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X CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA CENTRO-OESTE 28 a 30 de maio de 2009 Centro de Eventos do Pantanal Cuiabá, MT

RESUMO DAS COMUNICAÇÕES


Apresentação

umquia int re es est, eum quiam qui blaceri busdaeces sume volorum untem eum ipidit erupis ium rernatis del ipis et, simporiatur sinciam rernatem experae la simolorem re, solupta tincto eatum invelit quiatur, voluptatem erioria verferc ientem et expereni dolloria seceperume autendae omnis aut magnihitiam, ex enihilibea pos aut mo odis illitiorum rendel et aut qui re pliquis aspiendanis num que quodit am exped ut officip iendipid quo estinctur solorro magni re por sitendi caborum ne pa necustias diti offic tempore, sequam, tem labor alit eum verrorro omnis anducit issunt et labor ad eum qui offic tem ea volessit omnis qui nihitia sit, alitiis acestem qui ut voloribus architate neceped mo es atur seque non rat volupieni doluptatur aut volorporrum esequia dolori adit elestiur? Explige ndelecu ptatem nonsequi quaecescil iscimus ma qui aut quam in est, quidusant, et harumendanis verferro omni cus am hariore eos et assinctus, omnistrum dolorro optas rerum fuga. Ut quid que pa asi alit ea consera nobis di ut magnatur, que porepratem doluptinihil maio beroviditas es explit eum volorae dolorior simus, sum net lia que nossero ommod ma etur, odi offictaerum volorerum ut fugit, simusci taernatur? Loriorerias aut labo. Vitatiis volori dolumquis pro molor sum excerum eliatus. Tionserum enempos voluptatin pro conet alitate mporem voluptat. Epta non et eate ditiati blati con pro consequo ventoribus moluptatis minissi ntiaspid et quati bea nonet adicia vel ide nobitatis eiunt ut maximinvel iumquae pratur sam essit mil magnamus evel iur, nus seque quam fugit aut quamenihit eat laccusa ndant, od qui rest verchit autenimin repercit diost voluptas re, con ra vella quatinctenis vel maioribus corepernam sintibus dolorem rae net quodi apiet occab ipitatiis inte nem. Ut quunt, tem quatemporem. Epudici tibus, quidit ius. Mus aut quam nobis serum facilitam eumet eatem rerrum ut unt, volor re est, eum sedis porum fugitia volorec atectore pero esequi reium fuga. Ut rectotaepuda dictore, si imusam re porrorum re moloratasita quunt, conet, cus et facessuntio. Ut et, cum doloremolor molupictur, si volenihilles velique ratis sitatur? Solecto dustotatquo officid ellignateste nusda nimus amendus modi optatur, quam eos imagniet, odi iumquatem quaerum ipsum rest hit res dipsumendae nonsenihil illaborrum re estione vid eveliquamusa velest omnimet usapelisciis sam aut oditi tem quae venet etur, consequos voluptu stiumquam ipsumqu ibernam et omnis erferferios alitibus ut venem vendunt et ad mint. Quiatiusant inctur molor a si corpore voloreici voloreh enihicia dit, officipsunt et es etur? Periae pedi sedi doluptat evelliquo dolum il eos quis estibuscil excepel est, corerum enetur magnat doloris rerum aut dolorionseri blabo. Ellistia nobissintur alicid quid qui acestrum, excepudis earciis itaquam nient dolupta tecabor ianturem id ut laut endias derum vent diassint vel int earumqui delicias sin prorehendio. Nem nulpa invelisquiae asperferum dolorecti ut re et laceptae laut rest, volut ma vollenitatem ium ipsam quisita spedior autatatio. Henducium sim fuga. Ro et quia nis eturia sit experit quod que natio ma consequi odiae. Onse pro ipsunt quat re volorep erumquam, autatem que nobis sant pro volupta temquiaspis dolum atus. Harciendae. Aciae la quia que sed ut ulpa nonsed es est, omnit optati blab ipsamuscia pre voluptasi beatem cum eum faccaeptae. Unt eicientis eossi sim libuscimi, sum ressunt quam, aut porion ex et, nem qui aliquat moluptatem re adi aut pra et acerum utat voluptat laniendion niatis ius qui ditius dolo mosandio blatiur, earibus sedi doloresti cusant quo intet dolutem autati ipid et veria apelent as dipsam et, consecaectur aut acesti nimoles vel inis si suntis repuditaqui aspe volupiet experiorerum expernat. Sed maiosapiet alitatest vid que conet et, optat delendem re id ut litatur, ipsa archicienisi recatiur alique velluptiatet experru mquunt fuga. Nonsequas ipsant lamusam, sequatiam, iniet autaquat faccumquis enis volluptate sed quae sintur modit rem accuscid essum evero et quis asit, ipsape dolupta tempor solorrum velisciis nusciis debitatustem idem. Nam reproris nonsequi omnis pra net quibus autatempel molorum quamus restiam qui blaut lab idelis exeritatia non est haritates archit aute essum venis quidel et que nonse laccusam rerfere pudiciament et, tem. Nequis pedi ullatum quatenestrum ventorerro volorat eserio es simet, conet la


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Índice TEMAS LIVRES ORAIS 1. Suplementação com Arginina não Altera a Dilatação Fluxo-mediada Dependente do Endotélio ou o Desempenho Muscular no Exercício Resistido em Homens Jovens Saudáveis . ................................................ 4 2. Implante Percutâneo de Prótese de Amplatzer para Oclusão de Foramen Oval Patente (FOP) em Paciente com Múltiplos Acidentes Vasculares Cerebrais Embólicos.................................................................................... 4 3. Valvuloplastia Mitral Percutânea: Experiência da Unidade de Hemodinâmica do Hospital de Base do Distrito Federal em População de Pacientes de Idade Avançada..................................................................................... 5 4. Levantamento Epidemiológico dos Portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica Residentes na Área de Abrangência da Unidade de Saúde da Família Novo Colorado II......................................................................... 5 5. Endocardite Infecciosa: Perfil Atual e Seguimento dos Casos da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia ........ 6 6. Relato de um Caso Raro de Endocardite Bacteriana por Acinetobacter Lwoffii.................................................... 6 TEMAS LIVRES - MURAL 1. Tratamento Percutâneo da Embolia Pulmonar Maciça.......................................................................................... 7 2. Tratamento Percutâneo de Aneurisma Coronariano Associado a Doença Aterosclerótica Obstrutiva.................. 7 3. Avaliação da Consistência da Relação entre Depressão e Diabetes em Idosos Assistidos no Ambulatório do Hospital São Julião, Campo Grande, MS.............................................................................................................. 8 4. Complicações, Doenças Associadas e Terapêutica Utilizada em Pacientes com Hipertensão Arterial Atendidos na Unidade Saúde da Família Novo Colorado II................................................................................................... 8 5. Oclusão Percutânea de PCA com Repercussões Hemodinâmicas Importantes em Paciente Idoso.................... 9 6. Avaliação Seriada de Desempenho entre Acadêmicos de Medicina Treinados em ECG..................................... 9 7. Dissecção Coronariana Espontânea com Envolvimento do Tronco da Coronária Esquerda: Descrição de um Caso Documentado por Ultrassonografia Intra-Coronária e Angiocoronariografia.............................................. 10 8. Complicações Pulmonares do Anel Vascular na Infância.................................................................................... 10 9. Doença de Kawasaki: Relato de Caso que Evoluiu com Aneurismas Gigantes de Coronárias.......................... 11 10. Fístula de Artéria Coronária Esquerda para Átrio Direito em Criança em Pós-operatório de Comunicação Interatrial.............................................................................................................................................................. 11 11. Avaliação Hemodinâmica e da Mecânica Respiratória Pré e Pós-protocolo de Fisioterapia Cardiorrespiratória em Pacientes em Ventilação Mecânica Invasiva................................................................................................. 12 12. Avaliação Hemodinâmica Antes e Após o Uso de Peep-Zeep e Bag-Squeezing em Pacientes Submetidos à Ventilação Mecânica Invasiva.............................................................................................................................. 12 13. Prevalência De Hipertensão Arterial Sistêmica Na Cidade De Itiquira - MT........................................................ 13 14. Síncope na Infância: nem Sempre uma Situação Benigna. Relato de Caso e Revisão da Literatura................ 13 15. Choques Inapropriados em Paciente com Síndrome de Brugada Portador de CDI com “Home Monitoring” para Prevenção Primária de Morte Súbita Cardíaca................................................................................................... 14 16. Diagnóstico Clínico da Síndrome de Marfan Clássica: Relato de Caso.............................................................. 14 17. Endocardite de Liman-Sacks em Jovem com Lúpus Eritematoso Sistêmico: Relato de Caso........................... 15 18. Anasarca em Paciente Jovem Devido à Pericardite Constritiva: Relato de Caso............................................... 15 19. Insuficiência Cardíaca Associada à Linfadenite Necrotizante Aguda (Doença de Kikuchi-Fujimoto): Relato de Caso..................................................................................................................................................................... 16 20. Miocárdio não Compactado Isolado de Ventrículo Direito: Relato de Caso........................................................ 16 21. Mixoma Atrial como Diagnóstico Diferencial da Síndrome de Apnéia/Hipopnéia Obstrutiva do Sono: Relato de Caso..................................................................................................................................................................... 17 22. Tempestade Elétrica em Pacientes Portadores de Cardiomiopatia Chagásica e CDI: Relato de Caso.............. 17 23. Relato de Caso: Ictus cordis Desviado e Dor Torácica por Empiema Mediastinal.............................................. 18


