Enric mestre; construir formas, fingir espacios

Page 1



ENRIC

Colección Imagen

MESTRE

SALA PARPALLÓ CENTRE CULTURAL LA BENEFICÈNCIA

DIPUTACIÓN DE VALENCIA / DIPUTACIÓ DE VALÈNCIA



Del 19 de Maig al 29 de d'Agost - 1999


PRESIDENTE DE LA DIPUTACIÓN DE VALENCIA PRESIDENT DE LA DIPUTACIÓ DE VALÈNCIA

Enric Mestre

José Díez Cuquerella

Sala Parpalló. Centre Cultural de La Beneficència. 19 - V - 29 - VIII - 1999.

DIPUTADO-delegado DEL ÁREA DE CULTURA DIPUTAT-delegat DE L'ÀREA DE CULTURA

Comisario / Comissari: Román de la Calle.

Antonio Lis Darder Exposición/Exposició: SALA PARPALLÓ Dirección / Direcció: Manuel Muñoz Ibáñez. Diseño / Disseny: VETGES TU I MEDITERRÀNIA, arquitectos; Pilar Turpin, interiorista. Archivo y Documentación / Arxiu i Documentació: Ana de Miguel. Publicaciones / Publicacions: Josep Monter. Administración / Administració: Remedios Cardona. Servicio de prensa / Servei de premsa: Gracia Navarro, Laura Martínez. Difusión / Difusió: Margarita Garín, Francesc Cabañés. Iluminación / Il·luminació: Vicent Calafat. Montaje / Muntatge: José Tamarit, Daniel Rubio.

Catálogo / Catàleg: Colecció Imatge - Catàleg nº 61. Dirección / Direcció: Manuel Muñoz Ibáñez. Maqueta / Maqueta: Javier Mestre. Traducción al valenciano / Traducció al valencià: Unitat de Normalització Lingüística. Traducción del alemán / Traducció de l’alemà: Josep Monter. Traducción del inglés / Traducció de l’anglés: Simon Stepney. Fotografias / Fotografies: Juan García Rosell / Manuel Artero. © De los textos / Dels textos: los autores / els autors. © De esta edición / D’esta edició: Sala Parpalló / Institució Alfons el Magnànim. Diputació de València, Valencia 1999. Fotomecánica/Fotomecànica: Impresión / Impressió: Gráficas Villanueva. I.S.B.N.: 84-7795-212-4 Depósito Legal / Depòsit Legal: V-2308-1999 Sala Parpalló. C/ Corona 36 - 46003 Valencia. Tel. 963883569 - Fax 963883572. Portada: J. Mestre / E. Mestre.


a ma mare...



J osé D íez C uquerell a

11

A ntonio L is D arder

13

C alle

15

J osep P érez C amps

33

R omán

de l a

49 M arie -T hérèse C oullery

65 85

F rank N ievergelt

101 117 145



L

a cer ámic a tiene en l a

C o m u n i d a d Va l e n c i a n a

u n a t r a d i c i ó n ta n

arr aig ada en su historia que se ha venido convirtiendo en uno

d e s u s e l e m e n t o s c u lt u r a l e s d e m ay o r s i n g u l a r i d a d .

No

podía por

ta n t o n u e s t r a c e n t u r i a s u s t r a e r s e e n e l á m b i t o d e l a s va n g u a r d i a s a l a s e n o r m e s c a pa c i d a d e s p l á s t i c a s d e s u s p r o c e d i m i e n t o s .

Si

como

e l e m e n to i n d u s t ri a l se h a l l a b i e n d i f u n d i da e n to d o e l m u n d o , n u e s t r a c r e a c i ó n e s t é t i c a a t r av é s d e s u s t éc n i c a s h a h a l l a d o e n lo s t r a b a j o s de

Enric Mestre

u n a e l e va d a c at eg o r í a e s t é t i c a .

C o n j u n ta r

una agru-

pa c i ó n d e s u t r a b a j o e r a u n proy ec to q u e d e s d e h a c í a t i e m p o t e n í a m o s i n t e r é s p o r p r e s e n ta r .

La

c o m p l e j i d a d d e l a s e l ecc i ó n h a s i d o co m pa r -

t i d a p o r e l a u t o r c o n e l c o m i s a r i o d e l a m u e s t r a , e l c at e d r át i c o d e

Estétic a

y

Te o r í a

de l a s

A rte s Rom á n

C alle

de l a

quien desde hace

va r i a s d é c a d a s c o n o c e e n p r o f u n d i d a d l a o b r a d e e s t e i m p o r ta n t e c r e a d o r va l e n c i a n o .

E sper a mos

q u e e s ta e x p o s i c i ó n s u p o n d r á u n

m om ento im porta nte en el de s a rrollo contínuo de ta n im porta nte a rtis ta .

L

a ceràmica té a la

C o m u n i tat V a l e n c i a n a

J osé D íez C uquerell a Presidente de la Diputación de Valencia

u n a t r a d i c i ó ta n a r r e -

l ada en l a seua història que ha vingut convertint-se en un dels

s e u s e l e m e n t s c u lt u r a l s d e m é s s i n g u l a r i tat .

No

p o d i a , p e r ta n t ,

l a n o s t r a c e n t ú r i a s o s t r au r e ’ s e n l ’ à m b i t d e l e s ava n t g u a r d e s a l e s e n o r m e s c a pa c i tat s p l à s t i q u e s d e l s s e u s p r o c e d i m e n t s .

Si

com

a e l e m e n t i n d u s t r i a l e s t ro b a b e n d i f o s a e n tot e l m ó n , l a n o s t r a c r e a c i ó e s t è t i c a a t r av é s d e l e s s e u e s t è c n i q u e s h a t r o b at e n e l s treballs d’Enric

Mestre

u n a e l e va d a c at e g o r i a e s t è t i c a .

C o n j u n ta r

u n a a g r u pa c i ó d e l s e u t r e b a l l e r a u n p r o j e c t e q u e d e s d e f e i a t e m p s t e n í e m i n t e r é s a p r e s e n ta r .

La

c o m p l e x i tat d e l a s e l e c c i ó h a s i g u t

c o m pa r t i d a p e r l ’ au t o r a m b e l c o m i s s a r i d e l a m o s t r a , e l c at e d r à tic d’Estètica i

Teoria

de les

Arts Romà

de la

Calle

que des de

f a a l g u n e s d è c a d e s c o n e i x e n p r o f u n d i tat l ’ o b r a d ’ e s t e i m p o r ta n t c r e a d o r va l e n c i à .

E sperem

q u e e s ta e x p o s i c i ó s i g n i f i c a r à u n m o m e n t

i m p o r ta n t e n e l d e s e n r o t l l a m e n t c o n t i n u d e ta n i m p o r ta n t a r t i s ta .

J osé D íez C uquerell a President de la Diputació de València



L

a u t i l i z a c i ó n d e l a c e r á m i c a e n l a va n g u a r d i a h a t e n i d o u n a menor extensión que l a d e otros materiales.

Sin

e m b a rg o s u s

posibilidades estéticas son enormes, logrando formas, colores

i

texturas

de

una

extraordinaria

belleza.

Entre

los

distintos

c e r a m i s ta s q u e c o n u n e l e va d o n i v e l s e h a n i n c o r p o r a d o a l a c r e a ción estética en la personalidad de

Comunidad Valenciana

Enric Mestre,

reconocimiento internacional.

h a l l a m o s l a d e s ta c a d a

c u y o t r a b a j o h a a l c a n z a d o ya u n

La

precisión y la armonía de sus com-

p o s i c i o n e s n o s a c e r c a n a u n e s pa c i o e n e l q u e e l o r d e n y l a m e d i d a se conjugan con una delicadeza sorprendente.

Si

l a e s c u lt u r a h a

d e j a d o s u c o n c e p t o t r a d i c i o n a l pa r a a g r a n d a r s e e n l o s c o n t e n i d o s d e l e s pa c i o e l a b o r a d o i n t e l e c t u a l m e n t e , e n t o n c e s l a o b r a a n t e l a q u e n o s e n c o n t r a m o s l a p o d e m o s h a l l a r c o m o e s c u lt ó r i c a .

Y

si lo

que define al arte del siglo que ahora se nos acaba es su inmens i d a d c r e a t i v a , l a h a l l a r e m o s ta m b i é n c o m o p r o p i a y p e r t i n e n t e .

L

A ntonio L is D arder Diputado delegado del área de cultura

a u t i l i t z a c i ó d e l a c e r à m i c a e n l ’ ava n t g u a r d a h a t i n g u t u n a m e n o r e x t e n s i ó q u e l a d ’ a lt r e s m at e r i a l s .

No

o b s ta n t a i x ò , l e s

s e u e s p o s s i b i l i tat s e s t è t i q u e s s ó n e n o r m e s , a c o n s e g u i n t f o r m e s ,

colors i textures d’una extraordinària bellesa.

Entre

els dife-

r e n t s c e r a m i s t e s q u e a m b u n e l e vat n i v e l l s ’ h a n i n c o r p o r at a l a creació estètica a la p e r s o n a l i tat d ’ E n r i c

C o m u n i tat V a l e n c i a n a

Mestre,

t r o b e m l a d e s ta c a d a

el treball del qual ha aconseguit ja

un reconeixement internacional.

La

precisió i l’harmonia de les

s e u e s c o m p o s i c i o n s e n s a c o s t e n a u n e s pa i o n l ’ o r d r e i l a m e s u r a es conjuguen amb una delicadesa sorprenent.

Si

l ’ e s c u lt u r a h a

d e i x at e l s e u c o n c e p t e t r a d i c i o n a l p e r a e n g r a n d i r - s e e n e l s c o n t i n g u t s d e l ’ e s pa i e l a b o r at i n t e l · l e c t u a l m e n t , a l e s h o r e s l ’ o b r a d ava n t d e l a q u a l e n s t r o b e m l a p o d e m t r o b a r c o m e s c u lt ò r i c a .

A ntonio L is D arder

I

diputat delegat

si el que definix l’art del segle que ara se’ns acaba és l a seua

i m m e n s i tat c r e at i va , l a t r o b a r e m ta m b é c o m a p r ò p i a i p e r t i n e n t .

de l’àrea de cultura.



Ars est celare artem.

Las cerámicas de Enric Mestre: Con la inauguración de la presente muesCuando la materia se resuelve tra -esculturas, relieves y paneles-, en geometría. dedicada a la producción artística más reciente de Enric Mestre, aquélla que justamente clausura los últimos eslabones de sus investigaciones estéticas en la circunstancial coyuntura de este fin de siglo, podemos dar por convalidada una asignatura que -al menos desde una óptica personal- seguía aún pendiente, para nosotros: la de proyectar y hacer viable una amplia exposición que permitiera confirmar directamente -en el contexto valenciano y no sólo por referencias foráneas- las elevadas cotas conseguidas por Enric Mestre, con su solvente capacidad e intenso rigor, en la renovación/normalización de las propuestas cerámicas, en el diversificado panorama del hecho artístico contemporáneo.

Para quienes

hemos tenido la satisfacción personal y la fortuna profesional de seguir, con interés y no sin apasionamiento, el paulatino desarrollo del singular itinerario artístico de Enric Mestre, el encuentro globalizador con estos trabajos, ahora expuestos, de la década de los noventa no ha hecho sino confirmar plenamente toda una serie de conclusiones que, de algún modo, ya se nos habían perfilado como evidentes, en cuanto características definitorias de su trayectoria.

Les ceràmiques d’Enric Mestre: Amb la inauguració d’esta mostra -escultures, Quan la matèria esdevé relleus i plafons-, dedicada a la producció artística més geometria recent d’Enric Mestre, aquella que justament clausura els últims graons de les seues investigacions estètiques en la circumstancial conjuntura d’este final de segle, podem donar per convalidada una assignatura que -almenys des d’una òptica personal- continuava encara pendent, per a nosaltres: la de projectar i fer viable una àmplia exposició que permetera confirmar directament -en el context valencià i no sols per referències foranes- les elevades cotes aconseguides per Enric Mestre, amb la seua envolupant capacitat i intens rigor, en la renovació/normalització de les propostes ceràmiques, en el diversificat panorama del fet artístic contemporani.

Per a aquells que hem

tingut la satisfacció personal i la fortuna professional de seguir, amb interés i no sense apassionament, el progressiu desenvolupament del singular itinerari artístic d’Enric Mestre, el trobament globalitzador amb estos treballs, ara exposats, de la dècada dels noranta, no ha fet altra cosa que confirmar plenament tota una sèrie de conclusions que, d’alguna manera, ja se’ns havien perfilat com a evidents, pel que fa a les característiques definitòries de la seua trajectòria.

De fet, en el decurs

de les tres últimes dècades, no ens hem topat amb variacions atzaroses, ni amb salts imprevistos en 15


De hecho, en el decurso de las tres últimas décadas, no nos hemos topado con azarosas variaciones, ni con saltos imprevistos en la línea sostenida de sus investigaciones plásticas, en favor de la cerámica. Y es justamente esa impronta tan personal -trenzada de coherencia, sin concesiones ni facilidades, cada vez más autoexigente e inmisericorde con su propio quehacer- la que le ha ido conduciendo hacia una creciente y máxima simplificación. Pero entiéndasenos bien: se trata de una paulatina y depurada simplicidad formal, nacida de una compleja síntesis, a partir de distintas variables. De ahí la sorpresa que siempre la contemplación de sus propuestas cerámicas comporta, como inagotables depósitos de sugerencias múltiples.

Tal rigor y simplificación no hacen sino catapultarnos directamente hacia la médu-

la de sus propios valores estéticos, que -en el caso de las cerámicas de Enric Mestre- son inseparables además de toda una serie de valores vitales, nunca inmediatamente explicitados sino sólo pausadamente sugeridos, y que permanecen discretamente insertos en el entramado formal de sus austeros trabajos. La geometría como fundamento, la construcción como objetivo, la representación espacial como acceso a un mundo imaginario.

Diríase, así, que las

exigencias que él mismo, de este modo, se autoimpone en el prolijo proceso de su quehacer, la línia sostinguda de les seues investigacions plàstiques en favor de la ceràmica. I és justament esta empremta tan personal -entrellaçada de coherència, sense concessions ni facilitats, cada vegada més autoexigent i immisericorde amb el seu propi quefer- la que l’ha anat conduint cap a una creixent i màxima simplificació. Però, entenguem-nos bé: es tracta d’una progressiva i depurada simplicitat formal, nascuda d’una síntesi complexa, a partir de distintes variables. Això explica la sorpresa que la contemplació de les seues propostes ceràmiques sempre comporta, com a depòsits inesgotables de múltiples suggeriments.

Eixe rigor i eixa simplificació no fan sinó catapultar-nos directament

cap al moll dels seus propis valors estètics, que -en el cas de les ceràmiques d’Enric Mestre- són, a més, inseparables de tota una sèrie de valors vitals, no explicitats mai, sinó només suggerits pautadament, i que es mantenen discretament inserits en l’entramat formal dels seus austers treballs. La geometria com a fonament, la construcció com a objectiu, la representació espacial com a accés a un món imaginari.

Es podria dir, així, que les exigències que d’eixa manera ell mateix s’autoimposa

en el minuciós procés del seu quefer, tampoc no estan del tot absents en l’experiència estètica, ni li són estalviats al contemplador de les seues obres, que ha de convertir-se -pari passu- en asceta de la mirada i controlador persistent del seu propi tacte a fi de compassar millor, a la seua mesura, el 16


tampoco están del todo ausentes en la experiencia estética, ni le son ahorrados al contemplador de sus obras, el cual debe -par¡ passu- convertirse en asceta de la mirada y persistente controlador del propio tacto, para mejor enhebrar, a su medida, el ritmo de sus encadenados descubrimientos.

Porque, en realidad, cada una de las piezas de Enric Mestre -en esa radi-

calizada supresión de fronteras entre los planteamientos escultóricos y las emergentes claves arquitectónicas que encarnan sus fundamentos- no son sino escuetos y racionales laberintos, nacidos de la fantasía y articulados sobriamente para la interpretación. Incluso, a veces, nos pueden parecer extremamente sencillos en su estricta conformación, pero pronto constatamos, sin embargo, que están inexplicablemente cargados de ambiguas posibilidades hermenéuticas, cuando llevamos a cabo nuestras respectivas lecturas, siguiendo el hilo perceptivo de los hallazgos que, ante sus piezas, somos capaces de ir desgranando.

De los apasionados

diálogos con la materia, que ineludiblemente en sí misma conlleva toda actuación cerámica, Enric Mestre ha ido desplazándose, en su trayectoria, hacia el diálogo racionalizado con las formas puras. Y, en esa mutua convivencia, su cada vez más acentuada atención al espacio no ha dejado de exigir, también de manera creciente, sus indiscutibles derechos. ritme dels seus encadenats descobriments.

Así si las

Perquè, en realitat, cada una de les peces d’Enric

Mestre -en eixa radicalitzada supressió de fronteres entre els plantejaments escultòrics i les claus arquitectòniques emergents que encarnen els seus fonaments- no són sinó laberints esquifits i racionals, nascuts de la fantasia i articulats sòbriament per a la interpretació. Fins i tot, a vegades, ens poden paréixer extremadament senzills en la seua estricta conformació, però prompte constatem, no obstant això, que estan inexplicablement carregats d’ambigües possibilitats hermenèutiques quan duem a terme les nostres lectures respectives seguint el fil perceptiu de les troballes que, davant de les seues peces, som capaços d’anar desgranant.

Dels apassionats diàlegs amb la matèria, que

ineludiblement comporta tota actuació ceràmica en ella mateixa, Enric Mestre ha anat desplaçant-se, en la seua trajectòria, cap al diàleg racionalitzat amb les formes pures. I, en eixa mútua convivència, la seua cada vegada més accentuada atenció a l’espai no ha deixat d’exigir, també de manera creixent, els seus indiscutibles drets.

Així, si les formes generen espais, estos -convertits sovint en

suggeridors i inquietants buits- no solament es transformen en els límits respectius de les diferents construccions formals, sinó que, així mateix, poblen i habiten la seua rotunda i incerta corporalitat, acreixent l’hàlit del seu misteri i l’abast de la seua possible espiritualitat. És el camí que conduïx de 17


formas generan espacios, éstos -convertidos a menudo en sugerentes e inquietantes vacíos- no sólo se transforman en los límites respectivos de las diferentes construcciones formales, sino que asimismo pueblan y habitan su rotunda e interna corporalidad, acrecentando el hálito de su misterio y el alcance de su posible espiritualidad. Es el camino que conduce de las formas-materia a las formas-significado.

¿Cómo no tener en cuenta toda la riqueza que aportan

a las propuestas cerámicas de Enric Mestre esos espacios interiores, en principio vedados a la mirada y simplemente insinuados o quizás, en otros casos, convertidos en escuetos caminos conductores de la luz, cuando conseguimos desvelar el juego de orificios que taladra y perfora las distintas formas, caracterizándolas plenamente como arquitecturas enigmáticas que -en su seno- cobijan también sus propios secretos?

Sin duda la austeridad cromática y el minu-

cioso control de las texturas no son, en este caso, sino intencionadas estrategias que vienen a reforzar el marcado protagonismo de las formas constructivas -generadoras de volúmenescomo cobijo del espacio, quizás traducido a metáfora de la vida misma, de su profundo aislamiento y asumida soledad, como otras tantas moradas interiores.

Porque, como decía-

mos anteriormente, tras los procesos de conformación de las cerámicas de Enric Mestre nunca les formes-matèria a les formes-significat.

¿Com no tindre en compte tota la riquesa que aporten a

les ceràmiques d’Enric Mestre eixos espais interiors, en principi vedats a la mirada i simplement insinuats o potser, en altres casos, convertits en concisos camins conductors de llum, quan aconseguim desvetlar el joc d’orificis que barrina i perfora les distintes formes, caracteritzant-les plenament com a arquitectures enigmàtiques que -al seu si- acullen també els seus propis secrets?

Sens dubte,

l’austeritat cromàtica i el minuciós control de les textures no són, en este cas, més que intencionades estratègies que reforçen el marcat protagonisme de les formes constructives -generadores de volumscom a refugi de l’espai, potser traduït a metàfora de la vida mateixa, del seu profund aïllament i per la seua assumida solitud, com uns altres tants habitacles interiors.

Perquè, com déiem adés, darre-

re dels processos de conformació de les ceràmiques d’Enric Mestre mai no estan absents les empremtes de l’existència, encara que ho facen, normalment, de manera complementària i rarament explícita. Això és el que exactament passa en estes últimes etapes de la seua trajectòria, amb el desenvolupament tan singular de les seues sèries escultòriques més recents, com poden ser-ho eixos referents arquitectònics a habitacles i urnes o a séquies i túnels, a frontons i emmurallats, a sitges imaginàries, meitat presons i meitat refugis. 18

Certament la mateixa enumeració d’eixos repertoris



están ausentes las huellas de la existencia, aunque lo hagan, por lo común, de manera complementaria y raramente explícita. Tal ocurre, así, en estas últimas etapas de su trayectoria, con el desarrollo tan singular de sus series escultóricas más recientes, como puedan serlo esos referentes arquitectónicos a moradas y urnas o a acequias y túneles, a frontones y amurallamientos, a silos imaginarios, mitad cárceles y mitad refugios.

Ciertamente la propia

enumeración de esos repertorios referenciales se convierte, ya de por sí, en elocuente hilo conductor que ayuda, en cierta manera, a desvelar algunos de sus posibles planteamientos conceptuales. Pero, sin duda, todo ello es algo escuetamente coyuntural, sólo rentabilizable desde una posible exégesis explicativa de su proceso de ideación, quizá útil didácticamente, aunque siempre de manera circunstancial, frente a la autonomía creativa de las formas cerámicas y su consiguiente funcionalidad estética.

En realidad, desde que Enric Mestre optó

-hace ya algún tiempo- por coordinar plenamente, en sus trabajos, tanto lo que podríamos denominar llanamente la epidermis exterior junto con su interna capacidad evocadora, no sólo la categoría de la espacialidad cobró -en su beneficio- nuevos rumbos definitivos, sino que asimismo el carácter arquitectónico directamente asumido aportó otros marcados horizontes a referencials esdevé, ja per si mateixa, un eloqüent fil conductor que ajuda, en certa manera, a desvetlar alguns dels seus possibles plantejaments conceptuals. Però, sens dubte, tot això és una cosa estrictament conjuntural, només rendible des d’una possible exegesi explicativa del seu procés d’ideació, potser útil didàcticament, encara que sempre de manera circumstancial, enfront de l’autonomia creativa de les formes ceràmiques i de la seua consegüent funcionalitat estètica.

En realitat,

des del moment en què Enric Mestre optà -d’això ja fa algun temps- per coordinar plenament, en els seus treballs, el que podríem anomenar, de manera planera, l’epidermis exterior juntament amb la seua capacitat evocadora interna, no sols la categoria de l’espacialitat cobrà -en benefici seu- nous rumbs definitius, sinó que, així mateix, el caràcter arquitectònic directament assumit aportà uns altres marcats horitzons en el seu quefer. Així, des d’eixe moment, la seua personal mirada sobre l’entorn existencial no ha deixat de descobrir nous i suggeridors objectius, alhora que el seu llenguatge artístic s’enriquia amb distintes i versàtils morfologies i amb una sintaxi cada vegada més estricta, més radical i més depurada.

¿Per què continuar imposant límits i entrebancs a la ceràmica creativa en

una conjuntura històrica com l’actual en què la frontera entre els anomenats en altre temps gèneres artístics manca ja per complet de vigència i de sentit? ¿Per què no reclamar efectivament, sense més 20


su quehacer. Así, desde entonces, su personal mirada sobre el entorno existencial no ha dejado de descubrir nuevos y sugerentes objetivos, a la vez que su lenguaje artístico se enriquecía con distintas y versátiles morfologías y con una sintaxis cada vez más estricta, radical y depurada.

¿Por qué seguir imponiendo límites y cortapisas a la cerámica creativa, en una

coyuntura histórica, como la actual, en la cual las fronteras entre los otrora llamados géneros artísticos carecen ya, por completo de vigencia y de sentido? ¿Por qué no reclamar efectivamente, sin más, para la cerámica -desde el propio hacer- todas las posibilidades y, por supuesto también, a la vez, todas las exigencias y todos los riesgos?

