Mood Life 54

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A vida e todos os seus estilos

Nº 54 R$ 12,90

LifI Além dos

8 Segundos

Equipe da Mood pega a estrada e vai ao encontro de tudo que circunda o universo dos rodeios.

Elegância

máxima

Quinze profissionais mostraram o que há de mais conceitual na quarta edição da Mostra Black.

o sabor do

Festejo

Em Corumbá, durante a festa de São João, a gastronomia vai muito além do milho verde, churrasquinho e cachorro quente.

Ponta Porã

103 anos A cidade festeja, de olho no futuro.

FERNANDO TORQUATTO Apresentador de um quadro do “Super Bonita”, fotógrafo, maquiador e caracterizador de novelas na Rede Globo. A paixão por esse universo começou na infância, e já são 20 anos de carreira.






Editorial

C

orrupção, desvio de verbas, queda nos lucros de grandes empresas, investidores assustados, desemprego. Enfim, um país em crise é retratado todos os dias nos telejornais. Mas é em momentos como esse que os verdadeiros vencedores se destacam. Eles não ficam parados choramingando, reclamando aos ventos pela falta de dinheiro. Ao contrário, buscam novas ideias, usam da criatividade e, como diz o ditado: “enquanto uns choram, outros vendem lenços”. Sentimento semelhante norteia a Mood Life. Nós não vamos ficar parados, observando os pessimistas assustados; preferimos ir a campo, encarar os desafios, usar a criatividade que nos é tão natural e parceira do dia a dia e mostrar aos nossos leitores que existe sempre um lado bom em toda situação, que os motivos para acreditar estão bem à nossa frente, mas somos tão expostos e bombardeados por notícias ruins que ficamos cegos e deixamos de ver, de acreditar. Porém, nós nos chamamos Mood Life por um motivo. Encarar a vida com otimismo, perseverança, leveza, coragem e alegria é nossa forma de trabalhar. Não podemos viver de limitações, isso é mais complicado. Estar ausente durante o combate é devastador. Por isso, ver o lado bom da vida é nosso objetivo, nosso presente aos leitores, isto é Mood Life. E sempre seremos assim, pois é nisso que acreditamos.

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Capa Fernando Torquatto Foto: Drica Donato Produção Executiva: Clarissa de Faria

5.000 exemplares impressos

EXPEDIENTE Editor - Jornalista responsável Odirley Deotti (DRT 122/MS) editor@moodlife.com.br Equipe editorial: Odirley Deotti, Thaís Pimenta e Walter Gonçalves. Projeto gráfico/editorial: Odirley Deotti. Designer editorial: Guilherme Marconato arte@moodlife.com.br Fotógrafos: Aparecido Frota, Estúdio Sim, Gabriel Gabino e Gilson Barbosa. Revisão Dáfini Lisboa dafini.lis@gmail.com Colaboraram nesta edição: Carla Cecarello, Dáfini Lisboa, Douglas Mamoré Junior, Josué Sanches, Lúcia Coletto, Rafael Belo, Sonia Caldart, Thereza Christina Silva. DIRETORES EXECUTIVOS Daniel Albuquerque e Marta Albuquerque Revista Mood Life é uma publicação mensal da Mood Life Revista e Editora Ltda. Rua da Paz, 1629. Santa Fé. Campo Grande/MS CEP 79102-210. Não nos responsabilizamos pelos conceitos emitidos nos artigos assinados. As pessoas que não constam no expediente não tem autorização para falar em nome da Revista Mood Life. Impressão e acabamento Gráfica Alvorada. Distribuição e assinatura paulo@moodlife.com.br PARA ANUNCIAR LIGUE (67) 3222-7335

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MOODLife



Conteúdo

Fernando Torquatto

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De passagem por Campo Grande, ele encanta com seu carisma e sua tranquilidade, ao atender todo mundo que deseja ao menos uma foto com ele

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Boas Ideias

Garota comportada é um blog de moda segmentado para as mulheres evangélicas

Cultura

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Motor

As novidades do Salón Internacional del Automóvil, em Buenois Aires

Estilo de Vida

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Na estrada

Casal busca Colônia do Sacramento para um fim de semana de descanso

Décor

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Gourmet

Durante a festa de São João, a gastronomia vai muito além do milhoverde e cachorro-quente

Mood In

Conheça os espaços independentes voltados para o audiovisual no Estado

Equipe da Mood pega a estrada e vai ao encontro de tudo que circunda o universo dos rodeios

Quinze profissionais mostraram o que há de mais conceitual na quarta edição da Mostra Black

Conteúdo especial sobre Dourados, Ponta Porã e Três Lagoas

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MOODLife


da Redação

#MoodLife

Nossa redação recebeu, em junho, a visita de acadêmicas de Jornalismo da UFMS

A jornalista Clarissa de Faria atenta aos detalhes, durante o Encontro de Cowboys, em Ribas do Rio Pardo

Facebook/moodlife Acompanhe nossos posts e fique por dentro das novidades da Mood

Anne Torrecilha, nossa entrevistada em Cultura, na edição de junho

Nossos diretores, Daniel Albuquerque, Carmen Albuquerque e Marta Albuquerque prestigiaram a Feijoada Boavida, em Dourados

revistamood Acompanhe o dia a dia da nossa equipe de redação

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Boas Ideias Por Thaís Pimenta

Menina

Comportada

Foto Arquivo Pessoal

A estudante de publicidade e propaganda Melanieh Corrêa sempre foi apaixonada por moda e beleza. Por ser evangélica, ela pesquisava na rede como poderia estar na moda e, ao mesmo tempo, estar comportada. “Quase não encontrava nada segmentado para as mulheres evangélicas e que gostam das ‘feminices’, das tendências”, conta. Foi aí que ela criou o blog Garota Comportada, com uma temática simples: do midi ao longo. O blog é voltado para inspirações de moda comportada e beleza, além de fotos de look assinados por ela. As produções são feitas também por ela, e quem a fotografa é seu namorado, Sérgio Henrique. “Juntar essas características em apenas um clique foi uma experiência incrível para mim, e creio que motiva muitas outras garotas pelo Brasil. Além disso, minha paixão pela moda, desde pequena, influenciou grandemente nessa decisão. O apoio da minha família foi essencial nesse projeto, que ainda tem muitos planos pela frente“, finaliza. Confira www.garotacomportada.com.br.

DuFossato Uma marca campo-grandense que vende acessórios masculinos. Essa é a Du Fossato, que desde 2013 investe no segmento masculino da moda. Formado em Design, com habilitação em Moda, Evandro Fossato sempre teve o sonho de criar um negócio seu. “A faculdade em si foi o maior impulso para que isso acontecesse. Logo notei a dificuldade que enfrentamos em comprar peças legais por um preço bom”, conta. Os produtos vendidos incluem pulseiras, cordões, anéis, todos feitos no ateliê da marca; os óculos de sol são terceirizados, mas de ótima qualidade, garante Evandro. Confira instagram.com/dufossato/.

Foto Arquivo Pessoal

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Tome Nota Por Thaís Pimenta

O ESQUIZOFRÊNICO CURADO A banda campo-grandense Burning Universe lança o CD “O Esquizofrênico Curado” no dia 18 de julho, no Bar Fly. Com um som hardcore, a banda já possui um EP e disponibiliza o novo álbum para download on-line. Informações: https://goo.gl/WVjGc0

REFERÊNCIA NO REGGAE A cantora de reggae Laylah Arruda se apresenta no Rockers Bar no dia 18 de julho. Uma das referências no estilo, Laylah continua na ativa como singjay na cultura reggae sound system, tendo canções e produções com importantes nomes do gênero. Os ingressos antecipados estão sendo vendidos por R$ 15. Informações no link: www.facebook. com/events/1229666310381118/.

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ELTON JOHN TRIBUTE Com anos de bagagem em arranjos e produções musicais, o maestro Rogério Martins apresenta o espetáculo “Elton John Tribute”, considerado o maior tributo ao artista britânico Elton John. O musical é o único licenciado pela editora e gravadora de Elton John, com autorização para gravar e comercializar a obra do músico. A apresentação estará em cartaz no dia 11 de julho, no Palácio Popular da Cultura de Campo Grande. A 2ª Temporada de Exposições 2015 do Museu de Arte Contemporânea (Marco) começou no final de junho e segue até o dia 23 de agosto, com quatro mostras: “A Gravura Brasileira no Acervo do Marco” – gravuras; “Compensado” – acrílicas do artista plástico Cássio Leitão (SP), treze pinturas e nove desenhos; “Never Ending Tour (Bob Dylan)” – do consagrado artista brasileiro Luiz Aquila (RJ); e “Mário de Andrade: Etnógrafo, Fotógrafo, Poeta” – exposição contemplada pelo edital dos Correios 2015. O museu fica aberto à visitação de terça a sexta, das 7h30 às 17h30. Sábado, domingo e feriado, das 14h às 18h. Início: 23/06/2015.

2ªTEMPORADA


ALIMENTarte O projeto Alimentarte abrirá as portas da Alimentar Dietas para novos talentos artísticos de nossa capital e será lançado no dia 20 de julho, às 16 horas, com um coquetel, música e muita arte. Para abertura do projeto, a artista Marina Tonon exibirá suas obras. A cada mês, um artista diferente será apresentado no projeto! Informações, acesse: www.instagram.com/alimentardietas.

I Workshop Wedding

Curso Culinária

MÚSICA eletrônica

Uma festa que reúne o melhor da música eletrônica em Campo Grande, essa é a In Tha House. Com line-up afiado, o evento traz os Defreshers, o DJ Pedro Pereira e André X. A In Tha House acontece no dia 17 de julho, no OKA Brasil Hostel. Mais informações: goo.gl/HrxMpj

A chef Dedê Cesco ministrará dois cursos de culinária no mês de julho. O “Culinária para Iniciantes” acontecerá nos dias 6, 7 e 8 de julho. Já o “Giro na França”, que ensina um pouco da culinária francesa para os alunos, será ministrado de 27 a 29 de julho. Para mais informações, ligue: 9983-1666 ou 9141-6666.

Diferentemente da maioria das feiras e dos workshops tradicionais, que levam apenas o básico dos temas que serão abordados, Synara Miranda, assessora e cerimonialista, trará a Campo Grande, nos dias 27 e 28 de julho, o primeiro evento de casamento voltado para conscientizar não apenas as noivas, mas também os profissionais envolvidos na produção de celebrações. Para isso, o evento trará para a Capital renomados nomes da cena nacional, com amplo repertório e expertise sobre “o por trás das cortinas” de toda a celebração. informações: www.workshopwp.com.br.

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Tome Nota Por Thaís Pimenta

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ROUPA NOVA anos de Festival de Inverno

Já tradicional no Estado, o Festival de Inverno de Bonito acontece este ano entre os dias 30 de julho e 3 de agosto. Completando 15 anos, a grande homenagem desta edição será ao Rio Formoso – personagem mais importante da história de Bonito. O evento contará com uma estrutura na grande tenda de shows com 2 palcos, além do túnel cenográfico e diversas novidades. Entre as atrações, destaque para Alceu Valença, Maria Rita, Lulu Santos, Titãs, Jota Quest, João Bosco e Tulipa Ruiz.

Fantasmas também amam O Grupo de Teatro Arte Boa Nova inicia sua turnê de apresentações por Mato Grosso do Sul, com o novo espetáculo "Os Fantasmas Também Amam". A peça narra a trajetória de um agente da Polícia Federal que é assassinado enquanto entretinha-se no banho, numa suposta queima de arquivo ligada à atividade profissional. Apaixonado pela esposa, que ainda considera como sua, sofre as dores da separação ao mesmo tempo em que enfrenta os desafios de sua nova realidade. As apresentações acontecem em várias cidades do Estado, como Dourados, Bonito e Corumbá. Confira as datas aqui: goo.gl/Hf3vjm

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FESTIVAL DO CHOCOLATE QUENTE A Festa do Chocolate Quente completa 13 anos, em Amambai, e este ano será realizada no dia 11 de julho, às 20h, no Centro de Convenções Municipal (antigo Alphaville Club). O evento contará com a apresentação da cantora Mariana Valadão. Os pontos de vendas de ingressos e canecas são: Secretaria IPI, Mercearia Alvorecer, Vale Veículos, Unipharma e CNA.

A banda Roupa Nova se apresenta no dia 27 de julho em Dourados, na casa de shows Armazém Music. Com mais de trinta anos de carreira, o grupo já lançou 22 CDs e cinco DVDs, alcançando a marca de mais de cinco milhões de produtos vendidos; eles possuem ainda dezenas de sucessos lançados e permanecem com os integrantes originais desde sua formação. Canções como "Dona", "Coração Pirata", "Começo, Meio e Fim" e "Whisky a Go Go" tornaram-se clássicos no imaginário popular brasileiro.

FESTIVAL GASTRONÔMICO O 3º Festival Gastronômico Sabores de Dourados começou no dia 19 de junho e segue até 30 de julho. São 31 restaurantes, pizzarias e bares participando do evento. Há pratos à base de carnes, camarão, peixes, pizzas, lanches e lasanha. As pessoas que participarem do festival, consumindo os pratos e preenchendo os cupons, concorrem a uma viagem para o litoral nordestino (Porto de Galinhas-PE), com acompanhante. Para mais informações, acesse: goo.gl/8D7AMs



Na Estante

PúrPura

Um dia desses, pedi para um amigo me mostrar músicas novas, já tinha passado da hora de atualizar o iTunes... (risos) Escutei a primeira música e fui me encantando cada vez mais. O álbum traz treze faixas impecáveis. E a surpresa maior foi descobrir que a dupla talentosa é da nossa querida Campo Grande.

Uma Página de Cada Vez Adam J. Kurtz

É um livro interativo, cheio de surpresas para serem preenchidas durante 365 dias. O autor usa provocações divertidas para fazer o leitor refletir sobre sua vida e testar a própria criatividade. Cada página traz uma brincadeira diferente. Gostei tanto, que já presenteei três amigos com exemplares, vale a pena conhecer.

cinema

Miolo do Pão

iteratura

música

Convidada Priscila Mota

Medianeras: Buenos Aires na Era do Amor Virtual Gustavo Taretto

Sabe aquele filme que começa com a narrativa impecável, acompanhado de uma fotografia incrível? Então, pode apostar que, no decorrer da história, você vai se surpreender. "Medianeras" fala sobre a cidade urbana, em uma época em que a internet aproxima e afasta pessoas. Seria a internet um meio facilitador, que nos dá a falsa sensação de que não estamos sós? É partindo desse questionamento que o filme retrata os relacionamentos atuais e a interferência deles. O filme conquista pela sensibilidade, faz uma crítica ao individualismo, como também revela os diferentes tipos de solidão humana, com um belo e criativo final.

Priscila Mota "O amor é o que define a minha vida, minha família, meus amigos e meu trabalho. Eu amo o que faço, porque me dá a chance de amar outros lugares e pessoas"

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Foto Raul Delvizio

é uma talentosa fotógrafa.



Cultura Por Thaís Pimenta

Foto Divulgação

Um olhar diferente para a

SÉTIMA ARTE

Conheça os espaços independentes voltados para o audiovisual no Estado

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C

om uma proposta totalmente diferente do cinema tradicional, os cineclubes se mantêm firmes em sua base, sem fins lucrativos e sem intenções comerciais de exibições. Eles dão acesso às mais diferentes cinematografias e suas propostas estéticas e narrativas; além disso, valorizam a experiência da difusão e exibição. Justamente por isso, os filmes que são escolhidos para serem exibidos, independentemente do cineclube, nunca serão os lançamentos e as estreias das telonas. Os frequentadores desses espaços passam, então, de apenas espectadores para críticos do audiovisual, já que, após cada exibição, há sempre um debate. Até por isso,


Foto Guilherme Pimentel

a força desses espaços é grande, vide o surgimento de movimentos como a Nouvelle Vague e o Cinema Novo, que surgiram da junção de pessoas que gostam muito da sétima arte, o cinema, e queriam fazer algo por ela. Pouca gente sabe, mas em Mato Grosso do Sul são 16 cineclubes ativos, cada um com uma proposta diferente e interessante. Na Capital, o destaque fica para o cineclube Cinema d(e) Horror e o Cine Muquifo. No interior, o Bocacine atrai cada vez mais o público de Três Lagoas, e o cineclube Cinema com Pipoca é um dos expoentes em Dourados. Alguns eventos que acontecem esporadicamente também fomentam essa cultura do audiovisual; é o caso das semanas de cineclubismo e de audiovisual. Coordenadora do Cinema d(e) Horror, Carolina Sartomen explicou como seleciona os filmes que serão exibidos a cada edição. “O Cinema d(e) Horror veio modificando sua grade com o passar dos anos. Hoje, exibimos filmes e curtas mais militantes, que trazem à tona a temática brasileira.” Mas ele surgiu com uma proposta diferente. Lá em 2008, “a gente queria fazer uma ligação entre literatura e cinema, daí, de um grupo de estudos que existia no curso de Letras da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, surgiu o Cinema d(e) Horror, em que discutíamos, no fim de cada exibição, como o cinema conseguia alcançar os efeitos estéticos do livro”, explica. O Cinema d(e) Horror foi criado pelo curso de Letras da UFMS. No começo, exibia filmes e curtas baseados em livros. Aos poucos, foi adaptando sua grade, porque

o público que costumava frequentar foi ampliado. Já o Cine Muquifo, coordenado e criado por Pietro Luigi, surge de maneira mais espontânea. “O nome Cine Muquifo surgiu na minha mente desde 2006; mas, por uma série de motivos, nunca acontecia, embora há tempos eu já organize exibições de filmes. O cineclube, mesmo, na prática, surgiu da junção das minhas ideias com o Tayran Seixas e a Yasmin Santiago”, conta. As exibições acontecem onde houver a disponibilidade e um mínimo de espaço. “Sua periodicidade é quinzenal, geralmente acontece aos sábados, salvo algum convite extra. A seleção dos filmes é espontânea e improvisada. Queremos exibir também curtas e filmes independentes do Estado”, explica.

A NOUVELLE VAGUE (Nova Onda) foi um movimento artístico do cinema francês que se inseriu no movimento contestatório próprio dos anos sessenta. Sem grande apoio financeiro, os primeiros filmes conotados com esta expressão eram caracterizados pela juventude dos seus autores, unidos por uma vontade comum de transgredir as regras normalmente aceitas do cinema comercial. Uma das principais características dos filmes da Nouvelle Vague era retratar o amor e um fragmento especial da vida de um indivíduo.

O CINEMA NOVO foi um movimento brasileiro que nasceu em 1952, com a proposta de criar um cinema com maior realismo, mais substância e mais barato. Foi inspirado no Neorrealismo dos cineastas italianos e na ‘Nouvelle Vague’ francesa.

