PORTFÓLIO 2025 - tiago mitsuo

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Uma certa intuição do projeto que traz o sentido de esboço. Investigo um processo pouco linear feito de fios de pensamentos, como feixes soltos, independentes e anárquicos, contraditórios em vários momentos e que precisassem ser unidos de alguma maneira para que se dê o projeto - Enric Miralles?; a construção de uma constelação de imagens poéticas - tanto textuais quanto projetuais - capazes de transladar e traduzir sentidos e , por fim, ressignificar todo esse novelo em uma totalidade que podemos chamar de projeto. A busca de um certo caos, de um processo circular, errante que constroi uma intenção que talvez só seja compreendida no final - ou não -, mais do que de um partido como uma baliza com diretrizes claras por onde seguir. Desejo, afetos, memória, inconsciente e intuição constróem esses projetos - a clareza de um pensamento racional inequívoco, de causas e consequências, não foi o que norteou todo o processo. A visão cristalina cedeu lugar a uma tentativa de visão caleidoscópica, onde a desculpa de se fazer o projeto acaba por se tornar a lente através da qual podemos lançar novos olhares, atentos, como se quiséssemos ver pela primeira vez, aquilo que já internalizamos sem pensar, ou sentir.

A feitura desse trabalho - aqui incluo todos os projetos e o meu TCC, desenvolvidos nos últimos meses - me deu a motivação para tê-lo feito: não sabia o que estava querendo responder, mas agora sei a pergunta.

“E que a escala do mundo não destrua a escala dos lugares” (Marta Bogéa)

Pesquisa/extensão - PET Arquitetura: humanização UTI neonatal do HU | 2019

Pesquisa - Transurbanogramas do centro de São Paulo | 2019

Pesquisa/Extensão - Métodos de planejamento participativo | 2020

Projeto Moradia Estudantil Indígena UFSC | 2023

Programa Periferia Viva - Frei Damião - Residência em ATHIS | 2024

Pimont Arquitetura | Jan 2021 - Jun 2022

Marchetti Bonetti | Ago 2021 - Ago 2022

Bloco B | Ago 2022 - em andamento

Archicad; Sketchup; LAYOUT; Photoshop; V-ray; Twinmotion; Enscape; Lumion; D5 Render

ACADÊMICO

Engenharia Aeronáutica USP São Carlos

Engenharia Mecânica UFSC

Arquitetura e Urbanismo UFSC

Mestrado FAUUSP - Área de Projeto

ESTÁGIOS SOFTWARES

2015

2016 - 2018

2019 - 2025

2025 -

TIAGO MITSUO NAGASAKI itu, SP 19/03/1996

ESTUDANTE - ARQUITETURA E URBANISMO UFSC florianópolis, SC

cbca 24projeto travessias p. 08]

coletivo de artistas p. 18]

[002

centro cultural p. 24]

habitação estudantil p. 30]

concurso fiocruz covid “tudo que é sólido...” p. 38]

PROFESSORES

RICARDO SOCAS WIESE PROJETO COM ISABELLA SAVI

2º LUGAR - CONCURSO CBCA 2024 - PROJETO “TRAVESSIAS” SVERRE FEHN, ENRIC MIRALLES,SMILJAN RADIC, COLECTIVO C733, MARTA BOGÉA, TO ARQUITECTURA, VÃO, MESSINA RIVAS, PETER ZUMTHOR, GRUA, TSUYOSHI TANE, CARLA JUAÇABA, ALDO ROSSI, ALDO VAN EYCK,LINA BO BARDI, GUSTAVO UTRABO, STEVEN HOLL, PALLASMAA, JUNYA ISHIGAMI, BERNARD TSCHUMI

LUGAR: A Praia da Guarda do Embaú, na divisa entre Palhoça e Paulo Lopes, em Santa Catarina, possui uma localização estratégica para a preservação da biodiversidade no sul do Brasil. Situada na Bacia Hidrográfica do Rio da Madre, está localizada na confluência das Unidades de Conservação Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca e APA do Entorno Costeiro, áreas tombadas pela UNESCO como Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. Além disso, a área é uma Reserva Mundial de Surf, primeira do Brasil e se destaca pelas belezas naturais e por sua relação forte entre o mar e o rio. Atualmente, o principal acesso à praia se dá por pequenos barcos que fazem a travessia do rio da Madre, fato que compõe uma paisagem cultural da região.

OBJETIVOS: Em função da relevância ambiental, propõe-se a construção de um centro ecológico. O conjunto poderá servir como pólo de pesquisa sobre a fauna e flora locais, além de promover o turismo ecológico, a educação ambiental e o desenvolvimento econômico da região, contribuindo diretamente para o cumprimento do 13° Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS 13), que visa combater as mudanças climáticas e seus impactos. enquanto nos convida para um passeio.