Diríase que ése y no

otro ha sido el ideario estético que ha guiado la trayectoria personal y el eficaz magisterio -compartido con toda una serie de generaciones que con él se han formado- de Enric Mestre. Posiblemente por eso también todas sus vivencias, de manera convergente, han buscado su radicalizada expresión en el medio cerámico. De ahí que por ejemplo, hace sólo unos años, en su visita a Turquía y en su asombrado deambular por la Capadocia no pudiese dejar de sorprenderle aquella singular arquitectura, cargada de receptáculos interiores y de asombrosas construcciones incrustadas en la naturaleza misma, como si la tierra abriera sus ojos a través ni més, per a la ceràmica -des del mateix fer- totes les possibilitats i, també, per descomptat, alhora, totes les exigències i tots els riscs?

Algú diria que eixe, i no pas altre, ha sigut l’ideari estètic que

ha guiat la trajectòria personal i l’eficaç magisteri d’Enric Mestre -compartit amb tota una sèrie de generacions que amb ell s’han format.

Possiblement també per això totes les seues vivències han

buscat, de manera convergent, la seua radicalitzada expressió en el context ceràmic. És per això que fa només uns anys, per exemple, en la seua visita a Turquia i en el seu admirat deambular per la Capadòcia no poguera deixar de sorprendre’l aquella singular arquitectura, carregada de receptacles interiors i de sorprenents construccions incrustades en la naturalesa mateixa, com si la terra obrira els seus ulls a través d’elles o com si l’home volguera penetrar per aquelles simulades conques oculars i refugiar-se, íntimament, amb elles.

¿No és este un exemple adequat de la perfecta simbiosi entre

l’home i la natura per a generar, en eixe intercanvi, un paisatge essencialitzat? La natura ha aportat la forma exterior, el color, la llum i la bellesa de l’insòlit. L’home, de la seua banda, excavant en les seues entranyes, sabé crear espais i -amb les empremtes de la seua presència- dotar-los d’una intensa espiritualitat.

¿Com no podia admirar-se Enric Mestre, doncs, del fet que les formes geomètriques

més elementals adquiriren -per a la seua sensibilitat- unes ressonàncies especials en aquells interiors 21


22


de ellas o como si el hombre quisiera penetrar por aquellas simuladas cuencas oculares y refugiarse, íntimamente, en ellas.

¿No es éste un adecuado ejemplo de la perfecta simbiosis

entre el hombre y la naturaleza para generar, en tal intercambio, un paisaje esencializado? La naturaleza ha aportado la forma exterior, el color, la luz y la belleza de lo insólito. El hombre por su parte, excavando en sus entrañas, supo crear espacios y -con las huellas de su presencia- dotarlos de intensa espiritualidad.

¿Cómo no iba a admirarse, pues, Enric Mestre de

que las formas geométricas más elementales adquirieran -para su sensibilidad- especiales resonancias en aquellos interiores apenas iluminados por pequeños orificios, que observados desde el exterior parecían conducir a un negro e infinito vacío y, en cambio, desde el interior se abrían a la brillante y cegadora luz del cielo?

Sin duda todo aquel plexo de experiencias

vividas -así como otras muchas procedentes de otros enclaves y recuerdos plurales- se halla, de algún modo, en el origen y la configuración de estas construcciones. No en vano los volúmenes que modelan las formas parecen recibir la fuerza de su conformación a partir de los espacios interiores, hacia donde siempre nos vemos obligados a dirigir nuestra mirada escrutadora y sorprendida, mientras que el exterior se resuelve en un simple paralelepípedo, aunque a penes il·luminats per orificis diminuts, que observats des de l’exterior semblava que menaven a un negre i infinit buit i, en canvi, des de l’interior s’obrien a la brillant i encegadora llum del cel?

Sens

dubte, tot aquell plexe d’experiències viscudes -com també moltes d’altres procedents d’altres enclavaments i records plurals- es troba, d’alguna manera, en l’origen i la configuració d’estes construccions. No en va els volums que modelen les formes pareix que rebem la força de la seua conformació a partir dels espais interiors, cap a on sempre ens veem obligats a dirigir la nostra mirada escrutadora i sorpresa, mentre que l’exterior es resol en un simple paral·lelepípede, encara que també és cert que les intenses textures de què estan dotats cooperen a emfasitzar la pregnància global d’estos cossos geomètrics.

Sovint, determinades peces d’Enric Mestre presenten fins i tot

l’articulació parcial d’alguns espais interiors oberts: escalons que davallen i penetren cap a eixos recintes d’intimitat vedada per l’efectiva clausura que en algun moment acaben conformant. Però sempre eixos volums i eixes parets interiors -que aconseguim recórrer perceptivament des de l’exterior- són absolutament ortogonals i llisos, estrafent així mateix els espais que els circumscriuen. I també el color, persistentment neutre, coopera amb la seua mesurada i ascètica presència a potenciar el total protagonisme concedit, per tot arreu, al llenguatge de les formes pures.

De fet, si en els 23


también es cierto que las intensas texturas de que están dotados cooperan a enfatizar la pregnancia global de estos cuerpos geométricos.

A menudo determinadas piezas de Enric

Mestre presentan incluso la articulación parcial de algunos espacios interiores abiertos: peldaños que descienden y penetran hacia esos recintos de intimidad vedada por la efectiva clausura que en algún momento acaban por conformar. Pero siempre esos volúmenes y paredes interiores -que acertamos a recorrer perceptivamente desde el exterior- son absolutamente ortogonales y lisos, remedando asimismo los espacios que los circunscriben. Y también el color, persistentemente neutro, coopera en su mesurada y ascética presencia a potenciar el total protagonismo concedido, por doquier, al lenguaje de las formas puras.

De hecho, si en las

moradas, refugios, frontones y urnas parece querer ofrecernos Enric Mestre una aproximación a esos inquietantes y ascéticos mundos interiores, cargados de incisiva espiritualidad, en los túneles, rampas, escaleras, canales y acequias, quizás en una virtual contrastación, opta por hacer especial hincapié sobre el juego de estructuras y apariencias exteriores que tales construcciones arquitectónicas, para el riego y la comunicación, ofrecen. Y, de algún modo, podría asimismo interpretarse este conjunto de piezas como un indirecto homenaje a la herencia árabe habitacles, els refugis, els frontons i les urnes pareix que Enric Mestre vol oferir-nos una aproximació a estos inquietants i ascètics mons interiors, carregats de forta espiritualitat, en els túnels, les rampes, les escales, els canals i les séquies, potser en una contrastació virtual, opta per posar l’accent sobre el joc d’estructures i aparences exteriors que, per al reg i la comunicació, oferixen eixes construccions arquitectòniques. I, d’alguna manera, també podria interpretar-se este conjunt de peces com un homenatge indirecte a l’herència àrab que, sens dubte, recorre els nostres camps i travessa les nostres hortes, aportant -amb la seua xarxa d’articulades conduccions- la líquida i sonora força de la vida.

En realitat, com tothom sap, Enric Mestre sempre ha prestat un gran interés a eixe entorn on,

dia a dia, es desgrana i pren sentit la seua existència. Si en determinades conjuntures van ser els minuciosos traçats geomètrics dels camps o les fragmentacions puntuals de determinades arquitectures domèstiques els temes que van meréixer la seua immediata i recurrent atenció, tampoc no deu estranyar-nos que, en altres situacions vitals, siguen així mateix uns altres detalls de les conduccions i les séquies els que hagen pogut convertir-se en l’objectiu fonamental de les seues particulars preferències.

Al capdavall, ¿per què ens obsessionen intermitentment certes formes i certs volums

amb preferència a uns altres? ¿Per què projectem, tan sovint, els nostres sentiments sobre certs 24


que, sin duda, recorre nuestros campos y cruza nuestras huertas, aportando -con su red de articuladas conducciones- la líquida y sonora fuerza de la vida.

En realidad, como es sabi-

do, siempre Enric Mestre ha prestado gran interés hacia ese entorno donde, día a día, se desgrana y toma sentido su existencia. Si en determinadas coyunturas fueron los minuciosos trazados geométricos de los campos o las puntuales fragmentaciones de determinadas arquitecturas domésticas los temas que merecieron su inmediata y recurrente atención, tampoco debe extrañarnos que, en otras situaciones vitales, sean asimismo otros detalles de las conducciones y acequias los que se hayan podido convertir en el objetivo fundamental de sus particulares preferencias.

Al fin y al cabo ¿por qué nos obsesionan intermitentemente ciertas

formas y volúmenes con preferencia a otros? ¿Por qué proyectamos , tan a menudo, nuestros sentimientos sobre ciertos objetos, espacios o construcciones? ¿Acaso es porque descubrimos en ellos la existencia de una relativa facilidad para catalizar y hasta para explicar plásticamente nuestras particulares experiencias, emociones o recuerdos?

En cualquier caso esos

estrechos pasillos de circulación, con sus articulaciones, paradas, aberturas y compuertas de control han motivado todo un análisis reflexivo, por parte de Enric Mestre, en torno a sus objectes, sobre certs espais o sobre certes construccions? ¿Potser és perquè hi descobrim l’existència d’una relativa facilitat per a catalitzar i fins per a explicar plàsticament les nostres particulars experiències, emocions o records?

Al cap i a la fi, estos estrets passadissos de circulació, amb les seues

articulacions, les seues parades, les seues obertures i comportes de control han motivat tota una anàlisi reflexiva, per banda d’Enric Mestre, a l’entorn de les seues racionals geometries i la seua funcionalitat formal. I així, una vegada i una altra, en els seus quaderns de notes, des de fa temps, apareixen i reapareixen constantment -mesclats amb altres múltiples motius- nombrosos dibuixos que rememoren i fixen eixes obsessions i eixes recurrències.

Es podria dir que eixos apunts, eixos

esbossos i eixos dibuixos són els autèntics referents immediats dels seus treballs i el repertori sempre obert a posteriors rescats i a possibles extrapolacions cap a l’àmbit tridimensional dels seus treballs. Per això, justament, han sorgit ara eixos grans i enigmàtics blocs hermètics on l’espai interior de circulació suggerit -al qual pareix que es pot accedir per diminutes obertures quadrades i rectangulars distribuïdes simètricament- és en realitat inaccessible, encara que l’endevinem buit i obscur, encimbellant àmbits d’indeterminació i de llunyania. Girem, en el seu entorn, una vegada i una altra, multiplicant les perspectives i els punts de vista, mentre habitem eixe espai expositiu que 25


racionales geometrías y su funcionalidad formal.

notas, desde hace tiempo, aparecen y reaparece

tiples motivos- numerosos dibujos que rememora

Diríase que son estos apuntes, bocetos y dibujos

trabajos y el repertorio siempre abierto a posterio el ámbito tridimensional de sus trabajos. De ahí, y enigmáticos bloques herméticos, en los cuales que parece se puede acceder por diminutas ape

simétricamente- es en realidad inaccesible, aunqu

ámbitos de indeterminación y lejanía. Giramos en

perspectivas y los puntos de vista, mientras hab nuestro.

Ciertamente estas series acentúan s

tales elementos de conducción acaban por presen m

u

n

i

c

y soledad, en la medida que dichas arquitecturas fem nostre.

Certament estes sèries accentuen la

elements de conducció a la fi es presenten quasi com

dat, en la mesura que eixes arquitectures -a vegades

de certs habitacles col·lectius no exempts d’eixes co

obstant això, la textura d’estes peces, encara que d’a

no deixa d’introduir-se, una vegada més, un nou e

ambigüitat. Però, a més, també els colors -neutres i

fàcil i immediata, com és habitual en els sobris treb

depurada simplicitat que naix de la síntesi -a què he

possibilita que els valors estètics, sempre tan contro

rativistes, convinguen eficaçment amb tota una sè

d’espais, pletòrics de suggeriments, que són les adm res, els plafons i els relleus d’Enric Mestre.

Relleu

joc de regulars i simètrics barandats, on habiten les o

de la seua conformació manual, transformades en con 26


. Y así, una y otra vez, en sus cuadernos de

en constantemente -mezclados con otros múl-

an y fijan tales obsesiones y recurrencias.

s los auténticos referentes inmediatos de sus

ores rescates y posibles extrapolaciones hacia justamente, han surgido, ahora, esos grandes el sugerido espacio interior de circulación -al rturas cuadradas o rectangulares distribuidas

ue lo adivinamos vacío y oscuro, encarnando

n su entorno, una y otra vez, multiplicando las

bitamos ese espacio expositivo, que hacemos

su propia ambigüedad, hasta el extremo que

ntarse casi como drásticas metáforas de incoa

c

i

ó

n

-a veces adosadas al muro- incorporan deter-

a seua pròpia ambigüitat fins al punt que eixos

m dràstiques metàfores d’incomunicació i de sole-

s adossades al mur- incorporen determinats trets

onnotacions d’amuntegat aïllament humà.

No

aspecte aspre, és suau al tacte, amb la qual cosa

element que potencia els jocs de contradictòria

i profunds- col·laboren a evitar qualsevol lectura

balls d’Enric Mestre.

Justament eixa rigorosa i

em fet referència des del començament- és la que

olats, potser per evitar qualssevol excessos deco-

èrie de valors vitals en esta poètica de creació

mirables peces ceràmiques, és a dir, les escultu-

us que han convertit el geomètric traçat lineal en

ombres i les llums, on es conserven les marques

nnotacions d’irregularitat expressiva. Plafons que


minados rasgos de ciertos habitáculos colectivos no exentos de tales connotaciones de hacinado aislamiento humano.

Sin embargo la textura de estas piezas, aunque de aspecto

áspero, es suave al tacto, con lo que no deja de introducirse, una vez más, un nuevo elemento que potencia los juegos de contradictoria ambigüedad. Pero además, también los colores -neutros y profundos- colaboran a evitar cualquier lectura fácil e inmediata, como es habitual en los sobrios trabajos de Enric Mestre.

Justamente esa rigurosa y depurada simplicidad

que nace de la síntesis -a la que venimos haciendo referencia desde un principio- es la que posibilita que los valores estéticos, siempre tan controlados, quizás para evitar cualesquiera excesos decorativistas, convengan eficazmente con toda una serie de valores vitales en esta poética de creación de espacios, pletóricos de sugerencias, que son las admirables piezas cerámicas, es decir las esculturas, paneles y relieves de Enric Mestre.

Relieves que han

convertido el geométrico trazado lineal en juego de regulares y simétricas tabicaciones, donde anidan las sombras y las luces, donde se conservan las huellas de su conformación manual, transformadas en connotaciones de irregularidad expresiva. Paneles que han heredado y hecho propias las experiencias de la pintura -esa otra actividad artística, quizás menos conocida, de han heretat i fet pròpies les experiències de la pintura -eixa altra activitat artística, potser més poc coneguda, d’Enric Mestre- també des de les composicions constructives i les sempre sòbries aventures del color.

Enfront de tot este conjunt d’obres sempre tenim la curiosa sensació que, en cada

cas, el resultat plàstic, estructural i espacial concret que les genera fóra, malgrat tot, una cosa immediata, espontània i no forçada, com si, de fet, no comportaren -totes elles- prèviament càlculs i projectes, estudi de múltiples estratègies i també un sever i ascètic domini de l’ofici.

En el fons, és

com si realment es volguera dissimular tot l’esforç i tota la tensió sostinguda que, en ells mateixos, comporten els procediments de producció emprats, com si -tal com ens recorda el vell adagi- l’art, en la seua secreta vocació d’actuar com si fóra una altra naturalesa, desitjara recurrentment ocultar l’art, la normativitat i els rastres de les seues secretes i programades estratègies. Ars est celare artem. És llavors quan la matèria es resol en geometria i la construcció en espais per a la mirada. R omà de la C alle -Catedràtic d’Estètica i Teoria de les Arts. Universitat de València, Estudi General-

28


Enric Mestre- también desde las composiciones constructivas y las siempre sobrias aventuras del color.

Frente a todo ese conjunto de obras tenemos siempre la curiosa sensación de

que, en cada caso, el concreto resultado plástico, estructural y espacial que las genera fuese, a pesar de todo, como algo inmediato, espontáneo y no forzado, como si, de hecho, no comportaran -todas ellas- previamente cálculos y proyectos, estudio de múltiples estrategias y también severo y ascético dominio del oficio.

En el fondo, es como si realmente se quisie-

ra disimular todo el esfuerzo y la tensión sostenida que, en sí mismos, conllevan los procedimientos de producción empleados, como si -tal como nos recuerda el viejo adagio- el arte, en su secreta vocación de actuar como si fuese otra naturaleza, desease recurrentemente ocultar el arte, la normatividad y las huellas de sus secretas y programadas estrategias. Ars est celare artem.

Es entonces cuando la materia se resuelve en geometría y la construcción

en espacios para la mirada. ROMÁN DE LA CALLE -Catedrático de Estética y Teoría de las Artes. Universitat de València. Estudi General-

29


30


ENRIC MESTRE: GEOMETRÍA APASIONADA.

Ante la obra actual de Enric

Mestre nada induce a pensar que en sus primeros pasos como profesional en el campo de la cerámica estuviera tan preocupado por la singularidad de los objetos realizados a torno y por las cubiertas ricas en cualidades cerámicas. Pero así fue. Durante su etapa de estudiante de cerámica en la Escuela de Manises -después de cursar la especialidad de pintura en la Escuela Superior de Bellas Artes de San Carlos de Valencia- conoce a Alfonso Blat (Benimámet, 1904 - Valencia, 1970) y conecta con los intereses artísticos de este ceramista que, junto a otros como Llorens Artigas y Francisco Ibáñez, fue durante los años treinta el introductor en la península de la corriente internacional de renovación de la cerámica; corriente que, por influencia de la cerámica del Extremo Oriente, basó sus propuestas en la utilización de pastas de alta temperatura y en la investigación de nuevos vidriados y esmaltes que hicieran totalmente innecesaria la ornamentación pintada al modo tradicional.

Desde un punto de vista

evolutivo, podemos considerar a Enric Mestre como uno de los pocos que hacen de puente entre la primera generación de ceramistas españoles que conectan con la modernidad y los que a finales de los años setenta participan de una relativa normalidad -desvinculados ya

ENRIC MESTRE: GEOMETRIA APASSIONADA.

Davant l'obra actual d'Enric

Mestre res induïx a pensar que en els seus primers passos com a professional en el camp de la ceràmica estiguera tan preocupat per la singularitat dels objectes realitzats a torn i per les cobertes riques en qualitats ceràmiques. Però així fou. Durant la seua etapa d'estudiant de ceràmica en l'Escola de Manises -després de cursar l'especialitat de pintura en l'Escola Superior de Belles Arts de Sant Carles de València- coneix Alfons Blat (Benimàmet, 1904 - València,1970) i connecta amb els interessos artístics d'este ceramista, que juntament amb altres com Llorens Artigas i Francisco Ibáñez, fou durant els anys trenta l'introductor en la península del corrent internacional de renovació de la ceràmica; corrent que, per influència de la ceràmica de l'Extrem Orient, basà les seues propostes en la utilització de pastes d'alta temperatura i en la investigació de nous vidriats i esmalts que feren totalment innecessària l'ornamentació pintada al mode tradicional. Des d'un punt de vista evolutiu, podem considerar Enric Mestre com un dels pocs que fan de pont entre la primera generació de ceramistes espanyols que connecten amb la modernitat i els que a finals dels anys setanta participen d'una relativa normalitat -desvinculats ja totalment d'una tradició que sols la indústria ha continuat- i que en la major part s'involucrarien en con31


totalmente de una tradición que sólo la industria ha continuado- y que en su mayor parte se involucrarían en conceptos más escultóricos. En este sentido, cabe subrayar el hecho de que Enric Mestre ha contribuido decisivamente en las tres últimas décadas a la formación de un buen número de ceramistas, desde su puesto de profesor de la Escuela de Artes y Oficios de Valencia, un significativo número de los cuales están actualmente desarrollando una importante obra personal alejados de tradiciones superadas.

El propio Mestre dejaría de lado el

recipiente como recurso expresivo, después de agotar la mayor parte de sus posibilidades -incluida su apariencia funcional de contenedor, mediante cortes, perforaciones y bordes inacabados-, para dedicarse totalmente a experimentaciones relacionadas con la escultura abstracta, que poco a poco decanta hacia una abstracción geométrica al tiempo que atempera en sus obras el protagonismo de las cualidades cerámicas más efectistas.

A mediados

de los años 80, tras otro breve periodo en el que en la producción de Mestre predominan las placas y los murales de connotaciones informalistas -protagonizadas por los grafismos y la expresividad casi caligráfica-, se identifica de manera plena con el geometrismo. Su anterior trabajo como diseñador gráfico influyó, sin duda, en el despertar de su interés por estructuceptes més escultòrics. En este sentit, cal subratllar el fet que Enric Mestre ha contribuït decisivament en les tres últimes dècades a la formació d'un bon nombre de ceramistes, des del seu lloc de professor de l'Escola d'Arts i Oficis de València, una significativa quantitat dels quals estan actualment desenvolupant una important obra personal allunyats de tradicions superades. El mateix Mestre deixaria de banda el recipient com a recurs expressiu, després d'esgotar la major part de les seues possibilitats -inclosa l'aparença funcional de contenidor, mitjançant talls, perforacions i vores inacabades-, per a dedicar-se totalment a experimentacions relacionades amb l'escultura abstracta, que a poc a poc decanta cap a una abstracció geomètrica al mateix temps que tempera en les seues obres el protagonisme de les qualitats ceràmiques més efectistes.

A mitjan dels anys 80, després d'un breu període en què en la producció de Mestre

predominen les plaques i els murals de connotacions informalistes -protagonitzades pels grafismes i l'expressivitat quasi cal·ligràfica-, s'identifica de manera plena amb el geometrisme. El seu anterior treball com a dissenyador gràfic va influir, sens dubte, en el despertar del seu interés per estructurar la seua obra dins d'uns paràmetres racionalistes, alhora que la seua voluntat per resoldre algunes de les seues propostes amb matèria ceràmica l'aparten d'un constructivisme 32



rar su obra dentro de unos parámetros racionalistas, a la vez que su voluntad por resolver algunas de sus propuestas con materia cerámica le apartan de un constructivismo radical. Experimentación que sólo llevará a cabo en sus notables y sobrias pinturas -muy poco conocidas, por cierto- realizadas con colores acrílicos sobre tela.

Dentro de esta línea de

trabajo en la que se distingue, por una parte, la voluntad por adaptar las cualidades de la materia cerámica a sus propuestas constructivistas y, por otra, la de ir eliminando todo lo accesorio, se observa claramente en sus esculturas de acentos arquitectónicos realizadas en la década de los noventa una preocupación por los volúmenes geométricos de líneas rectas, en donde el espacio tanto interior como exterior se convierte cada vez más en uno de los principales protagonistas. Estas obras suponen un salto cualitativo si las comparamos con las realizadas en la década anterior; en aquellas -en las que predominaban los hexaedros que a modo de monolíticas ventanas sólo concentraban las acciones en su centro- existían básicamente dos puntos de vista principales; en éstas, el espacio circundante adquiere tanta importancia como el cuerpo sólido. Las obras así concebidas adquieren un carácter más escultórico permitiendo la contemplación desde todos los puntos de vista.

Profundo cono-

radical. Experimentació que sols durà a terme en les seues notables i sòbries pintures -molt poc conegudes, per cert- realitzades amb colors acrílics sobre tela.

Dins d'esta línia de treball en

la qual es distingix, per una part, la voluntat per adaptar les qualitats de la matèria ceràmica a les seues propostes constructivistes i, per l'altra, la d'anar eliminant tot allò accessori, s'observa clarament en les seues escultures d'accents arquitectònics realitzades en la dècada dels noranta una preocupació pels volums geomètrics de línies rectes, on l'espai tant interior com exterior es convertix cada vegada més en un dels principals protagonistes. Estes obres suposen un salt qualitatiu si les comparem amb les realitzades en la dècada anterior; en aquelles -en les quals predominaven els hexaedres que a mode de monolítiques finestres sols concentraven les accions al centre- hi havia bàsicament dos punts de vista principals; en estes, l'espai circumdant adquirix tanta importància com el cos sòlid. Les obres així concebudes adquirixen un caràcter més escultòric que permet la contemplació des de tots els punts de vista.

