Mitre Experience - 6ªedição

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ARTE | DESIGN | DECOR | GASTRONOMIA | LIFESTYLE ANO 3 | EDIÇÃO 6 | 2023

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E DITOR CARTA DO

CONSELHO EDITORIAL CEO Fabricio Mitre

UMA OBRA DE ARTE

Mitre carrega inovação em seu DNA. Trabalhamos com razão de ser, propósito, sentido. Em um mundo em constante evolução, o foco se volta cada vez mais para a experiência. Mais do que nunca, morar bem vai muito além de uma construção física: é um conceito, um sonho, um estilo de vida.

Assim, o ano de 2022 trouxe um marco muito importante para nós: o lançamento da Mitre Exclusive Collection. Para começar, escolhemos o Jardins, um dos bairros mais desejados de São Paulo. Ali, está o Haddock 885, assinado como obra de arte, com arquitetura pensada nos mínimos detalhes e serviços inspirados nos melhores hotéis do mundo.

O design desenvolvido com excelência oferece experiências inesquecíveis e está em todos os ambientes. Para nós, exclusividade é construir um produto sem cópias em um lugar raro. Um projeto único.

Fomos além, neste ano, com o conceito da experiência de morar com um M a mais, inovando em eventos e ações imersivas que você encontra ao ler esta edição, na qual buscamos compartilhar lifestyle e a curadoria Mitre Experience.

Boa leitura!

Marketing

Rozeane Ferreira Mayara Mattos Anna Luiza Pantaleoni

FABRICIO MITRE

CEO MITRE

mitreexperience.com.br @mitreexperience

A Mitre Experience é uma publicação da RAC Mídia Editora

Publisher Rodrigo Cunha

Editora-chefe Tarcila Ferro (MTB 42110) tarcila@racmidia.com.br

Editora-assistente Cristiane Sinatura cristiane@racmidia.com.br

Diagramação Mariane Santana

Colaboração de texto Natália Manczyk e Fabio Calderon Revisão Márcia Moura Executivo de Contas Renato Cunha

Foto de capa Eugênio Goulart

RAC Mídia Editora Ltda - ME (tel.: 11 98145-7822). A RAC Mídia não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios veiculados. A Editora se isenta de quaisquer danos diretos e/ou indiretos causados a terceiros, advindos da exibição dos anúncios em desacordo com as Leis Criminal, Civil e do Código Brasileiro de Defesa do Consumidor.

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#6 – 2023
5 4 6 MUNDO O que está rolando por aí 10 VIZINHANÇA O que fazer na região do Haddock 885 14 ENTREVISTA Gustavo Gagliardi, Diretor de Engenharia da Mitre 18 CONCEITO As últimas ações promovidas pela Mitre SU MÁ RIO 22 FOODIE A história de sucesso de Juscelino Pereira, do restaurante Piselli 26 ARTE O talento multimídia de Sônia Menna Barreto 32 MIMOS Produtos assinados por designers brasileiros DÉCOR 36 Lareiras ecológicas conquistam os lares 40 O resgate cultural e afetivo na arquitetura de Patricia Anastassiadis 44 ESTILO O poder das estampas, segundo Dudu Bertholini ENTREVISTA: GUSTAVO GAGLIARDI VIAGEM: MUSEU NACIONAL DO CATAR DECOR: LAREIRAS FOODIE: RESTAURANTE PISELLI VIAGEM 48 Catar: o futuro é agora 58 Show da natureza na Patagônia Chilena 64 FOODIE O delicioso mundo do chocolate MEXA-SE 72 Academias para treinar em São Paulo 76 Os benefícios da equitação 78 NO AR Por dentro do novo helicóptero Airbus ACH160 80 KIDS Aulas diferentes para estimular a criançada 82 GOURMET Risotto Piselli, do restaurante Piselli

M UND O

NOVA YORK

Uma das novas atrações queridinhas do momento na Big Apple é a Little Island, uma ilha artificial suspensa no Rio Hudson. Com áreas verdes, eventos culturais e pontos para observar a paisagem, a plataforma foi projetada com 280 estacas de concreto, que emergem da antiga estrutura de madeira do Pier 54. Já na Times Square, a novidade fica por conta do Museu da Broadway, atração imersiva e interativa que vai homenagear mais de 500 espetáculos que já estiveram em cartaz nos teatros da cidade. Também na cena cultural, o icônico David Geffen Hall, casa da Filarmônica de Nova York, reabre após processo de revitalização.

SÃO PAULO

A capital paulista ganhou um novo cartão-postal. A Roda Rico quer ser o que a London Eye é para Londres: uma roda-gigante imponente, com 91 metros de altura, a maior da América Latina. As 42 cabines de observação, com capacidade para até dez pessoas, têm ar-condicionado e Wi-Fi para garantir postagens em tempo real. A estrutura, que ocupa 4,5 mil m² ao lado do parque Villa Lobos, é parte das ações para revitalizar a região do Rio Pinheiros.

DISNEYLAND

Em 2023, a The Walt Disney Company comemora seu centenário com o evento global Disney 100 Years of Wonder, em todos os seus parques. O início oficial está marcado para 27 de janeiro no Disneyland Resort, na Califórnia. A celebração traz mudanças em todo o complexo, com looks especiais para Mickey, Minnie e demais personagens, além de ofertas exclusivas para alimentação e produtos. Até mesmo o Castelo da Bela Adormecida receberá decoração temática, e diversos novos espetáculos vão homenagear o legado iniciado por Walt Disney há um século. Entre os destaques, está a volta do famoso desfile Magic Happens

CAIRO

Para os amantes do Antigo Egito, a abertura do tão esperado Grande Museu Egípcio parece estar próxima, apesar dos constantes adiamentos. Este que será o maior museu arqueológico do mundo fica a apenas dois quilômetros das Pirâmides de Gizé. No total, serão mais de 100 mil artefatos antigos, sendo um deles a múmia do faraó Tutancâmon. A arquitetura também é destaque: em forma de triângulo oblíquo, o prédio chega a 35 metros de altura. Inovação também faz parte da apresentação do acervo, que contará com tecnologia de realidade virtual.

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O que está rolando nos destinos mais cosmopolitas do globo
Imagens: Shutterstock.com e divulgação

VOLTA AO MUNDO

Sete Patrimônios da Humanidade da Unesco em 26 dias. Essa é a proposta da sexta edição da Private Jet Expedition, organizada pela Latitudes, empresa pioneira em introduzir o conceito de viagens de conhecimento no Brasil. Os 50 passageiros viajarão em um avião a jato, com direito a todas as comodidades a bordo e acompanhados por um chef, um médico, um fotógrafo e renomados especialistas em História. Os voos sem escala partem do aeroporto de Guarulhos, seguindo a rota: Chile (Ilha de Páscoa) » Fiji (Malolo Island) » Austrália (Sydney) » Indonésia (Flores e Komodo Islands) » Índia (Hampi) » Tanzânia (Serengeti) » Arábia Saudita (Al Ula) » Espanha (Granada), com retorno para o Brasil. Ao longo de quase um mês, serão visitados parques nacionais, como o Rapa Nui (Ilha de Páscoa, Chile), Komodo (Indonésia) e Serengeti (Tanzânia). A hospedagem nos destinos combina redes hoteleiras renomadas e charmosas propriedades locais.

BERLIM

Na cidade que é um dos centros culturais do mundo, a estrela da vez é Tristan Otto, um dos maiores esqueletos de Tyrannosaurus rex já encontrado, que volta ao Museu de História Natural depois de anos fora da Alemanha. Outro retorno muito esperado é o Palácio Ephraim, que reabriu depois de uma longa restauração. Além da belíssima arquitetura em estilo rococó do século 18, o edifício funciona como museu sobre a história e cultura de Berlim. Já o novíssimo museu Humboldt Forum agora está com todas as áreas de exibição abertas ao público. É uma adição de 10 mil m², com novas coleções das Américas e do Mundo Islâmico.

8 M UND O
Imagens: Shutterstock.com
HUMBOLDT FORUM ILHA DE PÁSCOA, CHILE

1 Grupo Eme

Na altura do número 1.500 da Rua Bela Cintra, a chef e empresária Renata Vanzetto comanda um verdadeiro império gastronômico, encabeçado pelo restaurante de cozinha autoral Ema. Nas casas vizinhas, enfileiram-se o Me Gusta, de influência latina; o Mé Taberna, que é um minibar com temática medieval; o Mi.Ado, de pegada asiática; o Mico, de comida mediterrânea; a lanchonete Matilda; e o Muquifo, de cozinha afetiva. R. Bela Cintra, grupoemerestaurantes.com.br

2 Teatro Renaissance

A casa de espetáculos do hotel Renaissance compõe a cena cultural nos arredores da Av. Paulista há mais de 15 anos. A programação consiste essencialmente em shows de comédia stand up.

Al. Santos, 2.233, teatrorenaissance.com.br

3 Casarìa

Além de doces e pães, a casa apresenta menus de café da manhã, almoço e jantar, em que a influência europeia é notável, mas sempre com toques e temperos brasileiros. Também oferece aulas de culinária.

Al. Franca, 1.243, instagram.com/casariasp

5 Bioma Salon Aveda

A marca de cosméticos baseada em princípios holísticos e ingredientes naturais tem seu próprio salão de beleza, com foco em tratamentos para os cabelos.

R. Haddock Lobo, 1.576, aveda.com.br

4 Atsui

Parte do grupo Nakka, o restaurante inova ao focar em cozinha japonesa quente, com pratos preparados principalmente na churrasqueira a carvão. De qualquer forma, os já consagrados sushis do Nakka não ficam de fora do menu

R. Padre João Manuel, 1.164, atsui.com.br

6 Studio Velocity

Em aulas de 45 minutos guiadas por um instrutor e com cara de balada, o estúdio propõe treinos de bike indoor que promovem alto gasto calórico, consciência corporal, controle respiratório e fortalecimento muscular.

R. Bela Cintra, 1.631, studiovelocity.com.br

11 10 VIZINHANÇA AlamedaFranca AlamedaItu AlamedaJaú AlamedaLorena AlamedaTietê R.daConsolação AlamedaSantos R.BelaCintra R.BelaCintra RuaHaddockLobo RuaHaddockLobo RuaAugusta RuaAugusta R.PadreJoãoManuel 3 12 15 4 1 7 6 11 5 9 8 13 2 14 R.OscarFreire
HADDOCK LOBO Compras, gastronomia, cultura e bem-estar recheiam a região do empreendimento Haddock 885, primeiro da categoria Mitre Exclusive Collection
O RESTAURANTE EMA É UM DOS EMPREENDIMENTOS DA CHEF RENATA VANZETTO BIOMA AVEDA STUDIO VELOCITY
Imagens: divulgação e Shutterstock
HADDOCK 885

7 Carole Crema

Jurada do canal GNT, a chef que popularizou o cupcake no Brasil e inventou o brigadeiro de colher vende gostosuras em sua colorida confeitaria, que tem uma janela para atender aos clientes direto na rua.

R. da Consolação, 3.161, carolecrema.com.br

9 We Coffee

Em ambiente quase futurista, o minimalismo da decoração é pensado para que nada ofusque o brilho do café, que surge em diferentes preparos, e das sobremesas de comer com os olhos, como a maçã do amor e a tortinha Mon Cheri. Al. Lorena, 1.682, wecoffee.com.br

11 Shops Jardins

É o mais novo endereço de compras dos Jardins, com cerca de 70 lojas de alto padrão, como Gucci, Sephora, Chloé, Emilio Pucci, Hermès e Osklen. R. Haddock Lobo, 1.626, shopsjardins.cjfashion.com

12 Chef Rouge

Com consultoria do estrelado chef Alain Ducasse, o menu tipicamente francês traz especialidades como escargot, sopa de cebola, foie gras, magret de pato e tarte tatin. R. Bela Cintra, 2.238, chefrouge.com.br

15 Figueira Rubayiat

O salão tomado pela enorme figueira é um cenário clássico da cidade, que serve de palco para os pratos de inspiração mediterrânea e as carnes igualmente inconfundíveis do grupo Rubayiat.

R. Haddock Lobo, 1.738, gruporubayiat.com

8 Chocolat du Jour

Fundada nos anos 1980 e premiada diversas vezes, a marca nasceu com o propósito de produzir no Brasil chocolates à altura dos melhores do mundo. Versões orgânicas, zero açúcar e até kosher estão disponíveis.

R. Haddock Lobo, 1.421, chocolatdujour.com.br

10 Perseu Coffee House

Em um prédio assinado pelo arquiteto Isay Weinfield, a cafeteria de ambiente sofisticado vai além dos grãos e capricha também em pratos como o ravióli caprese e javali ao molho rôti com trufas.

Al. Santos, 2.159, instagram.com/ perseucoffeehouse

13 Botanikafé

O menu, focado em “brunch all day”, aposta em toasts, ovos beneditinos, sanduíches, saladas e smoothies. Ingredientes saudáveis, como couve kale, avocado e pão levain, são estrelas da casa.

Al. Lorena, 1.765, botanikafe.com

14

Casa Santa Luzia

Nascido como empório em 1926, o tradicional supermercado é referência em produtos finos e importados, como vinhos, azeites, chocolates e embutidos. A rotisserie tem pratos prontos para levar para casa.

Al. Lorena, 1.471, santaluzia.com.br

13 12 VIZINHANÇA
CASA SANTA LUZIA WE COFFEE
CHEF CAROLE CREMA COMANDA A CONFEITARIA QUE LEVA SEU NOME
A
FIGUEIRA RUBAYAT
BOTANIKAFÉ
Imagens: divulgação e divulgação/@perseucoffeehouse/ @botanikafe/ @emporiofigueirarubaiyat
PERSEU

E NTREVISTA sucesso

A JORNADA DO

Em menos de dois anos como Diretor de Engenharia da Mitre, Gustavo Miyabara Gagliardi viu o número de obras praticamente triplicar. Manter a equipe motivada, alocar os profissionais mais qualificados para cada projeto, trabalhar por um produto que seja não apenas diferenciado, mas também o melhor do bairro e colocar o cliente em primeiro lugar são só alguns dos motivos. “Não basta entregar um apartamento tijolo sobre tijolo”, analisa o engenheiro civil, formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. “Tem toda uma questão de como atendemos o cliente no estande, como o mantemos informado durante as obras, além do cuidado para aprovação na primeira vistoria e o relacionamento pós-entrega.” A seguir, ele fala sobre os desafios de gerir tantas obras e de liderar uma equipe com mais de 300 funcionários, além de ressaltar os fatores que conduzem a uma jornada de sucesso.

