Laços de Amor n.º 22

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EDIÇÃO N.º 22 TRIMESTRAL | SCMG | Jan/Fev/Mar | 2014 Gratuito

LAÇOS DE AMOR Uma família ao serviço da comunidade

Presidente da Câmara de Gaia retoma visita à Misericórdia


ÍNDICE EDITORIAL 85 ANOS DE HISTÓRIA A PALAVRA DOS UTENTES O QUE ACONTECEU

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Acordo de Geminação com a Misericórdia da Calheta

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Assembleia Geral para apresentação de contas

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ENTREVISTA

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O psiquiatra José Fernandes Costa fala do amor na terceira idade

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ESPAÇO SAÚDE NÚCLEO MUSEOLÓGICO ESPAÇO VOLUNTARIADO

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As voluntárias cabeleireiras da Misericórdia de Gaia

AGENDA SABIA QUE...

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27 27


EDITORIAL

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

MOMENTOS FELIZES A “Laços de Amor” mostra, para além de outros temas algumas atividades de lazer, a celebração do Dia do Doente, Dia do Amor e Dia do Pai onde os avós da grande família da Santa Casa da Misericórdia de Gaia evidenciam de que é feito parte do seu dia a dia com muitos momentos de felicidade. No dia 15 de maio, celebraremos em todas as estruturas da Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia, o Dia da Família. Claro que estarei presente, por razões óbvias, no Equipamento Social Salvador Brandão. Será, certamente, um encontro cheio de alegria onde participarão também os familiares que quiserem dizer presente ao convite formulado. Assistiremos ao coro dos avós a cantar várias melodias conhecidas de todos nós. Não temos dúvidas de que ficará estampado no rosto dos familiares a alegria e o espanto ao assistirem ao filme, em jeito de documentário, realizado pela animadora Dra. Sónia, onde mostra diversas atividades que os avós participam e interagem, quer desenvolvidas pelo Equipamento Social Salvador Brandão, quer em conjunto com os Equipamentos Sociais Tavares Bastos e António Almeida da Costa. Não faltará, claro, a merenda partilhada pelos familiares a juntar às excelentes pataniscas da nossa cozinha. Será uma tarde inesquecível da grande família do Equipamento Social Salvador Brandão e o perpetuar de mais um dos MOMENTOS FELIZES que se vivem nos lares da Misericórdia de Gaia. Mas a grande verdade é que muitos destes momentos que relatamos passam despercebidos à maioria dos cidadãos. Quase nada se vê ou ouve na comunicação social. Nesse sentido, deixo a todos os leitores os seguintes pensamentos em que devemos todos de refletir: “Será que se tem valorizado a Família como a comunidade onde naturalmente se nasce, cresce e morre como pessoa? Será que se tem valorizado a Família como a comunidade onde naturalmente se desenvolvem os laços afetivos, solidários e intergeracionais? Será que se tem valorizado a Família como a comunidade onde naturalmente se vivem as virtudes humanas que os filhos apreendem pelo exemplo? Então, mãos à obra! Exerçamos, cada um, a cidadania! Na Família dá-se e recebe-se ternura, carinho, apreço, segurança, generosidade, partilha,... numa palavra: AMOR. Mas..., antes de tudo, a FAMÍLIA é fonte de VIDA. A Vida é condição prévia à existência de qualquer direito. Portanto, o Direito à Vida deve ser defendido por todos.” (de Associação Portuguesa de Famílias Numerosas) Valentim Machado (Mesário do Equipamento Social Salvador Brandão)

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ANOS DE HISTÓRIA

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

Doações de Conde das Devezas Surgiram, entretanto, outros legados e doações, que muito ajudaram a Santa Casa da Misericórdia na prossecução dos seus objetivos e fins:

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• Por testamento realizado em 13 de julho de 1964, o Conde Ernâni Carlos Pereira Pinto de Castro e Lemos (Conde das Devezas) instituiu a Misericórdia de Gaia dos seus bens – a terça parte da raiz de uma propriedade denominada “Quinta das Devezas” e de um prédio sito na Avenida Oito, em Espinho -, reservando o usufruto a favor de sua Esposa D. Carlota Alberta Pimentel Maldonado Correia da Silva Araújo de Lemos e de suas cunhadas, D. Camila Machado Santos de Castro Lemos e D. Maria Amélia Feyo Oliveira de Castro e Lemos. Este legado foi realizado com a finalidade de na referida Quinta serem “fundadas casas de caridade, à escolha da Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia, as quais terão o nome de meus Pais, já falecidos, e em sua memória, como em tempos meus falecidos Irmãos e eu tínhamos combinado. Que nas ditas Casas de Caridade haja umas camas com o nome de S. Francisco, outra com o nome de Nossa Senhora da Conceição, outra com o nome de Santo Alfredo, outra com o nome de S. Jorge, outra com o nome de Santa Carlota, outra com o nome de Santa Camila e finalmente outra com o nome de Santa Maria Amélia, em memória de meus Pais, de minha Mulher, de meus Irmãos e de minhas Cunhadas, viúvas de meus falecidos Irmãos”. As detentoras das outras duas terças partes da raiz das propriedades acima citadas – D. Camila Machado Lemos e D. Maria Amélia Lemos – doaram à Misericórdia os seus direitos no prédio de Espinho, por escritura celebrada em 29 de janeiro de 1966 e na Quinta das Devezas, por escritura celebrada em 8 de março do mesmo ano, reservando para elas o usufruto vitalício e uma parcela de terreno com 21.000 m2,

com as seguintes condições: “Que a donatária fica com inteira e completa liberdade de poder dispor ou por qualquer forma alienar os bens aqui doados, consoante melhor entender, para revalorização do seu património e satisfação dos fins de assistência, embora tal faculdade a venha a possuir apenas à morte da última das doadoras. Que esta doação é feita com os seguintes encargos, a cumprir e executar pela donatária, também só à data do falecimento da última das doadoras: dar a denominação de “Família da Casa das Devezas” a uma das enfermarias do Hospital Sub-Regional da donatária da Misericórdia, afixando uma tabuleta com tais dizeres na dita sala da sua entrada.” A D. Maria Amélia Lemos renunciou, por escritura celebrada cinco anos mais tarde, ao usufruto legado pelo Conde Ernâni e sua Esposa e, como 2.ª usufrutuária, pelo falecimento da 1.ª usufrutuária, D. Camila Machado Lemos. Em 25 de março de 1972, através de uma escritura de retificação daquela renúncia do usufruto, a D. Maria Amélia Lemos declarou que o que pretendia era fazer o repúdio do legado, pelo que a Misericórdia se tornou dona de pleno direito do prédio em Espinho e da Quinta das Devezas. São de assinalar dois factos relacionados com esta herança: a) na reunião da Mesa Administrativa de 2 de março de 1966, o Senhor Provedor, Manuel Moreira de Barros “declarou que aproveitava esta oportunidade para dizer que desde o início tinha acarinhado este assunto, dadas as amigas relações que sempre manteve com a família da Casa das Devezas, a quem, neste momento e mais uma vez, presta as suas homenagens e o seu indelével reconhecimento.”


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Como prova inequívoca dessa boa relação, citamos o seguinte facto, constante da ata da reunião da Mesa de 31 de dezembro de 1968: “Pelo Senhor Provedor foi referido que a Excelentíssima Senhora Dona Maria Amélia Feyo de Oliveira Leite de Castro e Lemos, residente na Quinta das Devezas, lhe tinha entregue pessoalmente, diversas jóias constantes na relação anexa, com o fim do produto da sua venda ser aplicado na assistência prestada por esta Instituição àqueles que a ela acorrem. Mais informou ainda o Senhor Provedor que tendo mandado proceder à sua avaliação, por pessoa idónea, pois que se trata de um avaliador oficial da Casa da Moeda, foram-lhes atribuídos o valor de trinta e dois mil escudos.” Essas jóias acabaram por render Pte. 42.580$00. • Na sessão de posse da Mesa Administrativa de 14 de janeiro de 1964, foi deliberado aceitar o legado instituído no testamento com que se finou o benfeitor José de Sousa Reis, constante de metade do valor da venda de 100 títulos da Dívida Pública Portuguesa de 3%, que, deduzidas as despesas impostas se traduziu na importância líquida de Pte. 31.427$70. • Na sua sessão de 25 de fevereiro de 1964, a Mesa tomou conhecimento da entrada no cofre da Instituição de Pte. 40.000$00, correspondente ao legado, sem encargos, deixado pelo Exm.º Sr. Dr. José Neville de Ascenção Pinto da Cunha Saavedra, em testamento celebrado em 25 de agosto de 1959. • Na reunião de 22 de outubro do mesmo ano, a Mesa Administrativa tomou conhecimento de que os herdeiros do Senhor António Correia de Carvalho e esposa D. Maria Adelaide Carvalho Correia, em cumprimento da vontade sempre manifestada pelos falecidos, desejavam doar a esta Irmandade dois prédios sitos na rua Cândido dos Reis, n.ºs 183/5 e 187/9, na freguesia de Santa Marinha. A Mesa deliberou aceitar essa doação e dar plenos poderes ao Senhor Provedor para outorgar a competente escritura.

