Erin Tate Rhal (The Ujal Part Two ) #3.2

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Tradução: PEE Revisão: Blosson89 Revisão Final: Rosi Teo Leitura Final: Lola Formatação: Lola Verificação: Anna Azulzinha



Uma gota do material genético de Rhal é tudo o que é preciso para descarrilar o futuro de Cara. Agora é hora de descobrir o quanto ele a mudou. Uma gota de água do mar mostra mais tarde a Cara que a vida, como ela sabia, acabou.


Cara sabia que não poderia se esconder em casa para sempre. Passaram-se três dias desde que descobriu que ficaria sozinha pelo resto da sua vida. Material genético degenerativo. Certo. Quem sabia o que isso significava? Ela bufou. O Ministério da população, sabia. Com uma sacudida da cabeça, ela ergueu sua caneca de café meio cheia até seus lábios. Ela soprou ar fresco sobre o líquido fumegante e então tomou um pequeno gole. A bebida amarga lentamente começou a fazer o seu corpo despertar e sua mente gradualmente despertou com o resto dela. Ela ainda se sentia como uma merda, a gripe que ela estava carregando ainda a fazia se sentir mal. Ela percebeu que teria que dar o braço a torcer e ir ao médico. Talvez pudessem lhe dar mais informações sobre essa estranha gripe e sua porcaria de material genético degenerativo. Observando o sol transformar gradualmente o céu da escuridão para a luz multicolorida, ela percebeu por que sua melhor

amiga,

Rina,

adorava

esta

casa

à

beira-mar.

Pertenceu aos pais de Rina, depois a Rina antes de se casar com Tave e agora Cara a alugava por quase nada.


O que significava que ela tinha está vista deslumbrante todos os dias. Depois, havia o cenário real: A presença de Ujals e machos humanos treinando na costa arenosa. Diferentes grupos treinavam todos os dias e não havia falta deles passando a cada hora do dia. Cara preferia espiar os corredores do início da manhã compostos principalmente por Ujals. A maneira como eles se moviam, a forma como suas escamas brilhavam e não como eles trabalhavam para controlar seus corpos... A tarefa consistia em correr pelas aguas rasas do oceano, para que bastante água salgada tocasse seus pés para que suas escamas e cauda ameaçassem emergir. Seu trabalho era permanecer

com

duas

pernas.

Guerreiros

e

guardas

precisavam ser os mais fortes de todos os Ujals. Ela sabia que a estação acabou de conseguir outra rodada de recrutas, o que significava que sua manhã seria uma combinação de deleite para os olhos e risos enquanto os jovens machos perdiam parte do seu controle. Ela não devia rir. Sério. Mas às vezes uma garota precisava de uma risada. E Cara precisava muito, muito mesmo. Um arco-íris de caudas dançando através da água chamou sua atenção e ela sorriu quando um pequeno grupo de filhotes brincou na água. Três Ujals mais velhos permaneceram perto deles, ensinando as crianças sobre o oceano e como combater os perigos do mar. Perigos e alegrias.


A pele de Cara coçava e seu corpo vibrava cada vez que ela

olhava

para

desconfortável em

as

ondas

ondulantes.

seu próprio corpo

Ela se

por quase

sentia duas

semanas, tudo dentro dela a chamava para o mar. Sentia-se como se estivesse tomando drogas, as estimulantes fazendo com que ela se sentisse ansiosa e estivesse nervosa, enquanto as antidepressivas a deixavam sonolenta não importa a hora do dia. Ela era dois lados da mesma moeda ao mesmo tempo. Sim, médico estava definitivamente no seu futuro. Ela tomou outro gole de café, a bebida uma vez deliciosa agora nojenta para o seu paladar. Isso também era bizarro, a súbita mudança de apreciação pela bebida. Amor, então ódio e depois amor novamente. Ela girou o copo entre suas palmas, os olhos fixos na caneca. Isso era parte do que estava errado com ela? Material genético degenerativo. Ela tomou outro gole e a bebida voltou a ser deliciosa. Que divertido. Um movimento à sua esquerda chamou sua atenção e ela espiou um grupo de homens correndo pela praia e em direção a ela. Ela manteve seu olhar fixo neles, à espera de um flash de cor e ali estava. Então, era uma dúzia de Ujal correndo pela areia. Um único macho corria de costas para ela, com os passos seguros e suaves enquanto encarava os machos que liderava. Quanto mais perto eles ficavam, mais ela podia ver e ela se sentiu mal pelos machos jovens. Mais de um tinha dificuldade com suas escamas, sua cobertura


natural pairando sob sua pele ou totalmente a mostra e ameaçando se transformar em uma cauda a qualquer momento. O cabelo verde do líder ondulou, o vento arrebatando-o e forçando os fios a dançar no ar. Então, não era Rhal. Ela não tinha certeza se estava feliz ou triste por causa disso. Feliz. Estou feliz porque não quero falar com ele ou vê-lo nunca mais. Certo, ela continuaria dizendo a si mesma e talvez um dia ela acreditasse. O grupo continuou a se aproximar, crescendo em sua visão quando se aproximaram dela. Ainda precisariam de mais cinco minutos para se aproximarem de sua pequena casa, mas ela manteve seu olhar focado neles de qualquer maneira. Poderia também apreciar os homens indo e vindo. O

telefone

da casa

tocou o som cortando seus

pensamentos e ela rapidamente arrancou o receptor sem fio da mesinha ao lado dela. Ela nem sequer tinha que se preocupar em verificar identificador de chamadas. Havia apenas uma pessoa que ligaria tão cedo e exatamente à mesma hora todas as manhãs — Rina. —E aí. — Ela engoliu um bocado de café. —Como vão as coisas? —Depende. Como você está? — Não havia nenhuma preocupação na voz de Rina.


Este era o mesmo jogo que jogaram desde que sua amiga a deixara em casa depois de sua interessante visita ao Ministério da População. Mesma merda, dia diferente. —Eu estou bem, Rina. — Ela suspirou. —Assim como eu estava ontem e no dia anterior e no dia.... —Oh, você não estava bem há dois dias. Sim, não havia discussão sobre isso. —Ok, bem, eu estou bem agora. —Bem o suficiente para voltar ao trabalho? Cara gemeu. Ela realmente não queria, mas também não tinha muita escolha. —Depende. Vou ser designada para.... Aquela parte do edifício. A parte em que Rhal treinava os filhotes. O trabalho de Cara incluía inspeções aleatórias de todos os departamentos da estação. Ela não foi designada para um departamento, ela foi atribuída a todos eles. O que era bom e ruim. No momento, a parte ruim seria à possibilidade de ver Rhal. Entre sua rejeição e o Ministério da População, ela não estava tão pronta para enfrentá-lo. —Eu falei com você sabe quem e disse a ele o que era o quê. Ele disse que você pode trabalhar onde quiser, contanto que você volte porque eu sou aparentemente uma dor na cauda dele quando eu não tenho você por perto. Cara não pôde deixar de rir e podia imaginar a frustração de Tave. Desde que Rina engravidou, Tave se


recusou a permitir que ela fizesse qualquer coisa e era só quando Cara estava com Rina que sua amiga relaxava. —Então, voltando, estaria fazendo ao príncipe Ujal um favor pessoal e.... —Ei, você também estaria me fazendo um favor. — Rina fez beicinho. —Uh-huh. Mas talvez eu queira que ele me conceda um favor. O seu é sempre coxo e você reclama quando você não gosta do que eu peço para você fazer. —Ei, agora, eu.... —Lembre-se daquela vez na sétima série que eu pedi para você ligar para Joey... Rina ofegou. —Ele era o garoto mais popular da escola! Eu não ia pegar o telefone e ... —Exatamente por que eu quero o favor de Tave. —O quê, você quer que meu companheiro ligue para Joey Falconi? Cara sorriu amplamente. —Não, talvez mais tarde. Quero que o príncipe me deva um pequeno favor. —Seja como for, eu não queria ajudar sua bunda magrela de qualquer maneira.