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Cultura

Foto Iasmim Amiden

Por Thaís Pimenta

1. Cineclube Cinema d(e) Horror 2. Cine Muquifo 3. Cineclube Flor e Espinho 4. Cineclube do Conselho Regionalogia 5. Cineclube Aliança Francesa 6. Cineclube Transcine 8. Cineclube Sábado Cênico 9. Cineclube Cinema e Utopia – História UFMS

10. Cineclube Cinema com Pipoca 11. Cineclube UFGD 12. Cineclube Joel Pizzini 13. Cineclube Cinelito 14. Cineclube Bocacine 15. Cineclube Cinema de Sala 16. Cineclube Corumbella

Foto Divulgação

Conheça os Cineclubes do MS

Foto Iasmim Amiden

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Motor Por Paulo Cruz

NOVIDADES A NA TERRA DO

sétima edição do Salón Internacional del Automóvil, realizado no fim de junho em Buenos Aires, capital da Argentina,

surpreendeu pela quantidade de lançamentos,

TANGO! RENAULT A nova picape Renault Oroch foi, sem dúvida, a grande atração do salão argentino. Derivada do Duster, inaugura um novo segmento. Maior que as rivais Fiat Strada e Volkswagen Saveiro, e menor que a turma da S10, Ranger e Hilux, tem quatro portas e mais espaço para os ocupantes. Na caçamba, pode carregar 750 kg. Voltada ao lazer, tem suspensão independente na traseira, o que privilegia o conforto. Mesmo com visual mais modesto que o conceito mostrado no ano passado, durante o Salão do Automóvel de São Paulo, promete agradar nas ruas. Terá versões com motor 1.6 e 2.0, com câmbio manual e automático. A 4x4 chega depois. O lançamento no Brasil acontece ainda este ano. Outra atração do estande foi o esportivo Sandero RS, com motor 2.0 de 150 cv e que pode, segundo a Renault, ultrapassar os 200 km/h.

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muitos deles já com data marcada para chegar ao Brasil. Mesmo com a crise instalada na terra de “los hermanos”, que em grande parte é reflexo do que acontece por aqui, as montadoras apresentaram boas novidades.


HONDA A Honda mostrou o utilitário-esportivo CRV, que ficou mais atraente com os retoques que recebeu no visual. Não pudemos ver o modelo por dentro, mas executivos da marca adiantaram que a lista de equipamentos será uma das mais completas do segmento. A versão que vem para o Brasil ainda em julho será a mais completa, com tração integral nas quatro rodas e muita tecnologia embarcada.

Fotos Divulgação

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Motor Por Paulo Cruz

FORD Já a Ford aproveitou o salão para apresentar o novo Focus. Com visual antenado com a linha global da marca, ganhou controle de tração e estabilidade, ficando mais moderno. Outra boa novidade, pelo menos para os argentinos, foi o anúncio das importações oficiais do novo Mustang, a partir do ano que vem. Mostrado nas versões cupê e conversível, sua vinda para o Brasil ainda é incerta. Quem também deu as caras no salão foi a picape Ford F-150, sucesso mundial de vendas e que tem a missão de avaliar a reação do público para uma futura importação, o que pode beneficiar também o mercado brasileiro.

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E, falando em picapes, a Nissan apresentou a nova Frontier, que será fabricada na Argentina em 2018. Até lá, a marca estuda para nosso mercado a importação do modelo do México, a partir do ano que vem, para concorrer com mais força entre as picapes nacionais. Outra boa notícia para nós, brasileiros, foi a apresentação do Mercedes-Benz Vito, uma van menor que a Sprinter e que será produzida na Argentina, onde custará cerca de US$ 35 mil; possivelmente, será importada para o Brasil. O Vito terá quatro versões para cargas ou passageiros e motor a diesel. A Peugeot mostrou em Buenos Aires os novos 308 e 408, que ganharam nova identidade, antenada com a tendência mundial da marca. Segundo a montadora francesa, eles chegam ao Brasil no fim deste ano, com a mesma motorização dos atuais e novos equipamentos. Sem muitas novidades reais, a Fiat mostrou o 500x, derivado do Renegade e que está nos planos da marca para ser produzido no Brasil. Também mostrou o 500L, que já é vendido na Argentina e é candidato a desembarcar em nossas ruas. Outra atração foi a picape conceitual FCC4, a qual dará origem à nova picape da marca, que será posicionada acima da Strada e abaixo das picapes médias que estão no mercado. Fotos Divulgação

* Paulo Cruz viajou com apoio das concessionárias Renault Buritis, Honda Endocar, Ação Renault (Três Lagoas) e Citroën Motor 3 France.

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Gadgets Por Odirley Deotti

COSMOPOLITA Seja social ou despojado, o visual combinará com o Watch Urbane, da LG. Depois de aparecer em outros países, principalmente europeus, o smartwatch chega ao Brasil, em toda sua elegância, rodando o sistema Android Wear e com design refinado em metal. Ele possui um chip Snapdragon 400, da Qualcomm, tela OLED de 1,3”, 4 GB de memória e é resistente à água e poeira. Disponível nas cores prata e dourado, o Watch Urbane é compatível com qualquer aparelho Android (a partir da versão 4.3) e chega às lojas por R$ 1.600.

Elegância e alta capacidade Colorido e eficiente, o novo HD externo da Toshiba é perfeito pra quem precisa de muito espaço em disco. O Canvio Connect 2 vem com opções de 1, 2 e 3 TB de armazenamento e conexão USB 3.0, além de uma série de softwares para realizar cópias de segurança automáticas. Pequeno e prático, mede apenas 78 x 109 x 19,5 mm, e pesa 230 gramas. A partir de R$ 419,90 (1 TB), no site www.saraiva.com.br.

Livros na

TELA

Enfim, a Amazon trouxe para o Brasil o Kindle Voyage! Sim, caros aficionados por livros em telas, ele chegou e ainda trouxe a tiracolo a nova versão do Paperwhite. Mas, falando do Voyage, ele é o maioral da família; com 300 DPI de resolução, conta com iluminação adaptável ao ambiente de leitura, proporcionando luz ideal tanto de dia quanto de noite. Também tem uma nova forma de virar as páginas, chamada PagePress — nela, é possível trocar a página apertando as laterais do leitor digital. Além disso, com seus 7,6 mm de espessura e pesando 180 g, ele é o mais elegante, fino e leve Kindle. Só um detalhe não agradou muito: para ter o Voyage, será preciso desembolsar R$ 899, valor relativamente alto em relação aos outros e-book readers da Amazon.

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Fotos Divulgação


SIM

É POSSÍVEL TER UMA PELE JOVEM, FIRME E LINDA PARA SEMPRE

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Mistura Fina Por Thaís Pimenta

PésQUENTES Entra estação, sai estação, e as tendências vão mudando. Como pede a temporada mais fria do ano, botas – especialmente as de cano alto – e sapatos mais pesados ganharam destaque nas passarelas. Ponto ainda para as cores neutras, como o cinza – ótima alternativa ao bom e velho preto – e tons terrosos, além das texturas de camurça e crocodilo. As yellow boots também são uma grande trend e funcionam tanto em homens quanto mulheres. Os tênis, grandes curingas, independem de uma estação específica para estarem nos pés. Seguindo a mesma linha das coleções, que vieram superelaboradas e repletas de detalhes. Ou seja, eles têm tudo para se tornar os protagonistas dos looks da temporada.

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1. Adidas Superstar

4. Bota Grunge

7. Bota Timberland

2. Sandália Coins

5. Bota OTK Zipper

8. Tênis Vans Authentic 10. Bota festival preta,

3. Tênis Pro Model

6. Bota Over The Knee 9. Bota Jhonny Glam

Supercolor, da Adidas, por R$ 299. Disponível no link: http://goo.gl/ZqIFAp

Wedges, da Kenzo, preço não divulgado. Disponível no link: https:// goo.gl/cnXDuF

RYR Richard Angelides, da Adidas, por 389,9. Disponível no link: http://goo.gl/isN9pB

Pinho, da Schultz, por R$ 380. Disponível no link: http://goo.gl/LFz7Rv

Black, da Schultz, por R$ 690. Disponível no link: http://goo.gl/36ijCB

Nude, da Taquilla, por R$ 399,9. Disponível no link: http://goo.gl/bWwRWo

Yellow Boot, da Timberland, preço sob consulta. Disponível no link: http://goo.gl/pk6Anb

Liberty Wonderland True, da Vans, por R$ 389,9. Disponível no link: http://goo.gl/HntZH1

Vermelha, da Folk Boots, por R$ 180. Disponível no link: http://goo.gl/Y46Kum

da Ana Capri, por R$ 279,9. Disponível no link: http://goo.gl/UsSHd2

Fotos Divulgação

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Beauty Por Thaís Pimenta

Chega

de acne! Engana-se quem pensa que acne é um problema apenas dos jovens e adolescentes; infelizmente, acne não tem idade. E as espinhas e os cravos aparecem nas melhores peles, em homens e mulheres, indiscriminadamente. Ter ou não acne depende de vários fatores, como hormônios, estresse e produção de oleosidade pelas glândulas sebáceas. Quanto mais oleosa a pele, maiores as chances de cravos e espinhas aparecerem. Por isso, o ritual de combate começa pela limpeza do rosto. Disfarçar as espinhas é possível com os produtos certos, mas vale lembrar que, dependendo do nível de oleosidade da pele, é recomendada uma consulta com dermatologista. Confira a nossa seleção!

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1.Sabonete Antiacne, da Granado, por R$ 9,9. Disponível para compra no link: https://goo.gl/C8WR42.

2. Lenços esfoliantes, da Nivea

Visage, preço sob consulta. Disponível no link: http://goo.gl/ffj7Km.

3. Tônico hidratante, da Tracta, por R$ 28,9. Disponível no link: http://goo.gl/ea10Q7.

4. Loção secativa 60ml, da Valmari, preço sob

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consulta. Disponível no link: http://goo.gl/ELBHdp.

5. Effaclar Mat, da La Roche Posay, por R$

104,90. Disponível no link: http://goo.gl/l4vscE.

6. Oil-Free Gel Creme Hidratante, da

Neutrogena, preço sob consulta. Disponível no site da marca e nas lojas autorizadas.

7. Lápis Retrátil Secatriz, da Dermage, por R$ 48. Disponível no link: http://goo.gl/y9euGa.

K, da Avène, preço sob consulta. Disponível nas lojas físicas da marca.

9. Kit Capricho Soft Face (creme

hidratante + gel secativo), da O Boticário, por R$ 48,98. Disponível no site da marca e com as revendedoras autorizadas.

10. Loção Adstringente Antiacne, da

Natura, por R$ 29,7. Disponível no site da marca e com as revendedoras autorizadas.

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8. Gel creme da linha Cleanance

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Equilíbrio Por Clarissa de Faria Colaboração Thaís Pimenta

Atenção

redobrada A fase gestacional de uma mulher requer diversos cuidados, mas a alimentação ainda é um tabu e muitas se martirizam por ter que abrir mão de um alimento ou outro. Porém, a alimentação equilibrada é essencial e sempre será o melhor caminho

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e repente, você é surpreendida: um bebê está a caminho. Seu corpo muda, e seus hábitos alimentares também. Afinal, nesse período, todo cuidado é pouco, já que uma vida está crescendo dentro de outro corpo. Cada semana de gestação é uma nova notícia, o bebê cresce mais um pouco, seus órgãos vão sendo formados, o coraçãozinho bate cada vez mais forte. A vontade de comer também aumenta, na maioria das vezes, mas nessa hora é preciso selecionar e escolher a dedo o que ingerir. A nutricionista e empresária Laís Lunardon explica que muitas gestantes procuram fazer dieta por medo de ganhar muito peso e, em

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alguns casos, pela indicação médica, quando o excesso de peso já é um risco, ou mesmo quando existe outro fator, como pressão arterial ou altas taxas de colesterol e glicose, entre outros. “Quando a gestante sofre com os enjoos, a adaptação a uma dieta se torna bem mais difícil. Nestes casos, o melhor é tentar manter uma alimentação mais fresca, mas sem muitas exigências, cuidando para que mãe e bebê não tenham a saúde prejudicada. ” Sobre os cuidados, mitos e tabus, Laís garante que “aquela história de que as gestantes têm que comer por dois não procede”. De forma geral, elas não precisam aumentar o consumo energético durante os

seis primeiros meses de gestação, mas sim melhorar a qualidade da dieta. Algumas dicas básicas devem ser seguidas. É necessário atentar-se ao consumo de proteínas, pois elas são fundamentais na formação do bebê. No primeiro trimestre, é muito importante o consumo de alimentos que contenham ácido fólico, para a formação do sistema nervoso do feto. No segundo trimestre, a vitamina D é importante para formação de ossos e dentição. E, no terceiro trimestre, um aumento energético para o bem-estar das mães.


FOTOS GABRIEL GABINO

A profissional recomenda Ovos – práticos, baratos, cheios de vitaminas e ricos em proteína, necessária para a formação do bebê. Nunca consumir moles ou crus, para evitar a salmonela; Feijão – fonte de proteínas, fibras, carboidratos, cálcio, ferro, vitaminas do complexo B e zinco. Seu uso deve ser diminuído caso haja formação de gases. Nestes casos, pode-se tentar a substituição por lentilhas ou grão-de-bico; Couve-manteiga – rica em ferro e também em vitamina C, necessária para a absorção desses nutrientes. Possui ainda betacaroteno, potássio e ácido fólico. Consumir pouco cozida ou crua e, de preferência, com um copo de suco de limão ou laranja

(outro alimento importante por conta da quantidade de vitamina C); Sardinhas / salmão – ricos em vitaminas, ferro, fósforo e magnésio, grande quantidade de proteínas de alto valor biológico e ômega 3, que ajuda a reduzir colesterol e triglicerídeos, bem como elevar o HDL, o bom colesterol. A melhor forma de consumir é assá-los ou cozinhá-los, para que as propriedades sejam mantidas. Cuidado com a grande quantidade de sódio, quando enlatados; Pães e massas integrais – possuem mais fibras que as versões tradicionais e podem ajudar no combate à prisão de ventre;

Castanhas e nozes – são ricas em ômega 3 e muito práticas para um lanchinho no meio do dia. Cuidado com as variantes salgadas, prefira as naturais; Iogurtes – contêm boas quantidades de proteína e cálcio, fundamentais para formação do bebê, e ainda ajudam no equilíbrio da flora intestinal. As versões “grego” têm mais proteínas; Carnes bovinas magras – previnem a anemia, em virtude da grande quantidade de proteína, ferro e vitamina B12.

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Equilíbrio Por Clarissa de Faria Colaboração Thaís Pimenta

Na prática A personal training Ingrid Pereira da Silva, 29 anos, está na 9ª semana de gravidez e, antes de receber a notícia, fazia o uso de suplementos que a auxiliavam na performance como atleta de ciclismo, na modalidade speed (velocidade). “Após a linda novidade, mudei meus hábitos alimentares para melhor nutrir meu bebê e parei com a suplementação, para não colocar em risco a sobrecarga de alguns órgãos e funções. ” Ela conta que treinava todos os dias, inclusive sábados e domingos, pedalando 120 km, além da musculação durante toda a semana. Recentemente, retornou às atividades físicas, após algumas semanas parada por recomendação médica, aguardando a fixação do embrião.

“Agora, faço as atividades de forma moderada, sem a intensidade que era exigida quando eu treinava para ser campeã na minha categoria. ” Sobre a alimentação, Ingrid explica que se adaptou bem a todas as mudanças, mas a vontade por doces aumentou. Desejo que ela se permite todos os dias, mas optou por sobremesas light, que, segundo ela, matam a vontade. “Eu acredito que o equilíbrio é a medida certa para todas as coisas. Tirando o atleta que vive para um esporte, as pessoas devem ter qualidade de vida, principalmente as grávidas, por estarem na fase de gerar um novo ser. A atividade física e uma alimentação correta devem ser pensadas no bem-estar físico e mental, dela e do bebê. ”

FOTOS ARQUIVOS PESSOAIS

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Já para Andrea Filipovith Calixto, também personal training, os tais desejos durante a gravidez não apareceram. “No começo da gestação meu paladar ficou um pouco alterado, alguns alimentos que amo, como ovos e carne vermelha, não podia sentir nem o cheiro, mas, a partir da 13ª semana passou, aí foi só alegria. Eu tive uma vontade, necessidade nutricional por peixes e alimentos ricos em ômega 3 e 6, então só incrementei a dieta”, conta. Ela explica também que não parou de se exercitar durante a gravidez, mas teve que redirecionar o objetivo do treino, além de sempre monitorar a intensidade e volume do mesmo. “Quando engravidei estava com 8% de gordura corporal, no fim do nono mês cheguei a 16%, mas com uma quantidade de massa muscular boa e treinada, o que me ajudou a não ter dores nas costas, ombros e a aguentar um trabalho de parto normal, de quase 13 horas! ”.


Intimidade

Não aceite

migalhas E

xistem mulheres que dizem amém para tudo. Até na hora de transar sem camisinha, acabam concordando, apenas porque o homem não gosta de usar ou acha que perde a sensibilidade. Dizem sim, também, na hora de assumirem o filho sozinhas, com o intuito de evitar um escândalo e se mostrarem autossuficientes. Na verdade, têm baixa autoestima, aturam casamentos falidos, aceitam o comportamento autoritário de alguns homens de modo passivo. Não questionam, não confrontam, não discutem; simplesmente concordam com tudo. Quando solteiras, essas mulheres fazem sexo sem prazer; o importante é agradar ao parceiro. Agem como se tivessem obrigação de terminar a noite na cama. Contudo, não é só a baixa autoestima que as torna tão disponíveis. Não importam o parceiro, o local ou a situação em que se

encontram, elas não sabem dizer não. São mulheres que aceitam tudo o que é proposto pelo homem. Elas têm uma autoimagem desgastada, são afetivamente carentes, pensam que devem se submeter sempre às vontades do outro, chegando até a acreditar que aquelas “migalhas de amor” poderão trazer alguma recompensa. Para aquelas mulheres que estão sempre se entregando e falando sim, porque têm medo de serem rejeitadas, uma dica: reavaliem seu comportamento e reconheçam que não vale a pena ser “boazinha”. Criem um sistema de autodefesa e aprendam a dizer não. Enquanto não tiverem certeza de que o homem é merecedor de confiança, é melhor não criar expectativas. Digam sim apenas quando acreditarem que existe um futuro, uma possibilidade de um relacionamento honesto, com boas perspectivas, ainda que ele acabe depois de algum tempo.