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ANOS DE HISTÓRIA

Depois de realizado o inventário de todos os bens da benemérita D. Celina de Magalhães Tavares Bastos de Almeida Castelo Branco, procedeu-se ao leilão das joias e pratas e dos bens mobiliários por ela legados. Nessa altura, o Senhor Provedor e os Senhores Mesários fizeram uma demorada visita à Quinta e ao prédio que foi residência da doadora, para estudar e definir quais as obras a realizar para se poder pôr ali a funcionar o Lar José Tavares Bastos. A construção do novo Hospital da Misericórdia, bem como a execução de empreitadas complementares, como a instalação de aquecimento central e condicionamento de ar do Bloco Operatório, de fornecimento e montagem de equipamento da casa das caldeiras e tubagem de distribuição de vapor, de fornecimento e montagem de equipamentos de cozinha e lavandaria, prosseguia com algum atraso em relação ao programa delineado. A 6 de março de 1965, o Senhor Presidente da Câmara e toda a sua Vereação, bem como os Senhores Presidentes de Junta de Freguesia fizeram uma visita ao edifício hospitalar em construção, onde o Senhor Provedor, depois de manifestar o seu reconhecimento pelo apoio e boa vontade demonstrado por todas aquelas entidades, lhes mostrou todas as instalações. Em dezembro de 1965, a Mesa Administrativa fez várias adjudicações de diverso mobiliário e equipamento, bem como de inúmeros bens e materiais, ao mesmo tempo que avançou com os preparativos para a sua entrada em funcionamento, nomeadamente, garantindo a colaboração da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição. Na verdade, a Superiora Irmã Graça e mais seis Irmãs iniciaram as suas funções em 1 de junho de 1966 e alguns dias depois o Hospital começou a receber os primeiros doentes. Luís Marques Gomes

(Irmão e Assessor da Provedoria da Misericórdia de Gaia)

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PALAVRA DOS UTENTES

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Bolo de aniversário 500gr de alegria 500gr boa disposição 7 caras lindas Uma pitada de bom humor Um sorriso franco Bata-se as claras em castelo juntamente com um pouco de amizade e alegria. Levar ao

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forno uns 20 minutos, depois de tirar do forno está pronto a servir num piquenique com boa camaradagem. Amélia Oliveira (Utente do Equipamento Social Salvador Brandão)

SANTOS DOS NOSSOS MESES

Santa Inês janeiro

Santa Apolónia 9 de fevereiro

São José de Arimateia

março

Santa Inês nasceu no seio de uma família ilustre romana por volta de 291. Na casa dos seus pais eram acolhidos cristãos para orar e Inês cresceu pura e dedicada à doutrina cristã. O seu martírio começou quando recusou o matrimónio. Inês foi torturada até à morte, tendo acabado decapitada em 304. O seu corpo foi sepultado no cemitério da Via Nomentana, onde mais tarde foi edificada uma igreja em sua homenagem. A festa em sua honra acontece a 21 de janeiro.

A virgem Apolónia foi uma das muitas vítimas em Alexandria quando surgiu um tumulto dos pagãos contra os cristãos no último reinado do imperador Filipe (244-249). Os pagãos torturaram Apolónia e quebraram-lhe todos os dentes, disseram-lhe ainda que seria queimada viva se não pronunciasse determinadas palavras. Apolónia fingiu concordar e quando os fanáticos se afastaram, Apolónia dirigiu-se para as chamas que rapidamente a consumiram. É invocada contra as dores de dentes.

Pouco se sabe de São José de Arimateia. A história indica que era um homem bom, justo e que detinha uma posição distinta. Apesar de ser desde sempre um fervoroso discíplo de Jesus, não o afirmou publicamente por medo dos judeus. Após ser consumado o sacrifício da redenção, José pediu a Pilatos que o permitisse sepultar o corpo do Redentor, sendo uma prova da sua devoção a Jesus Cristo.

LEITE, José, COELHO, António José, Santos de Todos os Dias, janeiro, Matosinhos, QN – Edição e Conteúdos, S.A., 2005, pp. 93-95, ISBN: 989-554-242-9

LEITE, José, COELHO, António José, Santos de Todos os Dias, fevereiro, Matosinhos, QN – Edição e Conteúdos, S.A., 2005, pp.9, ISBN: 989-554-242-9

LEITE, José, COELHO, António José, Santos de Todos os Dias, março, Matosinhos, QN – Edição e Conteúdos, S.A., 2005, pp. 73-76, ISBN: 989-554-242-9


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O QUE ACONTECEU...

Arcojovem visitou as crianças do CAT O ano arrancou com grande energia para as crianças do Centro de Acolhimento Temporário N.ª Sr.ª da Misericórdia e com ofertas do grupo Arcojovem. As crianças que frequentam o ensino primário e as que se encontram na Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa viveram, tal como os outros meninos da sua idade, as festividades tradicionais do primeiro trimestre do ano, como a comemoração do Dia de Reis, o Carnaval, o Dia do Pai… Muitos dos meninos do Centro de Acolhimento Temporário (CAT) recebem nestas alturas especiais, e não só, a visita dos seus familiares, provocando momentos de alegria para criança e adulto. Mas a família mais alargada, a da comunidade, continua a lembrar-se do CAT, como aconteceu com o Grupo de Jovens ArcoJovem que no passado dia 26 de janeiro desenvolveu uma atividade diferente para os meninos. O Arcojovem realizou uma sessão de cinema no CAT com direito a pipocas e a um lanche especial, para além de ter entregue à instituição um cabaz de produtos de higiene e conforto, resultado de uma campanha promovida na comunidade de Arcozelo. Desta iniciativa de partilha ficou a promessa de um dia o Arcojovem voltar ao CAT.

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O QUE ACONTECEU...

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Dia do Pai: Abraço de pai e filho

O Dia do Pai foi celebrado com grande entusiasmo na Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa, no passado dia 19 de março.

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As crianças da valência de jardim de infância convidaram os seus papás para um almoço muito especial em que não faltaram abraços, beijinhos e muitas surpresas. Entre pais e avôs, que se diz serem “pais duas vezes” ou até mesmo amigos, não faltou carinho e festa neste dia. Depois do almoço, as crianças cantaram uma canção em homenagem aos papás, que não resistiram em registar o momento, e ofereceram prendinhas feitas por elas. Já os bebés, na valência da creche, esperaram pelos papás para uma atividade conjunta de pintura e um lanche convívio, oferecido pela CJI. Para além das obras de arte que resultaram deste momento, o mais importante foram as demonstrações de afeto de pai para filho e de filho para pai que não deixou ninguém indiferente. No primeiro trimestre do ano, as crianças da CJI brincaram e trabalharam os principais marcos da estação do inverno e primavera.

Folia de Carnaval

Como manda a tradição desde os bebés aos mais crescidos, quase ninguém se esqueceu da fantasia em casa e o dia 28 de fevereiro foi de muita animação. As crianças desfilaram com as suas fardas para as crianças de todas as salas da CJI e ainda para os utentes do equipamento social António Almeida da Costa.


O QUE ACONTECEU...

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No âmbito da atividade conjunta entre os equipamentos sociais e a Estrutura Residencial Conde das Devezas – 4.ªs Culturais -, realizou-se no dia 26 de fevereiro a sessão “Os afetos na terceira idade”. Esta sessão foi protagonizada pela assistente social Daniela Esteves que alertou e distribuiu afetos por todos os presentes. Uma sala repleta de interessados que ficaram mais despertos para a importância do dar e receber carinho e atenção. Daniela Esteves apresentou pormenorizadamente o tema, desde a componente biológica, psíquica e emocional: “Quem está mais rodeado de afetos consegue segregar uma hormona a que chamamos a ´hormona da felicidade´”. A assistente social referiu também que existem dificuldades nesta matéria: “Nos afetos existe uma relação do dar e do receber, mas o dar é muito difícil, porque é preciso lutar contra barreiras”. Por isso, Daniela esteves deixou

“Afeto gera sempre afeto”

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Assistente Social Daniela Esteves

alguns conselhos: “É preciso elogiar, dar um presente no aniversário, criar uma relação constante…”. Segundo Daniela Esteves, “afeto gera afeto” e quem for detentor e recetor deste sentimento sente-se mais confiante, feliz e com uma elevada autoestima.A sessão terminou com a visualização do videoclipe da canção “Dá-me um abraço”, do cantor Miguel Gameiro e com a distribuição de muito afeto entre todos.