Coneixedor a fons de les

possibilitats de la ceràmica com a procediment per a expressar-se lliurement, Mestre utilitza els recursos tècnics de manera continguda -procurant que en el resultat final no criden massa l'atenció-, amb això aconseguix un singular equilibri entre la consubstancial expressivitat del gres i els 34


cedor de las posibilidades de la cerámica como procedimiento para expresarse libremente, Mestre utiliza los recursos técnicos de manera contenida -procurando que en el resultado final no llamen demasiado la atención-, consiguiendo con ello un singular equilibrio entre la consustancial expresividad del gres y sus originales planteamientos geométricos, que pasan por no querer anular del todo aquellos efectos sensuales que nos remiten a los orígenes telúricos de la materia. Consiguiendo una particular síntesis entre el rigor geométrico y el vocabulario específico de la cerámica.

El constructivismo no es, precisamente una de las tendencias

que tenga muchos seguidores entre los artistas plásticos que utilizan la cerámica como medio de expresión. El difícil control de esta técnica sin duda ha sido determinante para que muy pocos ceramistas hayan llegado a consolidar sus propuestas dentro de la abstracción geométrica. La propia naturaleza de la materia cerámica y las radicales transformaciones, en parte casuales, que ésta experimenta en el horno -incontroladas en relación inversamente proporcional con el dominio técnico que se tenga-, hace que el empleo de este material sea mucho más apropiado para soluciones expresivas e informales que para la plástica constructivista que requiere una ausencia de matices subjetivos de carácter intuitivo.

Por eso es más

seus originals plantejaments geomètrics, que passen per no voler anul·lar del tot aquells efectes sensuals que ens remeten als orígens telúrics de la matèria. Aconseguix una particular síntesi entre el rigor geomètric i el vocabulari específic de la ceràmica.

El constructivisme no és, pre-

cisament, una de las tendències que tinga molts seguidors entre els artistes plàstics que utilitzen la ceràmica com a mitjà d'expressió. El difícil control d'esta tècnica sens dubte ha sigut determinant perquè molts pocs ceramistes hagen arribat a consolidar les seues propostes dins de l'abstracció geomètrica. La mateixa naturalesa de la matèria ceràmica i les radicals transformacions, en part casuals, que esta experimenta en el forn -incontrolades en relació inversament proporcional amb el domini tècnic que es tinga-, fa que l'ús d'este material siga molt més apropiat per a solucions expressives i informals que per a la plàstica constructivista que requerix una absència de matisos subjectius de caràcter intuïtiu.

Per això és més plausible el que ha acon-

seguit Enric Mestre en estes obres que en una primera aproximació aparenten representar seccions o trossos parcials suposadament trets d'edificis coneguts o imaginats per ell, però esta interpretació ens sembla massa simplista. En realitat creiem que ens trobem davant de volums inventats per l'artista que poden suggerir formes arquitectòniques, fins i tot podem intuir en ells 35


plausible lo logrado por Enric Mestre en estas o rentan representar secciones o trozos parciale

conocidos o imaginados por él, pero esta interp

En realidad creemos que nos encontramos dela

que pueden sugerir formas arquitectónicas, inclu

cias directas a rampas, escaleras, muros, ventana

puede captar nuestra atención en un primer m atención veremos que en realidad se trata de

ninguna realidad existente; son volúmenes, form

texturas, que se relacionan de manera armónica

invitándonos a contemplarlas desde todos los á

rrerlos. Precisamente, la ausencia de título en es

autor de no dar pistas iconológicas que podrían nalmente las posibilidades de su lectura.

Per

antes hemos aludido, es también el resultado d

múltiples referències directes a rampes, escales, m

que pot captar la nostra atenció en un primer mo

vorem que en realitat es tracta d'escultures abstra

tent; són volums, formats per plans colorats i d manera harmònica entre si i amb l'espai interior i

tots els angles, i fins i tot metafòricament a recórre

obres pareix obeir a la intenció de l'autor de no d

en l'espectador a fixar unidireccionalment les poss

en l'obra de Mestre, al qual hem al·ludit abans, é

anàlisi anterior a la materialització de l'obra, el frui

reflectida en els múltiples quaderns de dibuixos o

rals i espacials d'una idea determinada. Entre les d

que fa Mestre, es troba la impossibilitat de fer-se

conjunt de la composició o en alguna de les seues

tallades i encastades; és esta una raó fonamental 36


obras que en una primera aproximación apas supuestamente entresacados de edificios

pretación se nos antoja demasiado simplista.

ante de volúmenes inventados por el artista

uso podemos intuir en ellos múltiples referen-

as y canales, pero es sólo un espejismo, que

momento, ya que si observamos con mayor esculturas abstractas que no buscan imitar

mados por planos coloreados y de matizadas

a entre sí y con el espacio interior y exterior,

ángulos, e inclusivo metafóricamente a reco-

stas obras parece obedecer a la intención del

n influir en el espectador al fijar unidireccio-

ro el equilibrio en la obra de Mestre, al que

del rigor y de un profundo análisis anterior a

murs, finistres i canals, però és sols un miratge

oment, ja que si observem amb major atenció

actes que no busquen imitar cap realitat exis-

de matisades textures, que es relacionen de exterior, i ens inviten a contemplar-les des de

er-los. Precisament, l'absència de títol en estes

donar pistes iconològiques que podrien influir

sibilitats de la seua lectura.

Però l'equilibri

és també el resultat del rigor i d'una profunda

it d'una laboriositat reflexiva prèvia que es veu

on previsualitza totes les possibilitats estructu-

dificultats que té la realització de les escultures

e enrere i d'introduir canvis fonamentals en el

s parts, una vegada que les planxes han sigut

l que explica la necessitat de comptar amb un


la materialización de la obra, el fruto de una laboriosidad reflexiva previa que se ve reflejada en sus múltiples cuadernos de dibujos en los cuales previsualiza todas las posibilidades estructurales y espaciales de una idea determinada. Entre las dificultades que tiene la realización de las esculturas que hace Mestre, está la imposibilidad de echarse atrás y de introducir cambios fundamentales en el conjunto de la composición o en alguna de sus partes, una vez que las planchas han sido cortadas y ensambladas; es ésta una razón fundamental que explica la necesidad de contar con un modelo y a definirlo de tal modo que luego el artista pueda realizar la obra con garantías de éxito. Es por ello por lo que para las esculturas de grandes dimensiones o de volúmenes y perfiles complejos, realice antes una pequeña maqueta para conocer como funciona con el espacio circundante y también para estudiar el juego de luces y sombras.

En cerámica, el proceso para materializar un proyecto es bas-

tante lento. Esto supone, en el caso de Enric Mestre que mantiene desde los años setenta una dedicación casi exclusiva al hecho creador, el que siempre sus series de dibujos que el escultor plasma en sus cuadernos vayan por delante de la materialización de las obras y se conviertan en auténtico memorial de posibilidades; como ha señalado Román de la Calle: model i a definir-lo de tal manera que després l'artista puga realitzar l'obra amb garanties d'èxit. És per això que, per a les escultures de grans dimensions o de volums i perfils complexos, realitza abans una menuda maqueta per a conéixer com funciona amb l'espai circumdant i també per a estudiar el joc de llums i ombres.

En ceràmica, el procés per a materialitzar un projecte

és bastant lent. Això suposa, en el cas d'Enric Mestre que manté des dels anys setanta una dedicació quasi exclusiva al fet creador, que sempre les seues sèries de dibuixos vagen per davant de la materialització de les obres i es convertisquen en autèntics memorials de possibilitats; com ha assenyalat Romà de la Calle: "Esas pequeñas geometrías para la memoria, pacientemente recopiladas, atesoran entre sus estructuras un amplio bagaje de asociaciones virtuales que, en su momento, posiblemente cobrarán vida propia si son capaces de atraer, de nuevo, la atención creativa de Enric Mestre -aunque quizá esto acabe por ocurrir años después- convirtiéndose en origen recuperado de nuevas propuestas cerámicas".

Una d'estes noves propostes ceràmiques

que també podem vore en esta exposició -realitzades quasi a la vegada que les escultures que acabem de comentar-, són els relleus de composició geomètrica però amb accents lleument impressionistes; estes obres recorden llunyanament els jocs de línies incises sobre plaques i 38


"Esas pequeñas geometrías para la memoria, pacientemente recopiladas, atesoran entre sus estructuras un amplio bagaje de asociaciones virtuales que, en su momento, posiblemente cobrarán vida propia si son capaces de atraer, de nuevo, la atención creativa de Enric Mestre -aunque quizá esto acabe por ocurrir años después- convirtiéndose en origen recuperado de nuevas propuestas cerámicas".

Una de estas nuevas propuestas cerámicas que también

podemos ver en esta exposición -realizadas casi a la par que las esculturas que acabamos de comentar-, son los relieves de composición geométrica pero con acentos levemente impresionistas; estas obras recuerdan lejanamente los juegos de líneas incisas sobre placas y bloques de gres utilizadas por Mestre en etapas anteriores; pero en esta ocasión el trazado lineal ha sido dotado de altorrelieve -a modo de tabiques que compartimentan de manera regular la totalidad del espacio compositivo-, pero con un modelado en el que la presión de los dedos sobre el gres o la porcelana, en estado húmedo, ha dejado constancia de la caligrafía del artista, distorsionando la estricta geometría y confiriendo un aspecto en cierto modo tembloroso, que produce la impresión de fundirse con el entorno, en un juego de luces y sombras en el que no son ajenas las sutiles coloraciones de la pasta, aplicadas directamente o busblocs de gres utilitzades per Mestre en etapes anteriors; però en esta ocasió el traçat lineal ha sigut dotat d'alt relleu -a mode d'envans que compartimenten de manera regular la totalitat de l'espai compositiu-, però amb un modelatge en què la pressió dels dits sobre el gres o la porcellana, en estat humit, ha deixat constància de la cal·ligrafia de l'artista, deformant l'estricta geometria i conferint un aspecte en certa manera tremolós, que produïx la impressió de fondre's amb l'entorn, en un joc de llums i ombres on no són alienes les subtils coloracions de la pasta, aplicades directament o buscades com a efecte en una cocció reductora.

Una altra nova sèrie

d'obres que presenta Enric Mestre en públic per primera vegada, és la formada per plafons a base de plaques de gres -algunes de considerable grandària- amb una superfície deliberadament irregular i coberta d'esmalt, sobre la qual el pintor plasma, amb la llibertat del traç que proporciona l'execució a mà alçada, les seues composicions geomètriques sobre el plànol. Es tracta d'una nova proposta que planteja, entre altres qüestions, la forma de conjugar la composició constructivista de l'espai amb la lírica, lleument expressionista, creada pels jocs de superposició i contrast de colors -principalment negres, blancs grisos i llustres platejats- que s'entrecreuen, a mode d'enreixats de distint gruix, i que combinen en ocasions amb traços més espontanis i intuï39


40


cadas como efecto en una cocción reductora.

Otra nueva serie de obras que presenta Enric

Mestre en público por primera vez, es la formada por paneles a base de placas de gres -algunas de considerable tamaño- con una superficie deliberadamente irregular y cubierta de esmalte, sobre la que el pintor plasma, con la libertad del trazo que proporciona la ejecución a mano alzada, sus composiciones geométricas sobre el plano. Se trata de un nueva propuesta que plantea, entre otras cuestiones, la forma de conjugar la composición constructivista del espacio con la lírica, levemente expresionista, creada por los juegos de superposición y contraste de colores -principalmente negros, blancos grises y lustres plateados- que se entrecruzan, a modo de enrejados de distinto espesor, y que combinan en ocasiones con trazos más espontáneos e intuitivos y con planos monocromos. Nos encontramos de nuevo con esa constante necesidad de Enric Mestre de conjugar lo geométrico con el lenguaje matérico de la cerámica.

En fin, a pesar de la carga histórica, de los prejuicios que existen sobre esta

técnica artística y de las conocidas particularidades que para la consecución de una obra cerámica tiene la acción imprevisible del fuego, tal vez convendría -a la vista de las obras que expone Enric Mestre en la sala Parpalló- empezar a considerar en serio que no existe tius i amb plànols monocroms. Ens trobem de nou amb eixa constant necessitat d'Enric Mestre de conjugar allò geomètric amb el llenguatge matèric de la ceràmica.

En fi, a pesar de la

càrrega històrica, dels prejudicis que hi ha sobre esta tècnica artística i de les conegudes particularitats que per a la consecució d'una obra ceràmica té l'acció imprevisible del foc, potser convindria -a la vista de les obres que exposa Enric Mestre a la sala Parpalló - començar a considerar seriosament que no hi ha actualment cap diferència conceptual entre l'escultura, la pintura i la ceràmica. ¿No serà la ceràmica un material més, amb les seues qualitats i limitacions, que necessita per a la seua aplicació conèixer i saber utilitzar, com qualsevol altre, la tècnica adequada? J OSEP P ÉREZ C AMPS

-Director del Museu de Ceràmica de Manises-

41


actualmente ninguna diferencia conceptual entre la escultura, la pintura y la cerámica. ¿No será la cerámica un material más, con sus cualidades y limitaciones, que necesita para su aplicación conocer y saber manejar, como cualquier otro, la técnica adecuada? J OSEP P ÉREZ C AMPS

42

-Director del Museu de Ceràmica de Manises-



1997. Gres Chamotado y Engobe. 74,5 x 35 x 28 cm.

44



1995. Gres Chamotado y Engobe. 36 x 20,5 x 23,5 cm.

1998. Gres Chamotado y Engobe. 42 x 32 x 17,5 cm.

46



1996. Gres Chamotado y Engobe. 82 x 56 x 37 cm .

48



1995. Gres Chamotado y Engobe. 34,5 x 35,5 x 25 cm .

1995. Gres Chamotado y Engobe. 108 x 49,5 x 34 cm .



1997. Gres Chamotado y Engobe. 89 x 51,5 x 19 cm .



1996. Gres Chamotado y Engobe. 60 x 33 x 57 cm .

Sin TĂ­tulo. 1995. Gres Chamotado y Engobe. 60,5 x 34 x 26,5 cm .



1997. Gres Chamotado y Engobe. 56 x 41,5 x 35 cm .

56



Sin TĂ­tulo. 1997. Gres Chamotado y Engobe. 27 x 21 x 18,5 cm .

Sin TĂ­tulo. 1998. Gres Chamotado y Engobe. 63,5 x 51 x 34,5 cm .

58




ENRIC MESTRE O LA BÚSQUEDA La exposición organizada por la Diputación DE LA PERFECCIÓN. Provincial en el Centre Cultural la Beneficència, en Valencia, bajo la dirección de Román de la Calle ofrece la oportunidad de descubrir las últimas obras cerámicas de Enric Mestre. Quizás más conocido fuera de su país que en su propia ciudad –en la que su última exposición tuvo lugar hace ya cerca de diez años– Mestre propone un trabajo que aúna la expresión de las formas y colores en una materia específica: la tierra, magnificada por el fuego.

Es la primera vez que se presenta en la ciudad a un ceramista

contemporáneo, exceptuando una exposición dedicada a Alfons Blat (1904-1970), a quien Enric Mestre admiraba mucho. Este hecho marca una evolución en la mentalidad y en el gusto del público que, por fin, supera las categorías funcionales y utilitarias relacionadas en demasiadas ocasiones con el arte de la tierra y, asimismo, valora la cerámica como un arte propio.

La

presentación de la exposición propone las últimas obras de un artista reconocido que, en su trayectoria, ha acumulado, a costa de mucho esfuerzo, las experiencias de las técnicas y ha pensado detenidamente en el enfoque estético.

Para él, no existen domingos ni fiestas,

según manifiesta. Cada día va creando piezas sin prever su difusión concreta, y luego, para

ENRIC MESTRE O LA RECERCA L’exposició organitzada per la Diputació Provin-cial DE LA PERFECCIÓ. en el Centre Cultural la Beneficència, a València, dirigida per Romà de la Calle, oferix l’oportunitat de descobrir les darreres obres ceràmiques d’Enric Mestre. Potser més conegut fora del seu país que en la seua pròpia ciutat –on tingué lloc la seua darrera exposició fa ja prop de deu anys–, Mestre proposa un treball que unix l’expressió de les formes i els colors en una matèria específica: la terra, magnificada pel foc.

És la primera vegada que es presenta a la

ciutat un ceramista contemporani, exceptuant una exposició dedicada a Alfons Blat (1904-1970), a qui Enric Mestre admirava molt. Este fet marca una evolució en la mentalitat i en el gust del públic, que per fi supera les categories funcionals i utilitàries relacionades en massa ocasions amb l’art de la terra i, així mateix, valora la ceràmica com un art propi.

La presentació de l’exposició proposa

les últimes obres d’un artista reconegut que, en la seua trajectòria, ha acumulat, a costa de molt d’esforç, les experiències de les tècniques i ha pensat detingudament en l’enfocament estètic.

Per

a ell, no hi ha diumenges ni festes, segons manifesta. Cada dia crea peces sense preveure’n la difusió concreta, i després, per a una exposició, hi tria. Quan es visiten els seus fons, on conviuen centenars de peces de les distintes etapes de les seues investigacions, es pot imaginar la qualitat 61


una exposición, elige. Cuando se visitan sus fondos, en los que conviven centenares de piezas de las distintas etapas de sus investigaciones, se puede imaginar la calidad de su selección.

Lo que enseguida llama la atención es el dominio del oficio. No se trata de una

afición romántica de vuelta a la tierra ni de búsqueda de los brillos de los esmaltes, sino de una materia y técnica utilizada para expresar sus ideas. Los objetos propuestos son, sin duda, obras cerámicas en las que la magia de las materias y la alquimia del fuego recubren formas depuradas, aparecidas de repente a partir de investigaciones formales y de colores que el artista quiere que sean exactos, lo que supone que se modifiquen varias veces en la cocción. A eso se mezclan búsquedas de texturas diseñadas para que disfrute la mano que las acaricia, encontrando con las yemas de los dedos exquisitos pulidos, superficies granulosas suaves o rugosas.

Sin embargo, Enric Mestre no es un ceramista en el estricto sentido de

la palabra. Es un artista que explora los distintos caminos de la creación y que persigue, de forma paralela a su obra cerámica, una labor de pintura con tendencia geométrica y minimalista en la que irradia el color y, a su vez, la búsqueda de espacio. Le interesa mucho la escritura, como juego de signos que también traslada a sus obras cerámicas, especialmente de la seua selecció.

Allò que de seguida hi crida l’atenció és el domini de l’ofici. No es tracta

d’una afició romàntica de tornada a la terra ni de recerca de les lluentors dels esmalts, sinó d’una matèria i una tècnica utilitzades per a expressar les seues idees. Els objectes proposats són, sens dubte, obres ceràmiques en què la màgia de les matèries i l’alquímia del foc recobrixen unes formes depurades, aparegudes de sobte a partir d’investigacions formals i de colors que l’artista vol que siguen exactes, la qual cosa suposa que es modifiquen vàries vegades en la cocció.

A això es

mesclen la recerca de textures dissenyades perquè gaudisca la mà que les acarona, trobant-hi amb les polpes dels dits exquisits poliments, superfícies granuloses suaus o rugoses.

Tanmateix,

Enric Mestre no és un ceramista en l’estricte sentit de la paraula. És un artista que explora els distints camins de la creació i que perseguix, de forma paral·lela a la seua obra ceràmica, una labor de pintura amb tendència geomètrica i minimalista en la qual irradia el color i, al seu torn, la recerca de l’espai. Li interessa molt l’escriptura, com a joc de signes que també trasllada a les seues obres ceràmiques, especialment als seus murals.

D’esta manera, transmet una visió molt valuosa de

l’art de la terra, però amb una expressió molt depurada, molt pròpia de l’artista ceramista del segle XX que assumix tot el procés de la fabricació, des de la mescla de terres fins al poliment de les 62



a sus murales.

De este modo, transmite una visión muy valiosa del arte de la tierra, pero

con una expresión muy depurada, muy propia del artista ceramista del siglo XX que asume todo el proceso de la fabricación, desde la mezcla de tierras hasta el pulido de las superficies, incluyendo el modelaje de las formas, la implantación de los colores, engobes y esmaltes así como, y sobre todo, el control del fuego. Por lo tanto, el papel de la técnica resulta importantísimo. Pero confiesa que, en la actualidad, han cambiado las cosas. Existen buenos ceramistas que no conocen todas las técnicas.

Antes, los conceptos de pastas, esmaltes,

colores, hornos eran esenciales. Pero, hoy en día, hay artistas que emprenden la creación cerámica sin preocuparse de la técnica y a veces consiguen resultados satisfactorios, porque la técnica no es una finalidad en sí misma. Hay que aprovecharla para encontrar la libertad de creación y, de este modo, superar el mundo cerrado en el cual algunos ceramistas se complacen. Tal vez baste con utilizar la tierra, pero él no está tentado por el “salvajismo” primordial de la materia bruta y siempre destaca el dominio de la cocción. No obstante, confiesa que se trata de conocimientos pesados y complejos, que pueden desanimar a los principiantes.

Tiene una formación sólida y demuestra ya una gran capacidad de trabajo.

superfícies, incloent-hi el modelatge de les formes, la implantació dels colors, engobats i esmalts, com també, i sobretot, el control del foc. Per tant, el paper de la tècnica resulta importantíssim. Però confessa que, en l’actualitat, les coses han canviat. Hi ha bons ceramistes que no coneixen totes les tècniques.

Abans, els conceptes de pastes, esmalts, colors, forns, eren essencials. Però, hui dia,

hi ha artistes que emprenen la creació ceràmica sense preocupar-se de la tècnica i de vegades aconseguixen resultats satisfactoris, perquè la tècnica no és una finalitat en si mateixa. Cal aprofitar-la per a trobar la llibertat de creació i, d’esta manera, superar el món tancat en què es complauen alguns ceramistes. Potser n’hi haurà prou amb utilitzar la terra, però ell no és temptat pel “salvatgisme” primordial de la matèria bruta i sempre destaca el domini de la cocció. No obstant això, confessa que es tracta de coneixements pesats i complexos, que poden desanimar els principiants. Té una formació sòlida i demostra ja una gran capacitat de treball. Obté el batxillerat amb llatí i francés, alhora que assistix a les classes de dibuix en l’Escola d’Arts Aplicades de València, ja que sempre ha dibuixat. Sens dubte, el seu entorn familiar exercí un paper important en la formació d’Enric Mestre. Son pare, litògraf, li ensenyà, amb el seu exemple i entre altres coses, l’amor per l’obra ben feta. Ell participava en els treballs de son pare, d’on va extraure el seu afany per la qua64


Obtiene el bachillerato con latín y francés, al mismo tiempo que asiste a las clases de dibujo en la Escuela de Artes Aplicadas de Valencia, ya que siempre ha dibujado. Sin duda, su entorno familiar desempeñó un papel importante en la formación de Enric Mestre. Su padre, litógrafo, le enseñó, con su ejemplo y entre otras cosas, el amor por la obra bien hecha. Él participaba en los trabajos de su padre, de donde extrajo su afán por la calidad. Desde su más remota infancia, siempre quiso ser artista. Así pues, estudió en la Escuela de Bellas Artes de Valencia. Para él, era una evidencia, algo como una fuerza interna y la elección no fue un problema.

Posteriormente, y un poco por casualidad, siguiendo el consejo de un amigo

de su padre, se matriculó en la Escuela de Cerámica de Manises durante tres años para estudiar la técnica. La enseñanza era tradicional. La formación se hacía imitando las artes populares y copiando. ¡Incluso le obligaron a producir un dibujo de la Compañía de Indias! En Manises encontró a Alfons Blat, que le fascinó por ser el único, en los años sesenta, que trataba la creación cerámica con el dominio de los esmaltes, pero no en la escuela, sino sólo en su taller privado.

Actualmente profesor en la escuela de Artes Aplicadas y Oficios

Artísticos de Valencia, Mestre no propone a sus alumnos una enseñanza basada estrictamenlitat. Des de la seua més remota infància, sempre va voler ser artista. Axí doncs, estudià a l’Escola de Belles Arts de València. Per a ell, era una evidència, una cosa així com una força interna, i l’elecció no va ser un problema.

Posteriorment, i un poc per casualitat, seguint el consell d’un amic de

son pare, es va matricular a l’Escola de Ceràmica de Manises durant tres anys per a estudiar la tècnica. L’ensenyament hi era tradicional. La formació s’hi feia imitant les arts populars i copiant. Fins i tot el van obligar a produir un dibuix de la Compañía de Indias! A Manises va trobar Alfons Plat, que el va fascinar per ser l’únic, als anys seixanta, que tractava la creació ceràmica amb el domini dels esmalts, però no a l’escola, sinó solament al seu taller privat.

