misto de sentimentos por chegar até aqui com uma carreira a todo vapor? Comemoramos muito bem, com um DVD que foi um musical, lançado em 2013, algo diferente de tudo que já fiz em minha carreira e que teve ótima repercussão. Depois, tivemos o lançamento de uma biografia no ano passado, contando um pouco da minha trajetória e com a renda revertida para as Apaes do Brasil. Todo desafio que resolvo encarar entro de corpo e alma, e nesses projetos foi assim. Fiquei feliz com o respaldo do meu público e acredito que a comemoração tenha sido diária, a cada

show, oportunidade de autógrafos e situação vivenciada com meu público. Sobre a experiência no “The Voice”, o que esse contato com talentos de todas as partes do país representa pra você? Este projeto é muito especial e agregou muita coisa pra mim nestes 3 anos, sou muito grato por fazer parte dessa história. Nosso país é um grande celeiro de talentos, recebemos muita gente praticamente pronta no programa, e fiquei muito feliz com a diversidade na final do ano passado. Tivemos estilos diferentes, o que mostra que o que importa é a voz, e não o estilo que a pessoa canta.


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casaestilo Décor Arquitetura Design Gourmet Viagem

46 décor Feira Ambiente, em Frankfurt, reúne o que há de mais inovador no mundo do design. 56 viagem Com design excepcional, o Hotel Entre Cielos presenteia os hóspedes com vistas espetaculares da Cordilheira dos Andes. 62 gourmet Ecully - Ambiente rodeado de plantas é palco de cardápio mediterrâneo. 65 vinhos Para o verão, a dica são os vinhos rosados e brancos.

suaCasa com muito mais estilo.

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feira hype


décor Por Thaís Pimenta

ambiente

Fotos Divulgação

Evento na Alemanha reúne o que há de mais recente para a casa

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ntre 13 e 17 de fevereiro, Frankfurt, na Alemanha, recebe a maior feira de bens de consumo do mundo, a Ambiente, organizada pelo grupo Messe Frankfurt, responsável por ditar tendências no mundo da decoração. Com mais de 4.700 expositores de 89 países, a feira apresenta tendências, premia e até promove o lançamento de novos produtos de jovens designers. Tendo os Estados Unidos como país parceiro desta edição, a Ambiente reúne em um espaço, de aproximadamente 46 campos de futebol, as prin-

cipais tendências para artigos de decoração e também de arquitetura, nos segmentos de mesa, cozinha, casa e presentes, separadas em três grandes sessões – living, dining e giving. O sentimento de nostalgia (em alemão, "sehnsucht") foi definido pelo bureau da feira como uma das grandes motivações na hora de consumir, influenciando não apenas nas cores e formas dos objetos, mas também na escolha dos materiais e das técnicas de processamento. Grandes marcas brasileiras estão presentes. É o


caso da Tramontina, que tem como destaque nesta edição o Barbecue Cart, um carrinho de churrasco de fácil manuseio, produzido com madeira nacional. Já a catarinense Ceraflame expõe suas cerâmicas refratárias com resistência total a choques térmicos, que podem sair direto do forno para a mesa. O evento conta ainda com a mostra especial “Talents”, uma espécie de concurso aberto a jovens designers de todo o mundo, espaço ideal para quem quer lançar um produto inovador no mercado. Confira!

Dining

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Na Ambiente, é possível encontrar tudo que há de mais cool e moderno em louças, eletrodomésticos inovadores, aparelhos de limpeza, acessórios para churrasco e lanches. É fácil perceber que as estampas e cores vibrantes dominaram os produtos para cozinha. Cerca de 60 expositores destacam-se tanto na linha dos pequenos eletrodomésticos quanto nos objetos para mesa e cozinha em geral.


décor Por Thaís Pimenta

Living

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Esse segmento é o que mais reúne expositores na feira, são cerca de 1.100 marcas com enfoque em acessórios para casa, móveis, têxteis, iluminação, velas e perfumes de ambiente. Os acessórios possuem uma pegada divertida e são feitos com materiais cada vez mais diferentes e criativos.


Giving

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Fotos Divulgação

Se você não sabe o que dar de presente, com certeza esse segmento da Ambiente vai te dar um help. Aqui, acessórios pessoais, produtos para o corpo, roupas e até mesmo artigos de papelaria são encontrados aos montes. Vale escolher aquele que mais combina com o seu estilo.



a for莽a de um estilo Projeto arquitet么nico: Paulo Delmondes | Fotos: Gilson Barbosa


A inspiração desse projeto teve o estilo europeu como conceito, destacando o desenho marcante da cobertura e diversos elementos em madeira. A contemporaneidade em contraponto com a rusticidade na escolha dos materiais, proporcionou um clima aconchegante a este lar. A interação, objetividade, gosto artístico e cultural dos proprietários foi essencial na elaboração desse trabalho.


studiogilsonbarbosa.com.br | (67) 3341-9828 |Campo Grande-MS (67) 9961-9303


fEIRAhype Ideias para vestir sua casa. Por Thaís Pimenta

listras e

Cores

Sixpack

Com estrutura toda em imbuia maciça, a poltrona Mix, fabricada pela Desmobilia, garante muito conforto. Revestida em tecido listrado e com cores vivas, a peça dá um toque de alegria ao ambiente. Por R$ 1.630,00 na loja virtual da Desmobilia.

Essenciais, os cabideiros podem ser elegantes ou divertidos, como no caso deste modelo da Desmobilia. Com seis ganchos revestidos em madeira, o Sixpack dá um toque todo especial à parede, e você ainda pode escolher a cor que mais combina com a sua casa. À venda no site www.desmobilia.com. br, por R$ 98,00.