—Magrela? — Ela bufou. —Eu sei que você sabe que eu sou muito mais gostosa do que você. Eu tenho mais carne no porta-malas do que... Uma risada baixa e masculina chamou sua atenção e ela virou a cabeça e se concentrou na fonte do som. —Uh, eu tenho companhia, princesa. —É principessa. Não me pergunte o porquê, eu não entendo a necessidade das letras extras, mas é o que é. —Tudo bem, — ela resmungou. —Eu tenho companhia, principessa. —Oooh ... É Rhal? Um

tridente

atravessando

seu

coração

poderia

machucar menos. Não, nunca mais seria Rhal. —Não, Niax parou. Diga a sua Alteza que vou chegar dentro do horário e que agradeço a clemência. —Ugh. Vá à merda. —Com certeza. — Sem mentira. —Vejo você em breve. —Sim, sim, — sua melhor amiga resmungou então a linha ficou em silêncio. Cara apertou um botão no telefone, terminando a conversa para poder falar com Niax. Olhando para ele, seus brilhantes olhos verdes, cabelo verde de caçador e peito nu, não pela primeira vez ela se perguntou por que ela não poderia ter se apaixonado por ele em vez de Rhal. Niax era doce e amável com a aura mais escura que o fez sexy para caramba. Ele tinha aquelas covinhas que faziam uma mulher


querer chegar mais perto e então seus olhos ficariam escuros e a fêmea seria dividida entre correr e cair de joelhos por ele. Ele era quente e Cara ... parecia inclinada a ir para o cara que era todo mal. Mas, maldição, ele era bonito de se olhar. —Hey, — ela sorriu para o homem Ujal bonito. —O que há? — Ela olhou por ele para ver o grupo de machos que ele estava liderando agora fazendo flexões nas águas rasas. — Vejo que você começou como babá hoje de manhã. Onde está ...— Cara engoliu sua pergunta. Ela não queria saber onde Rhal estava. —De qualquer forma, você quer uma xícara de café ou qualquer coisa enquanto você os vê se humilhar? — Esse sorriso se alargou e algo dentro dela se ascendeu. O calor aumentou em seu sangue e ela se esticou. Oh cara, ela estava tão quente. Dez dias sem Rhal e ela ficou ligada por um de seus amigos mais próximos. —Cara? — Ele franziu a testa e pisou na varanda, seus passos fluidos trazendo-o mais perto. Seus shorts estavam frouxos e fluindo livremente, o vento arrebatando-os e esboçando cada parte dele. Todas as partes. Incluindo aquela parte e ele era grande ali. Ela lambeu os lábios, sua atenção passou de sua virilha para seu rosto e para trás novamente. Sua vagina pulsou, uma dor formando e se envolvendo em torno dela. Que diabos? Ela foi atraída por Niax de uma forma abstrata, mas ...


—Você está bem? — Sua voz era profunda e rouca e ela se perguntou se ele reconhecia seu desejo crescente. Ela sacudiu a cabeça, limpando sua excitação da sua mente. —Desculpa. Sim eu estou bem. Por quê? —Você não esteve na UST ultimamente. Esta é a primeira vez que te vejo aqui em um tempo. Somente verificando, — ele murmurou. —Estou bem. Bem, mesmo. — Com seu olhar cético, ela colocou um sorriso em seus lábios. —Prometo. — Ela levantou sua caneca e sacudiu-a gentilmente. —Só bebendo meu café e Rina vai me levar para o trabalho hoje. Na verdade..., — ela rapidamente drenou todo o liquido da sua caneca e agarrou o braço da cadeira, — é hora de eu tomar banho e me preparar para ir. Niax estava lá em um piscar de olhos, sua mão estendida para ajudá-la a se levantar. Velhas maneiras com aparência de alien. Ela sorriu e colocou sua palma sobre a dele. —Obrigada... Ou pelo menos foi o que ela tentou dizer. De alguma forma saiu como uma inalação áspera seguida por uma dor esmagadora. A palma dele na sua queimou, agonia abraçou sua mão em aperto ardente e a dor esmagadora do osso chamuscou seus nervos.


Ela deslizou pelo seu braço, como um animal sob sua pele, pulsando e torcendo até que envolveu todo o seu corpo, transformando-a em uma palpitante bola de agonia. Deixou cair a caneca na varanda e tirou a mão da dele. Ela a embalou contra seu peito, suavemente acariciando a parte ferida. —Cara? — Não havia nada além de agonia e indignação em sua voz. —Eu ... eu ... — Ela o quê? Sentiu-se como se seu corpo estivesse em chamas porque ele segurou sua mão? Isso soou estúpido. Mas isso é exatamente o que aconteceu. Ela colocou sua palma sobre a dele e então ... a dor foi diminuindo lentamente com cada segundo que passava e quando

diminuiu

para

um

nível

manejável,

ela

cuidadosamente desdobrou suas mãos para revelar sua palma. Ela ... a palma dela era laranja? Os raios do sol brilharam em sua pele. Não, suas escamas. Escamas. Em sua palma. Escamas. Em sua palma. —Niax, eu ...— sua atenção passou de sua mão para ele e de volta para a palma. —Quando você aceitou um companheiro? Eu não acreditava que ele iria ... eu ouvi que Rhal tinha ...

— A

deixado. Ela sabia o final da sua sentença, mesmo se ele não dissesse as palavras.


—Eu não acasalei com ninguém. Eu ...— ela engoliu em seco. —O que é isso? Niax estendeu a mão para ela novamente e ela retrocedeu, não querendo deixá-lo tocá-la. Ela não estava pronta

para

imediatamente

essa deu

quantidade um

passo

de

dor

para

novamente.

trás,

suas

Ele

mãos

levantadas. —Eu não vou te tocar. Sinto muito. Cara, este tipo de mudança dentro de uma fêmea humana é tipicamente o resultado de um acasalamento Ujal. Você não… —Não, — ela falou. —Tenho certeza de que me lembraria de me acasalar com alguém. — Ela não pensou que seria algo que uma mulher esquecesse. —Talvez não intencionalmente ... — ele parou como se estivesse procurando as palavras e suas escamas verdes brilharam. Ótimo, agora ele estava desconfortável. —Mesmo um pequeno pedaço de material genético Ujal compartilhado com um companheiro humano pode iniciar a mudança de humano para Ujal. Um bocadinho de ... —Oh, foda-se.


Rhal

obrigou

seu

olhar

a

permanecer

em

seus

estagiários e não na posição do sol ou na área de estacionamento à sua direita. Ele não poderia “não podia” permitir que sua atenção se desviasse. E ainda ... ele se viu olhando para a área a cada momento. Passaram-se dias desde que ele vira Cara, desde que soube que estava em busca

de

um

companheiro

através

do

Ministério

da

População e da Agência Intergaláctica de Acasalamento. Uma torrente de adrenalina inundou suas veias ao pensar em outro a tocando, outro macho acariciando sua pele lisa e depois saboreando cada centímetro do seu corpo. Nos calcanhares da onda veio uma raiva que se tornou sua companheira constante. Mas por quê? Cara estava melhor sem ele, mas esse conhecimento não aliviou a inquietação interior. A escuridão crescia mais forte cada dia, cada respiração, cada batida do seu coração. E foi pior quando ele mergulhou sob as águas para Tau. Seu corpo sentia como se estivesse se quebrando e quebrando, suas escamas não eram mais lisas contra seu corpo. Em vez disso, eles pareciam combater a corrente e exortá-lo de voltar para a terra. Retornar para Cara. Mas ele não iria. Sua

atenção

se

desviou

para

o

estacionamento,

desviando-se dos recrutas enquanto executavam flexões humanas. Eles eram excelentes para a força superior do corpo enquanto em terra. Na forma de duas pernas. Para ser apto e forte cada exercício ajudava-os quando eles vestiam as