Actualment professor

a l’Escola d’Arts Aplicades i Oficis Artístics de València, Mestre no proposa als seus alumnes una ensenyança recolzada estrictament en el seu propi criteri, sinó una reflexió sobre allò que han elegit. Per a ell, tots els camins són bons. El que compta és la determinació. Què voleu fer i ser? Li agrada més un bon artesà que un mal artista.

Al principi, va buscar allò que havia de fer.

Començà amb atifells tornejats i coberts d’esmaltats, investigant les gammes de colors i els efectes de brillantor i mat. Conserva en armaris uns quants centenars de testos classificats que demostren la seua passió pel treball i l’exploració. A poc a poc, la ceràmica li va permetre fer allò que volia. Era 65


te en su propio criterio sino una reflexión sob

caminos son buenos. Lo que cuenta es la determ más un buen artesano que un mal artista.

Empezó con vasijas torneadas y cubiertas de vid

los efectos de brillo y mate. Conserva en armar

que demuestran su pasión por el trabajo y la e

mitió hacer lo que quería. Era la época de Ar

Chapallaz en Suiza, dominada por la tradición o

los escritos de Bernard Leach, pero también de

escuela, trabajó en la publicidad durante ocho a

mientos. Educado de forma clásica, considera la

que lo más difícil es encontrarse a sí mismo. A l

maciones recibidas a través de las experiencia

formación se enriquece con confrontaciones. Seg

yarse en la cultura. Cita las raíces de la pre

l’època d’Artigas i Cumella a Espanya, de Lambercly

oriental, principalment del Japó, a través dels escrit

En eixir de l’escola, va treballar en la publicitat dura

els seus coneixements. Educat de manera clàssica, c fessa que el més difícil és trobar-se a si mateix. A rebudes a través de les experiències viscudes o de

riquix amb confrontacions. Segons ell, cal visitar les

les arrels de la prehistòria, quan la ceràmica satisfà

així la seua funció. Beu en l’antic Egipte, expressa l

obres dels Maies i dels Inques, el món de les esg importància de l’Orient, Corea i Japó, conserva en la XVII i una bíblia de l’artista contemporània Takako dels exemples de ceràmica antiga o contemporània.

estatues de guix d’Henry Moore en un museu canad populars, que tenien rigor i orgull per la seua labor, 66


bre lo que han elegido. Para él, todos los

minación. ¿Qué queréis hacer y ser? Le gusta Al principio, buscó lo que tenía que hacer.

driados, investigando las gamas de colores y

rios varios centenares de tiestos clasificados

exploración. Poco a poco, la cerámica le per-

rtigas y Cumella en España, de Lambercy y

oriental, principalmente de Japón, a través de

e China.

Al salir de la

años, lo que le permitió ampliar sus conoci-

a información como un deber, pero confiesa

la hora de trabajar, hay que digerir las infor-

as vividas o de la cultura atesorada.

Su

gún él, hay que visitar las exposiciones, apo-

ehistoria, cuando la cerámica satisface las

y i Chapallaz a Suïssa, dominada per la tradició

ts de Bernard Leach, però també de la Xina.

ant huit anys, la qual cosa li va permetre ampliar

considera la informació com un deure, però conl’hora de treballar, cal digerir les informacions la cultura atresorada.

La seua formació s’en-

s exposicions, recolzar-se en la cultura. Esmenta

à les necessitats quotidianes de l’home, realçant

la seua admiració pels ídols de les Cíclades, les

glésies romàntiques i, per suposat, reconeix la seua memòria un tassó japonés Shino del segle Araki. Però les seues referències van més enllà Admira Mondian i Rothko, s’entusiasma amb les

denc. També valora la producció dels terrissaires i lamenta haver vist a Galícia una exposició que


necesidades cotidianas del hombre, realzando así su función. Bebe en el antiguo Egipto, expresa su admiración por los ídolos de las Cícladas, las obras de los Mayas e Incas, el mundo de las iglesias románicas y, por supuesto, reconoce la importancia del Oriente, Corea y Japón, conserva en su memoria un tazón japonés Shino del siglo XVII y una biblia de la artista contemporánea Takako Araki. Pero sus referencias van más allá de los ejemplos de cerámica antigua o contemporánea. Admira a Mondrian y Rothko, se entusiasma con las estatuas de yeso de Henry Moore en un museo canadiense. También valora la producción de los alfareros populares, que tenían rigor y orgullo por su labor, y lamenta haber visto en Galicia una exposición que confrontaba alfareros modernos y piezas antiguas, con diferencia de calidad claramente a favor del pasado.

Así pues, destaca la felicidad que le produce descubrir en

los museos objetos humildes bien hechos para una simple función, da siempre las gracias al creador anónimo o conocido. Procura presenciar muchas muestras de cerámica, grandes exposiciones fuera de España, ya que en Valencia hay poca cosa. Participa en concursos como Faenza, que son para él una forma de someter su obra a comparaciones.

Subraya la

importancia de los viajes, que permiten desarrollarse mirando otros enfoques y ampliar aún confrontava terrissaires moderns i peces antigues, amb diferència de qualitat clarament favorable al passat.

Així doncs, destaca la felicitat que li produïx descobrir als museus objectes humils ben

fets per a una simple funció, dóna sempre les gràcies al creador anònim o conegut. Procura presenciar moltes mostres de ceràmica, grans exposicions fora d’Espanya, ja que a València n’hi ha poca cosa. Participa en concursos com ara el de Faenza, que són per a ell una forma de sotmetre la seua obra a comparances.

Subratlla la importància dels viatges, que permeten desenvolupar-se mirant

uns altres enfocaments i ampliar encara més les seues expectatives personals. En este sentit, destaca la importància de les assemblees mundials de l’Acadèmia Internacional de Ceràmica, del Consell de la qual és vocal. Evoca certàmens emotius o estimulants a Toledo, la República Txeca, Turquia, Japó i Estats Units, un país sense història, segons ell.

Els simposis en què va participar, a

Finlàndia i als EUA, l’ensenyaren a reconéixer quines obres tenien sentit o quines en freturaven, a descobrir persones o objectes, a practicar una ascesis bevent en la seua pròpia inspiració. Segons ell, la ceràmica és un mode d’expressió que requerix idees clares i exigix limitar-se. Té una idea prèvia i procura que la fabricació s’ajuste a la imatge que ell vol donar. Este és el camí que li interessa. 68

No obstant això, este artista, paradoxalment, no és merament conceptual. La seua exi-


más sus experiencias personales. En este sentido, destaca la importancia de las Asambleas mundiales de la Academia Internacional de Cerámica, de cuyo Consejo es vocal. Evoca certámenes emotivos o estimulantes en Toledo, la República Checa, Turquía, Japón y Estados Unidos, un país sin historia, según él.

Los simposios en los que participó, en Finlandia y

EE.UU., le enseñaron a reconocer qué obras tenían sentido o cuales carecían de él, a descubrir personas u objetos, a practicar una ascesis bebiendo en su propia inspiración.

Según

él, la cerámica es un modo de expresión que requiere ideas claras y exige limitarse. Tiene una idea previa y procura que la fabricación se ajuste a la imagen que él quiere dar. Éste es el camino que le interesa.

No obstante, este artista, paradójicamente, no es meramente

conceptual. Su exigencia de control no destruye su intuición. Parte de lo que ve, de lo que vive en relación con la naturaleza que lo rodea, esta zona de huerta con campos plantados de forma rectilínea que inspiran sus placas y grabados. Se trata, sin duda, de esta tierra de aquí, estas imágenes de campos y acequias que los fertilizan, de casas cuadradas con pequeñas ventanas, de este paisaje y de estas arquitecturas, recompuestas a través de las formas que están en su mente y de las técnicas que domina. Convertir en maquetas las casas que gència de control no destruïx la seua intuïció. Partix d’allò que veu, d’allò que viu en relació amb la naturalesa que l’envolta, esta zona d’horta amb camps plantats de forma rectilínia que inspiren les seues plaques i gravats. Es tracta, sens dubte, d’esta terra d’ací, estes imatges de camps i séquies que els fertilitzen, de cases quadrades amb finestres menudes, d’este paisatge i d’estes arquitectures, recompostes a través de les formes que estan en la seua ment i de les tècniques que domina. Convertir en maquetes les cases que l’envolten el du progressivament a formes abstractes. Així s’establix un doble joc d’intuïció i construcció. La seua forma d’actuar, la definix com molt de treball i seriositat.

Per a adonar-se d’esta labor contínua, cal fullejar els nombrosos quaderns

d’esbossos i dibuixos que acompanyen el seu treball al taller. A continuació, busca la forma més senzilla, però suficient per a expressar el seu missatge. La noció de control està sempre present. Però a l’hora de treballar, resulta difícil definir la forma d’actuar: ¿existix el quadre en la idea o s’imposa a partir d’una referència?

És conscient que així afegix alguna cosa a la naturalesa, però

l’espectador, en contemplar les seues obres, torna a la realitat. Després del seu aprenentatge de ceramista, en el qual va tornejar molts atifells recoberts d’esmalts, buscà l’escultura, sense una idea molt clara, abandonant així el torn i les formes buides. De les formes del torn, passa a una altra 69


lo rodean lo lleva paulatinamente a formas abstractas. Así se establece un doble juego de intuición y construcción. Su forma de actuar, la define como mucho trabajo y seriedad. Para darse cuenta de esta labor continua, hay que hojear los numerosos cuadernos de esbozos y dibujos que acompañan su trabajo en el taller. A continuación, busca la forma más sencilla, pero suficiente para expresar su mensaje. La noción de control está siempre presente. Pero a la hora de trabajar, resulta difícil definir la forma de actuar: ¿existe el cuadrado en la idea o se impone a partir de una referencia?

Es consciente de que así añade algo a la

naturaleza, pero el espectador, al contemplar sus obras, vuelve a la realidad. Tras su aprendizaje de ceramista, en el que torneó muchas vasijas recubiertas de esmaltes, buscó la escultura, sin una idea muy clara, abandonando así el torno y las formas huecas. De las formas del torno, pasa a otra cosa. Realiza murales desde 1976, y sigue pintando. Entonces, utiliza placas en las que inscribe grabados en forma de estrías o de escritura, da a los esmaltes reflejos más suaves, pero sobre todo se limita a las formas sencillas. Más tarde, vuelve a objetos de tres dimensiones, pero renunciando al concepto propio de escultura. Como un arquitecto, construye entonces espacios reducidos, mediante placas bastante anchas en las cosa. Realitza murals des de 1976, i continua pintant. Aleshores, utilitza plaques en les quals inscriu gravats en forma d’estries o d’escriptura, dóna als esmalts uns reflexos més suaus, però sobretot es limita a les formes senzilles. Més endavant, torna a objectes de tres dimensions, però renunciant al concepte propi de l’escultura. Com un arquitecte, construïx llavors espais reduïts, mitjançant plaques bastant amples en les quals es manté la influència de la pintura.

Esta preocupació per la

forma actua sobre la utilització dels colors. En este sentit, substituí els esmalts pels engalbats perquè, si s’hi aplica l’esmalt, este forma una capa espessa i això anul·la la línia rígida de les formes. Si s’usen engalbats, s’obté una capa més fina que fa visibles les arestes. Per a obtenir els colors adequats, fica fins a dues o quatre vegades les peces dins el forn. Esta tècnica refinada té com a objectiu expressar un missatge. I, arribat el moment, cal oblidar-se de la tècnica per tal de poder transmetre’l.

El domini de l’ofici és una forma de llibertat, però ha de contenir una càrrega espi-

ritual. Per tant, quan es treballa, cal oblidar-se de tot per tal de descobrir el món que es va a crear. Però ell no cau en la facilitat. Diu que no li agraden les peces massa “boniques” i, a vegades, ha intentat trencar la forma per obtenir un contrast entre accident i geometria, però ho ha considerat com un treball massa fàcil. Perquè la seua preocupació és anar sempre a l’essencial, sense decora70



que se mantiene la influencia de la pintura.

Esta preocupación por la forma actúa sobre

la utilización de los colores. En este sentido, sustituyó los esmaltes por los engobes porque, si se aplica el esmalte, éste forma una capa espesa y eso anula la línea rígida de las formas. Si se usan engobes, se obtiene una capa más fina que hace visibles las aristas. Para obtener los colores adecuados, mete hasta dos o cuatro veces las piezas en el horno. Esta técnica refinada tiene como objeto expresar un mensaje. Y, llegado un momento, hay que olvidarse de la técnica para poder transmitirlo.

El dominio del oficio es una forma de libertad, pero

debe contener una carga espiritual. Por lo tanto, cuando se trabaja, hay que olvidarse de todo para descubrir el mundo que se va a crear. Pero él no cae en lo fácil. Dice no gustarle las piezas demasiado “bonitas” y, a veces, ha intentado romper la forma para obtener un contraste entre accidente y geometría, pero lo ha considerado como un trabajo demasiado fácil. Porque su preocupación es ir siempre directamente a lo esencial, sin decoraciones placenteras.

Empieza a buscar el espacio, la relación entre vacío y lleno. Es entonces cuando

desarrolla las formas propias de la arquitectura y cuando intenta la unión de la forma y del espacio, pero para dotarlos de algo más que supere la realidad cotidiana. Empieza a levantar cions plaents.

Comença a cercar l’espai, la relació entre buit i ple. És llavors quan desenvolupa

les formes pròpies de l’arquitectura i quan intenta la unió de la forma i de l’espai, però per a dotarlos d’alguna cosa més que supere la realitat quotidiana. Comença a aixecar esteles que ell cala per a donar transparència a una opacitat buscada i, a poc a poc, els va donant forma d’edificis als quals els engalbats negres atorguen una dimensió sagrada. D’esta forma, crea arquitectures de dimensions reduïdes, amb una intensitat que els conferix dimensions monumentals. Es recolza llavors en la seua cultura per a evocar els temples de civilitzacions extingides que reben de les seues mans una nova vida. Les plaques utilitzades en el contorn d’estos edificis els donen un espai de mides reduïdes on s’inscriu un missatge d’eternitat que du a la meditació.

És que, a partir d’una idea o

d’una emoció, vol transmetre un missatge que done sentit a les seues creacions. Esmenta la meditació, com el zen i el seu plantejament del buit, un art sagrat, però sense revelació. Vol expressar una espècie de llenguatge amagat dins de formes minimalistes. Es tracta, així doncs, de trobar les formes que corresponguen a les seues pròpies idees.

En este sentit li interessen els temples i els

santuaris. Va quedar impressionat a Capadòcia per les esglésies tallades en les roques en les quals la llum entra per unes finestres menudes, creant-hi una emoció molt gran al seu interior; i, a Egipte, 72


estelas que él cala para dar transparencia a una opacidad buscada y, poco a poco, les va dando forma de edificios a los que los engobes negros otorgan una dimensión sagrada. De esta forma, crea arquitecturas de dimensiones reducidas, con una intensidad que les confiere dimensiones monumentales. Se apoya entonces en su cultura para evocar los templos de civilizaciones extinguidas que reciben de sus manos una nueva vida. Las placas utilizadas en el contorno de esos edificios les dan un espacio de tamaño reducido donde se inscribe un mensaje de eternidad que lleva a la meditación.

Es que, a partir de una idea o de una

emoción, quiere transmitir un mensaje que dé sentido a sus creaciones. Cita la meditación, como el zen y su planteamiento del vacío, un arte sagrado, pero sin revelación. Quiere expresar una especie de lenguaje escondido dentro de formas minimalistas. Se trata, así pues, de encontrar las formas que correspondan a sus propias ideas.

En este sentido le interesan

los templos y los santuarios. Quedó impresionado en Capadocia por las iglesias talladas en las rocas en las que la luz entra por pequeñas ventanas, creando una emoción muy grande en su interior; y, en Egipto, por los espacios, con enormes piedras dejadas en su sitio. Según él, son lugares cargados de una presencia que se siente a través de sus obras como se sienper els espais, amb enormes pedres deixades al seu lloc. Segons ell, són llocs carregats d’una presència que se sent a través de les seues obres com se sent a l’interior del temple de Kefrén, a Gizeh. S’indigna perquè, en l’actualitat, es fan coses per a no-res. El missatge de Mestre vol expressar els problemes que l’home es planteja des de sempre. El món no és un paradís i l’artista no està content amb este univers. Voldria donar-li una forma millor, un millor equilibri, una justícia millor per a comportar les notícies de cada dia, plenes de guerres i de destruccions. Cal aprofitar la seua sensibilitat per a lluitar contra la desesperança. I com escrivia la crítica d’art Françoise Jaunin, en un article on presentava una exposició, “L’obra de Mestre intenta escriure, com sobre taules de la llei modernes, l’ordre perfecte de l’univers. Un disseny metafísic del món.”

Amb la seua afició pel

treball posat constantment en tela de juí, procedix per sèries i elabora variacions sobre temes coneguts. Aborda distints camps, però amb un mateix esperit que va interioritzant-se cada vegada més. En cada ocasió, aplica la noció de control a les formes i la seua inspiració arquitectònica, a les tècniques dominades i oblidades, als colors que perseguix mitjançant innombrables retocs.

Resta

fixat en l’objecte sense preocupar-se de les posades en situació de l’art contemporani, anomenades «instal·lacions». Les instal·lacions més belles, les va veure en la naturalesa, a Egipte, on va contem73


74


te en el interior del templo de Kefrén en Gizeh. Se indigna de que, en la actualidad, se hagan cosas para nada.

El mensaje de Mestre quiere expresar los problemas que el hombre se

plantea desde siempre. El mundo no es un paraíso y el artista no está contento con este universo. Quisiera darle una forma mejor, un mejor equilibrio, una justicia mejor para sobrellevar las noticias de cada día, llenas de guerras y de destrucciones. Hay que aprovechar su sensibilidad para luchar contra la desesperanza. Y como escribía la crítica de arte Françoise Jaunin, en un artículo presentando una exposición: “La obra de Mestre intenta escribir, como sobre tablas de la ley modernas, el orden perfecto del universo. Un diseño metafísico del mundo.”

Con su afición por el trabajo puesto constantemente en tela de juicio, procede

por series y elabora variaciones sobre temas conocidos. Aborda distintos campos, pero con un mismo espíritu que va interiorizándose cada vez más. En cada ocasión, aplica la noción de control a las formas y su inspiración arquitectónica, a las técnicas dominadas y olvidadas, a los colores que va persiguiendo mediante innumerables retoques.

Se queda fijado en el

objeto sin preocuparse de las puestas en situación del arte contemporáneo, llamadas “instalaciones”. Las instalaciones más hermosas las vio en la naturaleza, en Egipto, donde plar grans fragments de pedra escampats per terra, que definien així les formes i els espais.

Amb

el seu treball i pel seu treball, li agradaria comunicar amb el públic, donar-li confiança, una espècie de seguretat, i elegix les parets, perquè en una paret ens recolzem, hi cerquem una força. I per això li interessen les formes més senzilles, que són un llenguatge. Estes naixen d’una emoció que arriba de l’exterior o d’un contacte amb la realitat, però també d’una projecció mental. Vol emprendre una obra ben feta, però una cosa ben feta fa sensació de seguretat. És una recerca sense concessió, no sempre molt agradable de viure, però feta a consciència, i que exigix una intensa concentració. Busca la puresa, l’eliminació d’allò superflu, però procurant no caure en la sequedat.

Encara que

recórrega a la geometria que domina les seues creacions i propose línies teses i arestes agudes, tanmateix alterna les superfícies polides o distintament rugoses, desplega colors subtils que donen vida a l’estabilització buscada.

Tancant en un espai delimitat per parets closes les projeccions

mentals de les seues séquies campestres i edificant santuaris misteriosos de mons desapareguts, aconseguix tals condensacions de matèria que a penes s’hauria pogut concebre qualsevol possible evolució. Tanmateix, estes últimes obres veuen com s’obri l’espai, com les parets dobles es reduïxen i es decoren amb dibuixos formats per unes poques rajoles i amb colors suaus i molt subtils. 75


contempló grandes fragmentos de piedra esparcidos por el suelo, que definían así las formas y los espacios.

Con su trabajo y por su trabajo, le gustaría comunicar con el público, darle

confianza, una especie de seguridad, y elige las paredes, porque en una pared, nos apoyamos, allí buscamos una fuerza. Y por eso le interesan las formas más sencillas, que son un lenguaje. Éstas nacen de una emoción que llega del exterior o de un contacto con la realidad, pero también de una proyección mental. Quiere emprender una obra bien hecha, porque algo bien hecho da sensación de seguridad. Es una búsqueda sin concesión, no siempre muy agradable de vivir, pero hecha a conciencia, y que exige una intensa concentración. Busca la pureza, la eliminación de lo superfluo, pero procurando no caer en la sequedad.

Aunque

recurra a la geometría que domina sus creaciones y proponga líneas tensas y aristas agudas, sin embargo alterna las superficies pulidas o distintamente rugosas, despliega colores sutiles que dan vida a la estilización buscada.

Al cercar en un espacio delimitado por paredes

cerradas las proyecciones mentales de sus acequias campestres y al edificar santuarios misteriosos de mundos desaparecidos, consigue tales condensaciones de materia que apenas se hubiera podido concebir cualquier posible evolución. Sin embargo, estas últimas obras ven Enric Mestre, en la seua producció artística, continua tenint, hui dia, alguna cosa a dir, alguna cosa que ens interroga, ens esbalaïx, ens convenç i ens adelita. Troba en la ceràmica la matèria escaient per a expressar el seu món i poder així mostrar una obra d’alta qualitat i gran emoció. MARIE-THÉRÈSE COULLERY

-Secretària general de l’Acadèmia Internacional de Ceràmica-

Febrer de 1999

76


cómo se abre el espacio, cómo las paredes dobles se reducen y se decoran con dibujos formados por unos pocos ladrillos y con colores suaves y muy sutiles.

Enric Mestre, en su

producción artística, sigue teniendo, hoy en día, algo que decir, algo que nos interroga, nos asombra, nos convence y nos deleita. Encuentra en la cerámica la materia adecuada para expresar su mundo y poder así mostrar una obra de alta calidad y gran emoción. MARIE-THÉRÈSE COULLERY

-Secretaria general de la Academia Internacional de Cerámica-

Febrero de 1999

77


Sin TĂ­tulo. 1997. Gres Chamotado y Engobe. 26,5 x 25 x 21,5 cm .

78



Sin TĂ­tulo. 1997. Gres Chamotado y Engobe. 26,3 x 20,3 x 17 cm .

Sin TĂ­tulo. 1997. Gres Chamotado y Engobe. 26 x 20 x 17 cm .

80



1997. Gres Chamotado y Engobe. 79 x 34 x 24 cm .

1997. Gres Chamotado, Engobe y Plomo. 22,2 x 23,5 x 19,5 cm .

82



1997. Gres Chamotado, Engobe, Ladrillo Refractario y Plomo. 92 x 40 x 22 cm .

1997. Gres Chamotado y Engobe. 44 x 28 x 24,5 cm .

84



1995. Gres Chamotado y Engobe. 74,5 x 35 x 28 cm .



1997. Gres Chamotado, Engobe y Plomo. 54,5 x 11 x 25,5 cm .


1997.Gres Chamotado, Engobe y Aluminio Asfรกltico. 69 x 37 x 17 cm .


1998. Gres Chamotado y Engobe. 85 x 17,5 x 56 cm .



Sin TĂ­tulo. 1998. Gres Chamotado y Engobe. 65,5 x 45,5 x 25,5 cm .

Sin TĂ­tulo. 1998. Gres Chamotado y Engobe. 66,3 x 34,5 x 22,3 cm .

92




«Sabemos que toda verdad es incompleta, sin embargo las líneas estrechamente entrelazadas son hermosas. Nuestra casa es un cubo blanco, enmarcado en oscuridad amarga.»*

EnriC Mestre : Constelaciones espaciales.

La tierra es la guardiana

de toda la historia de la humanidad; en ella se encuentran sus huellas y señales. Las cosas cotidianas necesarias para vivir -vasos, anhelos religiosos, imágenes, ídolos y exvotos fúnebresadquirieron forma de arcilla a partir de la materia terreste. El alfarero, sin ser plenamente consciente de ello, prosigue una tradición milenaria. El artista, que hoy trabaja con material cerámico, tiene que hacerlo conscientemente. El trabajo libre en la cerámica debe fundarse en el mismo trabajo. Enric Mestre es un artista que une de forma simbiótica el contenido profundo de la materia con su tema -la investigación de conceptos espaciales.