Temas Livres Orais

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1. SUPLEMENTAÇÃO COM ARGININA NÃO ALTERA A DILATAÇÃO FLUXO-MEDIADA DEPENDENTE DO ENDOTÉLIO OU O DESEMPENHO MUSCULAR NO EXERCÍCIO RESISTIDO EM HOMENS JOVENS SAUDÁVEIS BORGES CC, VASCONCELOS DF, FONTANA KE. Universidade de Brasília Brasília DF BRASIL e Hospital Universitário Brasília DF BRASIL Introdução: A suplementação com arginina têm sido indicada para maior desempenho físico via aumento de vasodilatação periférica. Objetivo: Avaliar a resposta endotelial e muscular desta suplementação em indivíduos jovens praticantes de musculação. Foram avaliados 17 indivíduos masculinos com idade entre 18 e 27 anos. Os indivíduos foram submetidos a quatro dias de suplementação de arginina 9 gramas/dia ou placebo de forma duplo cego. Métodos: O protocolo experimental consistiu inicialmente na avaliação da integridade endotelial por meio do ecodoppler vascular após oclusão braquial por 4 minutos com manguito a 200 mmHg. Em seguida os indivíduos realizaram 3 séries de exercício (flexão de braço com halteres) a 65% da carga máxima prevista. Após então se reavaliou o diâmetro e o fluxo da arterial braquial direita com 1, 5 e 10 minutos após a terceira série de exercício. Os voluntários participaram aleatoriamente de duas fases (placebo e arginina) em modelo cruzado (cross over design). Resultados: O teste de medidas repetidas ANOVA (2 x 5) não revelou diferenças significativas (p ≤ 0,05) no desempenho muscular, na vasodilatação, fluxo sanguíneo, ou pressão arterial quando comparados os mesmos períodos (antes ou após exercício) entre as fases (Arginina x Placebo). Conclusão: Os resultados deste estudo mostram que um curto período (04 dias) de suplementação com arginina (9 gramas/dia) não resulta em modificações cardiovasculares ou desempenho muscular em homens jovens saudáveis conforme proposto pela comercialização destes suplementos alimentares. Embora sejam necessários estudos em longo prazo para melhor elucidação estes efeitos, nossos achados sugerem que a suplementação de arginina em indivíduos jovens seja injustificável. Palavras chave: Arginina, vasodilatação, desempenho muscular.

2. IMPLANTE PERCUTÂNEO DE PRÓTESE DE AMPLATZER PARA OCLUSÃO DE FORAMEN OVAL PATENTE (FOP) EM PACIENTE COM MÚLTIPLOS ACIDENTES VASCULARES CEREBRAIS EMBÓLICOS NAJJAR A, SEJÓPOLES JÁ, MUHOZ-JÚNIOR S, FIGUEREIDO FR, MIRANDA RA, VILLAGRA MER, OMAIS AK, MENDONÇA PTR. LACIC Cuiabá MT BRASIL e HGU Cuiabá MT BRASIL Objetivo: Relatar primeira experiência em Mato Grosso de fechamento percutâneo de FOP com prótese de Amplatzer, em paciente com múltiplos acidentes vasculares cerebrais de origem embólica paradoxal, refratário ao tratamento clínico. Relato de Caso: Paciente feminina, 70 anos, com histórico de acidente vascular cerebral em 2000, evoluindo com disartria e hemiparesia esquerda. TC de crânio e RNM compatíveis com microinfartos bilaterais múltiplos. Iniciou-se terapia com antiagregantes plaquetários. Apresentou novo evento isquêmico cerebral em 2002 , com amnésia para fatos recentes, disartria e hemiparesia esquerda fugaz. RNM evidenciou múltiplos pequenos reinfartos bilaterais, sugerindo novos episódios microembólicos. Introduzido anticoagulante oral. Em 2008 foi descartado obstruções carotídeas, fibrilação atrial, outras alterações cardiovasculares ou distúrbios da coagulação que pudessem justificar os infartos cerebrais. Ecocardiograma transtorácico e transesofágico evidenciaram FOP com passagem de microbolhas para o átrio esquerdo, associado à aneurisma do septo interatrial. O doppler transcraniano confirmou shunt direita-esquerda de microbolhas. Submetida a procedimento de oclusão percutânea de FOP com prótese de Amplatzer (AGA Medical), em Maio de 2009, neste serviço, com sucesso e sem intercorrências. Recebeu alta 02 dias após o procedimento com dupla antiagregação plaquetária e seguimento com ecocardiogramas seriados, assintomática. Conclusão: Relatamos o primeiro fechamento percutâneo de foramen oval realizado no estado de Mato Grosso, sendo este método de baixa morbidade, com excelente resultado imediato, baixas taxas de complicações, e com alta hospitalar precoce. Ressaltamos a importância na prática clinica, da possibilidade da associação entre FOP e eventos isquêmicos embólicos cerebrais criptogênicos. 4


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3. VALVULOPLASTIA MITRAL PERCUTÂNEA: EXPERIÊNCIA DA UNIDADE DE HEMODINÂMICA DO HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL EM POPULAÇÃO DE PACIENTES DE IDADE AVANÇADA ALEXIM GA, OLIVEIRA NR, ALMEIDA RFR, LEÃO SLMC, LEÃO LMC, VIEIRA LC, OSTERNE ECV, SOUZA CMM. Hospital de Base do Distrito Federal Brasília DF BRASIL. Fundamentos: A valvuloplastia mitral percutânea (VMP) é tratamento de escolha em pacientes portadores de estenose mitral com anatomia favorável. A maior idade é associada a escores ecocardiográficos maiores e a menor taxa de sucesso. Objetivo: Registrar a experiência na realização de VMP em população com predominância de pacientes (pcts) com idade superior a 30 anos. Delineamento: Registro. Pacientes e método: No período de 02/ 2005 a 05/2009 52 pcts com idade entre 18 a 72 (média=38anos,6meses) anos, sendo 9 (17,3%) do sexo masculino e 43 (82,7%) do sexo feminino foram submetidos a VMP. Destes 08 (15,4%) pcts se encontravam em classe funcional (CF) I, 25 (48%) em CF II, 16 (30,8%) em CF III e 3 (5,8%) em CF IV da NYHA. Dois (3,8%%) pcts tinham história prévia de VMP, 04 (7,7%) pcts de comissurotomia cirúrgica e 03 (5,7%) pcts de acidente vascular cerebral (avc). O escore ecocardiográfico variou de 6 a 9 (médio=8) e a área valvar mitral(avm) pré VMP variou de 0,7 a 1,4 cm2 (média=1,0cm2). A técnica de Inoue foi utilizada em 34 (65,4%) pcts e a de duplo balão – MultTrack em 18 (34,6%) pcts. Os pcts receberam alta hospitalar 18 a 24 horas após o procedimento. Resultados: A avm pós-procedimento variou de 1,1 a 2,7 cm2 (média=1,9cm2) sendo que em 46 (88,4%) dos procedimentos os critérios de sucesso foram preenchidos (área valvar >1,5cm2 ou aumento de 50% na avm). Um pct evoluiu a óbito durante o procedimento e 01 pct apresentou avc pósdilatação valvar. A insuficiência mitral importante pós-VMP ocorreu em 01 procedimento. Conclusão: A valvuloplastia mitral percutânea é hoje uma técnica eficaz e apresenta taxa de sucesso satisfatória mesmo em população de maior idade.

4. LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DOS PORTADORES DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA RESIDENTES NA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA NOVO COLORADO II ADORNO-FILHO E.T, IVOGLO LG, DIEHL D, PESSOA-FILHO AS. Universidade de Cuiabá Cuiabá MT BRASIL. Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), tem prevalência nas cidades brasileiras que varia de 22,3% a 43,9%, quando utilizado como critério pressão arterial > ou = 140 x 90 mmHg. O Brasil necessita de levantamentos mais rigorosos para o cadastro, acompanhamento e melhor conhecimento da população hipertensa, um dos objetivos da ação realizada e descrita neste trabalho. Objetivo: descrever a prevalência e distribuição da HAS segundo a cor, sexo, idade, bairro e escolaridade da população atendida na Unidade de Saúde da Família (USF) Novo Colorado II. Materiais e Métodos: Estudo descritivo, tipo corte transversal, utilizando dados de prontuários, Ficha B/SIAB (Sistema de Informação da Atenção Básica) e do Hiperdia (Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos do Ministério da Saúde) da USF Novo Colorado II, referentes ao período de janeiro de 2005 a janeiro de 2009. Discussão: A prevalência encontrada foi de 6,7% (n=182) em uma população de 2646 habitantes. Dos hipertensos a maioria eram mulheres (63%),dados que confirmam que há subutilização, por parte dos homens, dos serviços oferecidos pela USF; apresentavam 60 anos ou mais (31%), compatível com os dados referentes à Cuiabá-MT (35,94%) e literatura mundial; residiam no bairro Parque Amperco (39%), com os piores indicadores de saúde, sendo que 21% declararam-se Analfabetos e 53% cursaram o Ensino Fundamental. Quanto ao quesito cor auto-referido, a maioria foi de pardos (50%) e negros (24%). Conclusão: A prevalência de HAS encontrada na USF Novo Colorado II foi superior aos dados relativos à Cuiabá-MT, equivalente a 3,4% (n=19675), porém ainda insatisfatório se considerarmos os dados da literatura mundial. 5