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DoisemUM

Ele é banco e mesinha lateral, tudo junto em um só móvel. Com base em alumínio e pintura epóxi, o W-Bench consegue ser moderno e retrô ao mesmo tempo, e ainda atende aqueles que sofrem com a falta de espaço no apê. Com design clean, seu nicho vem com uma gaveta e seu assento é todo revestido em couro ecológico preto. Por R$ 1.550,00 na loja virtual da Desmobilia.


Moderna

Fabricada nas cores vermelha e preta, a poltrona B2 é uma das peças com design mais arrojado da Desmobilia. Por ser de fibra de vidro e ter acabamento em pintura automotiva, a cadeira funciona tanto em ambientes internos quanto externos, já que seu material permite a exposição ao sol e à chuva. Por R$ 1.580,00 na loja virtual www. desmobilia.com.br.

Porcelana Divertida

O designer Kim Kurosawa encontrou na porcelana um delicado suporte para suas ilustrações. Seu traço simples e divertido dá vida a objetos que costumam passar sem o devido cuidado diante de olhos distraídos. Vasos, pratos e até mesmo canecas são ilustrados com fantasmas, monstros, flores, ondas e folhas intermináveis. Informações no site www. estudiogambare.com.br.

Arte näif

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Fotos Divulgação

Que tal ter na sua casa uma luminária exclusiva assinada pelo designer e pintor Rogério Fernandes? Com uma estética que transita entre o pop e o näif, o artista se inspira em celebridades e temas clássicos, como o amor e a mulher, para criar seus desenhos. Com traços que nos remetem à xilografia nordestina e ao cordel, é impossível não se identificar com suas criações. Por R$ 390,00 no site rogeriofernandes.com.br.


viagem Por Luciana Petelinkar

Paraíso nos

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Andes

Com design excepcional, o Hotel Entre Cielos presenteia os hóspedes com vistas espetaculares da Cordilheira dos Andes. Além do moderno SPA integrado à paisagem, o hotel oferece vinhedos próprios e uma marca de vinho fabricada somente por eles – o Marantal.

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hegar a Mendoza, na Argentina, e se hospedar no Entre Cielos é realmente sonhar com o paraíso. A flora nativa e a arte singular oferecem uma caminhada peculiar por este complexo turístico localizado em Chacras de Coria, uma região de vinhedos cheia do misterioso charme do mundo antigo. As safras de vinho aqui são distintas e, graças às altitudes e temperaturas variantes, produzem o melhor Malbec do mundo. Com a crença de que para relaxar e recarregar a energia do corpo e da alma você deve estimular todos os sentidos, Entre Cielos oferece uma combinação única de experiências, juntamente a um serviço impecável,


Fotos Divulgação

A arquitetura ousada e contemporânea é aliada a um design interior muito pessoal, criando um ambiente único de relaxamento e prazer, cercado de vinhedos. Desenhado pelo A4 Studio, da Argentina, os designers tiveram influência de Oscar Niemeyer e Le Corbusier na concepção do projeto. Com cimento queimado, formas e texturas, foram criados espaços contemporâneos, que priorizam a integração da paisagem, para que os hóspedes possam sempre ter a visão privilegiada da Cordilheira dos Andes.

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com um toque de estilo suíço autêntico. O hotel concentra sua aposta em quatro componentes inseparáveis: o hotel, o Hammam -SPA, dois restaurantes e o vinho, proporcionando uma experiência holística em um ambiente verdadeiramente majestoso. Entre Cielos oferece 16 quartos exclusivos, luxuosos e espaçosos, incluindo um loft único, construído sobre o vinhedo. Cada quarto foi projetado para comemorar os vinhos produzidos, começando pela descrição, que apresenta os aromas ricos do produto local, bem como pelas cores e formas empregadas nos interiores, sintetizando a sofisticação discreta e o apelo sensual do ambiente.


viagem

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Por Luciana Petelinkar

Com dois restaurantes distintos, o Entre Cielos consegue satisfazer todas as expectativas. No Katherine, de alta gastronomia influenciada pela região de Mendoza, utilizam-se produtos típicos regionais, com um toque gourmet. Pratos como lombo de cervo acompanhado de maçã ou ravióli de cordeiro assado revelam seu estilo. O Beef Club, com o tradicional churrasco argentino, é um espaço aberto onde o fogo é o protagonista, com uma proposta original na qual os clientes escolhem os cortes e o peso de sua porção, que depois vai à churrasqueira.


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Fotos Divulgação


viagem

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Por Luciana Petelinkar

O HAMMAM + SPA O hammam é um conceito de mil anos de idade, que, usando o calor e a água, retira do corpo as toxinas acumuladas e relaxa sua mente. O Circuito Tradicional do Hammam consiste em seis etapas de banhos de vapor ou exfoliação a diferentes temperaturas. Começa pela sala de vapor, continuando pela sala de exfoliação, um banho relaxante na piscina a 35°C, outro banho de vapor e exfoliação com sabonete de azeite de oliva, terminando sobre a pedra quente. Após o Camekan, a sala de descanso convida a desfrutar de infusões orientais, frutos secos, frutas frescas e alguns deliciosos bocadinhos.

Além do Hammam, são oferecidos tratamentos que completam a experiência. Massagem de óleo e espuma, máscara corporal de argila vulcânica ou tratamentos de beleza, além da experiência Cleópatra, a experiência Sultão, ou mesmo um dia completo de SPA. Outro grande tratamento é a Vinhoterapia, a qual aproveita as qualidades de desintoxicação da uva que beneficiam a pele e trazem bem-estar.