Desfile Carnavalesco A Estrutura Residencial Conde das Devezas realizou um desfile de Carnaval, no passado dia 28, que contou com a boa disposição e coragem da residente Juventina Bastos, em representação dos demais residentes. No desfile participaram ainda as colaboradoras da RCD com a sua juventude e irreverência que lhes assiste e que todos os residentes apreciam. O júri do concurso nomeou três vencedores.


O QUE ACONTECEU...

Casa da música

“A Casa” foi a casa dos utentes do Equipamento Social António Almeida da Costa, no passado dia 27 de fevereiro, para proporcionar fantásticos momentos de música.

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Uma sala repleta de utentes e de crianças da Creche e Jardim de Infância que, numa visita aos utentes do Equipamento Social António Almeida da Costa (AC) acabaram por ficar para assistir ao momento de “A Casa vai a casa”. Os profissionais da Casa da Música proporcionaram autênticos momentos de ritmo, dinâmica corporal, mas principalmente, de boa disposição a todos os que participaram. Entre sons, músicas que os utentes conhecem bem, brincadeiras com as crianças, Bruno Estima e Paulo Neto captaram o interesse de crianças e utentes. No final, a vontade de continuar com a presença da Casa da Música era notória, assim como a ânsia pelas próximas edições realizadas em abril. O projeto educativo da Casa da Música “A Casa vai a casa” tem estado presente nos diversos equipamentos sociais da Misericórdia de Gaia, fazendo da música uma das responsáveis por muitos momentos felizes dos utentes.

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Dia da Mulher

Em mais um ano, o AC não deixou passar em branco o Dia da Mulher. Os homens do equipamento preparam, durante uma semana, flores especiais que ofereceram no passado dia 10 de março às senhoras. O dia foi ainda lembrado, através de um debate com o tema “Homenagem à mulher” em que se focou o papel da mulher na sociedade antes e após o 25 de abril. Temas como a emancipação da mulher e a sua inserção em diferentes culturas estiveram em destaque. A iniciativa foi organizada pelas estagiárias de animação Ana Barreiros e Telma Almeida.

Mercado Solidário

Os utentes do AC marcaram presença no Mercado Solidário das Confrarias, no passado dia 22 de fevereiro no Cais de Gaia com a exposição de várias peças de artesanato, realizadas pelos próprios utentes. A receita das vendas reverteu a favor da CERCIGAIA e da APPACDM de VILA NOVA DE GAIA.


O QUE ACONTECEU...

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“Atreve-te a criar” foi o mote para a sessão das 4.ªs Culturais que se realizou no Equipamento Social Salvador Brandão, no passado dia 19 de fevereiro.

4.ªs culturais ARTE

A pintora Fernanda Santos foi a convidada para falar e expressar a arte aos utentes dos vários equipamentos da Misericórdia de Gaia. Música, teatro, escrita… foram algumas das formas de arte apontadas pelos utentes. “Todos nós vamos envelhecendo, é natural, mas vamos encontrando novas formas de nos expressarmos”, referiu Fernanda Santos. A pintora acrescentou ainda que se a pintura não agradar, as pessoas podem optar pela escrita, pela dança ou por outra forma de arte. Após alguns momentos expositivos sobre arte, a sessão continuou com muita cor e inovação. Diferentes materiais de pintura deram origem a diferentes e originais desenhos, realizados pelos utentes que passaram para o papel o que lhes estava na alma. “Nós vamos embora e a nossa arte fica cá”, referiu uma utente no final da sessão.

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Inter-lares 2014 Este ano, o Equipamento Social Salvador Brandão (SB) realizou mais um campeonato de jogos de mesa Inter-lares. As instituições da terceira idade participantes no Inter-lares 2014 são o Equipamento Social Salvador Brandão, Equipamento Social António Almeida da Costa, Equipamento Social Tavares Bastos, Lar Santa Isabel, Centro Social de Oliveira do Douro, Centro Social de Pedroso, Centro Social de S. Pedro de Vilar do Paraíso, Associação Humanitária de Canelas, Centro Social S. Miguel. Os resultados desta iniciativa serão apresentados na próxima edição.

"A Casa vai a Casa" Em janeiro o projeto “A Casa vai a casa” foi várias vezes ao SB. Os profissionais da Casa da Música trabalharam com os utentes músicas tradicionais portugueses e dos anos 80 com o objetivo de gravarem um CD.

Tarde de Fados

A Cruzada do Bem Fazer da Paz realizou uma tarde de fados, no passado dia 29 de janeiro para os utentes do equipamento.


O QUE ACONTECEU

“Toca a mexer”

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A iniciativa 4.ªs Culturais arrancou no dia 5 de fevereiro no equipamento social Tavares Bastos com o tema “Toca a mexer”.

Os utentes dos equipamentos sociais da Misericórdia de Gaia assistiram a uma palestra da responsabilidade da professora de exercício físico adaptado Gisela Magno. A professora explicou os benefícios da prática regular de desporto e terminou a sessão de uma forma bastante prática. Utentes e técnicos realizaram vários exercícios, adaptados às respetivas condições físicas de cada um. Os utentes participaram de forma bastante empenhada e alegre, mostrando-se capazes da prática do desporto.

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Mensagens de esperança e de reflexão marcaram o Dia do Doente Por todos os equipamentos sociais da Misericórdia de Gaia foram realizados eventos sobre o Dia do Doente, no passado dia 11 de fevereiro. O Equipamento Social Tavares Bastos assinalou o dia com uma sessão informativa e de reflexão sobre as pessoas portadoras de demência. A exposição ficou a cargo da psicóloga clínica da Misericórdia, Ana Costa, e dos enfermeiros do equipamento. Os profissionais falaram sobre as causas e comportamentos das pessoas com demência e frisaram a importância dos utentes mais autónomos compreenderem e cooperarem com os utentes com demência, uma vez que também têm o direito a viverem com dignidade. A equipa do Tavares Bastos acredita que a mensagem foi bem aceite por utentes, colaboradores e familiares. Já o Equipamento Social Salvador Brandão celebrou este dia com a presença do Cónego e jornalista Rui Osório que falou sobre “Fragilidades e esperança”. Uma pales-

tra bastante emotiva que captou a atenção de todos os que assistiram. O Equipamento Social António Almeida da Costa marcou o dia, como habitualmente, com um momento de música e de reflexão para os utentes que se encontram na enfermaria e que contou com a presença do provedor da instituição.


O QUE ACONTECEU...

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DIA DE SÃO JOSÉ NOS EQUIPAMENTOS SOCIAIS O Dia de S. José foi celebrado de forma bastante intensa e emotiva nos equipamentos sociais da Misericórdia de Gaia, no passado dia 19 de março.

Histórias dos nossos pais

“O meu pai criou os filhos com muita dificuldade, porque havia muita pobreza. Eu gostava de jogar futebol, mas precisava de pedir ao meu pai. Então ele mandava-me primeiro arranjar lenha e depois dizia que podia ir jogar futebol”. “Tudo o que aprendi com o meu pai, consegui transmitir à minha filha”. “O meu pai era muito letrado e proporcionou-me estudos. Lembro-me de no dia de Natal trazer um pobre para jantar connosco à mesa. Era uma pessoa maravilhosa”. “No dia do meu casamento, ele disse-me que tinha muito orgulho em mim”. Estas foram algumas das muitas histórias que, entre lágrimas de saudade e sorrisos, os utentes do Equipamento Social Salvador Brandão (SB) partilharam na sessão “Histórias dos nossos pais”, organizada no Salão D. Lucinda Brandão.Houve ainda lugar à recitação de poemas e à descoberta de algumas curiosidades, como o caso do pai da utente Alice Sousa, conhecido por “Sr. Acácio” que também foi utente do SB há mais de 20 anos. Um outro momento que marcou a data foi contado pelo utente Rogério Silva, que todos os dias presta uma homenagem à figura de S. José presente no equipamento: “Como sabia que hoje fazia anos dei-lhe os parabéns”, disse emocionado. O Dia de S. José, em que foram lembrados os pais dos utentes do SB, teve a presença do mesário do equipamento, Valentim Machado, numa tarde de fortes emoções. O Equipamento Social António Almeida da Costa marcou este dia com uma ação de sensibilização, intitulada “A importância do pai hoje e a presença do filho no âmbito institucional", orientada pelas psicólogas Bruna Rocha e Augusta Sarmento. A sessão contou com a presença dos utentes do equipamento e dos seus filhos. Já o Equipamento Social Tavares Bastos celebrou o Dia de S. José com uma Eucaristia bastante intimista com a participação dos utentes e colaboradores e com a presença de alguns familiares dos utentes.