_ CARLA CECCARELLO É PSICÓLOGA E SEXÓLOGA CRP-06/35.812-0 Apresentadora de rádio e TV www.carlacecarello.com.br Tel.: 11 3887.5123

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Capa

Foto Drica Donato

Por Clarissa de Faria

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O QUERIDINHO DASESTRELAS

De passagem por Campo Grande, Fernando Torquatto encanta com seu carisma e sua tranquilidade, ao atender todo mundo que deseja ao menos uma foto com ele, um registro qualquer

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Capa Por Clarissa de Faria

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primeira coisa que me chama muito atenção ao me deparar com alguma personalidade, principalmente quando vou entrevistá-la, é a forma como aborda seus fãs. O primeiro contato que tive pessoalmente com o Fernando foi ao término de uma palestra que ele ministrou em Campo Grande, e eu estava ansiosa para conseguir extrair as minhas primeiras impressões desta pessoa que eu já admirava nas telinhas, ao assistir ao “Super Bonita”, no GNT. Ao observá-lo por quase uma hora, atendendo fã por fã, para um simples aperto de mão, um abraço e um registro fotográfico, eu tive a certeza de que, muito mais que um talento inato, é preciso transparecer sinceridade e humildade para continuar seguindo o caminho dos seus sonhos. Apresentador de um quadro do programa “Super Bonita” (GNT), fotógrafo, maquiador e caracterizador de novelas na Rede Globo, Fernando Torquatto alia toda a sua expertise nas múltiplas especialidades do seu dia a dia. A paixão por esse universo começou na infância, e já são 20 anos de carreira. As suas lentes já registraram Antonio Banderas, Kate Moss, Gabriella Wright, Fernanda Montenegro, Xuxa Meneghel, Marília Gabriela, Regina Casé, Reynaldo Gianecchini, Taís Araújo, Carolina Dieckmann, Letícia Birkheuer, Rodrigo Santoro, Camila Pitanga, Cleo Pires, Bruno Gagliasso e tantos outros famosos. Aos 12 anos, Fernando Torquatto trocava os calçadões e as areias das praias de Santos para assistir, junto da mãe, aos grandes clássicos do cinema mundial. Diariamente,

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ele vislumbrava as atuações de divas como Marilyn Monroe, Brigitte Bardot, Raquel Welch, Rita Hayworth, Ava Gardner, Sophia Loren e tantas outras, que, com suas maquiagens suntuosas e seus penteados deslumbrantes, despertavam cada vez mais a curiosidade estética do futuro mestre da imagem. Do pai, que tinha como hobby a fotografia, Fernando herdou a capacidade de visualizar e retratar com riqueza de detalhes cenas e pessoas de seu cotidiano. Sua diversão era desenhar os rostos das atrizes e modelos que, na época, eram capas de revista. E sua meta principal era sempre – senão atingir – estar o mais próximo da perfeição. Em 1988, resolveu se mudar para o Rio de Janeiro, a Cidade Maravilhosa, onde cursou a faculdade de Comunicação e ingressou na carreira de modelo. Mais do que desfilar nas passarelas, seu interesse era estar sempre atento ao trabalho que os maquiadores faziam nas meninas. Mas foi numa viagem a Paris, onde frequentou como ouvinte um curso de um renomado maquiador francês, que ele realmente se encontrou. Foi convidado pela Rede Globo, há 15 anos, para trabalhar na

caracterização das personagens de telenovelas e minisséries, entre elas, “Em Família”, “Geração Brasil”, “Da Cor do Pecado”, “A Lua Me Disse”, “Belíssima”, “Páginas da Vida”, “Paraíso Tropical”, “Duas Caras”, “Queridos Amigos”, “Ciranda de Pedra”, “Três Irmãs”, “Maysa”, “Viver a Vida”, “Insensato Coração”, “Macho Man”, “O Astro”, “Sangue Bom”, “Em Família” e “Babilônia”. Desde 2011, Torquatto é leadership, no Brasil, da ONG AmfAR, fundada pela atriz Elizabeth Taylor e que arrecada fundos para institutos de pesquisa da Aids, e também assinou os exclusivos desfiles de maquiagem, durante o São Paulo Fashion Week. Além disso, é o comentarista oficial da “Liga de Estilo”, do canal GNT, durante as semanas de moda do Rio e de São Paulo. Como esse universo da maquiagem entrou na sua vida? Eu via nas revistas como eram as maquiagens e pegava material emprestado da minha mãe, para maquiar o que eu via. Eu gostava de desenhar rostos, fui me apaixonando pelas duas artes e, desde então, nunca mais parei.

Estar maquiada não é mais uma coisa de perua, e sim um complemento de personalidade. A mulher descobriu o prazer de se cuidar, se enfeitar e ficar bonita.


Foto Gabriel Gabino

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Capa Por Clarissa de Faria

Você se lembra da sua primeira make? Provavelmente, foi na minha mãe. Mas a primeira profissional foi como assistente em um comercial da Coca-Cola. Já cometeu algum desastre durante o preparo de alguém? Não. Já aconteceu de eu esquecer algum produto importante e ter que inventar na hora alguma coisa. Durante toda a sua carreira, quais foram os trabalhos mais desafiadores? “Maysa" foi um grande desafio, uma série de época em que tudo era filmado em HD, com caracterização que exigia muita perfeição; então, desde o início, dei a minha opinião. Foi um processo incrível e muito desafiador. Sempre que você conhece alguém novo é desafiador, como a primeira vez em que eu maquiei a Kate Moss e a Linda Evangelista, pessoas que são icônicas. Eu paro pra pensar em como há 20 anos eu estava comprando as revistas com elas na capa; hoje, chegar ao ponto de produzir essas mulheres é maravilhoso, fico extremamente feliz.

Quais foram as barreiras que você enfrentou para chegar até aqui? Eu dei muita sorte, acho que os primeiros 15 anos da minha carreira foram muito fluidos, as coisas foram acontecendo, não tive muitas dificuldades, não. Mas, de cinco anos pra cá, quanto mais conhecido fui me tornando e mais diversificado meu trabalho foi ficando, eu passei a ocupar outro lugar no mercado que eu não estava acostumado, comecei a migrar do profissional de backstage para celebridade. O que eu não percebia é que eu fui me transformando em uma pessoa conhecida nas ruas. O mercado da beleza é um dos únicos em constante crescimento. É notável que o que antes era supérfluo agora não é mais. Em que situações você percebe isso? Estar maquiada não é mais uma coisa de perua, e sim um complemento de personalidade. A mulher quer estar bonita para ela e para o marido. Dentro de tantas circunstâncias sociais e profissionais que envolvem uma boa imagem, todo mundo começou a prestar atenção nisso, e a mulher descobriu o prazer de se cuidar, se enfeitar e ficar bonita.

Adoraria poder ver beleza em tudo, principalmente nas relações, em um mundo mais bonito, com mais amor.

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Pra você, qual o verdadeiro segredo para uma mulher estar com uma pele impecável ao sair de casa? Uma pele bonita, mesmo, é uma pele bem cuidada. É fundamental, também, ter uma alimentação equilibrada e se consultar com um dermatologista. Com relação a acabamento, a pele não pode ter um aspecto pesado, é importante usar bons produtos, começando por um primer, depois uma base líquida e finalizando com BB Creams ou CC Creams, dando uma cobertura eficiente, porém, natural. Nota-se cada vez mais uma preocupação maior do homem com a beleza e os cuidados com a pele. O que você faz para se manter em dia com isso? Eu gosto de ir à clínica, de período em período, e fazer alguns tratamentos com laser. Mas em casa, com cremes, eu tenho um pouco de preguiça, passo sempre filtro solar com um pouco de cor, para iluminar. De vez em quando, se estou muito cansado, opto por um corretivo bem leve. Além de maquiador, a fotografia e o teatro são suas outras paixões. Você se considera um homem de muitas facetas? Sim, acredito que tudo está muito integrado. Gosto de tudo ligado à arte. Porém, se quisesse me aperfeiçoar nessas outras facetas, teria que me especializar. Não sou óbvio em nada. Quando alguém se senta em sua cadeira para ser preparado por você, como você constrói essa relação, já que, às vezes, por alguns minutos ou horas, você acaba virando um psicólogo, não é mesmo? Eu prefiro que as pessoas tenham uma sensação de confiança ao meu


independentemente de tendências, como não pecar por excesso no quesito maquiagem? Primeiro, não acreditar nas redes sociais. Apesar de terem muitas pessoas bacanas, talentosas e sérias, também está cheio de pessoas que querem se exibir na internet e complicam as coisas, em vez de facilitarem. Maquiagem é uma coisa que tem que ser simples e de muita observação. O legal é procurar dentro de todo esse material alguma coisa que te leve à naturalidade com menos produtos, já que ninguém precisa se mascarar para parecer bonita.

Foto Drica Donato

Como você explica o sucesso do seu trabalho, levando em conta a receptividade dos fãs por onde você passa? Eu sou muito transparente na minha vida, mas também busco ser reservado em alguns momentos; ao mesmo tempo em que compartilho o meu cotidiano com as pessoas, tem o lado do glamour. Sem esquecer, claro, da maneira como trato as pessoas, sempre com cordialidade e gentileza.

lado, tranquilidade e relaxamento, mais do que intimidade. Não sou aquele profissional que troca segredinhos, o que eu busco é que seja um momento especial entre mim e aquela pessoa, um momento que ela nunca mais esqueça. Pra você, existe uma linha tênue entre a vaidade e o excesso dela? Como lidar com isso? Sim, fica complicado, porque pessoas muito vaidosas são aquelas que têm um controle muito claro sobre a sua

imagem e sobre quem ela é. Quem é muito vaidoso se excede em alguma coisa ou, em algum momento, vai passar do ponto, seja na maquiagem, no cabelo, no jeito de se vestir ou na atitude. O legal seria se, em vez de ficarem vendo os seus defeitos, buscassem suas qualidades e passassem a trabalhar apenas em cima de algumas imperfeições. Hoje, com a quebra de alguns paradigmas e a ânsia de sair de casa se sentindo bem,

Quem é o Torquatto por trás das câmeras e dos workshops? Alguém que está sempre preocupado em evoluir e nunca parar, muito empreendedor, mas muito ansioso. Adoraria poder ver beleza em tudo, principalmente nas relações, em um mundo mais bonito, com mais amor. Família e filhos. Você faz planos nessa esfera? Tudo pode acontecer, já fui casado duas vezes, mas hoje deixo as coisas acontecerem. Não me vejo sendo pai, acho que pelo fato de vir de uma família de oito irmãos.

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Estilo de Vida Por Clarissa de Faria

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AlĂŠm

dos segundos

Equipe da Mood pega a estrada e vai ao encontro de tudo que circunda o universo dos rodeios

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Estilo de Vida Por Clarissa de Faria

“N

ão deixe que o laço corte seus sonhos ao meio, não solte as rédeas que Deus te mantém no arreio, são poucos segundos apenas que podem lhe custar a vida, mas Deus te guarde, abre o brete e inicia a partida”. Os versos resultam em música, um dos clássicos de Chitãozinho & Xoxoró e que embalou alguns momentos das 48 horas que eu e o fotógrafo Gabriel Gabino passamos durante o 18º Encontro de Cowboys de Ribas do Rio Pardo. O evento, que acontece há 18 anos, é o maior do município, o qual fica a 102 km de Campo Grande e reúne peões de todo o Brasil, assim como outros eventos desse tipo, espalhados pelos quatro cantos do País. Para Antônio Sérgio Cassim, mais conhecido como Ventania, organizar esse encontro durante tantos anos é um desafio. “Faço por amor, é mais que um estilo de vida, é acordar e dormir todos os dias pensando em como planejar cada rodeio”. Além de pecuarista e organizador do Encontro de Cowboys, Ventania montou durante muitos anos e percorreu rodeios como competidor, porém, abriu mão dessa rotina de peão para se dedicar à família e aos filhos. Eram 8 horas quando pegamos a estrada, viagem rápida e tranquila, mas eu particularmente estava ansiosa para saber o que nos esperava por lá. O objetivo era relatar, do início ao fim, tudo que acontece nesse universo, até então desconhecido, sem praticamente muito a ver com a minha rotina, mesmo tendo sido criada durante toda a infância no sítio da minha família. Porém, algo me chamava pra lá, afinal, a vontade de sentir o calor humano

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de cidade pequena, daqueles costumes diferentes dos nossos, da terra molhada e do esterco, ainda estava nas minhas lembranças. Poeira para todos os lados, caminhões carregando gado, entre eles, alguns dos touros que iríamos conferir durante o rodeio. A tensão já batia no peito e corria nas veias. Assim que adentramos o município, soubemos que os touros que iriam participar da competição daquele dia – o primeiro – estavam descansando, e o Iagro faria as primeiras inspeções. Corremos pra lá. Esbeltos, mansos, de raças variadas, eles se alimentavam do pasto enquanto eram observados por alguns peões e pelo seu dono, o zootecnista Thiago Cunha, 34 anos, de Guararapes (SP). Com olhares de apreço e carinho, nenhum detalhe escapava dos seus olhos. Thiago confessa, vive 24 horas para os seus animais. “Bem cedo, saímos para olhá-los, se estão contundidos ou qualquer outro tipo de machucado e, posteriormente, tratá-los. À noite, fechamos os animais para que eles se acostumem com o ambiente de luz, som, já que são as condições que eles encontrarão durante o rodeio.” Thiago ressalta que os animais são atletas e que todo o cuidado é necessário para que eles tenham um bom desempenho. “Durante a competição, o touro vai mostrar toda a dedicação que você teve com ele, por meio do seu desempenho na arena.” Dos 15 aos 18 anos, a paixão do Thiago era montar, porém, a busca pelo curso superior fez com que ele abdicasse dos treinos e estudasse em Presidente Prudente. Hoje, a paixão foi transferida e ele se dedica integralmente aos animais, cuidando e zelando pela saúde deles.


Fotos Gabriel Gabino

Regras O juiz de rodeio Fernando de Oliveira, de Araçatuba (SP), explica que na montaria em touro é utilizada a chamada corda americana; o atleta tem que, obrigatoriamente, usar luvas de couro, colete, calça de couro, esporas sem pontas, chapéu ou capacete (opcional). O tempo de permanência em cima do animal é a famosa contagem dos demorados oito segundos. O competidor mantém-se equilibrado com uma mão amarrada à corda, e a outra livre para o alto, não podendo tocar no touro, na cerca e no seu

O uso do sedem próprio corpo. Caso isso aconteça, é considerado apelo, e a nota é zero. “A prova exige coragem, equilíbrio, flexibilidade, coordenação e reflexo.” Nos eventos oficiais, geralmente trabalham três juízes, sendo um juiz de bretes (fiscal de brete) e dois na arena. O cronômetro oficial é do juiz de bretes, os juízes de arena julgam de 0 a 50 pontos cada um, sendo 25 do animal e 25 do competidor, totalizando a nota que vai de 0 a 100 pontos. “Quanto maior o grau de dificuldade que o touro apresentar, maior será a nota do competidor.”

O sedem é uma cinta, feita de lã de carneiro e utilizada na altura da virilha do animal, que faz com que ele dê pulos mais altos, dificultando a montaria. O manuseio e o emprego do acessório, durante todo o rodeio, são de responsabilidade do proprietário do animal. Seu uso é fiscalizado tanto pelo dono do animal quanto pelos juízes de brete e veterinários. É tudo inspecionado e fiscalizado, sempre com a finalidade de não causar danos ao touro. Vimos e comprovamos de perto que o sedem não fere o animal e que todo cuidado é pouco para preservar a vida de ambos, peão e touro.

Ventania, organizador do encontro de cowboys de Ribas do Rio Pardo

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Estilo de Vida Por Clarissa de Faria

Entre o brete e a arena Às 20 horas os portões da arena foram abertos, mas pouco antes, estávamos lá para saborear junto de algumas pessoas envolvidas na organização, um belo prato de comida que eu chamaria de “comida de mãe”, que ainda sinto o cheiro e o gostinho. Em seguida, víamos os peões chegando, aos poucos, dos seus acampamentos, do pouso na casa de amigos e, alguns, de hotéis. Com suas traias a tira colo e alguns com a namorada, amigos e família.

Em uma mochila, os peões colocam todas as suas traias. São elas: botas, esporas, roseta, colete, calça de montaria, capacete, luva de couro, baixeiro para corda, correia para amarrar as esporas, corda americana, munhequeira para prender a luva e o protetor bucal.

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da arena após os oito segundos em cima do touro. Ralf cresceu em meio aos animais da fazenda que os pais trabalharam a vida toda, e até hoje, de onde também veio sua referência, o campeão de rodeio, Gabriel Melhado, conhecido em todo o Estado e fora, também. “Sempre gostei de rodeio e o Gabriel me inspirou a tentar. É isso que eu quero fazer para o resto da minha vida, enquanto eu estiver em

pé, eu vou montar. Estar aqui, entre tantas outras oportunidades, é mais um sonho realizado, e o próximo é ser campeão dentro da minha cidade, em Camapuã”. Sobre o apoio dos pais e da namorada, ele garante que é essencial. “É o que me faz continuar e tentar, sempre”. Impossível conter a emoção ao ver, tão de perto, a reverência de todos os peões durante a prece feita todos os dias de rodeio, antes de começar a competição. Em seguida, inicia a preparação por trás do brete. Ao circular por ali, mais orações e pedidos de graça, saudação a Nossa Senhora Aparecida para que nenhum acidente aconteça na noite. Ralf se preparava, e dessa vez optei ficar do lado de fora da arena, mas próxima da grade para não perder nenhum detalhe, segurando o celular da Lorrayne, a pedido dela, para gravar a montaria do Ralf. O portão do brete abre, e ela nervosa, grita e chora. E, passou. Ralf caiu bem do touro e sete segundos e alguns centésimos foi o tempo que ele marcou. Não alcançou os 8 segundos dessa vez, mas conseguiu se classificar e teve mais uma chance no sábado. Saiu Ralf, entraram tantos outros peões e a tensão acabou? Não. É como se fizéssemos parte de todo aquele universo e sentíssemos na pele cada vitória e derrota que todos aqueles rapazes passavam. Entre sorrisos, choros, quedas e pequenas fraturas, todos saíram sãos e salvos. Gratidão aos envolvidos, que com gestos sinceros nos proporcionaram esse momento. Ventania, até a próxima! Fotos Gabriel Gabino

Um casal simpático e apaixonado nos chamou a atenção: Ralf Rudineli Fernandes, 18 anos, e Lorrayne Nascimento, 20 anos. Ele peão de rodeio, monta desde os 13 anos, e ela acadêmica de enfermagem, ambos de Camapuã, interior de Mato Grosso do Sul. Entre trocas de carinho e beijos de despedida ele partiu para o brete, enquanto ela o aguardava com o coração na mão, até que ele saísse

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Na estrada Por Dรกfini Lisboa

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charme Muito

em meio a uma

civilização Casal busca Colônia do Sacramento para um final de semana de descanso

Fotos Arquivo Pessoal

L

ocalizada a cerca de 180 km de Montevidéu, Colônia do Sacramento é um dos destinos mais procurados no Uruguai, tanto por casais que buscam paz e romance quanto por mochileiros que apreciam história e desejam viagens inesquecíveis. No meu caso, foi uma viagem a dois. A cidade mais antiga do Uruguai pode ser considerada também uma das mais charmosas. Lembra muito Paraty e cidades do interior de Minas. Agradável e calma, é um passeio imperdível para quem já está de visita no país ou viaja pela Argentina, país vizinho. Para chegar à cidade, os meios mais comuns são ônibus ou barco. O trajeto de Montevidéu, pela Ruta 1, dura cerca de 2 horas. Por ser uma cidade bem próxima a Buenos Aires, é procura certa dos turistas que estão na Argentina, por intermédio de empresas que realizam o trajeto por barco, no Rio del Prata. Nós optamos pelo Buequebus, por ser a empresa mais antiga e com “buques” (ferry boats) rápidos (1h de travessia). Já estávamos na Argentina há 6 dias e guardamos o sossego da cidade para um fim de semana, depois de aproveitar bem as noites de Buenos Aires. Ainda retornaríamos a Buenos Aires, pra um

festival de música, e, depois, voltar pra casa. Por ser apenas um fim de semana, escolhemos um hotel bem próximo ao porto de Colônia. Quando ligamos ao hotel pra avisar da nossa chegada e perguntar a forma mais fácil de chegar até lá, a recepcionista riu e simplesmente disse que “caminando” era o jeito mais rápido, pois ficava a cerca de uma quadra de distância do terminal de passageiros do porto. Já pra conhecer seus pontos turísticos ou parar nos barzinhos espalhados pela cidade, uma opção bem prática e típica do local, além da de caminhar, é alugar os carrinhos de golfe que as locadoras oferecem. Chegando à principal rua de Colônia, General Flores, é possível escolher o meio de transporte e agendar passeios, nas diversas locadoras e agências de turismo da cidade. Pela nossa experiência na Argentina, os passeios mais legais foram aqueles sem tanto planejamento. Então, nós lemos bastante sobre o local e estávamos muito curiosos pra conhecer o famoso Bairro Histórico, mas fomos mais soltos, sem planejar cada passo. Queríamos descobrir a cidade por nossa conta e por meio dos moradores. Deixamos as malas no hotel e saímos para a exploração do local.