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1998, Guardia Vieja, Vistalba, Lujan de Cuyo, Argentina Telefone: +54 261 498 33 77 hotel@entrecielos.com www.entrecielos.com

Fotos Divulgação

serviço


gourmet Por Clarissa de Faria

Ambiente rodeado de plantas é palco de cardápio mediterrâneo

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Pratos seguem influências europeias com toques de brasilidade

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Fotos Assessoria de Imprensa


ocalizado em um preservado casarão da década de 20, no bairro de Perdizes, zona oeste de São Paulo, o Ecully – inaugurado em fevereiro de 2013 – é o resultado da união dos chefs Guilherme Tse Candido e Juliana Amorim. Os pratos seguem a proposta mediterrânea e contemporânea, com influências da França, Espanha, Portugal, Itália, com toques de brasilidade, tanto nos ingredientes quanto no apuro da apresentação, oscilando entre a tradição delicada da França e as experimentações de vanguarda espanholas. O restaurante, com capacidade para 70 pessoas, dividido em três ambientes, tem um clima aconchegante e rústico, rodeado de madeira e plantas, com destaque para uma enorme mangueira, mantida no projeto, encravada em um dos salões, que atrai passarinhos no fim da tarde. Destaque também para a cozinha envidraçada, à vista dos clientes, e o balcão, de onde o barman Cláudio Abade se esmera nos drinques exclusivos. Das massas aos pães, passando pelos macarons

(docinho francês), praticamente tudo é produzido na casa. “Não compramos quase nada pronto, tudo tem a assinatura Ecully e nosso toque bem pessoal e artesanal”, afirma Juliana. Há almoço executivo com excelente custo-benefício (R$ 37,90), servido de terça a sexta, das 12h às 15h, que inclui couvert, três opções de entrada, três opções de prato principal e três opções de sobremesa – sempre com uma opção extra de massa ou risoto vegetarianos. No cardápio, que é variável semestralmente, destacam-se os “Ovos Perfeitos” e as “Croquetas de Funghi e Queijo de Cabra” como entrada. “Leitão Cozido a baixa temperatura”, que acompanha purê aerado de mandioquinha, cebola caramelizada e pesto de manjericão; e “Nhoque de Parmesão com Ragu de Costela”, com sálvia desidratada, são as opções de prato principal. Para encerrar, macarons com o sabor do dia ou “Crème Brulée de Doce de Leite com Café” são ótimas pedidas.

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Recentemente, o Ecully tornou-se a primeira franquia da Grand Cru no bairro de Perdizes, com uma loja especializada em vinhos dentro de um restaurante deste porte. São mais de 400 rótulos, de países como França, Chile, África do Sul, Argentina, Estados Unidos e Itália, vendidos a preço de importadora. Com isso, a casa aumentou quatro vezes o consumo da bebida e atraiu muitos clientes que buscam beber um bom vinho ou levar para casa, com ótima relação custo-benefício e atendimento personalizado.


gourmet Por Clarissa de Faria

Os chefs

Guilherme – que tem descendência chinesa e europeia – é um entusiasta das misturas e experimentações na gastronomia. “Macaron de caqui, que é uma fruta da China, e Crème Brulée do brasileiríssimo doce de leite são alguns exemplos da mistura de culturas e sabores que propomos”, brinca o chef, que, junto da Juliana, comanda uma equipe de 22 funcionários. Juliana Amorim é formada pelo Senac e Institut Paul Bocuse. Guilherme Tse Candido é formado pela Universidade Anhembi Morumbi e também pelo Institut Paul Bocuse, onde se conheceram na França, enquanto cursavam Artes Culinárias Francesas em Ecully – vila próxima à cidade de Lyon. Trabalharam em alguns restaurantes nesse período, como El Bulli Hotel (Espanha), La Credence (Itália) e, em Portugal, com o chef Vitor Sobral.

serviço Ecully Gastronomia R. Cotoxó, 493 – Perdizes, São Paulo -SP. Telefone: (11) 3853-3933. Links: www.ecully.com.br / facebook.com/ecullygastronomia / instagram.com/ecullygastronomia.

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Horários de funcionamento: Almoço – terça a sexta-feira: 12h às 15h / sábado e domingo: 12h30 às 16h. Jantar – terça-feira: 19h30 às 23h / quarta e quinta-feira: 19h30 às 23h30 / sexta e sábado: 20h às 00h. O restaurante é pet-friendly; não raro, o “Chico”, cãozinho do casal, é visto passeando por lá.

Acesso para pessoas com necessidades especiais, pet-friendly, Wi-Fi, cardápio infantil.


vinhos Por Douglas Mamoré Jr

Dica do Mês C

aros amigos, iniciamos 2015 padecendo do nosso conhecido calor, que este ano parece estar batendo todos os recordes, influenciando até nossa disposição para enfrentar o dia, não é mesmo? Mas não se deixe levar pelo mau humor. Nesses dias muito quentes, experimente aqueles vinhos brancos e rosados, aos quais você sempre torceu o nariz em casa ou no restaurante; experimente-os bem refrescados, quase gelados, mesmo. Descubra que no mundo do vinho também não cabem preconceitos. Segue uma dupla certeira para os janeiros da vida.

Conde de Valdemar Fermentado en Barricas 2012 – B. Valdemar Rioja/Espanha Ótimo branco barricado de muita personalidade, bastante típico, um dos melhores vinhos brancos tradicionais da Rioja. Elaborado apenas com a casta Viura de um excepcional vinhedo, é seco e volumoso, com notas de maçã cozida e cítricas, combinadas às da madeira, com uma textura bastante sedosa. Ideal para acompanhar pratos de bacalhau e carnes brancas em geral.