Conte um pouco da sua história até chegar ao cargo de Diretor de Engenharia da Mitre. Sempre me dei bem na parte de exatas, gostava de colocar as coisas no papel e depois executar, então minha escolha pelo caminho da engenharia foi natural. Formei-me em 1999, mas dois anos antes já fazia estágio na Prefeitura de São Paulo e logo depois comecei a trabalhar em construtoras, tanto em projetos de médio e alto padrão como em moradias populares. Fui na contramão da maioria: muitos colegas naquela época iam trabalhar em banco, porque não havia tantos canteiros de obra. No fim de 2020, comecei a conversar com a Mitre e, em fevereiro de 2021, fui contratado como Diretor de Engenharia. Quando assumi, eram seis ou oito canteiros, hoje já são 22 e seguimos com essa mesma projeção para 2023 e 2024.

Atualmente, a Mitre tem mais de R$ 5 bilhões em banco de terrenos na capital paulista. Como é a sua rotina de trabalho, levando em conta os empreendimentos em execução? A equipe de engenharia hoje, entre obra e escritório, tem em torno de 300 funcionários, incluindo a instaladora para serviços de elétrica e hidráulica que montamos internamente. A Mitre está em um crescimento exponencial muito rápido, então é preciso cuidar bastante da formatação da equipe. Conforme subimos degraus e crescemos como empresa, devemos trabalhar também nos nossos processos e ter uma agenda bem organizada. Do tamanho que somos hoje, não é possível uma única pessoa centralizar tudo, precisamos de mais olhares, mas cada um deve ser protagonista dentro da sua função.

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ENTRE OBRA E ESCRITÓRIO, O DIRETOR DE ENGENHARIA GUSTAVO GAGLIARDI LIDERA MAIS DE 300 PESSOAS
Imagens: Eugênio Goulart
GUSTAVO EM OBRA DO RAÍZES TATUAPÉ, COM A GERENTE-GERAL DE OBRAS RAQUEL BONFIM BAZAGLIA

O empreendimento Haddock 885 marca um novo momento para a Mitre ao inaugurar uma linha de altíssimo padrão. Quais foram as adequações necessárias para essa nova categoria?

O Haddock 885 é, sim, um produto diferenciado, mas a adaptação por parte da engenharia não foi tanta assim. Isso porque a categoria de alto padrão da Mitre já é elevada, então o degrau para o altíssimo padrão não é tão grande. Não é preciso mudar da água para o vinho. O cuidado precisa ser maior na escolha de fornecedores e nos processos para aplicar materiais diferentes, por exemplo. Para isso, temos consultores e equipes capacitados. Realocamos para esse produto pessoas que já tinham trabalhado em projetos de altíssimo padrão. No fim, é como andar de bicicleta: já sabemos fazer, só precisamos ir sofisticando mais e tendo um pouco de atenção em alguns pontos.

Como parte principal dos compromissos assumidos após a abertura de capital, há dois anos, está a agenda ESG (Environmental, Social and Governance). Na prática, quais são as mudanças e implementações em curso nas obras?

Trabalhamos de perto com o time de ESG, liderado por Eduardo Galeskas. Em 2023, vamos começar a operar alguns canteiros com fornecimento de energia solar. Fazemos a segregação de resíduos em todos os canteiros, encaminhando o entulho e os demais resíduos para os descartes corretos. Logística reversa e reciclagem também são pontos de atenção e praticadas sempre que possível. Priorizamos a escolha de fornecedores com boas práticas de operação. No tema social, estamos iniciando a implantação de um projeto-piloto de uma escola para os funcionários de um canteiro de obra.

A que você atribui os altos índices de aprovação dos apartamentos Mitre, logo na primeira vistoria do futuro morador? Temos um cuidado muito especial com o cliente, que sempre vem em primeiro lugar. O índice de aprovação é uma questão de respeito, queremos que o cliente venha aqui e tenha uma boa surpresa com a qualidade do que ele encontra. Afinal, é a concretização de um sonho no qual ele investiu lá atrás, então temos que entregar muito além do que ele espera. Para isso, criamos processos construtivos e de entrega muito definidos. Antes de chegar ao cliente, cada unidade passa pela vistoria da equipe de assistência técnica, que faz parte de um outro setor e não é gerida pelo mesmo pessoal daquela obra. É como se fosse o olhar do próprio cliente, mas com uma régua superior e mais técnica, um filtro final que ajuda a aumentar o índice de aprovação.

Os projetos com previsão de entrega para 2022 já estão 98% vendidos. Existe um segredo para o sucesso?

O sucesso vem já na nascente do produto, na escolha de fazer um projeto diferenciado, que seja o melhor daquele bairro. Isso por si só já impulsiona bastante as vendas nos estandes, que são especiais, têm algo a mais em relação à concorrência. Vejo como um diferencial nesse processo o trabalho da equipe de vendas, capitaneada por Henrique Moreno e Sophia Martins.

O que para você é morar com um M a mais? Não é só entregar um apartamento tijolo sobre tijolo. Tem toda uma questão de como atendemos o cliente no estande, como o mantemos informado durante as obras, além do cuidado para garantir a aprovação na primeira vistoria e o relacionamento que criamos depois da entrega. É uma questão de lifestyle, de morar de forma diferente, entender a região, saber onde estão os bons restaurantes e as atividades culturais, que é justamente a abordagem da Mitre Experience. Para mim, é um produto diferenciado que investe no relacionamento por toda a jornada do cliente.

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E NTREVISTA
“Trabalhamos de perto com o time de ESG, em áreas como fornecimento de energia solar, segregação de resíduos, logística reversa e reciclagem”
Imagens: Eugênio Goulart
VISTORIAR CANTEIROS DE OBRA E APROVAR PROJETOS ESTÃO ENTRE AS ATIVIDADES COMANDADAS POR GUSTAVO

CONCEITO

EXPERIÊNCIAS COM UM M A MAIS

A plataforma Mitre Experience promove vivências únicas de lifestyle para os clientes

CORRIDA COM ESTILO

Entre as muitas ações que a plataforma Mitre Experience vem promovendo, merece destaque o patrocínio à Meia de Sampa, corrida urbana de 5 km, 10 km e 21 km que aconteceu em novembro, em São Paulo. O Parque do Ibirapuera, Itaim e Cidade Jardim foram algumas das regiões que integraram o trajeto. Durante a corrida, a incorporadora e construtora contou com um espaço exclusivo para massagem e outros serviços aos corredores e clientes, em uma ação de lifestyle que enriquece o conceito de morar bem.

UM BRINDE À ARTE

Para celebrar o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, a Galeria André recebeu clientes Mitre para uma visita guiada pela exposição do escultor Victor Brecheret, um dos principais nomes do movimento modernista no Brasil. Ao final, os convidados participaram de um coquetel com vinhos e saxofonista ao vivo.

UM DIA NOS VINHEDOS

O vinho brasileiro nunca foi tão valorizado como agora. Para mostrar todo esse potencial, a Mitre Experience convidou alguns clientes para visitar a propriedade da Guaspari, vinícola em Espírito Santo do Pinhal (SP), a 200 quilômetros de São Paulo. Lá, eles puderam participar de um tour guiado e fazer degustação de rótulos premiados, como o Chardonnay Vista do Lago. Por fim, um almoço no casarão principal e um sorteio de um vinho da Guaspari encerraram a experiência.

BELEZA À MESA

Clientes Mitre puderam participar de uma experiência exclusiva com a empreendedora Beatriz Koch, da Mimo em Flor, empresa especializada em arranjos florais, cenografia e decoração para eventos. Em um evento intimista no stand do Raízes Premium Butantã, Beatriz ensinou a criar mesas postas em diversos estilos, dos mais clássicos aos contemporâneos.

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Imagens: divulgação

DIVERSÃO EM FAMÍLIA

O stand do Raízes Reserve virou uma verdadeira festa no Dia das Crianças. Para comemorar, o espaço recebeu atrações e atividades, como pula-pula, brinquedos infláveis, pintura facial e esculturas com balões. Comidinhas gostosas completaram a experiência, pensada para a família inteira.

SABORES PAULISTANOS

A gastronomia é parte da essência de São Paulo e também é um dos pilares da Mitre Experience, que faz uma curadoria das melhores vivências e conteúdos de lifestyle para complementar a experiência de “morar com um M a mais”. Assim, a Mitre Experience contou com um estande exclusivo na sexta edição de um dos maiores eventos gastronômicos do mundo, o Taste São Paulo Festival, que reuniu os principais chefs e restaurantes da cidade em instalações pop up. Clientes e visitantes puderam participar de sorteios e cooking shows com chefs convidados, como Eliana Kina (em parceria com a Barilla) e Luiz Alarcón (da marca Faixa Azul).

NOITE ESPECIAL

No lançamento de seu novo empreendimento, a Mitre contou com a presença de personalidades, como a modelo Isabella Fiorentino, a jornalista Mônica Salgado e a influenciadora Luisa Accorsi. Recebidas por Fabricio Mitre, CEO da Mitre Realty, elas prestigiaram o lançamento do Haddock 885, que inaugura a categoria Mitre Exclusive Collection, com serviços de hospitalidade e projeto de altíssimo padrão. O apartamento decorado pelo escritório Anastassiadis Arquitetos pôde ser conferido em primeira mão, bem como a estampa desenvolvida pelo stylist Dudu Bertholini, com curadoria de Isabella Fiorentino, para a divulgação do empreendimento. A noite contou com bufê assinado pelo restaurante Piselli, do empresário Juscelino Pereira, que também esteve presente.

PRÊMIOS CAMPEÕES

Para celebrar a Copa do Mundo, a Campanha Torcida Mitre distribuiu, durante o ano, prêmios para quem visitou os stands da incorporadora em São Paulo. Os sorteios distribuíram centenas de presentes, como televisores, caixas de som, camisas de futebol, kits churrasco e home theaters. O prêmio mais esperado saiu ao final da promoção para clientes sorteados que compraram um empreendimento Mitre: viagens completas, com acompanhante, para ver a Copa do Mundo no Catar.

21 20 C ONCEITO
LUISA ACCORSI ISABELLA FIORENTINO, FABRICIO MITRE E MÔNICA SALGADO CLIENTES QUE GANHARAM A PROMOÇÃO: WAGNER VITAL DE SEPULVIDA, GABRIELLE FERREIRA DOS SANTOS, TIAGO SPEGIORIN OKUMURA E ANTONIO MARQUES SOBREIRA JUNIOR

O EMPREENDEDOR E A ERVILHA

Aos 7 anos de idade, tudo o que o pequeno Juscelino Pereira queria na mercearia da família era comer doces escondido. Mas, de tanto ver o pai no trato com os clientes detrás do balcão, acabou despertando ali o seu próprio tino para os negócios. Talento que, por sinal, já estava no sangue: seu avô foi o primeiro a empreender, vindo do interior de Minas Gerais para a cidade paulista de Joanópolis, onde, com muita garra, foi conquistando pedaços de terra nos anos 1950. Dez anos depois das guloseimas furtadas, o adolescente Juscelino – cujo nome foi uma sugestão do avô, que era aficionado pelo presidente Kubitschek – resolveu se aventurar no mundo da agricultura. Em suas pequenas hortinhas, plantou sementes de ervilha, que até então ninguém cultivava por aquelas bandas. Era uma oportunidade promissora de se destacar e ganhar dinheiro: antes mesmo da colheita, o rapaz já havia fechado negócio com vários compradores da região. Porém, com a primeira entrega, veio a decepção: ele descobriu que, na verdade, as sementes plantadas não eram de ervilha comum, mas sim de ervilha-torta, cuja colheita deveria ter sido feita antes. Ou seja: ele demorou demais e toda a sua pequena safra passou do ponto.

Decepcionado, Juscelino foi na contramão dos dois caminhos possíveis para os jovens da sua classe social no interior paulista dos anos 1980, que ou iam para a cidade grande estudar ou seguiam trabalhando na roça. Ele foi, sim, para São Paulo, mas a fim de trabalhar. Sem diploma nem experiência, começou como faz-tudo em um restaurante simples na Zona Norte da capital. “Aos 18 anos, eu morava em um porão e começava o expediente às 6h. Limpava o chão, fazia lanches na chapa, servia o almoço. Mas não reclamava. Em vez disso, fui tomando gosto por atender a clientela”, conta. “Acho que é algo que veio da minha avó, que adorava receber todo mundo nos almoços de domingo, quando ela preparava polenta com molho de tomate e linguiça.”

Com incentivo dos clientes e colegas que iam virando amigos, trabalhar no elegante bairro dos Jardins virou sua nova meta. Depois de passar

pelo centro de São Paulo, finalmente fez sua estreia como garçom em um restaurante na Alameda Lorena, onde logo foi promovido a maître. E, ali, iniciou-se mais um capítulo para o jovem Juscelino: o da paixão pela comida. “Eu lia muito sobre gastronomia, estudava sobre os pratos, conversava com os chefs, fazia cursos, devorava revistas. Na época, o maître também precisava ser um pouco sommelier, então corri comprar livros e comecei a tomar gosto pelos vinhos”, relembra ele, sempre com um tom saudoso.

SIMBOLIZANDO AS ADVERSIDADES DO INÍCIO, A ERVILHA VIROU NOME E SÍMBOLO PARA A EMPREITADA DE JUSCELINO

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À frente da marca Piselli, Juscelino Pereira honra a história interiorana de sua família e o amor pela Itália em quatro restaurantes RISOTTO PISELLI

Assim, nos anos 1990, Juscelino foi parar nada mais, nada menos, que no restaurante Fasano, já bastante reconhecido na cena gastronômica de São Paulo. Ali, ele começou a trilhar um novo caminho como sommelier. Financiado por vinícolas parceiras, começou a viajar pela Europa para conhecer a fundo o universo dos vinhos. Assim, teve a chance de ir se especializando na culinária italiana: sempre que voltava de uma viagem, trazia novas ideias de receitas para a equipe da cozinha, participando ativamente da criação dos pratos. Sua expertise versátil e seu bom relacionamento com os clientes o levaram ao cargo de gerente do Gero, outra casa do grupo Fasano nos Jardins. “Meu avô falava que, até os 35 anos, a gente tinha que estar ‘aprumado’, ou seja, estabilizado na vida, com um diploma conquistado ou um sítio próprio. Eu, com 30 anos, já era gerente, ganhava superbem e sentia-me realizado, com uma casa em São Paulo e outra em Joanópolis. Estava casado, tinha filhos e tinha plantado árvores, faltava só escrever um livro”, brinca Juscelino, aos risos.

