UFOs OVNIS – Militares, Pilotos e o Governo abrem o jogo – Leslie Kean

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O sinal de radar registrado naquela hora mostra claramente dois objetos se movendo lentamente, aparecendo e desaparecendo simultaneamente do radar. Os sinais começam e terminam exatamente na mesma hora, nem um minuto, ou mesmo dez segundos, a mais. O objeto mais setentrional termina, em seus momentos finais, transitando sobre o farol Casquettes. O radar também mostra o avião Blue Island indo do topo à esquerda para o fundo à direita e meu avião indo do topo à direita para o centro. Um relatório extenso realizado por uma equipe de pesquisadores independentes (dos quais eu discordo em alguns conteúdos) não oferece totalmente evidências que expliquem o avistamento, o que confirma, para mim, que dois objetos tangíveis realmente apareceram sobre as Ilhas do Canal naquele dia. Esse estudo chega a detalhes extraordinários e tem mais de 175 páginas, com referências ao tempo, inversões térmicas, atividade militar, movimentos de transporte de superfície e muitas outras áreas de investigação44. Porém, há um ponto significativo com o qual tenho de discordar da equipe: a sua rejeição dos sinais de radar, que para ela eram retornos provavelmente de um navio de carga. Por que os dois sinais começariam e parariam no meio do oceano, exatamente no mesmo momento, quando deveriam ser vistos partindo ou retornando ao porto? E o objeto que estava ao norte termina, em seus momentos finais, transitando sobre o farol de Casquettes - cena de muitos naufrágios, incluindo o do SS Stella, no final do século XIX, com grande perda de vidas. Com ondas a 8 nós nesta área, isso certamente seria muito inapropriado; de fato, seria temerário fazer um navio de carga navegar nesse local! Independentemente da controvérsia, e muito embora muitos avistamentos de pilotos não tenham múltiplas testemunhas ou rastreamentos por radares, eu ainda insisto para que todas as tripulações relatem o que quer que vejam, tão logo seja possível, e a se apresentar como testemunha. A lei aérea estipula muito claramente que, se uma tripulação de um avião vê outra aeronave em um local em que não deveria estar, deve, na primeira oportunidade, relatar todo o cenário a uma autoridade relevante. Em meu caso, a Autoridade da Aviação Civil Britânica soube em vinte minutos sobre o avistamento, como descrito no diário de bordo do voo, enviado por fax diretamente para o escritório da CAA competente. Os militares foram informados pelo controle de tráfego aéreo de Jersey na mesma hora. Isso não é uma opção; é uma obrigação que as tripulações devem reagir desta maneira. Desde que vi os dois OVNIs e relatei os avistamentos abertamente, as pessoas têm me feito aquela pergunta que todos gostariam de ver respondida sobre esse assunto: “Então, o que é que você viu? O que você acha que era?” Na verdade ainda não tenho uma resposta que me satisfaça. Há uma série de “e se” a ser considerada. Por exemplo: E se foi um sonho? Ou e se não houvesse qualquer camada de nuvens entre o solo e os objetos? Seu brilho puro certamente teria sido visto a centenas de quilômetros pelas pessoas em terra e por todos os pilotos no ar. A superfície do mar e da terra teria sido iluminada como se por dois mini-sóis. Também, quatro dias depois, houve um terremoto fora da costa de Kent, a cerca de 320 quilômetros. Será que eles seriam luzes de terremoto, um fenômeno raro coincidente com tremores de terra? Improvável. Não foram vistos sobre a água, uma vez que elas ocorreram diretamente na linha da falha geológica. E poderia uma delas se manifestar como um objeto


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