PROGRAMA o projeto abre interfaces tridimensionais de apreensão da natureza como ambiente e como conjuntos de fenômenos mensuráveis. O programa, instituto de pesquisas ambientais e de monitoramento dos ecossistemas da Bacia da Guarda,também cumpre função educativa, ao propor uma rota educativa que permite um contato direto tanto com exposições quanto com a natureza propriamente dita. O conceito, portanto, tem dimensões tanto poética quanto programáticas, uma vez que a função primordial do projeto é propor uma travessia transformadora. Observar / interagir / perceber as aves, os peixes, os insetos, as plantas é parte do programa e parte do projeto.

CONCEITO: A área escolhida tação do projeto situa-se da Madre e a Praia do centrinho. O conceito de travessias, que entende mas também o ser atravessado rio e pela imersão na to surge de uma linha águas e propõe uma travessia neira inesperada, que diferentes pontos do projeto se implanta. nha que oscila, existem vimento e estabilidade; ancorar e navegar; o projeto-ponte, buscamos entendimento de nossa da relação entre mar, ra e como tudo está conectado passarelas fazem essa enquanto nos convida conceito, portanto, conceituais quanto programáticas.

ESTRUTURA A partir de que navegar é um equilíbrio projeto se materializa se equilibra e se torce A estrutura base é treliça com dois pontos ela, a seção composta tantes - com um esqueleto repetido ao longo de um movimento, como se, travessia, o projeto me nossa passagem, jogando ora para dentro, ora ção às águas e ao horizonte.

escolhida para a implansitua-se entre o rio da Guarda, afastado conceito do projeto é o entende o atravessar, atravessado pelo fluxo do na natureza. O projelinha que vibra sobre as travessia do rio de maque abrem visuais para do ecossistema onde o implanta. A partir dessa liexistem dicotomias - moestabilidade; peso e leveza; rio e a terra. Com o buscamos reestabelecer um nossa posição no mundo e mar, restinga, rio, terconectado - os decks, essa conexão simbólica convida para um passeio. O tem dimensões tanto programáticas.

de um entendimento de equilíbrio instável, o materializa como estrutura que torce sobre as águas. configurada por uma pontos de apoio e sobre composta por vigas e monesqueleto de baleia - é 60 m, materializando se, ao percorrermos a se torcesse conforjogando nossos olhares para fora, em direhorizonte.

PROFESSORES

AMÉRICO ISHIDA, LUCAS SABINO, MAÍRA LONGHINOTTI

PROJETO INDIVIDUAL

COLETIVO DE ARTISTAS TERRA E TUMA, SPBR PAULO MENDES DA ROCHA, LINA BO BARDI, BARRAGAN, VIRGÍNIA WOOLF, MARK ROTHKO, HIROSHI SUGIMOTO, CENTRE POMPIDOU, BERNARDES, TEATRO OFICINA, SESC POMPEIA, ATELIER BOW WOW, AIRES MATEUS, RICHARD ROGERS, PARC DE LA VILLETTE, PETER BROOK, CARLA JUAÇABA, KARAZA THEATER - TADAO ANDO, PROMETEO MUSICAL SPACE - RENZO PIANO

Espaço para um coletivo de artistas localizado no centro fundacional de Florianópolis. O terreno estreito e comprido (6 x 25 m) foi o ponto de partida para a espacialidade do projeto. Desde o começo, buscou-se um desenho linear, com poucas interrupções visuais entre o começo e o final do terreno, de modo a conseguir um melhor aproveitamento do espaço.

A luz natural foi pensada em feixes de forma a afirmar a linearidade do projeto. O programa se divide entre o térreo multiuso para apresentações e exposições e o pavimento superior com mesas e espaços de escritório.

A construção se abre para a rua. As portas pivotantes - que também são superfícies para exposição de artes - servem como uma interface que conecta o espaço das artes com a cidade, de maneira a propor um diálogo direto com a rua.

PROFESSORES

PROJETO COM DIEGO CARAMEZ

CENTRO CULTURAL METRO ARQUITETOS, TADAO ANDO, MI CASA VOL C, GRANDE SERTÃO VEREDAS, VIRGÍNIA WOOLF, EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO, AFROSAMBAS BADEN POWELL, TROPICÁLIA, LINA BO BARDI, JUNICHIRO TANIZAKI

ÍTALO CALVINO, ANGELO BUCCI, JOSÉ SARAMAGO

JOÃO

A disciplina de projeto III foi encarada como uma possibilidade de experimentação estrutural, de texturas e materiais. No projeto, a partir de uma estrutura “limpa” de madeira laminada colada com fechamentos de policarbonato e vidro - que dão o tom equilibrado do projeto - optou-se pela adição de materiais e texturas contrastantes (andaimes, pedras, texturas rústicas) para “tensionar” a composição do espaço.