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5. ENDOCARDITE INFECCIOSA: PERFIL ATUAL E SEGUIMENTO DOS CASOS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE GOIÂNIA MACAMBIRA AKLS, RAMOS R, CRUVINEL LA, JÚNIOR AS, QUEIRÓS A, MARTINS R, BOTELHODP, OLIVEIRA KCF, CARVALHO G, FILHO GPS. Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, GO, Brasil. Introdução: A endocardite infecciosa (EI) é uma infecção microbiana grave da superfície endotelial do coração, um desafio para a equipe de saúde no que diz respeito ao seu diagnóstico e tratamento. Hoje, alguma mudança na sua história natural foi obtida com os avanços da ciência, porém permanece mortalidade de 13 a 30%. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico e a curva de sobrevida de EI da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia. Delineamento: Trabalho Prospectivo Observacional. Materiais e Métodos: Foram selecionados consecutivamente 16 casos de EI de abril/2007 à março/2009. Foram registrados: faixa etária, sexo, válvulas acometidas, foco infeccioso, diagnóstico, evolução, tratamento clínico e cirúrgico, complicações e óbito. O seguimento dos casos foi representado pela curva de sobrevida de Kaplan Meier. Resultados: 75%(12) homens, com idade média de 44,5 + 12,6 anos. A valva mitral foi a mais acometida 62,5%(10). Cardiopatia prévia foi observada em 81,3%(14) dos casos, sendo a doença reumática em 75%(12). O ecocardiograma mostrou vegetação em todos dos casos. A hemocultura foi efetiva em 31,3%(5) e os microorganismos isolados foram o Staphylococcus aureus em 40%(2), o Streptococcus viridans em 40%(2) e o Proteus em 20%(1). A insuficiência renal foi a complicação mais prevalente 12,5%(2). Cirurgia foi realizada em 75%(12) dos pacientes, sendo utilizado valva metálica em 43,8%(7) e valva biológica em 37,5%(6). A mortalidade foi de 25%(4), sendo 18,7%(3) no período intra-hospitalar. Conclusão: O perfil epidemiológico e a curva de sobrevida demonstraram elevada mortalidade, permanecendo um desafio a ser vencido mesmo com todo arsenal técnico e científico dos dias de hoje.

6. RELATO DE UM CASO RARO DE ENDOCARDITE BACTERIANA POR ACINETOBACTER LWOFFII MELO MBL, AMORIM, LL, FIGUEIREDO VCTP, OLIVEIRA J C, SOUZA TCC, PINHEIRO JLM, MAGALHÃES DC, OMAIS AK, SCALA LCN, SOUZA SPE. Hospital Universitario Julio Müller Cuiaba MT BRASIL e Hospital Geral Universitário Cuiabá MT BRASIL Introdução: Acinetobacter são bactérias gram negativas não fermentadoras encontradas na flora normal da pele, orofaringe e períneo, comportando-se como patógenos oportunistas. Raramente causam endocardite em indivíduos saudáveis. Objetivo: Relatar caso de endocardite de valva protética por Acinetobacter lwoffii (A. lwoffii). Relato do caso: J.P.S., 26 anos, diagnóstico prévio de febre reumática há 14 anos, realizando valvuloplastia tricúspide. Há 8 anos troca da valva mitral e aórtica por valva porcina biológica. Feita profilaxia irregular com penicilina benzatina por curto período de tempo. Há 3 meses iniciou quadro de febre diária, vespertina, não aferida, hiporexia, astenia, mal estar e dispnéia a grandes esforços. À admissão estava taquicárdico, PA 95/70mmHg, afebril, corado, eupneico, hidratado. Ictus de VD em região paraesternal esquerda, sem sinais de congestão venosa. Ausculta cardíaca: RCR, 3T, BNF, sopro pansistólico 3+/6 mais audível em FM, irradiado para axila e sopro holossistólico 3+/6 exacerbado com Valsalva em FT, sem estalido de abertura. Pulsos amplos, simétricos e palpáveis. Fígado e baço impalpáveis. VHS18mm, Hb10,6g/dL, leu 4.980, 51% de neutrófilos. PCR 48mg/dL. Função renal e EAS normais. Hipótese de endocardite infecciosa subaguda, colhidas 6 amostras de hemocultura e iniciado penicilina cristalina+gentamicina. Ao ecocardiograma bidimensional prótese biológica mitral com refluxo leve a moderado, vegetação endocárdica de 3 mm de diâmetro e dupla disfunção aórtica reumática crônica: estenose leve e insuficiência moderada. Após 5 dias, 4 hemoculturas positivas para A. lwoffii. Alta para troca eletiva de próteses. Dois meses após, retornou ao serviço com 7 dias de hiporexia, fadiga, precordialgia, dispnéia e palpitações aos médios esforços e febre com calafrios. Diagnosticada recidiva da infecção e reiniciado antibiótico. Enquanto aguardava intervenção cirúrgica evoluiu não satisfatoriamente, indo a óbito. Conclusão: Endocardite por A. lwoffii é rara, podendo ter desfecho fatal, com descrição de casos de recidiva e sucesso terapêutico à abordagem cirúrgica. 6


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Temas Livres - Mural

1. TRATAMENTO PERCUTÂNEO DA EMBOLIA PULMONAR MACIÇA FIGUEREDO FR, NAJJAR A, SEJÓPOLE JA, MUNHOZ-JR S, AHMAD H, ASSIS TM, FERREIRA ABRM, OLIVEIRA J. LACIC Cuiabá MT BRASIL e Hospital Geral Universitário Cuiabá MT BRASIL Introdução: A embolia pulmonar maciça (EPM) é uma urgência clínica de alta morbimortalidade a despeito mesmo do diagnóstico e tratamento precoce, sendo que o arsenal terapêutico disponível ainda é limitado. Objetivo: Apresentar o tratamento percutâneo com fragmentação mecânica rotacional por cateter associada a angioplastia por balão e a trombólise como alternativa terapêutica para EPM. Relato do caso: Paciente, 30 anos, masculino, branco, diagnóstico primário de carcinoma renal de origem urotelial. Admitido na unidade de tratamento intensivo (UTI) de um hospital universitário com quadro de taquidispnéia, hemoptise, hipoxemia e instabilidade hemodinâmica. O ecocardiograma mostrou hipertensão pulmonar (PMAP: 69 mmHg) e disfunção grave de ventrículo direito. A tomografia de tórax evidenciou suboclusão das artérias pulmonares e seus ramos. O doppler de membros inferiores confirmou trombose subaguda em membro inferior esquerdo. Foi iniciada heparina em dose plena e realizado cateterismo, que evidenciou EPM com piora à direita e confirmando hipertensão arterial pulmonar grave. Realizada fragmentação mecânica por cateter das massas trombóticas associada a angioplastia por cateter-balão dos ramos segmentares e infusão de trombolítico (Estreptoquinase: 250 000 UI, seguido por 75 000 UI/h, 24h), obtendo-se imediata melhora clínica e hemodinâmica. No sexto dia realizou-se angiografia de controle, que mostrou total dissolução dos trombos e permeabilidade dos ramos pulmonares, com normalização da pressão na artéria pulmonar. Foi implantado filtro em veia cava inferior para a prevenção de eventos recorrentes. Após três dias recebeu alta da UTI, hemodinamicamente estável. Conclusões: A terapia percutânea associada à trombólise química mostrou-se eficaz e segura no tratamento da EPM, como alternativa ao uso exclusivo de fibrinolítico ou tratamento cirúrgico.

2. TRATAMENTO PERCUTÂNEO DE ANEURISMA CORONARIANO ASSOCIADO A DOENÇA ATEROSCLERÓTICA OBSTRUTIVA MUNHOZ-JR S, SALERNO HD, NAJJAR A, SEJÓPOLES JÁ, AHMAD H, FERREIRA ABRM, ASSIS TM, FIGUEIREDO FR. LACIC Cuiabá MT BRASIL e Hospital Geral Universitário Cuiabá MT BRASIL Introdução: A associação de doença aterosclerótica coronariana obstrutiva e aneurisma coronariano tem sido pouco descrita na literatura, apresentando limitadas alternativas terapêuticas, e com alta morbimortalidade consequente às possíveis complicações associadas. Objetivo: Apresentar caso clínico de paciente. Relato de Caso: Paciente com 69 anos, e quadro de angina aos esforços, que foi submetido a coronariografia com evidência de lesão obstrutiva grave proximal na artéria descendente anterior (DA), associada a formação sacular aneurismática neste segmento. Artéria circunflexa (Cx) possuia lesão obstrutiva segmentar extensa grave. Optado por intervenção percutânea com implante de stents na Cx e DA. Após o implante do stent na DA, com cobertura do colo do aneurisma coronariano e persistência do fluxo interno aneurismático, realizamos embolização com micromolas de Guglielmi (platina), utilizando técnica já consagrada para exclusão de aneurisma cerebral, com completa exclusão do aneurisma, sem intercorrências. Paciente recebeu alta hospitalar no segundo dia do pós-operatório, assintomático, em uso de dupla antiagregação plaquetária. Permanece sem sintomas no follow-up clínico de 05 meses. Conclusão: O tratamento do aneurisma coronariano com uso de stents e micromolas mostou-se seguro e eficaz, sendo uma alternativa promissora para a resolução desta coronariopatia complexa. 7