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O QUE ACONTECEU...

Boas-vindas à Primavera

Os utentes dos equipamentos sociais da Misericórdia de Gaia reuniram-se no passado dia 20 de março, no equipamento Tavares Bastos para darem as boas-vindas à primavera. A tarde foi de música, cor e flores para a celebração desta estação do ano. A decoração do espaço foi da responsabilidade dos utentes, tendo trabalhado para o efeito nos ateliês de trabalhos manuais. A animação ficou a cargo da conhecida Associação Humanitária de Canelas que alegrou todos os presentes com as suas músicas e boa disposição.

Baile anos 60

O ano de 2014 começou em festa na Misericórdia de Gaia com o “Baile dos anos 60” no passado dia 31 de janeiro.

Exzellenter Service – Die Überzeugung eines Familienunternehmens mit langer TraditionOs utentes reuniram-se no Equipamento Social António Almeida da

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Costa para uma tarde bastante animada pelo repórter e cantor KáKá Love que cantou músicas bem conhecidas dos utentes. A animação foi total entre utentes, colaboradores. O mesário do equipamento, Jorge Soares, também marcou Exzellenter Service istdeein Anspruch. In Verbindung mit dem presença e deu vários pezinhos dança neste convívio.

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O QUE ACONTECEU... DIA DE S. VALENTIM

O amor esteve no ar na Misericórdia O amor está no ar na Misericórdia de Gaia durante todo o ano, mas é comemorado de forma especial no dia de S. Valentim a 14 de fevereiro.

De forma mais intensa ou mais discreta, no dia de S. Valentim não faltaram as manifestações de amor, carinho e amizade. Quer os casais, como os demais utentes tiveram direito ao Dia de S. Valentim, que o Equipamento Social António Almeida da Costa intitulou de o Dia do Amor, por ser mais abrangente. Os utentes tiveram direito a um almoço glamoroso, com decoração apropriada ao tema e ao som de música romântica ao vivo. Não faltaram os balões em forma de coração e os chocolates. De forma mais discreta, os utentes do Equipamento Social Tavares Bastos também decoraram a sua casa com a temática do dia e receberam uma surpresa doce. Já os utentes do Equipamento Salvador Brandão tiveram direito a uma sessão de cinema com a visualização do filme o “Diário da nossa paixão”.

“Escutismo e/na Sociedade”

O provedor da Misericórdia de Gaia foi um dos oradores convidados do 40.º aniversário do agrupamento 408 de Santa Marinha.

A data foi marcada, no passado dia 18 de janeiro, pela realização do colóquio “Escutismo e/na Sociedade” onde se promoveu a discussão sobre o “papel” do escutismo na sociedade, os seus campos de atuação e intervenção, bem como o incentivo à prática desta atividade. Joaquim Vaz referiu que o “Escutismo é uma escola de valores”, na qual se aprende a respeitar os outros e a lutar por um ideal. Joaquim Vaz dirigiu palavras de incentivo aos jovens escuteiros e convidou-os a conhecer a realidade da Misericórdia de Gaia, sendo um exemplo prático de valores e de solidariedade com o próximo. O evento realizou-se no salão nobre da Junta de Freguesia de S. Pedro da Afurada.

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O QUE ACONTECEU... RASTREIO CANCRO DA MAMA

Misericórdia de Gaia no combate ao cancro da mama

Misericórdia Gaia estabelece protocolo de comodato com a ARS e a Liga Portuguesa Contra ao Cancro.

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O cancro da mama é uma das doenças responsáveis pelo elevado número de mortes de mulheres. A melhor aliada das mulheres neste caso é a prevenção. Nesse sentido, a Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN) está a promover o Programa de Rastreio do Cancro da Mama da Região Norte em mulheres com idades entre os 45 e os 69 anos, inscritas nas unidades de cuidados de saúde primários da área de influência da ARSN, propondo-lhes a realização de mamografias de dois em dois anos. A Misericórdia de Gaia é, mais uma vez, parceira da ARSN nesta luta contra o cancro, através de um protocolo de Comodato em que cede uma parte das instalações do edifício dos serviços centrais para a realização dos rastreios. As instalações estão a sofrer as devidas reestruturações para poderem oferecer a melhor qualidade e segurança no processo de rastreio, cuja entidade responsável é a Liga Portuguesa Contra o Cancro. “Esta parceria com a Misericórdia de Gaia contribuirá, certamente, para melhores resultados em saúde no Concelho de Gaia”, referiu Isabel Chaves de Castro, diretora executiva da ACES GAIA. Esta parceria tem como principais objetivos, de dois em dois anos, garantir a cerca de 70% da população o tratamento adequado a todas as mulheres a quem sejam detetadas lesões.

BREVES

Reestruturação do Serviço de Ação Social A Misericórdia de Gaia reformulou o seu serviço de Ação Social no sentido de procurar fomentar uma maior proximidade no acompanhamento dos seus utentes e a qualificação dos serviços prestados. Atualmente as candidaturas para as respostas sociais de Centro de Dia e de Apoio Domiciliário passam a ser tratadas em cada Equipamento Social no seguinte horário de funcionamento: - À segunda-feira das 9h30 às 12h00 no Equipamento Social António Almeida da Costa; - À sexta-feira das 9h30 às 12h00 no Equipamento Social Tavares Bastos. O horário de atendimento no Equipamento Social Salvado Brandão será determinado em breve. As candidaturas para a resposta de internamento em lar de idosos continuam a ser realizadas nos Serviços Centrais da Misericórdia de Gaia, no Serviço de Ação Social.


O QUE ACONTECEU... ESPECIAL - VISITA DO PRESIDENTE DA CÂMARA

Eduardo Vítor Rodrigues retomou visita à Misericórdia

Eduardo Vítor Rodrigues prometeu e cumpriu. O edil da Câmara de Gaia e a vereadora Elisa Cidade retomaram a visita pelos equipamentos da Misericórdia de Gaia no passado dia 11 de março. A visita começou na Estrutura Residencial Conde das Devezas, equipamento privado da instituição em regime de apartamentos. “Somos muito felizes aqui e estamos muito bem” foi das expressões que o presidente da Câmara de Gaia mais ouviu da parte dos residentes. A visita continuou pelo Palacete “Casa do Costa”, a moradia do grande benemérito da instituição – António Almeida da Costa - em que o Eduardo Vítor Rodrigues apreciou o estilo arquitetónico do edifício e não conseguiu resistir a tirar algumas fotos do topo do Palacete de onde se veem as cidades de Gaia e Porto. Os locais que se seguiram foram os equipamentos sociais Tavares Bastos e Salvador Brandão em que o presidente do município interagiu com os utentes e conheceu de perto a realidade da ação da Misericórdia de Gaia na área social. A visita terminou na Clínica Fisiátrica da instituição.

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O QUE ACONTECEU...

Acordo de Geminação: Misericórdias de Gaia e da Calheta

A Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia e a Santa Casa da Misericórdia da Calheta assinaram um Acordo de Geminação, Cooperação e Amizade no passado dia 21 de fevereiro.

Presidente da UMP, Manue Lemos, Provedor da Misericórdia de Gaia, Joaquim Vaz, Provedora da Misericórdia da Calheta, Cecília Cachucho

Provedor da Misericórdia de Gaia, Joaquim Vaz, Provedora da Misericórdia da Calheta, Cecília Cachucho

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O Acordo assinado entre as duas Misericórdias visa o incrementar dos laços de amizade e de cooperação, no âmbito da solidariedade social, nomeadamente no que diz respeito ao intercâmbio informativo de apoio e de resposta às necessidades sociais das comunidades em que cada uma destas Misericórdias se insere. Para além do provedor da Misericórdia de Gaia, Joaquim Vaz, e da provedora da Misericórdia da Calheta, Maria Cecília Cachucho, o Acordo foi ainda assinado pelo presidente do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos, e pelo presidente da Confederação Nacional das Instituições Particulares de Solidariedade Social, padre Lino Maia. O Acordo de Geminação foi assinado no 1.º Congresso das IPSS e Misericórdias da Madeira, que decorreu no Funchal de 21 a 22 de fevereiro. Elementos da Misericórdia de Gaia e da Calheta na Madeira

Presidente da UMP, Manue l Lemos, a assinar o Acordo de Geminação

Presidente da Confederação Nacional das IPSS´s, P. Lino Maia, a assinar o Acordo de Geminação

ASSEMBLEIA GERAL

Apresentação de contas

No passado dia 28 de março foi apresentado e explicado aos Irmãos da Misericórdia de Gaia o Relatório da Mesa Administrativa e o Balanço e Contas da Gerência do exercício de 2013, bem como o Parecer do Definitório. "A Instituição possui um quadro de profissionais competentes que são suficientes para gerir a instituição, respeitando e cumprindo as decisões da Mesa Administrativa", referiu o provedor Joaquim Vaz na sua intervenção. Sem dúvidas colocadas, o Relatório de Contas e o Parecer do Definitório foram aprovados com uma abstênção. O presidente da Assembleia Geral elogiou o trabalho e os resultados apresentados numa altura em que "é facil apresentar contas desiquilibradas", como frisou.


