Revista Duo - 046

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História e evolução do

chocolate Até chegarmos no chocolate como é hoje, a especiaria passou por muitas mudanças. Conheça a história dessa delícia que é a paixão de muitos brasileiros.

Por Chef Mariana Mosimann Fotos: Banco de Imagens e Divulgação

A

Páscoa é a grande festa do chocolate e é nesta ocasião que ele adquire as formas mais diversas. O ovo, simboliza a ressurreição de Cristo. Na França, há textos do século 15 que documentam a tradição. Diz-se que Luís XIV mandava abençoar enormes cestas de ovos dourados, enviando-os depois aos membros da sua corte e aos criados domésticos em agradecimento aos serviços prestados. A origem dos ovos de Páscoa data-se da instauração da Quaresma, quando a Igreja havia interditado o consumo de ovos durante esse período de quarenta dias. Após o jejum, evitando desperdícios, consumia-se os ovos acumulados do período. Na Alsácia, na Alemanha, na Suíça e Áustria, os ovos são supostamente trazidos pela lebre da Páscoa (Osterhase), e é por essa razão que a figura do coelho de chocolate também está presente na cultura pascoal. Por meio de análises de DNA, os cientistas apontam a América do Sul como o berço do cacau, os viajantes da rota comercial levaram as sementes para a América Central. Com os Maias, a semente começou a ser processada: depois de fermentada, secada, tostada e moída, era obtida uma pasta, que misturada a água,

pimenta e farinha de milho deu surgimento a primeira forma do chocolate, nasceu a bebida preferida dos deuses. Entre 1600 e 1800 d.C. conquistou adeptos como a rainha Anna da Áustria, que virou “chocólatra” e virou sensação na Europa em formato de chocolate quente. O holandês Conrad Van Houten, em 1828, inventou uma máquina que extrai a manteiga do cacau, a parte restante era transformada em pó e a produção da bebida era industrializada. Surge o chocolate sólido, feito de manteiga, pó e massa de cacau. Durante a Segunda Guerra Mundial, o poder energético e antidepressivo do chocolate foi reconhecido pelo exército americano e ele começa a fazer parte da “ração D”, levada para a guerra pelos soldados. Nos últimos 3.500 anos, o alimento já passou por quase todo tipo de forma, cor e sabor – bombom, oval, branco, amargo. Até um tipo de chocolate inalável já é possível ser encontrado no mercado - o Le Whif vem em uma embalagem parecida com uma carteira de cigarros, em quatro sabores, livres de calorias. Consumido no mundo inteiro, ele é um importante componente da indústria alimentícia, além de ter papel fundamental na economia de vários países do globo.


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