Mood Life 35

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LifI

Viver com estilo

27 misturafina

Uma seleção de novidades em acessórios, gadgets, carros e beleza para quem tem bom gosto

55 CASAestilo

Morar Mais por Menos Belo Horizonte apresenta 63 espaços com propostas versáteis e econômicas

87 identidade

Nº 35 R$ 10,00

Rádio Clube

Cidade

Morar Mais por Menos resgata anos dourados do clube mais tradicional de Campo Grande

Na seção Perfil, Paulo Matos fala sobre seus novos planos após 25 anos no PP. Em Atitude, Carlos Marun abre seus projetos à frente da Agehab/MS. O sucesso de Luiz Carlos Feitosa e a ampliação de seu grupo de comunicação são o tema de Cases. E Vox, traz o Presidente da Fiems, Sérgio Longen, expondo iniciativas para o desenvolvimento de indústrias no Estado.





Uma CIdade qUe é Grande até nO nOme mereCIa meSmO Um ShOppInG aSSIm. O Shopping Bosque dos Ipês chegou trazendo um mundo de novidades para a cidade de Campo Grande. São mais de 180 lojas com o melhor da moda, gastronomia e muita diversão. Um centro de entretenimento à altura de Campo Grande. Mais informações, acesse: bosquedosipes.com




Viver com estilo

N

esta edição, a Mood Life fez uma viagem aos tempos dourados do Rádio Clube Cidade, com suas festas e a tradição da sociedade campo-grandense. É essa grandeza do principal clube da cidade que será resgatada com a revitalização que o Morar Mais por Menos Campo Grande 2013 está promovendo no local. Também pelos caminhos da história passa nossa seção Cultura, onde traçamos um pequeno roteiro de museus da capital para os nossos leitores se aventurarem e conhecerem um pouco da nossa da cultural regional. E por falar da cultura regional, nossa redação foi até a planície do pantanal conhecer o mundo do pantaneiro, suas tradições e costumes, e como o laço comprido, antes usado para resgatar garrotes fujões, hoje se tornou um esporte de elite em todo o Mato Grosso do Sul. Em Personalidade entrevistamos uma pessoa que impõe respeito. Famoso por ser uma das inspirações para o Capitão Nascimento, do filme Tropa de Elite, o ex-capitão do BOPE, Paulo Storani, fala sobre a carreira e missões na vida. Na seção Décor, Belo Horizonte é o cenário da mostra Morar Mais por Menos de setembro, com sua decoração e ambientes sofisticados, esbanjando sustentabilidade e beleza Para completar o passeio pela Mood, conheça um pouco sobre algumas personalidades que fazem de Mato Grosso do Sul sua casa, em nosso caderno Identidade. Boa leitura.

42 estilo de vida Pantaneiro: da tradição aos costumes e ao hobby

00 perfil

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62 décor

Morar Mais por Menos Belo Horizonte apresenta 63 espaços com propostas versáteis e econômicas

Expediente

Capa Rádio Clube Cidade

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MOODlife

Foto Arquivo histórico R.C Produção Executiva Angelo Arruda

Jornalista responsável Cidiana Pellegrin (MTB 687/MS) redacao@moodlife.com.br Editor Odirley Deotti editor@moodlife.com.br Fotógrafos Estúdio Sim, Gilson Barbosa, Miguel Palacios Revisão Dáfini Lisboa dafini.lis@gmail.com Colaboraram nesta edição: Texto Adriana Estivalet, Carla Carvalho, Carla Cecarello, César Benavides, Cidiana Pellegrin, Clarissa de Faria, Carlos Nascimento Jr., Dirceu Peters, Douglas Mamoré Junior, Laís Camargo, Lúcia Coletto, Maria Adélia Menegazzo, Marcelo Pereira, Odirley Deotti, Paulo Cruz, Thereza Christina Silva, Walter Gonçalves. diretores Iara Diniz, Marta Albuquerque diretor comercial Dirceu Peters Revista MOOD Life é uma publicação mensal. Rua da Paz, 1629. Santa Fé. Campo Grande/MS CEP 79102-210. Não nos responsabilizamos pelos conceitos emitidos nos artigos assinados. As pessoas que não constam no expediente não tem autorização para falar em nome da Revista MOOD Life. Impressão e acabamento Idealiza Gráfica e Editora. PARA ANUNCIAR LIGUE (67) 4063-9321 Distribuição e assinatura Gabriela Galante atendimento@moodlife.com.br



conteúdo

Motor Gadgets Estilo Beauty

27 misturafina 28 MOTOR Da sedução do esportivo

32 ESTILO Novidades para

30 gadgets Os melhores e mais

34 beauty Uma seleção de produtos de beleza feita para quem tem bom gosto.

56 design Nicole Tomasi faz

76 gourmet Com clima rústico e informal, Tasca da Esquina mostra a gastronomia portuguesa além do bacalhau.

62 décor Morar Mais por Menos

78 viagem Poucas acomodações, serviços exclusivos e muito design marcam o hotel boutique QT Sydney.

88 lounge Carla Nogueira Barbosa: Dom estampado em cada detalhe.

100 cases O jornalista e empresário Luiz Carlos Feitosa conta sua trajetória à frente do Jornal A Crítica, e a ampliação do grupo de comunicação.

Jaguar F-Type ao conforto do Citroën C4 Lounge.

recentes acessórios tecnológicos para facilitar sua vida.

incrementar o look e ficar ainda mais bela.

Décor Arquitetura Design Gourmet Viagem

55 CASAestilo design unindo indústria, artesanato, produção social e aproveitamento de resíduos.

Belo Horizonte apresenta 63 espaços com propostas versáteis e econômicas.

Perfil Entrevistas Cidades Política Eventos

87 identidade 90 perfil Para Paulo Matos

o segredo do sucesso é ter foco.

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MOODlife

94 vox Presidente da Fiems, Sérgio

Longen, expõe iniciativas para o desenvolvimento de indústrias no Estado.

106 atitude À frente da Agência

Estadual de Habitação Popular de MS (AGEHAB/MS), Carlos Marun fala sobre projetos e a vida política.



achados

Fotos Divulgação

Por Cidiana Pellegrin e Clarissa de Faria

Delícias

da Tia

ladrilhos

que encantam

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No bairro Guanandi, uma fábrica produz ladrilhos de forma artesanal. A casa é simples e as peças têm preços bem amigos: a unidade é vendida a R$ 3,00 e para cada cor a mais são cobrados outros R$3,00. São desenhos comuns em centros antigos e locais tombados, mas que na arquitetura moderna são símbolos de charme e forte apelo estético. A Ladrical fica na rua Ibicaré, 52, lote I, bairro Guanandi. Contato (67) 8416-4074 ou (67) 9230-2967

Cachorro quente, caldinhos de feijão e de mandioca, petit gatêau, limojito, fondue e sundae formam um cardápio enxuto e muito saboroso do Delícias da Tia. Saindo da linha tradicional de lanchonetes, a proposta é oferecer receitas autorais, mas com pitada caseira. No prensado, por exemplo, a invés da maionese é utilizado manteiga ou requeijão. Outra delícia que vai surpreender o paladar dos visitantes é o picadinho feito com pão de hot dog, carne de primeira e cheddar. Lá, tudo é produzido com gostinho da casa e muito carinho! Serviço Avenida Lúcio Martins Coelho, 163, Bairro Buriti Contato: 9298-9531

Cantinho

Vegetariano

Além do acervo com receitas que vão desde “Batata frita na panela de pressão” e “Esfirra de escarola” até “Pavê de geleia de morango com beijinho”, o blog Cantinho Vegetariano reúne eventos de todo país - como bazares, festivais, seminários - voltados à turma que consume carne. Outras sessões do site trazem dicas de livros, revistas, vídeos e uma lista com nomes de vários vegetarianos famosos. Para conhecer, basta acessar www.cantinhovegetariano.com.br



tomenota nacional

Fotos Divulgação

Por Clarissa de Faria

teatro

Grupo3 em cartaz

música

John Mayer

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No dia 19 de setembro, na Arena Anhembi, em São Paulo, o artista trará ao país a turnê "Born and raised", título de seu quinto álbum de estúdio, lançado em 2012. O disco estreou em primeiro lugar em seis países e foi o mais baixado no iTunes em outros 30. Ao longo de sua carreira, ele colaborou com músicos renomados como B.B. King, Buddy Guy e Eric Clapton e já vendeu mais de 20 milhões de discos no mundo. Os ingressos custam de R$240 a R$500.

O Grupo 3 de Teatro, dirigido pela atriz Débora Falabella, Gabriel Fontes Paiva e Yara Novaes, comemora oito anos de existência com três peças diferentes, em cartaz até o dia 6 de outubro, exceto às segundas, no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo. Os ingressos custam até R$ 20. Essa mostra de repertório alinha profundo trabalho de pesquisa teatral à procura por abordagem inovadora. O grupo apresenta os espetáculos “A Serpente”, “O Continente Negro” e “O Amor e Outros Estranhos Rumores”, remontados pela companhia.

gastronomia

Chefs na telona

No mês de setembro a cidade de São Paulo receberá sua 1ª mostra de cinema dedicada à gastronomia e seus diversos elementos. Com entrada gratuita, o evento está marcado para os dias 23, 24 e 25 de setembro, no Cine Livraria Cultura – Conjunto Nacional. “Mostra DOC Gastronomia” conta com aproximadamente 20 filmes – nacionais e estrangeiros – que abordam temas como “história mundial”, “identidade cultural”, “produção, distribuição e consumo” além de “filosofia” e “antropologia”. As exibições serão divididas em quatro sessões diárias com início às 18h.



tomenota REGIONAL Por Clarissa de Faria

concerto

Orquestra

compras

exposição

Arte no Marco

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A 3ª temporada de Exposições no Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul - Marco - segue até o dia 13 de outubro, com quatro mostras: Pinóquio – 64 originais, de Alex Cerveny; Conexão Dual - Diálogos Gravados, de Arlete Santarosa e Lana Lanna; Admirável Mundo Novo, de Lula Ricardi; e Estruturas Urbanas, de William Menkes. As obras podem ser conferidas sempre de terça a sexta, das 12h às 18 horas. Sábados, domingos e feriados, das 14h às 18 horas. Mais informações pelo telefone (67) 3326-7449. O Museu fica na rua Antônio Maria Coelho, nº 6000, no Parque das Nações Indígenas.

no cinema

A Rede Cinemark e o Shopping Campo Grande oferece a apresentação do maestro e compositor holandês André Rieu à frente da Johann Orchestra. Reunindo imagens de uma série de concertos realizados pelo músico desde 2010, o espetáculo será exibido pela Cinemark nos dias 27, 28 e 29 de setembro e 1º de outubro. Os ingressos para exibição podem ser adquiridos no site da Rede (www.cinemark.com.br) ou nas bilheterias dos cinemas participantes. Os valores são R$50 (inteira) e R$25 (meia).

Entre os dias 5 e 9 de outubro a Casa Bazar abre as portas pela segunda vez, reunindo em um só espaço moda, design, beleza, sustentabilidade e bons preços. A proposta é colocar ao alcance do visitante tudo o que estiver dentro da casa, seja para compra ou experimentação. O foco é unir marcas conceituadas no mercado e impulsionar a venda e saída de peças de coleções passadas e pós liquidação, já que muitas lojas acabam tendo uma perda destas peças por diversos motivos. São os chamados “refugos”. Serviço Rua Antônio Maria Coelho, 3.012, Jardim dos Estados. Facebook/Instagram: Casa Bazar CG

Foto Giulliano Gondim

Fotos Divulgação

Casabazar



tomenota especial

Fotos Divulgação

Por Clarissa de Faria

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Fábio Porchat em Campo Grande O ator Fábio Porchat chega à Capital no dia 15 de setembro, para apresentar o stand up comedy "Fora do Normal", no Palácio Popular na Cultura, em duas seções: 19h e às 21h. O humorista traz ao palco observações hilárias sobre situações do cotidiano, como telemarketing, avião e tecnologia. Integrante do primeiro grupo de stand up comedy do Brasil, o Comédia em Pé, que está em cartaz ininterruptamente há seis anos, Fábio tem apresentado seu espetáculo solo por várias capitais brasileiras. Com seu estilo de humor histriônico

cativou platéias também em Londres e no Japão. Além disso, o jovem é roteirista de diversos programas da Rede Globo (Zorra Total, Os Caras de Pau e Esquenta), incluindo o seriado de sucesso “Tudo Junto e Misturado”, no qual participa também como ator. Os convites custam de R$ 100 a R$ 60 e estão à venda no Shopping Campo Grande - 1º Piso – em frente as lojas Riachuelo. Mais informações: 3326 – 0105.

SuperproduçãoInfantil Outro espetáculo que vai marcar o calendário de espetáculos da Capital é o "Cinderella" O mundo mágico da fantasia, maravilhoso conto de fadas, no Teatro Glauce Rocha, nos dias 20, 21 e 22 de setembro. O espetáculo dirigido pelo diretor e produtor cultural Billy Bond, é considerada uma superprodução com 180 figurinos, cinco cenários, efeitos especiais e projeções em 3D. Programação: Dia 20/09 (sexta-feira) - 19h Dia 21/09 (sábado) - 16h e 19h Dia 22/09 (domingo) - 18h



estante Por Wilmar Carrilho*

LITERATURA

Guia politicamente incorreto da história do mundo / Leandro Narloch

"Esse livro é um guia contra a doutrinação que muitos brasileiros sofreram na escola, onde a história é lecionada com distorções, arranjos e invencionices, com inverdades e injustiças."

MÚSICA

my love / Álbum the mess Paul McCartney e Wings

"Essa música fez parte da minha infância, quando eu tinha 11 anos de idade. Em frente da casa onde eu morava, na rua 7 de setembro, entre a 14 de Julho e a 13 de Maio, havia uma loja de discos, que na época tocava muito essa linda canção, que ficou no coração e na memória."

CINEMA

"As amizades

verdadeiras e sinceras

a vida é bela / Roberto Benigni

"Esse filme conta a história de um pai judeu que vai para um campo de concentração (2ª Guerra Mundial), junto do filho de 5 anos, e faz parecer que a guerra é “um grande jogo” de esconde-esconde. É um filme marcante, que concilia os horrores da guerra com o encantamento da vida de um pai por seu filho."

merecem e precisam se alimentar

de boas ações, e bons exemplos, Sempre pensando no bem,

De quem

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te faz bem. *Wilmar Carrilho é agente tributário estadual, bacharel em Direito, artista plástico, nascido em Rochedo-MS, crescido em Campo Grande



leituras Por Maria Adélia Menegazzo*

A raridade das flores

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ltimamente, tenho percebido certo movimento que procura desqualificar o trabalho intelectual, reflexivo, como se fosse algo nocivo, incompreensível, coisa de gente ultrapassada. O bacana é ser rápido, superficial, prêt-à-penser. É fazer tudo como se fosse um amador. Não aquele que não sossega a coisa amada, porque vive do inesperado, mas aquele que é capaz de dizer uma bobagem qualquer e um grande número de pessoas, sem opinião alguma sobre o que quer seja, acha o máximo e “curte”. Desprofissionalizar é preciso! Acabo de assistir ao filme Flores Raras, dirigido por Bruno Barreto, e fiquei pensando como o leitor comum poderia tê-lo “curtido” sem conhecer o contexto histórico-artístico-literário. Veria apenas mais um filme biográfico ou um drama homoerótico? Essas perguntas todas me vieram à mente quando comecei a buscar nas antologias de Elizabeth Bishop, disponíveis em português, os poemas que aparecem no filme. Curiosidade de quem estuda literatura? De quem gosta de poesia? Como ficar indiferente ouvindo a personagem

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"O bacana é ser rápido, superficial, prêt-à-penser. É fazer tudo como se fosse um amador"

dizer que “no teu cabelo negro brilham estrelas cadentes, arredias”, num simples banho de xampu? E o esforço na criação das imagens poéticas? A ação se passa na casa da fazenda Samambaia, em Petrópolis, premiada na II Bienal Internacional de São Paulo, em 1954. No júri, ninguém menos do que Walter Gropius e Alvar Aalto, entre outros arquitetos históricos. Foi projetada em 1951, por Sérgio Bernardes, de modo a dialogar com a natureza ao seu redor, com a água das minas e das chuvas, com a luz do sol e da lua. Como o filme mostra, a proprietária era Lota de Macedo Soares, responsável pelo projeto do Aterro do Flamengo, outro marco do modernismo brasileiro. Podemos ler a casa no poema de Bishop “Canção do Tempo das Chuvas”: “Casa, casa aberta para o orvalho branco e a alvorada cor de leite, doce à vista; para o convívio franco com lesma, traça, camundongo e mariposas grandes; com uma parede para o mapa ignorante do bolor”. Ainda no filme, a Casa Edmundo Caravellas, projetada por Oscar Niemeyer, também é utilizada como cenário. Tem jardins de Burle Marx, com direito à escultura “Copacabana”, de Ceschiatti, um nu reclinado.

