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Ano 22 - Número 240 - 28 de Fevereiro de 2014

Boletim Interno da

Província

Paraná - Santa Catarina Província São Lourenço de Brindes dos Frades Menores Capuchinhos do Paraná e Santa Catarina - Brasil / Cúria Provincial - Rua Alcides Munhoz, 190 Caixa Postal 18.833 - CEP 80840-980 - Curitiba-PR - Brasil - Tel.: (41) 3335-23230 /Fax: (41) 3335-1087 - e-mail: cpcapuchinhosprsc@terra.com.br

A ALEGRIA DO ENCONTRO COM O SENHOR

A

tualmente, as pessoas estão mais próximas fisicamente por causa das facilidades da pós-modernidade, tais como, o crescimento das cidades, meios de locomoção, oferta de trabalho, possibilidade de aquisição de bens, meios de informação e tantos outros e também pela percepção dos sentidos, como, ver, ouvir e sentir constantemente está diante de outras pessoas. Isto é bom, mas, muitas vezes, não há interação por causa da pressa nos afazeres, do cansaço, preocupações, insensibilidade, antipatia, violência e por outros fatores. Pelo que aprendemos, a pessoa humana é relação. Constantemente está diante de realidades que, de alguma forma, a influencia, desperta reações para interagir. Por razões que cada pessoa poderá apresentar com suas justificativas, não se relaciona, não interage. Outras pessoas se abrem e sentem-se atraídas a parar e a interagir. Celebramos no dia 2 de fevereiro a festa da Apresentação do Senhor no Tempo de Jerusalém por Maria e José. Esta festa é chamada também a festa do “encontro” ou das

“luzes” e também a Igreja convida todos os batizados a rezarem pela vida consagrada. É a festa do Senhor que se encarnou por amor a todos nós. Seguindo a tradição religiosa de seus pais, Jesus foi apresentado no Templo e foi exaltado por Simeão e por Ana, mas também Maria recebeu a profecia de que “uma espada de dor traspassará tua alma” (Lc 2,35). Ana não se conteve diante do Menino Deus e “agradecia a Deus e falava do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém” (Lc 2, 38). O encontro de Maria, José, Simeão, Ana e o Menino Deus nos leva a notar que “a cena nos mostra o entrelaçamento de três gerações: Simeão segura nos braços o menino Jesus, em Quem reconhece o Messias, e Ana é apresentada no gesto de louvar a Deus e de anunciar a salvação a quem esperava a redenção de Israel. Estes dois anciãos representam a fé, como memória” (Papa Francisco, discurso, 26.10.2013). À luz da cena evangélica, consideramos a vida consagrada como um encontro com Cristo: é Ele que vem até nós, trazido por Maria e José, e somos nós que vamos até Ele, guiados pelo Espírito Santo. Mas, no centro está Ele, é Ele que move tudo, é Ele que atrai ao Templo, à Igreja, onde podemos encontrá-Lo, recebê-Lo e também abraçá-Lo. Jesus vem ao encontro dos batizados e chama-os para segui-lo como seus consagrados que, estando no mundo, partilham a vida com as pessoas através da vivência dos valores do Reino de Deus e de serviços por amor a Ele, renunciam às comodidades que o mundo possa oferecer, empenhando-se radicalmente na vivência do Seu Evangelho na pobreza,

obediência e castidade. Diz a oração da Coleta da missa pelos religiosos (Missal Romano pág. 894): “Ó Deus, que inspirais e levais a termo todo bom propósito, guiai os vossos servos e servas no caminho da salvação. E dai, aos que tudo deixaram por vosso amor, seguir o Cristo e renunciar ao mundo, servindo a vós e a seus irmãos e irmãs, com espírito de pobreza e humildade de coração”. Nós nos consagramos ao Senhor por amor e queremos chegar à salvação seguindo o exemplo de Jesus Cristo, que foi obediente ao Pai, viveu na pobreza e tudo fez por amor a Ele até a morte na cruz. Como consagrados devemos cumprir fielmente os votos que fizemos a Deus e servi-lo de coração sincero. Isso se realizará através da comunhão com os irmãos e irmãs, no exercício da caridade e na prática das boas obras, mostrando-nos, em toda parte, autênticas testemunhas de Cristo. A Igreja exorta a todos os batizados que rezem pela vocação à vida consagrada, o que faz através das celebrações litúrgicas. Nossa oração, como religiosos, deverá se estender na prática do dia a dia mediante a realização concreta de cremos e assumimos como consagrados ao Senhor. Façamos ecoar, nas realidades onde vivemos, o que acreditamos, assumindo-o diante de Deus na sua Igreja. Temos o nosso jeito de nos encontrar com o Senhor e com o povo de Deus vivido e ensinado pelos freis que nos antecederam e se santificaram. Que isso se realize e produza os frutos desejados pelo Senhor. Curitiba, 25 de fevereiro de 2014. Frei Cláudio Sérgio de Abreu, OFMCap Ministro Provincial

Boletim interno da Província do Paraná e Santa Catarina 9


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