La trayectoria de

Mestre partió de la alfarería tradicional, fue ceramista, pasó a ser técnico ceramista hasta llegar a la formación artística, que concluyó con la licenciatura en la Facultad de Bellas Artes de Valencia. Este camino se corresponde con la inseparable unidad de material, forma, superficies y coloración, que impregna los trabajos de Enric Mestre. En su producción creativa mezcla los conocimientos técnicos y la maestría artesana del ceramista con la visión plástica del artista. A diferencia de escultores, que delegan los procesos técnicos en el alfarero, como Joan Miró, Eduardo Chillida o Antoni Tàpies, él mismo es quien elabora sus obras plásticas, desde la

«Sabem que tota veritat és incompleta, tanmateix les línies estretament entrellaçades són belles. La nostra casa és un cub blanc, emmarcat en obscuritat amarga.»*

Enric Mestre : Constel.lacions espacials.

La terra és la guardiana de

tota la història de la humanitat; en ella es troben totes les seues empremtes i tots els seus senyals. Les coses quotidianes necessàries per a viure -gots, anhels religiosos, imatges, ídols i exvots fúnebres- adquiriren forma d'argila a partir de la matèria terrestre. El terrisser, sense ser-ne plenament conscient, prosseguix una tradició mil·lenària. L'artista que hui treballa amb material ceràmic ho ha de fer conscientment. El treball lliure en la ceràmica ha de fonamentar-se en el mateix treball. Enric Mestre és un artista que unix de manera simbiòtica el contingut profund de la matèria amb el seu tema: la investigació de conceptes espacials.

La trajectòria de Mestre va partir de la terrisseria

tradicional, fou ceramista, passà a ser tècnic ceramista fins arribar a la formació artística, que conclogué amb la llicenciatura en la Facultat de Belles Arts de València. Este camí es correspon amb la inseparable unitat del material, la forma, les superfícies i la coloració que impregna els treballs d'Enric Mestre. En la seua producció creativa mescla els coneixements tècnics i la mestria artesana del 95


mezcla de la materia arcillosa, pasando por la configuración, hasta la cocción a alta temperatura.

Enric Mestre desarrolló su obra desde 1964, paso a paso, con trabajos aislados o

ensamblados con la arquitectura, de una manera cada vez más estricta y rigurosa. Ya sus vasos y cajas de 1970 delatan una inclinación hacia formas cerradas, cilíndricas. En cuanto al contenido, el tema de la torre, el pilar y la columna llega, en ellas, a su configuración.

Entre 1978

y 1981 Enric Mestre trabaja de forma plásticamente gráfica. Delgadas placas de arcilla sirven como portadoras de imágenes para signos de escritura y lotes barnizados -el material terrestre es incorporado creativamente mediante grabaciones, estructuraciones y cardados. Estas diferentes huellas y dibujos confieren a la materia cerámica una participación esencial en las afirmaciones del contenido. En el esfuerzo por intensificar el ímpetu escultórico, acrecienta el potencial afirmativo del material “tierra arcilla”, utilizándolo en su coloración natural, sin esmaltar, rudo, pero reforzado de manera inusualmente fina. Así avanza hacia un ámbito expresivo de profunda fuerza meditativa. Los muros macizos de los años 80 aparecen con una claridad racional que, a la vez, impresiona por la profundidad de su expresión. Como planos simétricos, colocados sobre dos vistas idénticas, presentan una tensa conexión de medios gráficos y plásceramista amb la visió plàstica de l'artista. A diferència d'escultors, que deleguen els processos tècnics en el terrisser, com Joan Miró, Eduardo Chillida o Antoni Tàpies, és ell mateix qui elabora les seues obres plàstiques, des de la mescla de la matèria argilosa, passant per la configuració, fins a la cuita a alta temperatura.

Enric Mestre desplegà la seua obra des de 1964, pas a pas, amb treballs

aïllats o acoblats amb l'arquitectura, d'una manera cada vegada més estricta i rigorosa. Els seus vasos i les seues caixes de 1970 ja delaten una inclinació cap a formes tancades, cilíndriques. Pel que fa al contingut, el tema de la torre, el pilar i la columna arriba, en elles, a la seua configuració. Entre 1978 i 1981 Enric Mestre treballa de forma plàsticament gràfica. Plaques primes d'argila servixen com a portadores d'imatges per a signes d'escriptura i lots envernissats -el material terrestre és incorporat creativament per mitjà de gravacions, estructuracions i cardatges-. Estes diferents empremtes i dibuixos conferixen a la matèria ceràmica una participació essencial en les afirmacions del contingut. En l'esforç per intensificar l'ímpetu escultòric, acreix el potencial afirmatiu del material, “terra argila”, en la mesura que el utilitza amb el seu color natural, sense esmaltar, rude, però reforçat de manera inusitadament fina. Així avança devers un àmbit expressiu de profunda força meditativa. 96

Els murs massissos dels anys vuitanta apareixen amb una claredat racional que, alhora,



98


ticos. Las partes principales, sometidas a un sistema de ordenación rigurosamente geométrico, se articulan mediante delgadas ranuras longitudinales rectas, grabadas o incrustadas. En construcciones en general simétricas, la configuración vertical prevalece sobre la horizontal. Y Enric Mestre concentra todos los elementos de la composición sobre un eje central vertical como centro ideal. Esto otorga a sus creaciones un carácter arquitectónico de unidad cerrada y de calma. Estas obras reciben su dimensión espiritual a través de la incorporación eficaz de luces y sombras como elemento configurador, aspectos que, con toda su plasticidad, hacen referencia al ámbito de la escultura.

Enric Mestre no se queda parado ahí. Condensa su visión

plástica para desembocar, tras una fase aún más breve, en los trabajos actuales. En 1991 construye prismas delgados, perfectamente rectangulares y, en parte, ligeramente achaflanados por arriba. Los muros completamente lisos están cortados, únicamente en sus superficies superiores, por delgadas ranuras o aperturas cuadradas. Lo esencial ahí es que los prismas macizos se han transformado en espacios en forma de arcas, en plástica arquitectónica. El gran dominio que Enric Mestre tiene de la configuración gráfica de las superficies resulta evidente en las obras más recientes, donde crea tensión con las intervenciones más minimal. Como impressiona per la profunditat de la seua expressió. Com plans simètrics, col·locats damunt de dues vistes idèntiques, presenten una tensa connexió de mitjans gràfics i plàstics. Les parts principals, sotmeses a un sistema d'ordenació rigorosament geomètric, s'articulen mitjançant primes ranures longitudinals rectes, gravades o incrustades. En construccions generalment simètriques, la configuració vertical preval sobre l'horitzontal. I Enric Mestre concentra tots els elements de la composició sobre un eix central vertical com a centre ideal. Açò atorga a les seues creacions un caràcter arquitectònic d'unitat tancada i de calma. Estes obres reben la seua dimensió espiritual gràcies a la incorporació eficaç de llums i d'ombres com a element configuratiu, aspectes que, amb tota la seua plasticitat, fan referència a l'àmbit de l'escultura.

Enric Mestre no s'hi ha aturat. Condensa la seua

visió plàstica per a arribar, després d'una fase encara més breu, als treballs actuals. El 1991 construïx uns prismes prims, perfectament rectangulars i, en part, lleugerament aixamfranats per dalt. Els murs, completament llisos, estan tallats únicament en les seues superfícies superiors per unes ranures primes o per unes obertures quadrades. L'essencial aquí és que els prismes massissos s'han transformat en espais en forma d'arques, en plàstica arquitectònica.

El gran domini que Enric Mestre té de la

configuració gràfica de les superfícies resulta evident en les obres més recents, on crea tensió amb 99


medio de configuración simple, pero muy eficaz, junto a la perforación, Mestre utiliza material chamotado, áspero o liso, con la conciencia de que la luz quede reflejada o absorbida por diferentes superficies. De esta manera lleva a su desarrollo el efecto sensorial de las diferentes estructuras superficiales. Los materiales lisos y oscuros aparecen recubiertos de barniz.

En

su fase de trabajo más reciente, que hay que asignar a la plástica arquitectónica, la forma externa áspera y los espacios interiores lisos pueden ser considerados en analogía con la arquitectura construida con toscos adornos exteriores e interiores. Mestre consigue una estructuración de las superficies más ornamental, también fundamentada internamente, mediante la inclusión de ladrillos de construcción de muros en sus obras plásticas más recientes.

Las

obras producidas desde 1993, en plurivisibilidad desconcertante sólo para los ojos, convierten en tema los transitables canales, los pozos y las moradas de la vida y la muerte. Lo que ninguna fotografía puede mostrar son peldaños y materiales achaflanados dentro de los pozos. Aún sin saber que determinados trabajos proceden de instalaciones de riego, su forma transmite realmente el aspecto del fluir. La diversa intensidad de luz y sombra produce la impresión de dinamismo, cuando se observan los espacios abarrancados o los pasajes de los “canales”. les intervencions més minimal. Com a mitjà de configuració simple, però molt eficaç, al costat de la perforació, Mestre fa servir material granulat, aspre o llis, conscient que la llum quede reflectida o absorbida per diferents superfícies. D'esta manera, du al seu desenvolupament l'efecte sensorial de les diferents estructures superficials: els materials llisos i obscurs apareixen recoberts de vernís. En la seua fase de treball més recent cal assignar, a la plàstica arquitectònica, la forma externa aspra i els espais interiors llisos, que poden ser considerats en analogia amb l'arquitectura construïda amb bastos adorns exteriors i interiors. Mestre aconseguix una estructuració més ornamental de les superfícies, fonamentada internament també amb la inclusió en les seues obres plàstiques més recents d'atovons de construcció de murs.

Les obres produïdes des de 1993, en plurivisibilitat desconcer-

tant només per als ulls, convertixen en tema els transitables canals, els pous i els habitacles de la vida i la mort. El que cap fotografia pot mostrar són escalons i materials aixamfranats dins dels pous. Encara sense saber que determinats treballs procedixen d'instal·lacions de reg, la seua forma transmet realment l'aspecte de fluir. La diversa intensitat de llum i ombra produïx la impressió de dinamisme quan s'observen els espais de formes barrancoses o els passaments dels canals.

Des

de fa temps, l'artista s'interessa per l'heretatge àrab en forma de sistemes de canals, túnels, magat100


Desde hace tiempo el artista se interesa por la herencia árabe en forma de sistemas de canales, túneles, almacenes y construcciones industriales en los alrededores de Valencia. Los recoge en esbozos que, con el tiempo, llenan ya libros enteros. A partir de ahí elabora un concepto dibujado cuya cualidad tridimensional comprueba con un modelo de arcilla antes de realizarla a la dimensión correspondiente.

A partir de la estática, de la construcción expe-

rimentada, de las medidas y proporciones del edificio-modelo llega a la densidad cúbica y monumentalidad de sus obras. Aunque en muchos trabajos la relación con la arquitectura es estrecha, siempre sin excepción se trata de obras plásticas autónomas, de formas en el espacio, absolutas, no funcionales, a menudo creaciones arquetípicas de carácter memorialístico. El material de tierra, con el que desde hace milenios el hombre construye su habitáculo, transformado de nuevo en piedra mediante el fuego, consigue expresarse. La superficie del material arcilloso, ligeramente granulado está estructurado a su vez con finas matizaciones. De esta manera, a pesar del riguroso sistema compositivo, surge una vitalidad siempre contenida. Enric Mestre, en su creación, hace una afirmación global y, en su densidad, polivalente del encuentro y de la aventura conjunta del espacio interior y de la forma que se despliega en el zems i construccions industrials dels voltants de València. Els arreplega en esbossos que, amb el temps, ja omplin llibres sencers. A partir d'ací, elabora un concepte dibuixat, del qual comprova la qualitat tridimensional amb un model en argila abans de realitzar-la a la dimensió corresponent.

A

partir de l'estàtica, de la construcció experimentada, de les mesures i les proporcions de l'edifici-model arriba a la densitat cúbica i a la monumentalitat de les seues obres. Encara que en molts treballs la relació amb l'arquitectura és estreta, sempre sense excepció es tracta d'obres plàstiques autònomes, de formes en l'espai, absolutes, no funcionals, sovint creacions arquetípiques de caràcter memorialístic. el material de terra, amb el qual des de fa mil·lennis el ser humà construïx el seu habitacle, transformat de nou en pedra per mitjà del foc, arriba a expressar-se. La superfície del material argilós, lleugerament granulat, està estructurat alhora amb fines matisacions. D'esta manera, a pesar del rigorós sistema compositiu, sorgix una vitalitat sempre continguda.

Enric Mestre, en la

seua creació, fa una afirmació global i, en la seua densitat polivalent de la trobada i de l'aventura conjunta de l'espai interior i de la forma que es desplega en l'espai. El rigorós pla de construcció, fet només de rectes, du a configuracions on pareix que s'entrellacen així mateix racionalitat i emoció. La precisió de les formes realitzades en material ceràmic d’alta temperatura, tallants i en bloc, com 101


espacio. El riguroso plan de construcción, hecho sólo con rectas, lleva a configuraciones, en que parecen entrelazarse asimismo racionalidad y emoción. La precisión de las formas realizadas con material cerámico de alta temperatura, cortantes y en bloque, como esculpidas de la piedra, no es un fin absoluto. Mestre crea una red de relaciones de aristas, vectores, espacios interiores y luz, que se desparrama entre pozos y ranuras. Al respecto no se contenta con cumplir las exigencias de un principio puramente racional. Sus obras jamás se quedan meramente en el ámbito de análisis secos, geométricos; él tiende más bien a que las cosas tengan cualidades asociativas. La belleza de la constelación sencilla hace referencia a contenidos complejos y al lenguaje de signos de esta “arquitectura”. El espacio se convierte, en Enric Mestre, en portador tanto de afirmaciones existenciales como en objeto de consideraciones filosóficas.

De forma explícita sucede esto en las placas cerámicas de una o más partes.

Estructuras en forma de reja dispuestas horizontal o verticalmente y superficies oscuras con campos vaciados de blanco forman los elementos compositivos. Las bandas paralelas escalonadas, superpuestas en forma de cruz dejan surgir un enrejado con profundidad espacial y, así, posibilitan perspectivas de espacios de ilusión con una profundidad mística. Frente al rigor esculpides de la pedra, no és un fi absolut. Mestre crea una xarxa de relacions d'arestes, vectors, espais interiors i llum, que s'escampa entre pous i clivelles. Sobre açò, no s'acontenta de complir les exigències d'un principi purament racional. Les seues obres mai no es queden merament en l'àmbit de les anàlisis seques, geomètriques; ell s'orienta més aviat en el sentit que les coses tinguen qualitats associatives. La bellesa de la constel·lació senzilla fa referència a continguts complexos i al llenguatge de signes d'esta arquitectura. L'espai es convertix, en Enric Mestre, en portador tant d'afirmacions existencials com en objecte de consideracions filosòfiques.

Açò s'esdevé de manera

explícita en les plaques ceràmiques d'una o més parets. Estructures en forma de reixa disposades de manera horitzontal o vertical i superfícies obscures amb camps buidats de blanc, en formen els elements compositius. Les bandes paral·leles escalonades, superposades en forma de creu, deixen sorgir un enreixat amb profunditat espacial i, així, possibiliten perspectives d'espais d'il·lusió amb una profunditat mística. Enfront del rigor absolut dels treballs plàstics, les línies no estan fetes amb el regle. Mestre deixa lloc a una determinada vitalitat. Superfícies rectangulars i reixes possibiliten les ordenacions més senzilles de les parts en un tot més gran. L'atovó n'és un exemple, ja que, com a element d'unió entre pintura i escultura, estructura la superfície i, alhora, permet ordenacions espa102



absoluto de los trabajos plásticos las lineas no están hechas con la regla. Mestre deja espacio para una determinada vitalidad. Superficies rectangulares y rejas posibilitan las ordenaciones más sencillas de las partes en un todo mayor. El ladrillo es un ejemplo de esto pués, en cuanto elemento de unión entre pintura y escultura, estructura la superficie y, a la vez, permite ordenaciones espaciales.

Quien se ha reconocido en las firguras tectónicas de Mestre, tam-

bién reconocerá sin dificultad en sus placas semejantes principios y proporciones espaciales. Sus acuñadas representaciones espaciales las podemos encontrar en las formas arquitectónicas de la cultura europea. A partir de esta tradición se puede comprender el predominio de estructuras rectangulares, con que se ha reconstruido casi siempre el espacio. Lo que en el objeto tridimensional aún se puede leer objetualmente se convierte, en cuanto división espacial, en construcción completamente abstracta, aunque, de lejos, recuerde las fachadas de las casas. La referencia lejana a elementos de la realidad visible significa reducción de lo objetual a su esencia, estilización de las formas aparentes a su núcleo. Desde tiempos prehistóricos se ha servido el hombre de ordenaciones geométricas, cuando se ha confrontado figurativamente con su existencia, con el universo. A partir de su trabajo Mestre se ha procurado la posibilidad de cials.

Qui s'ha reconegut en les figures tectòniques de Mestre, també reconeixerà sense dificultat

en les seues plaques uns principis i unes proporcions espacials pareguts. Les seues pròpies representacions espacials, les podem trobar en les formes arquitectòniques de la cultura europea.

A

partir d'esta tradició es pot comprendre el predomini d'estructures rectangulars, amb què s'ha reconstruït quasi sempre l'espai. Allò que en l'objecte tridimensional encara es pot llegir objectualment es convertix, com a divisió espacial, en construcció completament abstracta encara que, de lluny, recorde les façanes de les cases. La referència llunyana d'elements de la realitat visible significa reducció de l'objectual a la seua essència, estilització de les formes aparents al seu nucli. De temps prehistòrics ençà, el ser humà s'ha servit d'ordenacions geomètriques, quan s'ha confrontat figurativament amb la seua existència, amb l'univers. A partir del seu treball, Mestre s'ha procurat la possibilitat de reconéixer i de fer recognoscibles les estructures i el caràcter enigmàtic d'este món amb ordenacions geomètriques.

Cal situar Mestre entre aquells matemàtics, filòsofs i artistes que, des de l'antigui-

tat, tracten d'aclarir el fenomen de l'espai en tota la seua variada estratificació. Allò que li interessa és explorar, a partir del cabal de la seua experiència personal, l'espai de la vida humana i del pensament amb la legitimitat de l'obra d'art. Ho fa en el sentit de Martin Heidegger, que s'expressà així: 104


reconocer y hacer reconocibles las estructuras y el carácter enigmático de este mundo con ordenaciones geométricas.

A Mestre hay que situarlo entre aquellos matemáticos, filósofos

y artistas que, desde la antigüedad, tratan de aclarar el fenómeno del espacio en toda su variada estratificación. Lo que le interesa es explorar, a partir del acervo de su experiencia personal, el espacio de la vida humana y del pensamiento con la legitimidad de la obra de arte. Lo hace en el sentido de Martin Heidegger, que se expresó así: ”Mientras no experimentemos lo característico del espacio, el discurso de un espacio artístico permanecerá también oscuro” (Die Kunst und der Raum, Erker-Verlag, St. Gallen 1969, pág.8).

Enric Mestre se

atiene en sus obras a los grandes contenidos, normas y topoi de la cultura europea mediterránea. Con eso, cuajado en experiencia, nos encontramos, renovados desde esa misma cultura. La memoria nos une con fuerzas colectivas, sobre todo cuando en él se proclaman también imágenes míticas. La arquitectura y los fragmentos arquitectónicos de Mestre tematizan el espacio histórico. Ahí escenifica él imágenes interiores y cuestiona el genius loci. El artista retorna a las raíces mágicas de la geometría y de la arquitectura, en la medida en que sondea, en sus constelaciones espaciales, las profundidades poéticas de la experiencia local. «Mentre no experimentem allò que és característic de l'espai, el discurs d'un espai artístic es mantindrà també obscur» (Die Kunst und der Raum, St. Gallen, Erker-Verlag, 1969, p.8). Enric Mestre s'até en les seues obres als grans continguts, normes i topoi de la cultura europea mediterrània. Amb això, farcit en experiència, ens trobem renovats des d'eixa mateixa cultura. La memòria ens unix amb forces col·lectives, sobretot quan en ell es proclamen també imatges mítiques. L'arquitectura i els fragments arquitectònics de Mestre tematitzen l'espai històric. Ací escenifica ell imatges interiors i qüestiona el genius loci. L'artista retorna a les arrels màgiques de la geometria i de l'arquitectura, en la mesura que sondeja, en les seues constel·lacions espacials, les profunditats poètiques de l'experiència local. Enric Mestre, amb una ascètica interiorització, concep espais la forma i el contingut dels quals sorgix des de misterioses profunditats, més que no de vistes interiors de mons nocturns. Unixen història i utopia, rigor i intuïció en obres d'art, que també despleguen la seua monumentalitat tranquil·la, apathica, en modestes proporcions. La natura parla a partir del seu material, -forma i contingut són expressió de la nostra cultura, del nostre pensament-. Allò que mou estes obres des del seu interior i tensa la mirada és la diversa però eficaç contraposició entre allò que és completament evident (perquè està a l'abast) i allò irreal.

Alguna cosa vibra contínuament ací i allà, capritxosament, pròxima 105


106


Enric Mestre, con ascética interiorización, concibe espacios, cuya forma y contenido surgen desde misteriosas profundidades, antes que de vistas interiores de mundos nocturnos. Unen historia y utopía, rigor e intuición en obras de arte, que también despliegan su monumentalidad tranquila, apathica, en modestas proporciones. La naturaleza habla a partir de su material, -forma y contenido son expresión de nuestra cultura, de nuestro pensamiento-. Lo que mueve a estas obras desde su interior y tensa la mirada es la diversa y eficaz contraposición entre lo completamente evidente (porque está “a la mano”) y lo irreal.

Algo vibra continuamente

aquí y allá, caprichoso, cercano a la realidad y, a la vez, un mero espejismo, está ahí, pesado como un bloque, y también se va perdiendo fantásticamente por el horizonte, donde lo visible se separa de lo imaginario. Con sus obras plásticas arquitectónicas Enric Mestre nos ofrece miradas sobre dimensiones cifradas de arquitectura significativa y la convierte en lugar de recuerdo. Tales y Platón perviven en nosotros. F RANK N IEVERGELT -Director de la Kunsthalle de Wil-

a la realitat i, alhora, un mer miratge, està aquí, feixuc com un bloc, i també es va perdent fantàsticament per l'horitzó, on allò que és visible se separa d'allò imaginari. Amb les seues obres plàstiques arquitectòniques, Enric Mestre ens oferix mirades sobre dimensions xifrades d'arquitectura significativa i la convertix en lloc de record. Tales i Plató perviuen en nosaltres. F RANK N IEVERGELT -Director de la Kunsthalle de Wil-

*Czeslaw Milosz (Escritor y profesor de literatura, nació en 1911 en Seteiniai, Lituania; actualmente vive en los Estados Unidos). Czeslaw Milosz (Escriptor i professor de literatura, nascut en 1911 a Seteiniai, Lituània; actualment viu als Estats Units).

107


1993. Gres Chamotado y Engobe. 48 x 21 x 31,5 cm .

108



1993. Gres Chamotado y Engobe. 40 x 45 x 20 cm .

1993. Gres Chamotado y Engobe. 32,5 x 32,5 x 29 cm .

110



1994. Gres Chamotado y Engobe. 195,5 x 53,5 x 23 cm .



1993 Gres Chamotado y Engobe. 43,5 x 25 x 30 cm .

1993. Gres Chamotado y Engobe

114


e. 38 x 21 x 21 cm .