ENTREVISTA

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

PSIQUIATRA JOSÉ FERNANDES COSTA FALA DO AMOR NA TERCEIRA IDADE

O psiquiatra José Fernandes Costa explica a Laços de Amor como é vivido o amor na terceira idade. Desvendamos nesta entrevista alguns mitos e explicamos como é possível obter compreensão e prazer nas diferentes fases da vida.

"Cada um vive em todas as idades a sexualidade à sua maneira."

Celebrámos em fevereiro o Dia de S. Valentim. É comum ouvir-se os mais velhos dizerem que estas datas são “para os mais novos”. Há um desinteresse nos mais velhos pelo amor entre um homem e uma mulher ou este interesse é demonstrado de uma forma diferente? Há dias escolhidos para todos os gostos. São úteis, uma vez que recordam aos mais distraídos e absorvidos na corrida da vida, são oportunos, mobilizadores e polémicos. O Dia dos Namorados é para todas as idades. Em todas as relações o namoro deverá fazer parte do quotidiano e os idosos não estão desinteressados. O desejo mantém-se e, havendo oportunidade, eles põem-no em prática. O amor exprime-se ao longo dos anos da vida de forma diferente, embora esteja sempre presente, dando também sentido à existência. Com amor se nasce, cresce, aprende. Vamos ao encontro do outro, damos e recebemos. Não sendo exclusivo de nenhuma idade, a sua expressão varia por múltiplos fatores. Comummente na juventude, com o Eros criador apaixonado, aventureiro, sedutor sonhador, entregue e dedicado a ideais e arquétipos, há um pendor reprodutivo mais marcado, quase uma imposição biológica de espécie. Esta é uma fase mais impaciente e fogosa. No idoso já não é imperioso o sentido reprodutivo, e o desejo continua, podendo entregar-se mais tranquilamente ao usufruto do sentir, da realização e da partilha e tudo se desenrola mais paulatinamente. Certo é que a condição física refreia muitos impulsos. Cada um vive em todas as idades a sexualidade à sua maneira. É um ato pessoal, íntimo, privado. É modelado por padrões e condicionalismos sociais, culturais, religiosos, diferentes por este mundo fora cada vez mais globalizado em muitas áreas e também na sexualidade. É simultaneamente mais tolerante onde minorias se afirmam libertas até exibindo atónitas tantas facilidades.

Este tipo de afirmações é mais frequente nas mulheres… Com o avançar da idade os homens mantêm a mesma predisposição para o ato sexual? Pertencendo ainda a uma geração criada na censura, recriminação e culpa, para os homens é mais fácil. Esta sociedade era mais tolerante com o homem, evidenciada na expressão – “Homem velho, mulher nova, filhos até à cova”. Com a mulher, o caso muda de figura. Não existindo já a motivação reprodutiva, verifica-se uma grande dificuldade em aceitar o direito a uma vida sexual ativa e satisfatória. Sociedades há ainda que nem às jovens reconhecem o direito ao prazer sexual. Também as mulheres idosas são mais numerosas e quando perdem os companheiros têm mais dificuldades em ter novos relacionamentos, e com parceiros mais novos então nem se fala… Muitas vezes a censura vem dos outros idosos e da própria família. Os filhos e netos têm muita dificuldade em entender a sexualidade dos seus entes queridos e aceitar o direito à sua livre expressão, sobretudo, em novos relacionamentos. Em que fase da vida estas mudanças tendem a evidenciar-se mais? Decorrem do processo normal do envelhecimento… O homem e a mulher encaram de forma diversa a evolução da sexualidade também por condicionalismos biológicos, mas o desejo e a capacidade orgástica mantém-se. A menopausa na mulher termina a carreira reprodutiva, condiciona alterações físicas que não facilitam a atividade sexual genital, sendo dos homens a iniciativa predominante, e preferindo as mulheres outras formas de expressão da sexualidade. O processo normal de envelhecimento traz alguns constrangimentos, tal como em todas as outras atividades quotidianas. Em ambos os sexos, os níveis de DHEA (a super hormona anti envelhecimento da suprarrenal que melhora o bem estar, a aparência e o pensamento) começam a diminuir de forma

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ENTREVISTA

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estável a partir dos 20/30 anos, sendo bastante baixos por volta dos 60, chegando aos 5% nos 80 anos. Nos homens, os níveis de androgénios e testosterona começam a diminuir na quinta década da vida de forma estável e progressiva, influenciando o desejo, alongando a fase de excitação, frequentemente diminuindo a ereção e firmeza peniana e prolongando o período refratário, ou seja, espaçando a frequência das relações sexuais. Na mulher, a menopausa acompanha-se de alterações hormonais, modificando a mucosa vaginal, reduzindo a lubrificação e tornando-a mais friável. Alteram a textura e consistência do tecido mamário e a sua sensibilidade à pressão. Frequentemente acompanhadas por transtornos emocionais, que assinalam de forma negativa essa fase da vida. O desejo e a excitação podem ser afetados pelas alterações do olfato, do paladar e da sensibilidade cutânea. Podem existir outros obstáculos para uma sexualidade ativa nesta fase? O efeito das doenças crónicas e do seu tratamento, médico ou cirúrgico, compromete o ciclo de resposta sexual. A diabetes, as doenças da tiroide, a hipertensão, a doença pulmonar ou a insuficiência cardíaca grave têm forte influência em ambos os sexos, reduzindo ou impedindo a intumescência peniana e a capacidade orgástica. A artrose, o cancro, a depressão, a doença vascular cerebral (AVC) e a demência limitam ou impedem a relação sexual genital. Também o tratamento dessas condições pode prejudicar o desempenho na relação. O mesmo pode acontecer com a cirurgia da próstata, os citostáticos, os antihipertensores, os diuréticos, os antihistaminicos, os anticolinérgicos, alguns antidepressivos, as substâncias e drogas recreativas, assim como o álcool e o tabaco. O sedentarismo e a obesidade contribuem também de forma negativa. Os obstáculos emocionais são mais consequência da reprovação dos outros e da incompreensão, do que do receio do desempenho do próprio. Não sentem já necessidade de provar nada aos outros ou a si próprios, mas apenas usufruir daquilo a que têm direito, podendo até sentirem-se mais libertos, realizados e capazes de desfrutar melhor do que quando eram mais jovens. Perante a censura, os idosos ficam, frequentemente, retraídos, escondendo o desejo e interesse, reduzindo a sua atividade sexual que acaba por contribuir para um declínio da sensação de bem-estar geral e da capacidade. Nem todos os idosos têm limitações físicas ou psíquicas para um desempenho sexual satisfatório. Há, no entanto, questões de saúde pública, como o facilitado relacionamento e escolha de parceiros mais alargada, que aumentam a incidência e prevalência de doenças sexualmente transmissíveis com especial risco para a infeção por HIV/SIDA, sendo os idosos por desconhecimento, inadequação ou renitência a utilizar meios de proteção adequados, um grupo em que há notório crescimento. Podemos dizer que com a idade se podem descobrir outras formas das pessoas se valorizarem e de amarem?