ACOMODAR-SE JAMAIS

Mas, como acontece com todo bom empreendedor, a vontade de dar um novo salto logo voltou a pulsar. As ideias que tinha durante as viagens à Itália, quando ia anotando receitas em seus caderninhos, e as sugestões dos clientes para que ele abrisse seu próprio restaurante foram conduzindo Juscelino por um rumo inevitável. “Sem nem saber, eu estava fazendo pesquisa de mercado e pensando em como criar

EM CADA ENDEREÇO, O PISELLI CELEBRA A CULINÁRIA DE UMA REGIÃO DA ITÁLIA , COMO O PIEMONTE, A TOSCANA E O SUL

experiências para o cliente, numa época em que esses termos de marketing ainda nem existiam”, diz. “Falavam que, pelo meu perfil, eu seria muito mais feliz tendo meu próprio negócio, ainda que fosse um carrinho de cachorro-quente, do que sendo diretor de uma grande empresa.”

E, então, em 2004, o imóvel perfeito apareceu no seu caminho, mais precisamente na Rua Padre João Manoel, também nos Jardins. Era onde funcionava um bistrô francês, que estava prestes a passar o ponto e, para conhecer o lugar, Juscelino foi até lá jantar. Pediu um cordeiro com legumes, entre os quais ervilha-torta, que imediatamente o transportou para o início da jornada como empreendedor, aos 17 anos. Pouco depois, numa aula de italiano, veio o estalo para o nome da empreitada na qual estava por embarcar: piselli. Ervilhas, na língua de Dante.

Assim nascia a tratoria especializada no Norte da Itália, que Juscelino projetou com o intuito de abarcar um nicho de clientela que não frequentava o Fasano, mas que estava disposta a pagar mais do que em uma cantina tradicional, desde

que tivesse uma experiência melhor. A data de inauguração da casa não poderia ser mais apropriada: 31 de julho de 2004, dia em que Juscelino completava 35 anos, definitivamente “aprumado”, conforme diria seu avô.

Até hoje, receitas inspiradas na região do Piemonte recheiam o cardápio, carregado tanto de memórias afetivas (como a Polenta All’Arrabiata con Salsiccia dos almoços dominicais da avó) quanto de criações elegantes (como o Ravioli alla Piemontese, com queijo, aspargo, gema de ovo e creme de trufa branca). O risoto que leva o nome da casa é uma homenagem ao Norte da Itália e à história de Juscelino, combinando queijo gorgonzola e a famigerada ervilha-torta.

O sucesso estrondoso da primeira casa criou mais degraus que, de novo, o agora adulto Juscelino jamais havia imaginado escalar: abrir outros endereços. E, então, em 2015, surgia o Piselli Sud, no Shopping Iguatemi, focado em gastronomia do Sul da Itália. Em plena pandemia, foi a vez de Brasília ganhar um Piselli em homenagem à Toscana, enquanto o centro de São Paulo recebeu a unidade Boa Vista, fiel às raízes italianas, mas com alguns toques brasileiros, justamente na rua onde Juscelino trabalhou como garçom em seus primeiros anos na cidade. Porque valorizar as raízes, afinal, é um dos segredos do sucesso.

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Imagens: Helena de Castro
AMBIENTE PISELLI JARDINS
TIRAMISÙ
JUSCELINO PEREIRA E FABRICIO MITRE, CEO MITRE REALTY RAVIOLI ALLA PIEMONTESE

S ÔNI A M ENNA BARRETO

A arte DOS DETALHES

Épreciso um olhar atento para perceber as sutilezas e a riqueza presente nos detalhes que marcam as telas assinadas por Sônia Menna Barreto. “Os detalhes me fascinam”, conta a paulistana que começou a estudar arte como um passatempo, ainda criança, sem nunca imaginar que ali estava o seu futuro. A paixão pela pintura a óleo não demorou muito a despertar: tornou-se aluna do ateliê do artista Luiz Portinari, irmão de Cândido Portinari, depois de ter aprimorado suas habilidades de desenho com o artista luso-brasileiro Waldemar da Costa. Assim, conheceu a vida artística e os movimentos, tendo Portinari como mestre e professor.

Os horizontes se ampliaram ao absorver referências de artistas como Max Ernst, De Chirico, Magritte e Paul Delvaux, que impulsionaram Sônia em direção ao surrealismo e deram a suas obras um lado intimista e criativo. Ela viu sua arte se transformar em negócio ao montar sua primeira exposição na Galeria André, em São Paulo, espaço cultural com o qual manteve forte aliança por quase duas décadas. A partir dali, foi protagonista de inúmeras exposições, dentro e fora do Brasil, conquistou prêmios notáveis e viu seu trabalho chegar à Royal Collection, uma das mais importantes coleções de arte do mundo, pertencente à Família Real britânica.

Nos últimos anos, Sônia se permitiu ir além da pintura a óleo e começou a criar esculturas, peças de cerâmica, porcelana, gravuras e até joias. Trabalhar com outras linguagens das artes visuais fez com que suas obras, antes restritas à casa de colecionadores e acervos particulares, ganhasse outros rumos e novas moradas, mostrando que a arte não tem barreiras.

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A ARTISTA SÔNIA MENNA BARRETO AO LADO DA ESCULTURA MENINA COM BALÕES EXPOSTA NA GALERIA ANDRÉ FIGHT, ESCULTURA EM BRONZE

NOS ÚLTIMOS ANOS, SÔNIA EXPANDIU SUA ARTE COM ESCULTURAS, PEÇAS DE CERÂMICA E PORCELANA

Quando a senhora considera que foi o seu despertar para a arte?

A arte sempre esteve na minha vida. Desde pequena, gostava de desenhar e pintar e, como não tinha escola de arte para crianças na época, meu pai me colocou em um curso para adultos. Mas era apenas um hobby, não imaginava seguir como carreira. Adolescente, tive a oportunidade de estudar com Waldemar da Costa, artista luso-brasileiro premiado que morava em São Paulo. Foi com ele que desenvolvi e aprimorei meu talento para desenho. Ele insistia muito nessa técnica, fazia com que eu repetisse as imagens, mas retratando-as de ângulos diferentes. O curioso é que durante décadas o desenho foi apenas um meio para iniciar a pintura, nunca foi o trabalho final. Mas hoje é diferente. Ao ampliar minha gama de trabalho além da pintura a óleo, o desenho ganhou um papel central. Que bom que tive um professor tão empenhado na época, que ensinou com tanta dedicação.

O período em que frequentou o ateliê de Luiz Portinari, irmão de Cândido Portinari, foi decisivo para trilhar seu caminho como artista plástica? Quais foram os principais ensinamentos desse período?

Foi uma época muito importante para o meu desenvolvimento. O Luiz participou intensamente da vida do irmão, tinha histórias incríveis e um olhar muito sensível para a arte. Também era um professor crítico e atento aos detalhes. Fiz aulas de pintura a óleo com ele por três anos e sempre disse que, se algo na minha pintura não estivesse

bom, não era para ele arrumar, mas me mostrar para eu corrigir. Nunca gostei que mexessem no meu trabalho. Ele sempre entendeu e respeitou isso.

O que a inspira para criar?

Começa sempre com algo que desperta minha atenção, pode ser qualquer coisa, qualquer tema. Sou muito observadora e me encanto com os detalhes, com isso meu repertório para criar é vasto. A partir da descoberta, inicio uma pesquisa para saber o que é possível criar. Analiso se renderá apenas uma obra ou há insumo para criar usando diferentes técnicas. Minha série Azul Pombinho, por exemplo, foi assim: o mesmo tema foi retratado no desenho, na pintura, trabalho em porcelana e escultura.

Em meio ao “dilema” de precisar pintar mais e mais rápido, a gravura acaba sendo uma alternativa que soluciona a questão do tempo de produção, além de atingir públicos diferentes, que muitas vezes não podem adquirir uma tela. Como a gravura e outras técnicas ajudaram você a ampliar seus horizontes?

A pintura a óleo sempre foi minha paixão, mas não pinto com rapidez. Produzo de quatro a seis quadros por ano, no máximo. Minhas obras são ricas em detalhes e é por esses detalhes que me encanto. Mas começar a criar fora das telas foi algo essencial na minha profissão, pois alargou o “meu quintal” e levou meu nome para além da casa dos colecionadores.

Sônia foi a primeira artista brasileira a ter uma obra na Royal Collection, pertencente à Família Real britânica

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BRINCADEIRA ESCULTURA EM BRONZE POLIDO
Imagens: divulgação Sônia Menna Barreto
ESCULTURA FIGHT PINTURA A CRIAÇÃO , ÓLEO SOBRE CAMBRAIA DE LINHO EM ESTRUTURA RÍGIDA TELA EXPOSTA NA ROYAL COLLECTION, EM LONDRES ESCULTURA AS VARREDORAS FEITA DE MÁRMORE CARRARA E DETALHES EM BRONZE PINTURA JALOUISE , ÓLEO SOBRE CAMBRAIA DE LINHO EM ESTRUTURA RÍGIDA

A gravura mudou o ritmo de produção e tornou-se acessível para outros públicos. A escultura e a porcelana também ajudaram a romper essas fronteiras.

Pintura a óleo, gravura, peças de porcelana, esculturas e joias são parte do seu longo portfólio de produções. Como gerir o olhar para diferentes tipos de arte? Há cerca de oito anos, comecei a me abrir para outras artes. Sempre gostei de frequentar feiras de arte internacionais e essa vivência ampliou o meu olhar para outras possibilidades. Primeiro me encantei com a arte oriental, especializada em porcelana e cerâmica, e iniciei os estudos. Foi assim também com a escultura. A cada nova técnica, preciso aprender tudo desde o começo.

Fale um pouco do papel da Galeria André para o seu reconhecimento como artista. Minha carreira profissional começou na Galeria André. Aos 23 anos, cheguei com minhas pinturas para apresentar e fui recebida pelo próprio André. Ele gostou do que apresentei e sugeriu que eu aprendesse uma técnica nova com o artista Jorge Mori, que viveu 20 anos na França e trabalhava com os restauradores do Museu do Louvre. Era uma técnica flamenga, repleta de detalhes, e ele queria passar esse ensinamento para alguém. Foram oito meses de estudos e aprendizado junto com Jorge Mori: confesso que quase desisti no meio do caminho, mas persisti para conseguir aprender. Assim que fiz minha primeira obra, levei para o André ver e ele pediu para começar a criar telas para minha primeira exposição. Tornei-me artista exclusiva da galeria e trabalhei quase cinco anos para preparar a exposição, composta por 30 telas. Conforme eu ia trabalhando, André ia vendendo as obras. No dia da inauguração, já estavam todas vendidas.

Foi o trabalho na galeria que me introduziu ao mundo profissional da arte. O André fez o meu mercado, precificou minhas obras e criamos uma parceria longa e duradoura por quase 20 anos.

Você foi a primeira artista brasileira a ter uma obra na Royal Collection, uma das mais importantes coleções de arte do mundo. Como a Família Real britânica conheceu seu trabalho?

Eu fiz uma tela homenageando a fundação Leonard Cheshire, criada pelo piloto britânico Leonard Cheshire, combatente da Segunda Guerra Mundial. A obra foi um pedido da empresa Shell, principal apoiadora da entidade naquele período. A rainha da Inglaterra também era presidente de honra da fundação. O curador da Royal Collection se interessou pelo tema e fez o convite. Foram dois anos de trabalho e de muitas expectativas. Houve uma cerimônia de entrega da obra, uma tela de 40x50cm, no Palácio de Buckingham. Infelizmente, não tive o prazer de conhecer a rainha, mas estar presente no palácio para um evento de apresentação da minha obra foi algo muito marcante.

A necessidade de estar sempre inovando é uma “regra” para todo artista contemporâneo? Qual conselho daria para a nova geração de artistas?

Acho importante os novos artistas experimentarem de tudo. Tentarem diferentes técnicas e formas de criar para conseguirem expandir cada vez mais seu trabalho. Eu considero que despertei tarde para as outras formas de arte. Sempre fui apaixonada por pintura a óleo e foquei nisso por décadas, mas, se eu não tivesse inovado, não teria chegado aqui. Então, procurem sempre ir além e desenvolvam seu lado empresarial para saber trabalhar seu nome e sua arte de forma rentável e permanente.

A Vinícola Guaspari traduz a paixão de uma família que se dedicou a transformar uma antiga fazenda de café em uma instigante e premiada vinícola, colocando a região de Espírito Santo do Pinhal no mapa mundial dos vinhos de alta qualidade .

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Imagens: divulgação Sônia Menna Barreto
ESCULTURA RAIN MAN
LOJA.VINICOLAGUASPARI.COM.BR @VINICOLAGUASPARI

MESA ATLAS

Alfio Lisi para Dpot

MIMOS NACIONAL

ASSINATURA

Uma seleção de mobiliário e peças de decoração para celebrar o design brasileiro contemporâneo na sua casa

Nesta mesa de centro, o casamento entre a simplicidade estrutural da madeira e a delicadeza do azulejo ganha traços característicos do designer Alfio Lisi, como os pés roliços e as bordas arredondadas. Preço sob consulta, dpot.com.br

VASO E CASTIÇAL BERTHA

Ingrid Peixoto

Nomeada em homenagem à cientista brasileira Bertha Maria Julia Lutz, que também foi protagonista na luta pela igualdade de gênero, a peça criada pela designer mineira Ingrid Peixoto pode ser usada para acomodar flores ou velas. Disponível em três tamanhos. A partir de R$ 960, ingridpeixotodesign.com

POLTRONA TRÓPICO

Por Bruno Simões para Breton

Feitos de madeira maciça, os braços desta poltrona remetem a um par de asas que parecem elevar o estofado, cujo tecido pode ser customizado.

Preço sob consulta, breton.com.br

SOFÁ AGOGO

Por Lilly Sarti para Breton

Da moda para o design mobiliário, Lilly e Renata Sarti buscam uma experiência sensitiva de texturas, que convida a interagir com a peça Preço sob consulta, breton.com.br

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CADEIRA TUBIM

Fernando Prado para Dpot

Metal curvado e couro natural formam a cadeira visualmente leve, mas com estrutura robusta, pensada pelo designer Fernando Prado para complementar ambientes de estar, residenciais ou corporativos. Preço sob consulta, dpot.com.br

ILHA RELICÁRIO

emDoisdesign para Lider Interiores

Em sua nova coleção Vibra, a marca Lider Interiores homenageia os lares brasileiros e a miscigenação cultural no país. A ilha desenvolvida pelos designers Mariana Betting e Roberto Hercowitz, do estúdio emDoisdesign, é uma versão moderna da clássica penteadeira, que pode ser usada como móvel central em closets. A partir de R$ 24.156, liderinteriores.com.br

ABAJURES LITORAL

Maurício Arruda para Geo Luz & Cerâmica

Celebrando praias brasileiras que fizeram sucesso nos anos 1980, o arquiteto Maurício Arruda desenhou cinco modelos vintage de abajures – Paraty, Guarujá, Guaratuba, Santos e Búzios –, apresentados em três tamanhos e três cores diferentes.