suas barbatanas também. Não importavam seus gemidos, cumpririam seus deveres como guardas e guerreiros. Eles aprenderam há muito tempo que as ameaças não só vêm do mar, mas de terra também. Para piorar, obrigou-os a realizar a tarefa na praia úmida. Eles treinariam em corpo e mente. Sua vontade mantendo suas formas aquáticas na baía. Um gemido baixo chamou sua atenção e ele virou a cabeça em busca do macho que fez o som. Ele caminhou ao longo

da

linha

de

adolescentes,

seus

pés

descalços

afundando na areia molhada. Suas próprias escamas se agitaram, ansiosas para que ele ... fugisse das águas? Ele não sabia por que seu corpo o traía, mas cada dia que passava o encorajava a procurar atendimento médico. No entanto, ele não queria revelar fraqueza. O assassino do rei incapaz de controlar suas escamas? Ele se tornaria um alvo. Tave gostava de acreditar que cada Ujal tinha bom coração, mas Rhal sabia melhor. Outro gemido e ele se concentrou no macho rosado tremendo no final da fileira. Ele caminhou em direção ao filhote lutando. Ele se agachou, trazendo o rosto de Sudal para cima. —Se segura, filhote. — Sudal sibilou e abaixou-se, segurou a posição e então empurrou para cima uma vez mais com um gemido profundo. A vibração de suas escamas corde-rosa manchou seus ombros. —Segure. Ele baixou mais uma vez e então se levantou.


—Foda-se, — ele sibilou. Rhal sorriu e colocou a mão no ombro de Sudal. Na próxima descida, acrescentou seu peso ao macho, não tudo, mas o suficiente para tornar sua tarefa mais difícil. —Eu agradeço pelo convite, mas eu gosto do toque feminino. — Ele aumentou sua pressão sobre o próximo abaixamento. —Você deve procurar outro macho para saciar suas necessidades. Sudal rosnou, a raiva o ultrapassando, mas agora que estava concentrado em Rhal e não no surgimento de suas escamas, a evidência de sua natureza recuou. Rhal permaneceu no lugar, provocando Sudal com sua presença por mais três levantamentos até que ele finalmente se levantou e caminhou para baixo da fila de machos. Eles se moveram no tempo uns com os outros, sua pele humana suada e lustrosa brilhando nos primeiros raios do sol. Suas respirações eram um coro baixo que se juntou ao suave rugido das ondas que as ameaçavam. Ele olhou para o sol mais uma vez e depois focalizou no fluxo e refluxo do mar da praia. Logo a maré subiria e os banharia em águas salgadas. Ele iria torturá-los, permitir que o oceano lambesse os seus pés e, em seguida, permitir que eles recuassem. Cada dia ele empurrava mais, cada dia exigia mais deles, mas sabia que suas dificuldades beneficiariam o Ujal. E assim ele os fez trabalhar mais. O guincho de pneus enviou a sua atenção dos filhotes para o estacionamento. Há distancia, ele reconheceu os


machos que pularam de lá, ele abandonou o seu treino enquanto procurava por alguma fonte de som. Ele não podia discipliná-los por suas ações. Cada Ujal, independente do seu status, estava na borda de constantes ameaças as estações e aos seus governantes. Eles estavam vigilantes e prontos para pularem em ação apesar da sua formação incompleta. O

veículo

se

deteve

antes

da

entrada

principal,

bloqueando o tráfego e agora sua adrenalina bombeou por uma razão inteiramente diferente. Ele reconheceu o pequeno veículo, o laranja, apesar das afirmações de Cara que ele era de uma cor coral, trouxe a sensação de familiaridade. Mas não era Cara atrás do volante. Não, era ... Niax? Por que Niax estava dirigindo o carro da amiga da companheira de Tave? Por quê... Rhal não teve outras perguntas. Não quando a própria Cara caiu do veículo, com as pernas inseguras e trêmulas enquanto se segurava à porta. Niax rapidamente circulou a frente, mas não tentou ajudá-la. Na verdade, ele restringiu qualquer um que chegou para ajudá-la. A fúria surgiu, a raiva de que um homem “um homem honrado” se recusasse a ajudar uma mulher necessitada. Ele andou em direção à multidão, mas essa rápida caminhada se transformou em uma corrida quando as palavras de Niax chegaram a ele. —Nós precisamos levá-la ao médico! Arranje uma maneira!


Outros alcançaram Cara e ela se esquivou de cada um, humano ou Ujal. Ela deu um passo trêmulo para frente e depois outro e no terceiro, ela tropeçou. Quando ela tentou tomar um quarto e se manter firme, Rhal estava lá, pegandoa em seus braços e embalando-a contra seu peito. —Rhal, não! — Ele ignorou o grito de Niax e em vez disso olhou para Cara. Com lágrimas nos olhos. Com a dor em suas feições. Nas ... escamas coral brilhando ao longo da sua mandíbula? —Cara? — Ele murmurou, incapaz de acreditar em seus olhos. Ela encontrou um companheiro na IGM, então. Um companheiro Ujal. Outro homem teve a alegria de tocar seu corpo, enchendo-a de filhotes, fazendo uma vida com ela. Cara choramingou e ele amaldiçoou o macho que não estava ao seu lado. Estava claro que ela precisava de ajuda e foi Niax quem a trouxe para UST. Niax era seu companheiro? —Droga, Rhal. Ela não quer que ninguém ponha as mãos sobre sua pele. — Niax sibilou, mas foi preocupação e não raiva que encheu seu rosto. Se Niax fosse seu companheiro, Rhal já teria perdido a cabeça por se atrever a tocar na companheira de outro homem. Cara não queria que ninguém a tocasse? No entanto, Cara se aninhou em seus braços e suspirou contra seu peito. —O que aconteceu?


—Nós precisamos levá-la ao médico. Rhal se voltou para a entrada e olhou para a multidão. —Movam-se! — Rhal gritou a única palavra, seus acordes vocais liberando uma mistura de Ujal e inglês quando ele exigiu que eles abrissem caminho. Eles se espalharam, os Ujal — mesmo os mais fortes deles — estouraram em um arco-íris de cores enquanto os humanos empalideceram de medo. Eles devem ter medo. Sua fêmea, não, ela era apenas sua amiga, porque ele a afastou, precisava de atenção médica. Ele caminhou pelos corredores para o médico, todos saindo do seu caminho enquanto se movia propositadamente através da estação. Ninguém o deteve ou impediu sua jornada e vários fizeram uma pausa para assegurar que as portas estivessem abertas o suficiente quando ele se aproximou. Ele ouviu a distância Niax gritando ordens e falando em seu telefone celular. Rhal odiava a tecnologia, mas apreciava sua existência no momento. Finalmente, as portas do médico se separaram para revelar uma linha de médicos e enfermeiras aguardando sua chegada. Uma grande cama sobre rodas, uma maca, se ele se lembrava corretamente, estava perto da entrada. —Coloque-a aqui. — O primeiro homem pulou para a frente e acenou para a maca. Parecia humano, contudo sua coloração, os cabelos e os olhos roxos não naturais, disseram-lhe que ele era um Ujal. —Explique a condição de sua companheira.


Rhal a colocou sobre a superfície branca, mas ele não queria soltá-la. O macho olhou para Rhal e ele não teve explicação. Sua primeira resposta foi para exigir que ele consertasse a sua fêmea, mas ela não era dele. —Niax? — Rhal rosnou para seu companheiro de guarda. —Eu a encontrei em sua casa, junto ao mar. Eu tentei ajudá-la a se levantar do seu assento e em nosso toque, escamas apareceram em sua pele. Ela ficou surpresa. Ela alegou que não acasalou com um Ujal. —Não acasalada. Impossível. — A atenção do médico mudou

de

Rhal

para

Cara.