Não temos de limitar a sexualidade à sua expressão reduzida ao sexo genital e estritamente à vertente física, e isto vale para todas as idades. Sempre houve tendências para criar mitos no desempenho e sucesso sexual que, frequentemente, estão distantes da realidade. Não poderá haver beleza no rosto enrugado, sensualidade nas formas mais avolumadas? Não ouvimos os idosos na espontaneidade das suas conversas a referirem-se aos rapazes ou raparigas da sua idade? Não estará a beleza, sobretudo, nos olhos de quem vê? O envelhecimento chega mais depressa do que esperamos e apanha-nos desprevenidos. Mesmo aqueles que por qualquer motivo de doença ou do seu tratamento se sintam limitados devem considerar outras formas de relacionamento sexual, permitindo uma troca de carícias, beijos, toque em zonas mais sensíveis do seu corpo. A troca de mimos e exprimir ao outro o prazer e a satisfação pela presença, o contacto físico, a ternura do abraço e da proximidade em ambientes agradáveis, enriquecidos pelas imagens ou sons prazerosos. Quem não gosta de ser acarinhado, compreendido, apoiado e partilhar o quotidiano na segurança de um relacionamento afetuoso, tranquilo, seguro e confiável, mobilizador e estimulante? Afasta o espetro da solidão. Aproxima e permite uma troca afetiva, privada e íntima de mútua aceitação, ajuda e partilha. Os piropos e elogios não são exclusivos dos casais jovens enamorados, tal como as zangas, os desagravos e o desencanto não será só dos mais velhos. O amor no contexto institucional No contexto institucional existem casais que entram para os equipamentos juntos, e outros que se conhecem nos próprios lares, apaixonam-se, namoram e até casam. A sociedade está preparada para aceitar esta questão da paixão e do amor com naturalidade no ambiente institucional? A velhice era vivida em família, partilhando responsabilidades, encontrando apoio, dividindo tarefas enquanto o idoso e a saúde o permitisse. Dificilmente se estaria só. Vivia-se menos. Os tempos mudaram. As famílias reduziram-se, deslocaram-se para outras regiões à procura de novas oportunidades, perdemse os vínculos. A solução passa pelo recurso a um substituto, uma alternativa viável que possa garantir cuidados, apoio e segurança. Muitos casais antecipam essa condição e ainda capazes de uma vivência plena das suas funções integram-se em instituições. Estamos perante uma situação nova quer para os idosos, quer para as instituições que terão de adaptar-se. Encontrar respostas e soluções que garantam um ambiente acolhedor, sem constrangimentos nem limitações. Muitos são os exemplos de casais que podem manter a sua intimidade. Usufruindo de uma vida plena de casal. Outros perderam os seus companheiros de uma vida e aproximam-se de outros com quem estabelecem relacionamentos preferenciais e próximos. Vêm surgir de novo sentimentos e emoções que julgavam estarem perdidos, ou descobrem o que antes não tiveram oportunidade de encontrar. Trocam carinhos, atenções, mimos, enamoram-se e sentem


ENTREVISTA

até ciumes e receio de perda. Ocupam-se, planeiam, vivem de novo o entusiasmo e a dedicação, fantasiam. Libertam-se dos limites do corpo, das queixas psicossomáticas, das dores, da insónia, do acordar mal-humorado para mais um dia sem finalidade. Muitos não querem ficar apenas por um relacionamento descomprometido e entendem partilhar a sua alegria e entusiasmo com a comunidade. Mobilizam a instituição. Transformam a rotina em momentos festivos contagiantes. Casam-se e celebram a união, facilitando a aceitação de quem não está ainda preparado para a mudança dos tempos. Na sua opinião, as instituições de terceira idade estão preparadas para promover a relação amorosa no seu pleno entre um e uma utentes? A esperança de vida prolongou-se com saúde física e mental e o modelo asilar esgotou-se. Da surpresa urge passar a uma resposta ativa, liberta e sensível. É indispensável adaptar os equipamentos, preparar os técnicos da saúde, dos serviços sociais e os cuidadores em geral e informar os utentes e conviventes. Abordar com a família dos idosos as suas dificuldades em aceitar comportamentos que não esperavam, ou mesmo até nunca tinham pensado nisso, encarar com naturalidade a necessidade e conveniência de manter uma atividade sexual saudável, aberta e desculpabilizada, sobretudo, para quem ao longo da sua vida deu importância ou prioridade, aceitando porém, da mesma forma os que por sua escolha valorizaram outros interesses. O que deveria ser feito quer ao nível de infraestruturas, como ao nível do pessoal e técnicos das instituições para lidarem da melhor forma com a privacidade no campo amoroso dos utentes? Diria que há muito a fazer, e começaria primeiro pelos técnicos e pessoal cuidador, a quem deveria ser dada formação especifica, ausente nos currículos académicos, sabe-se lá porquê. Libertar-nos do embaraço da abordagem da sexualidade e perguntar com naturalidade, desde que o idoso esteja disposto a abordar o assunto. A informação e senso comum não chegam para lidar com confiança e tranquilidade com toda uma variedade de obstáculos que surgem ou se levantam por todos os intervenientes. É com os cuidadores que os idosos passam mais tempo, partilham a sua intimidade e dão-se conta de comportamentos que passam despercebidos aos outros técnicos. Ao nível das instituições, muitas estão já preparadas para receber casais, que com grande autonomia, não se sentem limitados, nem constrangidos perante os outros idosos e perante os técnicos. O seu relacionamento contribui para um ambiente facilitador, promovendo relacionamento entre género sem se fazer destacar. As atividades lúdicas, cada vez mais presentes e rotineiras, as saídas, as visitas programadas, aproximam as pessoas despertam-nas para uma vida ativa em que a atividade sexual tem devido lugar. Na gestão dos espaços convém não descurar lugares de recato onde os casais se sintam com privacidade e conforto que lhes permita usar de criatividade, dependendo, naturalmente, da dimensão e condições

arquitetónicas e das áreas envolventes. Evitar pressupostos no que diz respeito às práticas, preferências e orientações sexuais dos idosos. Aceitar com naturalidade e transmitir que a atividade sexual é normal e desejável. Como se consegue gerir um caso em que num casal institucionalizado um dos cônjuges se encontra com algum tipo de demência ou limitação psíquica/física e o outro elemento encontra-se predisposto para uma demonstração amorosa/relacional? A demência, tão presente nos idosos, evoluindo de forma progressiva atua de maneira diferente no comportamento sexual do doente. Nas fases de doença moderada uns tornam-se mais ativos, outros desinteressam-se, podem sentir-se inseguros na relação sexual ou recearem ser rejeitados, mantêm porém as mesmas necessidades de afeto, carinho e prazer, e a atividade sexual pode ser um reforço para a ligação do casal. É um espaço íntimo, partilhado ao longo da vida e a quem compete decidir a melhor atitude. Em fases mais graves surgem comportamentos, frequentemente, mal compreendidos pelos conviventes que nada tem de sexual mas resultam da confusão e perda de memória. Em algumas demências, a desinibição sexual é mais frequente e deve ser encarada como mais um sintoma de doença. Nas limitações de ordem física, se o casal assim o entender, caberá à instituição auxiliar na procura de soluções adequadas e convenientes, quer pela intervenção médica, quer pela adaptação de espaços e remoção de barreiras. Por vezes manifestações amorosas mais explícitas podem provocar algum desconforto em colaboradores e até mesmo nos outros utentes das instituições. Como contornar este handicap institucional? Com formação para colaboradores? Algumas sessões de aconselhamento para os utentes? Chegamos a um ponto quente da questão e que tem fundamentalmente a ver com as nossas limitações e falta de formação num assunto universal, comum a todos e partilhado por todos, assim a saúde o permita. Sem formação adequada será difícil e até perigoso fazer uma abordagem individual ou em grupo de matérias sensíveis para utentes, técnicos e familiares, correndo o risco de poder vir a ser contraproducente. Deveria ter sido a montante a antecipação das soluções com formação adequada dos profissionais, sobretudo, na área da saúde. Urge preencher essa lacuna e a todos os que lidam com idosos nas instituições dar formação pós graduada adequada, não ficando apenas por intensão desculpada, por limitações de ordem económica. Sem isso, entregue ao improviso e a boa vontade, as dificuldades serão ainda maiores.

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ESPAÇO SAÚDE

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

Alergias Sazonais

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A primavera é a estação das alergias sazonais, causadas pelos pólenes, vulgarmente conhecidas como febre dos fenos (ou polinose). Os espirros são, normalmente, o principal sintoma, mas a alergia pode manifestar-se em diversas formas: no aparelho respiratório (asma e rinite), nos olhos (conjuntivite) ou na pele (urticária e eczema). Contudo, a mais comum é a rinite alérgica sazonal que afeta cerca de um terço da população portuguesa. A rinite alérgica manifesta-se por uma inflamação e irritação da mucosa nasal e é causada pela exposição a alérgenos, pólenes neste caso específico, exposição essa que provoca uma reação exagerada no sistema imunitário de indivíduos sensíveis.

•Tosse e pieira Prevenção e tratamento As medidas não farmacológicas passam por evitar o contacto com os pólenes. Aqui ficam algumas dicas: •Não passear no campo na época de polinização, sobretudo em dias de vento; •Viajar com os vidros fechados; •Usar óculos de sol; •Manter portas e janelas fechadas à noite; •Não secar roupa ao ar livre; •Tomar um duche antes de deitar para remover o pólen da pele e cabelos. O tratamento farmacológico é feito recorrendo a um ou mais destes medicamentos: •Anti-histamínicos •Descongestionantes nasais •Corticosteroides tópicos nasais •Imunoterapia específica (vacinas) A escolha da terapia é feita pelo médico, de acordo com a gravidade e duração dos sintomas, dependendo, por isso, de caso para caso. Resumindo, as alergias são difíceis de curar e por vezes incapacitantes, podendo mesmo afetar o sono e as atividades quotidianas. Assim, é uma mais valia saber o que são, que reações causam e como se podem prevenir e tratar, bem como quais os agentes causadores. Desta forma é possível controlar a doença e os seus sintomas e devolver o conforto e qualidade de vida à pessoa afetada.