Nesses espaços em que cultura e natureza parecem conviver harmoniosamente, o filme deixa entrever conflitos, posicionamentos poéticos e estéticos como também, e essencialmente, ético-políticos. Uma lição sobre a história do movimento moderno brasileiro que passa ao largo para quem não tem o mínimo de referência e não se interessa em ter. Citado pela poeta-personagem, o pensamento de Tom Jobim de que “O Brasil não é um país para principiantes” introduz a nota dissonante da permanência de Bishop entre nós. Evidentemente, não só pelo país, mas é uma afirmação que vale a pena ser retomada em tempos de narrativas independentes, nada intelectualizadas. Quem seria capaz de colecionar o despercebido, ter lapsos de melancolia e escrever sobre a arte de perder como se isso fosse um mistério? O que te parece? *Maria Adélia Menegazzo é Doutora em Teoria Literária com Pós-doutorado em Artes Plásticas, membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte e da Academia Sul-mato-grossense de Letras



cultura Por Laís Camargo

Voltando

no tempo Rota de museus em Campo Grande é opção de entretenimento para todas as idades

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P

ara quem tem orgulho de gritar “do Sul” quando alguém se confunde com o nome do Estado, não tem desculpa para não querer conhecer um pouco mais da nossa história. São muitas páginas para entender a Guerra do Paraguai e outras tantas para diferenciar as etnias indígenas no Estado. Porém, existe um lugar que facilita bastante esse entendimento. Hoje vamos fazer um tour pelos museus de Campo Grande, começando pelo Museu das Culturas Dom Bosco, no Parque das Nações

Indígenas, com entrada pela Avenida Afonso Pena. Com um acervo bastante rico em termos de objetos das etnias Bororo; Xavante, Karajá; Povos do Alto Rio Negro; Terena e Kadiweu, Ayoreo, Kinikinau, Kaiowa e Guarani, o museu é um prato cheio para quem quer saber mais sobre os povos indígenas do Estado. Sem contar a arquitetura do local, que deixa os visitantes à vontade e impressionados com os detalhes. “Este acervo é muito procurado por pesquisadores e estudiosos do Brasil e do mundo pela sua

riqueza e diversidade”, afirma Carla Calarge, responsável pela coleção de etnologia do museu. Os fãs de animais têm 30 mil espécimes para observação, sendo invertebrados e vertebrados de diversas partes do Brasil e do mundo. “A coleção de Vertebrados é composta por diversas espécies de animais taxidermizados, com exemplares de peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Esta coleção desperta a atenção do público pela rica representatividade da fauna brasileira”, comenta Carla.


Fotos Divulgação

serviço

Do outro lado do Parque Aproveitando a ida ao Parque das Nações, pela entrada da Rua Antônio Maria Coelho existe o Marco (Museu de Arte Contemporânea). A entrada é franca e periodicamente as exposições individuais são modificadas. Existem ainda 1.500 obras em diversas modalidades artísticas, incluindo um conjunto significativo de obras que registram o percurso das artes plásticas em Mato Grosso do Sul, do princípio aos dias atuais. “Originalmente, os museus surgem com os colecionadores que acumulavam objetos como troféus eles eram exibidos como gabinetes de curiosidades. Só com o advento das grandes ciências, a biologia, a

sociologia e assim por diante que esses espaços passam a ser vistos como local pra documentação da sociedade. Muita gente acha que museu é espaço de coisa velha, e não é assim”, lembra Carla. Vários espaços pelo país afora provam que a tecnologia pode ser usada a favor, como o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo – que fez a língua se transformar em algo palpável.

serviço Visitação Marco Terça à sexta das 12h às 18h. Sábado, domingo e feriado das 14h às 18h

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O Museu das Culturas Dom Bosco funciona das 08 às 17h de terça a sexta feira, incluindo feriados. A entrada custa R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada)


cultura Por Laís Camargo

Abraçando o conhecimento Logo na entrada do Museu José Antonio Pereira, uma estátua dos fundadores da cidade e a casa onde moraram com objetos intactos da época. Mesmo para quem não é da cidade, a curiosidade de saber como funciona um monjolo, por exemplo. “O hábito de visitar museus ainda é subestimado em nosso país. Quem viaja para o exterior, não muito longe, na Argentina, observa os estudantes participando da visita de forma ativa, que complementa o aprendizado na escola”, exemplifica Carla. A casa dos fundadores da cidade fica na avenida Guaicurus.

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Arqueologia, som e imagem no mesmo prédio No Memorial da Cultura e Cidadania, na avenida Fernando Correa da Costa – antigo Fórum – dois outros museus, MIS e Muarq, Museu da Imagem e do Som e Museu de Arqueologia, ambos com entrada gratuita. “São quase 30 anos de resultados de projetos de pesquisa pelo Estado, o museu é reconhecido internacionalmente pela densidade de informações,

Foto Alexis Prappas

nossas peças têm procedências, foram encontradas in loco, por pesquisas”, analisa a arqueóloga Emília Kashimoto. No Muarq existe um espaço pedagógico, inaugurado este ano, no qual crianças do ensino fundamental podem imitar escavações arqueológicas e entender processos de pesquisa.

serviço Visitação Museu José Antônio Pereira De terça-feira a domingo das 9h às 17h MIS e Muarq De segunda a sexta-feira das 7h30 às 11h30 e 13h às 17h


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misturafina Carros Gadgets Estilo Beauty

28 motor Da sedução do esportivo Jaguar F-Type ao conforto do Citroën C4 Lounge. 30 gadgets Os melhores e mais recentes acessórios tecnológicos para facilitar sua vida. 32 estilo Novidades para incrementar o look e ficar ainda mais bela. 34 beauty Uma seleção de produtos de beleza feita para quem tem bom gosto.

tendênciaspara andar com estilo

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carros, itens de moda e cuidados pessoais para fazer bonito.


misturafina motor Foto Divulgação

Por Paulo Cruz

F-Type

O F-Type chega ao Brasil com os seguintes valores: F-Type - R$ 419.900; F-Type S - R$ 479.900 e F-Type V8 S R$ 559.900

A sedução está de volta

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o Salão de Genebra de 1961, a Jaguar apresentou o E-Type, considerado um dos automóveis mais bonitos de todos os tempos e que até hoje seduz quem gosta de clássicos. Agora, 52 anos depois, a marca inglesa volta ao mundo dos roadsters com o F-Type, um esportivo que chega ao Brasil em três versões de motorização e dezenas de combinações possíveis de acabamento. Produzido com a mais avançada arquitetura em alumínio rígido o Jaguar F-Type é focado na alta performance. Sua estrutura leve inteiramente produzida em alumínio, com ótima distribuição de peso, sua tração traseira e seus motores potentes oferecem extremo prazer ao volante.

A versão V8 S, a mais forte, acelera de 0 a 100 km/h em 4,3 segundos e chega à velocidade máxima de 300 km/h. O F-Type S V6 de 380 cv acelera de 0 a 100 km/h em 4,9 segundos e atinge 275 km/h, enquanto que os valores para o F-Type são 5,3 segundos e 260 km/h. Todos os motores transmitem a potência para as rodas traseiras por meio de uma transmissão de oito velocidades "Quickshift", com opção de mudanças sequenciais SportShift. O motor 5.0 V8 Supercharged, com seus 495 cv de pura potência, é o que proporciona maior diversão. A velocidade máxima é limitada eletronicamente em 300 km/h. Os modelos S dispõem ainda de um sistema de "escape ativo"

que muda o ronco do motor, que pode ficar mais forte - uma verdadeira orquestra pra quem aprecia esse tipo de "musica". O interior do F-Type privilegia o condutor, com controles atraentes e acabamento excepcional. Os materiais utilizados são produzidos com uma técnica exclusiva que realçam com distinção a cabine de dois lugares. Os bancos envolventes, com regulagens elétricas proporcionam perfeito ajuste. A capota de lona é elétrica e pode ser acionada com o carro andando até 50 km/h. Toda a operação dura apenas 12 segundos.


C4 Lounge

Sala de estar sobre rodas A Citroën está trazendo ao Brasil o novo C4 Lounge, que chega para ocupar o lugar do C4 Pallas. Com o novo modelo, a marca que voltar a brigar forte no segmento dos sedãs médios. O C4 Lounge possui equipamentos que agradam e duas opções de motor: Turbo THP de 165 cv e 2.0 16V Flex de 151 cv, além da opção do novo câmbio automático sequencial de seis marchas. O espaço interno é um dos maiores da categoria e os bancos são envolventes. O silêncio

a bordo é muito bom, graças, principalmente ao para-brisa acústico, que filtra os ruídos do exterior. Tudo para oferecer uma sensação de bem-estar a bordo. Por dentro o acabamento é bom e os materiais são agradáveis ao toque. O painel conta com quatro opções de personalização de cor de iluminação e há uma câmera de ré no painel que facilita e traz segurança nas manobras. Em movimento o C4 Lounge proporciona boa dirigibilidade. As suspensões foram

desenvolvidas para garantir o compromisso entre conforto e estabilidade. A bordo, pouco se notam as imperfeições da estrada. A direção é precisa e inspira confiança ao condutor. O sedã conta com sistema de frenagem de série particularmente seguro, com ABS, distribuição eletrônica de frenagem e auxílio em frenagem de emergência. O rádio GPS MyWay (opcional nas versões de entrada) tem navegação integrada e áudio de alta qualidade sonora.

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Foto Divulgação

Os preços começam em R$ 59.990, na versão Origine, bem espartana, passa por R$ 66.990, na Tendance automática - que é que deve vender mais - e chega a R$ 77.990, na equipada com motor THP e que é recheada de equipamentos


misturafina gadgets Por Odirley Deotti

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potência

Compacto

Transitar por aí com arquivos muito grandes sempre é um problema. Atenta a essa dificuldade, a Seagate anunciou seu novo HD externo, menor e mais leve que a maioria comercializada atualmente. O HD Slim chega ao Brasil nas versões prata ou preto, com capacidade de 500 Gb, conexão USB 3.0, a mais veloz da atualidade, e a espessura de um lápis, são 11,35x7,06x0,96 centímetros. Além disso, o pequeno disco que pesa apenas 150 gramas conta com sistema NTFS e drivers para Mac OSX. A partir de R$ 399 no site www.livrariasaraiva.com.br

Poucos são os notebooks adequados para gamers. O MSI GS70 é um desses. Com tela Full HD de 17 polegadas, essa máquina alia um processador Core i7-4700HQ de 2,4 GHz a uma placa de vídeo GeForce GTX 765M. Com 2 GB de memória GDDR5 dedicada, essa GPU pode encarar gráficos de alta complexidade sem nenhum esforço. Esse “monstro” também conta com 16 GB de memória RAM DDR3 de 1.600 MHz, SSD de 128 GB e HD de 1 TB, quatro portas USB 3.0, 1 HDMI 1.4, webcam com gravação de vídeo em 720p, teclado completo com LEDs coloridos e bateria de 6 células, ou seja, um sonho de consumo para quem gosta de se divertir na frente da tela do computador. Por US$ 1,799.99 no site www.msimobile.com

Elegante

Tornar-se uma peça de decoração parece ser tendência entre os aparelhos de som portátil. Seguindo essa linha, a JVC lançou recentemente o NX-SA1, um aparelho com design arrojado e alta definição de áudio, que possui base retrátil para iPod e iPhone, entrada USB, áudio e saída de vídeo. Seus quatro altofalantes e subwoofer embutidos têm 40 W e criam acústica perfeita com as caixas distribuídas em toda a circunferência do aparelho. São três opções de cores: preto, branco com preto e vermelho com preto. Por R$ 879,12 no site www.girafa.com.br

Fotos Divulgação

paraLumia

A Nokia e sua linha Lumia estão fazendo sucesso. Uma amostra disso são os acessórios que surgem para os aparelhos com sistema Windows Phone. Uma dessas novidades é a caixa de som portátil JBL PlayUp MD-51w. Ela tem autonomia de bateria de até 10 horas, valoriza a qualidade do som e proporciona uma experiência diferenciada para os amantes de música com seus 89 dB de potência. O alto-falante se conecta facilmente com smartphones Nokia Lumia ou qualquer dispositivo Bluetooth ou NFC. Por R$ 499 no site www.lojaonlinenokia.com.br



misturafina estilo Por Cidiana Pellegrin

inspiração

nacional

A designer de joia Carla Amorim buscou inspiração na natureza brasileira para lançar sua nova coleção, intitulada Nacional. A queda d'água no rio Araguaia, nossas frutas, grutas e pântanos deram forma a peças repletas de diamantes, safiras e esmeraldas. A espuma do mar apareceu nas pulseiras em ouro amarelo, branco e negro. Completando o mood da coleção, um anel foi criado com base na arquitetura do Congresso Nacional em Brasília, uma homenagem a Oscar Niemeyer. Os produtos podem ser encontrados nas lojas da marca em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Ribeirão Preto e Recife. Mais informações no site www.loja.carlaamorim.com.br

Retrô

MOODlife

Keds em nova versão

Depois de lançar uma série de tênis assinada por Taylor Swift, a Keds firmou uma parceria com grifes brasileiras. A primeira novidade é com a despojada marca carioca Salinas, que traz uma estampa floral de sua primavera-verão 2013/14 no modelo mais clássico da Keds, o Champion. O segundo lançamento será em conjunto com estilista Isabela Capeto, ainda em setembro. A novidade custa R$ 199,90. Informações na loja Salinas do Shopping Campo Grande, ou no site www.salinascompras.com.br

As décadas de 20 e 60 voltam à moda na coleção primavera/verão 2014 da Forum, elaborada pela estilista Marta Ciribelli. As peças trazem o estilo náutico, com muito preto, branco, detalhes em vermelho e com a cartela de cores em azul, dourado em vários tons de amarelo. Muitas texturas, estampas, silhuetas menos marcadas e decotes profundos - nas costas ou no busto – são os principais destaques. Modelos mais estruturados com rendas, bordados, nervurados e neoprenes também ganham espaços nas araras. A novidade já está disponível na loja Forum do Shopping Campo Grande

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Fotos Divulgação


PRETOnoBRANCO

A combinação de cores consagrada pela Chanel está de volta às coleções brasileiras. A dobradinha preto e branco aparece em listras, padronagens geométricas, estampas tropicais ou em montagens meramente lisas, que vão dos acessórios ao look completo.