—Se

você

não

for

seu

companheiro, por favor, afaste-se da fêmea, enquanto determinamos a extensão da sua condição. Um macho se adiantou, um dos guardas médicos, estendeu a mão para ele. Rhal afastou seu braço do aperto do macho apenas para ter Niax agarrando seu outro braço. Seu amigo era mais forte do que o pessoal médico e facilmente o arrancou de lado. —Dê-lhes espaço, Rhal. Permita que eles vejam como ela está. — Murmurou Niax. —Há mais do que você disse. Deve haver. Quem é seu companheiro e onde ele está, Niax? Vou caçar o homem desonroso e livrá-la de sua triste existência. Ele deveria estar ao seu lado, então onde ele está? —Sangue seria derramado. Deixar uma mulher sozinha para ser assistida por outro era


uma fraqueza. Este estranho não merecia uma companheira como Cara. —Ela diz que não há ninguém, Rhal. Verdade, ela ficou surpresa. Rhal bufou. —Impossível. Você sabe que um humano não pode se tornar um Ujal sem acasalamento. —Ele balançou a cabeça. —Não importa. Vou encontrá-lo e então vou determinar se ele é um macho digno. —Rhal, você não pode simplesmente matar outro por que ... Rhal voltou sua atenção para Niax. —Eu matei por menos, Niax. Um olhar, um sussurro .... Às vezes somente isso foi suficiente. Nunca esqueça quem eu sou de coração. Niax olhou para ele. —Eu falo a verdade. Ela não se acasalou. Não havia nenhuma evidência de um macho em sua casa. Eu mencionei que uma mudança poderia ser iniciada até mesmo através de um pequeno intercâmbio de material genético de seu verdadeiro companheiro e ela empalideceu quando suas escamas emergiram ainda mais. Acredito... A verdade o atingiu, o conhecimento de que apesar de seus melhores esforços, o pior aconteceu. Ela acasalou. Tinha se amarrado a um macho Ujal. Ela tinha ... se tornado sua apesar de seus maiores esforços para evitar tal coisa.


A fêmea deitada sobre os lençóis brancos, suas escamas coral contrastando duramente com o tecido pálido, era dele. De alguma forma ele ... Ela ... O ar saiu dos seus pulmões enquanto a verdade o golpeava. Agarrou o ombro do seu companheiro de guarda, usando o macho para manter-se ereto enquanto seus joelhos enfraqueciam. —Niax, — Ele soltou o nome do macho com uma exalação áspera. —Rhal? —Ela é minha. — Ele enfiou os dedos nos ombros de Niax, seu corpo falhando. Surpresa e alegria o dominaram rapidamente, seguido de arrependimento e mágoa por Cara. —Minha. — Ele não pôde evitar a possessividade em seu tom. Dele. Ele estava em apuros, o corpo dela falhou por alguma razão. Os médicos passaram pela sala, mulheres e homens atendendo a ela. Mas não eram os melhores machos e suas melhores fêmeas. Eles estavam sob o mar em Tau, cuidando dos filhotes de Vados e do nascimento do de Rina. Rhal tropeçou até a entrada e bateu a palma da mão no teclado. As portas se abriram imediatamente e ele agarrou o primeiro macho que conseguiu encontrar. Ele não se importava com quem falava, só que eles poderiam entregar uma mensagem. Ele encontrou os olhos azul-esverdeados do


macho. Ele ignorou o medo do guarda, evidente quando as escamas de cor cerceta1 brotaram em ambos os braços. Rhal não tinha dúvida de que seus olhos estavam enlouquecidos e seu rosto coberto de fúria e preocupação por Cara. O macho olhou para ele e seus olhos se estreitaram, o canto do seu lábio levantando. Mas um duro aperto o fez encarar Rhal mais uma vez. —Vá para Tave. Eu estou chamando uma de suas bênçãos. Preciso de Faim aqui imediatamente. — Ele rosnou as palavras, tirando-as umas após as outras. —Você quer que eu... Rhal ergueu-se em toda a altura e permitiu que a ameaça que vivia dentro de sua alma repelisse seu susto. Ele olhou fixamente para este guarda, deixando-o receber todo o peso de sua raiva. —Vá para Tave. Estou pedindo uma bênção. Traga Faim aqui. Agora, corra. Ele empurrou o macho e ficou satisfeito quando ele correu pelo corredor. Seus pés não o carregavam rapidamente e Rhal notou a falta de firmeza em seu corpo. Quando sua companheira estivesse segura, Rhal avaliaria todos os homens trabalhando em Tau. Eles não poderiam ter defesas fracas. A principessa era importante para o seu povo, mas

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Cara era essencial para ele e ele queria garantir que todo Ujal pudesse cuidar dela defendê-la se necessário. Homens gordinhos não podiam fazê-lo. —Rhal! Cara precisa de você! —O grito de Niax o fez voltar para o médico. Sim, Cara

—sua companheira,

unicamente dele —precisava dele. E só dele. Para sempre. Ela ainda não sabia.


Cara recuperou lentamente a consciência, nadando das profundezas da sua mente turva até que a luz a rodeou. Nadar. Isso. Ela flutuava naquele lugar entre acordada e dormindo, desfrutando da sensação de leveza. Sim, ela gostava disso até que ... uma voz áspera e aguda cortou a sua paz. O orador rosnou para todos, substituindo palavras tímidas e baixos sussurros. Ele se enfureceu e rugiu, exigindo coisas, cada vez mais agitado quanto mais os outros o negavam. Ela reconheceu a voz, o tom, se não as palavras. Se ela acordasse o suficiente, ela poderia dizer-lhes para cederem já. Ele conseguiria o que queria se era contra a política ou não. Ela também os deixaria saber que seu medo só o faria os aterrorizar mais. Era melhor dar-lhe o que ele queria e deixálo em paz. A menos que fosse ela. Podia chegar até ele e cutucar até que ele desse um suspiro aborrecido e fizesse o que ela desejava. Quem era seu falante grosseiro e violento? Rhal. Claro, era Rhal. Por que ele a caçara quando ele nem a queria?


Ela perguntaria a ele assim que pudesse abrir os olhos. Eles pareciam colados, suas pálpebras se agarrando uma a outra, mantendo-as bem fechadas. Droga. Ela gemeu e levantou a mão, franzindo o cenho quando elas pareceram mais pesadas. E aquela fita estava presa à sua pele? Ela tentou seu outro braço. Pelo menos aquele não estava coberto de tubos? Ela esfregou um olho, limpando as lágrimas secas até que ela poderia facilmente abrir os olhos para encontrar exatamente o que ela imaginou. Bem, exatamente. Rhal estava lá, gritando ordens que ela ainda não entendia. Mas o que ele estava fazendo aqui? Onde quer que fosse aqui. Ela olhou ao redor da sala, contemplando a escassa decoração, a única cadeira ao lado da cama e os tubos “fios de IV” conectados a ela. Um hospital? Médico? Ela apertou os olhos e tentou ler uma das bolsas IV e espiou o logotipo UST. Certo, médico na estação. Ela tentou lembrar como ela chegou aqui, por que ela não estava em casa se escondendo. Café, amanhecer, rapazes correndo, Niax e então ... oh. Rhal gritou mais. Suas perguntas ecoaram no pequeno espaço e ela gemeu antes de chamá-lo. —Rhal. — Sua voz era baixa e ela mal se ouviu. —Rhal. Ele girou em sua direção, seus olhos arregalados e suas escamas decoraram sua pele? A cor de meia-noite se entrelaçava em torno de seus braços, desaparecendo sob as mangas de sua camisa e depois subiam ao longo de seu


pescoço. Seus cabelos negros estavam uma bagunça de nós e fios desgrenhados e os bolsas sob seus olhos lhe diziam sobre sua preocupação. —Cara, — ele sussurrou, olhos arregalados como se ele não pudesse acreditar no que ele estava vendo. —Cara! — Ele correu para ela e afundou na cadeira ao lado dela. Ele estendeu a mão para ela e ela imediatamente se encolheu, o que fez com que um sussurro de dor preenchesse sua expressão. Ela queria questioná-lo sobre isso, mas ele tinha suas próprias perguntas. —Como você está se sentindo? O que você lembra? No momento em que ele se aproximou, seu corpo começou a cantarolar, vibrando com um tremor baixo e ela acariciou seus braços em um esforço para banir as sensações bizarras. Exceto que não estava acariciando a pele, ela estava acariciando escamas. Ela levantou a mão e estendeu o braço, dando um olhar mais claro. Escamas coral brilharam em seus braços, as manchas minúsculas aparecendo e depois desaparecendo rapidamente. Elas deslizaram para baixo de seu corpo como uma cobra, retorcendo em torno de seu pulso, indo até a ponta dos dedos e, em seguida, se retraindo por seu braço. —Eu ... Niax estava na minha varanda e então ele tocou minha mão e ... — Ela balançou a cabeça. Então sua memória se estilhaçou em fragmentos flutuantes. Ela pegou uma, só para perder outra. —Eu não sei de nada depois disso.