A partir de R$ 2.935,20, geoceramica.com.br

Luisa Moysés para Estúdio Breton

Em desenho inovador que nasce da flexibilidade da madeira e da elegância da natureza, esta peça é perfeita para um hall de entrada, ao unir cabideiro, espelho, banco, sapateira e apoio para objetos.

Preço sob consulta, breton.com.br

PUFE NECO

Pascali Semerdjian para Etel Disponível em três cores, o pufe de couro é lúdico e versátil: é possível usá-lo como assento convencional ou encosto para quem está sentado no chão.

Preço sob consulta, etel.design

POLTRONA DELÍRIOS

Guto Requena para +55 Design

Trabalhada com métodos de fabricação artesanal, a peça tem base desenhada digitalmente em modelagem 3-D, que cria uma estrutura fluida com encaixes.

Preço sob consulta, gutorequena.com.br

POLTRONA PACO Lattoog para Schuster

Nesta poltrona ousada, a marca carioca fundada por Leonardo Lattavo e Pedro Moog revela um jogo de curvas de madeira entrelaçadas, que contrastam com os volumes estofados e se complementam com a mesinha de apoio como acessório opcional. R$ 18.610, moveis-schuster.com.br

CARRINHO BAR THAI Ále Alvarenga para Ellipse

As linhas curvilíneas e minimalistas da peça criada pelo premiado designer Ále Alvarenga podem funcionar como bar ou aparador para itens de decoração. R$ 7.392, alealvarenga.com.br

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MIMOS
Imagens: divulgação

D ECO R PERTO DO

fogo

Funcionais e decorativas, as lareiras são o novo objeto de desejo em apartamentos e áreas sociais dos condomínios

“A

lareira é o coração psicológico de um lar.” A frase, dita pelo renomado arquiteto americano Frank Lloyd Wright, nunca fez tanto sentido como agora.

Para ele, o lugar onde se acendia o fogo era tão importante que chegava a ser o primeiro traço de seus projetos. E se, antes, a lareira era um luxo reservado a lugares muito frios ou possível de ser instalada apenas em casas, hoje já existem modelos ideais para apartamentos, que não demandam lenha nem dutos para saída de fumaça.

Aquecer o ambiente também está longe de ser a única finalidade – e é aí que a frase de Lloyd Wright se encaixa. “Depois de uma temporada de reclusão em casa, as pessoas passaram a querer mais conforto e aconchego dentro de seus lares, fatores que têm tudo a ver com a lareira”, afirma o arquiteto paisagista Benedito Abbud, parceiro em vários empreendimentos Mitre. “O fogo sempre foi um elemento agregador, ao redor do qual nossos antepassados se reuniam para se proteger contra o frio

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HAUS MITRE VILA CLEMENTINO SALÃO DE FESTA RESERVA VILA MARIANA

e de animais selvagens. Consequentemente, tornou-se sinônimo de relacionamentos sociais, encontros, histórias. É algo que ficou gravado no nosso DNA.”

Segundo o paisagista, nosso instinto de buscar conforto no fogo tem a ver com a biofilia, conceito que, nos últimos tempos, virou palavra de ordem na arquitetura e no design de interiores. Consiste, em poucas linhas, no amor à vida, no cercar-se de elementos naturais em busca de bem-estar. “E é uma sensação que vai além do físico, já que o fogo também tem poder de acalmar nossa mente, que entra numa espécie de meditação quando fixamos a atenção nas cores, no movimento e nas formas imprevisíveis das labaredas”, conclui.

TIPOS DE LAREIRAS

A demanda crescente por lareiras em apartamentos se deve também à facilidade de instalação e do custo acessível dos novos modelos. Elas podem fazer parte do projeto de interiores, integradas à marcenaria ou à marmoraria, ou podem ser facilmente adquiridas como peças portáteis, sem necessidade de obra, já que não precisam de ponto de eletricidade nem gás.

“Para apartamentos, onde não há a possibilidade de criar dutos de ventilação e exaustão da fumaça como nas lareiras de lenha, utilizamos muito os modelos ecológicos, que estão disponíveis em várias dimensões”, explica a arquiteta Roberta Ressutti, do escritório Archiave, responsável pelo projeto de decoração das áreas comuns de empreendimentos como Haus Mitre Ibirapuera e Raízes Freguesia do Ó.

Em vez da lenha, as lareiras ecológicas geram chamas reais e têm como combustível o álcool etílico líquido 96% (92,80), preferencialmente derivado de cereais. Disponível para venda na internet, em lojas de produtos químicos ou de essências, um litro de álcool rende uma hora e meia de fogo, em média. Como o fogo não produz fumaça, cheiro ou fuligem, não há necessidade de chaminé, mas o ambiente precisa ser arejado, para que aconteça a renovação do oxigênio. Esses modelos também ajudam a aquecer, ainda que de forma mais lenta que lareiras convencionais. Já os tipos a gás, que também geram fogo e calor sem produzir fumaça nem fuligem, demandam maior planejamento, pois é necessário que haja instalação adequada conectando o gás da cozinha ao ponto onde ficará a lareira. Funcionam de forma muito prática, pois o acionamento se dá por meio de botões e o abastecimento é contínuo. As lareiras elétricas, por outro lado, assemelham-se mais a aquecedores que simulam labaredas de forma digital, com alto consumo energético.

O CORAÇÃO DA CASA

Independentemente de qual modelo você escolher para seu apartamento, o importante é posicioná-lo como uma peça de destaque em alguma área social, como a varanda gourmet ou o living. “Gostamos de aplicar as lareiras em mesas de centro, em painéis, sob os aparelhos de TV ou ao lado de adegas. Assim criamos ambientes charmosos para receber amigos ou cantinhos para uma boa leitura ou um vinho”, avalia Roberta. “De uma maneira ou de outra, estes espaços são sempre pensados para trazer aconchego e relaxamento.”

E não é só nos apartamentos que as lareiras têm feito sucesso. Elas já viraram objeto de desejo também nas áreas comuns dos condomínios, como terraços externos, salões de festas, salões de jogos e espaços de receber. É o caso de empreendimentos como o Haus Mitre Perdizes e o Raízes Premium Butantã, ambos com projeto paisagístico assinado por Benedito Abbud e com lareiras ao ar livre nos espaços sociais. Afinal, quem resiste ao calor do fogo?

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D ECO R
LAREIRA EMBUTIDA EM LIVING DE DUPLEX NO HAUS MITRE JARDINS MESA DE CENTRO COM LAREIRA NO LOUNGE DO HADDOCK 885
Imagens: divulgação

D ECO R Arquitetura com

Responsável pelo projeto de arquitetura e interiores do novo empreendimento Haddock 885, Patricia Anastassiadis aposta na memória afetiva, no resgate de tradições culturais e na relação com o entorno

Avista dos Jardins dentro de casa. Essa é a primeira característica que a arquiteta Patricia Anastassiadis evoca para definir o empreendimento Haddock 885. Trata-se do primeiro lançamento da categoria Mitre Exclusive Collection, no qual seu escritório assina o projeto de arquitetura e de interiores das áreas comuns e do apartamento decorado. “O pé-direito generoso de 2,70 m e as grandes janelas do chão ao teto proporcionam o privilégio da luminosidade natural e uma transparência que exibe a vista do bairro logo de cara para quem sai do elevador e entra no apartamento”, explica a profissional, cujo escritório já atuou em países como Estados Unidos, Espanha, França, Grécia e Portugal. “Além disso, o Haddock 885 é um edifício que se relaciona com o entorno, com um bairro que pulsa, onde a vida acontece nas ruas, nos restaurantes, bares e lojas. Os Jardins são a cara da metrópole e de seu morador cosmopolita.”

Decoração, afinal, tem tudo a ver com memória afetiva, daí a importância de enaltecer a localização, sobretudo por conta dos laços pessoais criados com o bairro onde se escolhe morar. “Dentro dos meus projetos sempre existe uma relação ou com o bairro ou com o clima, com a cultura local. É uma forma de se conectar, estar no presente, mas também de compreender um pouco os elementos do passado”, analisa Patricia, que entende que preservar a identidade de um lugar é uma das missões da arquitetura. “Precisamos fazer esse resgate do que foi perdido com a globalização.”

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PERSPECTIVA ILUSTRADA DA FACHADA
ALMA

Nesse sentido, o contexto cultural brasileiro também é protagonista no trabalho da arquiteta. O projeto do Haddock 885, por exemplo, é permeado pelo diálogo com o design autoral nacional, através da curadoria de peças assinadas por nomes como Jorge Zalszupin e Claudia Moreira Salles.

FEITO UM HOTEL

É a memória afetiva, aliada a conforto e bem-estar, que dá propósito ao conceito de novo luxo, para além da ostentação. Assim, a estética da categoria Mitre Exclusive Collection vem ressaltada pela atemporalidade, sem modismos nem tendências efêmeras. Isso tudo, é claro, sempre pensado de acordo com as necessidades e identidades de cada morador. “O interessante da arquitetura é que você cria espaços que ainda não existem e, para isso, é importante entender o momento, as técnicas e os comportamentos atuais”, afirma. “Nosso trabalho é codificar aquilo de que o cliente precisa e o que a casa significa para ele e, assim, oferecer soluções em termos de bem-estar e acolhimento, mas também de infraestrutura para se viver, trabalhar, entreter-se e receber.”

Ao Haddock 885, Patricia dedicou muito de seu know-how em hotelaria – seu portfólio acumula projetos de interiores como os do Hotel Du Cap-Eden Roc (Riviera Francesa), Fairmont Copacabana e Hilton Barra (Rio de Janeiro), Jumb Bay Island (Antigua) e, mais recentemente, do Palácio Tangará (São Paulo). São trabalhos em consonância com a proposta da categoria Mitre Exclusive Collection, que inaugura um novo conceito de morar, inspirado na excelência de grandes marcas da hotelaria mundial, como o Four Seasons George V (Paris) e o Baccarat (Nova York).

Assim, o Haddock 885 tem como diferencial os serviços de hospitalidade oferecidos aos seus moradores, como concierge,

governança, mordomia, health coach, alfaiataria, assessoria de eventos, laundry service, reparos e instalações. Esses serviços estarão disponíveis para as unidades Luxury Residences (de 185 m² e 370 m², com até cinco suítes) e Luxury Apartments (26 m² a 42 m², focados em estadias de longa duração).

OS SERVIÇOS DE HOSPITALIDADE ESTÃO ENTRE OS DESTAQUES DO HADDOCK 885

Rooftop com piscina panorâmica, lobby com ares de galeria de arte, sauna, academia com health coach e spa com tratamentos on demand são algumas das áreas sociais pensadas para fazer com que o morador se sinta tão à vontade como em sua própria casa e tão bem servido como em um hotel.

E sempre em contato com a natureza: além da fachada verde que integra o edifício à rua, o paisagismo biofílico assinado pelo botânico Ricardo Cardim e pela arquiteta Alessandra Caiado Cardim ressalta a biodiversidade nativa, em ambientes como o Terrace Lounge e o Library Terrace. É a união de todos esses fatores que faz do Haddock 885 um empreendimento tão seleto e único.

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D ECO R
PERSPECTIVA ILUSTRADA DO LIVING INTEGRADO AO TERRAÇO O TIME DE SÓCIOS DO ESCRITÓRIO DE ARQUITETURA ANASTASSIADIS É COMPOSTO POR DHAIAN MIRANDA, PATRICIA ANASTASSIADIS, ARTUR JORGE LÉ E PRISCILA PAYÁ PATRICIA ANASTASSIADIS
Imagens: divulgação e Victor Affaro
PERSPECTIVA ILUSTRADA DA PISCINA NO ROOFTOP, EXCLUSIVA PARA AS LUXURY RESIDENCES

ES TILO

MODA

ORGÂNICA

O stylist e comunicador de moda Dudu Bertholini fala sobre a influência da natureza na estampa criada por ele para o Haddock 885 e discorre sobre os novos rumos da moda

Laranja, marrom, creme, terracota, verde. Com essa mistura de cores orgânicas, o stylist Dudu Bertholini traduziu o novo Haddock 885 em forma de estampa. É dele a arte Natureza Gráfica criada exclusivamente para o material de divulgação do empreendimento que inaugura a categoria Mitre Exclusive Collection, e que foi transformada também em um lenço, com curadoria da modelo Isabella Fiorentino.

“Eu queria que a estampa tivesse uma brasilidade elegante e atemporal, tendo o Haddock 885 como fonte de inspiração. Gosto muito do jardim vivo da fachada, que traz o verde à paisagem urbana. Assim, a estampa remete à natureza, a folhagens, sementes e rios, ao mesmo tempo que

preserva linhas arquitetônicas modernistas”, explica Dudu, que já integrou o elenco de diversos programas de TV, como Amor & Sexo, Brazil's Next Top Model e Nós Os Fashionistas. “Os tons do projeto de arquitetura e interiores do empreendimento são suaves e neutros, então pensei uma arte para agregar cor, criando coerência e fluidez entre a estampa e o design."

Moda e décor, afinal, conversam muito entre si, numa relação de sinergia e troca de referências. Segundo Dudu, a moda está presente em tudo, como um sistema de renovação permanente que traduz o desejo das pessoas, para muito além da roupa. “Todo designer tem o olhar e a imaginação para que sua criação se estenda para o espaço. O corpo é minha grande superfície

de trabalho e o têxtil é meu material, mas é sempre muito interessante expandir para outros campos, como a decoração, que na prática enaltece nosso cotidiano”, avalia. Nesse sentido, as estampas ajudam a formar uma ponte entre as duas áreas, pois revelam muito sobre o estado de espírito de uma pessoa e sobre o que ela quer comunicar. “Todo mundo pode usar estampa. Quem tem estilo mais básico pode começar em doses menores, elegendo uma peça estampada, como um lenço”, orienta Dudu, para quem misturar desenhos diferentes é mais do que bem-vindo. “Uma dica é que haja cores correspondentes entre os padrões. Algumas combinações bacanas são onça ou bola com listra, animal print com floral e mais de um tipo de animal print.”