1996. Gres Chamotado y Engobe. 91,5 x 36 x 8 cm .

116


1996. Bizcocho porcelana. 39 x 4,5 x 14 cm .


1996. Gres Chamotado y Engobe. 79 x 46,5 x 7 cm .

118

1997. Gres Chamotado y Engobe. 139 x 95 x 16 cm .



1996. Gres Chamotado y Engobe. 87 x 44,5 x 7 cm .

120


1996. Bizcocho porcelana. 48,4 x 4,5 x 9,5 cm .


1996. Bizcocho Porcelana. 41 x 4 x 7,5 cm .

1996. Bizcocho Porcelana. 47,5 x 4,5 x 8,5 cm .

1996. Porcelana y Barniz Negro. 45 x 5 x 13 cm .

122



1998. Gres Chamotado y Barniz. 137 x 60 cm.

124


1998. Gres Chamotado y Barniz. 67 x 262 cm.


1998. Gres Chamotado y Barniz. 178 x 131 cm



1998. Gres Chamotado y Barniz. 201 x 131 cm.



1998. Gres Chamotado y Barniz. 239 x 131 cm.



1998. Gres Chamotado y Barniz. 135 x 53 cm.



1998. Gres Chamotado y Barniz. 133 x 57 cm.




Enric Mestre Estellés Nace en Alboraia - Valencia el 16 de marzo de 1936. ESTUDIOS PROFESOR DE DIBUJO Por la Escuela de San Carlos de Valencia.1958 PERITO TÉCNICO CERÁMICO Por la Escuela Práctica de Cerámica de Manises.1963 PERITO ARTÍSTICO CERÁMICO Por la Escuela Práctica de Cerámica de Manises.1970 GRADUADO EN ARTES APLICADAS Especialidad Cerámica por la Escuela de Artes Aplicadas de Valencia.1972 LICENCIADO EN BELLAS ARTES Por la Facultad de San Carlos de Valencia. 1982 BECAS Y PREMIOS 1964 La Universidad de Valencia le concede una beca para realizar estudios sobre vidriados artísticos de alta temperatura, en el Lycée Technique Henry Brisson de Vierzon (Francia). 1972 Primer Premio en el Concurso Nacional de Cerámica de Manises. Premio Nacional en el Concurso de Diseño Indutrial de la Feria de Cerámica de Valencia. 1976 Medalla de Oro del Estado de Baviera en Munich. 1982 Primer Premio en el Concurso Nacional de Cerámica de Calvia. (Mallorca) EXPOSICIONES INDIVIDUALES NACIONALES E INTERNACIONALES 1964 Sala Nebli de Madrid. 1967 Asociación de la Prensa de Valencia. 1970 Galeria Val i Trenta de Valencia. Feria de Cerámica de Copenhague.

1971 Galeria Amadís de Madrid 1972 Galeria Sarriò de Barcelona. 1973 Galeria Val i Trenta de Valencia. Galeria Val i Trenta de Marbella. Galeria Capitol de Alcoi.

1994 Musikhuset Arhus. Dinamarca. Junto a Rie Toft Galeria Norby. Copenhague. Dinamarca.

30 Artistes Valencians. Ayuntamiento de Valencia. L'art a l'escola. Colegio de San José de Valencia. Cerámica Contemporánea. Zamora.

1996 Galeria Norby. Copenhague. Dinamarca. Institut Municipal de Cultura. Meliana. Valencia.

1982 Oficio y Arte. Madrid. Colectiva de Elche. Alicante. Galeria Olivo 4. Valencia.

1974 1997 Galeria Cuatre Cantons de Burriana. Kunsthalle Wil. Suiza. (Castellón). 1975 Galeria Temps de Valencia. Galeria Ponce de Madrid. 1977 Galeria Atenas de Zaragoza. 1978 Galeria Terra de Castellón. 1979 Galeria Atica de Barcelona. 1980 Maho Gallery Japón. 1981 Galeria Sástago de Zaragoza. 1982 Galeria Sargadelos de Madrid.

EXPOSICIONES COLECTIVAS NACIONALES 1966 Sala Gaspar de Barcelona. 1971 XII Salón de Marzo de Valencia Feria de la Cerámica y Vidrio de Valencia. Colectiva de Villena. Alicante. Oviedo. Sociedad Española de Cerámica y Vidrio. 1974 Galeria Ponce de Madrid. 1976 "Homenaje a Llorens Artigas". Galeria Ponce de Madrid. Galeria Trazos de Santander.

1983 Galeria Siena de Valladolid. 1977 Galeria Norai de Pollença. Mallorca. Galeria Artis de Salamanca. Reunion Anual de la Sociedad 1984 Española de Cerámica y Vidrio. Galeria Terra de Castellón. Casino Viejo de Castellón. 1985 1978 Museo de Cerámica de Barcelona. Caja de Ahorros de Vigo 1986 1979 Universitat de València Estudi Doce Ceramistas Españoles: General. Museo de Cerámica de Valencia & Palacio de Cristal de Madrid. 1987 Museo de Cerámica de Barcelona. Galeria Punto de Valencia. Ceramistes dels Països Catalans. 1989 1980 Casa de la Cultura de Alcoi. Cerámica Actual Española. Escuela Hetjens Museum. Dusseldorf. de Artes y Oficios de Sevilla. Alemania. Tres Ceramistas del Pais Valenciano. 1990 Onda. Castellón. Galeria Mácula. Alicante. 1981 1991 Mostra Cultural al Païs Valencià. Galeria Leonelli. Lausana. Suiza. Alcoi. Museo de Cerámica de Barcelona.

1986 Colegio de Arquitectos de Castellón. Arcadio Blasco. Mestre. Safont. Cerámica española contemporánea. Casa de Colón. Las Palmas de Gran Canaria. 10 Ceramistas Españoles. Sala Cerámica y Ceramistas.Zaragoza. Treinta y ocho Ceramistas de los Paises Catalanes. Olot. (Gerona) Galeria Adama de Madrid La Cerámica en la dinamica del Arte Actual. Santillana del Mar Santander. Cerámica Actual en la Comunidad Valenciana. Museo de Cerámica Museo González Martí de Valencia. Panorama de la Cerámica Española Contemporánea. Museo de Arte Contemporáneo de Madrid. Ayuntamiento de Valencia. Plástica Valenciana Contemporánea. Valencia. Madrid. Castellón. Alicante. 1987 Arco 87. Galeria Punto de Valencia / Galeria Italia de Alicante. Panorama de la Cerámica Española Contemporánea. Galeria Ceramo de Vitoria. Artistas del País Valenciano con la cultura popular. Casino Alicante. 1988 Galeria Sargadelos de Valencia. Cerámicas de Arcadio Blasco y Enric Mestre "España en Salamanca". 30 Ceramistas, 40 Alfareros. Salamanca. Artes plásticas en España y mundo Arabe. Almuñecar, Granada. Exposición Premis del Concurs Nacional de Cerámica (1972-1988) Manises. 30 años de pintura. Caja de Ahorros de Valencia.

137


1989 1985 Arte Geométrico en España. Madrid. Appalachian Center for Crafts. USA. Centro Cultural de la Villa Cumberland Gallery. Tennessee. USA. 1990 Galeria Dávila. Valencia. Arcadio 1986 Blasco. Madola. Mestre. Europäische Keramik der Gegenwart. Keramion Museum. Frechen. 1992 Alemania. "Homenaje Miguel Hernández". 50 x 50. Elche. (Muestra Itinerante). 1987 International Symposium. Museo de Cerámica & Habitat. Castellón. Bechiné. Checoslovaquia. Praga. 1993 I Bienal Internacional de Obidos. "Homenaje Miguel Hernández". Palau Portugal. Scala. Valencia. 1988 1994 International Academy of Ceramics. L'Emprenta de l'Avantguarda en el Sydney. Australia. Museu Sant Pius V. Fundación Terra D'espagna. Bassano del Cultural CAM. Alicante. Grappa. Italia. 1999 Die skulptur auston 88. Elisabeth Cerámica Artística Actual. Vila-Real. Schneider Gallery. Freiburg. RFA. Castellón. East-West contemporary ceramics Geométrica Valenciana (obra exhibition. Seul. Corea del Sur pictorica). Centro Cultural de la Casa Candina Gallery. Condado. Beneficencia. Diputación de Puerto Rico Valencia. I Congreso Internacional de Talavera de la Reina. EXPOSICIONES COLECTIVAS INTERNACIONALES 1989 L’Europe des Céramistes. Auxerre. 1972 Francia. International Ceramics. Victoria and Museo de Arte Moderno. Madrid. Albert Museum de Londres. Galeria Ewers and Gross St. Martin. 1973 Colonia. Alemania. Exposición Internacional de Presencia de la Cerámica Española Cerámica de Faenza. Italia. Actual: Keramion. Frechen. (Alemania.) 1980 Academia de España. Roma. Miniaturas en Cerámica. International Academy of Ceramics. Casa de España. París. Fundación Calouste Gulbenkian. Kyoto. Lisboa 1981 Museo de Modern Art. Kyoto. International Academy of Ceramics. Everson Museum de Syracusa. USA. Miniaturas. París. Galeria D. Marco Edimburgo. 1982 Miniaturas Cerámicas Japonesas y Europeas. Lausanne. Suiza. The 10th. Chunichi International Exhibition of Ceramics Art. Japón. 1983 International Keramik Ausstellung in Zurich. Suiza. 1984 The Brockton Museum. Massachusets. USA.

138

1990 Form and glasur. Hosch. Alemania. AVAF. Asociación Venezolana Artes del Fuego. Caracas. Venezuela.

3 IRIS Biennial. Porvoo, Borga Finlandia Earth and Fiber. Resim ve Heykel Müzesi, Ankara - Turkia.

1999 Westerwaldpreis. Europäiche Keramik'99. Westerwald. Alemania.

1993 Neue Keramik in Europa. HetjensMuseum. Düsseldorf (Alemania) Skulpturen aus Ton. Saarländisches Künstlerhaus. Saarbrücken (Alemania). Céramique 93. Museé Ariana. Ginebra (Suiza) East & West & South International Ceramics Symposium in the Tölgyfa Gallery. Budapest. Keramik Europas. Keramikmuseum Westerwald in Höhr-Grenzhausen am Freitag.

OBRAS EN MUSEOS Y COLECCIONES PARTICULARES Museo de Cerámica de Manises. Museo de Arte Contemporáneo de Madrid. Museo de Cerámica de Barcelona. Museo de Elche. Alicante. Museo de Villafamés. Castellón. Museo Ariana de Ginebra. Bancaixa. Valencia. Banco Industrial de Bilbao. Caja de Ahorros de Torrente. Valencia. Col. Andrés Esteban dela Torre. Madrid. Hospital Corporation of America. Nashville. USA. Appalachian Center for Crafts. Cookeville. Tennessee. USA. Tennessee State Museum. USA. Museo de Bechiné. Checoslovaquia. Museo de las Artes Decorativas de Praga. Museo de Bellas Artes, San Pio V de Valencia. Col. Suzanne de Tarduvat. Ginebra. Col. Fiorella Cottier. Ginebra. Col. Nino Albarello. Milan. Col. Sammlung der Hoescht. Postfach. Frankfurt-Main, 80 Alemania. Col. Gisela Freudenberg. Weinheim. Col. Herr und frau Kurtstepprath IM Rothschild. SpeyerCol. Med. Jantzen. Munchengladbach Col. Hansgeorg Gareis. Bad SodenNeuenhain Col. Lluis Algue Vendrell. Barcelona. Col. José Higón. Valencia Col. Galería Leonarte. Valencia.

1994 Sculptures en Terre. Tutesall. Luxembourg-Grund. Internayional Academy of Ceramic. Umelecko Prumyslove Muzeum. Praga. Keramikmuseum Westerwald. D 5410. Höhr-Grenzhausen Alemania. 1995 VIII Bienale de Châteauroux, Ceramique contemporaine. Francia 1996 Castellodimonte, Italia AICE, Saga. Japón Cerámica Española: Dos árabes a Miró. Museu Nacional do Azulejo. Portugal. Encuentro Cerámico; Europa y Venezuela. Museo de Arte Contemporaneo de Caracas. 1997 Keramic 5 mal 5. Sammlung Thiemann Hamburg. Internationale Keramik gestern und heute. Hetjens-Museum. Düsseldorf. Seoul Ceramic Art Biennale . Seoul Metropolitan Museum. Centro Cultural Hammamet. Hammamet, Tunez.

1991 Europäisches Kunst Handwerk 1991. 1998 Landesgewerbamt BadenWurttemberg. Haus der Wirtschaft. Global Ceramics 1. Galeria Babel. Amsterdam, Holanda. Europäische Keramik aus 13 1992 Ländern. Osnabrück. Alemania. Plastik aus gebrannter ErdeKunststation Kleinsassen (Alemania) International Ceramics Public Art. Exhibition. Taiwan.

TRABAJO PROFESIONAL A través de los años ha realizado murales en cerámica para las siguientes firmas y entidades: Sánchez Plá . Valencia. Banco de Bilbao. Valencia. Banco Industrial de Bilbao. Valencia. Banco de Bilbao. Puzol.


Banco de Valencia. Alboraia. D. Enrique Roca. Jativa. D. José Borreda. Jativa. Maderas Montortal. Valencia. Peña ciclista de Burriana. Caja Rural de Torrente. D. José Mª Struch. Valencia. Iluminción LLedó. Valencia Pavimentos Fabra . Carlet. Arthisper S. A. Valencia. Colegio de Medicos. Valencia. D. Pedro Borja. Gandia. D. Lorenzo Agustí Llabata. Paterna. Hotel Turcosa. Castellón. Ayuntamiento de S. José. Ibiza. Gran escultura acceso Aeropuerto de Valencia. Gran panel 30x50m Autopista Ademuz.Valencia. D. Miguel Agrait. Urbanización Santa Bárbara. Valencia. Monumento al Pintor Segrelles. Valencia. Colegio Platero y yo. Alacuas. Valencia. Restaurante Chicote. Valencia. Casa Singer. Valencia. Monumento Funerario. Cerdanyola del Vallés. Barcelona. Agencia de Viajes. Levante Tours. Calle Albacete. Valencia. Mural Daniel de la Fuente. Hierro y cerámica. 88. Paiporta. Valencia. Mural Muebles La Nº 1. Valencia. Escultura By -Pass Monumento "Homenatge a l'Horta". Alboraia.

Edinburgo. Escocia. 1990 Estambul. Turquia. 1992 Praga. Rep. Checa. 1994 Nagoya Saga. Japón 1996 Montreal. Canada 1998 En 1976 y 1980 es invitado a dirigir las Experiencias de Técnologia y Escuela Libre de Sargadelos. En 1981 asiste a las Reuniones Internacionales de Cerámica de Aix en Provence. En 1983 es nombrado ponente del segundo curso de perfeccionamiento del profesorado de Enseñanzas Artísticas. Oviedo En 1985 es invitado a participar en el Nashville International Ceramic Symposium en Tennessee. USA. En 1986 participa en el International Ceramic Symposium de Bechiné. Checoslovaquia. Este mismo año organiza junto con Arcadio Blasco el Congreso de la Academia Internacional de la Cerámica que se celebra en MadridValencia. En 1987 organiza las I Jornadas de Cerámica en la Escuela de Artes Aplicadas de Valencia. Bajo el patrocinio de la Conselleria de Cultura y la firma comercial Vicente Díez de Manises. En 1988 invitado por The Korean Culture and Arts Foundation participa en el I Workshop de BooGog-Do-Bang (Seúl)

En 1983 es nombrado Academico de número de la Real Academia de Bellas Artes de San Carlos de Valencia.

En 1989 participa en el Congreso Internacional de Talavera de la Reina. Dirige junto con Arcadio Blasco las Primeras Jornadas de Cerámica de la Escuela de Talavera.

En 1979 es nombrado Miembro de la Academia Internacional de la Cerámica, asistiendo a los Congresos de: Barcelona. 1979. Kyoto. 1980 Paris. 1981. Budapest. 1982. Zurich. 1983. Boston. 1984. Madrid-Valencia. 1986. Sydney. Australia.1988.

En 1990. Dirige junto con Arcadio Blasco las Primeras Jornadas de la Cerámica en la Arquitectura, que se celebran en las Palmas de Gran Canaria. Invitado por la AVAF (Asociación Venezolana de las Artes del Fuego) a impartir un curso en Caracas sobre cerámica Escultorica. En 1991 gana el concurso Tirant lo Blanch, para la realización de un monumento en la plaza de la Reina de Valencia.

Invitado a dar un Curso de Cerámica 1967 en al Universidad de Haifa-Israel Aguilera Cerni, Vicente: "Sobre las alternativas de nuestro diseño En 1992 es invitado a participar en industrial". el III IRIS Symposium en Poorvo, Suma y Sigue del Arte Finlandia. Contemporáneo nº 2. Valencia, pag. 31-37. En 1993 es invitado a participar en el Symposium de Kesckemet, 1971 Hungria. Aguilera Cerni, Vicente: "Enrique Mestre". Texto Catálogo. En 1996 desarrolla el "Curso Galeria Amadis. Madrid. monográfico de cerámica. Aplicaciones en torno a la 1972 escultura", organizado por la Anónimo: "International Ceramics". Facultad de Bellas Artes de San Craftsman. L´Artisan. Vol. V, nº3. Carlos y la Escuela de Artes y Otawa. Pagina 21. Oficios de Valencia. Anónimo: "Una cerámica, un Ha pronunciado conferencias sobre ceramista. La obra de Enrique Mestre". Hogares Modernos nº 72. cerámica en: Museo de Cerámica González Martí Barcelona, Septiembre, pag. 32-34. Beltrán, Juan Bautista: "Enrique de Valencia. Mestre". Texto Catálogo. Galería Escuela de Artes Aplicadas de Sarrió. Barcelona. Valencia. Escuela de Cerámica de Manises. 1973 Escuela de Artes Aplicadas de Soria. Anónimo: "La Feria de la Cerámica en Valencia". Mobelart nº 8. Escuela de Formación Profesional Barcelona, mayo, pág. 58-59. del Cabanyal. Valencia. Anónimo: "Exposición de arte Caja de Ahorros de Vigo para la cerámico". La Tinaja nº 2. Madrid. Universidad de Santiago de Compostela. Gran Enciclopedia de la Región Valenciana. Fasc.123, pag. 108. Departamento de Estética de la Universidad de Valencia-Estudi Moody, Ella: Decorative Art in General. Modern Interiors. Studio Vista Colegio de Arquitectos de Castellón. Publishers, Londres. CENCAL. Centro de Formación 1974 Profesional de Caldas do Rainha. Anónimo: "Colectiva de Escultores Portugal. Españoles". Goya nº 121. Madrid, South Australian College of pag. 55. Advancec Education. Galiana, Luis: "Diseños y decoración East Sydney Technical College. en la Caja de Ahorros de Torrente". Jam Factory. Adelaide. Australia. Hogares Modernos nº 89. Barcelona, Fifth National Ceramic Conference. pag. 34-42. New South Wales University. Lewenstein, Eileen & Cooper, Australia. Enmanuel : New Ceramics. Van Universidad de Haifa-Israel Nostrand Reinhold Company. Nueva York-Londres. Casa de la Cultura de Benisa. Alicante. 1975 VII Foro Universitario Juan Luís Bonet, Juan Manuel: "La práctica Vives. La oportunidad de vivir de la cerámica en Enrique Mestre". aventuras. 1999 Batik, Barcelona, abril. Colmeiro, Elena: "La cerámica de BIBLIOGRAFIA Enrique Mestre". Texto Catálogo. Galería Ponce, Madrid. 1964 Fortún, Antonio: "Enrique Mestre". Anonimo: "Enrique Mestre en la Texto Catálogo, Galería Atenas. Sala Nebli". Zaragoza. Aulas 64. Educación y Cultura nº 12. Quiles, Enrique: "Enrique Mestre y Madrid, febrero. sus esculturas cerámicas".Mobelart

139


nº 41. Barcelona, octubre/noviembre, Sentí, Carlos: "Cerámicas de E. Mestre en la Galería Punto". pag. 98-101. Levante, 25 enero. R.B: "La cerámica española: XXXIII Storr-Britz, Hildegard: Concurso de cerámica artística "Internationale Keramik der contemporánea en Faenza". Gegenwart". Du Mont. Köln. Cerámica y Hogar nº 4. Castellón, pag. 50-51. 1981 Simó, Trinidad: "Enrique Mestre". A.A.: "Las cerámicas de Mestre en Texto Catálogo. Galeria Temps. Sástago". El Heraldo de Aragón, Valencia. 24 mayo. Subirana, Rosa María: "Incidencia Fortún, Antorio: "Cerámica de del contexto social, históricoy Enrique Mestre". Texto Catálogo. económico en la evolución de la Galería Sástago. Zaragoza. escultura abstracta en España". Estudios Pro-Arte nº 4. Barcelona, 1982 pag. 6-27. Díaz Pardo, I: "Un vistazo a la cerámica desde el tiempo de 1977 Enrique Mestre". Texto Catálogo. Cirici, Alexandre & Manet, R.: Galería Sargadelos. Madrid. "Cerámica Catalana". Editorial Garnería, José: "La cerámica de Destino. Barcelona. Enric Mestre". Ediciones do Castro/ Pinedo, C. & Vizcaino, E: "La cerámica de Manises en la Historia". Sargadelos. La Coruña. Préaud, Tamera & Gauthier, Serge: Editorial Everest. León. "La céramique, art du XX siècle". Office du Livre. Friburgo. 1978 Anónimo: "Enric Mestre". Batik nº 44 (Número monográfico de 1983 Prats Rivelles, Rafael: "Enric Mestre: Cerámica) Barcelona, pag. 53. la creación plástica por medio de la Anónimo: "Enrique Mestre". The cerámica". Cimal nº 19-20. Gandía, Ikebana Ryusei nº 223, pag. 20. pag. 83-85. Anónimo:"Enrique Mestre". Texto Catálogo Galería Terra. Castellón. 1984 Catalá Gorgues, Miguel: "100 años Anónimo: "Entrelazar distintos de pintura, escultura y grabado niveles". Ricca. Interiorismo, diseño valencianos: 1878-1978". Edic. Caja y Arquitectura 2ª etapa, nº 5. de Ahorros de Valencia. Barcelona, pag. 4-15. AA. VV: "I maestri della Ceramica 1979 Moderna". Faenza Editrice. Faenza. Anónimo: "El ceramista du una vida Calle, Romá de la : "Enric Mestre: d´eremità". València Semanal nº66. espais per a la creativitat". Reüll. Valencia, 15 de abril, pag. 44-45. Art & informació visual. nº 7. Sánchez-Pacheco, Trinidad: "La cerámica desde el final de siglo Valencia, pag. 12. a nuestros días". Texto Catálogo 1985 Doce ceramistas españoles. Madrid. Andreu, J: "Estilos en el lenguaje de Ministerio de Educación y Ciencia. la cerámica". Mediterráneo. Castellón, 15 diciembre. 1980 Anónimo: "News & Retrospect: Anónimo: "3 ceramistas del Pais Enric Mestre". Ceramics Monthley. Valenciá: Angelina Alós, Enric Columbia. Ohio, octubre, pag. 85. Mestre i Manolo Safont". Anónimo: "Enric Mestre en el Texto Catálogo. Museu Històric Museo de Cerámica". El Noticiero. Municipal d ´Onda. Barcelona, 11 mayo. García, Manuel: "Las cerámicas y Burke, Francés: "International las pinturas de Enrique Mestre". Valencia Semanal nº 105. Valencia. Ceramic Symposium USA´85". Contac nº 63. The Alberta López-Chavarri, Eduardo: "Las Potters´Association. Alberta, cerámicas de Enrique Mestre". Las Canadá. Provincias 27 enero. Calle, Romà de la: "Enric Mestre i la creativitat". Texto Catálogo Museu de Cerámica. Ajuntament de Barcelona. Págs 5-9.

140

Calle, Romà de la: "Els diàlegs d´Enric Mestre". Texto Catálogo. Sala d’Exposicions de la Universitat de València. Págs 3-18. Calle, Romá de la: "Enric Mestre: la cerámica como espacio poético". Suplemento El Diván. Las Provincias, Valencia, 28 abril. Garnería, José: "Mestre: espais per a la creativitat". Levante. Valencia, 9 mayo. Jorge, B: "La Escuela de Artes y Oficios abre camino". Levante. Valencia, 4 junio. Oliver, Conchita: "Cerámica versus Arquitectura". Avui-Cultura. Barcelona, 9 mayo. Prat, Mercé de: "Enric Mestre y la calidez de la materia refractaria". El Noticiero. Barcelona, 11 junio. Sánchez-Pacheco, Tinidad: "Enric Mestre". Texto Catálogo. Museu de Cerámica. Ajuntament de Barcelona, abril. Selma de la Hoz, Vicente: "Enric Mestre: paisaje y arquitectura". Papers nº 8. Valencia, pag. 23. 1986 Andreu, J.:"Enric Mestre y las Jornadas de Cerámica". Mediterráneo. Castellón, 14 enero. Bayarri, Jaume: "Enric Mestre a la recerca de nous camins expressius". El Nostre Poble, Alboraia, març/ abril. Calle, Romà de la: "Enric Mestre i el món de la ceràmica". El Temps nº 131. Valéncia, 22 desembre, pag. 68. Casanovas. Mª Antonia: "L´Exposició d´Enric Mestre". Butlletí Informatiu de Ceràmica. Barcelona, abril/junio. García Bandrés, L.J.: "Cerámica y Ceramistas". Heraldo de Aragón, días 16,17,18 y 22 de mayo. Godoy, Manuel: "Cerámicas de Blasco, Mestre y Safont en el Colegio de Arquitectos". Mediterráneo. Castellón, 11 enero. Mansfield, Janet: "International Symposium of Ceramics". Pottery in Australia vol. XXV, nº 2, pag. 4-11. Sidney. Oskarsdóttir, Borghildur: "Albjódlegt leirlistarmót i USA". Sim Fréttabréft nº 3. Reykjavik, pag. 20-21. Prats Rivelles, Rafael: "El camino de una nueva era: panorámica de la cerámica española contemporánea". Levante, 4 diciembre.