Rhal apoiou os antebraços na beira da cama, os dedos se contorcendo como se quisesse segurar a mão dela. Ele queria? Não, ele não queria nada com ela. Certo? Ela

sacudiu

a

cabeça,

tentando

libertar

outras

memórias. Por alguma razão, ela sentiu como se ele a tivesse segurado em algum ponto e que através do pânico ela foi consolada por ele. —Niax trouxe você aqui porque parecia que você estava fazendo a transição, mas ele indicou que você disse a ele que você não acasalou com um macho Ujal. Isso é verdade? Cara sacudiu a cabeça. —Como posso quando eu ainda estou presa a ...— Ela fechou a boca e engoliu as palavras. —Não. Eu não acasalei com ninguém. Ujal ou não. —Você foi à IGM e ao Ministério da População ... —Sim, — ela soltou uma risada seca. —Tenho um material genético degenerativo o que quer que isso signifique. Eles rejeitaram meu pedido. — Cara deixou seus olhos se fecharem, suas pálpebras pesaram quando a exaustão se instalou sobre ela. —Eu sou incomparável. Então, mesmo se você quisesse se acasalar, eu não poderia. Legal, hein? Uma nova emoção passou sobre o seu rosto e, em seguida, ele embalou sua mão entre as dele, as suas palmas gentilmente agarraram a dela enquanto ele traçava seus dedos. Ela ficou tensa, esperando a queimadura que acompanhou o toque de Niax. Em vez de dor, ela teve alivio. A coceira, a opressão de sua pele se aliviaram e cada grama de


tensão que a atacou nos últimos dez dias subitamente desapareceu. Ela estava relaxada e soltou um suave suspiro com a liberação. Ele continuou acariciando-a, permanecendo em silêncio enquanto acariciava sua pele escamada. —Rhal? — Seu olhar olhou para seu rosto quando ela falou. —O que está acontecendo? Ele apertou os lábios e seus olhos cintilaram entre ouro e vermelho. As emoções o rodeavam com força, comprovadas por mais de suas escamas sua verdadeira cor saindo. —Os médicos aqui têm uma suposição, mas nós estamos esperando Faim chegar. Faim o médico real. —Os médicos aqui são muito hábeis. O que eles dizem? —Quero que Faim te cuide. Eu enviei alguém para pegar ele a uma hora atrás, mas ... —Ele rosnou e a soltou. Em um movimento fluido, ele estava fora da cadeira e pisando na porta. —Niax! — Ele berrou e o macho veio em direção a eles. Ele se deteve diante de Rhal. —Onde está Faim? Eu pedi... Niax estremeceu. —Verifiquei com Tave. A guarda que você mandou nunca chegou até ele. Ele disse que Faim está a caminho e estará aqui dentro de quinze minutos. —Ele não ... —Não foi um problema com Tave. Ele emitiu a convocação no momento em que ele soube que você precisava de ajuda.


Oh, isso não era bom. Rhal se esticou, seus ombros se alargando enquanto ele respirava profundamente, mas a tensão não diminuiu quando ele exalou. Ele era uma bomba, uma explosão esperando para acontecer. —Rhal? — Ele esteve à sua cabeceira, preocupado com seu bem-estar e ela aproveitava isso para impedi-lo de lutar com Niax. Ele girou a atenção para ela e Cara estendeu a mão. Ele estava aqui, ele se importava, ele iria até ela. —Eu preciso de você. Ele estava ao seu lado rapidamente, seu toque gentil enquanto a acariciava mais uma vez. —Eu estou aqui. Não vou partir. O agradecimento de Niax ficou óbvio em suas feições e ela assentiu com a cabeça. —Eu sei que Faim está a caminho, mas o que eles acham que está errado? Por que estou ... —Tornando-se Ujal? Ele inalou lentamente e a soltou com a mesma cautela. —Quando nós ... A última vez que nós ... quando eu ... — Suas escamas flutuaram em suas bochechas e ela percebeu que ele estava desconfortável. Rhal, seu Rhal, estava nervoso? —Em seu escritório, quando eu encontrei minha liberação, deve ter entrado algum material genético dentro de você. Não é preciso muito entre os verdadeiros companheiros para iniciar a mudança e foi o suficiente. Entre verdadeiros companheiros? O suficiente?


A mente de Cara voltou a esse tempo, aos momentos passados em seu escritório, quando ele gozou em sua mão e o gosto minúsculo que ela tomou .... Isso foi algo que ele foi inflexível sobre, quando eles estavam juntos, que seu sêmen não poderia entrar nela e agora ela entendeu o porquê. Eram verdadeiros companheiros. E isso a transformaria em Ujal. Ele estaria preso a ela, mesmo que ele não a quisesse. Deslizou a mão dela da dele, afastando seu toque. —Eu sinto muito. Eu não sabia que isso iria acontecer. — Ela engoliu em seco. —O que fazemos agora? Eu entendo que você não me quer, então acho que eu deveria falar com os médicos então Rina e Tave. Você não tem que ficar. — Ela sussurrou. Ela queria que ele fosse embora antes de desmoronar em um milhão de pedaços. —Cara, eu ... A voz de Faim soou alto e claro pelo corredor. —Pare de insistir e incomodar. Você é pior do que meu cunhado. —Ele lentamente entrou em cena, sua cabeça se virou enquanto olhava para Niax. —Ela terá a sua cabeça por me apressar enquanto ... — Ele gaguejou até parar. —Oh. — Sua atenção saltou entre Cara e Rhal. —Oh. Ele finalmente removeu a cabeça de dentro das barbatanas da cauda, hein? Cara apertou os olhos. Ela lutou contra as lágrimas que se reuniram. —Não, ele não o fez. — O ar ficou pesado, a tensão se esticou pelo espaço e ela se forçou a encontrar o olhar do médico. —Mas isso não significa que ele não está envolvido e


eu preciso da sua ajuda. — Ela puxou as mãos das de Rhal. —Parece que estou me tornando um de vocês, não importa o quê. — Ela fez o seu melhor para sorrir, realmente, mas tinha certeza que isso saiu como uma careta. Faim se dirigiu lentamente ao seu lado, seus velhos olhos não perdendo nada enquanto a olhava. Sua atenção passou das pontas dos dedos ao seu rosto, seu olhar pesado. Quando ele finalmente parou perto de seus ombros, ele estendeu a mão para ela e Cara engoliu o silvo de dor que saltou para seus lábios. Ele pegou isso. —Isso é doloroso? Cara assentiu e fez o mesmo antes de alcançar outra parte dela. As mãos enrugadas a acariciavam, tocando vagando sobre sua pele coberta de escamas. Enquanto isso, a atenção de Rhal permaneceu fixa nela. Ele não tentou segurá-la, mas seu olhar descansou pesadamente em seus ombros. Ele ficou em silêncio enquanto Faim a examinava, seus lábios apertados em uma linha sombria. Sim, ele ficou quieto até ... Até que uma única lágrima percorreu sua bochecha. —Chega, Faim. — O médico o ignorou e acariciou sua perna descoberta, fazendo outra lágrima cair. —Eu disse chega. Você está ferindo minha ... você está machucando a Cara. As mãos de Faim se retiraram e ela suspirou com alívio, permitindo-se relaxar no colchão enquanto a dor diminuía e suavizava a uma dor baixa e pulsante.


