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Novidade

Samba de Bamba

Os amantes de um dos ritmos mais populares do Brasil acabam de ganhar um presente. A Caixa Cultural apresenta, hoje, a primeira edição do Projeto Samba de Bamba, que revelerá novos nomes do samba até dezembro. O carioca Marcos Sacramento (foto) é a primeira atração e faz show hoje, às 20h. Na Caixa Cultural (SBS, Quadra 4). Ingressos: R$ 20.

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BRASÍLIA, TERÇA-FEIRA, 11 DE MARÇO DE 2014 www.readmetro.com

{CULTURA}

Em um mundo em que a juventude é prejuízo Literatura. ‘Enders’, segundo volume da série ‘Starters’, de Lissa Price, chega às lojas brasileiras, concluindo saga Herdeiro do público juvenil que se encantou com “Jogos Vorazes”, “Enders”, segundo volume da série “Starters”, acaba de chegar às livrarias brasileiras. O volume conclui a trama, já com direitos cedidos para chegar aos cinemas. O universo criado por Price é instigante. Às vésperas de uma guerra biológica do futuro, os EUA passam a vacinar seu povo, começando pelos mais vulneráveis, crianças (starters) e idosos (enders). Antes que possam imunizar a todos, porém, são atacados, perdendo praticamente toda a população entre 20 e 60 anos. Sem pais, a maioria das crianças vai morar nas ruas, onde passam necessidades e correm perigos. É então que uma empresa chamada Prime Destinations começa a oferecer quantias robustas para que eles aluguem seus corpos para pequenos “passeios” de idosos ricos. Callie, a protagonista, é uma personagem forte que nada deve a Katniss Everdeen (de “Jogos Vorazes”). Para proteger o irmão caçula (alguma semelhança?) ela se sujeita a qualquer perigo. No segundo volume (pare de ler aqui se não concluiu o primeiro), Callie está morando em uma mansão com o irmão (herança de Helena, sua antiga locatária) e assiste à demolição da Prime Destinations. Seus problemas, porém, estão longe do fim. Enquanto ela ainda tiver o chip instalado em sua ca-

LISSA PRICE Você fugiu da regra ao apostar em uma duologia, não? Sim. A maioria dos livros juvenis que lia, à época, eram duologias. A ideia foi de minha agente. Eu tive até que olhar no dicionário o conceito de “duologia”. Mas, desde então, muitas duologias nos seguiram. Seu livro é comparado a “Jogos Vorazes”. A obra, de fato, te inspirou? Fui definitivamente inspirada, pois amo os livros. Admiro o mundo construído por ela (Suzanne Collins), seu estilo de escrita. Em termos de trama, porém, são histórias bem distintas. Claro, eu também tenho a preocupação pelo irmão mais novo, mas meu conceito principal é inteiramente diferente. Lissa Price |DIVULGAÇÃO

“ENDERS” LISSA PRICE EDITORA NOVO CONCEITO R$ 29,90

beça, o Velho pode controlá-la e conversar com ela, fazendo todo tipo de ameaças. Na luta contra esse homem ambicioso que quer recuperar a fortuna perdida, ela recebe a ajuda de

um aliado inesperado: o filho do monstro, Hyden. “Enders” mergulha no mundo futurista imaginado por Price, torna o triângulo amoroso mais surpreendente e as ameaças aos starters, mais obscuras. A cada página, mais e mais é descoberto sobre a real identidade do Velho. NANA QUEIROZ METRO BRASÍLIA

50 mil exemplares do primeiro volume, ‘Starters’, foram vendidos no Brasil.

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países já receberam traduções da série de Lissa Price e ela já cedeu direitos para o cinema.

Você não acha que a fórmula do triângulo amoroso adolescente foi usada ao desgaste? Em muitos casos, o triângulo parece forçado. Mas ele é um elemento clássico da literatura, muito usado porque funciona muito bem. Tomar essa decisão difícil no amor pode ser um rito de passagem para a vida adulta. Em “Enders”, tento surpreender os leitores com esse elemento. No fim, os dois garotos cumprem um papel importante na vida de Callie. METRO

Relembrando a arte de Fernando Zarif Um artista prolífico de difícil classificação, profundamente interessado pela arte em si e não pela carreira de artista. É assim que José Resende descreve Fernando Zarif, morto em 2010, aos 50 anos. A obra deste paulistano que despontou nos anos 1980, na contramão da geração que começava a se projetar no mercado de arte, é agora lembrada em um li-

“FERNANDO ZARIF – UMA OBRA A CONTRAPELO” JOSÉ REZENDE (ORG.) METALIVROS 271 PÁGS. R$ 100

vro. Resende organizou “Fernando Zarif – Uma Obra a Contrapelo”, que reúne textos de catálogo das pouquíssimas individuais do artista, artigos publicados na imprensa sobre sua obra e

depoimentos de quem se deixou contaminar por seu trabalho, como Bia Lessa e Fernanda Torres, além de registros de sua produção nas artes plásticas. “O livro tem a intenção não só de manter viva essa memória, mas de suprir uma ausência grande do trabalho dele no meio de arte brasileiro”, diz, referindo-se à pouca visibilidade que o próprio Zarif deu,

em vida, às suas mais de 2.000 obras. Pupilo de Décio Pignatari e Hans-Joachim Koellreutter, Zarif teve nas artes plásticas sua expressão mais rica, apesar de ter também atuado em uma multiplicidade de outros meios. Suas obras mais conhecidas são, possivelmente, as capas dos álbuns “Tudo ao Mesmo Tempo Agora” e “Titanomaquia”, dos Titãs. METRO

Zarif com um de seus cadernos | CHRISTIANA CARVALHO/DIVULGAÇÃO


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