Redoma rosado 2011 - Casa Niepoort - Douro/Portugal

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*Douglas Mamoré Junior. Enófilo desde 2005, dedica-se exclusivamente ao universo dos vinhos douglas@mistral.com.br

O festejado Redoma Rosé é considerado por Jancis Robinson como o melhor rosado do mundo e é sempre referenciado como um dos grandes rosés de Portugal. É um vinho bem distinto da maioria dos rosés, com ótima estrutura e capacidade de envelhecimento. Uma verdadeira referência, de minúscula produção. Perfeito para massas de molho vermelho ou aperitivo.


UD Dicas para incrementar sua cozinha. Por Thaís Pimenta

Fotos Divulgação

Heart Attack

Old is Cool

O estilo retrô parece ter dominado cada detalhe da casa. Agora, até a cozinha carrega estampas com essa pegada mais antiguinha. Se você quer entrar na moda, uma boa dica é esse conjunto de Saleiro e Pimenteiro Old Fashion. Em metal, o conjunto dá uma pitada cool a sua cozinha. Por R$ 49,90 no site www.bololo.com.br.

Com cinco facas, esse cepo em formato de coração, fabricado pela italiana Vice e Versa, tem tudo para deixar sua cozinha sofisticada e romântica. Seu sistema de fixação é magnético, o que também garante maior segurança ao produto. Por R$ 469,90 na www.loopday.com.br.

Manual

Fabricado pela francesa Bugatti, o saca-rolhas Glamour Lola torna o ritual de saborear os vinhos ainda mais glamouroso. Em inox e policarbonato, seu design é alegre e está disponível nas cores vermelha e branca. Por R$ 549,24 na loja.

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praticidade

De acordo com o lema "não esmague, corte", esse cortador de alho não esmaga o alimento, ele o corta em tiras ou em pequenos cubos; assim, o sabor fica melhor, espalha mais fácil e não deixa fibras. Com design moderno, a limpeza é simples, pois seu gradeado é removível. Por R$ 214,90 no site www.doural. com.br.

Flores em tudo

Esse joguinho de condimentos tem tudo para agradar o chef. Prático e delicado, o conjunto é feito de plástico e vem com seis potes. Três deles têm furos pequenos para condimentos mais finos, e os outros possuem furos largos para temperos brutos. Por R$ 37,80 na loja virtual Loop Day.


Eventos

Perfil

Entrevistas

Cidades

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identidade Política

68 perfil À frente da Broto Frutos, Rosa Maria da Silva aposta em receitas diferenciadas para lançar seu negócio. 70 Vida de artista Escultor chama atenção por obras feitas totalmente de metal e prova que nunca é tarde para se descobrir artista. 22 cases O diretor técnico da Real H, Mário Renck Real, fala do início de sua jornada, os segredos para o sucesso e a importância de praticar ações sustentáveis. 76 atitude Marcio Monteiro, atual secretário de Fazenda, fala das experiências que o levaram ao cargo.

humbertoEspíndola,

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artista plástico, Campo-grandense criador da "Bovinocultura", fotografado por Gilson Barbosa.

portrait


perfil Por Thaís Pimenta

Rosa Maria da Silva À frente da Broto Frutos, empresária aposta em receitas diferenciadas para lançar seu negócio

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osa Maria, mais conhecida como Rosinhalú, é graduada em geografia, mas gosta mesmo é de cuidar da terra, hobbie que a fez encontrar sua verdadeira vocação: ser empresária na área da agricultura familiar. Dona de uma curiosidade incessante e muito comunicativa, ela assume o cargo de presidente e articuladora da Broto Frutos, uma associação de agricultores orgânicos que produz alimentos assados e integrais, com o objetivo de trazer uma vida mais saudável à população, respeitando o bioma da nossa região: o cerrado. São pães, bolos, biscoitos, geleias, brigadeiros, tortas, salgados e sucos adoçados apenas com açúcar-mascavo e feitos com os frutos do cerrado: pequi, baru, bocaiuva, jatobá, guavira, entre tantos outros. As receitas são criadas, ou então adaptadas, pelos associados. Ao todo, 12 pessoas fazem parte da equipe Broto Frutos. "Individualmente, nós já nos conhecíamos e, por acaso, em 2010, surgiu um convite para cozinharmos em um evento. A partir daí, notamos que montar a nossa empresa podia ser uma fonte de renda constante, já que muitas de nós somos agricultoras familiares e, por vezes, perdíamos toda

nossa lavoura por conta do tempo quente ou do excesso de chuvas", explica ela. A ideia de montar um cardápio diferenciado veio de Rosa. "Notei que os frutos do cerrado são encontrados facilmente por aí. Na minha chácara, por exemplo, já tinha pés de pequi, de guavira; mas, por não ter o costume de comer, ficavam lá", conta. Mãe de dois filhos, ela conta que, conforme a empresa foi crescendo, os cuidados com a casa e com os xodós foram diminuindo. "Hoje, saio de casa cedo e só volto à noite. As crianças começam a se virar mais sozinhas. Apesar disso, eu me sinto realizada. É muito gratificante notar que a Broto Frutos cresce mais a cada dia." Com tanto trabalho, o reconhecimento, uma hora ou outra, chega. Em 2014, Rosa recebeu o troféu ouro de 1º lugar do Prêmio Sebrae, na categoria de Produtora Rural, e teve confirmada a viagem para Nova Iorque, com todas as despesas pagas. Além disso, a empresa ficou em segundo lugar na categoria Case de Sucesso da BPW (Business Professional Women) e foi indicada para apresentar a ideia da empresa em eventos da ONU no Egito e em Nova Iorque.


