Homem acorrenta-se em árvore para protestar contra derrubada

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SALVADOR

SALVADOR QUARTA-FEIRA 4/6/2014

REGIÃO METROPOLITANA

Fotos Luciano da Matta / Ag. A TARDE

EVENTO Wet’n Wild está quase pronto para 3 dias de festa no Arraiá Salvador

Clima de interior vai dando cara ao Arraiá 2014 LUANA ALMEIDA

Uma verdadeira vila do interior dentro da capital. É nesse cenário que vão se apresentar, a partir da próxima sexta-feira, as 18 atrações que compõem a programação do Arraiá Salvador – O Arraiá da Capitá 2014, que vai animar o Wet’n Wild, na Paralela, até domingo. Para conferir ao local legítimo clima junino, mais de 20 funcionários trabalham, desde o último sábado, com a montagem de toda estrutura de cenografia. Este ano, toda a decoração vai remeter à estrutura de uma cidade do interior e aos antigos arraiás. Foram montados em todo o espaço do evento painéis em madeira que lembram fachadas de antigos casarios. Responsável pela decoração da festa desde a primeira edição, em 1987, o cenotécnico Domingos Hélio, conhecido como Edinho, garante que haverá novidades no cenário deste ano. “O conceito que estamos trabalhando é justamente o de uma cidade cenográfica. Então, a ideia é transformar o espaço em um ambiente aconchegante, como em uma pequena cidade, onde o forró predomina como principal ritmo”, explicou Edinho.

Para isso, o cenógrafo tem como referência palhas e chitas. E, como em qualquer festa junina que se preze, não vão faltar bandeirolas: “Toda a cobertura será feita com bandeirolas. São, ao todo, cerca de 300 mil peças”.

Público

Em 2012, última edição do Arraiá, o evento chegou a atrair 15 mil pessoas. Este ano, a expectativa é que pelo menos 25 mil pessoas compareçam a cada dia de festa. Por conta disso, uma grande estrutura de serviços está sendo montada em toda a área do espaço de shows. O evento vai oferecer serviços selecionados, como praça de alimentação, sanitários, estacionamento e posto médico, todos localizados em pontos estratégicos e devidamente sinalizados. A praça de alimentação terá lanchonetes, que vão comercializar também comidas e bebidas típicas das festas de junho. Em casos de emergência, o evento vai contar com a estrutura do posto médico que pertence ao Wet’n Wild, além de ambulâncias da Vitalmed. A segurança ficará por conta das polícias Militar e Civil, do Corpo de Bombeiros, com presença do Juizado da Infância e Juventude.

Cenografia especial garante clima de interior na capital

Estrutura foi pensada para garantir conforto do público

Programação diversificada animará três dias de festa Sexta e sábado, os portões do Wet’n Wild serão abertos às 18h; domingo, às 13h. O primeiro dia terá Dorgival Dantas, Asas Livres, Cangaia, Polentinha do Arrocha e Os Clones. Ingressos da pista vão custar R$ 35, do camarote, R$ 70. No sábado (ingressos a R$ 40 e R$ 80) será a vez de Mastruz com Leite, Limão com Mel, Magníficos, Calcinha Preta, Calango Aceso e Forrozão – para alegria de quem curte o forró que se renovou nos anos 1990. O encerramento da festa ficará por conta de Luan Santanna, Saulo, Estakazero, To-

mate, Caviar com Rapadura e Kart Love. Os ingressos vão custar R$ 60 (pista) e R$ 120, (camarote). Os ingressos estão à venda nos balcões de ingressos do Pida, na Line Bilheteria, lojas do Populares A TARDE localizadas nos principais shoppings e na TicketMix. O Arraiá Salvador é uma realização do Grupo A TARDE, Online Entretenimento e Nossagência, com apoio da TV Record, Vitalmed, Pida e Piatã FM, com patrocínio do Shopping Iguatemi, Bahiatursa, prefeitura de Salvador, Schin, Coelba e Petrobras.

PORTO DA BARRA

Homem acorrenta-se em árvore para protestar contra derrubada JAMILLY LIMA

Um protesto inusitado chamou a atenção de quem passou pelo Porto da Barra na manhã de ontem. O escritor Roberto Torres acorrentou-se a uma árvore para expressar sua posição contrária ao corte de plantas na cidade. Segundo ele, o ato era pacífico, mas estava “triste” por nenhum ativista ou ONG ter se manifestado. Ele disse que outras duas árvores foram derrubadas sem estar comprometidas. Roberto prendeu-se ao galho de um tamarineiro, em frente ao Instituto Mauá, no Porto da Barra. “A cidade é minha casa e as árvores são

meus jardins, não vou permitir que destruam”, disse, enquanto se equilibrava. Apesar do pedido de responsáveis pelas obras na Barra, o manifestante não desceu da árvore. Disse que ficaria ali até o serviço ser encerrado. Moradores levaram água para o escritor. Mas alguns creem que há plantas que precisam ser retiradas. Dona de hotel e lanchonete no local, Cristiane Freitas disse que uma árvore foi removida da frente da construção porque ameaçava a estrutura: “Era a árvore ou meu prédio”.

Esclarecimento

Em nota, a Prefeitura de Salvador esclareceu que a árvore

que foi derrubada na última segunda-feira estava com a estrutura comprometida, já havia começado a tombar durante a troca da calçada. Ainda conforme a nota, o tamarineiro em que o escritor prendeu-se não será derrubado, mas apenas podado para segurança dos pedestres. A bióloga Ieda Domingos, conselheira da Associação de Moradores e Amigos da Barra (Amabarra), explicou que, no caso das árvores centenárias, como o tamarineiro, é necessário além da poda, canteiro e manutenção. Caso contrário, correm o risco de tombar, como o oitizeiro que caiu segunda-feira passada.


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