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3. AVALIAÇÃO DA CONSISTÊNCIA DA RELAÇÃO ENTRE DEPRESSÃO E DIABETES EM IDOSOS ASSISTIDOS NO AMBULATÓRIO DO HOSPITAL SÃO JULIÃO, CAMPO GRANDE, MS SOUZA CSSCS, SICHINEL AH, MELLO IP, REZENDE RESO, OLIVEIRA SPT, LESSA RC, MIGLIOLI AGG. Hospital São Julião Campo Grande MS BRASIL. Fundamento: Muitos estudos vêm demonstrando que pessoas com Diabetes têm maior risco de Depressão do que as pessoas sem Diabetes. (Groot M, Anderson R, Freedland KE, Clouse RE, Lustman PJ - Association of depression and diabetes complications: a meta-analysis Psychosom Med. 2001 Jul-Aug;63(4):619-30). Objetivo: Avaliar a consistência da relação entre Depressão e Diabetes em idosos, assistidos no ambulatório do Hospital São Julião. Delineamento: Estudo descritivo/transversal analítico. Para a análise estatística, utilizamos o programa Epiinfo versão 3.4.3. O instrumento utilizado para o diagnóstico de transtorno depressivo foi a Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage (EDG15). Para a aferição dos níveis glicêmicos, foram realizados exames laboratoriais. Paciente ou Material: 73 idosos (n=73), sendo 33 homens (45,2%) e 40 mulheres (54,8%), avaliados no ano de 2007. A idade variou de 60 a 100 anos (mediana = 73 anos). Resultados: 14 pessoas (19,2%), sendo 08 mulheres (10,96%) e 06 Homens (8,24%), com mediana de idade de 68,5 anos, apresentaram Depressão. No que se refere à Diabetes, 05 pessoas (6,85%), sendo todos do sexo masculino, com mediana de idade de 71 anos, apresentaram diabetes. 02 pessoas (2,7%), sendo todas do sexo feminino, com mediana de idade de 66,5 anos, apresentaram, concomitantemente, Depressão e Diabetes. Conclusão: Os dados resultantes do estudo não demonstraram haver uma associação consistente entre a presença da Diabetes e sintomas depressivos. Desta forma, esses dados não corroboram com os estudos contemporâneos que tem destacado que pessoas com diabetes têm um maior risco de depressão. Entretanto, esse estudo descreve, especificamente, a realidade de uma determinada comunidade.

4. COMPLICAÇÕES, DOENÇAS ASSOCIADAS E TERAPÊUTICA UTILIZADA EM PACIENTES COM HIPERTENSÃO ARTERIAL ATENDIDOS NA UNIDADE SAÚDE DA FAMÍLIA NOVO COLORADO II DIEHL D, ADORNO-FILHO ET, IVOGLO LGC, PESSOA-FILHO ASP. Universidade de Cuiabá-UNIC Cuiabá MT BRASIL. Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) apresenta elevado custo médico-social, principalmente por estar associado a complicações, tais como: doença cérebro-vascular, doença arterial coronariana e insuficiência renal crônica. O conhecimento de dados epidemiológicos possibilita a avaliação e distribuição dos indicadores de saúde conforme as necessidades da população hipertensa. Objetivo: Descrever a prevalência de complicações e doenças associadas à HAS e à terapêutica implemetada na população portadora de HAS atendida na Unidade de Saúde da Família(USF) Novo Colorado II. Materiais e Métodos: Estudo descritivo, tipo corte transversal, utilizando dados de prontuários, Ficha B/SIAB (Sistema de Informação da Atenção Básica) e do Hiperdia (Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos do Ministério da Saúde) da USF Novo Colorado II, referentes ao período de janeiro de 2005 a janeiro 2009. Discussão: Em uma população de 182 hipertensos (prevalência de 6,7%, dentre 2646 habitantes), 49% tinham HAS grau I, 53% eram dislipidêmicos, 26% tabagistas, 28% diabéticos e 75% apresentavam sobrepeso, merecendo atenção e assistência médica direcionadas. Das complicações estudadas, 9,3% apresentavam doença Renal, 2,19% Infarto Agudo do Miocárdio e 2,74% Acidente Vascular Cerebral, justificando a morbimortalidade associada à HAS. Quanto à medicação utilizada observamos que os Tiazídicos (31%) e/ou Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina (IECA) (29%), gratuitos na rede pública, foram os mais utilizados, com fácil posologia e relativamente poucos efeitos colaterais, o que contribui para melhor adesão. Conclusão: Analisando as graves consequências da HAS e comorbidades associadas, devemos instituir medidas preventivas e implementar ações que permitam reduzir a incidência de complicações da HAS, promovendo melhor qualidade de vida ao paciente hipertenso além de reduzir do número de internações e custos hospitalares. 8


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5. OCLUSÃO PERCUTÂNEA DE PCA COM REPERCUSSÕES HEMODINÂMICAS IMPORTANTES EM PACIENTE IDOSO SOMAIO-NETO F, FAVERO RL, RODRIGUES AM, TORAL LB, ZEMPULSKI P, GOMES IT. Universidade Federal da Grande Dourados - Dourados MS BRASIL. Fundamento – A Persistência do Canal Arterial (PCA) no idoso causa mortalidade elevada, chegando a 20% aos 30 anos, aumentando 4%/ ano. O tratamento percutâneo oferece menor risco e é passível de maior sucesso. Objetivo – Descrição de tratamento percutâneo de PCA calcificado com repercussões importantes em idoso de 69 anos. Delineamento – Relato de caso com dados obtidos em acompanhamento, revisão e tratamento. Resultados – Paciente MLS, feminino, 69 anos, natural do RN, procedente de Dourados/ MS, com história de sopro cardíaco há 20 anos, diagnóstico de PCA pela ecocardiografia há 15 anos e HAS há 11 anos sob tratamento. Estudo hemodinâmico em 2002 mostrou aumento do VE, contração normal, PCA patente, moderada repercussão hemodinâmica, sem hiper resistência vascular pulmonar. Aumento da artéria pulmonar, átrio e ventrículo esquerdos. Dominância de coronária direita. Resistência Vascular Pulmonar (RVP) = 3,5 unidades Wood (N= 2,6 ± 0,6). Resistência Vascular Sistêmica (RVS) = 41 unidades Wood (N= 14 ± 3). A paciente negou submeter-se ao tratamento cirúrgico, evoluindo com queixas de dispnéia, cansaço aos médios esforços e piora dos sintomas, mesmo sob tratamento clínico. Em 2008, novo estudo, mostrou piora no quadro hemodinâmico. Apesar do tratamento clínico continuado com uso de inibidor da ECA e diuréticos, apresentou dispnéia e cansaço mais freqüentes e aos menores esforços. Exame físico: BEG, eupneica, afebril, corada e hidratada, RCR, sopro contínuo em “maquinaria” subclavicular esquerda (2+/ 6+), sopro sistólico em foco mitral (2+/ 6+). Submetida ao tratamento percutâneo através do implante do “Duct Occluder” de Amplatzer de 8/6 mm, com oclusão completa, obteve sucesso imediato e atualmente, encontra-se assintomática, com exames normalizados. Conclusão – O sucesso observado do tratamento percutâneo de um PCA com repercussões hemodinâmicas em paciente idoso, levou a melhoria de suas condições de saúde e qualidade de vida.

6. AVALIAÇÃO SERIADA DE DESEMPENHO ENTRE ACADÊMICOS DE MEDICINA TREINADOS EM ECG SILVEIRA B T G, PIMENTA T L, GARCIA E M, SILVEIRA C D G. Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde Brasília - DF BRASIL. Fundamentos: considerando-se o atual período de transição entre o ensino médico tradicional (com foco no professor) e a aprendizagem centrada no aluno, a constante reavaliação e revalidação das incipientes estratégias de ensino desenvolvidas, tais qual a proposta, assume papel de destaque. Objetivos: determinar em que fase do curso de medicina a aprendizagem ativa (por meio de software interativo) da eletrocardiografia ocorre com maior efetividade. Delineamento: ensaio clínico controlado cego. Material: treinamento interativo desenvolvido pelos autores (acadêmicos de medicina), realizado no laboratório de informática da FEPECS, aos 65 acadêmicos voluntários. Métodos: eficácia do método de ensino foi comparada entre alunos de diferentes anos letivos da formação médica, por meio de pré-teste e pós-teste com prova sobre eletrofisiologia, interpretação de ECGs quanto a freqüência cardíaca, eixo, ritmo, sobrecargas, arritmias, bloqueios, infarto e isquemia. Resultados: as notas dos alunos no pré-teste e pós-teste foram 10% e 72% para o 2º ano, 5% e 77% para 3º ano, 22% e 80% para 4º ano e 39% e 81% para alunos do 6º ano. Conclusões: Os alunos do 3º ano foram os que tiveram maior incremento no conhecimento sobre eletrocardiografia, mas todas as séries apresentaram importante acréscimo no conhecimento prévio inclusive em alunos do 2º ano, o que sugere que o ensino precoce do ECG pode trazer bons resultados para a formação acadêmica. 9