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Imagens: Shutterstock e Rayssa Lima (Vitrine MGT)
AS ESTAMPAS SEMPRE DOMINAM AS PASSARELAS, COMO AS DA FASHION WEEK DE NOVA YORK O STYLIST DUDU BERTHOLINI

A NOVA MODA

Dudu, que usa e abusa das estampas em seus próprios figurinos, enxerga-as também como um importante pilar da moda brasileira, que já não se atém aos velhos padrões. “O século 21 trouxe o fim do certo e errado, hoje o que existe é coerência entre o que as pessoas são e como se vestem. A moda serve para valorizar todos os corpos e estilos, não mais para fazer todo mundo caber num mesmo padrão”, defende. “Não existe mais regra de moda absoluta. Estampa, por exemplo, pode ser usada sem moderação, em todas as estações: é coisa do passado dizer que não se usa no inverno. Do mesmo modo, a gente pode voltar a amar o que já fez muito sucesso e depois passou a ser rejeitado, como as pochetes ou a combinação de legging com salto alto. É tudo cíclico e a internet ajuda a acelerar esses ciclos.” Em suma: as tendências atuais não ditam mais aquilo que as pessoas devem usar, mas sim oferecem inúmeros caminhos para balizar o estilo pessoal de cada um.

Mais do que saber qual peça está na moda ou qual é a cor do momento, o importante hoje é aliar a estética com a ética. “O mundo está passando por uma grande transformação e nós sabemos da responsabilidade que a moda tem. A pesquisa por novos materiais, a demanda pelo artesanal, pelo que é único, feito à mão, junto ao resgate das ancestralidades e daquilo que é legítimo com o seu entorno, é uma tendência global e um movimento muito interessante. São essas as macrotendências que refletem o momento atual e que vão mudar a moda”, afirma Dudu, que sempre incorpora em suas criações o resultado das pesquisas que faz sobre trabalhos autorais e artesanais Brasil afora.

Assim, pode-se dizer que está realmente em alta a moda feita com base na realidade que o mundo vive. “As coleções do próximo verão chegarão bem coloridas, com tons cítricos e fluorescentes, como um reflexo do desejo de otimismo na retomada pós-pandemia. Ao mesmo tempo, a busca pelo artesanal se expressa em técnicas como crochê e tricô”, adianta. Um perfeito equilíbrio entre estilo, ética e natureza.

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Imagens: Rayssa Lima (Vitrine MGT)
Lore

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Catar

A B OLA DA VEZ

O país sede da Copa do Mundo de 2022 é a nova joia do Golfo Pérsico, surpreendendo com construções e atrações futurísticas, mas sem esquecer das suas tradições e história

O SKYLINE DE DOHA UNE A MODERNIDADE DE SEUS ARRANHA-CÉUS COM AS ANTIGAS EMBARCAÇÕES DHOWS

Uma mistura equilibrada de tradição, modernidade, luxo e tecnologia reina em um território de pouco mais de 11 mil km2 (menor que o estado de Sergipe), sendo boa parte coberta pelo deserto. Assim é o Catar, país relativamente novo situado em uma península no Golfo Pérsico, que ganhou os holofotes ao sediar a Copa do Mundo de 2022. O tamanho compacto, com pouco mais de 2 milhões de habitantes, é uma de suas grandes vantagens turísticas. O epicentro é a capital Doha, uma cidade surpreendente e de beleza ímpar, com o toque de cultura e arquitetura islâmica que tornam o destino ainda mais atraente. Com uma abrangente malha metroviária inaugurada recentemente, é possível transitar com facilidade e rapidez entre as principais

atrações turísticas. De quebra, Doha está ligada a São Paulo por voos diretos da Qatar Airways, uma facilidade enorme para os brasileiros.

ORIENTE MÉDIO REAL

O Souq Waqif é o ponto de partida para explorar Doha. No centro da capital, este tradicional mercado árabe vende produtos típicos, especiarias e joias. É uma profusão de aromas, sons e cores que atiçam os olhos e o paladar. Ali, também é possível encontrar uma área dedicada à falcoaria, modalidade de caça com aves de rapina, popular até hoje em países do Golfo. O falcão é tido como uma ave sagrada e de muita importância à cultura local.

E, como todo mercado árabe, o Souq Waqif é um lugar de pechincha. Tenha em mente que todo valor ofertado ali está

pronto para receber desconto se o viajante souber negociar com o vendedor.

É no Souq Waqif, também, que está um dos melhores e mais originais restaurantes do Catar: o Parisa, de culinária iraniana. Impossível não se sentir em um palácio enquanto a suntuosa refeição é servida em meio a um imponente salão, ricamente decorado. Ótima oportunidade para saborear pratos típicos do vizinho Irã, como os kebabs acompanhados por arroz com açafrão.

E, já que o passeio começa pelo lado mais histórico do Catar, a recomendação é permanecer em volta do souq, onde estão os Msheireb Museums, compostos por quatro casas que são patrimônio histórico nacional, cada uma com um tema ligado ao passado do país. Em suas salas, há objetos, instrumentos, documentos e peças que mostram como era o dia a dia

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ESTÁDIO KHALIFA O SOUQ WAQIF É O MELHOR LOCAL PARA COMPRAR PRODUTOS TÍPICOS PÁTIO DO CONJUNTO DE CASAS QUE FORMAM O MSHEIREB MUSEUMS A FALCOARIA É VALORIZADA ATÉ OS DIAS DE HOJE NO CATAR
Imagens: Shutterstock e Fábio Calderon

dos primeiros trabalhadores da indústria petrolífera do país, entre outros temas ligados ao passado do emirado.

Não muito longe do souq fica a Corniche, avenida à beira-mar que é um dos locais mais gostosos para passear em Doha. O centro financeiro da cidade e seu conjunto de famosos arranha-céus também se concentram nessa orla, que soma pouco mais de sete quilômetros. Caminhe sem pressa, sentindo a brisa marinha e pare para tirar fotos na escultura The Pearl (com formato de uma concha aberta), local para contemplar o belo skyline da cidade. Por ali fica também o MIA Park, outro ponto que rende fotos das construções arrojadas dignas de cartão-postal. É desse ponto ainda que saem os passeios a bordo dos dhows, tradicionais

veleiros que antes faziam o transporte de bens e mercadorias. Hoje, cumprem a função de levar os turistas para uma tranquila navegação ao redor da marina.

A região da Corniche conta ainda com duas importantes atrações culturais: o Museu de Arte Islâmica, ao lado do MIA Park; e o imperdível Museu Nacional do Qatar, que conta toda a história do emirado, desde os primórdios, passando pela época da descoberta do petróleo e da exploração de pérolas na costa, quando começou o boom da economia local. Sua arquitetura externa é lindíssima, com uma construção em formato de rosa do deserto.

Quem procura um hotel nesta área mais central, encontrará ótimas opções cinco estrelas, como o Al Najada Doha Hotel by Tivoli, no coração do Souq Waqif.

Melhor época

Não foi à toa que a FIFA abriu uma exceção e colocou o calendário da Copa do Mundo de 2022 entre novembro e dezembro. Nos meses mais quentes do ano (de maio a setembro, principalmente), no Catar o calor é intenso, e passeios em ambientes abertos ficam comprometidos. O mais recomendado é visitar o país no inverno local, entre outubro e abril. Convém evitar o Ramadã, mês sagrado para o islamismo (em 2023, será entre março e abril), quando os muçulmanos fazem jejum durante o dia e muitos restaurantes e locais de alimentação fecham para o público em geral, reabrindo somente à noite.

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RESTAURANTE IRANIANO PARISA O PARQUE MIA E O MUSEU DE ARTE ISLÂMICA AO FUNDO A CORNICHE DE DOHA É O LUGAR MAIS GOSTOSO PARA PASSEAR NA CIDADE
Imagens: Shutterstock e Fábio Calderon

LUXO E MODERNIDADE

Claro que não poderiam faltar shoppings de arquitetura furista que parecem de outro mundo. Um bom exemplo fica em Lusail, cidade vizinha a Doha, cujo estádio sediou a final da Copa do Mundo. Trata-se do The Pearl, um complexo residencial e comercial, em meio a uma marina, que conta com o Qanat Quartier, considerada a Veneza do Catar, com canais artificiais e pontes. É aqui que ficam os Musical Steps, uma escadaria musical que toca notas de piano quando as pessoas pisam em seus degraus.

Em um mix entre compras e cultura, a Katara Cultural Village, pertinho do The Pearl e de Lusail, é outra atração imperdível. A área à beira-mar, com uma mesquita, um bonito anfiteatro, lojas e restaurantes típicos, e com o Katara Plaza, um luxuoso centro de compras, que abriga inclusive uma filial da loja de departamento francesa Galeries Lafayette. Boa opção de hospedagem nesse pedaço é o Ritz-Carlton Marina, ideal para quem busca estilo clássico e luxo.

Os qataris parecem gostar bastante de Veneza, já que um dos principais e mais luxuosos shoppings de Doha, o Villagio Mall, também tem arquitetura inspirada na famosa cidade italiana, com direito até a passeio de gôndola pelos canais artificiais.

O shopping está situado em um enorme complexo de compras e lazer. Além do shopping, no local há ainda o Aspire Park, principal parque da capital, com lago, fontes e jardins, um verdadeiro refúgio no clima desértico. Por ali ficam também o Estádio Khalifa, mais um dos palcos da Copa (foi aqui que o Flamengo jogou a final do Mundial de Clubes em 2019), e o The Torch, também conhecido como Aspire Tower, o maior arranha-céu do Catar. A moderna construção tem o

formato de uma tocha e soma nada menos do que 300 metros de altura.

O prédio abriga o hotel cinco estrelas The Torch Doha e o restaurante giratório Three Sixty, no rooftop, com vistas incríveis para a cidade. Completa o circuito o novo 3-2-1 Qatar Olympic and Sports Museum, dedicado à história e ao legado dos esportes, uma prova de que o país não pretende esquecer tão cedo da Copa do Mundo de 2022.

Em termos de luxo, nada supera o Al Hazm, o shopping mais sofisticado de Doha, a céu aberto, e todo revestido de mármore. Vale conhecer nem que seja só pela arquitetura inusitada. Com um mix

de marcas locais e internacionais, o complexo tem alguns restaurantes igualmente imponentes, como o francês Le Train Bleu, decorado em estilo barroco, com direito a lustres e afrescos. Se a ideia é comer algo mais leve, o Cafe Noir, igualmente incrível, é uma boa pedida.

Um pouco mais afastado, porém coladinho ao estádio Ahmed bin Ali (mais uma das estrelas da Copa), está o maior shopping do emirado, Mall of Qatar. Com um domo de vidro central e um projeto de arquitetura sustentável, tem mais de 200 lojas e restaurantes, incluindo algumas marcas norte-americanas que os brasileiros adoram.

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A BELEZA ARROJADA DO KATARA PLAZA OS CANAIS DE VENEZA INSPIRARAM O INTERIOR DO VILLAGIO MALL THE TORCH É O MAIOR ARRANHA-CÉU DO CATAR, COM 300 METROS DE ALTURA Imagens: Shutterstock e Fábio Calderon

CULTURA E SONHO

Nem só de construções modernas e centros de compras vive Doha. A área conhecida como Cidade da Educação é algo que não pode ficar de fora do roteiro. Trata-se de um impressionante e moderníssimo complexo que conta com universidades, a linda Biblioteca Nacional (vale muito a pena conhecer seu interior) e a Education City Mosque, uma interessante mesquita, toda branca, cujo interior pode ser visitado. Na sua fachada, um espelho d’água sob um vão central e passagens do Alcorão escritas nas paredes tornam o cenário ainda mais especial.

Ainda na Cidade da Educação, em frente ao Sidra Medicine, que é o hospital feminino e a maternidade de Doha, fica a Jornada Milagrosa. Trata-se de uma maravilhosa série de esculturas criadas pelo artista britânico Damien Hirst, que formam a trajetória de um nascimento, da concepção até o parto. É basicamente o que a Copa do Mundo representa para o Catar, que busca um espaço cada vez maior no turismo internacional. O nascimento deste novo tempo será assistido pelo mundo inteiro muito em breve, quando a bola começar a rolar, dentro e fora dos estádios.

Roupas e costumes

O Catar é um país islâmico e o viajante precisa entender e respeitar algumas regras de conduta durante a sua viagem. Ao visitar mesquitas ou qualquer outro local sagrado, por exemplo, homens e mulheres devem cobrir ombros e joelhos. Para as mulheres, recomenda-se evitar que andem sozinhas e que usem roupas muito curtas ou decotadas, por conta de assédio. Manifestações de carinho entre casais em público podem não ser bem vistos pelos costumes locais. O consumo de bebida alcoólica é proibido, com exceção dos hotéis e de alguns restaurantes, que vendem apenas para estrangeiros. É terminantemente proibido consumir álcool nas ruas e em locais públicos.

Para além de Doha

Em três dias, é possível conhecer praticamente todas as atrações de Doha. Se sobrar tempo, vale a pena explorar o Catar para além dos limites da capital. Um passeio interessante é o famoso tour de 4x4 pelo deserto, com rali pelas dunas, apresentação de falcões, entre outras atividades. O ponto alto do deserto é quando se avista o Inland Sea, local onde as dunas de areia se encontram com a água do mar, quase na fronteira com a Arábia Saudita. Uma paisagem deslumbrante. Outro local para incluir é Al Khor, município costeiro famoso pelos campos petrolíferos e endereço do Al Bayt Stadium, que vai ferver durante a Copa. Outros jogos do Mundial acontecerão no Al Janoub Stadium, desenhado em formato de pérola pela renomada arquiteta iraquiana Zaha Hadid, e o Ahmad Bin Ali, apelidado de “portão para o deserto”, com fachada ondulada. Apesar de nem todos os estádios estarem em Doha, eles ficam a uma curta distância da capital, sendo facilmente acessados de metrô ou de táxi.