O programa foi pensado de modo a garantir uma diversidade de usos coletivos - aulas e apresentações de grupos - e individuais - com exposições e espaços de permanência.

A intenção foi a criação de um espaço vivo, dinâmico e que pudesse ser tanto um espaço de passagem quanto de permanência.

O espaço se configura como uma grande caixa suspensa de policarbonato alveolar que resguarda o interior mas permite a entrada de luz e a circulação de ar. Quatro pilares sustentam uma superestrutura protentida que atiranta um mezanino que se abre para permitir a passagem de luz para o térreo. Por meio de uma escadaria/arquibancada, interligou-se a rua General Bittencourt e Hercílio Luz.

PROJETO VIUFSC LOCALIZAÇÃO FLORIANÓPOLIS, SC

PROFESSORES

RICARDO SOCAS, EDUARDO WESTPHAL

PROJETO INDIVIDUAL

HABITAÇÃO ESTUDANTIL

INÊS LOBO, REM KOOLHAAS, HERZOG & DE MEURON, KAZUYO SEJIMA, METABOLISMO, BERNARD TSCHUMI , TRIPTYQUE, MMBB, SPBR, ÁLVARO SIZA, BERNARDES, EDUARDO SOUTO DE MOURA, RAFAEL MONEO, KENGO KUMA, PETER ZUMTHOR, GUSTAVO UTRABO, GLÓRIA CABRAL, SOU FUGIMOTO, KENZO TANGE, ATELIER BOW WOW 2023/1 DISCIPLINA

PHOTOSHOP - HUMANIZAR AR, VEGETAÇÕES, PESSOAS

Legenda:

Projeto de habitação estudantil localizado próximo ao campus da universidade. A concepção do projeto se deu pelo desejo de manter a topografia original, criando espaços fluídos de convívio em todo o térreo do edifício. No interior do edifício, priorizou-se a criação de espaços coletivos, incentivando a troca de experiências dos moradores. Nesse projeto, a habitação desenvolvida no semestre anterior foi repensada para possibilitar a acomodação de mais estudantes.

UNIVERSIDADE

01 CORRIMÃO DE MADEIRA; 02 PERFIL TUBULAR DE ALUMÍNIO 2 x 2 cm; 03 MONTANTE DE ALUMÍNIO; 04 TELA METÁLICA ; 05 CONTRAPISO; 06 PISO; 07 CANTONEIRA DE ARREMATE DO PISO E CONTRAPISO ; 08 LAJE DE STEEL DECK e= 0,95mm; 09 CANTONEIRA METÁLICA PARA APOIO DO STEEL DECK; 10 VIGA EM PERFIL METÁLICO GERDAU W460x82; 11 FORRO DE GESSO; 12 PERFIL TUBULAR DE ALUMÍNIO 3 x 3 cm; 13 PAREDE DE STEEL FRAME COM CAMADA DUPLA DE OSB E CHAPA CIMENTÍCIA ; 14 PORTA DE CORRER DE PVC 2 FOLHAS - MARCA WEIKU; 15 MONTANTE DE ALUMÍNIO; 16. ALAMBRADO METÁLICO; 17. TRELIÇA METÁLICA; 18. PEDREGULHOS; 19 TERRA; 20 PINGADEIRA EM BASALTO NÃO POLIDO; 21 FLOREIRA EM CONCRETO MOLDADO IN LOCO; 22 CAMADA DRENANTE; 23 MANTA DE IMPERMEABILIZAÇÃO; 24 CAMADA DE REGULARIZAÇÃO COM CAIMENTO PARA O RALO