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7. DISSECÇÃO CORONARIANA ESPONTÂNEA COM ENVOLVIMENTO DO TRONCO DA CORONÁRIA ESQUERDA: DESCRIÇÃO DE UM CASO DOCUMENTADO POR ULTRASSONOGRAFIA INTRACORONÁRIA E ANGIOCORONARIOGRAFIA SEJÓPOLES, JÁ, FERREIRA, ABRM, ASSIS TM, OMAIS AK, OLIVEIRA JC, AHMAD H, BARBOSA HO, FREITAS MMBB, FIGUEIREDO FR, MUNHOZ-ÚNIOR, NAJJAR A. Hospital Geral Universitário Cuiabá MT BRASIL. A dissecção coronariana espontânea é patologia de ocorrência incomum e rara causa de síndromes coronarianas agudas ou morte súbita. Acontecem preferencialmente em mulheres saudáveis, em idade fértil, no curso de gestações ou puerpério, sem fatores de risco conhecidos para doença coronariana. Seu diagnóstico pode ser definido através de angiografias coronarianas, tomografias coronarianas com múltiplos cortes, ultra-sonografias intra-coronarianas e em necrópsias. O seu tratamento não está definido consensualmente. É descrito um caso de dissecção coronariana espontânea ocorrido em uma jovem de 37 anos de idade, que se apresentou com quadro de infarto agudo do miocárdio sem elevação do segmento ST. Não se encontrava em período de gestação ou puerpério. Utilizou contraceptivo hormonal injetável (depo-medroxi-progesterona) aproximadamente sete semanas antes do evento (primeiro uso). Foi identificada dissecção da coronária circunflexa estendendo-se até o tronco da coronária esquerda, através de angiografias e de ultra-sonografia intra-coronariana (IVUS). Havia sinais de trombose em todo o trajeto da falsa-luz. Foi optado pelo tratamento conservador. Os autores comentam a evolução e fazem uma breve revisão da literatura.

8. COMPLICACÇÕES PULMONARES DO ANEL VASCULAR NA INFÂNCIA AZEVEDO M, TAKEUTI A, FARAH MCK, OMAIS M, GALERA MC RORATO, MG. UNIC Cuiabá MT BRASIL. Introdução: Anéis vasculares são malformações raras: <1% das cardiopatias congênitas. Os pacientes podem ser assintomáticos ou apresentar sintomas relacionados ao fenômeno compressivo da traquéia e/ou esôfago. Estes se apresentam em forma, gravidade e em idade variadas. Objetivo: Relatar um caso de anel vascular congênito diagnosticado tardiamente e comentar aspectos relevantes do caso e da literatura. Métodos e Resultados: Há seis meses foi avaliada menina de seis anos internada com quadro respiratório infeccioso. Havia relato de tosse desde o 2º dia de vida, associada a vômitos de secreção hialina. Evoluiu desde o primeiro mês de vida com episódios repetidos de broncoespasmo e pneumonias. Na internação atual apresentava-se em BEG, com tosse produtiva, dispnéica, corada, acianótica, pulsos normais.Tórax: aumento do diâmetro anteroposterior, ictus normal, BR NF 2T sem sopros, MV audível com estertores subcreptantes em base direita e sibilos difusos. RX Tórax mostrava hipotransparência pulmonar em base direita, aspecto que se repetia na revisão das radiografias anteriores. TC tórax: presença de bronquiectasia em lobo inferior direito. Seriografia de EED que evidenciou compressão esofágica extrínseca, aspecto importante e decisivo na suspeita diagnóstica de anel vascular. ECO: CIA e arco aórtico à direita. Angioressonância de tórax: presença de arco aórtico à direita, com origem de tronco braquicefálico esquerdo na face látero-posterior da aorta descendente, cruzando o mediastino em direção ao lado esquerdo. Foi proposta a realização de lobectomia do LID e correção cirúrgica do anel vascular. Conclusão: O caso ressalta a importância de investigar anomalias vasculares em crianças que apresentam afecções pulmonares crônicas. A realização de um esofagograma é o primeiro e importante passo para o diagnóstico 10


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9. DOENÇA DE KAWASAKI: RELATO DE CASO QUE EVOLUIU COM ANEURISMAS GIGANTES DE CORONÁRIAS STAUT LCG, CHAGAS LA, TOMIKO NADIA A, FRANCO VALMIR P, PASQUOLTTO FRANCIANE, FARAH, MCK. Universidade Federal de Mato Grosso Cuiabá MT BRASIL. Fundamento:A doença de Kawasaki é uma vasculite de origem desconhecida que pode associar-se a formação de aneurismas coronarianos. Objetivo: Relatar o caso de doença de Kawasaki atentando para a gravidade do comprometimento das coronárias. Relato de caso: J.J.M., 4anos e 1 mês, natural e procedente de Guiratinga –MT, que há 13 dias apresentava febre intermitente e principalmente no período noturno e hiporexia. Apresentava 5 nódulos dolorosos de 1cm de diâmetro em região cervical esquerda. Associado ao quadro apresentou dor de garganta, tosse seca e hiperemia de orofaringe, lábios, língua, axila e nádegas e descamação labial. Diagnosticou-se quadro de adenopatia sendo internado e medicado com ceftriaxona e, posteriormente com oxacilina. Evoluiu com dor local, hiperemia e aumento do número de nódulos. Melhorou após o uso de hidrocortisona. O encaminharam para Cuiabá com suspeita de doença de kawasaki. Ao exame físico, apresentou PA: 110x70 mmhg, descamação em face proximal e anterior de antebraço direito e leve descamação na região ungueal de pododáctilo direito, hiperemia e descamação de lábios, petéquias em palato e hiperemia de orofaringe. ECO mostrou dilatação aneurismática de coronárias, insuficiência mitral e leve aumento de átrio esquerdo. Hemograma com 519.000 plaquetas; PCR 1° dia: 321,9 MG/dl. Resultados: As imagens ecocardiográficas confirmaram o diagnóstico de doença de Kawasaki. Instituído a terapêutica adequada: infusão de imunoglobulina humana, AAS e anticoagulação oral. Realizado angiotomografia de artérias coronárias no Incor –SP que confirmou detalhes dos aneurismas. Conclusão: Os autores chamam a atenção para que o diagnóstico precoce de doença de Kawasaki possibilite a instituição do tratamento com IG humana para a prevenção da formação de aneurismas coronarianos.

10. FÍSTULA DE ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA PARA ÁTRIO DIREITO EM CRIANÇA EM PÓSOPERATÓRIO DE COMUNICAÇÃO INTERATRIAL OSTERNE EMC, ALEXIM GA, MELO CMK. Hospital de Base do Distrito Federal Brasília DF BRASIL. Introdução: As fístulas artério-venosas coronarianas são raras, estando presentes em 0,1 a 0,2% dos pacientes submetidos a coronariografia, sendo que 24% destas drenam em átrio direito. Normalmente os indivíduos evoluem assintomáticos, porém podem cursar com isquemia miocárdica e insuficiência cardíaca. Objetivo: Relatar o caso de uma criança de seis anos em pós-operatório tardio de correção cirugica de comunicação inter atrial (CIA) na qual foi diagnosticado fístula de artéria coronária esquerda para átrio direito, através de ecocardiograma no pós operatório tardio e sendo confirmado por estudo angiográfico. A paciente encontra-se assintomática, aguardando oclusão da fístula por via percutânea. 11


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11. AVALIAÇÃO HEMODINÂMICA E DA MECÂNICA RESPIRATÓRIA PRÉ E PÓS-PROTOCOLO DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA EM PACIENTES EM VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA MONÇALE AG, BITTENCOURT WS. UNIVAG Várzea Grande MT BRASIL. Introdução: Pacientes ventilados mecanicamente sofrem alterações da função mucociliar que pode resultar em inúmeras complicações. A fisioterapia cardiorrespiratória contribui minimizando os efeitos deletérios. Objetivo: Avaliar a eficácia da fisioterapia respiratória em pacientes submetidos à ventilação mecânica invasiva. Método: Foi realizado um ensaio clínico randomizado em paciente em ventilação mecânica internados na unidade de terapia intensiva adulto dos Hospitais Universitário Júlio Muller e Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, de ambos os sexos, com 48 horas ou mais em ventilação mecânica invasiva, sedados e sem uso de assistência circulatória mecânica. Após sorteio, no grupo 1 foi realizado o protocolo com Bag-Squeezing e no grupo 2 o protocolo de PEEP-ZEEP mensurando-se variáveis clínicas/hemodinâmicas e respiratórias antes e até 30 minutos após cada protocolo. Resultados: Participaram do estudo 6 pacientes do grupo de PEEP-ZEEP e 5 do grupo de Bag-Squeezing com média de idade de 50,5±16,3 e 57,8±4,7 respectivamente. Quando comparadas as medidas de complacência estática, resistência das vias aéreas, pressão de pico, pressão de platô, VC (volume corrente), VM (volume minuto) e saturação periférica de oxigênio entre os grupos não apresentaram diferença estatisticamente significantes (p>0,05), tanto pré e pós protocolo e ao longo do tempo. Observou-se um aumento do VC e VM e uma redução da freqüência cardíaca e pressão arterial nos dois grupos pré e pós protocolo, porém sem diferença significante entre elas. Conclusão: As técnicas de Bag-Squeezing e PEEP-ZEEP são seguras para se utilizar em pacientes em ventilação mecânica, pois não alteraram significantemente o comportamento hemodinâmico e da mecânica respiratória. Palavras-chave: fisioterapia, ventilação mecânica invasiva, terapia intensiva.