Scarpin Dumond R$ 229,90 Dumond Shopping Campo Grande Óculos Zara R$115,95 (www.modaeuropa.com.br) Relógio Nixon R$ 440 (www.farfetch.com.br) Colar Arezzo Preço sob consulta Arezzo Shopping Campo Grande Sandália Arezzo R$ 249,90 Arezzo Shopping Campo Grande Perfume L´eau Ambree EDP Feminino Prada R$ 469 (80 ml) www.sephora.com.br Bolsa Dumond R$ 179 Dumond Shopping Campo Grande

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Foto modelo: Coleção Tufi Duek SPFW - crédito Fernanda Calfat


misturafina beauty Por Cidiana Pellegrin

Glamour

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carioca

Fotos Divulgação

Chegou à Campo Grande a nova coleção primavera/verão 2014, do Boticário, que presta uma homenagem ao Rio de Janeiro dos anos 60. A Make B. Rio Sixties apresenta 23 itens de maquiagem, além de acessórios (como cílios postiços) e uma fragrância surpreendente. O grande destaque da linha é a sombra com tecnologia exclusiva Fusion Colorist, que permite alta pigmentação e ultra-fixação.

Outras novidades também prometem conquistar, como o batom em formato de lápis, que oferece 24 horas de hidratação e resistência à água, e está disponível em três cores. A coleção também incorpora seis novos tons de esmaltes: Rosa, Laranja, Nude, Branco, Azul e Lilás. Típico da década de 60, o delineador é outro item importante da coleção e que permite traços expressivos e sensuais. O

bronzeado dos cariocas também surge com o Make B. Rio Sixties Pó Iluminador, que pode ser utilizado no rosto, pescoço e colo. O produto vem com aplicador retrô inspirado nos anos 60, um charme só! A coleção completa você acessa no site www.oboticario.com.br, nas lojas físicas da marca ou com as revendedoras O Boticário.



misturafina beauty Por Cidiana Pellegrin

Frescor

Atendendo à preferência das brasileiras por essências florais, a Roger&Gallet desenvolveu o Fleur de Figuier: uma fragrância inspirada no jardim mediterrâneo de Esterel, localizado no sul da França. O perfume apresenta uma experiência sensorial, com o aroma de figo e possui em sua fórmula notas de semente de tomilho, flor e folhas de tangerina e leite e madeira com musk. Além da colônia, a linha é composta por hidratante, sabonetes e gel douche. Os produtos vão de R$ 24,90 a R$ 114,90. Informações no SAC 0800 727 56 26

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Efeitoduplo

Você prefere cílios alongados ou volumosos? A Natura Una Máscara para Cílios 2 em 1 garante esses dois benefícios em um único produto, projetado com compartimentos e pinceis específicos para cada função. Utilize o passo 1 para cílios alongados e bem separados. Já o passo 2 garante até 63% mais volume. Se desejar um olhar marcante, combine a utilização dos passos 1+2. Por R$ 59. À venda com as consultoras Natura. Mais informações www.natura.net Fotos Divulgação

Primavera

Fresca, colorida e alegre. A coleção Na Quintanda, da marca Quem disse, Berenice?, traz cincos tons que são a cara da primavera. Verdiwi; morangosa; melanciô, bananarela e acerolaiá ainda têm cheirinho mesmo depois de seco. Por R$ 9,90 no e-commerce www.quemdisseberenice.com.br

Organizado mini Integrando seu portfólio de acessórios para área de beleza, a Natura Una lança uma necessaire com tamanho ideal para carregar na bolsa. O produto possui divisórias para pincéis e outros itens, o que facilita ainda mais a organização da maquiagem. Disponível na cor preta. Por R$ 29,00. À venda com as consultoras Natura. Mais informaçõeswww.natura.net

Pequenos, práticos e de ótima qualidade. A Natura Una lança o Kit de Pincéis Portáteis, ideal para integrar a nécessaire da bolsa. O conjunto é composto por seis modelos de usos específicos: pó, blush, base, olhos e lábios, que garantem o mesmo desempenho de suas versões originais. Por R$ 95. À venda com as consultoras Natura. Mais informações www.natura.net


Um projeto de paisagismo surge para ser inspirador e aconchegante. É a perfeita harmonia distribuída no espaço que acalma e dá ao tempo a oportunidade de andar sem pressa, que dá à vida a chance de ser mais viva. Permita-se este encontro.

67 3349.0302 Avenida Afonso Pena, 4348 Jardim dos Estados - Campo Grande/MS


equilíbrio Por César Benavides*

Cirurgia plástica íntima Usar biquíni, lingerie ou até calça bailarina pode se tornar constrangedor quando a paciente apresenta algumas alterações na área intima. O constrangimento leva à insegurança, que leva ao bloqueio do trânsito social e privação de muitas oportunidades, sem falar da predisposição a dermatite que algumas alterações determinam. Acúmulo de tecido gorduroso pubiano, o deixando elevado, intumescido e até arredondado, se avolumando sob roupas mais justas. Aumento exagerado dos pequenos lábios vaginais fazendo com que fiquem salientes sob as roupas, propiciando aumento da temperatura, suor e dermatites irritativas na área, além de constrangimento sexual. Atrofia ou murchamento de grandes lábios, com amolecimento dos tecidos, que se tornam frouxos e por isso com a falsa impressão de redundância e aspecto envelhecido, também causador de constrangimento. Flacidez vulvar, com rotação da região pubiana para baixo e para trás, que principalmente pode ocorrer após uma ou mais gravidezes, por fim, a combinação do que foi citado, nas mais diversas intensidades. Se você quer saber se existe a possibilidade de melhora de cada uma dessas alterações citadas, a resposta é sim. A frase mágica é pode melhorar. O compromisso de resultado tão falado em cirurgia plástica, também aqui se relaciona `a melhora dos aspectos através de técnicas e tratamentos cientificamente embasados e indicados de forma muito individualizada, conforme aceitação de cada paciente. Para o excesso de gordura no monte pubiano, pode ser feita a lipoaspiração para deixar a região mais aplainada, conservando algum tecido adiposo, que funciona como amortecedor, protetor e isolante térmico. Trata-se de uma área de maior sensibilidade e suprimento sanguíneo. Assim o padrão das áreas arroxeadas também é maior quando comparadas a outras regiões, como culotes. Da mesma forma o padrão de inchaço é maior. Tais alterações são transitórias e tendem a regredir com o passar dos meses. Para a atrofia dos grandes lábios, pode-se indicar o preenchimento com produtos como o ácido hialurônico (efeito transitório, cerca de 1 ano) ou enxertia de tecido adiposo, aspirado de outra região, como abdome inferior. Aqui também se aplica a regra da possibilidade de apresentar grande inchaço, reversível. Nos casos em que ocorre redundância dos pequenos lábios vaginais, a paciente é submetida a cirurgia para ressecção do

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"A frase mágica é: pode melhorar"

excesso, favorecendo a acomodação dos tecidos na região. A recuperação aqui se torna mais delicada, uma vez que as incisões são mais amplas. Nos casos de flacidez vulvar, a cirurgia de lifting pubiano, associado ou não a uma abdominoplastia ou miniabdominoplastia cumpre o papel de reposicionamento, propiciando um aspecto mais agradável ou pelo menos parecido ao que fora antes da gravidez. Tais alterações também podem ocorrer em pacientes obesos ou aquelas submetidas a cirurgia de redução do estômago, onde a grande perda de peso pode desencadear flacidez pubiana e hipotrofia por perda de gordura também nos grandes lábios vaginais. A avaliação do cirurgião e definição sobre qual será a técnica mais indicada para caso deve ser feita durante as consultas que precedem a cirurgia. Por se tratar de uma região que possui flora bacteriana específica e mais significativa, deve-se tomar todos os cuidados preventivos à higiene intima nos dias que precedem a cirurgia (qualquer uma das citadas). O cirurgião poderá prescrever antibióticos, analgésicos, pomadas vaginais, banhos de assento, além de cuidados nas atividades diárias para evitar esforço físico pós-operatório. O retorno às atividades sexuais deverá ser orientado de acordo com a recuperação de cada paciente. Qualquer traumatismo sobre a região poderá causar sangramento, abertura de pontos, inchaço persistente, dor e infecção, que pode causar destruição dos tecidos. Na maioria dos casos a cirurgia pode ser realizada sob anestesia peridural, raquianestesia, mas também sob anestesia geral, de acordo com a avaliação de cada paciente pelo anestesista. Em todos os casos citados o tempo cirúrgico costuma ser rápido, bem como a recuperação. A cada curativo, avaliação, o cirurgião plástico deverá esclarecer como a cicatrização está e o que pode ser feito para melhorar. Cada paciente responde de forma diferente a estímulos iguais. Os casos em que a paciente entra no fluxo menstrual durante a primeira semana de pós-operatório, tende a inchar mais. Com o passar dos dias, semanas, meses, à medida em que os tecidos se acomodam, as pacientes poderão desfrutar dos benefícios da cirurgia de forma natural. *Dr. César Benavides é Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Membro Internacional da American Society Of Plastic Surgeons. CRM4046 / RQE 2215



intimidade

Os idealistas do

"Amar é viver" "Não é verdade que tudo o que precisamos é estar amando; necessitamos também de trabalho, de pagar o aluguel, de amigos fiéis, de boa dose de coragem"

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omo tão bem explica o psicanalista carioca Jurandir Freire Costa, no seu estudo sobre o amor romântico, para os idealistas, amar significa trazer a felicidade para perto, mesmo que para isso seja preciso perder a cabeça feito loucos. Eternos adeptos da utopia amorosa declaram: sem amor, estamos amputados de nossa melhor parte. A vida pode ser até mais tranquila e livre de dores quando não amamos, mas a tranquilidade obtida é a de um cemitério. O amor-paixão romântico é visto como o bem supremo. É a experiência emocional que tem sua fonte no respeito e na ternura pelo outro, é uma proteção contra a solidão, qualidade que implica igualdade dos parceiros e uma grande reciprocidade. Esse amor é uma forma de interdependência, quer dizer, dependência mútua em prazeres, esperanças, tristezas e intenções para o futuro. Diante dessa imagem, tudo empalidece. Nada substitui a felicidade sexual, nada traz o alento do amor erótico correspondido. Os idealistas acreditam que o amor é a condição indispensável para a máxima felicidade, e a atração romântica é considerada a base para a escolha do parceiro, para o resto da vida.

No passado, o amor divino é que era perfeito; hoje, o amor humano tornou-se onipotente, onipresente e onisciente. Ele pode tudo, está em toda parte e resolve tudo. E a punição para aqueles que não conseguem amar e ser amados é o pavor da solidão, o estigma do fracasso emocional e a exclusão do mundo dos felizes. Muitos aderem ao lema “antes mal-acompanhado do que só” na esperança de um dia encontrarem a tão sonhada “alma gêmea”. As pessoas ainda hoje aprendem que o amor é natural e, quando não têm essa capacidade de realizar o amor, culpam a si mesmas e raramente conseguem perceber que o próprio ideal pode ser um exagero. A idealização do amor tem, portanto, um custo. Não é verdade que tudo o que precisamos é estar amando; necessitamos também de trabalho, de pagar o aluguel, de amigos fiéis, de boa dose de coragem. A excessiva idealização nos faz pensar no amor como garantia em vez de desafio, numa coisa fixa, não num processo de vaivém, ou seja: ora ele se manifesta, ora não. Esperamos sentir mais do que realmente sentimos e, por isso, desconfiamos de nós mesmos. Acontece que, como qualquer outra emoção, o amor varia de intensidade. Apesar de o amor romântico ser visto como uma experiência de cuidado mútuo, satisfação sexual recíproca, troca de ternura, entre outras coisas, a prática nega em boa parte tudo isso. O amor idealizado nunca é totalmente sereno e, se é muito sereno, pode ser que esteja se enfraquecendo. É o caso do romantismo amoroso que pretende ser o mesmo eternamente, uma “promoção por tempo ilimitado”, em um mundo que a cada dia está se modificando, e daí surgem todas as inevitáveis diferenças entre os idealistas e os realistas. *Carla Cecarello é Psicóloga e Sexóloga, coordena o Projeto AmbSex. CRP 06/35812-0

Foto Shutterstock

Por Carla Cecarello



estilo de vida Por Clarissa de Faria

Pantaneiro 42

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Da tradição aos costumes e ao hobby


Foto Clédson Grando

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Mais que um modo de viver, o homem pantaneiro criou tradições, hábitos e difundiu técnicas no campo. Um estilo de vida que passa de geração a geração.


estilo de vida Por Clarissa de Faria

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ala simples, hábitos arraigados, humildade e amor por sua terra, sua cultura e seu trabalho. Este é o homem que há mais de duzentos anos habita a planície alagada, o Pantanal. Essa figura característica da região aprendeu a conviver em harmonia com um universo inundado, úmido e seco. Uma linha tênue permeia o pantaneiro, o peão e o fazendeiro, já que ambos estão interligados e convivem simultaneamente com hábitos e costumes muito parecidos. Porém, o pantaneiro se destaca pelo ambiente diferenciado e atividades ao acordar e dormir que o distinguem dos demais peões. Quem nasceu e criouse no Pantanal, aprende ainda criança a arrumar a tralha, acordar de madrugada, tomar o chimarrão com as ervas medicinais da região, comer carreteiro e passar o dia no campo. "Ser pantaneiro é amar o que faz, respeitar a natureza e nunca se esquecer das suas tradições". Assim, é como O Pantaneiro Edson, define a si mesmo. Edson Lopes da Silva, tem 39 anos, nasceu em uma propriedade rural no município de Miranda (MS), considerada o portal do Pantanal. É a segunda cidade mais antiga do Estado

e está dentro do grupo dos 7 municípios que fazem parte do Pantanal Sul. Edson Lopes é apaixonado por cavalos e garante que em sua tralha ninguém mexe, já que "cada um faz do seu jeito". Os versos e as palavras o encantam também e compõe enquanto anda à cavalo, hábito herdado do avô paterno. "Existem quatro coisas que mantém o pantaneiro em pé: a carne de vaca gorda, o tereré, a farinha de mandioca e o carinho da muié". Todos os dias, durante 18 anos, a rotina foi a mesma, típica do homem que trabalha no campo do Pantanal. Quando atingiu a maioridade teve de servir o quartel, mesmo assim, a paixão pelos cavalos fez com que ao trabalhar para exército, pudesse cuidar dos cavalos nas baias. Em seguida foi convidado a ser guia na Pousada Caimã, em Miranda, onde continuou a desenvolver as atividades costumeiras de antes, além de relatar aos turistas a rotina do homem do Pantanal, os animais característicos e hábitos típicos da região.


Foto Valdenir Rezende

"ser pantaneiro é amar o que faz, respeitar a natureza

nunca se esquecer das suas tradições" 45

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estilo de vida Por Clarissa de Faria

Foto Valdenir Rezende

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Comitivas As comitivas pantaneiras são costumeiras e as viagens podem durar até meses. Reúne dezenas de peões e são necessárias para deslocar o gado de uma propriedade para outra, antes da época de cheia (de outubro a março). Edson Lopes explica que fazem parte da comitiva o ponteiro (quem toca o berrante), o fiador (quem toca a boiada), os peões e os culateiros (quem vai por último, cuidando para

que nenhuma rês se perca). "A quantidade de integrantes da comitiva depende do tamanho da boiada, ou seja, quanto mais gado, maior terá de ser a comitiva", diz. Durante os longos dias de viagem, a comitiva que conseguir pouso em alguma propriedade está salva de dormir ao relento, caso contrário todos se acomodam no corredor (espaço estreito entre uma cerca e

outra, dividindo as propriedades). "Quando isso acontece ficamos nos revezando durante a madrugada e, de duas em duas horas, um peão cuida para o gado não dispersar", conta.