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Na estrada Por Dáfini Lisboa

Bairro Histórico Quem passa pelas ruas floridas e calmas de Colônia não tem ideia que ali aconteceu uma enorme quantidade de enfrentamentos entre exércitos europeus; conflitos que duraram muitos anos, entre espanhóis e portugueses que disputavam a localização estratégica do território. A herança dessas batalhas transformou-se numa cultura mista, portuguesa e espanhola. A cidade foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade, pela Unesco. Ao descermos a Gen. Flores e entrarmos na parte histórica, somos transportados ao passado, com ruas de paralelepípedos iluminadas por lamparinas, carros antigos, cafés e restaurantes com fachadas charmosas e, ao fundo, uma vista incrível do Río de la Plata.

Museus Aproveitamos pra visitar um dos museus abertos no dia. Há várias opções de museus, mas, infelizmente, nem todos estavam abertos quando estivemos por lá. Em frente a Plaza Mayor, fica o Museu Municipal; lá, encontramos peças de vestimenta, como vestidos, chapéus e joias das mulheres que ali moraram; registros da vida social; armas de fogo, canhões e mapas da cidade; documentos da realeza; e registros paleontológicos e indígenas. Um dos museus que mais fiquei com vontade de visitar foi o Museu do Azulejo, com uma coleção de azulejos franceses, catalães e os primeiros uruguaios.

Farol Parada obrigatória a todos que vão à cidade. Tanto é que, quando visitamos, estava cheio de turistas e de estudantes. O imponente farol é marca de Colônia e tem importante significado histórico. Por seu local estratégico no Río de la Plata, a cidade foi muito disputada, e ali aconteceram batalhas tanto em terra quanto mar. Ocorriam muitos naufrágios, e o Farol foi construído em decorrência da necessidade de luz para a cidade. É possível subir e ter uma vista incrível de Colônia e do Río de la Plata.

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Gastronomia Uma das melhores experiências em Colônia, com certeza, foi desfrutar da gastronomia e da hospitalidade local. Confesso que me apaixonei mais ainda pela cidade, depois de saborear a comida! A maior parte dos restaurantes está no Bairro Histórico. Eles ficam um ao lado do outro; as opções são inúmeras. As carnes e os queijos são saborosíssimos. Em vez de almoçarmos em um lugar, como era apenas um fim de semana, fomos experimentando uma coisinha aqui e ali, em vários bares e restaurantes. Um dos diversos restaurantes em edifícios antigos, o Casa Grande, nos proporcionou uma tarde agradável, com música local ao vivo e ambiente aconchegante.

Vinhos No Uruguai, tivemos a chance de visitar a vinícola mais antiga do país, fundada em 1854. Para isso, alugamos um carro e rodamos a Ruta 21, em direção a Los Cerros de San Juan, declarada Monumento Histórico do Uruguai. A vinícola fica a um pouco mais de 30 km de Colônia. Foi o momento mais delicioso de toda a viagem, não só pela degustação exclusiva dos vinhos do local, mas pela diversão de cair na estrada em um país que não conhecíamos. Fomos guiados pela enóloga Lucía, que foi muito atenciosa e prestativa. Aprendemos sobre a história do local e o processo de produção dos vinhos. Também vimos espaços bem antigos da vinícola e não mais utilizados atualmente. A enóloga nos mostrou todas as etapas de produção, como os tanques de fermentação, o sistema de refrigeração dos vinhos, até chegar à degustação, acompanhada de deliciosos queijos e pães. Um passeio que valeu toda a viagem! Voltamos pra casa com muitos vinhos e a vontade de retornar a Colônia no futuro.

Fotos Arquivo Pessoal

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RESIDÊNCIA CONTEMPORÂNEA PROJETO ARQUITETÔNICO: SÁ EARP ARQUITETURA | FOTOS: GILSON BARBOSA

Quando se trata de projeto residencial, a premissa básica para o trabalho das arquitetas Luísa e Cláudia, do escritório SÁ EARP ARQUITETURA, é refletir nele o modo de vida e a personalidade do cliente, o que proporciona um resultado único em cada projeto.

A casa foi implantada em um terreno de esquina, num condomínio em Campo Grande/MS, e é marcada por formas limpas e contemporâneas. O uso de madeira de demolição, pedra portuguesa, vidro e ACM (revestimento de alumínio de alta resistência) une a modernidade e o aconchego desejados pelo cliente. O acesso principal à residência é realizado por meio de uma grande porta pivotante desenhada pelas arquitetas. O projeto de paisagismo dialoga com a linguagem arquitetônica da casa.

A área de lazer integra-se com fluidez às áreas sociais internas. O SPA é cercado por deck de madeira, e a piscina tem como pano de fundo um jardim vertical.


O brise de madeira de demolição da fachada principal protege da incidência direta do sol a àrea social, que tem pé-direito duplo, e permite que as esquadrias de vidro proporcionem iluminação e ventilação naturais, sem que se tenha de abrir mão da privacidade. Também dá sensação de amplitude e permite que a beleza do paisagismo, implantado no recuo frontal, possa ser apreciada pelos moradores, no ambiente de estar.

studiogilsonbarbosa.com.br |

A área social vista por outro ângulo mostra o detalhe de iluminação criado pelas arquitetas, na parede de pé-direito duplo revestida com material cimentício, que dá personalidade ao ambiente.

(67) 3341-9828 |Campo Grande-MS (67) 9961-9303


Feira Hype Por Thaís Pimenta

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F I AT LUX! 8

ó se vive à base de iluminação natural em metade do tempo. Quando o sol se recolhe, o melhor é escolher uma luminária (ou várias), para dar aquele toque de aconchego e de luz ao ambiente. As opções são diversas, luminárias de chão, luminárias pendentes e até mesmo de mesa. “Um bom projeto luminotécnico não é aquele que se tem um choque de luz, mas sim que, com luminárias certas, consiga um resultado satisfatório. É sabido que há diversas peças no mundo da iluminação, e nos projetos não abro mão da qualidade estética para

meus clientes e utilizo peças que são como curinga no décor. A luz certa é capaz de criar cenários que passeiam por ambientes lúdicos, é isso que os clientes buscam, não apenas uma casa ou empreendimento iluminado, mas um verdadeiro cenário intimista”, explica o lighting designer Wellington Teixeira. Há diversas formas de iluminar e utilizar luminárias, seja para evidenciar uma parede de tijolinhos aparentes ou apenas fazer com que a penumbra seja o toque no ambiente. Confira e selecione a iluminação que melhor combina com o seu décor. Que se faça luz!

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1. Luminária Blooming

5. Conjunto

2. Luminária Etch

6. Luminária Pendente

Skyline, da Firma Casa, preço não divulgado. Disponível no link: http:// goo.gl/B1EY1O

Light Web, da Lumini, preço não divulgado. Disponível no link: https:// goo.gl/8tPDkX

3. Luminária Campana, da Firma Casa, preço não divulgado. Disponível no link: http://goo.gl/gWOis9

4. Luminária MOOI –

Dear Ingo, da Firma Casa, preço não divulgado. Disponível no link: http:// goo.gl/Ojo4Fb

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Pendentes Bambini, da E-Lustre, por R$ 1420. Disponível no link: http://goo.gl/TDmprR

Boneli Preta, da Oppa!, por R$ 599. Disponível no link: http://goo.gl/hkRPKC

7. Luminária

Lightweight, da Lumini, preço não divulgado. https://goo.gl/h9xSCj

8. Luminária 1847 -

Coleção Build, da Estar Móveis, por R$ 707,92 (já com lâmpada). Disponível no link: http://goo.gl/CnLxBl

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9. Luminária Memphis, 13. Luminária Fósforo, da Firma Casa, preço não divulgado. Disponível no link: http://goo.gl/dffGqI

da Estar Móveis, por R$ 1.200,00. Disponível no link: http://goo.gl/HsdjWC

10. Luminária 307,

14. Luminária de

da Firma Casa, preço não divulgado. Disponível no link: http://goo.gl/IMjR1h

11. Makô, de Igor Hatanda, preço não divulgado. Disponível no link: http://www. mopreza.com/

12. Luminária B Duck,

Mesa/Parede Game On, da Tok & Stok, por R$ 274. Disponível no link: http://goo.gl/IcOFKz

15. Árvore flor

de luz grande, da Imaginarium, por R$ 335,93. Disponível no link: http://goo.gl/7FamNY

da Imaginarium, por R$ 237,41. Disponível no link: http://goo.gl/0EXkPF

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Décor Por Thaís Pimenta

MÁXIMA ELEGÂNCIA Quinze profissionais mostraram o que há de mais conceitual na quarta edição da Mostra Black

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onsiderada a principal mostra de conteúdo conceitual e criativo do Brasil, a Mostra Black conseguiu reunir tudo que há de mais novo em arquitetura, decoração, design, paisagismo, cultura, arte e lifestyle, nos quase 20 dias de evento, em São Paulo. O Museu da Cidade – OCA, no Parque Ibirapuera, foi palco para a quarta edição, a qual contou com 15 espaços ocupados por projetos dos profissionais convidados, que foram: Camila Klein, Carolina Maluhy, Debora Aguiar, Erick Figueira de Mello, Guilherme Torres, João Armentano, Juliana Vasconcelos, Marcelo Salum, Marcelo Borges e Arthur Athayde, Maximiliano Crovato, Osvaldo Tenório, Ricardo Bello Dias, Roberto Migotto, Suite Arquitetos e Triplex Arquitetura. Confira as tendências que foram apresentadas na Mostra Black 2015!

O arquiteto Guilherme Torres se inspirou na Oca e na época em que o edifício foi construído (1954), para fazer o seu ambiente. Em quase todas as paredes desse espaço, de 73 m², foi usado um revestimento de parede geométrico, azul anil, em relevo, da coleção Intrigue da Orlean. As cores tiveram como inspiração a tapeçaria em destaque, assinada por Jean Gillon

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Décor Por Thaís Pimenta

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Fotos Bruno Conti

No seu Refúgio Urbano, Debora Aguiar mistura metais nobres com texturas aconchegantes em camurças, couros, sedas, com destaque para o veludo Rutilo Cinza Holandês e os linhos Leno e Sky, na cor cru, do Empório Beraldin. O equilíbrio de contrastes visa à sofisticação, ao conforto e ao bem-estar

A versatilidade e a variedade de materiais nobres caracterizam o projeto de Camila Klein e deixam o ambiente acolhedor, com um toque de delicadeza, mas sem perder a modernidade e as cores marcantes. O espaço apresenta linhas escultóricas nas paredes em madeira, que se sobrepõem umas às outras, e novos padrões de revestimentos, que dão um efeito único e surpreendente

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Décor Por Thaís Pimenta

Com leve inspiração futurista dos anos 70, o ambiente tem base neutra, curvas sinuosas e orgânicas, invocando a sensualidade e o tropicalismo explorado no modernismo de Niemeyer. A arquiteta Juliana Vasconcelos e seu sócio, Matheus Barreto, desenvolveram móveis especialmente para a mostra, seguindo o conceito que tanto prezam: simplicidade e sofisticação

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Entre o minimalismo e o excesso, a dupla de arquitetos Marcelo Borges e Arthur Athayde criou living se valendo de diversos estilos (como chinoiserie, neoclássico, art déco, moderno). A proposta é imprimir refinamento e elegância, e ainda incentivar a personalidade individual, usando quadros exuberantes, esculturas, lustre de cristal voluptuoso do séc. 18 da Baccarat, peles de animais e motivos neoclássicos, incluindo toques de exotismo e avant-garde

O formato oval do ambiente é o que mais o caracteriza como um espaço intimista e acolhedor. O tom escuro da madeira escolhida por João Armentano reforça esse conceito, tornando o recinto ainda mais aconchegante. A sofisticação e modernidade estão presentes no mobiliário, no uso de peças únicas de diferentes épocas, combinadas com peças contemporâneas, como a mesa de centro de aço inox


Fotos Bruno Conti

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Décor

Fotos Bruno Conti

Por Thaís Pimenta

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Fotos Ricardo Bassetti

O espaço de 96 m² preserva a memória da Oca: no entorno de um pilar original e desgastado da construção, que deixa aparentes as inúmeras camadas de tinta que recebeu ao longo de 60 anos de existência e das diversas intervenções ali realizadas, Osvaldo Tenório desenvolveu um estar e uma sala de jantar em que o colecionismo se expressa por meio de bons exemplares do design brasileiro e mundial, e da arte

O ponto de partida para a criação do espaço de 60 m² foi pensar um projeto que dialogasse com as tendências da vida contemporânea. O conceito do Apartamento Black é um compacto no qual o luxo e a sofisticação ressurgem de maneira contemporânea e inovadora. O ambiente dos arquitetos Carolina Mauro, Daniela Frugiuele e Filipe Troncon conta com materiais sofisticados, como o piso de madeira carvalho europeu e a parede em mármore branco Paraná, resultando em uma paleta de cor sóbria

Uma parede escultórica em estuque cinza (técnica milenar decorativa na civilização mediterrânea), feita em gesso, cal e água, divide o espaço criado por Roberto Migotto em um living e uma sala de jantar. O desenho da parede curva proporciona o uso do sofá na mesma angulação e da sanca de gesso redonda, que é espelhada no tapete de desenhos orgânicos

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Gourmet Por Clarissa de Faria

O Sabor do festejo Em Corumbá, durante a festa de São João, a gastronomia vai muito além do milho verde, churrasquinho e cachorro quente. Descobrimos o que de típico marca essa comemoração que tem muito a revelar no quesito culinária

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e todas as festividades do ano, acredito que as festas juninas e julinas são as que mais me remetem boas lembranças, de recordar cada cheiro, textura e sabor. É a sensação de poder se esbaldar de comer todas aquelas comidas típicas, sem culpa. Ao pesquisar e desvendar todo esse universo, nada melhor saber que, bem pertinho da gente, em Corumbá, acontece o Banho de São João, que faz parte dessa cultura arraigada e aguardada por toda a população. É uma

grande festa, regada de muita cor e música. O festejo é datado desde 1888, aqui no Estado, e sua história é permeada de princípios religiosos, mostrando os rituais, a devoção, a alegria e o ápice da festividade que acontece com o banho do santo nas águas do Rio Paraguai. Quem nos relevou todo esse encantamento é a Chef de Cozinha Dedê Cesco, que preparou uma produção de dar água na boca.

Canjica Faz parte das festas de São João em todo o País. É um clássico de norte a sul.

Quentão com Marshmallow Uma releitura do famoso quentão de vinho, servido no sul do País. Normalmente o quentão é servido com a gemada, porém, nessa versão aproveitou-se a clara do ovo que resulta no marshmallow.

Fotos Gabriel Gabino

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Gourmet Por Clarissa de Faria

Doce de mandioca em calda A mandioca é um ingrediente emblemático do Mato Grosso do Sul. De origem indígena, pode ser utilizada de várias formas, inclusive como doce. No sul do País é servida como iguaria e aqui no Estado não falta em nenhuma festividade.

Carreteiro Considerado prato de excelência no Estado todo e servido até mesmo como quebra torto(café da manhã) nas regiões do Pantanal.

Fotos Gabriel Gabino

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Sarravulho Prato típico de Corumbá, feito de miúdos e muito bem temperado. De influência portuguesa é tradicionalmente servido durante as refeições dos coumbaenses, principalmente durante a festa de São João.

Sopa Paraguaia De origem fronteiriça, o prato caiu no gosto dos sul-mato-grossenses e foi largamente aceito. Indispensável nas refeições e comemorações da cidade branca.

Apelido dado à cidade de Corumbá pela cor clara da sua terra, pois está assentada sobre uma formação de calcário

Para aprender esses e outros pratos, a chef Dedê Cesco ministra diversos cursos em seu espaço gastronômico. Para mais informações: (67) 9983-1666 ou (67) 9141-6666.

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Cervejas

Paladar feminino, será?

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lguns dias atrás, em dúvida sobre o que escrever, pedi a opinião da ala feminina aqui na redação da Mood Life. Foi unânime a frase “fale sobre cervejas para o paladar feminino”. OK, vocês que pediram. Passei um tempo pensando a respeito, afinal, qual seria esse “paladar feminino”? Assim, voltei a pensar, ler artigos, perguntei a uma e outra pessoa e, enfim, cheguei a uma conclusão: é igual ao masculino. Já que existem homens que gostam de cervejas fortes e amargas, e outros que preferem as leves e adocicadas. Da mesma forma, tenho amigas que preferem uma IPA e viram a cara pra uma Weiss. Preferência é algo pessoal, simples assim. Mas, eu entendo a colocação das minhas colegas. Olhando amplamente, as cervejas leves ou adocicadas têm melhor aceitação por um número superior de mulheres, e de homens também, não se engane. E, por conta disso, listarei alguns rótulos que são bem-vindos na maioria das mesas.

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Bacchus Kriekenbier

Essa fruit beer belga, feita de cerejas, tem cor escura, arroxeada, espuma de média duração e colarinho rosa, aroma de frutas vermelhas. O sabor lembra um frisante, levemente adocicado..

Kunstmann Miel

Uma chilena saborosa. Seu aroma e sabor são fortemente influenciados pelo mel, tornando-a, em certos momentos, um pouco enjoativa. Ainda assim, é uma excelente bebida dessa cervejaria, que se reconstruiu muitas décadas após ter sido destruída por um terremoto.

Way Beer Avelã Porter

Ela não chega a ser adocicada como as outras indicadas, mas o toque de avelã, licor de cacau e chocolate produz uma explosão de sensações palatais e nasais. É uma cerveja saborosa.

St. Gallen Weissbier

Um dos estilos queridinhos dos brasileiros não poderia ficar de fora dessa lista. Mas, para sair das tradicionais, escolhi a St. Gallen Weissbier, que logo de cara se destaca pela garrafa estilosa, com rolha e tudo. Dentro da garrafa, uma típica Weiss, leve, de boa formação de espuma, coloração dourada e turva. Aroma de banana e cravo, sabor adocicado. Sem amargor, leve e refrescante.

Jenlain Blonde

Fechando, uma francesa tradicional. A Jenlain Blonde é uma cerveja de guarda (ficam armazenadas por um período. Com o tempo, elas se tornam mais macias, em alguns casos; ou mais ácidas, em outros. Tudo depende do estilo, não existe uma curva normal para envelhecimento das cervejas). Tem, ainda, um dourado espetacular e sabores marcantes e bastante frutados, com toques de maçã vermelha. O sabor segue o aroma. Foi a primeira na utilização de garrafas de champanhe para engarrafamento de cervejas na Europa.