12. AVALIAÇÃO HEMODINÂMICA ANTES E APÓS O USO DE PEEP-ZEEP E BAG-SQUEEZING EM PACIENTES SUBMETIDOS À VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA MONÇALE AG, BITTENCOURT WS. UNIVAG Várzea Grande MT BRASIL. Introdução: A ventilação mecânica invasiva (VMI) é freqüentemente utilizada nas unidades de terapia intensiva (UTI) para manter a vida dos pacientes; mas, pode acarretar várias complicações, dentre elas, prejuízo do transporte mucociliar. Objetivo: Avaliar as alterações clínicas e as respostas hemodinâmicas pré e após aplicação das técnicas de Bag-Squeezing e PEEP-ZEEP em pacientes sob VMI. Método: Foi realizado um ensaio clínico randomizado em pacientes internados na UTI adulto dos hospitais Universitário Júlio Muller e Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, de ambos os sexos, não sedados, mínimo de 48 horas em VMI. Os pacientes foram aleatoriamente distribuídos em grupo 1 (submetidos a técnica de Bag-Squeezing) e grupo 2 (técnica de PEEP-ZEEP) mensurando-se as seguintes variáveis: freqüência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD), pressão arterial média (PAM) e saturação periférica de oxigênio (SpO2). Resultados: Participaram do estudo 9 pacientes de cada grupo com média de idade de 40,5±16,3 anos para grupo PEEP-ZEEP e 51,6±24,3 anos para o grupo de Bag-Squeezing. Quando comparadas as medidas de FC, PAS, PAD, PAM e SpO2 pré e pós Bag-Squeezing, através do teste T de student, não apresentaram diferença estatisticamente significantes (p>0,05). Para o grupo de PEEP-ZEEP foi encontrado diferença estatisticamente significante apenas na FC (p=0,028), observando-se uma redução após a aplicação da técnica. Não houve diferença entre as técnicas quanto às variáveis hemodinâmicas e a oxigenação, exceto a PAS que apresentou valores menores após Bag-Squeezing do que com PEEP-ZEEP (p=0,05). Conclusão: As técnicas de Bag Squeezing e PEEP-ZEEP são seguras para se utilizar em pacientes em ventilação mecânica invasiva, permitindo maior controle sobre os parâmetros hemodinâmicos e de oxigenação. Palavras–chave: fisioterapia cardiorrespiratória, Bag- Squeezing, PEEP–ZEEP 12


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13. PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA NA CIDADE DE ITIQUIRA – MT MONÇALE AG, BITTENCOURT WS UNIVAG Cuiabá MT BRASIL. Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma síndrome multifatorial, considerada um problema de saúde pública por sua magnitude, risco e dificuldades no seu controle. Sua importância reside no fato de apresentar prevalência aumentada (15 a 40% da população adulta) e conseqüências altamente lesivas. Objetivo: Determinar a prevalência da HAS na população adulta do município de Itiquira-MT e seus fatores de risco. Método: Foi realizado um estudo transversal com pacientes hipertensos residentes no município de Itiquira – MT, com faixa etária acima de 20 anos cadastrados no programa HiperDia. Os dados foram coletados no período de novembro de 2006 á fevereiro de 2007. Foram realizadas visitas domiciliares nas residências dos hipertensos moradores da zona urbana e rural. Resultados: A amostra foi composta por 225 hipertensos. Foram avaliados os seguintes fatores de risco: idade, sexo, tabagismo, sedentarismo, etilismo e hereditariedade. Em relação aos hipertensos do estudo, 55% eram do sexo feminino, 55% entre 41 a 60 anos, 50% cor parda, 20% fumante, 18% ingeriam bebida alcoólica diariamente e apenas 19% pratica atividade física. Quanto a antecedentes familiares, 33% apresentaram história de problemas cardíacos na família, 31% de diabetes e 36% de HAS. Além disso, 78% apresentaram renda inferior a três salários mínimos, 59% casados, 59% com 1º grau completo, 80% do lar e 60% faz dieta alimentar. A prevalência de hipertensos no município de Itiquira foi de 22,3%. Conclusão: A prevalência da HAS no município de Itiquira-MT é alta, predominante em mulheres, faixa etária acima de 40 anos e em pessoas sedentárias. Palavras – chave: Hipertensão Arterial Sistêmica, Saúde pública, Prevalência

14. SÍNCOPE NA INFÂNCIA: NEM SEMPRE UMA SITUAÇÃO BENIGNA. RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA STAUT LCG, CHAGAS LA, TOMIKO NA, FRANCO V, SALERNO HD, FARAH MCK. Universidade Federal de Mato Grosso Cuiabá Mt BRASIL. Fundamentos:Embora a síncope na infância frequentemente seja interpretada como benigna, pode estar associada a uma situação de risco. Objetivos: Relatar o caso de paciente com quadro de crises convulsivas e síncopes desencadeadas pelo esforço físico. Relato de caso: Paciente, 7 anos, masculino, relato de crises convulsivas de difícil controle. Desde os dois anos apresentava síncopes muito freqüentes, em geral desencadeadas por esforço físico. No início do acompanhamento médico obteve-se resultados de ECG e Ecocardiograma normais, o que a principio afastou envolvimento cardíaco. Sem história familiar de síncope, morte súbita e arritmia. Estava em uso de anticonvulsivantes. Ao exame físico apresentou PA 82/57mmhg, ausculta cardíaca normal: BRNF 2T - sem sopro, desdobramento fisiológico B2. Exames complementares: ECG ritmo sinusal normal para a idade, QTc=0,40”; Holter - várias extrasístoles supraventriculares (60) e ventriculares (240) isoladas e pareadas (6) e 2 episódios de taquicardia supraventricular não sustentada - paciente não referiu sintomas durante o exame; Teste Ergométrico: extrasístoles supraventriculares e ventriculares freqüentes e episódios taquicardia supraventricular no esforço, na fase de recuperação voltou ao ritmo sinusal.Submetido a Estudo Eletrofisiológico e com a injeção de isoproterenol foi desencadeado taquicardia ventricular que evoluiu para fibrilação ventricular sendo realizado a desfibrilação com sucesso. Resultados: Confirmado o diagnóstico de Taquicardia Ventricular Polimórfica Catecolaminérgica e iniciado uso de propranolol. Conclusão: Quando a criança apresenta síncope desencadeada por esforço físico é necessária uma investigação específica para avaliação de arritmias, principalmente buscando o diagnóstico de Taquicardia Ventricular Polimórfica Catecolaminérgica e Síndrome do QT longo. 13


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15. CHOQUES INAPROPRIADOS EM PACIENTE COM SÍNDROME DE BRUGADA PORTADOR DE CDI COM “HOME MONITORING” PARA PREVENÇÃO PRIMÁRIA DE MORTE SÚBITA CARDÍACA OLIVEIRA JC, OMAIS AK, MARCHESE M, BARANHUK B, MATOS C, AHMAD H, ASSIS TM, SOUZA SP. Introdução: Síndrome de Brugada é uma causa de morte súbita em pacientes com coração estruturalmente normal e alterações no canal de sódio codificada pelo gene SCN5A, tendo como única opção terapêutica confiável o implante de CDI em casos selecionados. Objetivo: Relatar um caso de múltiplos choques inapropriados por disfunção de cabo-eletrodo ventricular em paciente com Síndrome de Brugada portador de CDI apesar de alerta pelo sistema “Home Monitoring”. Relato do Caso: ZM, 48 anos, casado, empresário, procedente de Vilhena-RO, com história de morte súbita familiar (irmão aos 38 anos), apresentando ECG com alteração espontânea sugestiva de Síndrome de Brugada (supradesnivelamento de ST de V1 a V3, com morfologia semelhante a bloqueio de ramo direito). Submetido a implante de CDI dupla câmara transvenoso marca Biotronik, modelo Lumax 300 DR-T para prevenção primária de morte súbita, sendo monitorado pelo sistema “Home Monitoring”. Evoluiu por 16 meses sem eventos, porém em 02/2009 o sistema “Home Monitoring” informou a ocorrência de ruído no canal ventricular do CDI, podendo levar a ocorrência de choques inapropriados. Entramos em contato com o paciente que referiu dificuldade para se deslocar a Cuiabá antes do carnaval, orientamos a comunicar caso houvesse algum choque. Na noite do mesmo dia ocorreram 46 choques inapropriados, sendo interrompidos somente após o paciente conseguir comunicar e orientarmos a colocação de imã sobre o gerador. Transferido para Cuiabá e efetuado a troca do eletrodo que não tinha sofrido alterações nos parâmetros eletrônicos. Conclusão: Choques inapropriados em portadores CDI para prevenção primária trazem grandes transtornos ao paciente, porém podem ser evitados através do sistema “Home Monitoring” se atendido e corrigido a tempo.