—Não, você já fez o suficiente disso por si mesmo. As escamas que Rhal conseguira suprimir avançaram mais uma vez. —Com licença? Faim concentrou-se nela. —Eu não entendo porque você quer se acoplar a este Ujal.

Ele

não

pode

ouvir

ninguém.

Ou

talvez

seja

compreensível. —Ele estalou a sua língua. —Os homens que lutam

nem

sempre

exigem

muita

inteligência.

Ele

suspirou. —Pelo menos você terá filhotes bonitos. Mesmo que ele estivesse falando demais e dando a Rhal um tempo difícil, ela teve que sorrir para o homem mais velho. Rina não tinha nada além de coisas maravilhosas a dizer sobre ele e Cara sabia que adorava cuidar das fêmeas. Cara sacudiu a cabeça. —Não, não estamos acasalando. Nós ... Ele ...

— Ela

engoliu em seco. Tinha sido dias desde que ele a rejeitou, então por que ela estava tendo tantos problemas com isso? Faim riu. —Ah, um pouco tarde criança. Você fala como se tivesse escolha. Tarde. Criança. Haviam coisas piores do que ser chamada de uma criança pequena por Faim. Muito pior quando estava zangado. —A escolha foi feita, Faim. Rhal ... — Mentiu para mim. Me empurrou para fora de sua vida.


Ele ergueu as sobrancelhas. —Você e Rhal fizeram alguma coisa e agora você deve fazer isso completamente ou seu código genético permanecerá em fluxo. — Faim bateu na mão dela e ela a afastou com um assobio. —Isso vai continuar e eventualmente irá matá-la. —A menos que? — Rhal falou. —A menos que você a mate. Ela obviamente ingeriu de alguma maneira seu material genético. É a falta de uma dose completa que a deixa nessa condição. —Já faz dez dias. — Sussurrou ela. —Não deveria ter acontecido antes? — Faim assentiu. —Você entrou em contato com o mar antes de hoje? —Eu...— Ela tentou acalmar seu coração acelerado. — Hoje foi o primeiro dia que me sentei na praia ... —Mas seu corpo chamou o oceano. — Interrompeu Faim. —Sim, mas eu estava tão estressada e eu não queria estar perto de nada que me lembrasse de Rhal. —Compreensível. — O médico balançou a cabeça e ambos ignoraram o rosnado de Rhal. —E hoje? —Eu estava bebendo café na praia. Niax estava correndo com os recrutas da manhã através da praia e ele veio dizer oi e segurou minha mão ... —Ela pensou sobre isso novamente. —Estava úmida. —Com água do mar. Suas escamas queriam que as levasse a água, porque você não tem material genético


suficiente para sustentar a transição. No momento em que entrou em contato com o que mais desejava ... — Ele estalou os dedos. —Isso aconteceu. —E agora? —Agora, — a atenção de Faim se moveu entre ela e Rhal. —Você se acasala de verdade. Nada menos aliviará seus sintomas e finalizará sua mudança de humano para Ujal. —Não há mais nada a ser feito? A esperança na voz de Rhal atravessou seu coração, dividindo-a em dois. —Não há outro jeito? — Ela murmurou e ignorou a maneira como Rhal endureceu. —Deve... —Você não vai se acasalar com outro, — Rhal sibilou e capturou seu rosto, embalando-o entre as palmas das mãos. Ele a forçou a encontrar seu olhar. —Se você precisa acasalar, será comigo. Eu não me importo se você não gosta de mim. Nós já estamos acasalados. Você já é minha. Nenhum outro terá o que é meu. Se alguém ousasse te tocar ... — Seus olhos cintilaram entre vermelho e dourado. —Eu os mataria pela ofensa. Eu não queria tomá-la, mas agora você é minha. Não há como voltar, czira. Só há uma frente com você ao meu lado. —Mas, Rhal ... — Sua visão turvou, a irritando com as malditas lágrimas que nublaram sua visão. Droga. —Você ... — Ele se inclinou para frente e encostou seus lábios nos dela.


—Eu não desejaria que alguém encontrasse alguém como eu, até mesmo para o pior inimigo do príncipe. Mas agora que eu tenho você, vou mantê-la. Mesmo que você deseje nunca mais sussurrar o meu nome, eu não a deixarei ir embora. Você é minha czira. Minha para sempre.

Rhal procurou seus traços por uma reação a suas palavras e encontrou ... nada. Nem felicidade, nem tristeza, nada além de uma máscara em branco. Esse conhecimento repercutiu em sua alma e pisou em seu frágil coração. Ele quase bufou em voz alta. Ele? Frágil? Nunca. Exceto quando se tratava da bela mulher ao seu lado. Um olhar dela, uma lágrima e ele era esmagado. Ele lentamente retirou sua atenção dela, soltando sua respiração reprimida quando ele já não era capturado por seu olhar cauteloso. —Como terminamos o acasalamento? Faim lhe lançou um olhar suave. —Você faz o que seus corpos exigem, — ele gesticulou para eles, mão acenando no espaço entre eles, —um do outro. Ignorou o estremecimento de Cara e a forma como seu lábio inferior tremia. Ele definitivamente ignorou a evidência da sua fragilidade emocional que desceu pela sua bochecha cor de coral. Outra deslizou livre, seguindo a primeira e ele amaldiçoou. Naturalmente, aquela palavra áspera tinha sua fêmea sua companheira vacilante.


Amaldiçoou até as profundezas do mar. —Desculpe, czira. — Murmurou e acariciou sua mão com um único dedo. O toque suave a acalmou e ela soltou um suave suspiro enquanto seu corpo relaxava também. Ela pode não gostar dele, ele pode ter esmagado qualquer amor que eles compartilhavam, mas Cara precisava dele. Olhando para ela, na suave inclinação de seu nariz e seus lábios gordos, ele sabia que não podia forçar no que a situação exigia. Seu foco se voltou para Faim. —Existe outra maneira? O velho médico arqueou as sobrancelhas. —Existe outra maneira de lhe dar o que ela precisa sem se compartilhar? —Você quer dizer, você tem que me foder? — Sua voz era um sussurro suave, mas a dor emocional em cada sílaba era tão clara quanto as águas azuis do Golfo. Ela se afastou do seu toque e envolveu seus braços em torno de si. Era um sinal da sua inquietação e isso lhe dizia mais do que suas lágrimas. Sua czira não estava ferida, ela estava com medo, suas emoções maltratadas e machucadas. Por ele. —Ele? Uma

tristeza

atada

com

piedade

cruzou

as

características de Faim. —Não, criança. Existem outras maneiras. Elas não são preferíveis e muito mais dolorosas. —Czira? — Ele não desejava agonia sobre ela, mas seria sua escolha. Sempre uma escolha feminina. Ele adoraria afundar-se nela, deleitar-se com sua doçura, mas não a força. Suas crenças podem ter sido maltratadas pelo passado, sua


ética questionável, mas a força estava sempre fora de questão. —Faremos o que você quiser. Cara bufou e descobriu que não gostava da expressão em seu rosto. —Agora, você quer me foder. Meses de nada... —

Não

foi

nada.

Nunca

foi

nada.

O

que

nós

compartilhamos... — E agora você está pronto para me levar para a cama porque você não tem escolha. — Ela balançou a cabeça. Outra lágrima. —Qual é a minha outra opção? A voz de Faim era calmante e suave, o tom que ele costumava usar com filhotes. —Os seres humanos chamam isso de transfusão. Vai precisar de muitas doses pequenas ao longo de algumas semanas, embora não seja uma ciência exata. —Semanas?

Ele

franziu

a

testa.