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INSTALAÇÃO JORNADA MILAGROSA
Imagens: Shutterstock e Fábio Calderon'
ÁREA INTERNA DA GRANDE MESQUITA DE DOHA

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Patagônia Chilena E N T RE O C ÉU E A S M ONTAN HA S

Traduzida pelo belíssimo Parque Torres del Paine, a região fascina viajantes apaixonados por experiências autênticas. O reduto natural no sul do Chile também é o endereço dos hotéis mais deslumbrantes do país

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REDOR FORMAM O CARTÃO-POSTAL DA PATAGÔNIA CHILENA V

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um dos lugares mais lindos do mundo." Esse é o pensamento de quem volta de uma viagem pela Patagônia Chilena, com a certeza de que esteve em um dos pontos mais espetaculares do planeta. A maior expressão desse território, situado no sul do Chile, é o longínquo Parque Torres del Paine. Protegido como Reserva da Biosfera pela Unesco, o parque reúne glaciares, montanhas, vales, cachoeiras e os lagos Sarmiento, Grey, Nordenskjold e Toro, em uma área de 242 mil hectares. Tanta beleza natural fez com que a região entrasse na lista das Novas Maravilhas Naturais do Mundo.

Para chegar a esse refúgio preservado, é preciso fazer uma viagem em três etapas. São três horas e meia de avião de São Paulo até Santiago do Chile, depois mais três de voo até Punta Arenas e o mesmo tanto de carro até Puerto Natales, cidade base para conhecer Torres del Paine, que fica a uma hora de distância.

É junto ao parque que ficam os hotéis mais exclusivos e incríveis de toda a região. Isso quer dizer que, mesmo em um ponto tão isolado, o viajante estará cercado de conforto e serviços de alto padrão.

Entre as opções está o Tierra Patagonia Hotel & Spa. Seus 40 quartos foram idealizados dentro de um projeto horizontal, em que a construção não se sobrepõe à paisagem, de modo que a obra é totalmente integrada ao ambiente. O prédio térreo é todo feito de madeira nativa e vidro. Seus grandes janelões cobrem a extensão de ponta a ponta e oferecem permanentes e irretocavéis vistas do Maciço Paine e do Lago Sarmiento. Não importa se você está no restaurante, no bar, na sala de estar, na piscina ou no quarto – a vista é sempre soberana.

Outra opção é o Awasi Patagonia. Entre os lodges mais luxuosos do Chile, conta com poucas suítes em formato villa, todas com vista para o conjunto de montanhas Torres del Paine –inclusive do ofurô externo de cada uma delas. Seu restaurante faz parte da seleção Relais&Chateaux e os passeios são sempre 100% customizados, já que cada quarto tem seu próprio carro, guia e motorista.

São os hotéis que montam a agenda de atividades no parque, de acordo com cada perfil. Por se tratar de um local isolado, as refeições são feitas no próprio hotel ou no local de passeio, com estrutura montada na hora. Tudo impecável, mesmo em uma região tão distante.

A NATUREZA CHAMA

É importante ter em mente que o foco de uma viagem assim é desligar a mente e reconectar-se com a natureza. As caminhadas são a atividade número 1 do parque, com diferentes níveis de intensidade. O tempo de cada trekking depende muito de como está o vento no dia. A Patagônia é uma região de ventos fortes e constantes, que podem chegar a 120 km/h.

Há possibilidade de conciliar saídas de meio dia e aproveitar o restante no hotel ou optar por passeios que levam o dia inteiro. São cerca de 20 opções entre trekking, cavalgada, navegação, bike, pesca, birdwatching, entre outros. Mesclar as atividades e seus níveis de intensidade também é algo essencial na hora de montar o cronograma. Uma das maneiras mais tranquilas de conhecer e entender a região é ir até os mirantes. Carros dos próprios hotéis levam até os pontos principais, como o Mirante Paine, que fica cara a cara com as Torres del Paine, os três picos que nomeiam o parque. Formações como os “cuernos”, picos que parecem chifres, também são disputadas para fotos ali.

Mais alguns quilômetros rodados e é a vez do Salto Chico, queda-d'água formada pelo lago Nordenskjold, que deságua no lago Pehoe. Quem não chega por terra, pode conhecer a região em passeios de catamarã ou participar das navegações que levam até outros trechos do parque.

Ao contornar o Pehoe, surge na paisagem uma pequena ilha ligada à terra por uma ponte. Ali, uma idílica casinha vermelha é o endereço do hotel Pehoe. Mesmo quem não está hospedado pode fazer reservas para o almoço, que brinda seus visitantes com vistas para as montanhas e o lago de tom verde esmeralda. No cardápio, opções como salmão, centolla (o gigante caranguejo) e o cordeiro patagônico dão sabor ainda mais local à experiência.

ESCOLHA DO TREKKING

A caminhada conhecida como cornisas ou condoreras é um trekking tranquilo de pouco mais de sete quilômetros até o alto de uma chapada. Apesar da subida, o trajeto é suave,

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O PARQUE NACIONAL TORRES DEL PAINE É UM REDUTO PRESERVADO DE PAISAGENS SINGULARES
Imagens: Shutterstock e divulgação/Tierra Patagonia Hotel
TODOS OS AMBIENTES DO HOTEL TIERRA PATAGONIA POSSUEM JANELÕES COM VISTA PARA O LAGO E AS MONTANHAS, COMO NO LOBBY (FOTO À ESQUERDA) E NA PISCINA (NESTA PÁGINA)

sem trechos íngremes ou que exijam mais esforço. É como um safári fotográfico, em que você vai andando, fotografando e aprendendo sobre a fauna e a flora com os guias.

Como se trata de uma região selvagem e de clima inóspito, não há grande variedade de plantas e animais, mas é comum avistar espécies endêmicas, como condores, águias, lebres, guanacos (parentes das lhamas) e nandus (semelhante à ema). Sem falar das ovelhas que estão por toda parte e formam os rebanhos, pastoreados pelos gauchos que vivem nas estâncias. A puma e o huemul (espécie de cervo que está em risco de extinção), por outro lado, são bem difíceis de encontrar. Vale a pena levar binóculo para conseguir observar as aves.

Outra opção de trekking é o caminho batizado como Paso de Agostini. São 11 quilômetros de trilha, passando por bosques de lengas e pelas lagunas Totora e Honda. Boa parte da caminhada é tranquila, apenas precisando desviar de troncos no chão e poças d’água. A parte mais delicada fica no final, ao chegar ao estonteante mirante com vista para o Lago Toro, o maior da região, e o Rio Paine, que precede a descida por uma encosta de chão de pedriscos escuros que deslizam enquanto você pisa.

AS MAIS BELAS PAISAGENS

A ida até a beira do Lago Grey é um dos ápices da viagem. É um passeio com uma caminhada leve e beleza para todos os lados. A maneira mais comum de chegar até a área que dá acesso ao lago é de van. Após cruzar uma pequena ponte, o Grey se apresenta com suas águas de tonalidade cinza e uma prainha formada por pedriscos pretos.

Na beira d’água aparecem pedaços de gelo que se desprendem da geleira e chegam flutuando à terra firme. É irresistível pegar um com as mãos, afinal, são blocos formados há milhares de anos. A caminhada continua por uma trilha curtinha, que termina no mirante voltado para o glaciar e para a imensidão do lago, com superfície de 30 km2 e profundidade de até 600 metros.

Para quem tem fôlego

O passeio mais clássico da região consiste em um trekking de 18 quilômetros (oito horas de caminhada) para chegar aos pés das três torres de granito e dali poder fotografá-las e admirá-las do melhor ângulo. Não precisa ser atleta para realizar, mas é uma caminhada exaustiva e exige um nível médio de preparo físico. O trajeto mescla trechos de caminhada leve com subidas íngremes e desafiantes. Apesar do esforço, a paisagem é recompensadora!

Para chegar bem pertinho do glaciar Grey, só de barco, em um belo passeio com cerca de três horas de duração.

As experiências de gelo e montanha ganham um contraponto interessante ao trocar o trekking pelas cavalgadas. Várias estâncias da região oferecem passeios a cavalo, conduzidos pelos próprios gauchos ou baqueanos (vaqueiros). Eles andam paramentados com calças estilo bombacha, lenços e chapéu – mas sempre com roupas térmicas por baixo, porque não dá para brincar com o vento da região.

As estâncias Guido, El Lazo e tantas outras oferecem esse tipo de experiência. Fazer cavalgadas, provar o cordeiro assado na brasa, participar da alimentação de animais (atividade que as crianças costumam adorar!), observar pássaros e até acompanhar o banho e, dependendo da época do ano, a tosquia de ovelhas, são atividades que enriquem a vivência e deixam os dias na Patagônia chilena ainda mais completos.

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Imagens: Tarcila Ferro e Shutterstock
A QUEDA-D'ÁGUA DO SALTO CHICO É FORMADA PELO LAGO NORDENSKJOLD AS PEDRAS DE GELO QUE FLUTUAM NO LAGO GREY SÃO RESULTANTES DO DEGELO DO GLACIAR O TREKKING CONDORERAS TEM POUCO MAIS DE SETE QUILÔMETROS

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Chocolate

UM DOCE ELIXIR

Do grão à barra, os chocolates finos são feitos respeitando cuidadosos processos de produção e seleção de ingredientes. Tratado como iguaria, o doce originário do cacau é artigo de desejo em quase todo o mundo

Não é lenda nem ditado popular. Está comprovado: o chocolate é mesmo um pedaço de felicidade. O cacau é um dos frutos mais ricos em flavonoides, substâncias que ativam a serotonina e causam aquela sensação de tranquilidade segundos após o tablete derreter na boca. Por isso, não é à toa o sentimento de felicidade depois de comer um chocolate fino, afinal, é composto por um teor maior de cacau do que os tipos comuns.

Mas diferenciar um chocolate de qualidade de um padrão vai muito além do prazer. O melhor cacau é aquele plantado em regiões quentes e úmidas, mais próximas da Linha do Equador, fazendo com que o Equador e a Costa do Marfim estejam no topo quando o assunto é cultivo. O Brasil não fica atrás. A Bahia reinou no plantio e na exportação do cacau, colocando o país como o maior exportador do mundo até meados de 1920. Mas nos anos 1990 o fungo conhecido como "vassoura de bruxa” dizimou plantações e prejudicou o mercado por aqui: apesar disso, hoje o Brasil continua se orgulhando – ocupa o posto de sétimo maior produtor e exportador de cacau do mundo, segundo dados da Agência Brasileira de Promoção de

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Exportações e Investimentos. E agora, junto com a Bahia, o Pará também vem despontando como região produtora.

Está aí um ponto positivo para as chocolaterias brasileiras com relação às europeias. As empresas nacionais que usam o cacau nativo têm a vantagem de acompanhar de perto o plantio e a colheita, enquanto as fábricas europeias não contam com a mesma sorte: afinal, sem o clima favorável, elas têm à disposição apenas o cacau importado de outro continente.

Apesar das diferentes regiões produtoras, o cacau não é como o vinho, que tem a origem e o terroir como suas características mais marcantes. A qualidade de um chocolate não depende tanto da procedência do cacau, e sim do cuidado durante o processo de produção: o cacau fino é selecionado e processado de forma diferenciada, com o objetivo de preservar e valorizar o aroma original. "Um bom chocolate começa na escolha dos melhores ingredientes e na forma como eles são processados. Existe uma seleção criteriosa em todas as etapas”, explica Patricia Landmann, sócia e diretora de marketing da Chocolat du Jour.

A empresa já produzia chocolate to bar (quando a chocolateria cuida de todo o processo, desde a amêndoa do cacau) e, para ter um controle ainda maior das etapas de produção, investiu em 2018 em uma fazenda própria de cacau no sul da Bahia. “Nós começamos o cuidado desde

o plantio. Quando colhemos o fruto, já separamos o que é fino do que não é. O cacau deve estar maduro e colhido no tempo exato, ou seja, nem verde, nem um pouco passado”, explica. Mas a seleção dos grãos não acaba aí. Segundo Patricia, da Chocolat du Jour, não é possível identificar o bom cacau apenas pela cor da casca. Quando se abre o fruto, há ainda uma segunda seleção. O cacau, por exemplo, pode ter sido bicado por um pássaro e ter começado a fermentar. Nesse caso, ele ainda pode ser processado por chocolaterias que usam o cacau comum, mas é descartado por aquelas que fazem questão do cacau fino.

O grande esmero nesta primeira etapa se repete em todas as seguintes. O processo de fermentação leva de uma a duas semanas e, na Chocolat du Jour, por exemplo, todas as sementes de cacau devem ter o mesmo nível de fermentação. "No cacau fino há um controle maior dessa fermentação: todas as amêndoas devem ser reviradas para que tenham o mesmo nível de fermentação. Quando se produz com cacau fino, não existe a possibilidade de encurtar esse processo para ganhar tempo”, esclarece Patricia. Entre tantas etapas, ainda há a secagem, que no caso do cacau fino é somente ao natural para que o fruto não absorva resíduos de fumaça. A hora da torra é outra etapa importante. "Não podemos torrar nem demais, nem de menos”, conta a diretora.

O processo em chocolaterias finas varia em alguns detalhes. Na Lindt, por exemplo, em que a produção também é do grão à barra, as sementes de cacau são selecionadas de diferentes produtores pelo mundo, com origem rastreada e externamente verificada por uma empresa independente. "Assumimos a responsabilidade desde a seleção dos grãos do cacau até a produção dos nossos chocolates. Tanto os grãos quanto os outros ingredientes que compõem nossos chocolates, como avelãs, frutas e especiarias, são de altíssima qualidade e selecionados cuidadosamente de lugares renomados do mundo”, conta Renata Sato, diretora de marketing da Lindt Brasil, deixando claro que um chocolate de alta qualidade é alcançado com ingredientes e processos igualmente de alta qualidade.

A Kopenhagen, por outro lado, produz chocolate com base em outro processo. A empresa fundada há 94 anos usa um blend formado tanto por cacau brasileiro quanto pelo importado. Não tem fazenda própria, mas compra o liquor de cacau (a massa feita com as sementes) produzido especialmente para a marca. "Especificamos para a indústria processadora do cacau qual o perfil sensorial que desejamos: um cacau sem residuais químicos, sem residual de fumaça, que tenha um sabor mais frutal ou mais floral, qual o ponto de torra do liquor e por aí vai”, conta Danila Spuri Ferreira, gerente de Pesquisa & Desenvolvimento da empresa.

O MELHOR CACAU É AQUELE PLANTADO EM REGIÕES QUENTES E ÚMIDAS , MAIS PRÓXIMAS DA LINHA DO EQUADOR

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Imagens: Shutterstock

Pode ser o chocolate ao leite ou o amargo, o bombom ou o moldado em formato de minigarrafas: a massa do cacau é a mesma para garantir a qualidade. O que muda são as formulações de acordo com a receita. No chocolate ao leite, por exemplo, o processo leva mais açúcar e leite, enquanto no chocolate amargo o teor de cacau é maior, chegando a 80% no caso da Kopenhagen, e, nos chocolates com crocância, entram as nozes na composição. Recheios como o de cereja, framboesa ou doce de leite também estão entre as possibilidades.

