Após temporais, pelo menos 4 bairros têm ‘buracões’

Fábio oruê

Crateras começaram a se abrir em Campo Grande após os temporais das últimas semanas, resultantes do solo úmido por conta da água da chuva, que propicia essas situações em pelo menos 4 bairros do município. Mais recente, uma cratera surgiu no sábado (11) na Chácara dos Poderes.

Na manhã desta segunda-feira (13), equipes da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) estavam no local começando serviços de recuperação. “Vai ser feita toda a parte de recuperação. Desde a parte da erosão aqui que ocasionou em decorrência do vo- lume de chuva quando a correção das caixas de contenção que evitam o impacto do volume de água”, disse o secretário-adjunto da Sisep, Éneas Netto.

Segundo ele, o andamento das obras vai depender do tempo. “O tempo está se fechando novamente. Choveu, tem que parar o serviço de qualquer maneira”, explicou.

‘Maior do que parece’

Dois meses após interdição da área do Lago do Amor, segundo Éneas, o estrago na região é muito maior do que se pode observar. Na semana passada, o Jornal Midiamax noticiou que a erosão tem aumentado gradualmente.

Enéas explica que o novo ponto atingido já fazia parte do espaço traçado para manutenção. Conforme o secretário-adjunto, a erosão já está chegando na Praça das Tilápias. Conforme Enéas, o município traba- lha na fase de contratação da empresa que fará o serviço em regime emergencial.

Assim como no Lago do Amor, a Sisep também está em fase de contratação das obras de conserto da ponte sobre o Córrego Prosa, no cruzamento da Rua José Antônio com a Avenida Fernando Corrêa da Costa. O contrato estimado em R$ 800 mil também será emergencial –ou seja, dispensa a obrigatoriedade de licitação.

Carro engolido

Na Rua Padre João Delfino, com a Avenida Ana Batista Caminha, no Jardim Itamaracá, o asfalto está afundando de uma beirada à outra. Funcionário de uma borracharia nesta esquina disse que o asfalto começou a quebrar nas beiradas e, após chuva da semana passada, está afundando e quebrando.

Também nesta região, ruas e estradas dão lugar a enxurradas e “lagos” formados por po- ças de água da chuva.

Em trecho da estrada EW02, na Chácara dos Poderes, os carros precisam se arriscar para continuar na via, onde se formaram dois ‘lagos’.

‘Não tem jeito aqui’

No Jardim Colúmbia, a Rua Purus, em dias de chuva, vira um rio com direito a correnteza –e nem precisa chover no bairro. “A água que vem é dos outros bairros, do Nova Lima. Desce tudo aqui para o bairro. Invade a casa do meu vizinho e o meu quintal, minha varanda fica cheia de barro”, disse o tapeceiro Élio Camargo, 56, que mora no local há 10 anos. “Na semana passada vieram e arrumaram. No mesmo dia choveu e a água levou todo o serviço. Não tem jeito aqui”, reclamou o operador de máquinas João Carlos Pereira, 42. (FO)

Condutores invadem contramão para evitar trecho de rua alagado

Condutores se arriscam pela contramão na Rua da Divisão para evitar um grande ponto de alagamento na via. A situação é rotineira, visto que, todas as vezes que chove, a via alaga.

Leitores relataram que, devido ao fluxo intenso de veículos, é grande o perigo, principalmente para os veículos que saem do condomínio Village Parati.

“É uma tragédia anunciada, porque principalmente as mo- tos andam em alta velocidade na contramão e quem sai do condomínio não tem visão de quem vem na via contrária”, relatou leitor do Jornal Midiamax.

O alagamento acontece no cruzamento das Ruas Penalva e da Divisão. “Vira um rio mesmo. Eu moro aqui há 6 anos, sempre foi assim, mas agora está pior, tanto que os motoristas tentam seguir pela contramão”. (Priscilla Peres)