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PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 7 DE ABRIL DE 2014 www.readmetro.com

{MUNDO}

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Manifestantes invadem edifícios na Ucrânia

Crise no leste europeu. Ativistas pró-Rússia ocupam sedes do governo em cidades no leste e hasteiam bandeiras do país vizinho. Presidente em exercício Oleksander Turchinov cancela viagem para lidar com protestos que tomam conta de ruas e avenidas

Manifestantes pró-russos acenam bandeiras em Donetsk | REUTERS

Manifestantes pró-Rússia invadiram ontem sedes do governo ucraniano em diversas cidades ao leste do país. Em Donetsk, a 80 km a oeste da fronteira com a Rússia, um grupo de pessoas invadiu um prédio do governo local e ergueu uma bandeira da Rússia. Em Luhansk, a nordeste de Donetsk, centenas de pessoas cercaram a sede local do serviço de segurança. Um grupo, inclusive, escalou a fachada do edifício para colocar uma bandeira russa no telhado. Protestos similares ocorreram ainda nos arredores de Kharkiv. Desde que a Crimeia aprovou um referendo de anexação à Rússia, em março, novos referendos similares surgem ao leste do país. No leste da Ucrânia está concentrado o suporte ao ex-presidente pró-Rússia Viktor Yanukovich. Cerca da metade dos moradores da região é russa étnica e acredita que

as autoridades ucranianas são nacionalistas, que irão oprimir os russos do país. Para lidar com os protestos, o presidente em exercício Oleksander Turchinov cancelou uma viagem à Lituânia. Ele participa de uma reunião de emergência com os chefes dos serviços de segurança. O ministro do interior, Arsen Avakov, escreveu, em sua conta no Facebook, que a Rússia é a culpada pela turbulência. “(Vladimir) Putin e Yanukovych ordenaram e financiaram outra série de agitação separatista no leste”, disse. Avakov acrescentou que a situação voltará ao controle sem sangue. O governo interino da Ucrânia nega que infringe os direitos da população russa étnica e acusa Moscou de tentar causar instabilidade. A Rússia moveu uma vasta tropa para áreas próximas da fronteira com a Ucrânia. METRO

Eleições. Costa Rica escolhe novo presidente em 2º turno No segundo turno das eleições ontem na Costa Rica, pesquisas apontam o favoritismo do candidato opositor, Luis Guillermo Solís. Terceiro nas pesquisas para o primeiro turno, realizado em fevereiro, Solís surpreendeu ao chegar em primeiro lugar, com 30,8% dos votos, à frente de Johnny Araya (29,6%), do Partido Liberação Nacional, da atual presidente Laura Chinchilla. Araya, ex-prefeito de San José, anunciou no começo de março que ele se retirava da disputa, diante de pesquisas

que prenunciavam uma derrota por até 45 pontos de diferença com Solis. Cerca de 3,1 milhões de eleitores foram convocados. Tanto o governo quanto os candidatos trabalharam para motivar os eleitores a comparecerem às urnas. “Vamos começar uma etapa importante para a democracia”, disse Solís, pedindo que os eleitores fossem votar “logo cedo”. No país, o voto é obrigatório, mas não há penalidades para quem não comparecer às urnas. No primeiro turno, a abstenção foi 31%. METRO


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