Porquê na primavera? Renata Rosa É na primavera que a maioria das plantas poliniza, (Diretora Técnica da Farmácia da Misericórdia de Gaia) sendo a concentração de pólenes no ar mais elevada nesta altura. Os pólenes que causam alergias resultam, essencialmente, das gramíneas (fenos e cereais), das árvores e das ervas daninhas, que Serviços: polinizam entre janeiro e outubro. - Uma vasta gama de produtos No entanto, o período entre março e serviços e julho é o mais crítico, podendo variar em função das condições - Administração de vacinas atmosféricas. Por exemplo, se o calor chegar mais cedo, as plan- Controlo da tensão arterial tas antecipam a polinização. Nos dias quentes, secos e ventosos a - Uma equipa de profissionais quantidade de pólenes no ar é disponível para aconselhar na mais elevada e o risco de uma criárea da saúde se alérgica maior. Principais Sintomas: •Corrimento nasal •Espirros •Comichão nasal •Olhos lacrimejantes e vermelhos

- Serviço de Podologia - Consultas de Nutrição (em breve)

Segunda a sexta-feira das 9h00 às 20h30 e sábados das 9h30 às 13h00 R. Capitão Salgueiro Maia, 311/7; 4430-518 Vila Nova de Gaia Tel.: 227828971; Fax.: 227826246


SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

ESPAÇO SAÚDE

A importância dos fitoquímicos da alimentação no verão O verão é uma estação onde a natureza nos beneficia com variedades e quantidades de alimentos ricos em nutrientes, como vitaminas, minerais, água, além dos fitoquímicos. Fitoquímicos são compostos químicos, bioativos, naturais, encontrados nos alimentos de origem vegetal, caracterizando-os como funcionais. Os fitoquímicos presentes nos alimentos devem ser ingeridos ao longo do dia, de preferência serem incluídos em todas as refeições e consumidos em todas as idades. Uma alimentação colorida garante uma maior diversidade no aporte de fitoquímicos. No verão verifica-se uma maior disponibilidade e diversidade de alimentos ricos em fitoquímicos (frutos, vegetais, cereais não refinados, leguminosas e frutos oleaginosos).

Principais fitoquímicos

COMPOSTOS SULFOROSOS Vegetais como o alho e a cebola contêm sulfidos, com ação no estímulo de enzimas com ação inibitória do crescimento bacteriano, anti-inflamatória, antiparasitária, antifúngica, diminuição da tensão arterial, aumento na defesa imunológica. A cebola contém ainda glucoquinina, uma espécie de insulina natural, que auxilia no controlo da diabetes. ISOFLAVONAS Compostos encontrados, por exemplo, nos grãos de soja, ervilhas, similares ao estrogénio, podem contribuir na redução do risco de cancro da mama, ovário e próstata, assim como na prevenção da osteoporose. As isoflavonas, convertidas no intestino em fitoestrogéneos, ajudam a reduzir os níveis de colesterol LDL em 12 a 15% e de triglicerídeos. ISOCIANATOS E INDOLES Compostos presentes em vegetais, como: brócolos, couve-flor, couve-de-bruxelas, repolho, agrião, nabo e rabanete. O seu contributo centra-se na inibição da danificação do DNA, responsável por algumas formas de cancro. CLOROFILA Confere a cor verde aos vegetais. Estimula a produ-

ção de glóbulos rubros do sangue. As algas e os vegetais verdes são as principais fontes de clorofila, assim como de vitaminas: A,C,B12,B6,K e ácido fólico. O licopeno, forte antioxidante presente no tomate e frutos vermelhos; o resveratrol, antioxidante presente nas uvas vermelhas e roxas, assim como no vinho tinto; as beta-glucanas, fibras solúveis presentes na aveia com ação ao nível do controlo do colesterol e da glicose sanguínea; a inulina, presente na alcachofra e chicória, está envolvida na redução dos triglicerídeos e colesterol; as catequinas encontradas no chá como poderosos antioxidantes são exemplos do enorme manancial de fitoquímicos com ação protetora do organismo humano ao longo do processo de crescimento e envelhecimento, se incluídos diariamente nas escolhas alimentares. Algumas dicas para garantir uma dieta rica em fitoquímicos: - Dieta rica em frutas e vegetais e quanto mais colorida melhor; - Beber uma ou duas chávenas de chá por dia; - Optar por alimentos em natureza aos processados; - Não cozinhar ou processar demasiado os alimentos; - Incluir frutos oleaginosos com moderação; - Optar por consumo de sopa com vegetais de clorometria variada; - Um cálice de vinho tinto à refeição se não houver restrição médica; - Incluir vegetais nas sandes das refeições intercalares - Ser generoso no consumo de sumo natural de fruta variada. Carlos Leite (Assessor para a Nutrição da Misericórdia de Gaia)

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NÚCLEO MUSEOLÓGICO

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

A exemplo do que acontece em muitas outras Santas Casas, e em sinal de gratidão por todos os Irmãos que, desde junho de 1929, assumiram o lugar de Provedor, encontram-se patentes no Salão Nobre da nossa Misericórdia, quadros com as suas fotografias. Pensamos que nunca é demais realçar toda a disponibilidade e colaboração dispensada por todos eles e pelos Irmãos que com eles compuseram os Órgãos Sociais da nossa Irmandade, pelo que decidimos perpetuar, mais uma vez, as suas memórias, através da publicação nesta revista das suas fotografias. Neste número inserimos os primeiros oito Provedores, ficando os seis seguintes para o seguinte.

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Alfredo Pereira Pinto de Castro Lemos (Conde das Devezas) - 1929-1936

Manuel Cardoso Martins 1937-1952

Dr. Basílio Sarah Sampaio Ferreira de Macedo 1952-1954

Comendador Manuel Moreira de Barros 1955 - 1973

João Reinaldo LuíS Pacheco 1973-1975

Prof. Manuel Pires Veloso 1976-1984

Amândio Pereira de Matos 1985-1987

Dr. António José Rebolho Lapa - 1988-1990

Luís Marques Gomes

(Irmão e Assessor da Provedoria da Misericórdia de Gaia)

BREVES Academia Sénior de Gaia cantou as Janeiras

A Academia Sénior de Gaia cantou as Janeiras para colaboradores e direção da Misericórdia de Gaia no passado dia 15 de janeiro. A instituição brindou o gesto deste grupo com um grande aplauso e um Porto de Honra no salão Nobre da Instituição. Anfitriões e convidados mostraram-se satisfeitos com o momento de partilha e convívio. A Misericórdia de Gaia é um dos membros fundadores da Academia Sénior de Gaia.

BREVES Provedor da Misericórdia de Gaia no programa Sociedade Civil

O provedor da Misericórdia de Gaia esteve no programa da RTP 2 Sociedade Civil, no passado dia 23 de janeiro a falar sobre o tema “A Solidão na 3.ª Idade”. Joaquim Vaz esteve acompanhado pela utente Maria dos Anjos do Equipamento Social António Almeida da Costa que contou como foi a sua integração no lar e como é feliz ao cuidado da Misericórdia de Gaia. A animação sociocultural, os medos dos idosos, a falta de voluntários e até o amor foram alguns dos temas lançados e debatidos nesta edição do Sociedade Civil.


ESPAÇO VOLUNTARIADO

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

As cabeleireiras da Misericórdia de Gaia A maioria por necessidade, a minoria por vaidade, o que é certo, é que as cabeleireiras voluntárias da Misericórdia de Gaia cuidam da imagem e da autoestima dos utentes da instituição. Apresentamos as histórias de duas voluntárias cabeleireiras que são de gerações diferentes, têm um público diferente, mas apresentam o mesmo amor e dedicação quer à sua profissão, quer aos utentes da Misericórdia de Gaia.

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Maria da Conceição, 44 anos

Ao terem conhecimento de que é a segunda-feira da cabeleireira ir ao lar, a fila dos utentes começa a formar-se. “Às vezes nem querem almoçar para estarem à minha espera”, revela a voluntária Maria da Conceição. Tesoura, pente, secador, laca, toalhas… Nada escapa à voluntária de levar para o Equipamento Social Tavares Bastos para prestar o seu trabalho voluntário e de extrema dedicação aos utentes. Maria da Conceição dedica-se a cortar os cabelos dos utentes, contribuindo para o seu bem-estar já há dois anos. “Uma senhora perguntou-me se podia ser voluntária como cabeleireira para os mais necessitados. Disse que tinha de pensar, porque só folgo às segundas-feiras, mas como moro na Madalena acabei por aceitar”, conta a Laços de Amor.