—Com

um

tradicional acasalamento humano-Ujal é feito em um ... encontro. —Sim e se alguém tivesse agido como deveria e se seu cônjuge desejasse, esse seria o caso. — O médico respondeu e Rhal não respondeu, pois, cada palavra era a verdade. —Esta não é uma situação tradicional. Ela tem estado em fluxo pôr ... —Faim ergue as sobrancelhas em questão. —Dez dias. — O sussurro suave de Cara foi mal-ouvido acima dos sons que flutuavam pela porta. —Dez dias. — Ela


lambeu os lábios e fechou os olhos. —Material genético degenerativo, — ela sussurrou. —Sim. — Confirmou Faim. —O que isso significa? — Ele não se importou que ele rosnou para o macho. —É a razão pela qual a IGM e o ministério me rejeitaram. Material genético degenerativo. —Ela está no meio de uma transição, lentamente caindo aos pedaços. Neste ponto, você deve acasalar ou dar seu sangue. Desculpe por apressar você, mas essas são suas escolhas,

Cara.

Quanto

mais

cedo

você

começar

o

tratamento, mais cedo você vai se recuperar. —Faim disse sombrio, com uma carranca em seus lábios. Ela assentiu com a cabeça. —Sangue. — Seus olhos corais se encontraram com os dele. —Eu não posso ... isso ... eu não ... Rhal suavizou suas feições e soltou a raiva reprimida pela situação. Não era culpa da czira que estivessem nessa situação, era dele ... dele. —O que quer que a faça feliz. Eu respiro por você, Cara. Diga a Faim seu desejo e não importa sua escolha, vamos trabalhar no resto, — ele olhou para Faim. —Sozinhos. —Então nós vamos com sangue. — Ela sacudiu a cabeça em um aceno rápido. —Agora, o que vamos fazer? —Nós preparamos uma transfusão. — Faim correu para a porta fechada e puxou-a aberta. Ele murmurou algumas


palavras para quem estava lá fora antes de voltar sua atenção para eles. —Sece vai voltar e ajudar... —Quero a ajuda mais qualificada para a minha companheira. — Grunhiu ele, com a raiva aumentando e acelerando que Faim confiasse os cuidados de Cara a outro. —E Sece é mais do que qualificado. Ela é meu aprendiz e treinou ao meu lado desde o momento em que a escama de sua mãe não mais se agarrava a ela. Ela fez uma vida estudando a biologia humana e o modo como a nossa espécie interage com a deles. — Faim suspirou quando Rhal continuou com seu brilho. — Eu nunca permitiria que a irmã do coração da princesa sofresse, Rhal. Se eu acreditasse que meu

comparecimento

melhoraria

a

situação,

eu

permaneceria. —Se ... — O olhar de Rhal encontrou o de Cara. —Se você tivesse uma companheira, você confiaria seu cuidado a Sece? Você permitiria que a vida de sua fêmea descansasse em suas mãos? A resposta de Faim foi imediata. —Sim. Faim era um velho bastardo, irritante nos melhores tempos e irritante para os outros, mas nenhum Ujal poderia duvidar do seu amor e devoção pela sua fêmea. —Muito bem. Agradecemos a você e a Sece pelos seus cuidados.


—Não me agradeça ainda. Ela é a melhor, mas tem o temperamento do seu pai. —Uma batida suave fez Faim abrir a porta mais uma vez, concedendo a entrada da jovem fêmea. Ela carregava uma pequena bandeja, as ferramentas do seu oficio enchiam a brilhante superfície metálica. Faim olhou para o que estava no metal e depois assentiu. —Tudo está como deveria ser. Duas transfusões por dia, uma nas primeiras horas e outra à noite. Não vai ser doloroso, como regra, mas você vai doer a cada dia enquanto o seu corpo absorve as mudanças. —O médico foi para o corredor. — Agora eu vou para Tave terminar a minha refeição. Bom dia e eu ... —Sua

refeição?

Rhal

ergueu

a

sua

altura,

desdobrando-se da pequena cadeira. —Acabar a sua refeição? Você estava aqui? Na UST? Faim franziu o cenho. —Desde esta manhã. Sece e eu viajamos de Tau para alguns

compromissos

hoje

cedo

e

examinaríamos

a

principessa. Rhal reconheceu a fúria se aproximando e ele não conseguiu suprimir a emoção. —Você estava aqui e você não veio quando minha mulher exigiu cuidados? —Eu vim no momento em que fui notificado de sua necessidade. No máximo, nos levou cinco minutos para viajar do jantar privado do príncipe... —Demorou uma hora.


Faim sacudiu a cabeça. —Não, chegamos no momento ... —Ela esteve com dor por uma hora. Sem o seu cuidado, por uma hora, —ele rosnou, os músculos tensos quando ele lutou contra o desejo de rasgar o macho. —Rhal, — a voz de Cara era um suave sussurro e seus delicados dedos deslizaram em torno do seu punho cerrado. —Acalme-se. —Rhal. — O olhar de Faim era intencional e sério. —Eu juro sobre os mares que vivemos dentro, eu fui notificado não mais de cinco minutos antes de entrar. Não demorei. Na verdade, Tave me forneceu escolta, então não fui retardado em vir em sua ajuda. —Ninguém foi a você antes. — Grunhiu, mas não para o médico. —Não, eu falei com ele e o atualizei sobre o status da sua companheira. Ele está preocupado que você não chamou por mim mais cedo e afirmou que ele pretendia falar com você sobre isso. Eu não negaria outro atendimento médico, muito menos a irmã do coração da principessa. Ele engoliu em seco e fechou os olhos, lutando para recordar o rosto do macho que enviou ao príncipe. —Você não sabia. Cara o apertou. —Ele não sabia.


Faim não sabia, mas encontraria o macho com quem falara.

O

encontraria

e

iria

ensiná-lo

que

ninguém

desobedecia a Rhal fa Adar. —Quem veio a você, então? Foi Niax? — Rhal não viu o macho desde que ele correu atrás de Cara. —Não, foi Sudal. — Faim apertou os lábios e inclinou a cabeça em direção à porta, dizendo a Rhal sem palavras que precisavam falar. Uma vez que Rhal estava perto o suficiente, Faim falou novamente. —Sudal afirmou que estava ciente da sua necessidade e se esqueceu de notificar Tave do seu pedido até que estivéssemos no meio da nossa refeição A raiva bombeou em seu sangue desde o momento em que ele descobriu os ferimentos de Cara e foi ainda mais provocado pelo atraso de Faim. Sua mensagem foi adiada não apenas pelo guarda no corredor, mas também por Sudal ... pura. Fundida. Fúria. —Eu vou matá-lo. —E eu permitiria, mas o rei e a rainha discordariam. — A voz de Faim estava sem emoção quando ele respondeu. —Eles não teriam que saber. —Eles estão no planeta, Rhal. — Os olhos de Faim eram gentis, conhecedores e cheios de ... piedade. Era uma pena que ele não queria, mas sabia que não poderia banir dos olhos do homem mais velho. Pois

foi

Faim

quem

cuidou

dele

depois

do

seu

treinamento, que colocou seus ossos quebrados e selou as


feridas que rasgavam sua carne. Foi Faim quem o salvou de ser destruído um dia. Ele foi o macho que o reparou para mais abusos. Ele estaria meio morto de seu treinamento com os homens do rei apenas para ser curado e empurrado de volta em seu próprio inferno privado. —Ambos? — Ele não tentou esconder o medo que se misturava com sua raiva em sua presença. Não por causa da rainha, a mãe de Tave era amada. O rei não era. Pelo menos, não para Rhal. —Ambos. — Confirmou Faim. Ambos. A rainha frequentemente visitou Tave sem o rei, mas agora ele veio. —E, Rhal? — A voz de Faim puxou-o de suas preocupações. —Eles querem falar com você. Imediatamente. —Eles sabem de ... —Sim. Claro, eles sabiam. Como poderia o rei não saber que seu brinquedo favorito encontrou sua companheira? Ele balançou

a

cabeça

e

se

afastou

de

Cara,

de

suas

preocupações sobre sua saúde e se concentrou em sua próxima tarefa. Rhal não iria matar o rei de Ujal. Ele não podia matar o rei. Não importava a dor que parecia seguir o macho. Não porque fosse uma ofensa punível com a morte, ele não temia o fim da sua vida. Era o que aconteceria depois de sua morte que o preocupava. Cara. Cara com seus doces sorrisos e