16. DIAGNÓSTICO CLÍNICO DA SÍNDROME DE MARFAN CLÁSSICA: RELATO DE CASO OMAIS AK, OLIVEIRA JC, MARCHESE M, BARANHUK B, AHMAD H, ASSIS TM, BARROS, TFB, BUMLAI MM, FERNANDES V, CARVALHO VV. Hospital Geral Universitário de Cuiabá. Atrium Centro de Cardiologia de Mato Grosso Introdução: A síndrome de Marfan (SM) é a doença do tecido conjuntivo mais freqüente e de herança autossômica dominante, com incidência estimada de 1/10.000 a 20.000 indivíduos. Caracteriza-se clinicamente por alterações clássicas envolvendo os sistemas cardiovascular, musculoesquelético e ocular. Apresentamos relato de caso clássico da entidade. Relato de Caso: Paciente de 39anos, masculino, sem queixas cardiovasculares, encaminhado para avaliação de rotina. Historia Familiar: pais e 11 irmãos vivos e sadios. Exame físico: fenótipo marfanóide, retrognatia, enoftalmia, pectus carinatum, cifoescoliose. RCR, 2T, BHF, SS FM +/6+ e diastólico FAo+ /6+. Abdome: escavado, RHA +, indolor, flácido, sem VCM. Extremidades: aracnodactilia, com presença dos sinais de Steinberg e Walker-Murdoch. Amaurose em OE, miopia em OD com deslocamento de cristalino. ECO: dilatação de raiz de aorta (21/05/07 AO 45mm; 27/03/08: AO 48mm; 20/09/08: AO 50mm), insuficiência aórtica discreta/moderada, prolapso com insuficiência mitral discreta. Iniciado tratamento clinico com losartana e atenolol e encaminhado para cirurgia cardíaca para correção da dilatação aórtica Comentários: A SM é de herança dominante e 25 % dos casos ocorre por diversas mutações, sendo as mais freqüentes encontradas no gen da fibrilina 1 e 2. Os achados clínicos do caso relatado preenchem critérios maiores e menores da doença e sugere uma mutação, devido à ausência de histórico familiar. Embora não exista cura, um correto acompanhamento médico pode melhorar significativamente o prognóstico e a sobrevida do doente. A indicação de correção de aneurisma deve ser realizada de forma mais precoce para prevenção de dissecção de aorta. 14


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17. ENDOCARDITE DE LIMAN-SACKS EM JOVEM COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: RELATO DE CASO OMAIS AK, OLIVEIRA JC, MARCHESE M, BARANHUK B, AHMAD H, ASSIS TM, FERNANDES V, BUMLAI MBM, COLMANETTI LM, NUNES EC. Hospital Geral Universitário de Cuiabá - Atrium Centro de Cardiologia de Mato Grosso Introdução: Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença auto-imune que pode acometer o coração, levando a lesões do miocárdio, válvulas e coronárias. Aqui apresentamos uma manifestação atípica de LES associado à endocardite de Libman-Sacks (LS). Relato de Caso: Q.C.S.P., 21 anos, feminina, evoluiu com quadro de insuficiência cardíaca descompensada, afebril, no 2º dia pós-parto normal. Exame físico: REG, taquicárdica, taquipnéica, palidez cutâneo-mucosa 2+/6, RCI, 3T, B3, BNF, SS FM 3+/6, hepatoesplenomegalia. Laboratório: pancitopenia e FAN positivo (padão nuclear homogêneo). ECG: ritmo de fibrilação atrial. ETE: hipocinesia difusa do VE, vegetação em face atrial de mitral, insuficiência mitral importante, hipertensão discreta de artéria pulmonar, aumento importante de câmaras esquerdas. Hemoculturas negativas, inclusive para grupo HACEK. TC abdome: áreas sugestivas de infarto esplênico. Submetida a pulsoterapia empírica para LES de manifestação atípica, obtendo boa resposta (clínica e laboratorial), recebeu alta com terapia otimizada para IC, tratamento para a patologia de base e indicação de troca valvar mitral. Comentários A endocardte de LS ocorre em uma minoria de pacientes com diagnóstico de LES. Moyssakis e cols mostraram prevalência da entidade de 11% em 342 pacientes com LES ao ecocardiograma transtorácico. Roldan e cols demonstraram prevalência de 43% ao ecocardiograma transesofágico Associado ao quadro, a paciente apresentou fenômeno embólico e boa evolução após tratamento específico da doença de base.

18. ANASARCA EM PACIENTE JOVEM DEVIDO À PERICARDITE CONSTRITIVA: RELATO DE CASO OMAIS AK, OLIVEIRA JC, MARCHESE M, BARANHUK B, AHMAD H, ASSIS TM, CARVALHO VV, BUMLAI MBM, ADORNO-FILHO ET, IVOGLO LGC, DIEHL DBA. Hospital Geral Universitário de Cuiabá - Atrium Centro de Cardiologia de Mato Grosso Introdução: Pericardite constritiva (PC) é o espessamento fibroso e calcificação do pericárdio, com conseqüente perda da elasticidade. O quadro é tipicamente crônico. Apresentamos um caso de anasarca devido à PC, com evolução favorável após tratamento cirúrgico. Relato de Caso: A.S.R, 20anos, masculino, há 2 anos com dispnéia progressiva, há 8 meses evoluindo com aumento de volume abdominal, edema de MMII, dispnéia em repouso, ortopnéia, cianose labial e edema periorbitário. Exame físico: taquipnéia, taquicardia, RCI, 2T, BNF, sem sopros, estertores crepitantes 1/3 inferior HTD. Abdome ascítico, hepatomegalia, edema de MMII e periorbitário. ECG de um ano antes da internação: ritmo sinusal, com sobrecarga importante de câmaras esquerdas. ECG da internação: FA com sobrecarga de VE. ECO: aumento AE com difícil visualização do ventrículo (tanto ao ETT quanto ao ETE). RX tórax: calcificação em torno da área cardíaca, melhor visualizada em perfil. Resolução do quadro após tratamento clínico e pericardiectomia.Comentários: A PC pode ocorrer após qualquer processo que cause inflamação do pericárdio. A causa mais freqüente é idiopática ou viral, podendo também ocorrer após cirurgia cardíaca, radioterapia, colagenoses e doenças infecciosas. A clínica é de evolução lenta, caracterizada por sinais de congestão venosa sistêmica, que progridem para baixo débito. Pericardiectomia, quando possível, pode melhorar a evolução do quadro, como no caso relatado. 15


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19. INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ASSOCIADA À LINFADENITE NECROTIZANTE AGUDA (DOENÇA DE KIKUCHI-FUJIMOTO): RELATO DE CASO OMAIS AK, OLIVEIRA JC, MARCHESE M, BARANHUK B, AHMAD H, ASSIS TM, FERNANDES V, BUMLAI MBM, DIEHL DBA, ADORNO-FILHO ET, IVOGLO LGC, SILVA OG, MORAES LB. Hospital Geral Universitário de Cuiabá - Atrium Centro de Cardiologia de Mato Grosso Introdução: A doença de Kikuchi-Fujimoto (DKF), também conhe­cida como linfadenite histiocítica necrotizante, é patologia rara, de causa desconhecida, que afeta mulheres com menos de 40 anos. Associação com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é comum, compartilhando características como febre, artralgia e leucopenia. Relatamos um caso de evolução desfavorável, com acometimento cardíaco e possível associação com LES. Relato de Caso: E.M.A., 26anos, feminino, com anemia, astenia, artralgia há 2 anos e febre, sudorese noturna e linfadenomegalia indolor difusa e hepatomegalia há 30 dias. ECO: disfunção sistólica importante do VE e derrame pericárdico. Laboratório: anemia microcítica e hipocrômica, VHS 118mm/h, sorologia para Epstein-Barr IgG e IgM reagentes, FAN positivo (padrão nuclear homogêneo). Anatomopatológico de linfonodo cervical: linfadenite necrotizante, sugestivo de DKF e imunohistoquímica compatível com DKF. Evoluiu com insuficiência hepática e renal e, posteriormente, com choque cardiogênico refratário e óbito. Conclusão: A DKF apresenta uma evolução benigna e auto-limitada, na maioria dos casos. A forma de apresentação mais freqüente é a linfadenopatia cervical ou supraclavicular. Linfadenopatia generalizada ocorre em 5% dos casos. O envolvimento extranodal é raro, mas descrito nos rins, coração, fígado, TGI, tireóide, paratireóides, adrenais e medula óssea. O diagnóstico é realizado pelas alterações observadas ao anatomopatológico e imunohistoquímica. A ausência de neutrófilos na fase necrotizante ajuda a distinguir a condição de LES e linfadenopatia induzida por drogas. O tratamento é realizado com corticóides e hidroxicloroquina. Não há casos muitos casos semelhantes publicados, porém, Chan e cols apresentaram relato com desfecho desfavorável na associação de insuficiência cardíaca e DKF.

20. MIOCÁRDIO NÃO COMPACTADO ISOLADO DE VENTRÍCULO DIREITO: RELATO DE CASO OMAIS AK, BARANHUK B, MARCHHESE M, OLIVEIRA JC, AHMAD H, ASSIS TM, ASSIS FO, AMARAL CMO, CORDEIRO BO, ABECH DD, BUMLAI MBM. Hospital Geral Universitário de Cuiabá - Atrium Centro de Cardiologia de Mato Grosso Introdução: A não compactação isolada ventricular é cardiomiopatia rara, com alterações estruturais do miocárdio ventricular, resultantes da parada na compactação intrauterina das fibras do miocárdio. O acometimento ventricular esquerdo (VE) é mais comum. Manifestações clínicas são insuficiência cardíaca, arritmias ventriculares e fenômenos tromboembólicos. Apresentamos caso raro de acometimento isolado de ventrículo direito (VD). Relato de Caso: Paciente de 38anos, feminino, com cansaço, dispnéia aos mínimos esforços, ascite, edema de MMII e hepatoesplenomegalia. ECG: sobrecarga de VD, BDPI, ES atriais isoladas. ECO: aumento importante de cavidades direitas, numerosas trabeculações e excessivamente profundas tanto ao eixo apical, paraesternal em parede livre de VD com fluxo turbulento, relação não compactação∕compactação >2 na diástole final, insuficiência tricúspide importante, PMAP 22mmHg, PSAP 43mmHg. TC abdome: ascite, hepatoesplenomegalia, dilatação de veia cava inferior. Evoluiu com piora progressiva após 19 dias de internação por choque misto e óbito. Comentários: Cardiomiopatia isolada ventricular é rara. A prevalência desta cardiopatia é de 0,045%. A não compactação do miocárdio ventricular envolve um ou mais segmentos do miocárdio do VE, frequentemente a região ínfero-apical. O ápice do VD geralmente apresenta estrutura trabecular normal, intensa e de difícil diferenciação entre normal e patológico. Trabeculações proeminentes e paredes hipocinéticas do VD acompanham a não compactação do VE em até 41% dos casos. O início dos sintomas é variável, aparecendo até a sexta década. O prognóstico é melhor quando o paciente é assintomático. Este caso chama atenção pelo acometimento isolado do VD sem alteração do VE e por preencher todos os critérios já descritos por Jenni e cols para não compactação cardíaca. A RNM e anatomopatológico têm importância, mas ecocardiograma é o método de eleição devido ao custo-benefício, efetividade e fácil realização. 16