Foto Clédson Grando

A vida na cidade além de um trailer de lanches para minha esposa poder trabalhar também", detalha. Hoje, Edson continua sendo guia, mas desta vez com seus sete cavalos, adquiridos com muito suor. Ele afirma que a rotina, bem diferente do homem que trabalha todos os dias nos campos, é uma forma de viver e poder proporcionar à família melhores condições de vida. "Tenho orgulho de ser pantaneiro e, apesar de hoje passar mais tempo na cidade do que no campo, minha alma e sangue são do Pantanal. Cavalgo todos os dias fazendo transportes de uma propriedade para outra, além de colocar os turistas em

cima dos meus cavalos para conhecerem o campo e os animais do nosso Pantanal", ressalta e confessa: "O homem pantaneiro precisa ser mais valorizado e sua história conhecida e espalhada por todo o mundo." Com a voz mais embasbacada e ao mesmo tempo com os olhos brilhando de orgulho, ele finaliza: "Com a modernização, até no campo o computador chegou, mas ainda não inventaram máquina para trazer o gado de volta ao mangueiro".

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A vida de guia turístico proporcionou a Edson conhecer pessoas de diversos países, inclusive um holandês que despertou sua atenção com um gesto que marcou a sua vida. Durante um safari pela pousada Caimã, onde já trabalhou, O Pantaneiro foi abordado pelo tal turista holandês. "O turista me abordou e elogiou minha postura ao falar da minha terra, da minha rotina do campo e de tudo que está a minha volta. Disse que eu merecia ter uma outra vida, que fosse valorizado e pudesse conquistar algo com mais rapidez. Foi então, que o holandês me deu uma casa no centro de Miranda,


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O Laço Antigamente não haviam cercas para contenção do gado e aos poucos iam se tornando bravos e selvagens, conhecidos como baguás. Assim, a única forma de pegá-los era utilizando o laço e o homem campeiro, até para sobreviver, foi se tornando um exímio laçador. Com o passar dos tempos, o campeiro de Mato Grosso do Sul fez do laço mais que um trabalho, mas um hábito, uma arte, e hoje, um hobby. Essa arte foi sendo transmitida de pai para filho, de

geração em geração, até chegar a criação dos Clubes de Laço no Estado. Na sociedade dos homens do laço, eles dizem ter duas épocas distintas: O antes o depois dos Clubes de Laço. Em meados da década de 70 foi criado o primeiro clube e, em 1977 foi realizado o primeiro Torneio Nacional de Laço Comprido, em Bela Vista. No Estado, já são 34 municípios afiliados a Federação de Clubes de Laço, subdivididos de 3 grupos A, B e C, somando um total de 6 mil participantes.

"O laço une", este é o slongan do laço comprido, mas também frase de vida para muitos. É o caso do zootecnista, pecuarista e vereador Guinter Maffisoni Guimarães, 26 anos, que nasceu e se criou em São Gabriel do Oeste. "O laço é uma tradição. Meu pai, tios, primos já laçavam e quase tudo na vida se começa olhando e, comigo não foi diferente, sempre acompanhando meus pais onde quer que fossem tomei gosto e comecei a praticar o esporte", explica.


tem avô, pai, filho e esposa. Tudo competindo

pelo troféu, seja entre eles, seja contra os outros. Isso é muito bonito de ver e de torcer"

Guinter sempre gostou da lida com o gado e, desde pequeno, junto aos irmãos, ia com frequência para as fazendas da família e às festas de laço. Ele garante que, enquanto Deus der saúde, ele não vai parar tão cedo de laçar. "É nosso hobby e nos mantém unidos, não só com a família, mas com os amigos também. No laço comprido a rivalidade que existe é agradável e todos torcem pelo espetáculo. O seu adversário de hoje torce por você amanhã em outra categoria/modalidade", diz.

As festas de laço e as competições são outra correria à parte. Enquanto um arruma o caminhão que leva os cavalos e as "traias" outro corre com as burocracias, arrumam as compras e até mesmo a cozinheira da viagem. "Depois de tudo pronto saímos geralmente na sexta-feira e chegando no local da festa arrumamos dois acampamentos, onde ficam os cavalos e o outro acampamento que nos alimentamos e ficamos de conversa. Todos os clubes fazem assim. A comida é típica

do pantaneiro, ao amanhecer é o arroz carreteiro com ovo frito, pão, café e nos almoços e janta é o churrasco", detalha e conclui: "O laço é mais que um estilo de vida, tem avô, pai, filho e esposa tudo competindo pelo troféu seja entre eles seja contra os outros. Isso é muito bonito de ver e de torcer".

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Fotos Clédson Grando

"o laço é mais que um estilo de vida,




personalidade Por Cidiana Pellegrin

Paulo Storani Apresentando técnicas do Bope para o universo corporativo, um dos oficiais que inspiraram o capitão Nascimento entrou para o hall de palestrantes mais requisitados do país

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Quem acompanhou o filme “Tropa de Elite”, de José Padilha, pode não saber que Paulo Storani, ex-capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), foi um dos oficiais que inspiraram o personagem capitão Nascimento, interpretado por Wagner Moura. Sua experiência como oficial, somada à formação acadêmica, como professor pesquisador, e à experiência profissional de gestor público, rendeu-lhe um novo caminho há seis anos: o de palestrante. Só no ano passado foram 305 eventos, em que a missão foi levar os princípios do Bope para empresas dos mais variados segmentos.

Agora, chegou a vez dos campo-grandenses conferirem como se tornar uma tropa de elite, já que Paulo Storani realiza palestra na Capital no dia 17 de outubro. Você foi oficial do Bope, secretário de Segurança e é professor universitário. O que te levou a ser palestrante? Em novembro de 2007, uma instituição financeira, sediada em São Paulo, convidou-me para fazer uma palestra explicando como funcionava o Bope e como foi a produção do filme “Tropa de Elite”, no qual fui consultor e havia treinado os atores. Estavam com problemas de metas e acreditavam que buscar uma nova forma de pensar ajudaria nos resultados. Desde essa data, não parei mais.

Quais são os princípios do Bope que você repassa? Apresento os processos que ajudaram o Bope a ser o que é hoje. Em 1995, liderei uma equipe na reestruturação do batalhão, e definimos três prioridades: seleção rígida, treinamento rígido e controle rígido de performance. Na palestra, falo como esses itens são aplicados e seus desdobramentos. Como esses ensinamentos podem colaborar com o universo corporativo? Olhando por duas dimensões: quem são os responsáveis pela condução dos processos e quem será submetido a eles. Estamos falando dos gestores e de quem participará de cada um deles, sendo selecionado, capacitandose para a função e buscando resultado na execução.


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Foto Divulgação


personalidade Por Cidiana Pellegrin

Essa percepção, de utilizar as técnicas do Bope para treinamento em empresas, é exclusivamente sua? O insight foi das pessoas que me convidaram e me mostraram que existia esta ligação. Com a aprendizagem que desenvolvi, ao longo de seis anos de palestras em várias empresas e segmentos, entendo que ela seja fundamental ao desenvolvimento de equipes de alta performance, as chamadas tropas de elite.

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Existe uma crítica ao modelo do Bope, não? Talvez por exigir demais das pessoas? Dizemos no Bope que “cada um com seu cada um”. Cada um escolhe aonde chegar, quando

Seu público-alvo é abrangente, li que você inclusive ajudou um time de futebol. Achei curioso. Como foi isso? Time de trabalho é equipe de qualquer jeito. No futebol, a pressão é maior e os jogadores são muito mais vulneráveis, em razão da pressão física e psicológica por um resultado. Só lamento que me convidem para falar em situações críticas, e não no início de uma temporada, em que se poderia desenvolver um trabalho mais consistente de médio e longo prazo, como fazem as empresas. Quem é o capitão Nascimento para você? É um brasileiro que acredita em seu trabalho e não se detém em

nós determinamos nossa missão,

quando vemos valor no que pretendemos e no que fazemos. " chegar e como chegar. Assim, a exigência deve ser proporcional ao que se deseja; qualquer desequilíbrio causa estresse e traumas desnecessários. Contudo, se há uma necessidade de maior empenho, dedicação, disciplina e comprometimento, e se as pessoas não compreendem isso, sem problemas: “pede para sair”. Interessante que nunca me senti pressionado. Tudo o que fiz em minha vida, fiz porque acreditava; se não fosse desta forma, não teria ido para o Bope, e se tivesse ido contrariado, não teria sobrevivido ou teria pedido para sair.

desculpa para não realizá-lo. Faz porque vê relevância, vê sentido em seu sacrifício. Qualquer um pode ser o capitão Nascimento, do ponto de vista metafórico? Sim, basta ver-se como um missionário, e não como um trabalhador. O ‘Tropa de Elite’ trouxe à tona a questão de segurança pública, não só no Rio, mas uma reflexão para todo o país. Como se sente fazendo parte de tudo isso? Como um missionário.

Quais são os principais entraves para garantir segurança à população? No filme, a corrupção era a principal. Você concorda? Sim. É um problema que afeta todas as áreas, pública e privada, e as relações entre pessoas e instituições em nossa sociedade. Segurança pública é mais uma. Vivemos uma crise moral em nosso país, faltam líderes dignos e competentes. Continuamos escolhendo mal nossos representantes e executivos de governo, continuamos não acompanhando e não cobrando o que nos prometeram, e ainda somos facilmente enganados, aceitando desculpas pueris dessas pessoas para justificar o injustificável. Realmente, somos muito dóceis. No Bope, é comum a expressão ‘missão dada é missão cumprida’. Você acha que já cumpriu a sua? Não. Ainda estou em missão. O que os campo-grandenses podem esperar de sua palestra dia 17 de outubro? Espero que compreendam que nós determinamos nossa missão, quando vemos valor no que pretendemos e no que fazemos.


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casaestilo Décor Arquitetura Design Gourmet Viagem

56 DESIGN Nicole Tomasi faz design unindo indústria, artesanato, produção social e aproveitamento de resíduos. 60 FEIRA HYPE Móveis, objetos e ideias criativas para vestir seu lar. 62 DÉCOR Morar Mais por Menos Belo Horizonte apresenta 63 espaços com propostas versáteis e econômicas. 76 GOURMET Com clima rústico e informal, Tasca da Esquina mostra a gastronomia portuguesa além do bacalhau. 78 VIAGEM Poucas acomodações, serviços exclusivos e muito design marcam o hotel boutique QT Sydney.

Décor especial

rádio clubecidade

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ganhará revitalização com a mostra morar mais por menos campo grande 2013.


design Por Cidiana Pellegrin

identidade

artesanal

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Nicole Tomasi faz design unindo indústria, artesanato, produção social e aproveitamento de resíduos


Fotos Anele Trentin

curadoria do Satellite – espaço reservado para novos talentos – com um ambiente próprio. “Foi uma experiência única. No primeiro ano, a coleção fascinava os russos, pelo rebuscado do crochê. Neste ano, os croatas, franceses e também os italianos foram os que mais gostaram das peças. Poder permear mundos e culturas diferentes é tão incrível”, conta a gaúcha. Com carreira promissora, em 2014, ela retornará à feira levando uma nova coleção ainda em fase de produção.

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nquanto muitos designers buscam seu caminho projetando apenas para grandes indústrias, Nicole Tomasi constrói sua trajetória com o modelo de trabalho colaborativo, enriquecendo seus produtos com valores sociais e ambientais. O convite para desenhar para outras marcas está surgindo naturalmente, como reconhecimento de um portfólio autoral que, inclusive, já foi exposto em Milão, durante o Salão Internacional do Móvel. Foram dois anos apresentando peças no Fuori Salone, até que, em 2011, ela foi selecionada pela

Em sua empresa, a Oferenda Objetos – localizada em Porto Alegre – Nicole desenha a coleção, terceiriza a confecção de partes das peças e atua como uma montadora, unindo composições industriais a produções artesanais, dando origem a uma nova criação. “Uma das vantagens é a total liberdade criativa, a facilidade de experimentação e as relações pessoais que se criam por meio do trabalho”, revela


design Por Cidiana Pellegrin

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Apesar do interesse pelo design estar presente desde a infância – Nicole confessa que tinha mais móveis de brinquedo do que bonecas – a ideia de lançar sua marca surgiu após uma viagem a Buenos Aires, onde encontrou pela primeira vez o modelo de negócio que desejava: designers produzindo e comercializando suas peças em ateliês próprios. “Dedico-me para que as artesãs que trabalham comigo tenham um crescimento cultural e social. E me agrada muito ver que, por meio da oportunidade que eu criei, existem pessoas que melhoraram de vida. Isto não é um resultado fácil de conseguir, mas, quando acontece, é como se um ciclo se fechasse”, declara.

O grupo mencionado pela designer foi criado em 2009 para construir uma linha para a Tok&Stok focada na produção social – o que ela chama de “produção artesanal feita por pessoas em situação de vulnerabilidade” – e em resíduos de tecidos. A coleção durou apenas um ano, mas o trabalho continuou nos projetos seguintes, como na confecção da cadeira Vó Judith, elaborada com retalhos de pano elástico de fábricas têxteis beneficiados para virarem fio antes de serem crochetados numa estrutura tubular de aço-carbono e madeira multilaminada. Nas costas da peça, um toque de humor foi dado com porta-trecos e vasinhos de flor.

cadeira Vó Judith, elaborada com retalhos de pano elástico de fábricas têxteis beneficiados para virarem fio antes de serem crochetados numa estrutura tubular de aço-carbono e madeira multilaminada


Fotos Anele Trentin

resgate de técnicas tradicionais e cultura local, gerando renda e valorização para a comunidade. As ações foram intensificadas pelas oportunidades que surgiram com a vinda da Copa do Mundo para o país. A paixão por esse rico trabalho também se traduz em vínculo com o passado. “Quando criança, brincava de trabalhos manuais com a avó, passava horas bordando, fazendo crochê e tricô. Tudo o que eu sei, aprendi com ela,” confidencia. Sua alma é mesmo de artesã.

serviço

A venda dos produtos acontece por email. O cliente solicita o catálogo e realiza a compra direta. Informações: oferenda@oferenda.net Tel.: 51 3019 2039 / 51 8114 1049. Endereço: Av. Pernambuco, 2698. Porto Alegre/RS

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Outra coleção, a Jangada, lançada em 2013, foi inspirada no mar e apresenta banco, cadeira de balanço, painel decorativo e uma luminária feitos com estruturas de alumínio e corda naval

As ideias para as peças vêm de inspirações do cotidiano. Após o tema definido, o esboço é feito à mão, e assim entra em cena a experimentação de maquetes. Depois, vem a fase do desenho técnico para a prototipagem. “Não sou adepta do 3D no computador, meus processos são mais palpáveis, mais humanos, é assim que me sinto à vontade”, confessa. Desde 2008, Nicole atua como consultora do Sebrae, desenvolvendo linhas para artesãos, colaborando para o


fEIRAhype Ideias para vestir sua casa. Por Cidiana Pellegrin

Luz e movimento

De uma forma sóbria e sofisticada, Fernando Bernucci brinca com a percepção de movimento e profundidade em sua nova luminária, Boule. Feito de tecido e madeira, o produto integra o acervo de destaques de sua loja, a Art Maison, e também está concorrendo ao prêmio Idea Brasil 2013. O produto pode ser encontrado nas duas lojas da marca em São Paulo. Outras informações no site www.artmaison.com.br