Foto Br.dollarphotoclub.com

Por Odirley Deotti


Vinhos Por Douglas Mamoré Junior

Conde de Valdemar Fermentado en Barricas l Rioja l Espanha Wine Spectator - 89 Pontos

mês Dica do

Elaborado com a casta Viura de um vinhedo de Rioja Alta, é seco e volumoso, com notas de maçã cozida e cítricas, combinadas às da madeira e com uma textura bastante sedosa. Vinho talhado com perfeição para pratos com bacalhau.

Novidades para Campo Grande, nos próximos meses... Teremos, em breve, um novo restaurante espanhol na cidade. Será um bistrô bastante charmoso, com várias inovações no cardápio e no atendimento, além de pratos tradicionais da cozinha ibérica e, é claro, vinhos espanhóis de altíssimo nível. A escolha de vinhos no Brasil sempre recai para argentinos e chilenos, em razão das facilidades na importação pelo Mercosul. Apesar de serem deliciosos, o bom conhecedor sabe que precisa diversificar e provar novos vinhos de regiões e estilos diferentes do usual, valorizando os melhores produtores e investindo bem o seu dinheiro. Pensando nisso, nossas dicas para junho ficam com rótulos da terra de Gaudí. Nossa pretensão é incentivar o público de Campo Grande a provar os extraordinários vinhos espanhóis, que estão entre os mais expressivos do mundo, muitos deles bastante acessíveis e que, agora, terão endereço certo para serem degustados em nossa cidade.

Pétalos del Bierzo I Decendientes de J Palácios I Bierzo I Espanha Wine Spectator - 93 Pontos

Belíssimo achado, este delicioso tinto é produzido pelo genial Alvaro Palacios, na fria região de Bierzo, com a uva Mencia, uma rara casta local que lembra a Cabernet Franc. Recebeu na safra 2009 nada menos que 93 pontos da Wine Spectator, que o descreveu como um tinto sem arestas, com densidade, harmonia, cheio de caráter. Potente, concentrado e muito elegante.

Gran Feudo Rosado l Julián Chivite l Navarra/ Espanha O mais famoso e tradicional rosado espanhol, elaborado por Julián Chivite na região de Navarra. Fresco, delicado e seco, cheio de charme, possui um delicioso bouquet e boa presença de boca. Boa pedida para acompanhar “tapas” ou paella.

_ DOUGLAS MAMORÉ JUNIOR

ENÓFILO DESDE 2005, DEDICA-SE EXCLUSIVAMENTE AO UNIVERSO DOS VINHOS douglas@mistral.com.br

Foto Arquivo Mood Life

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UD Por Thaís Pimenta

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Adequados Estilosos

1. Copo Duvel

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Collection Yan Sorgi, por R$ 52. Disponível no link: http://goo.gl/4Aj4hX

2. Beer Mug (diversos

modelos), cada um sai por R$ 129. Disponível no link: https:// loucospordesign.com/.

3. Caneca de Cerveja

(forma de bota), preço sob consulta. Disponível no link: https://goo.gl/NEl7bE

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4. Pack 5 Copos

do Mussum, preço sob consulta. Disponível no link: http://goo.gl/oytb1G

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5. Harley-Davidson Half 6. Taça Chifre Cerveja 7. Harley-Davidson Craft Yard of Ale Set, preço não divulgado. Disponível no link: http://goo.gl/i3k05e

La Corne – 300 ml, por R$ 159,99. Disponível no link: http://goo.gl/xleRH3

Beer Glass Set, preço sob consulta. Disponível no link: http://goo.gl/drLCfJ

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Fotos Divulgação

Você pode até não acreditar e achar que é frescura nossa, mas o tipo do copo em que se bebe uma cerveja influencia consideravelmente nos prazeres degustativos que se pode ter. Primeiro porque, como diz o ditado popular, costumamos “comer com os olhos”, por isso a apresentação torna o ato de beber muito mais prazeroso, se feito de forma correta. Cada formato de copo tem uma função em relação à espuma, uns são feitos com uma preocupação maior para mantêla a uma certa altura, outros não. Uma das principais características da cerveja, os aromas, também são levados em consideração na hora de desenhar o copo. Na fabricação, o objetivo é deixar os copos mais adequados para desprender o bouquet e aroma daquele estilo de cerveja específico, permitindo que você possa apreciar o que cada uma tem de melhor.


HELEN GOMES DE ALMEIDA

Docinhos de Leite Ninho

Julinos

Ingredientes: - 1 medida de leite Ninho; - A mesma medida de açúcar de confeiteiro; - Leite de coco até dar o ponto; - Colorante comestível soft gel; - CMC para colar as peças.

Modo de fazer: Misture bem o açúcar de confeiteiro com o leite

Doceira - Atende na feira central todas as quartas, sextas e sábados (no centro da feira). Tel. (67) 9156-6014

Ninho. Adicione aos poucos o leite de coco, mexendo com as mãos, até dar o ponto de massa maleável. Para facilitar a modelagem, pulverize na mesa o açúcar de confeiteiro. Como colorir e moldar, veja o passo a passo no site: cenáriofeminino.com.br

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Cenário Feminino

Bolo de Banana Ingredientes: - 06 bananas amassadas; - 01 xÍcara (chá) de açúcar; - 02 ovos inteiros; - 02 xicaras (chá) de aveia; - 1/3 de xícara (chá) de óleo; - 01 colher (sopa) de fermento em pó. Modo de preparo: Misture bem todos os ingredientes, menos o fermento, que deverá ser adicionado por último. Coloque em assadeira untada e leve ao forno préaquecido a 180º, por aproximadamente 40 minutos. Bom apetite! Assista o modo de preparo em nosso canal no Youtube. www.youtube.com/cenariofeminino

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LIZETE BRANDÃO Gosta de alimentos saudáveis e nutritivos. O bolo de banana com aveia é um dos preferidos de toda família.


Todos os materiais de artesanatos você encontra na Monydai. Tel.: (67) 3324-5416

Coruja Mãe

Material: - 1 Folha de E.V.A. nas cores: branco, preto, rosa, laranja, lilás, lilás estampado, rosa póa, verde claro, marrom e cor de pele; - Cola instantânea nº2; - Cola quente; - Tesoura grande; - Caneta permanente preta; - Palito de churrasco; - Furador de bola médio; - Furador de bola pequeno; - Furador de flor/laço; - Furador de coração; - Giz pastel: vermelho, preto, laranja, verde, branco; - Fibra para enchimento; - Papelão (para colar embaixo da coruja).

PROF. DE ARTESANATO SUZANA PEREIRA Tel. (67) 9149-2705 3380-0643

Assista a confecção em nosso canal no Youtube. www.youtube.com/cenariofeminino

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Cenário Feminino Todos os materiais de artesanatos você encontra na Monydai. Tel.: (67) 3324-5416

Porta pipoca

Espantalho

Material: - 1 Garrafa PET 1,5lts. (Aproximadamente 4 dedos de altura); - E.V.A. Cores– pele, camurça, vermelho, marrom, preto e laranja; - 1 Pedaço de corda (Cabelinho do espantalho); - 2 Furadores – (Coração e florzinha). - 1 Cola Instantânea; - 1 Caneta permanente ponta dupla; - 1 Tesoura; - 2 Olhinhos (Apliques); - 1 Tinta PVA; -1 Batom ou sombra rosa para colorir as bochechas. Veja o passo a passo acessando: https://goo.gl/lg7TWd

ARTESÃ WANERESSA IGNACIO Especializada em E.V.A., artes pedagógicas, decoração de festas e dá aulas particulares de artesanato em geral. Contato 67 9233-7186

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ACOMPANHE O PROGRAMA CENÁRIO FEMININO NO SBT-MS AOS SÁBADOS 9h

Veja no nosso site como montar todos os artesanatos www.cenariofeminino.com.br



Entrevista

Foto Assessoria de Imprensa

Por Clarissa de Faria

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CLAUDIA

MATARAZZO “Etiqueta sem Frescura” – o título estampa a capa de um dos livros da jornalista e escritora Claudia Matarazzo e define bem sua personalidade

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laudia trabalhou durante anos na Editora Abril, na qual recebeu o Prêmio Abril de Jornalismo. De lá, migrou para a televisão e apresentou por anos, em várias emissoras, programas de variedades, moda e entretenimento. Em 1992, a convite da Editora Melhoramentos, escreveu e lançou o “Etiqueta sem Frescura”, primeiro de 16 livros publicados, em que ela trata de comportamento, moda e acessibilidade. De lá pra cá, Claudia viaja por todo o Brasil, ministrando palestras e workshops sobre etiqueta, moda e organização de casamentos. Em 2007, assumiu a chefia do cerimonial do governo do Estado de São Paulo, em que esteve à frente de recepções de chefes de Estado, jantares oficiais e outros eventos governamentais. Coordenou, ainda, o MBA de

Eventos e Cerimonial de Luxo, na Universidade Roberto Miranda de Educação Corporativa. Desde 2013, com um blog autoral, ela dá dicas e fala de tudo que circunda esse mundo do comportamento. Você faz parte de uma família tradicional. O interesse por esse assunto surgiu de berço? Desde cedo, eu viajava e estava em contato com outras culturas. Quando o mundo ainda não era globalizado, você não tinha toda essa informação de outros países. Estamos falando de 30, 40 anos atrás. Minha mãe é filha de libaneses, é descolada, e na época me colocou em uma escola bilíngue. Por isso, fui alfabetizada em inglês, e era uma escola para filhos de funcionários de multinacionais. Era uma escola muito pequena, com pessoas de todas as

nacionalidades. Uma hora estava na casa do cônsul do Líbano, do outro que era chinês, do outro que era norueguês. Então, essa diversidade de comportamento, para mim, era muito natural. E isso facilitou muito depois, como jornalista, para falar sobre variedades e etiqueta. Hoje, o que você considera exagero no que diz respeito às regras de etiqueta? Existe um exagero ao aplicar, ao colocar em prática determinadas coisas. O exagero vira frescura. Se estiver sobrando, se não tem um uso prático, não vale a pena. Tem que ter um uso prático. Eu sempre dou o exemplo dos talheres: um lugar colocado com nove talheres, três de cada lado e três em cima. É exagero? Depende. Se você for servir uma entrada, um peixe e uma carne, não é exagero, porque

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Entrevista Por Clarissa de Faria

você vai usar todos os talheres. Mas, se vai servir um prato só, não adianta colocar nove talheres. E o que é simples, básico e deve ser seguido em qualquer situação, além, claro, do bom senso? Eu acho que o ideal é deixar seu convidado naturalmente confortável. Ele tem que estar física e emocionalmente à vontade. O que isso quer dizer? Tem que estar bem sentado e bem alimentado. Só com isso você já está atendendo a uma regra superbásica de etiqueta

fora. Vai perguntar se a rainha quer tomar um chazinho. Se a Dilma quer uma Coca-Cola, qualquer coisa. Você deixa a pessoa confortável. E está atendendo a toda etiqueta, tanto de uma quanto da outra. Você acredita que as novas tecnologias, ou seja, o uso constante dos smartphones, podem remeter aos primeiros erros de etiqueta? Remetem a outras coisas que são mais graves que erros de etiqueta, na verdade. Remetem à ansiedade, e as pessoas já estão sofrendo disso.

né? Remete a uma dependência e a uma ansiedade que a gente precisa começar a administrar logo, senão, vira uma coisa crônica. E, daqui a pouco, a geração jovem vai achar que é normal. E não é? Quem lembra do mundo antes da tecnologia sabe que não é bem assim. Eu não tenho nada contra a tecnologia, mas eu acho que a gente tem que aprender a administrá-la. Estamos muito ansiosos e achando que só porque é novo é rápido, é bom. E não é porque é rápido que é bom. Onde é que está escrito que

NÃO EXISTE MAIS ESSA COISA DE ETIQUETA SOCIAL. A ETIQUETA É UMA FERRAMENTA EMPRESARIAL, É UMA FERRAMENTA PROFISSIONAL.

e agradando muito. Aí, o segundo passo é o emocional. E o que é o emocional? É você saber se ele tem família, se interessar pela família. Se tem um hobby, lembrar desse hobby. Dar uma lembrancinha ligada ao hobby, para a pessoa dizer: “Poxa vida, ela pensou em mim de verdade”. É isso. É uma coisa muito básica, mas muito importante. Essa é a base. Eu sempre falo: você está em casa, vendo televisão, de roupão. Toca a campainha, você abre a porta e se depara com a rainha Elizabeth e a Dilma, que são as duas primeiras mandatárias; como é que você faz? Qual a etiqueta? É a do Planalto ou é a de Buckingham? Se você seguir essa regra básica, não tem erro, que é pedir para as duas entrarem, porque elas não podem ficar lá

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Elas não conseguem ficar longe dos smartphones, porque acham que o mundo vai cair. Esquecem o celular em casa e falam: “Meu Deus, eu não posso ficar um dia sem celular”. Tudo isso remete a uma ansiedade crônica, e precisamos aprender a dominar, pois é a máquina que tem que servir a gente, e não o contrário. E esta ansiedade te faz parecer mal-educado, porque você não consegue mais focar no cliente com profundidade. Desenvolver um raciocínio com calma, mostrar que esse seu cliente, ou noivo, ou namorado, ou quem for, que essa pessoa que está ali ao vivo com você é a prioridade. As pessoas ficam olhando para o smartphone; se ele vibrar, todo mundo dá um pulo. Pode reparar. Muito louco,

rapidez é sinônimo de agradável ou elegante? Rápido é só rápido. O assunto hoje já é tratado com naturalidade e não mais como uma frescura? Hoje, certamente, não só está desmitificado, como eu percebo que no começo, há 20 anos, quem contratava minhas palestras eram senhoras, eram eventos mais femininos, mais voltados para o social. Atualmente, eu faço só palestras corporativas. Não existe mais essa coisa de etiqueta social. A etiqueta é uma ferramenta empresarial, é uma ferramenta profissional. Você tem que dominar essa ferramenta, porque ela facilita a comunicação, ela torna o seu convívio – tanto com os fornecedores quanto com


o chefe, com os colegas – muito mais eficiente. O trânsito fica mais fluido. Então, ela é uma ferramenta profissional, mesmo. As empresas me pedem. A gente passou várias décadas só valorizando a competência técnica. Mas não adianta você ter a competência técnica e não ter essa competência social, esse traquejo de transitar, justamente, por cúpulas diferentes, por tribos diferentes. Hoje, graças a Deus, o mundo é mais democrático, as tribos transitam entre elas. Então, você precisa entender isso, entrar

em sintonia com esses universos, senão você não se comunica e não vende seu peixe, literalmente. Como seguir a etiqueta sem frescuras? No caso de casamento, por exemplo, a noiva pergunta às vezes: mas eu tenho que ter lembrancinha? Não, não é necessário. Mas todo mundo faz? Todo mundo faz porque resolveu que quer gastar dinheiro com uma lembrancinha. E na maior parte das vezes, é cruel o que eu vou falar, mas, na maior parte das vezes, as pessoas dão para alguém ou jogam fora. Então, não é necessário, é uma frescura. E agora tem uma frescura maior, que começou a surgir: os presentes para os padrinhos. Como assim, eu preciso dar presente para

os padrinhos? Quem falou isso? Onde está escrito isso? Isso, claramente, é uma invenção do mercado de casamento para vender mais coisas. Você não precisa dar presente, ao contrário, o padrinho que precisa dar presente. E é caríssimo, porque as pessoas têm lá 12 padrinhos ou, às vezes, dez de cada lado; então, você tem 20 presentes. Que isso? Com toda a despesa que você já está tendo com o casamento... Claro que é frescura! Você tem que questionar. É necessário? Por que é tão necessário assim? Tem que questionar. Você ficou por sete anos no cerimonial do governo de São Paulo. Pra você, como foi essa experiência, levando em conta que é uma área árida, diferente de tudo que você almejava fazer? E bota árida nisso (risos). Eu fugia do cerimonial público como o diabo da cruz. Uma grande amiga foi do cerimonial por muitos anos, e eu via que ela levava uma vida de cão. E aí, quando o Serra foi eleito governador, ele me convidou, mas não passava isso pela minha cabeça. Ele é muito direto e me falou: “De que adianta você ter dez livros publicados sobre esse assunto, se na hora de pôr a mão na massa, em um cargo que é o mais alto nessa área, é o mais importante, porque o estado é o maior e mais movimentado do país, você não aceita?”. Então, eu falei: “Vamos lá. Vou ficar seis meses, vou fazer a marca do seu governo, montar a equipe para continuar e depois eu vou sair”. Só que não é tão

simples. Primeiro que, até aprender, o cerimonial demorou, porque eu não sabia. Eu não era uma cerimonialista, então, tive que aprender, a duras penas. De cara, já tivemos que receber o papa Bento 16. Tínhamos acabado de assumir. A gente assumiu em janeiro, ele veio em maio. E foi uma recepção enorme, foram sete dias em São Paulo. É um outro mundo. Então, foi muito interessante. Você aprende. E, depois que eu aprendi, tiro de letra qualquer evento. Você virá a Campo Grande para ministrar uma palestra durante o I Workshop Wedding Planner, que vai abordar tudo sobre esse universo dos casamentos. Qual sua expectativa para um tema que já virou um negócio? Vamos conversar todos juntos e entender a melhor maneira de transitar, de desfrutar deste crescimento, e fazer eventos que façam mais sentido. A gente tem visto coisas que extrapolam o bom senso. Então, a ideia é orientar os cerimonialistas, as noivas, e falar com convicção, para que ambos consigam sair de lá com informações relevantes e que possam aplicálas na prática. A minha vida é comportamento, é falar sobre isso e também ouvir as pessoas. Será um bate-papo prazeroso e objetivo.

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Negócios Por Walter Gonçalves

A APARÊNCIA É TUDO HOJE! Maristela Sordi, empresária do segmento de beleza, preparase para lançar franquia da Morena Mulher

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Foto Gabriel Gabino

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eu nome é projeto”. A definição de si própria é da empresária Maristela Sordi, empreendedora do segmento de beleza, proprietária de quatro salões em Campo Grande, da marca Morena Mulher. Com foco voltado para a clientela das classes B, C e D, a marca faz tanto sucesso, que vai virar franquia a partir do próximo ano. Como os quatro salões têm o mesmo padrão, a mesma cara, a exemplo do que acontece com as franquias, muitas pessoas pensavam que a Morena Mulher era mesmo uma marca franqueada. Começaram, então, a aparecer pessoas do interior – Dourados, Três Lagoas – e até da Capital, interessadas em adquirir a marca. Foi a partir dessa procura que surgiu o interesse de Maristela em transformar a Morena Mulher em uma franquia. “Procurei o Sebrae, que realizou


um estudo de franqueabilidade da marca, e o resultado foi de que ela é altamente franqueável”, revela a empresária. A veia empreendedora de Maristela está sempre ligada e, para justificar o codinome “Sou projeto”, ela inaugurou recentemente um salão de beleza para clientes da classe A, o Maison Joly. Esse gosto pelo segmento da beleza começou há dez anos, em 2005, quando ela abriu uma pequena empresa de bronzeamento artificial. Com a repercussão da publicidade que fez por meio de uma rádio FM, o negócio ampliou, outros serviços do gênero da estética foram acrescentados, e o salão prosperou. O que a obrigou a mudar de endereço duas vezes, até fixar-se em definitivo. Atrás desse primeiro salão, vieram as três outras unidades do Morena Mulher, com intervalo de dois anos cada um. O início foi difícil, segundo Maristela, em razão da falta de mão de obra especializada. Perfeccionista e centrada na questão de organização, como fator indispensável para o sucesso de uma empresa, a empreendedora contratou especialistas, cursos e palestras para melhorar o desempenho dos funcionários, pois, na época, não existiam os centros de formação profissional que existem hoje. Atualmente, os quatro salões de beleza da marca empregam 220 funcionários. Maristela ressalta que cresceu em um momento em que a economia do país estava em alta. A escolha pela classe C como seu público-alvo tem a ver com o aumento do poder aquisitivo dessa fatia da população, bem como pelo relevante fato de que as mulheres foram em grande número para o mercado de trabalho e não têm mais tempo de cuidar da beleza em casa. Daí o aumento da preocupação com a aparência. “Isso não é vaidade, é necessidade. Hoje, a aparência é tudo. Você tem de estar bem apresentável no trabalho. Mais independente e sem tempo, a mulher passou a buscar os salões de beleza”, destaca. Essa mudança de comportamento aquece o mercado de beleza no país, com faturamento de R$ 40 bilhões ao ano. Maristela sustenta seus argumentos em relação à força que o segmento tem hoje na economia, mesmo com inflação, por meio de estatísticas. De acordo com ela, a mulher da nova classe média vai três vezes por mês ao salão. Já as de classe baixa buscam esses serviços no mínimo duas vezes a cada mês. De acordo com os dados que ela dispõe, 80% das mulheres de negócios das regiões metropolitanas vão com frequência ao salão de beleza. Em média, o público feminino gasta R$ 125 em cada ida a um salão de beleza.