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Foto Gilson Barbosa


VIDA DE ARTISTA Por Eduardo Fregatto

Homem de Ferro

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Escultor chama atenção por obras feitas totalmente de metal e prova que nunca é tarde para se descobrir artista: “Comecei depois dos 40”


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Foto Gilson Barbosa

uem busca pelos serviços do torneiro mecânico Rômulo Martin Llano, em Campo Grande, tem uma surpresa ao chegar a sua oficina, localizada nos fundos de sua casa, na Vila Taquarussu. Em meio aos amontoados de ferro – peças velhas de carros e motos –, há diversos trabalhos artísticos. São obras que representam humanos e animais, feitas inteiramente de ferro. Rolamentos, molas e outras peças descartadas, unidas a partir de solda elétrica, dão vida às esculturas. Para Rômulo, pai de família de 51 anos, o processo criativo é natural. “Penso no que quero fazer e faço”, afirma. Ele nunca participou de cursos ou oficinas. Quando criança, via de perto os artesanatos em madeira feitos pela mãe. “Talvez explique minha facilidade”. Tudo começou na brincadeira, há 10 anos. “Eu criei uma âncora no formato de pessoa”, recorda. “Uma senhora quis comprar, disse que era uma obra de arte. Eu cobrei 50 reais, mas ela pagou 200 e falou que a peça valia 500. Fiquei surpreso”, conta. Desde então, ele divide o tempo entre consertos e arte, mas hesita em se proclamar artista. “Vejo mais como hobby.” Apesar da modéstia, o escultor foi um dos 18 artistas escolhidos para expor no Festival Municipal de Artes Plásticas, em junho de 2014. Seu trabalho chegou até o falecido cantor Chorão, do Charlie Brown Jr. Há cinco anos, ao ser presenteado por amigos com um skatista de ferro, o vocalista fez questão de ligar para Rômulo para elogiar. “Achei até que era trote.” E as encomendas não param. A última escultura é um imponente homem de ferro, com mais de dois metros de altura, bigode metálico e pacote de pães nos braços. “É para uma padaria”, explica Rômulo. Para o modesto artista, viver só da arte é um sonho que parece distante. "Seria o ideal, mas aqui no Estado é muito difícil", relata. Contudo, por enquanto, suas esculturas têm sido o melhor hobby de sua vida, principalmente pela repercussão dos apreciadores. “Nunca recebi um comentário negativo. Quando você faz algo e as pessoas gostam, você se sente realizado.”


cases Por Eduardo Fregatto

crescimento

responsável O diretor técnico da Real H, Mário Renck Real, comemora os 30 anos da empresa e fala do início de sua jornada, os segredos para o sucesso e a importância de praticar ações sustentáveis, como o projeto de reciclagem que ajuda o meio ambiente e melhora a atmosfera de trabalho

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difícil imaginar, mas a Real H – Nutrição e Saúde Animal, empresa referência em Mato Grosso do Sul e que completa três décadas em 2015, nasceu como consequência de um acidente de percurso. Um descarrilamento de trem forçou o médico-veterinário Mário Renck Real a desembarcar e passar cinco horas em Ribas do Rio Pardo – na época, “uma vila”, em suas palavras. Foi lá que ele notou a completa ausência de lojas veterinárias. Então, em 8 de fevereiro de 1985, inaugurou-se no município a Veterinária Real, loja de produtos veterinários e artigos para fazendas. O resto desta história é uma jornada que passa

por experimentos que validaram a homeopatia animal, o compromisso com a sustentabilidade e, principalmente, um exemplo de empreendedorismo responsável e de sucesso. Hoje, a Real H tem sede em Campo Grande e filiais em Mato Grosso, Roraima e Minas Gerais; capacidade de produção superior a 450 toneladas por dia e diversas linhas de alimentos e remédios veterinários. Existe fórmula para tamanho crescimento? “As coisas aconteceram fruto do trabalho intenso e ininterrupto, e, certamente, de copiosas bênçãos divinas”, afirma Mário, que, além de médico-vete-

rinário, é diretor técnico da Real H. “Não creio que haja segredos. Talvez, o que resuma seja o trabalho convicto na busca de sempre fazer o correto”, completa. Os 30 anos comemorados pela Real H são prova de que é possível crescer no mercado ao mesmo tempo em que se respeitam medidas sustentáveis e se mantém uma equipe de funcionários satisfeita. “Por ter origens familiares, rurais e humildes, a empresa não tem uma vertente consumista e irresponsável. Existe um só mundo onde vivemos e que devemos preservar, a todo custo”, define. Com o projeto “Ciclos Reciclagem”, só em 2014 a Real H encaminhou mais de 160 toneladas de resíduos sólidos para reciclagem. Para isso, conta com a ajuda dos funcionários, que separam lixo reciclável de casa e ganham bonificações por suas contribuições. “Não há uma empresa sem a participação, o suor e a dedicação das pessoas envolvidas”, defende Mário. O projeto, em atividade desde 2007, envolve palestras socioambientais e muita conscientização. “Por meio do esforço coletivo, toneladas de lixo reciclável são ade-


quadamente destinadas, o que favorece o meio ambiente e dá um exemplo à sociedade campograndense”, avalia o diretor. A Real H já é histórica por ter validado, em todo o país, a eficácia do tratamento homeopático em animais. Mas a empresa continua a buscar novos marcos, destacando-se por esta preocupação ambiental. “Há uma cultura de ganhar mais e mais, a qualquer custo. A mensagem que a Real H tenta passar é que se pode ganhar mais com um custo menor, não só monetariamente falando, mas, principalmente, ambientalmente, conscientemente e fraternalmente”, conclui Mário Renck Real, explicando a verdadeira missão de sua empresa.