Salasofisticada

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A Schuster, indústria gaúcha de mobiliário de design assinado apresenta novas peças desenhadas pelo stúdio Lattoog. A coleção “1+1=5” celebra os cinco anos de parceria entre as empresas. No portfólio de novidades, estão o conjunto de mesas laterais, intituladas Pingo, Drop, Gota e o candelabro Chama, criados para ficarem sobrepostos e harmoniosos. Outro item da série comemorativa é o banco Due, que possui dupla função, pode ser usado para sentar, ou como mesa. Todos os itens são feitos em madeira – alguns incorporando outros materiais - e trazem aquela atmosfera de aconchego para o lar. Mais informações www.moveis-schuster.com.br Tel. (55) 3541-1399

madeiranocentro

O design representa uma geometria simples, mas ao mesmo tempo incomum para uma mesa de centro. O traço atemporal do designer Jader Almeida permanece na peça Roots, feita em madeira natural e que mescla vários de tons de marrom. As curvas orgânicas do móvel colaboram para quebrar a seriedade dos ambientes e trazer um clima mais acolhedor ao local. A partir de R$8.500. Mais informações no site www.jaderalmeida.com


décor

sustentável Aconchego Dar um up na decoração da sala, ou do quarto, pode ser fácil e rápido. A dica é apostar em um novo jogo de almofadas, como os da coleção Petria, da Art Maison. Nas cores laranja e azul, a linha tem modelos de diferentes tamanhos e que tornam o ambiente mais aconchegante e estiloso. Os valores vão R$ 250 a R$ 315 a unidade. Informações no site www.artmaison.com.br

Para mudar o visual de um ambiente não é preciso comprar tudo novo. E o site Market Decor, uma plataforma de marketplace para comércio de itens de decoração, te ajuda a encontrar peças com estilo e qualidade que já mobiliaram um lar. Lançada recentemente, a página apresenta um portfólio seleto, que vai desde móveis com design de Philippe Starck a artigos de arte, como quadros de Roy Lichtenstein, Calder, Picasso e Miró. Conheça mais em www.marketdecor.com.br

Contemporâneas Inspirando-se na beleza e preciosidade do diamante, a Allê Design, lança sua coleção 2013-2014, assinada por importantes designers nacionais. São três linhas de mesas desenvolvidas a partir do metacrilato: Faces Diamante, que traz uma releitura da série Entrelinhas, de José Marton, apresentando peças com cristal acrílico no tampo e pés; Barroca, um modelo criado em parceria com a designer Rejane Carvalho Leite que está disponível nas versões lateral alta e baixa e de serviços; e Caliendoscópio, um jogo de Emerson Borges que explora as facetas da lapidação do diamante. Mais informações no site www.alledesign.com.br 61

Fotos Divulgação


décor Por Cidiana Pellegrin

decoração

Mineira

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Morar Mais por Menos Belo Horizonte apresenta 63 espaços com propostas versáteis e econômicas


Fotos Gustavo Xavier

customização, sustentabilidade e brasilidade, os profissionais apresentaram espaços compactos, com soluções criativas quem incluíam, principalmente, materiais reutilizados e demolição, além de elementos tipicamente mineiros, como pedras e ladrilhos. Este ano, a mostra está situada no Mangabeiras, um local de paisagem deslumbrante, com vista para a Serra do Curral e para Belo Horizonte. Confira algumas propostas do que está sendo apresentado até o dia 29 de setembro.

Situado no mezanino da casa, o Estar Criativo, de Sarah James Dias e Leo Sommerlatte tem clima industrial, com linhas retas e tons acinzentados, e ainda mescla amarelo e azul do mobiliário, com as obras de arte de três jovens artistas mineiros convidados. A customização aparece na poltrona em crochê

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Até 29 de setembro Local - Rua Engenheiro Baby Salum, 315, Mangabeiras. Belo Horizonte –MG. Funcionamento - De quarta à sexta, das 16 às 22h. Sábado, das 13 às 22h. Domingo, das 13 à 19h. Entrada R$ 35 Informações: 31 3261.6584 63

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om 63 ambientes assinados por 94 profissionais, a 7ª edição do evento de arquitetura, decoração e paisagismo Morar Mais por Menos Belo Horizonte faz jus ao slogan “Chique que cabe no bolso”, apresentando ideias econômicas para quem está decorando, reformando ou construindo. Há propostas originais para quartos, salas, varandas, cozinhas, escritórios, banheiros e também ambientes comerciais. Seguindo os principais conceitos da mostra, como


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A cave do porão, de Graça Terra e Simone Motta, teve como ponto inicial o reaproveitamento e adequação de recursos existentes da casa. Foram revitalizados piso, paredes e teto, valorizando vigas e mobiliário. A iluminação é em led, opção mais econômica no gasto de energia. Customização aparece na mesa de demolição, expositor de vidro e pendente de garrafa


Fotos Gustavo Xavier

Sóbrio e aconchegante, assim é o Estar Íntimo, projetado por Maurício Bomfim. O ambiente ainda possui uma lareira ecológica que garante um clima mais acolhedor, um espaço relaxante para apreciar um bom vinho. O espelho revestindo a parede foi uma estratégia do profissional para tornar o espaço mais amplo

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O atelier da dona da casa, projetado por Ana Terra, teve como ponto de partida uma designer de sapatos que trabalha no próprio lar. O desafio da profissional era criar, em ambiente pequeno, um espaço aconchegante e sofisticado. Para isso, ela apostou em móveis planejados em linha reta, e utilizou madeira de demolição e tecidos ecológicos para dar a cara do Morar Mais


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Um dos grandes destaques do espaço cinema e biblioteca do governador são as ideias de reaproveitamento. O projeto de Ana Paula Campos e Maria Luisa Mendes possui revestimentos acústicos confeccionados com saquinhos de pão, no teto, e placas de juta, nas paredes. O ambiente é versátil, tem a finalidade de leitura, assistir a um filme, degustar um bom vinho e descansar. Tudo aliado à conforto, tecnologia e praticidade

A customização toma conta da sala de banho, criada por Fabiana Visacro e Laura Santos. O ambiente traz para o seu interior a simplicidade da natureza com a vista da Serra do Curral e do orquidário aéreo. Foram reutilizados cabos de vassoura no revestimento do ofurô e luminárias rendadas de PVC com led


Fotos Gustavo Xavier

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Marco Dias Reis criou o quarto do rapaz pensando em um jovem que aprecia todo tipo de manifestação de arte. O espaço procura atender outras necessidades do morador além do descanso, entre elas a de um local de estudo. O profissional optou por mobiliário de madeira certificada, a cama é multiuso, com pufes ao redor revestidos com tecido de baixo custo

Projetado por Cláudia Zócoli e Cris Terra, o quarto da moça mescla estilos e materiais, trazendo harmonia nos detalhes. A cabeceira foi feita com sobras de MDF e revestimento de renda. Cadeira com pompom de lã, tapete e almofadas de retalhos de malha foram feitos por uma cooperativa de mulheres


Para desenvolver liderança e estilo de gestão, existem ferramentas que facilitam os resultados, minimizando os conflitos que interferem no ambiente empresarial. A apresentação de técnicas de gestão, liderança, motivação e desenvolvimento de equipes colaboram para que os líderes desenvolvam as habilidades focadas em qualidade e resultado, incluindo a competência específica de “capacidade de delegação”. Uma boa liderança pode transformar os resultados de uma equipe.


FACILITADOR Luciano Coppini é Diretor da Coppini Estratégias Humanas, Palestrante, Consultor e possui grande experiência em treinamento e desenvolvimento pessoal, formação de líderes e coaching gerencial. Formado em Psicologia pela Universidade Paulista (UNIP) em dezembro de 1998, foi professor na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, nas disciplinas de Psicologia Organizacional, Psicologia Aplicada à Administração de Empresas e Psicologia do Trabalho. Coordenou o Sistema de Qualidade em Recursos Humanos (SQRH) da Nestlé; regularmente participa de programas de Rádio e TV regionais e nacionais, além de se destacar como apresentador e palestrante.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO • O cenário interno da liderança: o que as organizações esperam de um líder. • O cenário externo da liderança: o mercado competitivo. • O líder como agente de mudança (Autoridade X Poder). • Tomada de Decisão: Antecipando problemas. • Delegação, avaliação do desempenho e feedback. • Técnicas de coach: como inspirar, incentivar e desafiar pessoas e equipes. • Administrando conflitos: Profissional X Pessoal. • Pessoas e equipes: lidando com as diferenças e a diversidade. • Liderança Situacional: estilos de liderança x maturidade dos profissionais e exercício de autopercepção dos estilos predominantes.

PATROCÍNIO:

• Inteligência Emocional.

Data: 20/09 das 19 às 22h e 21/09 das 08 às 18h Local: Auditório do CREA Sebastião Taveira, 272 Monte Castelo


décor especial Por Laís Camargo

História

e modernidade

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Morar Mais por Menos resgata anos dourados do Rádio Clube Cidade


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Fotos Arquivo Histórico Rádio Clube. Gentileza Luis Maine

Sede do Rádio Clube Cidade na década de 1950. Miss Campo Grande e Rádio Clube 1966. em pé Elzi Peixoto, Yvone Soares e Mariluce Manvailler. Sentada Marilene O. Lima

Resgate cultural Este ano a revitalização da arquitetura interna do Rádio Clube Cidade é destaque. Vale lembrar que o espaço foi criado em 1924 para unir os apaixonados pelo rádio e foi considerado uma novidade da época. “A ideia nasceu em 2012, mas a negociação com a diretoria do Clube se estendeu até este ano. Temos a proposta de readequação de todo aquele espaço, além

da melhoria da fachada” revela Iara Diniz, diretora da mostra. “Para essa edição houve mais discussão, foi mais pensado. Sai do casual, vem para o centro da cidade. O ambiente estava precisando de uma mão que o acolhesse. O Rádio estava apagado, vai ganhar uma luz”, acredita o arquiteto que planeja uma fachada “alterosa”, como ele mesmo define. Em parceria com a especialista em prospecção pictórica, 71

eixar marcas na cidade já é característica do “Morar Mais por Menos”. A segunda edição não vai ser diferente. Aliás, vai sim, será mais ousada. Desta vez a mostra de arquitetura, decoração e paisagismo terá como sede um dos locais mais importantes na história de Campo Grande, o Rádio Clube Cidade. Entre 7 de novembro e 15 de dezembro o público terá contato com 53 ambientes tendo sustentabilidade, sofisticação, customização e soluções econômicas como palavras-chave. A mostra já acontece em outros oito estados, além do Distrito Federal, tendo como característica os espaços sofisticados, criativos, que utilizam materiais sustentáveis e ainda priorizam itens brasileiros na decoração. Tudo isso com soluções que garantam o melhor custo -benefício ao morador. “Eu gosto de lembrar que o ‘menos’ é para quem vai comprar os serviços dos profissionais e dos processos que estão lá dentro. São ideias, é um conceito de caber no bolso, ter algo muito bonito e aplicável a minha renda, um piso que imite um porcelanato, mas seja 10% do preço”, exemplifica o arquiteto Ângelo Arruda, responsável novamente pela fachada da mostra.


décor especial

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Por Cidiana Pellegrin

Perla Larsen, a ideia é recuperar as originalidades de 1941. “Vamos trabalhar tirando um pouco desse metálico, dialogar com a cidade, trabalhar painéis com imagens fotográficas do Rádio Clube como era antes. Vamos pedir autorização da prefeitura para usar aquele espaço da praça durante o período do evento, estender um tapete vermelho de borracha pela rua, incentivando as pessoas a saírem do Morar Mais e curtirem uma programação cultural na praça”, antecipa Arruda. Um painel ondulado vai tomar conta da fachada, fazendo alusão às ondas do rádio e ao esporte que trouxe vários troféus para Campo Grande – a natação, portanto, as ondas da piscina. Essas modificações vão perdurar após o evento. “A história do Rádio Clube se confunde com a história sócio-política de Campo Grande. Articuladores, mentes pensantes, políticos da cidade saíram dali. Imagino que quando começarmos a recuperar as imagens, colocar painéis, vai ter uma choradeira de saudades”, avalia o arquiteto.

Décadas de história Com o propósito original de reunir os amantes do rádio, o clube surgiu em um momento oportuno na cidade – quando os grandes nomes da política e história da cidade precisavam de um local para pensar uma cultura emergente. Os tradicionais bailes de gala chegaram a ter convidados ilustres, como Assis Chateaubriand. Os carnavais eram comemorados também com muita pompa e tradição, com brincadeiras como berlinda e passa anel – uma pureza que foi se perdendo com o tempo. “A juventude se reunia ali para essas brincadeiras, para sessões lítero-musicais. Havia declamações, tocava-se piano, havia dança”, relatou Dr. Paulo Coelho Machado na publicação Rádio Clube 70 Anos (1994). Para resgatar um pouco desses costumes, durante a programação do Morar Mais está incluso um baile de máscaras no salão de festas do Clube no

dia 6 de novembro – um evento de inauguração para convidados. Também haverá uma festa Black Tie, no dia 7 de dezembro, além de uma programação especial desenvolvida pelo Sesc. “O entendimento e a receptividade positiva dos sócios foi algo que surpreendeu a nós da Diretoria, estamos esperando um grande evento para que possamos de fato reestruturar toda a parte administrativa e algumas áreas sociais, e o mais importante sem onerar. A tradição é algo que jamais poderemos esquecer ou retirar do clube, mas também não podemos ficar parados no tempo, dessa forma estamos trazendo a modernidade sem afetar nossa tradição, como a fachada preservada e o retorno dos grandes bailes”, acredita Othon Barbosa, atual presidente do clube.


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a juventude se reunia ali para essas brincadeiras, para sessões lítero-musicais. Havia declamações, tocava-se piano, havia dança"

Fotos Arquivo Histórico Rádio Clube. Gentileza Luis Maine

Concursos de Miss, carnavais e domingueiras movimentavam o Rádio Clube

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Dr. Paulo Coelho Machado na publicação Rádio Clube 70 Anos (1994)


Foto Marcos Vollkopf

décor especial

Outros eventos

Edição 2012

A expectativa para a edição 2013 é reunir aproximadamente 40 mil pessoas. “Nosso objetivo é unir cada vez mais profissionais, empresas mostrando como é possível ter um ambiente chique e que caiba no bolso dos visitantes. As soluções para o melhor custo benefício podem ser a escolha de materiais econômicos, ideias de reaproveitamento de móveis, customização, entre outras”, explica Iara Diniz.

No ano passado, a mostra reuniu aproximadamente 28 mil visitantes durante 46 dias de mostra. Foram 55 ambientes, idealizados por 93 profissionais, distribuídos em 5.350 m², contemplando duas casas na Rua da Paz. O evento conquistou o reconhecimento do mercado apresentando propostas criativas elaboradas por alguns dos melhores profissionais da área, além de novos talentos.

Cinco projetos da edição 2012 - “Recanto do Poeta”, de Maria Fontoura, Kamylle Perotto, Stephan Hofmann, Hezio de Paula e Fred Lei; “Restaurante”, das arquitetas Ana Paula Zahran e Luciana Teixeira; “Espaço de Eventos”, idealizado por Renata Salmazo e Jamil Paroschi; “Circulação”, criado por Luis Pedro Scalise; e “Casa da Árvore”, dos paisagistas Lilian Basso e Marcus Antônio Medina - foram premiados pela organização nacional da mostra em Milão, no mesmo período quem a Cidade sediava o Salão Internacional do Móvel.