É em meio a esse cenário positivo que a empresaria campo-grandense faz os últimos preparativos para, em 2016, colocar a franquia da Morena Mulher na praça. Ela mira principalmente os mercados das regiões Norte e Centro-Oeste, carentes de boas marcas e redes, além dos mais importantes municípios do interior de MS. O tiro é certeiro, uma vez que o setor de beleza, no ranking de franquias, está em segundo lugar. Só perde para alimentação. “Ninguém deixa de comer, mas mulheres também não abrem mão dos salões de beleza”, sustenta a dona da Morena Mulher. A análise do Sebrae sobre franqueabilidade projeta que a franquia Morena Mulher deverá custar, a potenciais franqueados, entre R$ 90 mil e R$ 390 mil, como capital inicial. “A franquia é um outro negócio dentro dos meus negócios. Por isso, temos que estar preparados para assessorar os franqueados, uma assistência completa, desde o padrão de atendimento até os produtos que eles vão utilizar”, explica. Esse tino para o empreendedorismo que Maristela transpira está alicerçado numa outra atividade que ela leva em paralelo. A empresária é diretora financeira da empresa do presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), Sergio Longen, a Semalo. Segundo ela, essa atividade foi fundamental para a sua formação como empresária, a sua escola. Também serviu para que se garantisse com o salário do emprego e pudesse, com isso, investir na melhoria dos salões de beleza, com todo o recurso que estes amealhavam. Sobre como ela consegue conciliar o lado diretora financeira de uma indústria com o de empresária, Maristela é prática. Ela tem nos postos de comando de suas empresas profissionais competentes, bem treinados e de confiança. Simples assim. Para quem pretende abrir o próprio negócio, vai aqui uma dica dessa verdadeira PhD em empreendedorismo: “Dedicação, buscar informações. E acreditar sempre naquilo que faz”. É o que ela persegue 24 horas por dia. Ah, em tempo: Maristela vai ao salão de beleza, para se cuidar, quatro vezes por mês.

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Negócios Por Walter Gonçalves

FRANQUIAS U M M E RC A DO E M A LTA Em Mato Grosso do Sul, as microfranquias são as que despertam maior interesse

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esde que surgiu, há dez anos, como alternativa ao negócio próprio, o setor de franquias tem se mantido na dianteira, em relação a este outro grupo. Em 2014, apesar de o setor ter registrado o menor índice porcentual de crescimento dos últimos dez anos, 7,7%, assim mesmo o segmento ficou bem à frente de outros setores da economia, como o varejo, por exemplo. Essa performance tem atraído o interesse de potenciais franqueados. Como esse grupo é relativamente novo, o Sebrae Nacional, em parceria com a Associação Brasileira de Franchise (ABF), está capacitando interessados em ingressar no ramo, por meio do programa “Franquias Brasil”. Até o fim de 2016, a meta

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é capacitar 10 mil pessoas, em 120 cidades brasileiras, de 19 estados. Os capacitandos estão divididos em 337 turmas. O curso de capacitação chama-se “Entendendo Franchise”, com noções básicas sobre o sistema. Em Mato Grosso do Sul, conforme o Sebrae regional, deverão ser capacitados 320 possíveis empreendedores, nas cidades de Campo Grande, Dourados, Três Lagoas, Ponta Porã, Aquidauana e Corumbá. No Estado, segundo a consultora credenciada do Sebrae-MS, Deize Salazar, as microfranquias das áreas de alimentação e de serviços, como pequenos reparos, são as mais procuradas, pois têm valor de investimento menor: até R$ 80 mil.

“São franquias que atendem o cotidiano das pessoas que trabalham fora e não têm tempo para fazer serviços em casa, como pequenos consertos, por exemplo”, explica. Aos que sonham em se tornar um franqueado, a consultora diz que o Sebrae oferece um atendimento específico e orientações, para que o interessado possa conseguir o seu intento. Além do curso de capacitação que o órgão está ofertando em parceria com a ABF, o Sebrae auxilia aqueles que já passaram por uma avaliação de perfil feita pelas franquias por eles escolhidas, a analisarem a circular de oferta de franquias que receberam. Nessa circular, constam dados sobre o investimento, taxa de royalties, quanto o franqueado vai ter de retorno, entre outras informações.


“Como eles têm no mínimo dez dias para assinarem o pré-contrato, eles podem, antes disso, tirar dúvidas com os nossos consultores sobre os dados da circular, caso encontrem dificuldade em relação às informações ali existentes ”, esclarece. Entretanto, Deize Salazar orienta que, antes de se decidir por uma determinada franquia, o futuro empreendedor deve, primeiro, avaliar se o perfil dele se encaixa naquele segmento. Ela dá um exemplo. Supondo que o interessado opte pelo setor de alimentação, esse futuro franqueado precisa saber se ele tem disposição para

levantar cedo, acompanhar o trabalho desde as primeiras horas da manhã, ou cobrir um funcionário que faltou ao trabalho. “Ele precisa avaliar onde se encaixa melhor, antes de se decidir”, observa. Outra avaliação importante, que deve ser observada pelo futuro franqueado, é quanto às ofertas diferenciadas. Há muitas delas, referentes a segmentos de atuação e em relação aos valores das taxas a serem pagas. Além disso, o potencial empreendedor deve se informar com empresários que são franqueados e com aqueles que abandonaram o setor, para, com isso, amadurecer melhor a sua intenção de ingressar

no mercado de franquias. Para os empresários que estejam formatando suas empresas para transformá-las em franquia, o Sebrae oferece consultoria, por meio do programa Sebrae Tec. Deize atenta para o fato de que franquia significa os franqueados seguirem regras e padronizações ditadas pelos franqueadores. Desde campanhas publicitárias, a lançamentos de produtos. “Todos têm de seguir os padrões de atendimento e de produtos das franquias às quais estão ligados. Quem não aceitar essas regras é aconselhável nem entrar”, alerta a consultora.

PRINCIPAIS TAXAS DAS FRANQUIAS (VARIAM DE MARCA PARA MARCA) TAXA DE FRANQUIA: é paga uma única vez, quando do ato da assinatura do contrato. Por exemplo, determinada franquia cobra R$ 50 mil. Esse valor será desembolsado pelo franqueado só uma vez.

mínimo, dependendo da marca); na compra de insumos, caso a franquia seja uma fábrica, que fornece os produtos; ou na venda, em que o franqueado paga de 3% a 5% do faturamento ao franqueador.

ROYALTIES DA FRANQUIA: essa taxa é paga todo mês pelo franqueado. O pagamento pode ser feito em três situações: o valor pode ser fixo (um salário

TAXA PARA PROPAGANDA: o franqueado é obrigado a repassar para o franqueador 2% do faturamento para a divulgação da marca.

TOP5

MAIS PROCURADAS DE 2014 1º - O Boticário Beleza - de R$ 105 mil a R$ 450 mil 2º - Wizard Idiomas – Educação – de R$ 91 mil a R$ 475 mil 3º Colchões Ortobom – Casa e Construção – de R$ 90 mil a R$ 300 mil 4º - Cacau Show – Alimentação – de R$ 48 mil a R$ 120 mil 5º - Subway - Alimentação – de R$ 290 mil a R$ 350 mil. FONTE: ABF

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5 FRANQUIAS

QUE SURGEM COMO BOAS OPÇÕES DE NEGÓCIO PARA 2015

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PALECOLÉ

A Palecolé é uma das redes que vendem paletas mexicanas – os picolés grandes, com sabores sofisticados e feitos artesanalmente, que são a nova moda do setor de alimentação no país. Valor da franquia: de R$ 80 mil a R$ 134 mil. (Saiba mais: paleteriaoriginal.com.br)

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SALGADO MANIA

Uma das opções de food-trucks disponíveis no mercado é a Salgado Mania. As unidades da empresa oferecem 32 tipos de salgado, além de sanduíches, batata frita, doces e bebidas. Valor da franquia: de R$ 69 mil a R$ 149 mil. (Saiba mais: www.salgadomania.com)

SANTO BIER

A Santo Bier é uma franquia de "bar delivery", com cinco formatos de franquia diferentes. O modelo principal, chamado "Resgate do Santo", é um bar itinerante dentro de um Renault Kangoo. Valor da Franquia: de R$ 35 mil a R$ 85 mil (saiba mais: www.ligaprosanto.com.br)

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DOCTOR FRIO

A Doctor Frio faz a instalação e a manutenção de aparelhos de arcondicionado – produto cujas vendas vêm crescendo, pelo aumento do poder de compra da população e pelas temperaturas, cada vez maiores, registradas no país. Valor da franquia: começa em R$ 45 mil. (Saiba mais: www.doctorfrio.com.br)

ACQUAZERO

A AcquaZero é uma rede de franquias cuja proposta é lavar o carro gastando menos de um copo de água. Os franqueados não ficam apenas na limpeza, que custa R$ 30. Oferecem também cristalização da pintura do carro. Valor da franquia: de R$ 4,8 mil e R$ 80 mil. (Saiba mais: acquazero.com.br)

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios


Carreira

Retenção de Talentos

Um dos maiores desafios corporativos atuais é manter os profissionais nas organizações e com elevado nível de comprometimento. Refletindo a este respeito, selecionamos 11 iniciativas que você poderá adotar em sua empresa: 1. Remuneração. O salário é certamente fator de grande relevância e impacto, especialmente nos níveis hierárquicos mais operacionais, nos quais mesmo as pequenas ofertas de aumento são definitivas para mudança de emprego. Porém, é um aspecto que não se sustenta isoladamente, em especial em longo prazo. 2. Benefícios. Assistência médica e odontológica, refeitório, cesta básica, acompanhamento nutricional, espaço para prática de atividades físicas ou convênio com academias, avaliação física, ginástica laboral, check-up periódico, descontos na aquisição de medicamentos, custeio de cursos em universidades, jornada flexível de trabalho. Muitos são os benefícios que podem ser ofertados aos empregados, como forma de remuneração indireta, evitando-se o custo tributário. Selecione-os de acordo com o porte de sua empresa e o perfil de seus funcionários. 3. Treinamento e desenvolvimento. Diante da baixa qualidade do ensino em nosso país, cabe às empresas promover programas contínuos de capacitação para o aprimoramento profissional dos trabalhadores, elevando a autoestima destes e melhorando a produtividade e a competitividade. 4. Liderança educadora. É notório que muitos profissionais se demitem não das organizações, mas sim de seus líderes. Analogamente, há aqueles que optam por permanecer na empresa por respeito e admiração a lideranças dignas, capazes de demonstrar real interesse por cada membro de sua equipe, compartilhando conhecimento, instruindo, incentivando, exercendo o poder com autoridade e não com autoritarismo, enfim, perseguindo resultados, porém, aliando-os às expectativas dos trabalhadores. 5. Autonomia. Bons profissionais postulam evoluir dentro da organização, com a possibilidade de atuarem de maneira proativa e contributiva, e não apenas exercendo funções meramente responsivas. Para tanto, é necessário praticar o empowerment, ou seja, a gestão por intermédio do

_ LÚCIA COLETTO É COACH E CONSULTORA ORGANIZACIONAL, ESPECIALISTA EM GESTÃO DE PESSOAS E EMPRESAS consultoria@aghil.com.br

poder compartilhado, concedendo o direito de tomar decisões e delegando autoridade na proporção da responsabilidade e de acordo com as competências do colaborador. 6. Clima organizacional. Não ficamos envolvidos com nosso trabalho por apenas oito horas diárias. Se considerarmos as eventuais e cada vez mais frequentes horas extras, o tempo com deslocamento e as demandas constantes por e-mail e celular, dedicamos metade de nosso dia à vida laborativa. Por isso, o ambiente de trabalho precisa ser harmonioso e amigável, além de reunir infraestrutura adequada e confortável. 7. Espaço para o sonho. Certa vez, um amigo comentou que, ao preencher o questionário de avaliação da empresa, aplicado a todos os funcionários para balizar o planejamento estratégico do ano seguinte, uma das questões formuladas era: “Descreva um sonho pessoal que você ainda não realizou e o porquê”. Na ocasião, ele anotou que há anos desejava escrever um livro, mas que ainda não o fizera por falta de tempo. Quando a companhia finalizou o planejamento, entregando a todos um plano de ação, uma das metas definidas especificamente para ele era “escrever o livro”. Mais ainda, a empresa lhe proporcionou um curso de administração do tempo e reservou um horário semanal para que ele se dedicasse à redação da obra. Escrever um livro de caráter pessoal não tem relação direta com o propósito da corporação. Entretanto, ao adotar tal postura, valoriza-se de tal forma o profissional, que este passa a se empenhar ainda mais em sua atividade. 8. Tratamento igualitário. Assumir o respeito como valor essencial, independentemente de gênero, raça, condição socioeconômica, credo e orientação sexual, oferecendo também atenção especial às pessoas com deficiência. 9. Orgulho de pertencer. Um ótimo termômetro para verificar o grau de comprometimento de sua equipe está em observar como eles cuidam da imagem da empresa. Os empregados consomem os produtos e serviços que representam? Sentem orgulho ou vergonha de dizerem onde trabalham? Como se manifestam sobre a companhia nas redes sociais? 10. Reconhecimento e valorização. Você pode ir além dos convencionais planos de carreira, aumentos e bônus salariais, participação nos lucros e resultados. Considere homenagear os profissionais por tempo de empresa, oferecendo-lhes certificados, placas comemorativas e suvenires. Elogie -os publicamente, divulgue nas mídias internas e até nos veículos locais. Em maior ou menor grau, todos nós desejamos e apreciamos carinho e afago. 11. Celebração. Por fim, comemore! Seja uma meta atingida, um novo cliente conquistado ou os aniversariantes da semana, é preciso celebrar. Isso gera estímulo e impulsiona novas conquistas. E, lembre-se, não é necessário fazer nada dispendioso. Vale um bolo de padaria acompanhado de água, suco e refrigerante, num final de tarde de sexta-feira. O que realmente importa é o motivo e o ato de confraternizar. Vale salientar que todas estas iniciativas são potencializadas quando a missão, a visão e, em especial, os valores corporativos estão muito bem definidos, divulgados e alinhados ao propósito pessoal de cada integrante da empresa. Fonte Salário BR

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Inspiração

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alando em experiência, já experimentou comprar um carro? E um caro zero? E um carro zero de luxo? É, esses bacanas, acima dos 3 dígitos. Conheci um camarada que, desde pequeno, sonhava em ter um. Daqueles com a marca da estrela, sabe? Carreira foi seguindo com sucesso; pouco antes dos 30, finalmente a grana deu, a casa ficou de lado, as viagens também, e a hora chegou. Sei que ele comprou. No dia da entrega, fui lá, faceiro, queria ser o primeiro a “dar uma voltinha” no possante bacanão. Lá chegando, o vendedor fez os cumprimentos, chamou um camarada de macacão cinza, que prontamente explicou aonde ia a gasolina, levantava o banco e engatava a ré no câmbio automático, claro. Feito isso, ouço o vendedor acenar pro meu amigo: - Parabéns, hein?! Até mais. Ali, pensei: - Até mais é o c***! Cadê minha taça? Não ouvi o estalar do champanhe e nem avistei de longe o automóvel vistoso, em destaque com o bonito e enorme laço vermelho, pra que todos soubessem que aquele estava destinado, gloriosa e merecidamente, pro camarada que acabara de chegar. E que todo mundo ali sabia o quanto, não o carro, mas aquele momento significa pra ele. Ou então, por que não, trombetas, duas louras puxando vagarosamente o fino tecido que revelaria 20 anos

de sonhos, renúncias, escolhas e realização, sendo então sentidos e revividos com toda a equipe da concessionária parada, de pé, aplaudindo. - Alguém pode tirar uma foto aqui? - Não, o fotógrafo da Mood (minha comissão, por favor, hehe) já chegou. Ou, então, por que não marcaram a entrega pra sexta à 0h, em frente àquela bem frequentada balada, em que todos (eu disse todos, inclusive as mulheres disponíveis e os colegas de profissão) pudessem notar o feliz jovem de sorte que acabara de ascender ao hall dos sortudos? Sim, definitivamente, essa pessoa não comprou um carro. E, se você conectá-la com aquilo que é importante pra ela naquele momento, aí, sim, você acertou. Aliás, você extrapolou as expectativas, ganhou clicks, posts, inúmeros comentários, novos leads e o coração daquele meu camarada. Ou pode chamar de bolso mesmo, quando ele precisar de um modelo do ano ou mais caro. Eu citei os amigos, ou os inimigos que também vão querer estrear no próximo badalo? Acho que assim fica mais fácil entender por que marketing não é sobre negócios, mas sobre pessoas. E entender por que a experiência é a última fronteira do marketing, né? Quer acertar nos negócios? Experimente oferecer a experiência certa.


