
3 minute read
Morre segunda vítima de tiroteio em escola
Ataque ocorreu na manhã da segunda-feira (19)
Morreu na madrugada desta terça-feira (20) a segunda vítima do tiroteio registrado no Colégio Estadual “Professora Helena Kolody”, em Cambé, no Paraná, depois que um ex-aluno entrou armado na instituição.
Advertisement
A informação foi confirmada pelo Hospital Universitário de Londrina, onde o jovem estava internado. A família do estudante autorizou a doação dos órgãos. O nome da segunda vítima ainda não foi divulgado.
O ataque ocorreu na segunda-feira (19). Em nota, o governo do Paraná informou que o ex-aluno teria entrado na escola alegando que solicitaria o seu histórico escolar. O atirador foi detido e encaminhado para Londrina. O governador Ratinho Júnior decretou luto oficial de três dias.
De acordo com a polícia civil, o atirador afirmou que o objetivo era atacar jovens, pois, para ele, estaria retaliando aquele sofrimento e mágoa que guardava do tempo em que estudou no colégio.
O secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Teixeira, disse que, em depoimento, o autor dos disparos confirmou não ter vínculo com as vítimas. O secretário informou, ainda, que o atirador já havia efetuado um ataque com faca em uma outra escola, no passado.
CPMI do Golpe interroga ex-PRF acusado de interferir na eleição
Após a revelação do conteúdo das mensagens do celular do tenente-coronel Mauro Cid, a CPMI, que apura os atos golpistas, retomou os trabalhos nesta terça-feira (19) com o depoimento do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques.
O ex-policial é investigado por supostamente tentar interferir na votação do 2º turno das eleições presidenciais de 2022. A suspeita é de que a PRF reforçou as blitzes no Nordeste para dificultar o transporte de eleitores na região onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve mais votos.
A relatora da CMPI, senadora Eliziane Gama (PSD), informou que o objetivo é mostrar como a PRF foi instrumentalizada pelo governo por interesses eleitoreiros. “O governo quis puxar a corporação para uma aventura golpista”, avalia a senadora.
“A função da CMPI é separar o joio de trigo. É mostrar que um ou outro membro da PRF que se arvorou nessa empreitada será exposto, assim como suas eventuais ações antidemocráticas”, concluiu.
O tiroteio registrado no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé (PR) é o mais recente de um total de três ataques com mortes contabilizados em escolas brasileiras neste ano. Desde janeiro, pelo menos seis pessoas morreram em atos violentos praticados em colégios.

Em abril deste ano, um homem invadiu a creche “Cantinho Bom Pastor”, em Blumenau (SC), no Vale do Itajaí, matando quatro crianças e ferindo outras três. O autor foi preso após se entregar na central de plantão policial da região.

Presidente
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte da estudante após tiroteio registrado na manhã desta segunda-feira (19) no Colégio Estadual “Professora Helena Kolody”, no município de Cambé (PR). Nas redes sociais, ele disse ter recebido com tristeza e indignação a notícia.
“Mais uma jovem vida tirada pelo ódio e a violência que não podemos mais tolerar dentro das nossas escolas e na sociedade. É urgente construirmos
O atentado em Blumenau foi o segundo em pouco mais de uma semana. No fim de março, a professora Elizabeth Tenreiro, 71 anos, morreu após ser esfaqueada na EE “Thomazia Montoro”, em São Paulo. Um adolescente de 13 anos, responsável pelo ataque, foi apreendido.
Em abril, 302 pessoas foram presas ou apreendidas pela “Operação Escola Segura”. O balanço mais recente do governo federal aponta 2.593 boletins de ocorrência registrados, mais de mil pessoas ouvidas e 1.738 casos em investigação.
Corte envia processo contra Bolsonaro à primeira instância
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou na segunda-feira (19) para a Justiça do Distrito Federal a segunda ação penal na qual o ex-presidente Jair Bolsonaro é réu por incitação ao crime de estupro.
juntos um caminho para a paz nas escolas. Meus sentimentos e preces para a família e comunidade escolar”, postou o presidente.
Durante agenda no Rio de Janeiro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, também manifestou solidariedade às famílias das vítimas. “Infelizmente, vimos a violência mais uma vez se manifestando no local que é o mais sagrado para as crianças e jovens do nosso País.”
O caso envolve o discurso proferido por Bolsonaro no plenário da Câmara dos Deputados em dezembro de 2014, quando ele era deputado federal. Na ocasião, o então parlamentar disse que só não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT) porque “ela não merecia”.
No dia seguinte, ele repetiu a declaração em entrevista ao jornal “Zero Hora”. Após as declarações, Bolsonaro foi processado pelo Ministério Público Federal (MPF) e por Maria do Rosário.
Bolsonaro passou a res- ponder às acusações no Supremo, mas o processo foi suspenso após ele assumir a Presidência da República, em 2019. Com o fim do mandato e do foro privilegiado, Toffoli determinou que o caso siga para a primeira instância da Justiça.
Após o episódio, a defesa de Bolsonaro alegou que ele não incitou a prática do estupro, mas apenas reagiu a ofensas proferidas pela deputada contra as Forças Armadas durante uma cerimônia em homenagem aos direitos humanos.
Para os advogados, o embate entre Maria do Rosário e Bolsonaro ocorreu dentro do Congresso e deveria ser protegido pela regra constitucional da imunidade parlamentar, que impede a imputação criminal quanto às suas declarações.