Revista Duo - 042

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VISÃO PROFISSIONAL Kariny Tavares Leão é psicóloga e traz algumas informações importantes para pontuar as falas dessas duas mães. São conselhos gerais que podem ajudar. “É de suma importância o diálogo nas relações familiares e, principalmente, com as crianças. Os pequenos precisam de orientação e os pais precisam constantemente participar das atividades e brincadeiras com as crianças, orientando e ensinando nas suas dúvidas. Os pequenos aprendem com exemplos e repetições. As crianças não possuem a mesma estrutura psíquica que nós adultos temos, portanto é muito importante que a educação seja sempre feita com muito amor, com dedicação e com muita paciência. Xingamentos e gritos trazem

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Foto 1: Bruno, Rafa e Monique. Foto 2: Pedro, Cláudia e Giulia.

consigo uma carga enorme de energia negativa e sentimentos de raiva da pessoa que os usa. As crianças sentem isso, trazendo à tona sentimentos de inferioridade, assumindo os papéis que os xingamentos trazem (ex: você é burro! por isso tira notas baixas). Pais presentes não só mostram para as crianças que têm alguém com quem contar e que estão em segurança, como estimulam a criatividade, o carinho e a atenção. As crianças se sentem importantes, se sentem integrantes daquela estrutura familiar e têm o estímulo de apego e relacionamento saudável no desenvolvimento da sua personalidade. Os pais precisam dosar a liberdade e o estabelecimento de limites para as crianças. Sempre orientando muito e explicando diversas vezes.

AUTORITÁRIA, MAS NEM TANTO Cláudia Elisa Orthey Rizzatti, 37 anos, é esposa de Marcelo, mãe do Pedro de 13 anos, Giulia de oito e espera seu terceiro filho. Ela garante que desde a barriga já se preocupava com os princípios de criação, mas sua preocupação ficou mais evidente quando eles começam a externar suas posições e tendências, principalmente as arestas a serem aparadas, como birras, vontades e principalmente quando começam a se relacionar com outras crianças com diferentes posturas. Por ter cursado pedagogia ela percebeu que a questão educação é complexa. “É muito mais complexa do que pensamos. Tento acertar mais hoje com os muitos erros

“Na verdade é a gente que muda, aprendemos muito com os filhos [...]” que cometi quando exagerei nas exigências com os filhos. Hoje em dia sou menos rígida”. Sua maior lição é não se desesperar. “Os desafios são muitos! Muda muito de um filho pro outro, sim. Na verdade é a gente que muda, aprendemos muito com os filhos, não que eles sejam o centro do universo, mas devemos respeitar sua individualidade e tempo de cada um. É algo intenso e bonito. Muitos choros, mas muitos risos”, revela. ■

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