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Transparência

Foto Assessoria de Imprensa

Por Walter Gonçalves

O fiscal

No Estado, o TCE ingressa na Rede de Controle, que reúne 12 instituições para apertar o cerco contra a corrupção na coisa pública

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everá começar a funcionar neste mês, no Estado, a Rede de Controle de Gestão Pública, que reúne doze instituições para atuar na prevenção e no combate à corrupção, por meio de troca de informações entre elas. Entre as instituições parceiras na Rede de Controle, está o Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE-MS), que oficializou a sua participação em maio passado. Além do TCE, fazem parte da rede o Ministério Público Federal, por meio da Procuradoria da República no Estado; Secretaria da Fazenda do Estado; Secretaria da Receita Federal do Brasil, por meio das


Delegacias Regionais de Campo Grande e Dourados; Tribunal de Contas da União (TCU) e Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE/ MS), só para citarmos algumas. Para o presidente do TCE, conselheiro Waldir Neves, a Rede de Controle de Gestão vai trazer mais transparência. “Temos um banco de dados muito rico de informações, e é necessário colocarmos à disposição dos órgãos de controle”, afirmou ele, na cerimônia que oficializou a entrada o TCE na rede. A participação da Corte de Contas de MS nessa parceria entre instituições só reforça a sua função, que é exatamente a de fiscalizar e julgar as prestações de contas dos gestores públicos; ou seja, verificar se o Executivo, governo do Estado e seus órgãos diretos e indiretos, bem como prefeituras e seus organismos; e o Legislativo, formado pela Assembleia Legislativa e pelas Câmaras Municipais, aplicam corretamente o dinheiro que é arrecadado dos contribuintes. Mas o que é, e como funciona um Tribunal de Contas? O de Mato Grosso do Sul teve os seus sete primeiros conselheiros nomeados em março de 1980, pelo então governador Marcelo Miranda. Os conselheiros são responsáveis por julgar as prestações de contas dos gestores administrativos, após levantamento e análise dos dados pelos auditores da Corte de Contas. Os sete conselheiros integram o Conselho Deliberativo do Tribunal. Cabe ao governador do Estado, à Assembleia Legislativa e ao Ministério Público de Contas a prerrogativa de indicarem os nomes. A cada dois anos, os conselheiros elegem o presidente, o vice, o corregedorgeral e o ouvidor do TCE.

Do atual grupo de conselheiros, o presidente da Corte, Waldir Neves, ex-deputado estadual e federal, Marisa Serrano, ex-senadora, e Jerson Domingos, ex-deputado estadual, foram indicações da Assembleia Legislativa. Já o conselheiro Osmar Jeronymo, indicado pelo então governador André Puccinelli, entrou na vaga da cota da Assembleia. O conselheiro José Ricardo Cabral foi levado ao Tribunal pelas mãos do então governador Zeca do PT. O vice-presidente, conselheiro Ronaldo Chadid, é da cota do Mistério Público de Contas. Já o corregedor-geral, Iran Coelho das Neves, saiu da própria Corte. A idade limite para deixar o cargo de conselheiro do TCE é aos 70 anos. Porém, com a aprovação pelo Congresso Nacional, da PEC da Bengala, esse limite subiu para 75 anos. Mas, para o novo limite vigorar aqui, a Assembleia Legislativa tem de aprovar uma lei, adequando o Estado à decisão federal, fato que ainda não aconteceu. Hoje, o TCE-MS fiscaliza 905 órgãos da administração estadual e municipais, e ainda o Tribunal de Justiça e o Ministério Público. Além das prestações de contas das administrações, o TCE acompanha o cumprimento ou não, pelos gestores, da Lei de Responsabilidade Fiscal (não gastar mais do que arrecada), se há lisura nas licitações públicas e se governo e as prefeituras destinam o porcentual determinado dos recursos a serem gastos com Saúde e Educação. Questões como desvio de finalidade (quando determinado recurso destinado a uma área é deslocado para socorrer outro setor da administração, sem que haja permissão) e desvio de recursos públicos também fazem parte do

mix de tarefas da Corte de Contas. Caso sejam encontradas irregularidades graves nas prestações de contas, estas são rejeitadas pelo Pleno do Tribunal, e é elaborado um relatório, que é enviado à Assembleia Legislativa, se envolver governo estadual, ou à Câmara Municipal, se envolver a prefeitura. Deputados estaduais ou vereadores, então, baseados no relatório do TCE, podem decidir pelo afastamento do chefe do Executivo. Entre os problemas detectados pelos auditores do Tribunal de Contas do Estado, em seu trabalho de fiscalização, o mais frequente, está relacionado com a falta de documentação. Tanto governo estadual como prefeituras incorrem no erro de não juntarem todos os documentos necessários à prestação de contas. Além de rejeitar contas irregulares, os conselheiros do TCE podem aplicar multas aos gestores. As sessões no TCE-MS são realizadas às terças e quartas-feiras. Às terças, funcionam as sessões da primeira e segunda Câmaras, formadas por três conselheiros e um representante do Ministério Público de Contas. E às quartas se dá a sessão do Pleno do Tribunal, que reúne os sete conselheiros. A Corte de Contas estadual só não fiscaliza e julga a aplicação de verbas federais como as destinadas via emendas parlamentares de deputados e senadores da bancada federal do Estado. Isso é papel do Tribunal de Contas da União (TCU). Mas o leitor atento pode perguntar: se o TCE fiscaliza todos os poderes, quem é que fiscaliza o Tribunal de Contas? Resposta: é a Assembleia Legislativa.

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Cultura

fogo morto

Tombadas como Patrimônio Histórico, ruínas da antiga termoelétrica Filinto Müller, ainda esperam por revitalização

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Fotos Aparecido Frota

Por Walter Gonçalves


DOURADOS

A

Secretaria de Cultura de Dourados aguarda o sinal verde dos ministérios da Cultura e o do Meio Ambiente, para reapresentar o projeto de revitalização da Usina Senador Filinto Müller, conhecida como Usina Velha. As ruínas do que foi a termoelétrica, construída nos anos 40 do século passado, foram tombadas como Patrimônio Histórico Cultural em 1991, com objetivo de tornar o local um centro de lazer, arte e cultura para o município, que abrigaria também

o Museu Histórico de Dourados. Como a preservação ainda não veio, as ruínas sofrem processo de deterioração. O diretor de Cultura da secretaria, Carlos Marinho, 61 anos, explica que, anos atrás, a prefeitura apresentou projetos de revitalização da usina e do seu entorno, mas não houve receptividade por parte dos ministérios. "Sem o recurso federal, não há como fazer a obra. Assim que os ministérios da Cultura e de Meio Ambiente abrirem o programa para apresentação de

projetos, vamos fazê-lo”, garante. Um dos projetos mais recentes orçava a obra em R$ 12 milhões, e outro, mais modesto, previa um custo de R$ 4,5 milhões, conforme Marinho. A revitalização da Usina Velha é uma das demandas da população de Dourados, que vê no local um marco importante da história do município. Nas redes sociais, douradenses cobram das autoridades a devida preservação daquele espaço, que, mesmo maltratado, chama atenção de visitantes em Dourados. As ruínas da Usina Velha são uma viagem no tempo, em que a termoelétrica, tocada por um motor a vapor no início das operações, levava energia às residências de uma cidade ainda em formação. Tamanha é a importância da Usina Velha para os douradenses, que a antiga termoelétrica é objeto de uma dissertação, em fase de conclusão, da mestranda de História Maiara Laís Pinto, na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Em sua dissertação, Maiara conta que a Usina Velha, construída próxima ao córrego Laranja Doce, a partir de 1943, começou a funcionar em 1949. No início, o motor era acionado a vapor. A água, capitada do córrego, era aquecida por fogo à lenha, e o vapor fazia girar o motor. O horário de funcionamento era das 18h às 22h. Nesse período, as residências localizadas no centro da cidade eram abastecidas pela energia gerada pela termoelétrica. As operações da Usina Velha se estenderam até 1954, quando foi desativada, em razão de dificuldades na manutenção da termoelétrica, cujo custo era alto. A desativação da usina durou até 1965; durante esse período,

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Cultura Por Walter Gonçalves

uma unidade do serviço de estradas de rodagem ocupou o espaço. Reativada em 65, a termoelétrica passou a ser movida por motor a óleo diesel. Mas, no início da década de 70, com a chegada da energia gerada pela hidrelétrica de Urubupungá, a Usina Velha perdeu as suas funções. Com o tombamento como Patrimônio Histórico, as instalações ficaram para história. Contudo, essa iniciativa ainda não livrou as ruínas de sofrerem a ação do

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tempo, e a população de Dourados clama pela sua preservação. A mestranda Maiara destaca que a construção da Usina Velha, entre os anos de 43 e 49, deu-se, em parte, no período em que Dourados pertencia ao território federal de Ponta Porã. Com a extinção do território em 1946, as obras foram finalizadas em uma parceria entre o governo de Mato Grosso uno e a prefeitura de Dourados, mas utilizando, ainda, recursos financeiros do antigo território federal. O


DOURADOS

governo e a prefeitura de Dourados, então, ficaram responsáveis pela administração da termoelétrica. A documentação levantada pela mestranda revela que o projeto original para a construção da termoelétrica previa um complexo de obras formado pela usina, por uma serraria, uma carpintaria e uma oficina mecânica. Mas, ao final, apenas a usina e a serraria foram edificadas. O nome de Filinto Müller, dado à termoelétrica, foi uma homenagem pelo fato de o então senador ter feito gestões políticas para que a obra fosse concretizada, tendo inclusive, canalizado recursos para isso. Defensora também da importância de se revitalizar a Usina Velha e o seu entorno, para que ali venha a ser um espaço cultural e ambiental relevante no município, Maiara Pinto diz que, a partir do tombamento do local como Patrimônio Histórico, em 91, surgiram as primeiras iniciativas na direção da preservação daquele espaço. Porém, nenhuma delas vingou até o momento. Para a estudante, falta interesse administrativo. “Não há vontade de preservar o nosso patrimônio histórico”, lamenta. Mas a preocupação não é só dela. Também, todos os douradenses e aqueles que se interessam em preservar a história.

Fotos Aparecido Frota

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Negócios Por Walter Gonçalves

crescimento

Dourados abre, em média, cinco empresas por dia, e se destaca como polo comercial no Estado

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caminho de completar 80 anos de fundação, em dezembro deste ano, Dourados não para de engordar os seus indicadores econômicos. O município, que experimenta há cinco anos um boom na construção civil, é alvo também de grandes atacadistas, ampliando o mix de sua economia, que registra a abertura, em média, de cinco empresas por dia na cidade. Dourados deve receber, em um futuro próximo, uma segunda unidade do Atacadão, do Grupo Carrefour, e ainda a primeira loja de outro gigante do atacado, o Assaí, do Grupo Pão de Açúcar (GPA). O primeiro passo importante nessa direção foi dado no início de junho, quando o Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano (CMDU) aprovou as áreas destinadas aos dois empreendimentos. Com a aprovação da localização, as empresas já podem dar início ao projeto, apresentá-los à Secretaria de Infraestrutura e Desenvolvimento e providenciar as licenças, conforme a secretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Elizabeth Rocha Salomão. Para a instalação do novo Atacadão, foi destinada uma área localizada na confluência da BR-163 com a MS-156, após o final da Rua Coronel Ponciano,

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ao lado do Jardim Guaicurus. A primeira loja, na Avenida Marcelino Pires, foi inaugurada em 1997. O Atacadão, fundado em 1962, em Maringá (PR), conta com 110 lojas de autosserviço e 20 centrais de distribuição. Emprega 32 mil trabalhadores. Desde 2007, esse atacadista pertence ao Grupo Carrefour. Em Mato Grosso do Sul, o Atacadão está também em Campo Grande. Para o Grupo Pão de Açúcar construir o atacado Assaí, foi aprovada uma área na Rua Coronel Ponciano, esquina com Avenida Vilso Gabiatti, no Jardim Shekiná, quase em frente ao Detran/MS. Em operação desde 1974, o Assaí Atacadista foi adquirido em 2007 pelo Grupo Pão de Açúcar e, desde então, passou de 14 para 87 lojas. Em Dourados, o GPA já tem um Extra Hiper e, em Campo Grande, Extra e Assaí. As duas novas unidades devem gerar 600 empregos diretos e indiretos, de acordo com Elizabeth Salomão. A secretária repete declarações do prefeito Murilo Zauith (PSB): “Dourados não para de receber investimentos e anúncios de mais investimentos. Dourados vai na contramão da crise e se confirma como polo de comércio e serviços do Estado”, exalta.

Foto Br.dollarphotoclub.com

Em franco


Fotos Gilson Barbosa

DOURADOS

Diversão e boas ações Tradicional em Dourados, a feijoada Boavida leva animação e solidariedade à cidade

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o dia 30 de maio, aconteceu a 13ª edição da Feijoada de Outono Boavida, com a apresentação da banda Lilás, DJ Adriano Oliveira, pagode Samba White e, como atração principal, o cantor e compositor Neguinho da Beija Flor. A organização foi feita, como de costume, pelo empresário de comunicação Alfredo Barbara Neto, diretor do Diário MS e do Canal Boavida. A feijoada surgiu em 2003, com o propósito de oferecer um evento social para os douradenses, com serviços de qualidade, boa comida e música. Desde então, o sucesso crescente foi tamanho que, a partir sua oitava edição, em 2010, a festa entrou para o calendário oficial de eventos de Dourados. Neste ano de 2015, o Cerrado Brasil voltou a sediar o evento, após um hiato de 2 anos. A feijoada ficou por conta do Buffet Laudir Festas, e a Budweiser entrou como cerveja oficial da festa. A decoração foi assinada por Edilson Spolador. As atrações foram escolhidas pelo próprio Alfredo, que, inclusive, considerou esta edição a melhor de

todas. “Existe sempre uma expectativa com relação à feijoada do ano anterior, mas posso afirmar que a deste ano foi a melhor de todas”, conta. Além do caráter festivo, o evento também agrega ações beneficentes. “Há seis anos, uma agência de turismo da cidade me ofereceu uma viagem para a Itália, decidi usar o brinde da melhor forma possível, sorteando-o durante evento”, explica. Ele complementa: “Pedi para as pessoas levarem alimentos não perecíveis. Cada quilo (ou litro) ganhava um cupom. Por exemplo, um pacote de arroz de 5 quilos ganhava 5 cupons. O cupom era depositado na urna e, após o show principal, a viagem foi sorteada, exclusivamente entre as pessoas que doaram alimentos”. “Tudo que é arrecadado vai para o Centro de Integração do Adolescente (Ceia), uma instituição que assiste a cerca de 400 crianças e adolescentes, fornecendo reforço escolar, uniforme e alimentação (café, lanche, almoço, lanche da tarde e jantar)”, finaliza o idealizador da festa.

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eventos

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DOURADOS

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Especial PONTA PORÃ1O3anos Por Walter Gonçalves

A cidade festeja, de olho no

futuro P

onta Porã chega aos 103 anos de fundação, com a atenção voltada para o futuro. O Parque Tecnológico Internacional (PTIn), que começará a ser instalado a partir do próximo ano na cidade, deverá ser um dos grandes legados do atual prefeito, Ludimar Novais (sem partido), 41 anos, para as novas gerações. No dia 18 deste mês, data do aniversário, haverá a cerimônia de doação pelo Exército, de uma área de 50 hectares, próximo ao anel viário, para ali ser instalado esse projeto ambicioso. No ato, deverá estar presente o ministro da Defesa, Jacques Wagner. Para preparar a instalação do Parque já foi formada a diretoria executiva, integrada por representantes de instituições como a própria prefeitura, Famasul, Fecomércio MS, do Governo do Estado e das universidades UFMS e UEMS. A intenção com o PTIn, é que esse espaço seja um fomentador de tecnologia. Para tanto, serão convidadas a se instalarem no local, universidades voltadas para a pesquisa no setor, indústrias, empresas e incubadoras, Fotos Assessoria de Imprensa

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PONTAPORÃ

Marcelo Loureiro é atração da festa de aniversário de Ponta Porã O instrumentista Marcelo Loureiro é a principal atração das festividades pelos 103 anos de Ponta Porã, programadas pela Fundação Municipal de Cultura. O artista faz show no dia 18, às 20 horas, data do aniversário da cidade, no Centro de Convenções. Marcelo é considerado um dos maiores músicos do gênero em Mato Grosso do Sul. O violonista nasceu no Rio de Janeiro, mas foi aqui no Estado, mais especificamente em Guia Lopes, que começou a carreira artística, aos 11 anos. Na agenda das comemorações, a presidente da Fundação de Cultura de Ponta Porã, Gisele Benites Flor, anuncia ainda a realização de uma exposição com artistas plásticos da região de fronteira, com a temática dos trabalhos relacionada ao cenário local. A exposição será no mezanino do Centro de Convenções. O evento deve se iniciar no dia 11 e vai até o dia 18 deste mês. O objetivo da exposição, conforme Gisele Flor, é valorizar os artistas plásticos de Ponta Porã e região, pois, em sua arte, eles expressam os valores e costumes do povo fronteiriço.

Foto Gilson Barbosa

que venham a desenvolver segmentos tecnológicos. Ludimar explica que caberá a prefeitura construir a sede administrativa do Parque, e dotar a área de condições para que os interessados se instalem ali. O prefeito revela que já há interesse da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), em construir uma unidade sua no PTIn. Para viabilizar o Parque, Novais disse que parlamentares da bancada federal de MS, já trabalham para destinar recursos, via emendas. Ludimar prevê também para um futuro próximo, Ponta Porã receber reflexos positivos da industrialização que vem ocorrendo do lado paraguaio, principalmente na região de fronteira. “Hoje, o Paraguai é o país que mais está dando condições para instalação de indústrias. Com isso, Ponta Porã poderá investir em logística, ampliando o setor de serviços, para atender a demanda de pessoas que essas indústrias vão arregimentar, e que deverão circular também pela nossa cidade”, anima-se o prefeito. Ao falar do presente, Ludimar destaca que, ao alcançar 103 anos, o município tem mostrado evolução em seu desenvolvimento. Ressalta a parceria com a irmã gêmea Pedro Juan Caballero, e os benefícios que essa união tem trazido para a economia local. Mas, como toda cidade, Ponta Porã também tem gargalos em sua infraestrutura. O prefeito aponta a falta de asfalto e drenagem em vários bairros, obras consideradas de custo alto, como os maiores problemas na cidade, a espera de soluções. Por outro lado, há os avanços a se registrar. A cidade já conta com 99,9% das residências com água tratada. E até 2017, 91% das casas contarão com esgoto tratado. Na Saúde, Novais adianta que cinco novos postos de atendimento estão sendo construídos. E na área Social, quatro novas creches estão com obras em andamento. No setor de Habitação, há, no momento, um conjunto com 1015 casas populares sendo construído, e um segundo, também em andamento, que soma 300 casas. As duas iniciativas deverão estar concluídas até o final do ano, reduzindo em quase 50% o déficit habitacional do município, que segundo o prefeito, é de 2,5 mil famílias.