A voluntária corta também os cabelos aos utentes das enfermarias. No caso dos utentes mais debilitados, o trabalho complica-se, mas com um pouco de imaginação e muita boa vontade conseguem-se ultrapassar todos os obstáculos.


ESPAÇO VOLUNTARIADO Costuma-se dizer que ir ao cabeleireiro é como uma terapia, e no equipamento Tavares Bastos não é diferente: “Os utentes conversam, desabafam, e eu oiço, porque têm necessidade de serem ouvidos”. A maior recompensa que Maria da Conceição tem no trabalho que desempenha é ver o rosto de felicidade dos utentes: “Eles ficam muito contentes e estão sempre a agradecer-me”. Enquanto a sua vida profissional e familiar lhe permitir, Maria da Conceição vai continuar a ser voluntária no Tavares Bastos: “Gosto de dar um bocadinho de mim, porque hoje são eles, amanhã sou eu”. “Quando vou embora, vou preenchida”, conclui.

Ana Oliveira é a voluntária cabeleireira do Equipamento Social António Almeida da Costa há mais de 20 anos. “Adoro a minha profissão, adoro os idosos e cada vez gosto mais deles”, conta emocionada a D. Anita, como a voluntária é conhecida. Ana Oliveira já era irmã da Misericórdia de Gaia quando foi convidada pela atual assessora do Voluntariado da instituição, Maria Augusta Ferraz, para pertencer ao corpo de Voluntariado da altura. “Tinha um salão, mas por motivos de saúde tive de fechá-lo. No ano em que entrei, participei logo no peditório que fazíamos nos supermercados para a Misericórdia”, recorda. A voluntária compara o serviço de Voluntariado atual e os próprios utentes com a situação de há duas décadas: “Na altura havia mais voluntárias, e quando chegavam ao lar dirigiam-se aos quartos para cumprimentar os utentes, mas hoje em dia os utentes são mais reservados”. O salão de cabeleireiro do Equipamento Social Almeida da Costa é o orgulho de Ana Oliveira e dos utentes que o frequentam. Os espelhos, os materiais, as cadeiras, os utensílios, a decoração, o processo de higienização dos materiais usados ofusca de longe muitos salões comerciais que estão abertos ao público. A voluntária, que é também mãe e avó, divide-se entre a vida familiar e a Misericórdia de Gaia: “Venho todas as quartas-feiras e aos sábados quando é preciso cortar os cabelos dos utentes das enfermarias”. Mas Ana Oliveira está muitas vezes disponível para cortar, pintar e arranjar os cabelos dos utentes nas vésperas das festas e das comemorações especiais no equipamento: “É muito engraçado, porque nos dias de festa ou de passeio, as utentes ficam mais vaidosas”. Ana Oliveira atende, por vezes, entre 10 a 15 utentes, mas não fica por aqui. Quando é necessário também realiza este trabalho junto dos utentes do serviço de Apoio ao Domicílio. O que recebe em troca? “Dão-nos palavras reconfortantes, pedem desculpa pelo trabalho que dão, perguntam pelas minhas netas… São muito simpáticos comigo”. Com 73 anos, a D. Anita continua com o mesmo empenho e vontade em fazer duas das coisas que mais gosta na vida: Ser cabeleireira e ajudar os utentes da Misericórdia de Gaia.

Ana Oliveira, 73 anos

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AGENDA

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

ABRIL: Dia 3 - Projeto "A Casa vai a casa" no Equipamento Social António Almeida da Costa Dia 8 - Comemoração do 15.º aniversário do Centro de Acolhimento Temporário N.ª Sr.ª da Misericórdia - Entrega de prémios do Torneio Inter-lares no Equipamento Social Salvador Brandão Dias 15 - Celebração do Dia dos Monumentos e Sítios - Lugares de Memória Dias 16 e 17 - Concerto MEMO na Casa da Música com utentes e colaboradores da Misericórdia de Gaia Dia 30 - Comemoração dos aniversários no Equipamento Social António Almeida da Costa

MAIO: Dias 15 - Comemoração do Dia da Família nos Equipamentos Sociais da Misericórdia de Gaia Dia 16 - Assinatura do Protocolo de Comodato entre a Misericórdia de Gaia, a A.R.S. Norte e a Liga Portuguesa Contra o Cancro Dia 18 - Procissão em honra a N.ª Sr.ª da Misericórida em Avintes Dia 23 - Cortejo de Finalistas das crianças da Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa Dia 30 - Comemoração do Dia Mundial da Criança na Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa. Dia 31 - Pintura do mural da Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa pela Cooperativa dos Artistas de Gaia

JUNHO: Passeios de verão dos Equipamentos Sociais da Misericórdia de Gaia Dia 2 - Sessão de cinema no Equipamento Social Salvador Brandão Dia 20 - Festa de Finalistas e Encerramento das atividades letivas na Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa Dia 23 - Comemoração dos Santos Populares nos Equipamentos Sociais da Misericórdia de Gaia Dia 26 - Comemoração do 85.º aniversário da Misericórdia de Gaia Dia 27 - Comemoração do 99.º aniversário do Equipamento Social António Almeida da Costa

SABIA QUE... … A Misericórdia de Gaia tem um protocolo de cooperação com a Associação Portuguesa de Fibrose Quística à qual arrendou uma casa, na rua Mouzinho de Albuquerque, para instalação da sede social da Associação? ... A Misericórdia de Gaia tem um Protocolo de Acordo de Geminação, Cooperação e Amizade com a Santa Casa da Misericórdia da Bahia, Brasil, celebrado em 30 de Outubro de 2000? ... A Misericórdia de Gaia foi distinguida pelo Lions Clube de Vila Nova de Gaia no seu 25º aniversário, em 24 de novembro de 2001? FICHA TÉCNICA: PROPRIETÁRIO: Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia; DIRETOR: Dr. Pedro Nobre; EDITOR:

Dr. Pedro Nobre COORDENADORA: Dr.ª Marisa Pinho; REDATORA: Dr.ª Marisa Pinho; COLABORADORA: Dr.ª Manuela Pinto; DESIGN GRÁFICO: Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia; TIRAGEM: 750; PERIODICIDADE: Trimestral; SEDE DA REDAÇÃO: Rua Teixeira Lopes, n.º 33, 4400-320, Vila Nova de Gaia; PRODUÇÃO: Gráfica São Miguel, Rua Norton Matos, 731, Gulpilhares, 4405-671 Vila Nova de Gaia NOTA: Publicação isenta de registo na ERC ao abrigo da Lei de Imprensa 2/99 de 13 de janeiro, artigo 9 Os artigos foram escritos com base no novo acordo ortográfico

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EQUIPAMENTOS SOCIAIS E UNIDADES DE EXPLORAÇÃO Equipamento Social Salvador Brandão R. Salvador Brandão 4405-702 Vila Nova de Gaia Tel.: 227622114 / 227625131 lsb@scmg.pt Equipamento Social António Almeida da Costa R. Almeida Costa, n.º 151 4400-013 Vila Nova de Gaia Tel.: 223754299 / 223751069 lac@scmg.pt Equipamento Social Tavares Bastos R. António Francisco Sousa, 216/38 4405-726 Vila Nova de Gaia Tel.: 227130031 ltb@scmg.pt Estrutura Residencial Conde das Devezas R. Particular às Árvores, n.º 96 4400-239 Vila Nova de Gaia Tel.: 223706526 lrcd@scmg.pt Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa R. Almeida Costa, n.º 151 4400-013 Vila Nova de Gaia Tel.: 223799110 Fax.: 223722490 cji@scmg.pt Centro de Acolhimento Temporário N.ª Sr.ª da Misericórdia R. Almeida Costa, n.º 151 4400-013 Vila Nova de Gaia Tel.: 227534494 ca@scmg.pt Clínica Fisiátrica R. Salvador Brandão 4405-702 Vila Nova de Gaia Tel.: 227539300 Fax.: 227539301 cft@scmg.pt Centro de Hemodiálise R. Salvador Brandão 4405-702 Vila Nova de Gaia Tel.: 227538980 Fax.: 227538982 Farmácia da Misericórdia de Gaia R. Capitão Salgueiro Maia, 311/7 4430-518 Vila Nova de Gaia Tel.: 227828971 Fax.: 227826246 far@scmg.pt Serviços Centrais R. Teixeira Lopes, n.º 33 4400-320 Vila Nova de Gaia Tel.: 223773350 Fax.: 223773359 geral@scmg.pt Departamento de Ação Social R. Teixeira Lopes, n.º 33 4400-320 Vila Nova de Gaia Tel.: 223773350 sas@scmg.pt Gestão do Património R. Teixeira Lopes, n.º 33 4400-320 Vila Nova de Gaia Tel.: 223773350 astec@scmg.pt

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