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21. MIXOMA ATRIAL COMO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA SÍNDROME DE APNÉIA/HIPOPNÉIA OBSRUTIVA DO SONO: RELATO DE CASO OMAIS AK, OLIVEIRA JC, MARCHESE M, BARANHUK B, AHMAD H, ASSIS TM, CARVALHO VV, CAS, K, BARROS TF, BUMLAI MBM. Hospital Geral Universitário de Cuiabá - Atrium Centro de Cardiologia de Mato Grosso Introdução: O mixoma cardíaco é o tumor primário do coração mais comum e representa aproximadamente 75% a 80% dos tumores cardíacos cirúrgicos. Apresentamos um relato de caso de paciente com quadro de dispnéia paroxística noturna e mixoma de átrio esquerdo (AE). Relato de Caso : MLVCR, 55anos, feminino, relato de precordialgia, mal estar, fraqueza, dispnéia progressiva e três episódios de dispnéia paroxística noturna. Em tratamento irregular de HAS. Exame físico: BEG, acianótica, eupnéica, afebril. PA: 160/100mmHg. IMC: 33,3. ACV: RCR, 2T, BNF, sem sopros. AR: MVUA, sem RA. Abdome: globoso, RHA +, indolor, flácido, sem VCM. Realizada polissonografia devido à dispnéia súbita noturna que evidenciou SAHOS leve. ECO: presença de massa em AE , móvel, aderida ao septo interatrial, obstruindo orifício valvar mitral durante sístole atrial, medindo 3.26 x 2.96 cm, sugestivo de mixoma atrial, AE dilatado e função sistólica do ventrículo esquerdo normal. Submetida a retirada do tumor, com posterior diagnóstico anatomopatológico de mixoma atrial, medindo 4,2 x 3,3 x 2,5cm. Comentários: Os tumores primários do coração são raros, com incidência entre 0,0017% e 0,3%, achados aleatoriamente, em necrópsia. Em uma série de casos de 112 pacientes, a idade média de apresentação do quadro clínico foi de 50 anos, 2/3 ocorrendo no sexo feminino e 75% acometendo o átrio esquerdo. O tamanho do tumor pode variar de 1 a 15 cm. As manifestações clínicas podem ser embolização sistêmica, dispnéia, palpitações e síncope. O tratamento de escolha é a remoção cirúrgica, que geralmente é curativa.

22. TEMPESTADE ELÉTRICA EM PACIENTES PORTADORES DE CARDIOMIOPATIA CHAGÁSICA E CDI: RELATO DE CASO OLIVEIRA JC, OMAIS AK, MARCHESE M, BARANHUK B, AHMAD H, ASSIS TM, CARVALHO VV, SIGNOR KK, COLMANETTI LM, NUNES EC, DIEHL DBA. Hospital Geral Universitário de Cuiabá - Atrium Centro de Cardiologia de Mato Grosso Introdução: Tempestade elétrica (TE) é definida como três ou mais episódios de TV sustentada em 24 horas. Sua ocorrência em pacientes com CDI é 10-20%, podendo estar relacionada à má aderência ao tratamento, distúrbio eletrolítico, overdose de tricíclicos ou isquemia miocárdica. Caso Nº 1 - J.E.J, 62anos, masculino, portador de cardiomiopatia chagásica com palpitações, síncope e dispnéia. Holter: ESV e taquicardia supraventricular. ECO: hipocinesia ínfero-lateral, acinesia apical de VE. ECG e EEF documentaram TVS. Tentativa de ablação sem sucesso e posterior implante de CDI. Após 6 meses, em uso irregular das medicações, evoluiu com TE (4 choques diários). Exame físico: RCI, BNF, sem sopros. Nova tentativa de ablação por EEF da TVS sem sucesso. Melhora do quadro com amiodarona e otimização das medicações. Alta hospitalar com acréscimo de propafenona e proposta de novo EEF. Caso Nº 2 - P.S.C., 44anos, masculino, taquicardia e síncope há 5 anos, cardiomiopatia chagásica em tratamento clínico. Há 7 meses com episódios de TVS ao ECG. EEF: TVS com degeneração para FV e posterior desfibrilação ventricular. Realizado implante de CDI e associação de amiodarona. Após 6 meses, TE e IC descompensada por abandono do tratamento. ECO: cardiomegalia importante, disfunção sistólica importante de VE. Estabilidade clínica após ajuste das medicações e reprogramação do CDI. Caso Nº 3 - J.R.F., 67anos, masculino, com cardiomiopatia chagásica, IC, FA, TVS e BAVT com implante de CDI há 7 anos. Admitido com IC descompensada. Exame físico: RCI, 2T, sem sopros. ECG e avaliação do CDI demonstraram FA, sendo submetido à cardioversão química (amiodarona). Seis dias após apresentou precordialgia, palpitações, tontura e 15 descargas do CDI. Obteve melhora clínica após otimização do tratamento antiarritimico. Comentários: TE é uma situação clínica de extrema gravidade que pode levar a choques sucessivos, terapias por overdrive pelo CDI, gerando alta morbidade, risco de morte súbita e descarga rápida da bateria do dispositivo. A droga de escolha para manejo inicial é amiodarona. β-bloqueadores também são utilizados. Quando o controle farmacológico não é alcançado ou quando a TV é incessante, a ablação por catéter torna-se uma medida terapêutica salvadora e eficaz. Por fim, transplante cardíaco fica reservado como última tentativa de tratamento. Apresentamos três casos provavelmente precipitados por uso irregular das medicações, com resolução após otimização da terapia e reprogramação do dispositivo. 17


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23. RELATO DE CASO: ICTUS CORDIS DESVIADO E DOR TORÁCICA POR EMPIEMA MEDIASTINAL OLIVEIRA WK, OLIVEIRA NR. Serviço de Cardiologia do Hospital Regional do Gama (HRG), Distrito Federal, Brasil. Introdução: ictus cordis está normalmente localizado no 5° EICE na linha hemiclavicular, porém algumas situações podem desviá-lo, com causas cardíacas (situações que aumentam o VE e/ou o VD comprimindo o VE) e extracardíacas (compressão cardíaca extrínseca). Objetivo: Relatar um caso de empiema crônico mediastinal ântero-inferior em portador do vírus HIV, simulando aneurisma de ponta cardíaca, com dor torácica e compressão cardíaca desviando ictus cordis. Materiais e Métodos: Através de informações da anamnese, exame físico e exames complementares, contidas no prontuário do paciente. Relato do Caso: V.Q.M., 30 anos, masculino, admitido no PS de Clinica Médica do HRG, dia 13/03/09, com quadro de dor torácica há +/2 semanas em região subcostal anterior E e cansaço. AP/F: HIV + e Hepatite B há 10 anos sem tratamento regular, Tuberculose pulmonar em tratamento há 4 meses, Neurotoxoplasmose prévia, tabagista, ex-etilista e ex-usuário de drogas. Na admissão: REG, consciente, orientado, FR=24, FC=100, PA=100x70, T=36.1°C. AR: MV diminuído em base E. ACV: massa pulsátil dolorosa, +/- 6 cm, em região de ictus cordis, entre o 7° e 8° EICE na linha hemiclavicular. ABD e EXT: sem alterações. Exames realizados: Ht 34.3, Hb 11.2, Lc 5.07. Rx de tórax: hipotransparênica discreta em base pulmonar E. ECG: sem alterações. Ecocardiograma: FE = 66%, coleção extracardíaca comprimindo VD, sem demais alterações. TC de tórax: imagem sugestiva de empiema mediatinal ântero-inferior. Recebeu antiretrovirais e antibioticoterapia, além da drenagem de tórax e mantido esquema RIP, evoluindo com melhora clínica gradativa. Discussão: Paciente adulto jovem HIV + com quadro sugestivo de aneurisma de ponta cardíaca, o qual foi descartado após exames complementares, identificandose um quadro infeccioso mesmo com exame físico pouco alterado e exames laboratoriais normais. O tempo de evolução e tratamento instituídos foram importantes para que essa compressão sobre o VD não provocasse repercussão cardíaca. Conclusão: Nesse caso tem-se um paciente com desvio de ictus cordis por empiema mediastinal. Essa é uma causa extracardíaca incomum de desvio de ictus, mas deve ser investigada em imunodeprimidos que podem fazer quadros atípicos em diversas situações.

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RESUMO DAS COMUNICAÇÕES


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