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Especial PONTA PORÃ1O3anos Por Walter Gonçalves

Na fronteira, a união literalmente faz a força no comércio

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oncorrentes acirrados até alguns anos atrás, comerciantes de Ponta Porã e de sua alma gêmea, Pedro Juan Caballero, do lado paraguaio, resolveram adotar aquela tese, segundo a qual é melhor unir-se ao inimigo do que morrer abraçado com ele. Seguindo esse preceito, os empresários do comércio dos dois lados da fronteira, em 2012, “fumaram o cachimbo da paz” e selaram a parceria. De lá até o momento, comerciantes ponta-poranenses e de Pedro Juan traçam estratégias conjuntas para campanhas promocionais em datas especiais, como Natal, Dia das Mães e dos Namorados, e, inclusive, na mais badalada das promoções, que é o Black Friday, o qual ocorre todo mês de setembro. Os descontos oferecidos no lado paraguaio também são praticados em Ponta Porã, durante a famosa campanha. “Desta forma, todos saem ganhando”, diz o presidente da Associação Comercial de Ponta

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Foto Assessoria de Imprensa

Porã, Eduardo Gaúna, 42 anos, que ressalta a boa relação que sua entidade mantém com a Câmara de Comércio de Pedro Juan Caballero. A partir dessa união, o comércio de Ponta Porã só cresceu, ainda mais com a chegada de lojas âncoras, como Americanas, e das grandes cadeias de fast-food, como a Subway. Nesse período de três anos, ainda ganhou oito restaurantes de comida japonesa, além dos de cozinha portuguesa. Diante desse cenário positivo, o presidente da Associação Comercial acrescenta que os lojistas locais também deram os seus pulos na direção de atrair mais clientes e repaginaram o layout dos estabelecimentos. Logo no primeiro ano da parceria com os comerciantes paraguaios, em 2012, o comércio de Ponta Porã registrou crescimento de 21%, conforme Gaúna. E, no ano seguinte, o volume de investimentos no setor aumentou 13%. O segmento


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emprega cerca de 15 mil trabalhadores. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Ponta Porã, Amauri Ozorio Nunes, 52, também aplaude a parceria com os colegas de Pedro Juan. “Em um clima de rixa, perde todo mundo. Essa união tem o apoio do meu sindicato”, comenta Nunes, que representa empresários do ramo de confecções, calçados, móveis e supermercados. O sindicalista, que trabalha com confecções, diz que atualmente, com o dólar mais caro, e o guarani, moeda paraguaia, mais forte, os “hermanos” têm ido às compras em Ponta Porã, aquecendo também as vendas de móveis. “Como o poder aquisitivo dos paraguaios ainda está bom, apesar da queda no movimento de turistas, em decorrência da alta do dólar, eles estão

comprando com o guarani no comércio de Ponta Porã, o que está sendo muito bom”, observa Nunes. Para demonstrar na prática que a fase atual está boa, Nunes dá como exemplo a sua loja de confecções. De acordo com o presidente do Sindicado do Comércio Varejista, nos cinco primeiros meses deste ano, houve um incremento nas vendas, da ordem de 11%, em comparação com o mesmo período de 2014. “Mas, quando é o comércio ponta-poranense que enfrenta época de vacas magras, a economia do município é compensada pelos turistas que invadem Pedro Juan Caballero, que fazem compra na cidade irmã, mas comem, hospedamse e enchem o tanque de combustíveis de seus veículos no lado brasileiro”, explica Nunes.

Ponta Porã e Pedro Juan, parceria que dá certo Ao completar 103 anos este mês, Ponta Porã, fundada em 18 de julho de 1912, é hoje o quinto maior share de consumo do Estado, com crescimento de 11,12%, no faturamento com o setor, passando de R$ 1,061 bilhão, em 2013, para R$ 1,179 bilhão, em 2014. Com esse desempenho, o município galgou 16 posições no ranking, saltando de 392 (0,03534 de índice) para 376 (0,03614). Além da agricultura, da pecuária e da extração de madeiras, a cidade tem, entre as suas principais atividades econômicas, um comércio e setor de serviços atuantes. As indústrias de beneficiamento de madeira, de móveis, óleo, tijolos, erva-mate e carvão formam o parque industrial do município, que deverá ser ampliado com a chegada de fábricas de transformação. Para atrair novas indústrias, a prefeitura criou o Indusporã, programa que oferece incentivos fiscais aos investidores interessados em se instalar no município. De acordo com o IBGE 2012, o PIB do município é de R$ 1,3 bilhão, o 5º maior de Mato Grosso do Sul. Localizada na fronteira seca com o Paraguai, Ponta Porã é irmã gêmea da cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero. Nada a separálas, nenhuma cancela. Elas se confundem como se fossem uma só cidade. Somando as duas populações, 85 mil (Ponta Porã) e 114 mil (Pedro Juan), são cerca de 200 mil habitantes, que transitam livres de um lado

para o outro. Essa união quase siamesa entre as duas cidades mistura costumes, intercâmbio culinário, linguístico e cultural, absorvidos simultaneamente por ambas as populações. “Essa integração cultural pode ser representada por componentes da culinária, com pratos como a sopa paraguaia e a chipa; da dança, com a polca ou o vanerão; e mesmo da bebida típica tradicional: o tereré”, exemplifica Francine Peliciari, chefe de gabinete e turismóloga da Secretaria Municipal do Comércio, Indústria, Turismo e Meio Ambiente. O turismo de compras no comércio da cidade vizinha impacta positivamente em Ponta Porã, segundo Francine. O fluxo de pessoas rumo a Pedro Juan encontra desenvolvida infraestrutura de apoio em Ponta Porã, como rede hoteleira (são 13 equipamentos) e variado setor de alimentação. Por falar em turismo, Francine aponta que, na região de fronteira, as duas cidades oferecem diversas opções, como turismo de negócios e eventos, por exemplo, com múltiplos espaços para a realização de congressos e outras iniciativas do gênero. O Centro Internacional de Convenções de Ponta Porã Miguel Gomez é uma dessas opções, uma moderna construção com 1.725,64 m² que dispõe de auditórios de pequeno e grande porte, salas de apoio, cafeteria e american bar. Na fronteira, há ainda, outros 20 locais privados para eventos. Além desse segmento, o turismo histórico-

cultural, o de aventura e o arqueológico são também atrativos aos turistas que visitam a fronteira. A rica história da Guerra do Paraguai, conflito que opôs o Brasil ao país vizinho, teve confrontos na área onde estão Ponta Porã e Pedro Juan, e as marcas desse conflito, travado de 1865 a 1870, estão presentes ali. É possível visitar o Parque Nacional do Cerro Corá, a 30 km de Pedro Juan, e a Colônia Militar dos Dourados, a 45 km de Ponta Porã, além do Museu da Erva Mate. Para quem é chegado em aventura radical, há o Chakurru Ecoturismo, empreendimento que nasceu para fomentar essa atividade. Para isso, a fronteira conta com cachoeiras, paredões e rios com paisagens e experiências únicas. Já o turismo arqueológico reserva aos visitantes as colinas circundantes ao Parque Nacional Cerro Corá. Elas são conhecidas como um dos maiores abrigos de arte préhistórica na América do Sul, em que se localizaram os restos de presença humana que datam mais de 5.200 anos. Há vestígios, como pinturas e inscrições, além de outros materiais arqueológicos, inclusive de superfície. No Turismo, Francine projeta para os próximos anos que os segmentos (turismo de negócios e eventos, turismo histórico-cultural, turismo gastronômico e turismo arqueológico) sejam disseminados na fronteira, tirando o foco do turismo de compras, sempre atrelado à dependência do câmbio do dólar.

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Negócios Por Walter Gonçalves

AMPLIAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DE CELULOSE FAZ CRESCER PROCURA POR QUALIFICAÇÃO

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anúncio das indústrias de celulose Fibria e Eldorado, de que irão criar uma nova linha de produção cada uma, já agita o mercado de trabalho em Três Lagoas, considerado o maior polo de celulose do mundo. Só a nova unidade da Fibria deverá gerar 40 mil empregos diretos e indiretos. Essa expectativa faz aumentar a procura por cursos de capacitação e qualificação de mão de obra, ministrados pela unidade local do Serviço Nacional da Indústria (Senai), por pessoas que estão de olho nas vagas que serão abertas por essas indústrias. Os cursos mais procurados são exatamente aqueles que têm tudo a ver com as gigantes de celulose da cidade: cursos de celulose e papel, manutenção industrial e mecânica de manutenção. Quem já trabalha no ramo procura se reciclar por meio dos cursos rápidos de qualificação profissional, com duração de até 300 horas. Já aqueles que desejam entrar no mercado de trabalho, mas

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não possuem qualificação, procuram os cursos de habilitação técnica. O gerente do Senai de Três Lagoas, Adevaldo Vasconcelos, 59 anos, diz que atualmente há turmas com até 40 alunos cada uma. Os cursos de qualificação (95% deles gratuitos) somam 1,3 mil matrículas, e os de habilitação técnica, 1,6 mil. A maioria dos alunos se concentra nos cursos ligados ao setor de celulose. O perfil dos capacitandos, conforme Vasconcelos, é de pessoas que concluíram o Ensino Médio e têm idade entre 18 e 27 anos. Mas também há espaço para reciclagem profissional aos mais maduros. A procura por qualificação no Senai tem matriculados com até 45 anos. Graças à industrialização no município, o gerente do Senai trêslagoense destaca que, em 2011, os cursos técnicos contavam com 4,5 mil matrículas. No ano passado, esse número saltou para 11,5 mil matriculados. Mesmo com esse dado positivo, Vasconcelos acredita que a corrida

de interessados em se qualificar por meio dos cursos do Senai deve ocorrer com maior força dentro de 180 dias, quando as duas grandes indústrias de celulose iniciarem o processo de construção das suas novas unidades. “Daí a procura deverá dobrar o número de matrículas de hoje, pois as obras vão necessitar de trabalhadores para as suas várias etapas”, prevê o gerente.


Fotos Br.dollarphotoclub.com

Foto Divulgação

TRÊSLAGOAS

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Virtudes Por Clarissa de Faria

Não existem

Fronteiras Costureira dedica-se integralmente a confeccionar uniformes para crianças carentes da África

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desafio foi aceito a partir do momento em que Edna Gonçalves Caixeta, 35 anos, ouviu a história de um casal de missionários enviados à África, Célia e Roberto, que ajuda crianças em escolas de Moçambique, nas cidades de Chimoio e Dondo, além de Malawi, numa região chamada Chigumula. Trata-se de um projeto de ajuda, batizado de “Kukula Pabodzzé – Growing Together”, em que eles mantêm os estudantes com alimentação e materiais básicos de estudos. A necessidade, informada durante a palestra que Edna assistia, eram os uniformes, centenas de camisetas e bermudas para que todos ficassem uniformizados. Foi então que ela se dispôs, pessoalmente, a ajudar com a confecção de 1,6 mil peças. Mas o desafio só estava começando. Mesmo com sua disponibilidade para produzir tudo, era preciso, ainda, conseguir a malha e todo o material para que a confecção começasse. Para isso, uma força-tarefa foi iniciada e, com a ajuda de “estranhos” e de uma amiga em especial, a Dea Marisa Brandão Cubel, 40 anos, a arrecadação do material começou. Engana-se quem acredita que todo esse processo foi e está sendo fácil; a primeira arremessa de camisetas foi entregue recentemente, mas ainda faltam as bermudas. Para a primeira produção, mensagens via WhatsApp, para “Deus e o mundo”, foram os primeiros passos.

Um misto de espanto rondava as duas amigas, que acharam que seria mole arrecadar a malha. “Achamos que os corações das pessoas seriam tocados como o nosso foi, que muita gente poderia ajudar; mas, para nosso espanto, foi difícil. Algumas pessoas se sensibilizaram, ajudaram ao menos repassando as mensagens e exaltando nossa atitude, mas muito pouca gente nos procurou para doar algum tipo de material”, diz Edna. A dificuldade serviu como estímulo, pois a vontade em cumprir a meta era maior que qualquer obstáculo que elas poderiam encontrar. “Algumas pessoas questionavam sobre o real destino de toda essa angariação. Perguntavam por que ajudar crianças da África, já que aqui no Brasil temos tantas outras dificuldades. Eu, educadamente, não respondia, mas deixava claro que era um projeto sério e que nosso coração falou mais alto quando soubemos das condições difíceis que essas crianças passavam lá. Em todos os lugares existem problemas, e nosso coração pulsava, nesse momento, em contribuir com essa ação”, ressalta Dea. A juíza do trabalho Dea, que na época passava por problemas de saúde, hoje se recupera de uma cirurgia delicada e concilia todas essas intempéries com o trabalho humanitário, que ela realiza desde adolescente. “Com 16 anos, eu era voluntária no Asilo São João Bosco, ia lá apenas para conversar com eles, ouvi-los, e

isso me fazia um bem danado.” Edna nunca teve dúvidas da ajuda e da disposição que Dea sempre teve em ajudar ao próximo. E, hoje, batalham juntas para que uma segunda arremessa de peças seja enviada em breve. A batalha para a arrecadação dos próximos materiais continua. “A alegria é mais nossa, ao ver cada criança vestida com as camisetas que já entregamos, com a ajuda de pessoas próximas, e outras, nem tanto. Isso não tem preço. É compensador”, frisa Edna. Até que tudo seja entregue, o retorno para casa continuará mais tarde, algumas madrugadas serão suadas e Edna ainda terá de conciliar com a produção de jalecos e demais artigos que ela confecciona em um cantinho seu, localizado na Rua 14 de Julho, o qual ela orgulhosamente fala que foi uma conquista, já que agora trabalha por conta. Condição, essa, que ela garante que a possibilitou cumprir esse desafio: ajudar quem precisa, a qualquer hora e dia.

Quem desejar colaborar com a ação, seja com fundos ou com as próprias malhas, pode entrar em contato com a Edna, por meio do número (67) 9150-3779.

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Astral

Como os homens

CONQUISTAM Áries Fogoso, impetuoso, imediatista. Adora competições e não admite o segundo lugar. Então, ele te liga logo, quer logo. Mas não ceda rápido, porque você corre o risco de nunca mais vê-lo! Faça jogo com o ariano, ele adora ser caçador; só não demore demais, ele não tem muita paciência. Touro Sensual, carinhoso, seguro. É o cara que, com certeza, vai te levar no melhor restaurante ou vai cozinhar para você. Ao contrário do ariano, ele não tem pressa, porque ele escolhe. Mas, como tudo que é bom tem seu lado negro, dê a ele total atenção, senão você está exterminada (o). Vista-se bem e se cuide, porque ele detesta desleixo, e pior, ele fala. Gêmeos Paquerador nato. Adora redes sociais para encontrar suas conquistas; com certeza, você já viu um no Tinder. Ele sempre tem uma lábia fantástica, é descolado, moderno, entende de tudo e sabe usar as palavras. Cuidado, o único problema é que ele muda rápido de ideia e detesta que peguem no pé.

_ TECA SILVA É ASTRÓLOGA E TARÓLOGA. TWITTER: TECA_ASTRO FACEBOOK.COM/TECAEMAJU tecaemaju@hotmail.com

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Câncer Com uma abordagem mais reservada, ele vai encantando com aquele jeito meigo, todo protetor. É do tipo que logo se enturma com a sua família, com seus filhos, e vive com uma cara de carente e desprotegido. Cuidado, o regente do signo é a Lua, e ela tem quatro fases. Então, não pense que ele é tão fácil assim. Leão Sedutor, é do tipo que fará você se sentir a melhor e mais amada pessoa do mundo. Com leoninos, tudo ganha um toque de Hollywood, parece até filme. Porém, não se esqueça de que você não pode brilhar mais que ele e jamais, nunca, nem sob pena de morte esqueça-se de elogiá-lo. Quando ama é fiel demais, quando ama... Virgem O cara moderno, prático e de boa conversa. É aquele que sabe tudo de comida orgânica, de saúde, está sempre atualizado com estilos de vida saudável. Direto, odeia jogos e gente enrolada. É crítico demais e tem uma sinceridade, às vezes, desconcertante. Pelo menos ele não atrasa! Libra É o mais sedutor da turma toda, encantador, educadíssimo. Está sempre bem-vestido, arrumado, cheiroso. Adora vida social, portanto, vai saber os melhores lugares para um encontro. O problema dele é a indecisão. Ele nunca tem certeza absoluta de nada, inclusive de você; então, vá devagar, senão, é tombo certo. Escorpião Misterioso, calado, intenso. É o cara do olhar, parece que está sacando todos os seus segredos. Exigente ao extremo, não se entrega com facilidade; aliás, ele vai te testar até para ver se você o merece.

No fundo, é sensível demais; mas, como todo bom estrategista, não entrega o jogo fácil, nunca. Sua intensidade é enorme, ele marca. Sagitário Assim como o geminiano, é paquerador. É divertido, adora piadas; também é inteligente, culto e adora viagens. É totalmente sem frescura, então, você se sente super à vontade com um sagitariano, mas ele não gosta de limites. Não exija coisa séria de cara. Exagerado, pode querer ter mais de um relacionamento. Capricórnio É o sério, geralmente tem um ar de bem-sucedido que encanta fácil. Ele gosta de escolher, é outro estrategista. Para conquistar, ele usa de artimanhas requintadas, vai a bons lugares e, para causar boa impressão, não economiza. O problema é que ele julga; se você der qualquer bola fora, adeus. Ele sempre quer o melhor e pensa mais nele. Aquário É o diferente, possui um lado desprendido que costuma ser seu charme. Enquanto tem um monte de cara te paquerando, ele é aquele que não está nem aí. De repente, sem mais nem menos, ele se achega a você e dá sua cartada final. E não se prende: se você cobrou, pegou no pé, já era em três minutos. Aquarianos marcam pela originalidade. Peixes Sensível, gracinha, tímido ou nenhuma destas alternativas. Pisciano pode ser tudo; porém, para conquistar, ele vai usar do lado carente e desprotegido. Vai ser romântico e querer ver a Lua, as estrelas e todo o céu, comendo cachorro-quente e ouvindo MPB. Só é bom saber que ele some ou fica tão pegajoso que cansa. Arrisque, é sempre uma incógnita.



Pensando Bem Por Rafael Belo

A força

vaidade T

_ RAFAEL BELO É JORNALISTA, ESCREVE

DESDE CRIANÇA E PASSOU A POSTAR FOTOS E TEXTOS DE SUA AUTORIA EM 2008 NO BLOG olharesdoavesso.blogspot.com QUE COMPLETA SETE ANOS.

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odo mundo tem um toque de vaidade. Seja este sutil, invisível, se não apontado, e daí vai de médio a exagerado. Quando se é imperador, então... Este mês que chegou voando (já estamos além da metade do ano...) surgiu desta forma, ou simplesmente como ironia, pensando em uma linha muito frágil a separar esta daquela. Júlio César recebeu a homenagem do mesmo senado que o assassinou em 44 a.C., não só pelo nome, mas por ser o mês de nascimento do imperador. Ironicamente (de novo), os senadores assassinos acreditavam que estavam protegendo a República, quando este ato acabou de vez com esta, dando início ao Império Romano. Julho era quintilis, pois era o quinto mês do ano, já que janeiro e fevereiro não existiam até tempos atrás; enfim, César Augusto, sucessor de Júlio César, roubou um dia de fevereiro (que até então possuía 29) para igualar o mês que o homenageava – agosto – a julho... Agosto tinha apenas 30 dias e, para o novo imperador, seu mês não poderia ser inferior ao de seu antecessor. A vaidade o levou a controlar o

exército, ser censor (responsável pelo recenseamento dos cidadãos, com base em sua riqueza, a elaboração do álbum senatorial, orientação da construção pública e fiscalização da conduta moral dos cidadãos) e, ao mesmo tempo, tribuno (magistrado atuando em favor da plebe). Queremos o mesmo de uma maneira mais velada. Ansiamos por controlar nossas vidas, dos outros, executar milhares de funções ao mesmo tempo, quem sabe dormir... E, claro, enquadrar-se de tantas selfies quanto possível, para encontrar o melhor ângulo da própria vaidade, chamando, assim, a atenção e admiração do mundo. Desta forma, caiu o vasto, rico e poderoso Império Romano: pela vaidade. Não adianta focar na vaidade e esquecer-se da gravidade do Universo e de nossas ações no mundo. É preciso aprender a cair e ver as quedas acontecerem, afinal, faz parte da natureza, é pura física. E, enquanto lutamos para nos destacar, sermos esteticamente mais belos e não envelhecer, o mundo se desfaz em vaidade, perdendo todos os prazos de validade; e, no final, o que tem valor?




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