esc: 1:25

01 PLACA SOLAR 200X100 cm ; 02 TELHA TRAPEZOIDAL TERMOACÚSTICA e = 7 cm; 03 RUFO E PINGADEIRA EM CHAPA DE ALUMÍNIO DOBRADA ; 04 TERÇA METÁLICA PERFIL C e = 1/16"; 05 PERFIL METÁLICO PERFIL C e = 1/16" ; 06 MANTA DE IMPERMEABILIZAÇÃO ; 07 PLACA CIMENTÍCIA COM TRATAMENTO HIDROFUGANTE ; 08 CHAPA OSB ; 09 MONTANTE DO PAINÉL DE STEEL FRAME - PERFIL U EM ALUMÍNIO; 10 GUIA INFERIORPERFIL U; 11 CANTONEIRA DE ARREMATE DO PISO E CONTRAPISO ; 12 VIGA EM PERFIL METÁLICO GERDAU W460x82; 13. CANTONEIRA METÁLICA PARA APOIO DO STEEL DECK; 14.LAJE DE STEEL DECK e=0,95mm; 15. FORRO DE GESSO; 16 PILAR METÁLICO PERFIL H; 17 VENEZIANA DE CORRER COM ALETAS TIPO PALHETA FRANCESA E TRILHO TELESCÓPICO; 18 TIRANTE COM SUPORTE NIVELADOR PARA FIXAÇÃO DO FORRO; 19 ISOLAMENTO ACÚSTICO; 20 PAINÉL EM STEEL FRAME COM MANTA DE ISOLAMENTO ACÚSTICA , PLACA OSB E PLACA CIMENTÍCIE E; 21 PORTA DE CORRER DE PVC 2 FOLHAS - MARCA WEIKU; 22 PISO; 23 FLOREIRA DE COCHO DE CHAPA DOBRADA COM PINTURA AUTOMOTIVA CINZA RAL7035; 24 GUARDA CORPO COM MONTANTES, TRAVESSAS E GRADE DE ALUMÍNIO - FIXADO NA FLOREIRA

2024/1

CONCURSO NACIONAL

FIOCRUZMEMORIAL COVID LOCALIZAÇÃO RIO DE JANEIRO

PROJETO DESENVOLVIDO COM ISABELLA SAVI

“TUDO QUE É SÓLIDO...”

GUSTAVO UTRABO, JUNYA ISHIGAMI, RYUE NISHIZAWA, KAZUYO SEJIMA, CARLA JUAÇABA, CARL ANDRE, ROBERT SMITHSON, SMILJAN RADIC,PETER ZUMTHOR, OLAFUR ELIASSON, SAUERMARTINS, SVERRE FEHN

Desde o início do processo projetual para o concurso, fomos instigados a refletir sobre o significado da memória, esse fluxo imaterial capaz de se incrustar na matéria. A partir da temáticamemorial da Covid - e do contato com o local de implantação começamos a navegar por discussões relacionadas ao desenvolvimento do pensamento científico ao longo da história e à concepção da posição do ser humano no universo, desde Copérnico até chegarmos às atuais ondas do negacionismo.

O projeto é uma reflexão sobre habitar o espaço: habitar a natureza.

A proposta tenta dar escala para nosso entendimento do mundo. Para isso, um segundo céu é criado - cartesiano e rígido, mas também leve como um plano abstrato desmaterializado que pousa suavemente, tensionando o espaço e buscando um equilíbrio instável com a pré existência.

Parte de uma interpretação metafórica da natureza para propor uma intervenção na paisagem, que não tenta mimetizá-la, mas sobrepor um novo sentidoagora espaço de memórias cristalizadas.

“O sonho: conhecer uma língua estrangeira (estranha) e, contudo, não a compreender: perceber nela a diferença, sem que essa diferença seja jamais recuperada pela sociabilidade superficial da linguagem, comunicação ou vulgaridade; conhecer, refratadas positivamente numa nova língua, as impossibilidades da nossa [...]”(Roland Barthes)

O caminho que nos interessava para o memorial era o da síntese entre o objeto e seu significado, capaz de potencializar a sua relação sensível com o mundo. A partir de uma solução simples, o projeto propõe uma reflexão sobre o nosso lugar no mundo e a necessidade de buscarmos relações harmoniosas com a natureza.

Como metáfora do antropoceno, nossa proposta não nega as contradições da existência humana na Terra e, ao expandir sua presença e seus limites dentro da proposta do memorial, buscamos colapsar as estruturas de pensamento vigente, apontando para a necessidade de novas formas de viver.

Como intenção projetual - em oposição a uma abordagem focal, que pensa o memorial como um elemento objetual relacionado com o seu entorno a partir de uma diferenciação - decidimos por uma abordagem acêntrica, horizontal e não hierárquica, que propõe uma contradança com o existente, expandindo a área de intervenção do projeto de modo a borrar a noção de limite entre a arquitetura e a natureza.

Em termos de composição, significado formal e conceito, o plano síntese-metáfora da natureza (entrada do memorial) se fragmenta em dois: o plano telúrico e o novo céu. A partir dessa cisão, surge o espaço da memória, da cicatriz, que costura os dois planos por meio de delgados pilares pulverizados pelo terreno. O memorial busca se situar nesse território do “entre” - como a terceira margem do rio, de Guimarães Rosa, lugar indefinido, das possibilidades e das lembranças, da vida e da morte, do peso e da desmaterialização, como pólos dialéticos que não se anulam.

CENTRO DE EXPRESSÃO ARTÍSTICA

2° LUGAR CONCURSO NACIONALNOVA SEDE CAU SC BLOCO B ARQUITETURA

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