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serviço

O Morar Mais por Menos Campo Grande acontece de 7 de novembro a 15 de dezembro, no Rádio Clube Cidade, localizado entre as ruas Padre João Crippa e Barão do Rio Branco. Informações podem ser obtidas pelo 3304-8514.



gourmet Por Cidiana Pellegrin

tasca da Esquina

Com clima rústico e informal, restaurante mostra a gastronomia portuguesa além do bacalhau

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ferecer a culinária portuguesa preparada com modernidade e sem perder a essência. É esta a proposta do restaurante Tasca da Esquina, idealizado pelo chef português Vítor Sobral, em parceria com Edrey Momo, da rede 1900, e Erica Maierá. Localizado nos Jardins, na Capital de São Paulo, o estabelecimento é uma filial homônima da sede em

Lisboa e faz sucesso com uma gastronomia descomplicada. Tradicionalmente, as tascas apresentam um cardápio conciso que prima pela simplicidade e rico sabor. Na versão paulistana não é diferente. Entre as opções do menu estão queijo de ovelha amanteigado; lombinho de porco ao molho de queijo da serra com batatinhas; carré de cordeiro com mandioquinha

frita e chutney de banana; atum corado com batata doce; entre outras opções. O tradicional bacalhau é a opção mais pedida em suas três versões: com pimentões assados, paio português e azeitonas, ao forno e à Braz. Como bolinho, o peixe também faz sucesso.


Fotos Divulgação

as noites mais quentes do ano. Quem deseja comemorar algum momento especial pode reservar um dos locais privativos da casa: a Sala do Chef, de frente para a cozinha, abriga oito convidados, enquanto no andar de cima da casa, a Sala do Alentejo comporta degustações para até 14 pessoas.

serviço Tasca da Esquina Alameda Itu, 225, Jardins, São Paulo. Tel.:(11) 3262-0033. www.tascadaesquina.com.br

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Projetado pela arquiteta portuguesa Paula Moura, a unidade brasileira recebeu madeira rústica, tijolos expostos e peças de demolição, que deixam o local mais informal e despojado. Uma horta vertical com várias ervas e temperos também colabora para esse visual. O restaurante ainda possui uma área com teto retrátil, perfeita para aproveitar

Na lista de sobremesas, o delicioso creme queimado, versão portuguesa do crème brûlée, é a principal indicação. A lista de petiscos é variada, incluindo principalmente peixes, como atum, bacalhau e sardinha. Outro destaque do cardápio é seção “Fique nas Mãos do Chef” – um menu degustação que muda diariamente oferecendo o que há de melhor na cozinha naquele dia. E para acompanhar tudo isso, o local disponibiliza uma carta de vinhos, com cerca de 150 rótulos portugueses de várias regiões. Originalmente lusitanas, as tascas são ambientes descontraídos, o que torna o encontro com a família e amigos ainda mais prazeroso.


viagem

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Foto Divulgação

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Por Cidiana Pellegrin


hospedagem

cosmopolita Poucas acomodações, serviços exclusivos e muito design marcam o hotel boutique QT Sydney Localizado no coração da cultura, arte, moda, gastronomia, design, e por sua vez muito perto das melhores praias do país, o hotel disponibiliza 200 quartos com décor cool e ousado, assinado pela Nic Graham, nome por trás de projetos descolados como o W de Hong Kong. A fachada do edifício resgatou sua antiga glória e seu interior manteve traços de originalidade integrados com novas tecnologias, peças de design e obras de artistas de vanguarda e emergentes. Conforto e luxo são conceitos chave para quem se hospeda no QT Sydney.

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visão pré-concebida da Austrália, com paisagens selvagens, crocodilos e muitos surfistas não se traduz em sua capital. Sydney tem status cosmopolita, é moderna, sofisticada e miscigenada. Inaugurado em 2012, o luxuoso QT Sydney também reflete essa identidade. O hotel está situado em dois pontos históricos para a cidade: Gowings, um prédio originalmente concebido pela famosa loja de departamentos que leva o mesmo nome, construído entre 1912 e 1929, e o State Theatre, um antigo teatro que mescla elementos arquitetônicos barroco, gótico, e arte déco. Os espaços passaram por um minucioso processo de restauração, culminando na criação de um empreendimento no estilo hotel boutique.


viagem

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Por Cidiana Pellegrin

Na hora de comer e beber, o hotel oferece várias opções. O Parlour Lane Roasters, por exemplo, está localizado no piso térreo do empreendimento, na Market Street, uma das esquinas mais movimentadas de Sydney. O café é lugar certo para um lanche rápido. Pela manhã, uma variedade de doces e pratos leves está à disposição do cliente, como o Gravlax Tartare com ovo cozido, acompanhado de mussarela de búfala, queijo Gruyère, presunto e tomate. Conforme se aproxima o almoço, o menu incorpora pizzas, almôndegas e uma seleção de sanduíches. Ao final da tarde a transformação é completa e a lista de bebidas entra em cena, tornando o espaço um point descolado. Como alternativa para o jantar, o hotel também possui o Gowings Bar & Grill, um restaurante com menu ao estilo europeu


Depois de apreciar o Gowings Bar & Grill, ou o Parlour Roasters Lane, o Gilt Lounge é o local para finalizar a noite. Com capacidade para 60 pessoas, o bar possui um cardápio de cocktails ousados e inusitados, desenvolvido por alguns dos melhores bartenders de Sydney. Cortinas vermelhas, móveis aconchegantes e toques de cor reforçam a ousadia na decoração, que prima pelo design a todo o momento

O Lobby apresenta pequenas áreas de estar que mesclam móveis contemporâneos a peças retrôs. Tons de madeira se harmonizam a itens de personalidade, como o tapete roxo e a poltrona amarela. Ao fundo, o revestimento da parede faz uma brincadeira com diversos tipos de gaveteiros, que dá a impressão de um grande guarda volumes. As suítes receberam diferentes composições cores, como vermelho, laranja, amarelo e branco, para contrastar com as características da arquitetura original, além dos móveis clássicos e contemporâneos. As acomodações do Edifício Gowings são mais luminosas e arejadas e carregam toques excêntricos. No adjacente Quarto State Theatre, por exemplo, a atmosfera do passado fica mais evidente e a irreverência aparece em duas luminárias em formato de chapéus

Fotos Divulgação

Arrematam os serviços do hotel, um spa completo com uma vasta gama de tratamentos e terapias. O local também abriga uma barbearia à moda antiga

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Endereço: 49 Market Street, Sydney- Australia. Reservas: sydney@qthotels.com.au Mais informações - www.qtsydney.com.au


UD Dicas para incrementar sua cozinha. Por Cidiana Pellegrin

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Menos gordura e mais sabor. O spray de azeite Tritan da Savora promete um jato na dose certa para temperar sua salada. Além disso, possui um filtro exclusivo que mantém o pulverizador limpo, permitindo que você crie azeites “saborizados” com ervas e especiarias. Por R$ 55,99 no site www.bololo.com.br

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A moderna cafeteira Single Colors Cadence garante charme à sua cozinha e praticidade na hora do cafezinho. É muito simples de usar: basta colocar água e pó nos compartimentos e ligar. Em poucos minutos, a bebida estará pronta nas duas exclusivas xícaras de porcelana personalizadas que acompanham o eletroportátil. Por R$ 73 no site www.walmart.com.br

Design importado

A Oxford Porcelanas ampliou seu portfólio com uma linha assinada pelo designer internacional Karim Rashid. Apesar de ser conhecido como “O Príncipe do Plástico”, o profissional acertou no segmento de louças e trouxe propostas coloridas para a cozinha. Uma delas foi o aparelho de jantar Coup Dust, que confere um toque psicodélico à mesa. A partir de R$ 307 – com 20 peças. Informações www.oxfordporcelanas.com.br

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Facilidade e rapidez Cozinhar usando o micro-ondas é sinônimo de rapidez e praticidade. Para isso, a Brastemp também dá uma ajudinha. Sua linha Brastemp Gourmand possui uma panela específica para esse tipo de cozimento e que promete manter a mesma qualidade do preparo no fogão. Por R$ 49,90 no site www.magazineluiza.com.br Fotos Divulgação


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4. Enquanto a seda seca misture em um prato fundo o espessante com a tinta na cor antílope (marrom bem escuro) deixando em “ponto de mel”, 5 - Mergulhe os fios de lã nessa mistura, 6 – Em seguida deite os fios de lã sobre a seda seca, 7 – Repita o movimento por toda a seda, bifurcando algumas linhas,

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8 – Aguarde secar (aproximadamente 4 horas), 9 – Retire a seda do bastidor e proceda a fixação das cores, conforme as orientações no rótulo do fabricante da tinta para seda.

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Cidades

Política

88 lounge Carla Nogueira Barbosa: Dom estampado em cada detalhe. 90 perfil Para Paulo Matos o segredo do sucesso é ter foco. 94 VOX Presidente da Fiems, Sérgio Longen, expõe iniciativas para o desenvolvimento de indústrias no Estado. 100 Cases O jornalista e empresário Luiz Carlos Feitosa conta sua trajetória à frente do Jornal A Crítica, e a ampliação do grupo de comunicação. 106 atitude À frente da Agência Estadual de Habitação Popular de MS (AGEHAB/MS), Carlos Marun fala sobre projetos e a vida política.

NellyMaksoud Rahe

presidente do educandário getúlio vargas há mais de 40 anos, fotografada pelo estúdio sim. portrait

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Eventos

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lounge Por Laís Camargo

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esmo com uma varanda extremamente aconchegante, ela me convidou para ir até a sala de televisão. No caminho, meus olhos não sabiam direito com o que se encantar mais, e as nuances de azul no cantinho escolhido para a entrevista combinavam (como tudo) com a camiseta da designer de interiores Carla Nogueira Barbosa. Não foi de propósito, mas o azul foi a cor perfeita para ilustrar a serenidade com que Carla leva a vida, agarrando as oportunidades sem deixar de lado o que importa de verdade para ela – a família.

Dom estampado em cada detalhe Apesar da formação em Pedagogia, o dom para harmonizar ambientes falou mais alto. Carla chegou a um ponto em que se atrasava para buscar a filha na escola por estar ajudando as amigas a decorar suas casas. Casada desde os 18 anos e com uma filha já cursando a faculdade, a realização de Carla reside em diversas áreas. Mesmo antes de cursar Decoração de Interiores suas habilidades já eram visíveis. “As oportunidades foram aparecendo, fiz uma sociedade com um decorador reconhecido daqui, o forte dele eram as festas. Mas meu lugar favorito na casa, para decorar, é o living [sala]”, conta. Abusar da criatividade e imprimir seu estilo na decoração são frases de comando para

Carla. “Sou neoclássica, clássico demais acho pesado, então gosto de mesclar. Definitivamente não sou clean, gosto dos detalhes, dos objetos”, avalia. Para ela, hoje a decoração não tem mais regras, é possível combinar ou não. “Misturas que aparentemente não combinam acabam dando certo”, acredita. Quando tocamos no assunto sustentabilidade, Carla, mesmo com todo perfeccionismo do signo de Virgem, confessou “resgatar” alguns objetos que iriam para o lixo e colocar a mão na massa para restaurá-los. Após minutos de um bom papo, ficou em mim a vontade de ir para casa mudando tudo de lugar.


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Foto EstĂşdio Sim


perfil Por Douglas Queiroz

Paulo Matos

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Foto Estúdio Sim

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uito mais que estabelecer morada, o paulista com raízes mineiras, Paulo Matos, chega a Capital para fazer a diferença: “Se não houver, a cada dia, o planejamento dos sonhos, não se tem projetos de sucesso”. Durante um passeio conheceu a cidade no ano de 1983, mas longo em 1985 fez da capital seu novo lar. E foi aqui que constituiu família, casando e tornando-se pai de três filhos, duas meninas e um rapaz, hoje jovens como ele quando aqui chegou. “Campo Grande é uma paixão, cidade pujante que me recebeu de braços abertos e permitiu que eu pudesse dá minha contribuição, ocupando os cargos que ocupei e ter a expectativa de poder fazer mais pela nossa gente, adotei Campo Grande, assim como me sinto adotado por ela”, diz. Sagaz e determinado, Paulo ganha um vasto histórico de atuação profissional na cidade morena. Sua história é bastante diversificada, pois desde que chegou por aqui encontrou oportunidades de atuação no mercado financeiro, no comércio de distribuição de insumos, produtos agrícolas, na pecuária de elite, e atuando


O segredo do sucesso é ter foco na política. “A população quer políticos que desempenham seu papel com honestidade e atendam suas necessidades quanto cidadãos. Estou ouvindo a sociedade, os segmentos empresarial e do agronegócio, além de lideranças regionais. A partir da daí vou definir meu projeto político e assim poder honrá-lo, e cumpri-lo com honestidade,” declarou. A busca pelo novo, o interesse em poder participar e opinar foram construídos e amadurecidos dentro da trajetória política e também pela satisfação em contribuir para a sociedade. Assim, Paulo comenta que, como secretário de habitação, teve a oportunidade de realizar o sonho da primeira casa para milhares de famílias e ainda dar a Campo Grande, na época, o título premiado de cidade sem moradia nas áreas de risco e favelas. Ações que só foram possíveis graças a parcerias com o governo local, estadual e federal, reflexo da credibilidade em sua gestão. “Além de receberam um lar, essas famílias ganharam capacitação técnica, social e oportunidades de profissionalização, trazendo qualidade de vida para elas e benefícios para a cidade”, conta.

Paulo almeja continuar colecionando projetos de sucesso, mantendo sempre a linha de credibilidade naquilo que faz como um bom administrador. No entanto, não deixa de atribuir carinho e honestidade na realização do sonho, como também buscando sempre o melhor com competência e transparência para que no futuro possa contar sua história. “A vida é formada de etapas e degraus, e a grande realização é poder chegar até aqui com Deus, com minha família e amigos, não há como isolar uma realização, todas foram boas, importantes e significativas. Cada dia que se vive é uma vitória, somando acontecimentos, ações e resultados, isso tudo é importante, porém a maior realização é ter construído minha família, esse é o destaque.” Seguindo seus preceitos cristãos, Paulo costuma, com a família, dividir com reflexão o passado, o presente e o futuro, valorizando todos os acontecimentos seja as vitórias, as derrotas ou as lutas. Acredita que viver pensando no que se pode fazer de positivo sempre soma vitórias para o futuro.

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até hoje também na pecuária de corte. Para ele determinação é a certeza do sucesso, sem isso não se consegue alcançar os objetivos. “Sou um homem cheio de sonhos, assim procuro ser determinado, dedicado e firme nos projetos”, completa. Na militância política ocupou a presidência da juventude municipal, estadual e nacional. Também esteve no mesmo cargo por seis vezes no diretório municipal do Partido Progressista (PP) em Campo Grande, e, por quatro vezes, no diretório regional. Após 25 anos no PP, agora ele analisa o cenário para a escolha de um novo partido. Como profissional dedicado, Paulo atuou como secretário de projetos de desenvolvimento da capital, onde firmou parcerias com a bancada federal e articulou conquistas de grandes projetos para Capital, como a obra da avenida Duque de Caxias. Foi também secretário da EMHA Agência Municipal de Habitação de Campo Grande, compôs o Conselho de Desenvolvimento Urbano de Campo Grande (CMDU) e presidiu o Fundo Municipal de Habitação. Pelo vasto portfólio na área pública, ele se considera preparado para novos desafios




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vox

Por Cidiana Pellegrin


Força motriz

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arência de recursos de financiamento, baixa qualificação profissional, poucos incentivos fiscais e problemas de logística e de infraestrutura são entraves a serem superados pelo setor produtivo brasileiro. Em Mato Grosso do Sul o cenário tem apresentado avanços com as iniciativas desenvolvidas pela Federação de Indústrias do Estado. Há seis anos como presidente da Fiems, onde aplica seu conhecimento de empresário no segmento alimentício industrial, Sérgio Longen está demonstrando a novos investidores que nossa vocação vai muito além do agronegócio.