O PODER DA EMBALAGEM

Apreciar um chocolate de verdade envolve reparar na embalagem. É claro que a elegância conta, mas o que interessa mesmo é observar qual é a porcentagem de cacau que aquele chocolate inclui. No Brasil, por regra da Anvisa, para que um chocolate seja considerado como tal, deve ter o mínimo de 25% de sólidos de cacau. O mesmo acontece na União Europeia, mas por tradição a Bélgica costuma usar mais de 35%. Enquanto isso, nos Estados Unidos, se a versão ao leite for composta por um mínimo de só 10% de cacau, ele já pode ser considerado chocolate.

As chocolaterias finas brasileiras não se limitam ao mínimo de 25% de cacau e costumam fazer o chocolate ao leite com pelo menos 35%. "Quanto maior o teor de cacau, maior é a qualidade de um chocolate, por conter menos açúcar, menos leite e mais cacau, que é de onde vem o sabor”, explica Danila. No chocolate comum, de varejo, as empresas não raro trabalham com o mínimo da legislação e usam gordura vegetal para reduzir o custo na formulação, o que prejudica a qualidade. “Um chocolate mais industrializado, muitas vezes, tem gordura que não é só da manteiga de

NO BRASIL, O CHOCOLATE DEVE TER O MÍNIMO DE 25% DE SÓLIDOS DE CACAU , ASSIM COMO NA UNIÃO EUROPEIA.

cacau ou tem um sabor muito acentuado de algum aromatizante”, observa Patricia. Por isso, saiba ler o rótulo. Conforme a Anvisa, a lista de ingredientes deve ser na ordem decrescente, isto é, os ingredientes em maior quantidade são apresentados primeiro. Assim, a massa e a manteiga de cacau devem aparecer antes, e gordura vegetal, aromatizante artificial e conservantes ficam de fora da composição, a não ser que seja um produto especial, como um chocolate sem lactose. Depois, como nas mais aguçadas degustações de chocolate pelo mundo, use os cinco sentidos para apreciar (veja a seguir).

O BOM CHOCOLATE EM 5 SENTIDOS

Visão: ao abrir a embalagem, o chocolate deve ter uma aparência lisa, brilhante e sem manchas esbranquiçadas. As manchas brancas indicam que o armazenamento foi incorreto: o chocolate pode ter sido exposto a alta temperatura ou a alta umidade, descaracterizando-o.

Olfato: o aroma predominante deve ser o do cacau, livre de outros aromas artificiais. O chocolate, por ter a gordura como base, absorve facilmente outros cheiros se ficar exposto ou em contato com outro tipo de produto. A embalagem e o cuidado no armazenamento são muito importantes para que ele mantenha a característica original.

Audição: na hora de partir o chocolate, ele deve fazer o barulho da quebra, chamado de snap.

Textura: o chocolate deve ficar firme ao ser quebrado. Se estiver mole, significa que não tem a crocância necessária.

Paladar: é o sentido decisivo na avaliação. O chocolate deve ter um dulçor equilibrado, ser cremoso, derreter facilmente na boca e não pode estar pegajoso no dente. Além disso, a textura final deve ser isenta de cristais e arenosidade, a não ser para os chocolates com elementos crocantes.

Fonte: Danila Spuri Ferreira, gerente de Pesquisa & Desenvolvimento da Kopenhagen.

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Imagens: Shutterstock e divulgação

ONDE C OMER BON S C HO C OLATE S EM

São Paulo

Kopenhagen

Dengo

A fabricante de chocolates nasceu em 2017 já mostrando a que veio. No empreendimento de Guilherme Leal, um dos fundadores da Natura, o cacau é 100% brasileiro, orgânico e vem de uma rede de 160 pequenos e médios produtores da Bahia. Se o cacau fino transforma a vida dos trabalhadores baianos, em São Paulo ele se transforma em receitas como bombons de banana e goiaba, trufas de doce de leite e no quebra-quebra, que são placas finas para serem partidas em pequenos pedaços. Os sabores são a cara do Brasil, como o de chocolate com limão e tapioca ou o de cajá com castanha-do-pará. São 12 lojas em São Paulo e na Grande São Paulo. dengo.com

Poucas são as chocolaterias no mundo que podem se orgulhar de fazer o mesmo doce, com a mesma receita há 72 anos, graças ao sucesso da fórmula. A gigante brasileira Kopenhagen pode se gabar do feito, com a tradicionalíssima Nhá Benta (marshmallow com base de wafer e coberto de chocolate ao leite). A chocolateria fundada em 1928 tem clientes fiéis que vão às lojas tomar um espresso junto dos clássicos Língua de Gato, Lajotinha e Cherry Brandy (bombom de cereja ao licor). A marca sempre chega com novidades em datas comemorativas e também faz sucesso com as belas caixas para presentes e os chocolates Keep Pop, que vêm em pequenas porções para levar na bolsa. São dezenas de lojas espalhadas em São Paulo, mas um dos destaques é a loja conceito no Itaim. O espaço elegante de pé-direito alto conta com totens de autoatendimento, customização de embalagens, áreas instagramáveis, entre outras surpresas. kopenhagen.com.br.

Lindt

A tradicional marca suíça, no mercado desde 1845, tem 21 lojas na cidade de São Paulo e nos arredores. Em algumas das lojas, como nos shoppings Morumbi e Vila Olímpia, além de comprar as barras Excellence de chocolate amargo, os bombons a granel e as trufas que fazem a fama da chocolateria, os clientes têm também a experiência de tomar um café acompanhado de um dos mais icônicos chocolates do mundo. A textura suave e aveludada que é característica dos chocolates Lindt é garantida pelo processo de conchagem, que, criado pela própria Lindt em 1879, foi incorporado às etapas de produção de chocolates. lindt.com.br

Amma Chocolate Café

A marca baiana expõe seus chocolates veganos em um espaço charmoso dentro da loja Benglô, nos Jardins. Em vez de chocolates ao leite, você vai encontrar tabletes com concentração de 60%, 75%, 85% e até 100% cacau, feitos com ingredientes oriundos do sul da Bahia e da Amazônia e acondicionados em embalagens biodegradáveis. Os doces da loja também são veganos e sem glúten, portanto é a chance de provar brigadeiro, petit gâteau e bolos à base de chocolate amargo e com ingredientes como tâmara e pasta de amendoim. R. Oscar Freire, 1.105, Jardins, mmachocolate.com.br

Tentação na Mantiqueira

Chocolat du Jour

Da fazenda própria no sul da Bahia sai o cacau que forma os delicados chocolates da marca. A Chocolat du Jour começou em 1987 como pioneira de trufas no Brasil, e elas continuam sendo destaque da grife, tendo, desde então, ganhado versões em 15 sabores, como pistache e cereja. Sem conservantes, os chocolates são todos fresquíssimos – daí o nome que quer dizer "chocolate do dia", em francês – e com produção artesanal em pequenos lotes. Outros destaques são a Choco Pop, precursora das pipocas com chocolate, e os chocolates ao leite, com mínimo de 45% de cacau. Para presentes não tem como não surpreender: os belos chocolates vêm em caixas e latas com design caprichado.

R. Haddock Lobo, 1.421, Jardins, chocolatdujour.com.br

Maria Brigadeiro

Na loja especializada em brigadeiros, o chocolate usado nas receitas (branco, ao leite e amargo) é produzido pela própria marca. O cacau é selecionado, vindo do sul da Bahia, e o produto não tem gordura além da pura manteiga de cacau. A qualidade fica garantida tanto pelo cuidado em todo o processo quanto pelas criativas versões de brigadeiro. São 13 sabores, do tradicional aos bem brasileiros, como o de cupuaçu e o de maracujá. Mesmo os mais tradicionais são elaborados com primor, como é o caso do brigadeiro crocante, feito com chocolate em barra 75% cacau e finalizado com raspas de chocolate ao leite 45% com nibs. Os chocolates e os brigadeiros também compõem outros doces, como panetones, bombons e tortas. Rua Simão Álvares, 341, Pinheiros

Campos do Jordão já tinha tudo a ver com chocolate e agora combina ainda mais. Desde abril de 2022, o refúgio de inverno conta com um hotel de luxo focado em chocolates: o Bendito Cacao Resort & Spa, empreendimento da Cacau Show administrado pela marca Txai Resorts. São 94 suítes, piscina aquecida formada por água de fonte natural, uma academia moderna e diversas trilhas, tudo com a vista do verde das montanhas rodeando o hotel. Ao mesmo tempo, o chocolate também vai permeando as experiências. No spa com ofurôs, saunas, banheiras de hidromassagem e salas de tratamento, as massagens são com manteiga de cacau e as esfoliações usam a casca do fruto. Os hóspedes podem aprender sobre harmonização de vinho com chocolates, provar no restaurante pratos doces e salgados que usam o cacau como ingrediente e fazer workshops culinários em uma cozinha especialmente preparada para as aulas. benditocacaoresort.com.br

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Imagens: Shutterstock, @ammachocolate e divulgação
BENDITO CACAO RESORT & SPA

PARA TODOS OS treinos

Seja por motivos de saúde, seja por bem-estar ou estética, as academias são endereços indispensáveis no cotidiano de quem mora em São Paulo, com atividades que vão muito além da musculação

Todo mundo sabe: praticar exercício físico é essencial para ter uma boa qualidade de vida, para além da questão estética. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o ideal é se exercitar pelo menos 40 minutos por dia ou 300 minutos semanais. Os benefícios são diversos, como a redução do risco de mortalidade por doença cardiovascular e do desenvolvimento de hipertensão e diabetes tipo 2. Para Flávio Settanni, personal trainer que comanda a Academia Sett, no Itaim Bibi, as vantagens de treinar não param por aí. “A atividade física melhora a circulação sanguínea, fortalece o sistema imunológico, ajuda a emagrecer e fortalece ossos e músculos, além de reduzir o estresse, a ansiedade e sintomas depressivos”, afirma. Tão importante quanto escolher o tipo de exercício físico é encontrar o melhor lugar para praticá-lo. Entre as diversas academias na cidade de São Paulo, algumas se destacam pelo serviço diferenciado, seja na estrutura, seja nas modalidades. Confira a seguir alguns dos melhores endereços.

Les Cinq Gym

Criada em 2014 e comandada pelo personal trainer Rodrigo Sangion, a Les Cinq Gym oferece serviços exclusivos, em que cada preparador físico atende, no máximo, três pessoas. Autointitulada “a academia mais cool e descolada de São Paulo”, a marca visa inovação, tecnologia, experiência, modernidade e performance. Tais pilares conduzem o ritmo em diversas atividades, como musculação, alongamento, ioga, pilates, muay thai, spinning e danças.

Al. Lorena, 1.004, Jardins, lescinqgym.com.br

Reebok Sports Club Cidade Jardim

Na cobertura do luxuoso Shopping Cidade Jardim, a academia oferece seis salas com modalidades que incluem treino com bikes, bootcamp, crossfit, circo, ioga, meditação, mat pilates, lutas e mais. Para musculação e cardio, são dedicados 1.200 m² de área; há ainda um exclusivo complexo com duas piscinas, sendo uma semiolímpica e outra infantil. De quebra, os alunos podem relaxar nas quatro salas de massagem.

Av. Magalhães de Castro, 12.000, 4º andar, Morumbi, reebokclub.com.br

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M EXA -S E Imagens: Shutterstock

JW Marriott Hotel São Paulo

Com um conceito inovador voltado ao wellness, a academia do novo JW Marriott oferece ao público que não está hospedado a possibilidade de adquirir um “passaporte”, que inclui o uso da estrutura física do hotel, como piscina, sauna e academia. Nesta última, acontecem aula de ioga, balé fitness, pilates, luta ou treino personalizado. Avenida das Nações Unidas, 14.401, Chácara Santo Antônio, marriott.com.br

Bodytech

A unidade localizada no Shopping Iguatemi da Av. Brigadeiro Faria Lima foca em movimento para todas as idades. A estrutura possibilita atividades como musculação, danças, lutas, crossfit, natação, ioga e muito mais. Alguns planos da Bodytech permitem acessar unidades da marca em todo o Brasil.

Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.232, Jardim Paulistano, bodytech.com.br

Academia Sett

Pelas mãos do personal trainer Flávio Settanni, a Sett aposta em exclusividade no atendimento, com um treinador para cada aluno. Há também aulas coletivas de pilates, spinning e atividades aeróbicas. Mimos extras ajudam a completar a experiência: frutas e castanhas estão sempre à disposição, assim como água mineral com e sem gás, além de produtos de higiene nos vestiários.

R. Clodomiro Amazonas, 556, Itaim Bibi, settacademia.com.br

Koatch Morumbi

No rooftop do Hotel Hilton, esta unidade da Koatch Gym tem como diferencial atender pessoas que não gostam de treinar. Assim, o incentivo vai muito além da vista panorâmica de 360o da cidade de São Paulo: são mais de 20 modalidades de aulas, estrutura com sauna seca, hidromassagem, piscina aquecida e uma linha completa de aparelhos de musculação Life Fitness. A unidade conta, também, com uma grande variedade de equipamentos de cardio.

Avenida das Nações Unidas, 12.901, 28º andar, Hotel Hilton, Cidade Monções, koatch.com.br

Competition Sports Club Oscar Freire

A academia disponibiliza mais de 100 modalidades, com a proposta de ser um health club. É possível realizar práticas como musculação, atividades aeróbicas, ginástica, luta, bike e danças. Os diferenciais estão na piscina semiolímpica com teto retrátil, com aulas inclusive para gestantes, além do campo de society, parede de escalada e quadra poliesportiva.

R. Oscar Freire, 2.066, Pinheiros, competition.com.br

Academia Bio Ritmo Moema

São mais de 20 modalidades, incluindo musculação com o auxílio de personal trainers. Há ainda práticas mais específicas, como ginástica com foco em movimentação e postura, danças, pilates e lutas.

Av. Aratãs, 411, Indianópolis, biorritmo.com.br

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DUPLA EM sintonia

Em São Paulo, a boa oferta de hípicas e centros de treinamento é um incentivo a mais para praticar hipismo ou equitação

Éum esporte olímpico, mas também uma arte, uma vez que o cavaleiro e o seu cavalo precisam estar em equilíbrio e sintonia para executar trotes, galopes e saltos com precisão e beleza. O hipismo tem sua origem na Inglaterra, quando nobres e membros da realeza saíam para caçar raposas montados em seus cavalos. Para conseguir capturá-las, os cavaleiros precisavam ter concentração e total domínio sobre seus cavalos, que deviam ser ágeis durante a perseguição e certeiros na hora de saltar obstáculos.