“Por ter origens familiares, rurais e humildes, a empresa não tem uma vertente consumista e irresponsável. Existe um só mundo onde vivemos e que devemos preservar, a todo custo” 73

Foto Gilson Barbosa


PESSOAS E NEGÓCIOS Por Lúcia Coletto*

Como está a política de diversidade em sua empresa?

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om a chegada do novo ano, é muito comum que os empresários retornem ao trabalho com novas ideias e projetos para os próximos meses. Além de cuidarmos do nosso segmento específico, é preciso também perceber quais são os assuntos do momento, relacionados ao comportamento da nossa equipe de trabalho. Uma das grandes discussões dentro das organizações está relacionada à política de diversidade interna. Levando em consideração os preceitos de cidadania, é importante oferecer oportunidades igualitárias para que todas as pessoas desenvolvam seus talentos e tenham chances de ter sucesso. No entanto, parece que a discussão sobre as minorias ainda não acontece corretamente dentro das empresas brasileiras. Trata-se de um assunto ainda considerado polêmico e desconfortável para muitas organizações. “Como exemplo dessa lacuna de discussão sobre o assunto, a ABRH-Nacional buscou entender sobre a disseminação do respeito à população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) dentro das empresas. O resultado da pesquisa apontou que 60% dos entrevistados acham que as empresas em que trabalham não falam sobre a população LGBT, 30% dizem que o assunto é tratado, mas não abertamente, e apenas 10% afir-

maram que as empresas possuem ações efetivamente voltadas para este foco.” A missão do RH é ter um olhar para essa diversidade e promover políticas não diferenciadas, mas que integrem o ambiente corporativo e tenham abertura para que contratações não sejam barradas pela escolha sexual de cada um, ao se candidatar para uma vaga

"Nós somos todos diferentes, mas com direitos iguais. E só se valoriza a diversidade quando a diferença é reconhecida" de emprego. “Nós somos todos diferentes, mas com direitos iguais. E só se valoriza a diversidade quando a diferença é reconhecida”, destaca Jorgete Lemos, diretora de Diversidade da ABRHNacional. O RH deve desenvolver conhecimento, habilidades e atitudes para sensibilizar, a partir da alta direção, que eles possam estar sensíveis às questões da diversidade, assegurando o respeito pela pessoa e um ambiente inclusivo. Realizar pesquisas internas e externas para recolher dados

pessoais, percepção de clima e outros aspectos que impactam o trabalho também é uma excelente ferramenta para acompanhar esse assunto e tornar sua empresa um local sem a barreira do preconceito. Definir a palavra DIVERSIDADE como um dos valores pertinentes a sua organização pode ser um caminho interessante na busca por melhores profissionais e retenção de talentos.

*Lúcia Coletto é Coach e consultora organizacional especialista em Gestão de Pessoas e Empresas consultoria@aghil.com.br



atitude Por Mayara Sá

Marcio Monteiro Atual secretário de Fazenda fala das experiências que o levaram ao cargo

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ascido no Rio de Janeiro, Marcio Monteiro foi criado em Mato Grosso do Sul e aqui traçou toda sua carreira. Ainda menino, saiu de Bela Vista, onde morava com a família, para concluir os estudos em Campo Grande. Fez Direito na antiga FUCMT (hoje UCDB) e, depois, foi trabalhar nos negócios da família: comércio e agropecuária. Após se casar com Deise Alves Monteiro, com quem teve três filhos, Guilherme, Fábio e Thiago, foi morar em Jardim. Lá, começou a promissora carreira política. Como prefeito por dois mandatos, recebeu o Prêmio de Prefeito Empreendedor e mudou a cara do município, que estava esquecido no tempo. Em 2011, candidatou-se a deputado estadual e, em 2015, após ganhar as eleições para deputado federal, aceitou o convite do governador Reinaldo Azambuja, para assumir a Secretaria de Fazenda do Estado.

Secretário, como a política passou a fazer parte da sua vida? Era um projeto pessoal ou aconteceu naturalmente? A política não era um projeto de vida para mim nem para a minha família. Ela aconteceu muito de repente em nossas vidas. Eu sempre me dediquei à atividade comercial, agropastoril. Mas, em determinado momento, fui convidado a me candidatar à Prefeitura de Jardim e fui eleito. Isso foi em 1996 e, a partir daí, começamos um processo de mudança no município. O que me levou a participar da política foi o descontentamento com o desenvolvimento da cidade, a forma como as ações públicas estavam sendo tomadas.

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Quando o senhor assumiu a prefeitura, como o município estava? Pegamos Jardim com 5 folhas de pagamento em atraso, sem dizer a falta de investimentos na cidade. A prefeitura não tinha equipamento, não tinha nada. Assim que assumimos, começamos o processo de modernização, de desenvolvimento. Primeiro, organizamos a máquina pública e, depois, começamos a promover ações planejadas para o desenvolvimento do município. Jardim começou a se destacar na área de turismo, eventos culturais, passamos a promover festas tradicionais, como o réveillon, carnaval, festivais, e colocamos a cidade no mapa turístico. Consequentemente, o comércio começou a se desenvolver também. Não só pela demanda do novo público, como também pela própria população, que passou a receber em dia, uma vez que o poder público é o maior empregador do município. Em relação ao turismo, como Jardim passou a integrar a rota turística do Estado? Começamos a mostrar que Jardim, e não só Bonito, também