Depois que você assumiu a presidência da Fiems, muitas empresas vieram para cá. A que você atribui esse crescimento industrial do Estado? Como empresário do ramo, a gente começa a trabalhar em cima dos grandes gargalos. A primeira coisa que fizemos foi identificar o panorama da indústria de Mato Grosso do Sul. Dentro disso, criamos ferramentas de apoio para estas empresas já instaladas e também buscamos fomento para outras que quiseram vir para o Estado. E quais foram as estratégias adotadas? Junto com os sindicatos criamos ações voltadas a investimento de qualificação, educação, pesquisa, cultura, esporte e lazer. Tivemos um reconhecimento da sociedade, e como Mato Grosso do Sul tem um grande potencial, o empresário vem para cá e encontra uma condição de apoio para se instalar. Quais são os entraves para essa vinda de indústrias? Os incentivos fiscais são os grandes atrativos para essa vinda, sem sombra de dúvida. Mas as preocupações atuais corres-

pondem aos recursos dos FCO, à qualificação profissional, os gargalos de logística e o apoio da implantação da empresa. Porque quando a empresa chega aqui, o incentivo fiscal e a parte do estado estão prontas. Mas e aí? O restante é a parte da Fiems. E como o trabalho acontece em conjunto com os municípios? No ano passado conseguimos aprovar na Assembleia Legislativa a prorrogação dos incentivos fiscais, e, setorialmente, temos feito renovação das cadeias de produção em conjunto com o governo estadual. Dentro disso, existe a condição do PDR - Programa de Desenvolvimento Regional – que implantamos nos municípios, e que de certa forma trazem alguma melhoria para o setor produtivo. Nossa proposta é fazer com que as prefeituras deixem de ser agências fiscalizadoras e reguladoras e passem a focar no desenvolvimento. Poderia citar alguma iniciativa já implantada nesse sentido? As prefeituras trabalham meio expediente, assim como o Estado. É muito difícil para o empresário de fora, que chega aqui ao meio dia, e não con95

Dos desafios às realizações, o presidente da Fiems, Sérgio Longen, expõe iniciativas para o desenvolvimento de indústrias no Estado


vox Por Cidiana Pellegrin

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segue resolver nada porque as secretarias fecham às 13h. É um entrave muito grande, mas temos conseguido com que os prefeitos trabalhem em período integral, como em Corumbá, Nova Andradina, Maracaju, Três Lagoas, Rio Verde, entre outras. Também já desenvolvemos o sistema de renovação de alvarás online e a liberação de obras via apresentação de projetos com assinatura de responsabilidade técnica por engenheiros ou arquitetos. Nesse mesmo momento, a prefeitura receberia o ISS, passaria ter receita imediata e nós também daríamos resposta a sociedade comercial vendendo material de construção e também aos trabalhadores que passariam a ter serviço. A falta de recursos de financiamento é outro problema enfrentado pelas indústrias? Sim. Quando assumi o cargo, identificamos que, dos recursos do FCO que vinham para Mato Grosso do Sul, apenas cerca de 40% era consumido. Em conjunto com o Banco do Brasil, constatamos que os principais problemas para a não utilização do total dos recursos eram a qualidade dos projetos entregues. Então, o banco trouxe técnicos para treinar empresas e assim conseguimos melhorar. O Mato Grosso do Sul sempre cedia seus recursos do FCO a outros estados, e com esse trabalho, invertemos o processo, começamos buscar dinheiro em outras localidades do Centro-Oeste.

E com o que a Fiems tem colaborado para conseguir mais recursos para o Estado? Existe um recurso chamado PSI, do BNDES, onde os juros são os mesmos que do FCO. Só que o FCO é mais abrangente no financiamento. Fizemos uma soma de projetos, com participação da Fiems, do governo do Estado, governo federal, Banco do Brasil e BNDES, para que a gente consiga ampliar modalidades de financiamento para o Centro Oeste dentro do PSI. Essa proposta está com o ministro Guido Mantega. A instituição também possui um projeto para capacitar mão de obra, chamado Ação Fiems. Como está o andamento este ano? Para fortalecer a indústria temos feito praticamente um enfrentamento de guerra com a falta de qualificação profissional. Esse ano foram disponibilizadas 65 mil vagas de capacitação gratuita. E aí nós começamos atender, além de Campo Grande, mais de 45 municípios. Para sanar os problemas de espaço compramos 80 containers sala de aula e um guindaste para o município, transformando tudo isso em uma escola itinerante.

Como lidar com o fato de que essas pessoas qualificadas pelo programa podem não se candidatar à uma vaga na indústria? Isso é relativo, porque, a partir do momento que você possui qualificação em massa, o Estado passa a ter a condição de receber investimentos da iniciativa privada. Quando alguma empresa vai para um estado, a primeira preocupação que se tem é com quem você vai trabalhar. Se você encontra uma sociedade já qualificada, não importa se ela está no comércio, se ela está como micro empreendedora individual, ela dá uma resposta econômica, financeira e social para a cidade. Hoje se fala muito em sustentabilidade. Como a Fiems trata desse tema? Dentro do projeto de incentivo fiscal, que é um dos mais modernos no Brasil, oferecemos benefício para as empresas do setor industrial que aderirem ao programa socioambiental da Fiems. O Senai vai à empresa, faz um diagnóstico sócio-ambiental, e depois que a fábrica realiza a adesão, começamos aplicar o projeto. Conforme sua evolução, ela conquista benefícios que vão de 1 a 5% de ICMS. Criamos também o Observatório Socioambiental de Bonito, marcado para inaugurar em outubro, onde vamos monitorar as ações de gestão socioambiental das empresas instaladas no Estado.


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Em agosto foi anunciado a prorrogação de incentivos fiscais. Além do garantido pelo programa socioambiental, quais são os outros benefícios? Para ficar bem claro como é o projeto, usarei minha empresa como exemplo. Para que o percentual de ICMS concedido de benefício fiscal seja renovado de 2018 até 2028, a indústria tem que apresentar à Fiems um projeto de expansão da atividade empresarial. A Federação vai avaliar isso in loco, analisar o investimento e encaminhar à Seprotur, que vai direcionar à Secretaria da Fazenda um pedido de renovação desta empresa. E esse prazo de apresentação de projeto termina em abril do ano que vem. Outro incentivo é para o caso da empresa colocar parte de sua produção dentro do Estado. Dependendo do projeto, há benefício extra de ICMS de 2 a 4%. Então, hoje estamos envolvidos em tudo, linhas de crédito, programas de qualificação, solução de problemas de infraestrutura, nas linhas de incentivo fiscal e iniciativas voltadas à saúde e segurança, além de projetos de educação e cultura para o trabalhador. Isso faz com que as empresas participem e reconheçam a importância da nossa atuação no desenvolvimento da atividade industrial do Estado.


PESSOAS E NEGÓCIOS Por Lúcia Coletto*

Marketing pessoal no trabalho, qual é o seu?

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Você é daquelas pessoas que se aproxima ou se distancia dos colaboradores de sua empresa? Fala-se muito em promover os produtos ou serviços de uma empresa, ação indispensável nos dias de hoje. Mas é preciso observar como fazer a promoção do nosso comportamento no local de trabalho. A palavra marketing significa, literalmente, “atuação no mercado”, e, ao considerarmos esse conceito no âmbito humano corporativo, podemos refletir: de que forma estamos atuando como profissionais? Como "A marca pessoal reagimos às situações do cotidiano? se constrói Somos reativos ou justamente a receptivos? partir da postura A marca pessoal se constrói justaque assumimos mente a partir da diante dos fatos" postura que assumimos diante dos fatos. Ao lado dos produtos e dos serviços, é importante também cuidar da imagem da empresa no mercado, interna e externamente. “Como chefe ou líder, inspiro as pessoas da minha equipe ou, ao contrário, não sei ouvir, faço valer somente a minha opinião?”

Como consultora organizacional, observo empresários investindo no posicionamento de mercado de sua marca, mas que se esquecem da promoção das pessoas ou não acreditam nessa estratégia. Atualmente, o que define a fidelização dos clientes não são mais os produtos ou os serviços oferecidos, mas a forma de atendimento dispensada aos clientes. E o que define uma carreira é a maneira como o profissional se apresenta todos os dias na empresa, como quer ser lembrado nas oportunidades de promoção ou nas novas oportunidades de negócios! Construa sua imagem a partir daquilo que você acredita; ouça, colabore, faça sempre um pouco a mais. Isso pode torná-lo um profissional diferenciado. Caso contrário, estará nadando contra a correnteza do mercado. Atue de forma positiva, dê suas opiniões, troque ideias. Outra observação importante é lembrar que estamos sempre sendo “vigiados” por câmeras, redes sociais, e-mails. Uma imagem imprópria pode colocar em risco o cargo operacional ou gerencial. O caminho mais

adequado é investir em treinamentos específicos, coaching e educação corporativa sempre. Dessa forma, construímos uma imagem positiva e um ambiente de trabalho produtivo e profissional, sem contar que seremos aquela pessoa com quem todos gostam de conversar e trocar experiências, e isso faz toda a diferença no seu marketing pessoal!

*Lúcia Coletto é Consultora Organizacional Especialista em Gestão de Pessoas e Empresas. E-mail: consultoria@aghil.com.br


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cases Por Clarissa de Faria

Do impresso

ao rádio

O jornalista e empresário Luiz Carlos Feitosa conta toda sua trajetória à frente do Jornal A Crítica, a concepção e ampliação do grupo de comunicação

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ifícil imaginar um jornal semanário gratuito perdurar por 33 anos, levando em conta as modificações no formato de fazer comunicação, tecnologias, mídias sociais e afins. Quem conta o segredo desse sucesso é o empresário e proprietário do Grupo Feitosa de Comunicação, Luiz Carlos Feitosa, que está à frente dessa gestão desde a concepção do jornal semanário A Crítica e de seis rádios FM distribuídas pelo interior de Mato Grosso do Sul. A trajetória do jornal se confunde bastante com a história de vida de Feitosa, como é chamado e conhecido por todos. "Sou de família bastante humilde e, como a maioria, precisei trabalhar desde cedo e encontrar o caminho certo para trilhar", revela. O primeiro

emprego com carteira assinada foi na Coca-Cola da Capital, em 1973, onde era o "faz tudo", pregava as caixas que eram transportadas as garrafas da bebida, além de auxiliar em outras atividades. Seu primeiro contato com o mundo da publicidade foi em 1978, nas Listas Telefônicas Paulistas como office boy, além de fotógrafo no Jornal da Manhã, acompanhando o colunista Luis Gonzaga de Santa Rosa. "O anseio por desbravar a comunicação começou nessa época", diz. No dia 1º de Agosto de 1980 foi fundado o Jornal A Crítica, já com distribuição semanal e gratuita na Avenida Afonso Pena. Feitosa conta que, na época, as dificuldades eram grandes para conseguir fazer o jornal rodar, inclusive no setor de impressão

dos exemplares. "Rodávamos o jornal em um parque gráfico em Presidente Prudente, isso durante os três primeiros anos", informa. Após esse período e, com muito suor, a primeira máquina de impressão foi adquirida. Mesmo que de forma empírica, o fato de imprimir o jornal na Capital já facilitava a rotina. A empresa familiar, como Feitosa gosta de se referir, é composta pela esposa e os três filhos, todos com funções e atividades bem definidas dentro do Grupo. "A necessidade na época, em ter um ideal, correr atrás e trabalhar com algo que tenha dom foi o que me fez trilhar esse caminho. Eu não tinha outra opção. Costumo dizer que fui sendo levado pela suave mão do invisível e, assim, as coisas foram acontecendo. Com


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cases Por Clarissa de Faria

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O segredo é não ter preguiça e trabalhar com inteligência,

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sabendo mexer as pedras com maestria, caso contrário não adianta nada você trabalhar"

o passar do tempo eu percebi que diversas situações negativas e que me chatearam se transformaram em coisas boas, pois o resultado não poderia ter sido melhor", garante. Hoje, com uma tiragem de 13.700 exemplares, com uma média de 48 páginas por edição, o jornal A Crítica tem como foco a área política, econômica e social. Os leitores são em sua maioria, o público A e B, mas consegue atingir as demais classes pelas características editoriais. Tem um corpo de 80 colaboradores, entre o administrativo que se concentra em Campo Grande, gerentes e locutores das rádios, no interior. O segundo passo mais importante de sua trajetória de vida e profissional, foi o pleito pela primeira rádio AM conquistada pelo Grupo em 1987, a Pindorama, no município de Sidrolândia. Mesmo não sendo mais de sua propriedade, o processo de conquista do veículo de comunicação o fez bater na porta do ministro das comunicações Antônio Carlos Magalhães. Feitosa explica que, naqueles tempos, a Dentel (Departamento Nacional de Telecomunicações)

divulgava a abertura de concorrências, onde diversas pessoas de candidatavam para ter a concessão de uma rádio. "Neste caso não foi diferente, recebemos uma carta do Departamento para divulgarmos a concorrência, e na mesma hora pensei que a notícia era uma oportunidade para conseguirmos nossa primeira rádio", ressalta. Dias depois, foi até Brasília com um retrato do ministro da época a tira colo com a intenção de estreitar a relação e poder entregar o quadro pintado à mão. "Depois de uma tentativa frustrada de tentar marcar uma reunião com ele por meio de sua secretária, fiquei à sua espera no elevador privativo. Depois de alguns minutos, por minha sorte, o ministro chega cercado dos seus assessores, quando notei já estava dentro de sua sala falando do sonho em conseguir a concessão da rádio em Sidrolândia", conta. O contato audacioso rendeu bons frutos e meses depois é publicado no Diário Oficial a boa nova. Em janeiro de 1988 a rádio já era parte do Grupo Feitosa e, sete meses depois, em 26 de agosto foi inaugurada

a cede própria. Hoje, as rádios do grupo estão instaladas em Campo Grande, Maracajú, Nioaque, Inocência, Fátima do Sul e Rio Verde. "O trabalho até agora foi incansável e vai continuar sendo. O segredo é não ter preguiça e trabalhar com inteligência, sabendo mexer as pedras com maestria, caso contrário não adianta nada você trabalhar", expõe e garante: A família nessas horas é essencial, pois é a base do negócios, negócio esse que não é só meu, mas sim de todos eles, inclusive da minha esposa, Elizete, que acompanhou todo esse caminho desde o início, sendo mais que uma companheira, mas sócia". Quantos aos planos, ele garante que a comunicação passa por constantes mudanças e que o jornal impresso tende a acabar. Por isso, o anseio é construir planos e projetos que deem continuidade às atividades do jornal, incorporando novos sistemas e meios de chegar até o leitor, sem perder a essência e identidade da marca A Crítica.


