O destruidor de corações (MMA Fighter #1) - Vi Keeland

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Estou mais atrasada do que o habitual quando finalmente chego ao escritório. Ainda estou atordoada, tentando me recuperar do atraso, vendo meus e-mails e planejando o meu dia. Nico “Destruidor de Corações” Hunter. Eu não o conhecia antes da luta, mas esse era o seu nome. Lembro-me de vê-lo entrar no octógono e abrir um sorriso arrogante para a multidão. As mulheres foram à loucura. Não demorou muito tempo para eu descobrir o significado do seu nome. Lembro de sentir um choque quando vi o sorriso dele e aquele corpo... aquele corpo incrível. A imprensa só falava no ocorrido, durante as semanas seguintes, após essa luta. Ele era chamado de Nico "Destruidor de Corações" Hunter antes da luta, mas a imprensa retirou a parte "de Corações" do seu nome depois disso. Estou digitando palavras no Google antes mesmo que eu perceba o que estou fazendo. As imagens gravadas na minha memória não são diferentes daquelas que aparecem na tela. O árbitro tinha julgado que o golpe fatal foi um golpe limpo, mas isso não impediu a imprensa de fazer sensacionalismo com a história. Algumas semanas mais tarde, depois que a imprensa tinha seguido em frente, focando em qualquer outro assunto que viria a ser a matéria da vez, li uma pequena reportagem escondida na parte de trás do jornal, no meio das publicidades. O adversário de Nico tinha uma doença desconhecida na base da cabeça e era uma bomba-relógio ambulante. Estou pronta para empurrar os pensamentos sobre Nico para as profundezas da minha mente e, finalmente, conseguir finalizar algum trabalho depois de mais duas xícaras de café. Já está no meio da tarde, quando Regina me informa, cantarolando, que eu tenho um cliente na recepção, mas eu não tenho nenhum compromisso marcado na agenda. Eu caminho até a recepção, o meu volumoso cabelo loiro claro preso em um coque torto, no alto da cabeça, com dois lápis estrategicamente colocados. Eu paro de repente quando vejo Nico levantar do sofá da sala de espera e jogar uma revista de volta à mesa. Sou surpreendida pela sua aparência, embora ele me pareça estranhamente familiar, depois de passar metade da noite e a maior parte da manhã em meu pensamento. Eu coloco minha melhor cara neutra e endireito a minha postura. — Sr. Hunter, eu tinha um encontro marcado com você hoje? — finjo que estou preocupada que eu possa ter esquecido um compromisso, mas não há a menor chance de eu me esquecer de qualquer coisa sobre esse homem nas duas vezes que o vi. Ele dá dois passos mais perto de mim, apenas uns dois centímetros e meio mais perto do que se poderia considerar espaço normal entre as pessoas. Mas eu reparo nele. Ele é mais alto do que eu, pelo menos, uns vinte centímetros, se não mais. — É Nico, por favor. — Ele sorri e a sala parece


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