beijos sedutores e sua genética flutuando. Ele era o único que podia reparar os danos causados ao seu código genético e isso só poderia ser realizado se ele estivesse vivo. Ele já havia feito a primeira doação, seu tratamento inicial se realizaria no momento da sua partida. Ele ansiava ficar ao seu lado através de tudo isso, desde o momento em que a agulha perfurasse sua pele até que ela olhasse para ele com olhos já não cheios de dor. Mas não podia. Não quando o rei e a rainha o aguardavam. A demora exigiria explicações. Explicações que revelariam a condição de Cara e sua importância para ele. A atenção do governante nunca foi uma coisa boa. Especialmente quando era causada pela desatenção de Rhal. Cara se tornaria um quebra-cabeça para o rei, um brinquedo a ser quebrado e esmagado por sua crueldade. Como ele conseguiu criar um homem tão digno como Tave, ele nunca saberia. Então, novamente, Tave foi realmente criado pelo velho rei, seu avô, não foi? Ensinado a ter honra pelo seu avô e amor por sua mãe. Seu verdadeiro pai não tinha nada a ver com a educação de Tave. Sudal, por outro lado. Ele era um jovem digno do título do filho de seu pai. Rhal atravessou o amplo corredor que levava aos apartamentos de Tave, ou melhor, os apartamentos do rei e da rainha enquanto estavam no planeta. Ele se deteve abruptamente diante das portas duplas e pressionou seu


punho em seu coração em uma rápida saudação aos dois guardas estacionados fora dos quartos. —Rhal fa Adar como solicitado pelo rei e rainha V'yl. O macho da esquerda precisava ter a sua insolência treinada fora dele, forçado a correr pelas areias da Terra e sofrer sob as ondas intermináveis do oceano. Ele treinava os seus filhotes gradualmente, lentamente ensinando-os a resistir à chamada dos mares e dar-lhes correção suave. Principalmente gentil. Este macho com seu desprezo mereceu ser empurrado profundamente nas águas e, em seguida, espancado quando ele não conseguisse manter as pernas. Droga. Ele ainda não estava em sua presença e seu desejo de sangue estava de volta, apressando-o como uma corrente de oceano profundo e destruindo tudo o que ele trabalhou. —Você. Não é bom mantê-los esperando. Sim, Rhal aprendeu isso muitas vezes. Em vez de responder,

ele

simplesmente

inclinou

a

cabeça

em

reconhecimento. Ele salvaria sua desobediência verbal para aqueles atrás da porta. O macho do lado direito sabia o suficiente para entender a cor de Rhal e ele observou enquanto as escamas castanhas do macho empalideceram. Ele era inteligente e manteve-se quieto, escolhendo se arrastar para o bloco de acesso e bater a mão no pequeno retângulo. No momento em que as portas se separaram, ele correu para dentro para tomar posição ao lado do portal.


—Rhal fa Adar, Mão Direita do Rei, Protetor de Ujal. Rhal parou dentro do portal, esperando a inspeção tradicional que o rei realizava cada vez que um recémchegado entrava em um quarto. O bastardo fez outra espera, fitou-os até que se contorcessem porque podia. Rhal não se contorceu. Ele não ficou entediado. Ele ... ofereceu seu tempo e observou. Tave, com Rina ao seu lado tinha sua mão segurando protetoramente o útero de sua companheira, se sentava à direita do rei. A rainha, revoltada pelo companheiro escolhido como sempre, à sua esquerda. A mulher era gentil e bondosa, quando não estava perto do seu companheiro. E mais longe ao longo do estrado ... Ele e .... Ela. Os mares o odiavam. Eles se abririam para engoli-lo inteiro e ele gostaria de cair em suas profundezas se ele nunca tivesse que ver aqueles dois novamente. Rhal engoliu a bílis que se elevava em sua garganta. Esperou deixá-los em Ujal e nunca voltar a olhar para eles. Devem ter trabalhado de volta às boas graças do rei para garantir um convite para o transporte real. Ele lançou um rápido olhar para a rainha e notou seu desgosto com o casal ao lado dela. Eles estavam na Terra a pedido do rei, então. Ele se perguntou o que foi dito para ganhar assiduidade. Que inverdades que se derramaram de seus lábios para chegar até aqui?


—Rhal, meu amigo, venha para frente. — O sorriso que ele brilhou foi selvagem, mas normal. Não mais mortal e demente do que Rhal estava acostumado. Rhal fez como ordenado, mas permitiu que seu olhar arrebatador continuasse pelo local. Sudal inclinava-se contra uma coluna próxima, seu sorriso predatório enquanto falava com uma jovem. Rhal veria se Rina conseguiria dissuadir a menina a interromper o seu flerte com o filhote. Sudal era um real, sim, mas também um que parecia seguir os passos de seu pai. Nenhum bem poderia vir dessa associação. Ele descartou a ideia de Sudal como uma ameaça imediata e continuou sua leitura. Até que ele pousou em um rosto familiar. Um deles lembrou do corredor. Enquanto sua companheira gritava e se contorcia, implorando por ajuda, ele olhou para aqueles olhos e emitiu uma ordem. Uma ordem que não foi seguida. Por causa do Sudal? Ou desse estranho ... um guarda inferior

e

insignificante,

baseado

em

seu

uniforme?

Considerando a raiva ardendo em seu olhar, ele imaginou que começou com o estranho e continuou com Sudal. Atenção treinada sobre o macho, ele parou a 3 metros do rei e executou um arco perfeito, um dos tempos antigos que o rei ressuscitou por auto importância e vaidade. —Suas altezas, peço aos mares que os encontrem bem neste dia. Ele também orou para que eles engolissem o rei para suas profundezas mais escuras e nunca o deixar voltar, mas ele nem sempre conseguiu como ele queria.


—É bom vê-lo tão saudável e forte. Não parece que seu tempo na Terra derivando em suas águas permitiu que você ficasse preguiçoso. —Esse sorriso predatório permaneceu. —Claro que não, majestade. Estou encarregado de treinar os guardas de amanhã. Um professor deve sempre prevalecer sobre seus alunos. —Hmm ... Sim. — O silêncio se estendeu e a conversa baixa de Sudal com a fêmea, foi a única coisa que manchou o silêncio. —Você tomou seu tempo para chegar aqui. Pelo

menos

não

teria

de

dançar

em

torno

do

aborrecimento do rei. —Minhas mais profundas desculpas, majestade. Eu fui inevitavelmente detido. —Você estava? — Uma única sobrancelha se levantou. —O que você estava fazendo era mais importante do que responder a uma convocação de seu rei? Rhal cerrou os dentes e suprimiu sua primeira resposta. Ele não informou o rei que ele não estava ciente da convocação ainda, mesmo se ele foi dito, Cara era mais importante do que o próprio ar que ele respirava. Sudal bufou. —Nada além de uma mulher. Perguntou-se se seus dentes se quebrariam sob a pressão da sua mordida. Ele queria explicar, revelar a verdade do papel de Cara em sua vida, mas se deteve. A última coisa que queria era explicar a importância de Cara ao


outro casal uma mera dama e senhor no estrado com seus sorrisos

presunçosos.

Sua

cor

vermelha

e

dourada

misturando-se perfeitamente, seu pedigree imaculado, suas almas retorcidas. —Uma fêmea? — Rina zombou e ele sabia que tudo estava perdido quando sua voz manteve aquele tom. —É a sua companheira, — ela falou. —E ela precisava dele. O sorriso da rainha era radiante, sua felicidade para ele pura e brilhante. Quando criança, ele a amava. A viu como uma deusa e uma para livrá-lo do mal dos seus dias. A carranca do rei o inquietou. Os outros dois o homem e a mulher que não parariam em nada para alcançar seus desejos, sorriam enquanto o ódio queimava em seus olhos. Ele nunca temeria por sua própria vida, valia menos do que nada. Mas Cara ... ele rezou para os mares e pediu-lhes para ouvi-lo.


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