Prats Rivelles, Rafael: "Cerámica reciente de Enric Mestre". Levante, 26 diciembre. Román, Benito:" Pintores del barro". El Pais Semanal nº 476. Madrid, 25 mayo, pag. 69-72. Sánchez Pacheco, Trinidad: "Exposición de los miembros de la I.A.C." Texto Catálogo. Cabildo Insular de Gran Canaria. Las Palmas. Calle, Romá de la et al.: "Plástica Valenciana Contemporánea". Ed. Promociones Culturales País Valencià. 1986, pág 140-141. 1987 Anónimo: "Enric Mestre". Glass Review. 5 enero. Praga. Anónimo: "Focus on. Intersimposium on Ceramics in Bechin". Decorative Art in the URSS. Mayo, pag. 40. Autores Varios: "Enric Mestre". Boletín de coleccionistas de Arte. Vicente García Editores. Calle, Romà de la: "Enric Mestre: diàlegs amb la matèria". L´Espill nº 23/24. València gener, pàgines 141156. Mansfield, Janet: "An International Meeting". Pottery in Australia Vol. XXVI, nº 1, pag. 10-15. Sidney. Marën-Dugardin, Anne Marie: "Enric Mestre". La revue de la ceramique et du verre nº 37. Vendinle-Vieil, noviembre/diciembre, pag. 36-37. Prats Rivelles, Rafael: "El taller de cerámica de E. Mestre, motor del resurgimiento valenciano". València Fruits, 26 de mayo. Prats Rivelles, Rafael: "El taller de Cerámica del Grao". Levante, 29 de mayo. Quintero, Carmen D.: "Hi ha aires nous per a la ceràmica". Revista Batlia nº 6. Valéncia, pag. 57-60. 1988 Arazo, Mª Angeles: "Enric Mestre: las estructuras oficiales ignoran la cerámica como arte". Suplemento El Diván. Las Provincias, Valencia, 7 de enero. Calle, Román de la: "Arcadio Blasco & Enric Mestre: dos pesos pesados de la cerámica". Suplemento El Diván. Las Provincias. Valencia 3 marzo. Calle, Román de la: "Arcadio Blasco & Enric Mestre: dos visiones de la Cerámica" El Punto de las Artes nº 69. Madrid, 18 marzo.


Anónimo: "Avant Garde Espanish Ceramics". Ceramic Monthly. Noviembre. Moglia, Michel: "La Ceramique Espagnole Contemporaine". Ceramique & Verre. Nº. 56. F. M.: "Murs imaginaris". La Vanguardia, Barcelona,12 de Noviembre. Anónimo: "International Academy of Ceramics". Edimburg. Ceramic Review. Pag.127. Burguet Ardiaca: "Enric Mestre". Diari de Barcelona. 22 de Octubre. Anónimo: "El Museu de Ceràmica 1989 acull l´obra d´Enric Mestre". Diari Llorens, Ximo: "La exquisita de Barcelona. geometría de Enric Mestre". Periódico Ciudad de Alcoi. 21 marzo. Jaunin, François: "Mestre: Batisser de la terre". Culture, pag. 24. Albert Mestre Josep: "La poética de Lausanne. la cerámica". Periódico Ciudad de Olaizola, A.: "Las esculturas Alcoi. 23 marzo. geométricas y pétreas de Mestre". Anónimo: "Diseño Trofeo Feria". Información. Alicante. Palacio Ferial de Valencia, pag. 8, 5 Abril. 1992 Anónimo: "Enric Mestre" Prats Ribelles, Rafael: "Presencia Mediterraneo, Suplemento Cultura y artística en nuestras carreteras". Arte, nº 20. 12 Abril. Levante. Calle, Romà de la: "Un passeig per Pérez Camps, Josep: "La cerámica la cerámica d´Enric Mestre". El Valenciana en el siglo XX". Historia Temps. 1 mayo 89. Valencia. de la Cerámica Valenciana, tomo IV pag. 269-271. Vicent García Calle, Romà de la: "Entre la Editores. Expressió i la Geometria". Texto catálogo Centre Municipal de 1993 Cultura de Alcoi. Pérez Camps, Josep: "Enric Mestre Calle, Román de la: "Enric Mestre. Diálogos con la materia". Colección a Alcoi". Texto catálogo Centre de monografías sobre Escultores Municipal de Cultura de Alcoi. Valencianos. Vicent Garcia Editores. Valencia. 1990 Anónimo: "Presentación del Libro de Prats Ribelles, Rafael: "Enric Román de la Calle sobre E. Mestre". Mestre" Levante. Suplemento de Las Provincias, Valencia, 27 mayo. Arte pag. 59. 5 enero. Anónimo: "Monografía de Enric Mestre" Ceramic Art nº 2. 1991 Europaisches Kunsthandwerk. AA. VV. El Arte Valenciano en la Katalog und Austellung. Pag. 102. década de los 80. A.V.C.A. Generalitat Valenciana/IVAM. pag. Margets, Martina: "International Crafts". Thames & Hudson. London. 131-132. Arias, Fernando: "Entrevista con Enric Mestre". Hoja del Lunes, pag. 1994 Calle, Román de la: "Entre la 70. 28 enero. expresión y la geometría". Ceramics Jaunin, Francoise: "Murs de art and perceptión. Nº 15. Australia. meditation". VOIR. Nº 79 mayo. Jaunin, Francoise: "Presentación Enrique Mestre". Catálogo. Galeria Anónimo: "Enric Mestre" Ceramic Leonelli. 22 abril. Art Nº5. Taiwan. Casso, Rosario de: "The present of Jyllandsposten. Birthe Lindberg. Spanish Ceramics". Ceramics Art Abril. and Perception. Nº 4. C. F. Arnus Stiftstidende. Garde. 10 Abril. Díaz Pardo, I.: "Las experiencias cerámicas de Arcadio Blasco y Enric Mestre en el seminario de Sargadelos". Texto Catálogo. Galería Sargadelos. Valencia. J.M.C.: "Experiencias de cerámica y alfarería". El Adelantado. Salamanca, 11 de marzo. Torres, Pablo: "Artistas del Barro". Carta de España nº 370. Madrid, pag. 32-33. Anónimo-EFE: "Cerámica española de Vanguardia en Seúl". Diario Ya. Lunes 19 septiembre .

Dwinger, Jonna: "Enric Mestre" Politiken Marzo. Kerameiki Techni, pag. 15. Piraeus. Grecia. Septiembre. Anónimo: "Enric Mestre. Ceramista Internacional". El Periòdic d'Alboraia, Diciembre. 1995 Neue Keramik. Juli/August 95, pag. 673. Alemania. Courrier des Métiers d'art. Nº 145, Septiembre, pag. 6 (Biennale de Chateauroux). Francia. La Ceramique et le Verre Nº 84 Septiembre/Octubre 95, pag. 54 (Huitième Biennale de Chateauroux). Francia. Kerameiki Techni. Septiembre 95 nº 20, pag. 13. Grecia. L'Empremta de l'Avantguarda. Museo San Pio V. Valencia.1996. Aguilar, Gonzalo. El Periòdic d'Alboraia, pag. 24. Enero. Peñalver, Gema. El Periòdic d'Alboraia, pag. 8. Febrero. 1997 Lladró Dolz, Joan: "Art i Técnica de Cerámica Valenciana" Real Academia de Cultura Valenciana.

amb motiu del Congrés Internacional de la Ceràmica. Museu de Ceràmica González Martí. Valencia, 1986. "Blat: un ceramista oblidat". Text Catàleg "I.Blat: 1904-1970". Centre Cultural de la Caixa d´Estalvis. Valéncia, 1986. "Enseñanza y Cerámica". 30 ceramistas, 40 alfareros. Edic. Diputación de Salamanca, 1988, pag. 74-77. "Esperanza Fontecha". Texto de Catálogo. Museu de Ceràmica González Martí.Cerámicas, Nº6 Año II, Abril. Portugal. 1990. Contestación Discurso Ingreso en la Real Academia de San Carlos de D. Antonio Alegre Cremades. Valencia, 13 de mayo de 1991. "Desaparece una gran industria, Nolla 1887". Programa de fiestas de Meliana. 1992. Texto Catálogo exposición itinerante: "Presente de la cerámica Española". Texto Catálogo "Encarna Monteagudo". Sala Capitolio. Godella. 1995.

1999 Nouvel Objet IV. Seoul. Korea. Patuel, Pascual et al.: "Geométrica Valenciana". Texto catálogo. Pag. 295-298. Sala Parpallò. Centre Cultural de la Beneficència. Diputació de València. ESCRITOS DE ENRIQUE MESTRE "Reflexiones sobre la Cerámica". Texto Catálogo "Seis Ceramistas". Sala de Exposiciones de la Caja de Ahorros. Vigo, 1978. "El arte de la Cerámica. Enseñanza privada y oficial". Sección de Exposiciones y Artistas. Diario de Avisos. 6 agosto 1983. "La cerámica, el arte y el hombre". Discurso de entrada en la Academia de San Carlos. Valencia, 1983. Recogido en Archivo de Arte Valenciano. 1984. "Panorámica de la nueva cerámica valenciana". Texto Catálogo. Sala Adama. Madrid,1984. "El espacio de un ceramista". Las Provincias, Valencia 8 enero 1986. "La ceràmica actual a la Comunitat Valenciana". Text Catàleg. Exposició

141



Ars est celare artem

The ceramics of Enric Mestre: When matter is transformed into geometry

refined, formal, born out of a complex synthesis of diverse variables. Hence the surprise that is always present when contemplating the proposals made by his The inauguration of this exhibition of the ceramics, as though they were bottomless recent work of Enric Mestre (sculptures, wells of multiple trains of thought. reliefs, panels), which brings the latest Such rigour and simplification hurls us steps in his aesthetic investigations to a directly into the essence of Enric Mestre’s conclusion precisely as the century draws aesthetic values. Moreover, in the case of to a close, is an event that was long over- his ceramics, these are inseparable from due, for myself at least. We can now be an entire set of vital values which are never satisfied that we have accomplished the immediately explicit, only gradually sugtask of planning and ensuring the viability gested, remaining discreetly inserted into of a wide-ranging exhibition that will the formal framework of his austere works: provide direct confirmation, in Valencia, geometry as the basis, construction as the not merely through references from goal, spatial representation as the entranelsewhere, of the heights that Enric Mestre, ce to an imaginary world. through his attested ability and intense It is as though these demands he makes rigour, has achieved in renewing and set- on himself during the laborious process of ting standards for the suggestions that his work are not wholly absent from his ceramics has to offer within the diversified aesthetic experience. Neither are they panorama of contemporary art. spared to those who contemplate his For those of us who have had the personal works, who - pari passu - must become satisfaction and professional good luck to ascetics of their own gaze and persistent follow the gradual development of the controllers of their own touch in order to singular artistic development of Enric fit the rhythm of his chain of discoveries Mestre, with an interest not devoid of to their own measure. impassionment, the encounter with this This is because Enric Mestre’s pieces are global view of his works through the nine- all, in fact, in their radical suppression of ties has served as full confirmation of an the frontiers between the sculptural entire series of conclusions, although, in a approaches and the emerging architectural way, their broad outlines had already keys that constitute their basis, no more become evident as characteristics that than bare, rational labyrinths, born of define his trajectory. fantasy and soberly assembled for interOver the past three decades, in fact, we pretation. At times they can even appear have not encountered any random varia- extremely simple in their strict structure, tions or unexpected leaps in the sustained although we soon discover that they are direction of his artistic investigations on inexplicably charged with ambiguous behalf of ceramics. It is precisely this very possibilities for interpretation as we follow personal imprint - interwoven with cohe- the perceptual thread of the discoveries rence, without concessions or facileness, that we can successively detect as we view constantly more self-demanding and his pieces and arrive at our respective merciless with his own task - that has led readings. him in the direction of an increasingly Over time, Enric Mestre has moved on from extreme simplification. This should not be impassioned dialogues with matter, an misunderstood: his simplicity is gradual, inevitably corollary of any work with cera-

mics, towards a rationalized dialogue with pure forms. In this mutual co-habitation, his increasingly marked attention to space has never ceased to demand its indisputable rights, to a steadily greater degree. Consequently, if forms generate spaces, these, which often become thought-provoking, troubling voids, are not only transformed into the respective limits of the different formal constructions, they also people and inhabit their rotund internal corporeality, enhancing the aura of mystery and the scope of their possible spirituality. This is the path that leads from form-matter to form-meaning. How can we not take into account all the richness that these interior spaces contribute to Enric Mestre’s ceramics? At first they are closed off from view. They are merely insinuated or perhaps, in other cases, they may become simple paths to conduct the light, if we manage to discover the series of openings that pierce and perforate the various forms and fully define them as enigmatic architectures which also, within themselves, harbour their own secrets. His chromatic austerity and meticulous control of textures are undoubtedly, in this case, intentional strategies that reinforce the marked preeminence of the volume-generating construction forms as shelters for space, which may be translated into a metaphor of life itself, of its profound isolation and accepted loneliness, like so many other interior dwelling-places. Indeed, as we mentioned before, the traces of an existence are never absent, underlying the processes that shape Enric Mestre’s ceramics, although their presence is generally complementary, rarely explicit. The same holds true for these latest stages of his work, in the highly singular development of his most recent sculptural series such as his architectural references to dwellings and urns, to ditches and tunnels,

143


ching, surprised gaze, while the exterior is formed by a simple parallelepiped, although it is also true that the intense textures that this is given help to emphasize the global pregnancy of these geometrical bodies. Often, particular pieces even present the partial articulation of certain open interior spaces: steps that go down into the enclosed spaces of intimacy where entry is forbidden by the real closing-off that at some point they finally form. However, these volumes and interior walls, which our perception enables us to travel through from the exterior, are always absolutely right-angled and smooth and mimic the spaces around them. The measured, ascetic presence of the persistently neutral colour also cooperates to enhance the absolute priority given throughout to the language of pure forms. Indeed, if in the dwellings, refuges, frontons and urns it would appear that Enric Mestre wants to offer us an approximation to these troubling ascetic interior worlds, full of disturbing spirituality, his tunnels, ramps, stairs, canals and ditches, as though in virtual contrast, opt for a special emphasis on the play of structures and external appearances that is offered by such architectural irrigation and communication constructions. In a way, this set of pieces could also be interpreted as an indirect homage to the Moorish heritage that runs through our fields and criss-crosses our orchards with its network of branching conduits, carrying their sonorous liquid life-force.

in particular circumstances, it is hardly surprising that other details of the canals and ditches have become the basic object of his particular preferences at another moment in his life.

nelling elements finally appear almost to be drastic metaphors for loneliness and the lack of communication in so far as these architectures, which are sometimes placed against a wall, incorporate particular feaWhen all is said and done, why do certain tures of certain collective habitations that forms and objects rather than others are not without such connotations of obsess us intermittently? Why do we so massed human isolation. often project our feelings onto certain Although they appear rough, the texture objects, spaces or constructions? Is it of these pieces is smooth to the touch, because we discover that they possess a introducing yet another element that relative facility for catalyzing our particu- intensifies the play of contradiction and lar experiences, emotions or memories or ambiguity. Moreover, the deep, neutral even for explaining them in plastic terms? colours also help to avoid any immediate, At any event, these narrow passage-ways facile reading, as is habitual in the sober with their turns, stopping places, openings work of Enric Mestre. and canal locks have motivated an entire process of analysis and reflection on their rational geometries and their formal functionality in Enric Mestre’s mind. Time and again, for years now, numerous drawings that recall and fix these obsessions and recurrences (along with many other motifs) appear and reappear constantly in his notebooks.

It is precisely this rigorous, bare simplicity born out of synthesis - the synthesis we have been referring to throughout - that makes it possible for his always so well-controlled aesthetic values (possibly to avoid any decorative excess) to fall into effective agreement with a whole series of vital values in what we might call his poetics on the creation of spaces, brimIt seems as though these notes, sketches ming-full with suggestions, and so admiand drawings are the real immediate refe- rably recognizable as the ceramics of Enric rents of his work and constitute a repertory Mestre - his sculptures, panels and reliefs. that is always open to later recuperation The reliefs turn the geometrical straight and possible extrapolations into the line into a play of regular, symmetrical three-dimensional field of his works. partitions where lights and shadows lurk, Indeed, it is from them that these great where traces of their manual shaping enigmatic, hermetic blocks have now ari- persist, transformed into connotations of sen. The suggested interior passage space, an expressive irregularity. The panels have which appears to be reached through tiny inherited the experiences of Enric Mestre’s symmetrically-distributed square or rec- painting, a possibly less well-known facet tangular openings, is in fact inaccessible, of his art, and made them their own, as although we guess that it is dark and well as his construction compositions and empty, embodying spheres of indetermi- his ever-sober adventures with colour. nation and distance. We move around When we see this whole collection of them, time and again, multiplying perspec- works, we constantly have the curious tives and angles of view while we inhabit sensation that, in each case, the concrete the space occupied by this exhibition and spatial, structural and plastic result that make it our own. generates them is, despite everything,

It is a well known fact that Enric Mestre has always paid great attention to these surroundings where day after day his life unfolds and acquires meaning. If the meticulous geometrical outlines of the fields or the specific fragmentations of certain domestic architectures were themes that These series certainly accentuate their own something immediate, spontaneous and recurrently caught his immediate attention ambiguity, to the point where these chan- unforced, as though they did not all in fact

144


to L-shaped frontón courts and walled ness of his teaching, shared with an enti- involve prior calculations and designs, the enclosures and to imaginary silos, half re series of generations who have studied study of a multitude of strategies and the prisons and half refuges. under him. severe, ascetic mastery of his craft. The very listing of this repertory of refe- This may also be why his personal expe- At heart, it is as though Enric Mestre wants rences undoubtedly, in itself, already riences have all, convergently, sought their to disguise all the effort and sustained constitutes an eloquent guideline. To a radical expression in the medium of cera- tension that are inherent in the very procertain extent, it helps to reveal some of mics. Hence, for example, when he wan- cedures he uses, as though art, in its secret his possible conceptual approaches. dered in astonishment around Cappadocia vocation to act as though it were another However, it all unquestionably depends during his visit to Turkey a few years ago nature, repeatedly wishes to hide its art, solely on the context and can only be used he could not help being surprised by the its standards, the traces of its secret, as a possible explanation of his thought unique architecture, full of internal recep- well-devised strategies. In the words of processes which may be usefully instruc- tacles and astonishing constructions set the old adage, Ars est celare artem. tive, although only circumstantially, when into nature itself, as though the earth were It is then that matter is transformed into faced with the creative autonomy of the opening its eyes through them or as thou- geometry and construction into viewable ceramic forms and their resulting aesthe- gh people had wanted to enter through spaces. tic functionality. those simulated eye sockets and take Ever since Enric Mestre opted, some time refuge, intimately, within them. Román de la Calle ago, for a complete coordination in his Is this not a perfect example of the com- Professor of Aesthetics and work between what we could simply call plete symbiosis between man and nature, Art Theory University of Valencia the outer skin and its internal capacity to an interchange that generates an essenevoke, not only did the category of spatia- tialized landscape? Nature contributed the lity take a new, definitive (and beneficial) external form, the colour, the light, the direction, but the directly assumed archi- beauty of strangeness. Man, in turn, excatectural character also contributed new, vating its entrails, was capable of creating very marked, horizons. Since then, his spaces and, through the traces of his personal gaze on his existential surroun- presence, endowing them with intense dings has never ceased to discover new, spirituality. thought-provoking objects while, at the How should Enric Mestre not marvel, then, same time, his artistic language has been when the most basic geometric forms took enriched by a diversity of versatile mor- on particular resonances, to his sensitivity, phologies and by an increasingly strict, in those interiors that were barely illumiradical, pared-down syntax. nated by the small openings which appeaWhy continue to impose limits and restrictions on creative ceramics at a moment in history such as the present when the frontiers between what used to be known as art genres are already completely outdated and meaningless? Why not demand, effectively, without further ado, through one’s own work, the right of ceramics to explore every possibility and, naturally, at the same time, to meet every demand and run every risk?

red to lead into an infinite black void when seen from the exterior, but when seen from the interior opened onto the shining, blinding light of the sky?

This entire complex of personal experiences, together with many others derived from other places and manifold memories, is undoubtedly, in some way, to be found in the origin of these structures and the shape they take. It is not gratuitous that the structural strength of the volumes that It may be said that this and no other is the model the forms appears to come from aesthetic idea that has guided Enric their interior spaces, into which we always Mestre’s personal path and the effective- find ourselves obliged to direct our sear-

145


Enric Mestre: Impassioned Geometry Nothing in Enric Mestre’s current work would lead one to suppose that he was as concerned as he was with the singularity of wheel-thrown objects and in coverings that were rich in ceramic qualities when he embarked on his professional career as a ceramist. During his time as a ceramics student at the Manises School, after studying painting at the San Carlos Fine Arts school in Valencia, he met Alfonso Blat (b. 1904, Benimámet, Valencia – d.1970 Valencia) and connected with the artistic interests of this ceramist who, in the thirties, alongside others such as Llorens Artigas and Francisco Ibáñez, introduced the movement that was renewing international ceramics to the Iberian Peninsula. Influenced by the ceramics of the Far East, the propositions of this movement were based on using high temperature bodies and investigating new vitrifications and glazes that made it unnecessary to employ painted ornament in the traditional manner. From a historical point of view, Enric Mestre is one of the few links between the first generation of Spanish ceramists to connect with modernity and those who, at the end of the seventies, were already taking a relatively normal part in it, mainly involved with more sculptural concepts and completely divorced from a tradition that has been continued only by the industrial sector. In this context, it is worth noting that over the past three decades, through his teaching post at the Arts and Crafts School of Valencia, Enric Mestre has made a decisive contribution to the training of a large number of ceramists, many of whom are now developing an interesting personal body of work, far removed from traditions that lie in the past.

including its functional appearance as a container, using cuts, holes and unfinished edges, Mestre himself abandoned this line of work in order to devote himself entirely to experiments related to abstract sculpture. Little by little these shaded into abstract geometry and he tempered the prominence of the more showy ceramic qualities of his works. In the mid 80s, following another brief period during which plaques and murals with informalist connotations predominate – with graphic signs figuring prominently and his expressiveness becoming almost calligraphic – Mestre began to identify fully with geometrism. His previous work as a graphic designer undoubtedly has a bearing on the awakening of his interest in structuring his work according to rationalist parameters, while his decision to use ceramic materials to solve certain propositions distance him from any radical constructivism. Consequently, these experiments are only carried through in his remarkable, sober paintings in acrylics on canvas (which, incidentally, are little-known).