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ágora Cidadania, política e urbanismo. Por Dirceu Peters*

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A questão de terras no MS A revista Mood Life, por meio desse espaço, procura abrir mais canal de comunicação com a sociedade, como diz o nome Ágora, procuramos trazer assuntos que dominam o nosso cotidiano, com a pretensão de expor diferentes pensamentos que possam contribuir para um melhor entendimento de nossos leitores. Os fatos estão ai, o mundo atravessando um momento muito difícil, as preocupações tomando conta do Brasil e, Mato Grosso do Sul, passando por um momento crucial de sua história. O confronto entre os proprietários rurais e os indígenas vem tomando proporções, em que até sentenças judiciais não são compridas ou são adiadas. Decisões podem levar centenas de pessoas a serem desalojadas de suas terras, muitas vezes escrituradas ou de posse a mais de 100 anos pela mesma família. A economia do Estado "Vivemos em sociedade e sofrerá efeitos não recuperáveis, sentimos os seus anseios, seus pois estamos falando de suas terproblemas, suas dúvidas, suas ras mais férteis, onde se concentra grande parte da lavoura de alta hesitações, a participação produtividade, e mais, onde está a de todos é fundamental para grande área plantada onde se retique possamos estabelecer e rará o etanol, a energia renovável concretizar nossos objetivos" de importância fundamental para o desenvolvimento da humanidade. Todos nós, de Mato Grosso do Sul, sofremos as consequências das decisões que virão a ser tomadas por nossas autoridades dos poderes judiciário e o poder executivo federal. Vivemos em sociedade e sentimos os seus anseios, seus problemas, suas dúvidas, suas hesitações, a participação de todos é fundamental para que possamos estabelecer e concretizar nossos objetivos. Temos que parar e refletir para analisarmos se estamos no caminho correto ou se temos que repensar determinados projetos, talvez procurando novos caminhos. Tenho dito.

em alta O Cidade Limpa implantado no Rio de janeiro, em que as pessoas passam a ser multadas por sujarem as ruas.Boa iniciativa que poderia, e deveria, ser repetida em Campo Grande, em conjunto com a normatização para entrega de panfletos que sujam os postes e as ruas, especialmente no centro da cidade.

em baixa Planos de saúde, pois cada dia se torna mais difícil marcar consulta exames quando se espera 2 meses para ser atendido, além da espera no pronto socorro. As reclamações se tornam mais frequentes e já existem pessoas que acham mais fácil serem atendidas pelo SUS do que usando seu plano que está cada dia mais caro.

MEDIDAS URGENTES A violência no Brasil está alcançando números significativos e alarmantes. A cerca de dois meses um menino boliviano foi assassinado porque, no colo da mãe, não parava de chorar durante um assalto. Um jovem de 13 anos foi acusado de matar pai, mãe, avó e tia, indo aula após os crimes e, voltando para casa suicidou-se. Recentemente um bebe foi jogado dentro de um balde com água, durante a fuga de ladrões. Isso sem contar as mortes em pizzaria e os dois dentistas que foram queimados vivos por bandidos que não ficaram satisfeitos com o produto dos roubos. Constantemente menores de idade estão envolvidos em assaltos e crimes, parecendo até que os marginais andam terceirizando esses atos. Acredito que a solução a longo prazo passa por maior cuidado e atenção à educação, desde a infância, mas de imediato medidas alternativas têm que ser discutidas pela sociedade e implementadas pelas autoridades responsáveis. Fica o registro.

*Dirceu Peters, arquiteto e urbanista, presidente do IAB-MS e entusiasta das causas político-sociais.



atitude Por Clarissa de Faria

carlos

Marun

O gaúcho natural de Porto Alegre escolheu Mato Grosso do Sul para se dedicar à carreira de engenheiro civil. Ingressou na carreira política, sendo vereador e deputado estadual. Atualmente, à frente da Agência Estadual de Habitação Popular de MS (AGEHAB/MS), executa projetos e ações que garantem moradias a milhares de famílias no Estado.

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Como você encarou o convite do ex-prefeito Juvêncio para assumir a secretaria de assuntos fundiários, em 1996?

Quando cheguei a Mato Grosso do Sul em 1984, minha intenção era trabalhar na iniciativa privada, com o pensamento focado na engenharia civil. Participei do movimento pelas Diretas Já e em prol da eleição de Tancredo, mas foi em 1989, nas eleições presidenciais diretas, que comecei a me interessar pela política partidária. Filiei-me ao PDT e, ao final de sua administração, o Juvêncio me convidou para fazer parte de sua equipe. Porém, fiquei apenas quatro meses nesta administração, visto que houve um rompimento de aliança do PDT com o PMDB, e eu preferi me afastar. Apesar de pouco

tempo, a experiência foi muito proveitosa e o ponto de partida para a minha atuação como agente público. Com que olhos você enxerga os movimentos estudantis e como eles podem mudar a história do país?

Na minha época, era proibido fazer política, mas mesmo assim participamos da luta pela redemocratização. Em 1978, houve o renascimento das manifestações de rua, um ressurgimento que marcou a minha memória. Aqueles movimentos tinham um objetivo claro, que era a redemocratização do país. Vejo que hoje os movimentos não possuem um foco definido e isso é uma diferença nítida com os manifestos de décadas atrás. Quem não queria democracia

não participava desses movimentos. Essa postura resultava em um direcionamento político mais claro para isso, o que não acontece hoje em dia. Mesmo com a ditadura, não aconteciam manifestações com depredações e badernas de ruas – o que eu não concordo. Sou a favor dos protestos e desses movimentos, mas que tenham um objetivo claro e sem a destruição de patrimônios públicos e privados. Os tempos são outros e até mesmo os protestos caminham para resultados nem sempre positivos. Isso te preocupa?

Hoje em dia, com a leitura rápida nas redes sociais, muitos jovens ainda desconhecem a história dos primeiros e principais movimentos que tivemos no país. Eles não possuem mais


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Foto Gilson Barbosa


atitude Por Clarissa de Faria

"A nossa Capital demonstra grandeza econômica, organização, planejamento. É isso que as pessoas precisam ouvir e saber,

que aqui temos características de cidade empreendedora. " o hábito da leitura, que é tão benéfico. Tudo isso me causa grandes preocupações, considerando essa questão da demonização política, pois sem política não há democracia. Quem não viu de perto ou conheceu historicamente a ditadura é muito pior do que a pior das democracias.

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Como foi assumir o cargo de diretor-presidente da EHMA, este foi o grande desafio da sua carreira?

Eu não conhecia favelas em Campo Grande quando o Juvêncio me fez o convite. Ao andar por diversas regiões, que até então desconhecia, fui me surpreendendo e conhecendo uma cidade que nunca tinha tido contato. Das diversas ações que trabalhamos, destaco a regularização do bairro Jardim Sayonara, uma região que já foi favela e hoje está totalmente revitalizada. Além disso, contei com o apoio efetivo do vereador Carlão, que foi meu secretário executivo e o responsável por me aproximar dessas lideranças de bairro, o que nos ajudou a desenvolver um trabalho rápido e eficiente. Não proporcionamos somente teto para quem precisa, mas emprego e uma

renda melhor. A habitação é uma marca forte dos governos do André Puccinelli. Você implantou diversos programas e projetos habitacionais premiados nacionalmente, que contribuíram para transformar Campo Grande na primeira capital sem favelas. Você acredita que este foi o ponto de partida para a mudança econômica e cultural da nossa cidade? É preciso fazer mais no que diz respeito ao acesso à moradia própria?

Eu tenho certeza de que esse trabalho se transformou em uma marca que contribui para o nosso desenvolvimento econômico. As pessoas que recém chegavam a Campo Grande perguntavam sobre a existência de favelas, quando viam que a cidade possuía bairros carentes, mas não favelas, elas se sentiam motivadas em se mudar e investir aqui também. A nossa Capital demonstra grandeza econômica, organização, planejamento. É isso que as pessoas precisam ouvir e saber, que aqui temos características de cidade empreendedora. Hoje, todo nosso Estado tem condições para isso, pois nosso terreno é fértil para negócios. A partir de agora, os

governantes que vierem comandar o Estado precisam adquirir essa consciência, de que tudo que conquistamos não pode pausar. É uma luta diária. Ter sido convidado pelo governador André Puccinelli para administrar a AGEHAB fez com que você fosse licenciado, dessa forma, dando continuidade aos trabalhos no setor de habitação. Como foi esse processo?

Entendo que, gostando de política e de prestar este serviço à população, eu deveria disputar as eleições para deputado estadual. Acredito que toda e qualquer eleição é um aprendizado e que toda pessoa pelo menos uma vez na vida deveria disputar uma eleição. É um gesto de humildade, é você saber conversar com o eleitor, ouvir sugestões, reclamações, e ter seu trabalho avaliado por milhares de pessoas. Quando recebi o convite para assumir a AGEHAB, tive a absoluta certeza de que esse era meu caminho naquele momento. Eu não teria condições de ser um secretário eficiente se não tivesse disputado as eleições e assumido o posto.


Hoje, quais são os seus anseios e metas a serem cumpridas?

Enquanto vários governos do país estão limpando gavetas e se preparando para entregar a gestão, o governo do Estado lança um pacote de ações, metas e benefícios para diversos setores, que vai consolidar esse processo de desenvolvimento do Estado, o MS Forte. Agora, nossa meta é a construção de mais 10 mil moradias, em 79 municípios do Estado. Um dos anseios dos seus aliados políticos e até mesmo da população é ver você como deputado federal. Isso pode se confirmar?

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Foto Gilson Barbosa

Eu estou com 15 anos de Executivo, é praticamente uma vida. Realmente, estou com muita disposição em disputar uma vaga na Câmara Federal e de exercer esse mandato. Quero poder atuar em temas nacionais, como a maioridade penal, questão indígena, crise da alta do dólar, entre outras. Sei que a Câmara Federal é mais difícil, pois são centenas de deputados, e obter destaque não é uma tarefa simples.


etiqueta Por Adriana Estivalet*

A gentileza como ferramenta de trabalho Todos gostam de ser tratados com atenção e cortesia. O bom profissional reconhece isso e usa a gentileza no seu dia a dia como ferramenta de trabalho. A gentileza nos relacionamentos profissionais impacta e conquista clientes e parceiros. Isso é o que chamamos, no mundo corporativo, de etiqueta empresarial. A base da etiqueta atualmente nada tem a ver com artificialidades ou demasiadas formalidades, mas sim em fazer com que as pessoas sintam-se confortáveis e, de certa forma, especiais. Há algum tempo, o que colocava um profissional dentro de uma empresa era a sua formação técnica e a sua experiência na área. Hoje, isso mudou. Podemos destacar que as competências comportamentais têm se tornado fator determinante na escolha de um candidato. É lógico que, sem a competência técnica, não se chega a lugar algum. Porém, o comportamento

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"O profissional que realmente conquista pessoas é aquele que sorri quando as conhece, fala ou encontra, memoriza os nomes, recebe-as em pé e as leva até a porta; elogia, mas sem exageros"

tem sido verificado com grande atenção e servido como critério de desempate para candidatos a cargos nas empresas. Atitudes como dar atenção ao que as pessoas estão falando e não mexer em papéis ou no celular, por incrível que pareça, tornaram-se gestos de gentileza (e que deveria ser algo básico em uma situação profissional). Interromper várias vezes uma conversa ou reunião que foi marcada com antecedência, por exemplo, é uma descortesia com o interlocutor. O profissional que realmente conquista pessoas é aquele que sorri quando as conhece, fala ou encontra, memoriza os nomes, recebe-as em pé e as leva até a porta; elogia, mas sem exageros – enfim, é atencioso. Comportamentos gentis e éticos, como proporcionar o melhor serviço possível a clientes internos e externos, tratar a todos com dignidade e respeito, nunca criticar alguém em público, cumprir com os horários (demonstra respeito e disciplina), bem como escutar com o mesmo entusiasmo com que se fala, são ferramentas importantíssimas para todo profissional atualmente.

A imagem do profissional está diretamente ligada ao seu comportamento e, consequentemente, à sua posição no mercado. Há profissionais que agregam valor à imagem da empresa que possuem ou trabalham, e há outros que nem são lembrados. E o seu posicionamento no mercado profissional, como anda?

*Adriana Estivalet é consultora pessoal e corporativa em Estilo e Imagem. E-mail: contato@adrianaestivalet.com.br



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astral Por Teca Silva*

Os signos e as finanças

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odo signo tem sua maneira de lidar com valores financeiros, embora, para ser mais preciso, seja necessário fazer a sua carta natal. Entretanto, podemos entender por meio do Sol como é a dinâmica econômica de cada um. Áries: É impulsivo, odeia esperar, então compra logo e não barganha, ele não tem paciência, compra coisas desnecessárias porque vive com pressa. Dica: Procure não fazer negócios em dias de muita ansiedade. Touro: Adora qualidade, é um excelente administrador, "Todo signo tem sua calcula tudo maneira de lidar com custo-benefício valores financeiros" é fundamental. Valoriza muito seu dinheiro e só vai gastar quando algo realmente compensa. Dica: Procure ser mais aberto e flexível nas negociações. Gêmeos: Conhecimento é poder, então é o tipo que vai consumir com informação. Também é impaciente para negócios, mas consegue vislumbrar novas possibilidades. Não é de guardar dinheiro e pensa mais no presente. Assim como ele, dinheiro precisa circular. Dica: Procure ficar mais atento às finanças. Leão: Adora gastar, com ele, claro. Vai investir naquilo que trouxer visibilidade, compra coisas que o façam se sentir importante. Não

economiza, mas não espere que ele gaste o dinheiro dele com outras pessoas; para ele dividir uma conta é a morte. Dica: Procure ser menos egocêntrico com suas finanças. Virgem: Econômico, faz planilha, faz orçamento. O virginiano não é do consumo, aliás, ele procura ser o mais sustentável possível, sempre dando uma função objetiva para o dinheiro. A questão de dinheiro para este signo é a praticidade, por isso ele é criterioso na hora de gastar. Dica: Cuidado com os detalhes, muitas vezes, você se perde nisso. Libra: Leão gasta só com ele, já libra gasta com os outros, está sempre vendo as necessidades alheias. Como é um signo que adora finesse, geralmente paga caro por aquilo que consome. Odeia liquidações e multidões. Dica: Procure ser mais objetivo com suas finanças. Escorpião: Assim como touro, procura o melhor. Não é impulsivo com o dinheiro e faz segredo de tudo. Geralmente tem dinheiro guardado. A sua maneira de fazer negócios é certeira, do tipo que jamais vai pagar mais caro. Dica: Procure ser menos briguento na hora de negociar. Sagitário: Exagerado, compra a mais, o importante é não faltar, por isso, não discute preço. Adora coisas boas e vive uma relação de amor com o cartão de crédito. Não

economiza com nada. Dica: Faça uma lista da quantidade e do que precisa de fato antes de comprar. Capricórnio: Tem fama de pãoduro, mas é um planejador, por isso não gasta de jeito nenhum seu dinheiro. Está sempre pensando lá na frente, vai guardar e investir para que nunca falte. Não espere generosidade, não peça dinheiro emprestado, ele sabe o quanto cada centavo representa. Dica: Procure usufruir melhor do que possui. Aquário: Desligado com dinheiro, mas “antenado” com as novas tecnologias, então gastará para ter tudo mais moderno. É do tipo que vai comprar coisas que o diferencie dos demais. Não é econômico nem esbanjador. Dica: Olhe sua conta bancária de vez em quando. Peixes: Cabeça nas nuvens. Perde dinheiro, aliás, ele não costuma saber nem quanto tem na conta. Ele gasta porque, para ele, dinheiro não é tão importante assim. Péssimo investidor, acredita demais nas pessoas. Dica: Peça ajuda de um taurino se for fazer algum grande negócio.

*Teca Silva é astróloga e taróloga. Twitter: Teca_Astro Facebook: facebook.com/Tecaemaju E-mail: tecaemaju@hotmail.com


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Créditos Autor


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