Na metade do século 19, surgiu um tipo de prova que reproduzia as caçadas. Com o passar do tempo, o esporte foi evoluindo e as regras se aperfeiçoando. Interessante notar que equitação e hipismo não são a mesma coisa: a primeira é a técnica básica de montaria em cavalo, considerada o primeiro passo para o hipismo, que, por sua vez, engloba movimentos mais avançados, como os saltos.

De quebra, há diversos benefícios nas duas modalidades. A ciência mostra que a ligação entre o homem e o cavalo faz bem não só para o físico, mas também para o emocional. Ambas ajudam a reduzir o estresse e a melhorar a postura, o equilíbrio e as habilidades de socialização. Segundo Miguel Donoso, responsável pela Donoso Equitação, a prática ainda estimula diversos grupos musculares e o gasto calórico. Para crianças menores de 5 anos, auxilia no desenvolvimento motor e cerebral. A seguir, saiba onde praticar em São Paulo.

Donoso Equitação

Aberta há 35 anos, a escola tem aulas de hipismo clássico tanto para iniciantes quanto para níveis mais avançados. Quem está começando aprende a conduzir os animais e a realizar as andaduras básicas: passo, trote e galope. No nível intermediário, aprendem-se passagens sobre cavaletes e transições. No estágio mais avançado, começam os percursos. As aulas costumam acontecer em grupo, separadas por níveis, e as atividades são indicadas para alunos a partir de 4 anos.

R. Alecrim, 7, Riviera Paulista, donosoequitacao.com.br

Clube Hípico de Santo Amaro

Fundado em 1935, o clube situado na Zona Sul de São Paulo oferece, em sua escola de equitação, aulas em diversos níveis de salto, adestramento, volteio e equoterapia. A partir de 2 anos, as crianças podem entrar nas aulas do Pônei Clube.

R. Visconde de Taunay, 508, Vila Cruzeiro, chsa.com.br

Sociedade Hípica Paulista

O primeiro centro hípico do Brasil conta com quatro pistas, três picadeiros cobertos, complexo de adestramento e campo de polo e veterinária, além de sediar diversos eventos e concursos. Mesmo quem não é sócio pode participar de diferentes modalidades na escola de equitação, incluindo salto, adestramento e polo, com turmas práticas e teóricas de até 5 alunos. R. Quintana, 206, Cidade Monções, shp.org.br

Clube de Campo de São Paulo

É um clube completo, com pistas de salto, redondel coberto e descoberto e piquetes. Além de sediar campeonatos de salto, volteio e adestramento todos os anos, tem escola de equitação com aulas para todos os níveis de aprendizado. Aos fins de semana, o passeio de pônei para as crianças é a sensação.

Praça Rockford, 28, Vila Represa, clubedecampodesp.com.br

Endereço número 1

O Jockey Club é um verdadeiro patrimônio da cidade de São Paulo. Sediando as mais importantes corridas de cavalo do país, o complexo histórico também é um centro de entretenimento com shows e exposições. Conta ainda com dois ótimos restaurantes: o Iúlia, com terraço voltado para as pistas e famoso pela feijoada aos sábados e a paella aos domingos; e o Ferra Jockey, liderado pelo chef João Alcântara, que foca em cozinha global, repleta de personalidade. Av. Lineu de Paula Machado, 1.263, jockeysp.com.br

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Sucesso

NOS ARES

A chegada do Airbus ACH160 movimenta o mercado de helicópteros no país, impulsionado pela robusta frota paulistana

São Paulo está no pódio de cidades com as maiores frotas de helicópteros do mundo, à frente de metrópoles como Nova York, Londres e Pequim. Das cerca de 50 mil aeronaves do gênero no mundo, 2 mil circulam pelos céus do Brasil, sendo 400 delas só na região de São Paulo, segundo dados da Associação Nacional de Aviação Civil (Anac). Já a Associação Brasileira dos Pilotos de Helicóptero calcula que, em média, um helicóptero pousa na cidade a cada 45 segundos.

Tanta movimentação nos céus fez com que a capital paulista desenvolvesse um controle de tráfego aéreo exclusivo para helicópteros, exatamente para gerenciar o movimento entre os seus 260 helipontos.

E quem tem um helicóptero para chamar de seu, sabe que, para escolher um modelo, não se trata só de rapidez e eficiência para circular em grandes capitais. Novos modelos que aliam tecnologia e conforto têm mexido com o mercado. “Este ano chegou pela primeira vez ao Brasil o tão aguardado Airbus ACH160”, comenta Edson Pedroso, diretor-geral da Helicidade, umas das principais empresas do setor que oferece serviços desde hangaragem até venda de aeronaves.

ACH é a sigla para Airbus Corporate Helicopters, divisão de helicópteros de luxo da Airbus, fabricante francesa de aeronaves. Trata-se de um dos modelos mais luxuosos e modernos da atualidade, que teve uma entrada triunfal nos céus brasileiros: foi trazido a bordo de um Airbus Beluga, modelo conhecido como baleia e que também teve sua estreia por aqui.

O novo helicóptero desenvolvido pela Airbus é um modelo derivado do H160. A diferença entre eles é no nível de luxo e conforto. Para se ter uma ideia, o proprietário pode escolher, até mesmo, o tecido e a linha que será utilizada na costura do estofamento.

O primeiro exemplar do modelo a ser entregue no mundo foi vendido para um empresário brasileiro, que reforça ainda mais o apelo que o mercado de helicópteros tem no país.

Lista de desejos

Outro modelo cobiçado é o moderno Bell 525 Relentless. A nova geração desse helicóptero de classe executiva, de médio porte e projetado para levar até 19 pessoas, apresenta mais conforto

na cabine, com diminuição da vibração e ruído externo, e ganhos de velocidade e alcance. Apesar da limitação para a criação de novos modelos, afinal, desenvolvimento, teste e certificação podem levar uma década, o futuro é promissor. Nomes que ainda estão por vir prometem mais inovações e melhorias. Vide o Leonardo AW609, que irá combinar a velocidade, o alcance e a altitude de um avião com a versatilidade de um helicóptero. Outro destaque fica para o Hill HX50, com uma proposta ousada de colocar à disposição uma aeronave mais pessoal para um piloto particular, e não para frotas.

Já o Leonardo Kopter SH09 traz materiais compostos avançados no lugar de alumínio aeroespacial, com fuselagem leve que representará melhora de desempenho. Há chances de a novidade ser certificada ainda este ano ou no começo de 2023.

Na edição 2022 do Heli XP, maior evento do segmento de asas rotativas da América Latina, o destaque foi o modelo AW109 Tekker, novo membro da família AW109 de biturbinas leves.

Ficha Técnica do ACH160

Fabricante: Airbus Corporate Helicopters Capacidade: até dez passageiros, mais dois pilotos Tempo máximo de voo: 4h30 Altura: 4,92 metros

Comprimento: 15,69 metros Distância máxima voada: 852 km Velocidade máxima de cruzeiro: Cerca de 290 km/h

Imagens: Airbus Helicopters 79 78
NO AR
INTERIOR DO ACH160

GERAÇÃO ANTENADA

Conheça seis cursos direcionados para crianças e adolescentes, que ajudam a fugir do comum e trazem benefícios físicos e emocionais para a garotada

Balé, judô, inglês e piano sempre estiveram na lista das atividades extracurriculares mais procuradas pelos pais. Mas, agora, os cursos clássicos têm dividido espaço com aulas menos convencionais.

Um desses casos é o parkour, esporte francês com saltos, rolamentos e escaladas em obstáculos que estimula a evolução sensorial, o aumento da coordenação motora e a superação dos medos. As aulas de circo também entram nesse contexto: além de trabalharem a consciência corporal, incentivam as relações humanas e a confiança no outro, conforme explica o professor e diretor do Galpão do Circo, Alex Marinho. Já a meditação auxilia as crianças no autocontrole e concentração. “Meditar treina a mente e traz ensinamentos profundos sobre compaixão, empatia e amor”, explica a coordenadora do Centro de Meditação Kadampa Mahabodhi, Bonnie Dantas.

Outra boa opção para treinar a habilidade, socialização e organização é o curso de culinária. E, como vivemos em um mundo cada vez mais tecnológico, as aulas de robótica e programação nunca fizeram tanto sentido na vida da garotada. Entre os benefícios estão o raciocínio lógico e matemático, a criatividade e a capacidade de resolver problemas. Separamos seis opções de escolas diferentes para matricular os filhos na capital paulista:

Parkour

Com aulas ao ar livre, o Parkour Brazil é o primeiro curso da modalidade no país. As turmas infantis vão dos 6 aos 12 anos e é possível fazer aulas particulares. Os treinos acontecem na Estação Vergueiro, no Centro Cultural, na Praça da Liberdade, no Vale do Anhangabaú, no Parkour Park do Bom Retiro e em locais variados da capital paulista. parkourbrazil.com

Programação e robótica

A codeBuddy oferece cursos de tecnologia, programação e robótica para crianças e jovens de 7 a 16 anos. Os cursos se dividem entre regulares e rápidos, com carga horária de seis horas, e os temas vão de criação de games a vídeos para YouTube. Quem escolhe desenvolver jogos aprende a customizar cenários e personagens, enquanto os alunos de robótica trabalham com circuitos elétricos e programação de máquinas. No Projeto Disney, há aulas inspiradas em Moana e Toy Story codebuddy.com.br

Meditação

O Centro de Meditação Kadampa Mahabodhi é uma organização sem fins lucrativos e tem aulas de dharma para crianças uma vez por mês, introduzindo a prática da meditação e conceitos fundamentais do budismo com atividades lúdicas. O objetivo é trabalhar as emoções, ajudando os pequenos a lidar com o dia a dia de uma forma mais calma e alegre. Os encontros são sugeridos para crianças de 3 a 12 anos, acompanhadas por um responsável. meditadoresurbanos.org.br

School of Rock

Circo

O Galpão do Circo, uma das principais escolas de arte circense do Brasil, ensina equilibrismo, malabarismo, acrobacias, aéreos (como trapézio e tecido) e palhaçaria. Para quem procura uma experiência mais curta, a escola também oferece cursos de férias, oficinas e aula-festa. galpaodocirco.com.br

Os pais fãs de rock'n'roll podem matricular os filhos na School of Rock, com programas para crianças e adolescentes de todas as idades, em vários endereços na capital paulista. Para os pequenos, a escola de música oferece três opções: Little Wings, para crianças de 2 a 5 anos; Rookies, dos 6 aos 7 anos; e Rock 101, de 8 a 12 anos. Os alunos podem escolher instrumentos como guitarra, violão, bateria, contrabaixo, teclado e piano, além de vocal. schoolofrock.com.br

Culinária

Com prestígio mundial, o Instituto Gastronômico das Américas (IGA) tem várias franquias em São Paulo e oferece o curso infantil Cozinheirinhos, com três níveis de complexidade. As aulas práticas ensinam sobre técnicas, matérias-primas e trabalho em grupo. Além de confeitaria e padaria, temas como segurança, higiene alimentar e nutrição também são abordados. As aulas são apropriadas para crianças a partir dos 8 anos de idade. iga-la.com

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INGREDIENTES

› 500 g de arroz carnaroli

› 50 g de cebola

› 150 g de manteiga

› 1 L de caldo de legumes

› 200 mL de vinho branco

› 200 g de ervilha-torta

› 200 g de ervilha fresca em grãos

› 200 g de queijo gorgonzola

› 200 g de queijo parmesão

MODO DE PREPARO

Branqueie as ervilhas-tortas, deixando-as na água fervente por 3 a 4 minutos e, depois, colocando em água gelada para parar o cozimento e manter a coloração viva. Corte-as em fatias de 1 cm, aproximadamente. Pique a cebola em cubos bem pequenos e refogue com duas colheres de manteiga em uma panela grande. Quando murchar e dourar, adicione o arroz carnaroli e refogue, acrescentando o vinho em seguida. Aos poucos, vá regando com o caldo de legumes, sempre mexendo e sem deixar secar, até que o arroz atinja uma consistência al dente. Nesse ponto, coloque os demais ingredientes na seguinte ordem: ervilha-torta, ervilha em grãos, queijo gorgonzola, queijo parmesão e o restante da manteiga. Ajuste o sal e continue adicionando o caldo de legumes até todos os ingredientes se misturarem bem e a consistência ficar cremosa.

Rendimento: 4 porções

será da administradora contratada para operar o empreendimento e/ou de prestadores de serviços indicados pelo concierge. Caso haja interesse da administradora contratada, ela poderá utilizar o aplicativo Mitre Experience para realizar os agendamentos dos serviços. *Metragem resultante de eventual junção física de duas unidades autônomas contíguas de 185 m2 As unidades são independentes perante o Registro de Imóveis e a Prefeitura Municipal de São Paulo. Imagens meramente ilustrativas.

82 G OURMET RISOTTO PISELLI PERSPECTIVA ILUSTRADA DA FACHADA SÃO PAULO RECEBE UM NOVO ÍCONE DE HOSPITALIDADE NO CORAÇÃO DO JARDINS. APARTAMENTOS COM SERVIÇOS INSPIRADOS NOS MELHORES HOTÉIS DO MUNDO. CONCIERGE | GOVERNANÇA | MORDOMIA SPA PERSPECTIVA ILUSTRADA DO LIVING INTEGRADO AO TERRAÇO LUXURY RESIDENCES DE 185 M² E 370 M²*. LUXURY APARTMENTS DE 26 M² A 42 M². Haddock 885: Incorporação registrada sob o nº R.3 da matrícula nº 105.501 do 13° Oficial de Registro de Imóveis de São Paulo, em 10 de junho de 2022. Intermediação: LPS São Paulo – Consultoria de Imóveis Ltda., CNPJ 15.673.605/0001-10, CRECI/SP 24073-J; Mitre Vendas Corretagem de Imóveis Ltda., CNPJ 21.677.690/0001-98, CRECI J-26794. A responsabilidade pela prestação dos serviços relacionados
UM PROJETO ASSINADO POR: RUA HADDOCK LOBO, 885 - ESQUINA COM A ALAMEDA ITU JARDINS - SÃO PAULO PROJETO DE ARQUITETURA E INTERIORES: ACESSE E SAIBA MAIS:
Imagem: Helena de Castro
DO RESTAURANTE PISELLI
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