tem muitos potenciais. Hoje, o atrativo mais visitado em Mato Grosso do Sul, que é o Recanto Ecológico Rio da Prata, fica em Jardim, e não em Bonito. Começamos a fazer essa divulgação, e Jardim passou a adquirir essa identidade. Em parceria com o Sistema S, capacitamos as pessoas, formamos guias turísticos, cozinheiros, chapeiros, garçons, enfim, todo o pessoal de hotelaria para receber esses turistas. A mão de obra é um problema em Jardim? O grande problema é sempre a mão de obra. E exatamente por isso fomos fazendo um trabalho nesse sentido, de capacitação, de promoção do município. Nesse período, Jardim se firmou como o município polo da região, mesmo tendo Bonito como maior destino turístico. Os serviços, a maioria, eram prestados em Jardim. Os serviços iam desde saúde, de exames de laboratório, até assistência mecânica automotiva, para as pessoas que viajavam. E foi essa mudança que fez com que o senhor fosse premiado com o Prêmio de Prefeito Empreendedor? Na verdade, esse prêmio foi dado em decorrência da ação conjunta para desenvolver o turismo. Nós focamos no artesanato. Como não existia nenhuma tradição em artesanato, nós pesquisamos e encontramos no osso bovino um potencial de desenvolver grandes trabalhos artesanais. Começamos com oficinas e, depois, o trabalho foi ganhando espaço aqui no Estado e até fora do país. Nossos artesãos foram premiados em diversas esferas. Temos artesanato que foi parar na ONU, em Nova Iorque – para ver a dimensão que isso tomou. Antes de o senhor ser deputado, foi secretário-adjunto da Secretaria de Meio Ambiente, do Planejamento, da Ciência


Foto Gilson Barbosa

Como deputado, qual foi a sua principal frente na Assembleia Legislativa? Durante este período, focamos em algumas coisas: tanto ambiental como de desenvolvimento econômico. No que se refere ao desenvolvimento, conseguimos fazer um projeto que depois virou lei, a qual vem regulamentar a situação das micros e pequenas empresas no Estado. Já na questão do meio ambiente, a primeira coisa que devemos pensar é que, quando falamos de meio ambiente, não falamos apenas de floresta, de campo. Os grandes problemas ambientais são urbanos. A pessoa, quando retira o lixo de casa e o coloca para fora, acha que o problema não é mais dela. Mas, na verdade, o lixo é problema depois que vai para a rua. Nesse aspecto, temos as questões ambientais, sanitárias, extremamente preocupantes no meio urbano, bem mais que no rural. Penso que um dos projetos que fizemos que vale ser citado foi o que se refere à destruição de veículos apreendidos pelos órgãos de segurança. A partir do momento em que se destroem esses veículos, evita-se o mau uso, no sentido de a pessoa comprar uma sucata, mas ter o documento do veículo; o que pode permitir que, de alguma forma, pessoas mal-intencionadas ludibriem o sistema e regu-

larizem carros roubados, por exemplo. Destruindo o veículo e vendendo-o por quilo, sem passar o documento, evita-se isso, além de reciclar e fazer o reaproveitamento, impedindo que se torne depósito para vetores de doenças, como mosquitos ou bichos peçonhentos. Para fechar, fale do novo desafio: a Secretaria de Fazenda do Estado. Como o senhor vê esta nova empreitada na sua carreira política? Realmente, é um desafio. Lógico que, quando fui prefeito, por 8 anos, aprendi a lidar com a questão de arrecadação e controle de despesas nas coisas públicas, que é muito mais criterioso que na vida privada. No público, a primeira coisa que temos de ter em mente é que só se pode fazer o que a lei autoriza. Não se pode fazer nada que não tenha lei autorizando. Diferentemente da vida privada, em que só não se pode fazer o que a lei proíbe. É uma inversão de raciocínio que tem de se ter e, claro, planejar isso com muito cuidado. Nosso governador Reinaldo Azambuja tem falado e empregado que é por meio do planejamento que vamos conseguir fazer uma gestão mais moderna, mais eficiente e, consequentemente, ter mais recursos para investir. O governador tem colocado para nós, de forma muito clara, que todas as ações têm de ser feitas com grande responsabilidade, do ponto de vista da aplicação dos recursos. Transparência é a palavra. Neste primeiro momento, estamos fazendo um levantamento das dívidas que ficaram do governo anterior para este. Primeiro, queremos conhecer tudo, ver como se comporta a receita do Estado, saber se aquela previsão é o que está sendo realizado. Aí, certamente, a expectativa vai diminuir e vamos entrar, criar rotinas e fazer mais por Mato Grosso do Sul.

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e Tecnologia do Estado. A questão ambiental é uma preocupação sua? A questão ambiental é ligada a todos nós, ao nosso cotidiano. Mas, evidentemente, quando fui para a Secretaria de Meio Ambiente e do Planejamento do Estado acabei vivenciando isso com mais intensidade e, em consequência, eu me dediquei mais. Passei a ver as questões ambientais por outra ótica, na qual entendemos que poderíamos contribuir também. E, depois que saí da secretaria, fui eleito deputado estadual, neste mandato que encerrei recentemente.


ágora Cidadania, política e urbanismo. Por Dirceu Peters*

2015 chegou

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ano novo trouxe com ele notícias de vários matizes, desde a execução de um brasileiro pela Justiça da Indonésia, até a mudança da política econômica no Brasil. O novo governo da presidente Dilma trouxe alteração na equipe econômica, e as novas diretrizes vêm sofrendo críticas no seu próprio partido e também na oposição; isso nos leva a pensar que existirão grandes obstáculos para o governo federal superar em 2015. As dificuldades econômicas já se anunciavam há muito tempo, e essa mudança de direção visa exatamente frear a inflação e dar procedimento a um maior crescimento do nosso PIB. As dificuldades políticas também serão grandes, pois a eleição de outubro passado deixou muitas marcas na oposição e, ainda, na situação. E essas diferenças políticas serão repassadas para o Estado de Mato Grosso do Sul? Acredito que, com a situação econômica pela qual passa o país, o novo governo de MS poderá, sim, passar por problemas na obtenção de verbas para executar seus projetos, pois também ficaram marcas aqui, onde, repetindo o plano federal, PSDB e PT se enfrentaram no segundo turno das eleições. A grande novidade para mim, neste início de ano, foi o destaque dado à educação pela presidente Dilma, incluindo-a até no slogan de seu segundo mandato: “Brasil, pátria educadora”. Muito se falou sobre educação no Brasil. “Educação é a chave para libertar pessoas, famílias e comunidades da pobreza de uma vez por todas”, disse Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco, morto em acidente aéreo em meados do ano passado. Os políticos sempre ressaltam essa tese em seus discursos, mas, na prática, isso não acontece. O resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2014, divulgado no primeiro mês de 2015, mostra isso, quando diz que cerca de 430 mil alunos tiveram nota zero em redação. O Brasil, para se tornar um país mais desenvolvido, tem que focar a educação como caminho para alcançar esse fim. Esse foco tem que acontecer desde a

pré-escola até a faculdade, com dedicação também nos cursos de pós-graduação, mestrados, doutorados e pós-doutorados, pois só assim chegaremos ao patamar mais elevado, junto aos países mais desenvolvidos. Encerrando este meu primeiro texto de 2015, passo a uma notícia promissora para MS, para não ser acusado de só falar sobre fatos negativos, como a maioria dos nossos noticiários. O estudante campo-grandense Rafael Ribeiro Tostes, 18 anos, tirou a nota máxima de 473.6 na área de Matemática e suas Tecnologias no Enem, acertando 44 das 45 questões, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Projetos Educacionais (INEP). O jovem também foi muito bem avaliado em redação, em que alcançou a nota 980, muito próximo da máxima, que é 1.000, somente atingida por 250 candidatos, entre eles, o campo-grandense Danilo Erly, 18 anos. Muito bem avaliada também foi a estudante de Bonito, Amanda Azevedo da Silva, que alcançou 900 na redação – um feito marcante, pois ela é estudante de escola estadual e possui apenas 16 anos. Esses casos nos dão alento e nos fazem acreditar que a dedicação e a melhoria do ensino fará do Brasil um país melhor para se viver.

*Dirceu Peters, arquiteto e urbanista, entusiasta das causas político-sociais.


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astral Por Teca Silva*

Capricórnio e Aquário Capricórnio

Elemento terra, regido por Saturno, representado pela cabra montanhesa, aquela que não se detém nunca e vai subindo devagar, sem se desviar da sua rota, até chegar ao topo. Persistente, afinal, é regido pelo deus do tempo, o capricorniano sabe que tudo tem sua hora, e aguarda. Gosta de rotina, durabilidade e regras. Aliás, “se ele fez, você também pode”, por isso costuma julgar muito também. E nasce velho, ranzinza, cheio de responsabilidades, é sempre o cauteloso da turma, não gosta de se dar mal; fala pouco, mas quando fala, sai de baixo. Gosta do bom e do melhor, por isso trabalha muito, porém, não é mão aberta, poupa. E não espere muito de um capricorniano. Ele está sempre em primeiro lugar. Sabe amar, mas tudo vem sempre com o tempo, e é orgulhoso. Workaholic, exigente, gosta do poder, nunca perde o controle, é mal-humorado, convencional. É da turma do terno, pois até no jeito de se vestir adora parecer executivo. Não gosta de gente melodramática, é sem jeito para cuidar de assuntos domésticos, trabalha muito. A pessoa deste signo é brava, mas, no fundo, existe um romântico que nunca se mostra, esse lado adorável é revelado para poucos. Paciência com o capricorniano, essa é a dica.

aquariano não gosta de nada que prenda, aprecia demais a liberdade; não gosta de cobranças e também não cobra. Detesta ser o centro das atenções. Leão, seu signo oposto, é quem gosta. Essa irreverência, muitas vezes, pode vir até mesmo na seriedade, aquarianos têm sempre algo incompreensível. Careta ou louco, eles são polêmicos. E a pessoa deste signo não quer agradar, não faz cerimônia nem a menor questão de ser entendida, vai vivendo, vai contrariando e se divertindo com os amigos. Se você quer entender um aquariano, desista, quando você acha que conseguiu, ele vem e muda tudo. No amor, costuma dar trabalho, pois ele não se entrega fácil; para conquistar um aquariano, só o deixando livre. E, quando ele sente que tem liberdade total, aí se entrega verdadeiramente. Vai entender, né? Dedico esse texto a uma grande amiga capricorniana, que está morando no céu agora, Ligia Freire Siufi, a pessoa mais doce e firme que conheci, e para Rubens Costa Marques, o aquariano mais aquariano de todos.

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Aquário

Elemento ar, planeta regente Urano e corregente Saturno, existe um lado sério nos aquarianos, nem tudo está perdido. É o irreverente da turma, o que faz tudo diferente; ao contrário do capricorniano, odeia regras, faz sempre do jeito dele. Não gosta muito de intimidade, precisa de certo distanciamento, pois precisa se integrar ao todo. Muito inteligente e racional, mas aberto a novidades, vive atrás delas. É meio esquisitão, tem ideias vanguardistas ou, no mínimo, diferentes. A grande verdade é que o

*Teca Silva é astróloga e taróloga. Twitter: Teca_Astro Facebook: facebook.com/Tecaemaju E-mail: tecaemaju@hotmail.com


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