Within this line of work, in which a desire can be discerned to adapt the qualities of the ceramic material to the artist’s constructivist ends while progressively eliminating everything accessory, a concern for straight-edged geometric volumes can be clearly observed, wherein both the interior and the exterior space increasingly take on a major role in his sculptures dating from the nineties, which present architectural overtones. These works constitute a qualitative leap compared to those of the previous decade (dominated by the hexahedrons which, like monolithic windows, focus the action only in their centre). Those basically had two main perspectives, whereas here the surrounding space acquires as much importance as the solid body. After exhausting most of the possibilities The works so conceived acquire a more of the recipient as a means of expression, sculptural character, allowing them to be

146

contemplated from every angle. With his profound knowledge of the opportunities that ceramics afford as a procedure for free expression, Mestre employs his technical resources in a contained manner, ensuring that they will not be too obvious in the final result. He achieves an extraordinary balance between the inherent expressiveness of stoneware and his original geometric postulates, which never attempt to smother the sensual effects that hark back to the telluric origins of the material. In this way he achieves a particular synthesis between geometric rigour and the specific vocabulary of ceramics. Constructivism is not exactly a tendency that has many followers among the plastic artists who employ ceramics as their medium of expression. The difficulty in controlling this technique is undoubtedly a decisive reason why very few ceramists have managed to consolidate their proposals in the field of geometric abstraction. The very nature of the ceramic material and the radical transformations it undergoes, partly by chance, in the kiln, where the lack of control over the process is inversely proportionate to the technical skill of the practitioner, makes the use of this material far more appropriate for expressive and informal solutions than for constructivist plasticity, which demands an absence of subjective nuances of an intuitive nature. For this reason, what Enric Mestre has achieved in these works is all the more laudable. At first sight they appear to represent partial sections or segments taken from buildings he knows or imagines. However, this interpretation seems to be too simplistic and we believe that what we are really seeing are volumes invented by the artist that may suggest architectural shapes. We can even intuitively tell that they contain multiple direct references to ramps, stairs, walls, windows and channels.


Although this may at first seize our attention it is only a mirage, since if we look more closely we see that in fact they are abstract sculptures which do not seek to imitate anything that really exists: they are volumes, composed of coloured planes with varied textures, that interrelate harmoniously with each other and with their interior and exterior space, inviting us to contemplate them from every angle and even, metaphorically, to pass through them. Indeed, the absence of title in these works appears to respond to the artist’s intention to leave no iconological clue that could influence the spectator by setting his possible readings on a single course. However, the balance in Mestre’s work to which we have already referred is also the result of his rigour and of a profound analysis prior to the materialization of the work, the fruit of a previous meditative painstakingness that is reflected in the numerous sketchbooks in which he previews all the structural and spatial possibilities of a given idea. One of the difficulties involved in producing the type of sculpture that Mestre creates is that it is impossible to go back and introduce fundamental changes in the composition as a whole or in any of its parts once the plates have been cut and assembled. This is one basic reason that explains why it is necessary to make a model and to define it in such a way that the artist can subsequently carry out the work with some guarantee of success. As a result, for the large-format sculptures or those with complicated volumes and shapes, he first makes a small model to see how it works in the surrounding space and study the play of light and shade. It is a fairly slow process for a ceramics project to materialize. The consequences, in Enric Mestre’s case, are that since the seventies he has devoted himself almost exclusively to his creative work and that the series of drawings he sketches in his

notebook always run ahead of the materialization of the works, becoming a genuine memorandum of possibilities. As Román de la Calle has pointed out: “These patiently collected small geometries for the memory store up among their structures an extensive baggage of virtual associations that at some point may acquire a life of their own if they are able to catch Enric Mestre’s creative attention anew and become the recuperated origin of new ceramic proposals, although this may not happen for many years”.

composition of space can be united to one that is lyrical, slightly expressionist, created by the play of overlaying, contrasting colours, mainly blacks, whites, grays and silver lustres, intertwining like lattices of different thicknesses, sometimes combined with more spontaneous, intuitive strokes and with monochrome surfaces. Here again we find Enric Mestre’s constant need to unite geometry with the material language of ceramics. Finally, despite the weight of history, the prejudices against this art technique and the well-know peculiarities that the unpredictable action of the kiln impart to the task of achieving a work of art in ceramics, the time may have come, now that Enric Mestre is exhibiting his works at the Sala Parpalló, to initiate a serious consideration of whether there may in fact be no conceptual difference between sculpture, painting and ceramics in our present age, leading us to ask whether ceramics is not merely another material, with its own qualities and limitations, that requires thorough knowledge of and all the skills in appropriate techniques, like any other sort of material.

One of the new ceramic proposals which is almost contemporary with the sculptures on which we have just been commenting, and can also been seen in this exhibition, are the reliefs. Their composition is geometric but contains vaguely impressionist touches. These works conjure up echoes of the play of lines inscribed on stoneware plaques and blocks that Mestre employed in previous periods, although here the linear layout is in high relief, like partitions dividing the entire space of the composition into regular compartments, while the pressure of the fingers on the wet stoneware or porcelain as they were being modelled has left a record of the artist’s calligraphy. This distorts the strict geome try and produces an appearance that is, in a sense, tremulous. It gives an impression of blending into the background, in a play of light and shade which is not unrelated to the subtle colourings of the body, applied directly or sought as an effect during a reduction firing.

Josep Pérez Camps Director, Manises Ceramics Museum

Another new series of works that Enric Mestre is presenting in public for the first time consists of panels made up of stoneware plaques, some of which are of considerable size. The painter applies his geometrical compositions to their deliberately irregular, glaze-covered surface with a flowing free-hand stroke. This is a new line of work and raises the question (amongst others) of how a constructivist

147


Enric Mestre, The Search for Perfection. The exhibition at the Palau de la Beneficència in Valencia, arranged by the Provincial Council of Valencia and organized by Román de la Calle, is an opportunity to discover the latest ceramic work of Enric Mestre. Mestre is probably better known abroad than in his own city, where his last exhibition was held nearly ten years ago. His work combines the expression of forms and colours in a specific material: earth, magnified by fire. This is the first time that a contemporary potter has been presented in Valencia, other than an exhibition devoted to Alfons Blat (1904-1970), who Enric Mestre greatly admired. It demonstrates that the mentality and tastes of the public have evolved, that they have finally transcended the functional, utilitarian categories that are too frequently associated with the potter’s art and can now value ceramics as an art form in itself. This exhibition presents the latest works of an established artist who, in the course of his career, through much hard work, has accumulated experiments with techniques and has reflected at length on his aesthetic approach. He confesses that Sundays and holidays mean nothing to him. Every day he creates pieces without a thought for their precise distribution, choosing among them for each exhibition. When one visits his collection of hundreds of pieces from different periods of his investigations one can imagine the quality of his selection. What is most striking at first sight is the mastery of his craft. Here there is no romantic back to the earth craving nor any hankering after the brilliance of the glazes, but a material and a technique used to express his ideas. His objects are undeniably ceramic works; the magic of the materials and the alchemy of fire clothe the pared-

148

down forms that suddenly appear during his investigations of shape and colour, while the artist’s desire for perfection leads him to retouch them various times in the firing. In addition, he seeks textures that are designed to please the hand that caresses them, so that the finger tips encounter wonderful polished surfaces or fine or rough granulations. However, Enric Mestre is not a ceramist in the strict sense of the term, but an artist who explores different paths of creation. Parallel to his ceramics, he pursues his painting work, on geometrical, minimalist lines radiating colour, and uses it to investigate space. He is also very interested in writing, as a play on signs, and transcribes it onto his ceramic works, particularly his murals. As a result, he brings a very rich vision to bear on the art of clay, although its expression is highly refined, as befits a 20th-century artist who performs all the manufacturing operations himself, from mixing the clays to polishing the surfaces, via forming, applying the colours, engobes and glazes and, especially, modulating the firing. The part played by technique is therefore of capital importance. However, he recognizes that times have changed and there are good ceramists who are not familiar with all the techniques. Previously, the question of bodies, glazes, colours and kilns was primordial. Nowadays there are artists who embark on creating ceramics with no concern for technique and sometimes obtain satisfactory results. Technique is not an end in itself. It must be put to use to achieve liberty of creation and thus go beyond the closed world that so delights certain ceramists. Working in clay may be enough in itself but Enric Mestre is not tempted by the primeval “savageness” of the raw material, and always emphasizes mastery of the firing process. He does, however, recognize that it is complex and burdensome to learn and can discourage

beginners. He himself has a solid training which in itself demonstrates his great capacity for work. He obtained a Baccalaureate with Latin and French at the same time as he was studying drawing at the Applied Arts school in Valencia - he has always drawn. His family background has certainly played a part in his education. His father was a lithographer and among other things he taught him, by his example, a liking for work well done. He used to help his father in his work and acquired this need for quality. As far back as he can remember he had always wanted to be an artist. As a result, he studied at the Fine Arts school in Valencia. To him it was obvious, like an inner drive, and there was no problem involved in his choice. Subsequently, somewhat by chance, he took the advice of a friend of his father’s and attended the ceramics school in Manises for three years to study technique. The teaching there was traditional and the training method was to imitate popular crafts and make copies. He even had to produce an Indies Company platter! It was in Manises that he met Alfons Plat, who fascinated Mestre as he was the only person in the sixties who was working on ceramic creation with a mastery of glazes - not at the school itself, but rather in his own studio. Enric Mestre now teaches at the Applied Arts school in Valencia. He asks his students to reflect on their choices rather than teaching them prescriptively, as he considers that all paths are good. Deciding is what counts. What do you want to do and to be? He prefers a good artisan to a bad artist. At the start he sought out what he had to do. He began with thrown pots, covering them with vitreous glazes and investigating colour ranges and gloss/matt effects. His cupboards still hold several hundred itemized samples that demonstrate this frenzy of work and research. Little by little, ceramics enabled him to do what he wanted. This


was the period of Artigas and Cumella in Spain, of Lambercy and Chapallaz in Switzerland, dominated by the Oriental tradition, mainly Japanese, through the writings of Bernard Leach, but also Chinese. When he left school he worked in advertising for eight years, which broadened his knowledge. Thanks to the traditional way in which he was educated, he considers knowledge a duty, but he recognizes that what is most difficult is to find oneself. At work, one must digest the information provided by personal experience or one’s store of culture. His education was enriched by comparisons. He considered it essential to go to exhibitions and acquire a cultural grounding. He cites the prehistoric roots of ceramics, when its function was heightened because it served the daily needs of people. He draws on ancient Egypt, admires the Cycladian idols, the works of the Mayas and Incas, the world of the Romanesque churches. Naturally, he recognizes the importance of the Far East, of Korea and Japan, and remembers a 17th-century Shino bowl from Japan and a Bible by the contemporary artist Takako Araki. However, his references range far wider than examples of ancient or contemporary ceramics. He admires Mondrian and Rothko and waxes enthusiastic over the plaster figures by Henry Moore in a Canadian museum. He also pays his respects to the work of the artisan potters, with their rigour and pride in their work, and regrets having seen an exhibition in Galicia that placed modern potters and old pieces side by side for comparison, showing up a glaring difference in quality in favour of the past. He emphasizes the joy of going to a museum and finding humble objects that are well made for a simple function and constantly thanks the creator, anonymous or recognized. He makes an effort to visit numerous ceramics shows and major exhibitions outside Spain, as there is little of this in Valencia.

He takes part in competitions such as Faenza, as these are a means of subjecting his work to comparison. He points out how important it is to travel, as seeing other approaches and enriching one’s own personal experience aids self-development. That is why the world assemblies of the International Ceramics Academy (of which he is a Board member) are so important. He recalls moving or stimulating meetings in Toledo, the Czech Republic, Turkey, Japan and the United States - a country with no history, he says. The symposia in which he has taken part, in Finland and in the United States, have taught him to recognize when works have meaning and when they do not, to discover people and objects and to practise an asceticism that draws on his own inspiration. For Enric Mestre, ceramics is a means of expression that demands clear ideas and requires one to limit oneself. He starts with an idea and attempts to make its manufacture faithful to the image he wishes to produce. It is this path that interests him. However, herein lies the paradox, for he is not a purely conceptual artist. His demand for control does not destroy his intuition. His starting point is what he sees, what he experiences in relation to the natural world around him, the “huerta” countryside. The rectangular outlines of its fields inspire his plaques and engravings, which unquestionably present reflections of this Valencian landscape, these images of fields with the canals and ditches that water them, these square houses with small windows, this scenery and architecture, reconstituted through shapes seen in the mind’s eye and through all the techniques he has mastered. By turning the houses that surrounded him into models, little by little he arrived at abstract forms. In this way, he set up a double play of intuition and construction. He defines his progress as a great deal of serious work. To appreciate how unceasingly he works,

one needs to leaf through the numerous sketchbooks and drawings that go hand in hand with his studio work. He then looks for the simplest form that suffices to express his message. The notion of control is present throughout. However, it is difficult to define the process when he is at work: is the square a part of the idea or is it an imposition caused by a reference? He is aware of adding something to nature in this way, but spectators of his works are brought face to face with reality. After his ceramics training, when he threw numerous pots, covered in glazes, he abandoned the potter’s wheel and its hollow forms and tried sculpture, without very clear initial ideas. He progressed from thrown forms to other things. He has been executing murals since 1976 and continues to paint. He began to use plaques, engraving them with inscriptions in the form of striations or writing, and gave his glazes a gentler lustre, but above all he confined himself to simple forms. Later he returned to three-dimensional objects but abandoned the concept of sculpture, using quite large plaques that retain the influence of his painting to construct small spaces as though he were an architect. His concern with form sways his use of colour. It is the reason why he abandoned glazes in favour of engobes, because glazes form a thick layer that annuls the rigid line of the forms whereas engobes give a thinner layer that makes the edges visible. He goes to the length of firing the pieces from twice to four times to obtain the right colour. This refined technique is there to express a message. The time comes when technique must be forgotten in order to transmit this message. The mastery of a craft is a form of liberty, but it has to carry a spiritual charge. At work, everything must be forgotten if the world to be created is to be discovered. He does not succumb to easy solutions. He says that he does not like pieces that are too

149


“pretty” and although he has sometimes tried to break the shape to obtain the contrast of accident and geometry, he considered that this was too facile. His concern is always to aim straight for the essence, without pleasantries in decoration. He began to investigate space, the relationship between empty and full. It was then that he developed the forms he borrowed from architecture and attempted to unite form and space, but with the intention of charging them with something more, something that would go beyond everyday reality. He began to erect stele, piercing them to give transparency to their willed opacity. Little by little these began to take the shape of buildings, their black engobes giving them a sacred dimension. In this way he creates small-scale architectures with an intensity that invests them with monumental dimensions. Here he draws on his culture to evoke the temples of vanished civilizations, which receive a new life at his hand. The plaques he uses for the contours of these buildings provide a space which is reduced in size and inscribed with a message of eternity that inspires reflection.

of Kephren in Gizeh. He is indignant that him but it is conscientiously pursued and nowadays things are done for no reason. demands intense concentration. He searMestre’s message tries to express the pro- ches for purity, the elimination of what is blems that mankind has always mulled over. superfluous, but is aware of the dangers of Earth is no paradise and the artist is not dryness. content with this universe. He wants to give Although he resorts to a geometry that it a better form, more balance, greater jus- dominates his creations with its taut lines tice, to stand up to the news that speaks of and sharp angles, he alternates polished wars and destruction every day. Sensitivity surfaces with different types of roughness must be used to fight despair. As the art and deploys subtle colours that bring his critic Françoise Jaunin wrote in an intro- studied stylization to life. ductory article for an exhibition: “Mestre’s Confining the mental projections of his work, as though on modern tables of the irrigation channels within a space marked law, tries to write the perfect order of the out by enclosing walls and building the universe. A metaphysical design for the mysterious shrines of vanished worlds, he world”. has attained such a condensation of matter His love of constantly-questioned work that it was difficult to imagine how he leads him to proceed through series, buil- could possibly evolve. In his latest works, ding up variations on known themes. He however, the spaces open up and the walls tackles different fields, but all in the same are reduced to two, decorated with spirit, which is increasingly interiorized. drawings, made of a few bricks, with very Every time, he applies the concept of con- light, subtle colours. trol over the forms and their architectural In his art, Enric Mestre still has things to inspiration, over the mastered and forgot- say, things that raise questions, astonish, ten techniques, over the colours which he convince and delight. In ceramics he has pursues by endless retouching. found the material that is capable of He remains attached to the object, uncon- expressing his world and bearing witness to cerned with the contemporary art practice a work of great quality and emotion. of setting in place that is called “installation”. He has seen the most beautiful insta- Marie-Thérèse Coullery llations: they are those he contemplated in General Secretary of the the wild, in Egypt, great fragments of stone InternationalCeramics Academy scattered on the ground defining forms and February 1999 spaces.

This is because, starting from an idea or an emotion, he tries to transmit a message that will endow his creations with meaning. He cites meditation, such as Zen and its approach to emptiness, an art that is sacred without revelation. He wants to express a kind of language that lies hidden in minimalist forms. It is a matter of finding the forms In his work and through his work he would that correspond to his ideas. like to communicate with the public, to give This is where his interest in temples and an assurance, a form of security. He chooses shrines lies. The churches in Cappadocia, walls because one leans against walls, one hollowed out of the rock, where the light seeks a force in them. For this reason, he is penetrates through small windows and interested in the most simple forms which creates a very strong emotion in the inte- are a language. They are born out of an rior, made a great impression on him, as did emotion that has come from outside or the quarries in Egypt where enormous sto- from a contact with reality, but also from a nes lie about on the ground. For him these mental projection. He wants to do a task are places that are charged with a presence well because well-made things give a feethat can be felt through their works, in the ling of security. His search makes no consame way as it can be felt inside the temple cessions. It is not always comfortable for

150


We know that every truth is incomplete, still, closely interwoven lines are beautiful. Our home is a white cube, framed by bitter darkness.*

Enric Mestre, Constellations in space The earth is the custodian of the entire history of humanity; in it we find our traces and signs. The everyday things needed for living (pots, religious yearnings, images, idols, funeral ex-votos) took shape in clay, made from the matter of the earth. Even without being fully aware of it, the potter carries on an age-old tradition. Today, the artist who works with ceramic materials must do so consciously. Free-form work in ceramics must be based on the selfsame work. Enric Mestre is an artist who symbiotically unites the profound content of his materials with his subject-matter: the investigation of spatial concepts. Mestre’s career began with traditional pottery. First he was a ceramist, then a ceramics technician, and after this he acquired training in art that culminated in a degree from the School of Fine Arts of Valencia. This background stands in consonance with the inseparable unity of matter, form, surfaces and colouring that impregnates Enric Mestre’s work. His creative production combines the ceramist’s technical knowledge and mastery of his craft with the plastic vision of the artist. Unlike sculptors such as Joan Miró, Eduardo Chillida or Antoni Tàpies, who delegate technical processes to potters, Mestre himself executes all his plastic works – from mixing the clay for firing, shaping it, all the way through to high-temperature firing. Enric Mestre’s work began to develop step by step as from 1964 onwards, either through individual works or works combined with architectural themes, becoming increasingly pared-down and rigorous in style. His pots and boxes in 1970 already betrayed an inclination towards closed, cylindrical forms. The tower theme, the pillar and the column also took shape around this time, marking out his specific interests as far as content was concerned. Between 1978 and 1981 his plastic work took a graphic turn. Slim clay plaques served as image carriers for writing-type signs

and batches of glazed works. with earthy material being creatively incorporated by means of engraved, structured and combed surfaces. These different traces and patterns gave his ceramic materials an essential role in affirming their content. In his attempt to intensify its sculptural force, he increased the affirmative potential of the “clay earth” material, dipping it in colours without glazing: it is coarse, but reinforced in an unusually delicate manner. In this way he advanced towards a means of expression imbued with deep meditative strength. His solid pillars of the 80s stand out with a rational clarity that is all the more impressive for its depth of expression. Like flat plastics, placed over two identical views, they present a tense unison of graphic and plastic media. The main elements, subjected to a rigorously geometric order, are joined by thin longitudinal grooves, engraved or encrusted straight lines. In his generally symmetrical constructions, vertical shapes prevail over the horizontal. All elements in the composition focus on a central vertical axis as a kind of ideal centre. This gives Enric Mestre’s creations the architectural feel of enclosed unity and of calm. His works acquire a spiritual dimension through the effective use of light and shade as a shaping element. These aspects, in all their plasticity, introduce us to the realm of sculpture. Enric Mestre did not stop there. After passing through an even sparser period, he condensed and concentrated his plastic vision until he finally arrived at his latest work. In 1991 he constructed slim blocks, perfectly rectangular, slightly bevelled along the tops. The completely smooth enclosing walls are pierced by narrow slits or square openings, but only at the top. What is essential here is that the solid pillars have become coffer-shaped spaces, architectural plasticity. Enric Mestre’s perfect mastery of the graphic configuration of surfaces is evident in his most recent works, where the slightest intervention creates tension. As well as piercing, another simple but very effective

*Czeslaw Milosz (writer and professor of literature, born 1911 in Seteiniai (Lithuania), now living in the U.S.)

means of configuration that Mestre uses involves grainy materials, rough or smooth, in his awareness that light is reflected or absorbed differently by different surfaces. Thus he develops the sensory effect of various surface structures; of smooth, and therefore dark, materials covered in glazes. In these works, which must be ascribed to architectural plasticity, the rough external form and the smooth interior spaces may be considered analogous with architecture constructed using rough external and internal embellishments. Mestre achieves a more ornamental (and also internally-based) structuring of the surfaces by incorporating wall-building bricks into his most recent plastic works. His works since 1993, in a kind of pluri-visibility that is only disconcerting to the eye, convert canals, wells and dwellings of life and death into transitable themes. What no photograph can show are steps and bevels within the wells. Even without the realization that some of these works were inspired by irrigation systems, their form transmits an image of flowing. The different intensities of light and shade give an impression of dynamism when viewing the terraced surfaces or the “canal” passageways. This artist has long been interested in the Arab heritage around Valencia, in the shape of canal systems, tunnels, storehouses and industrial constructions. He collects them in sketches which, over time, have filled entire notebooks. From these sketches he develops a concept in drawing, and checks its three-dimensional quality with a clay model before carrying it out in its full dimensions. From the statics, from the experienced construction, from the measurements and proportions of the model building, he arrives at the cubic density and monumen­tality of his works. Although there is a close relationship with architecture in many of his works, they are always – without exception – autonomous plastic creations, forms in space, absolute, not functional, often archetypical creations of a memorial nature. The earthen material with which men have constructed their habitations for thousands of years, transformed back into

151


stone by fire, achieves strength in expression. The slightly granular surface of the clayey material is structured with delicate nuances. In this way, despite the rigorous system of composition, a contained vitality bursts forth. When creating, Enric Mestre makes an affirmation which is both global and densely polyvalent with respect to encountering and venturing forward into interior space and its ensuing forms unfolding in such space. His rigorous cons­truc­ tion plan, achieved with straight lines alone, leads to configurations in which rationality and emotion appear to be interwoven. The precision of his forms, carried out in hard materials fired at high temperatures, sharp-edged and block-shaped as though they were carved out of stone, is not an absolute end in itself. Mestre creates a web of relationships between edges, vectors, internal spaces and light that spills out amongst his wells and grooves. He is not content to fulfil the demands of a purely rational principle. His works never dwell solely in the sphere of dry, geometrical analyses; instead, he tends to endow things with associative qualities. The beauty of a simple constellation refers to complex contents and to the sign language of the “architecture” he uses. In Enric Mestre’s world, space is converted both into the bearer of existential affirmations and into the subject of philosophical considerations. This occurs explicitly in his ceramic plaques made up of one or more parts. Grid-shaped structures arranged horizontally or vertically and dark surfaces with spaces hollowed out in white constitute the elements of the composition. The staggered parallel bands, superimposed in the shape of a cross, give rise to a grid-work that has spatial depth, affording a perspective of illusory space fraught with mystical depths. In contrast to the absolute rigour of plastic works, his lines are not drawn with a ruler. Mestre leaves room for a certain degree of vitality. Rectangular surfaces and grids permit the simplest arrangements of parts within a greater whole. One example of this is the brick, because as an element that unites painting and sculpture, it lends structure to

a surface while permitting spatial arrangements upon it. Anyone who may have recognized themselves in Mestre’s tectonic figures will have no difficulty in recognizing similar principles and spatial proportions in his plaques. His stamped spatial representations can be found in the architectural forms which European culture has given us. Based on this tradition one can comprehend the predominance of rectangular structures, which have almost always served to reconstruct space. What can still be read objectually in three-dimensional objects is soon converted, into a completely abstract construction of spatial division, even though from afar it reminds one of the façades of houses. This conversion, far from representing elements of visible reality, signifies the reduction of the objectual to its essence, the stylization of the apparent forms into their core. Since prehistoric times, man has made use of geometrical arrangements when confronting his existence and his universe in a figurative manner. Through his work, Mestre has been able to recognize and make recognizable to us the structures and geometrical arrangements of the enigmatic nature of this world. Mestre must be placed amongst those mathematicians, philosophers and artists who, since ancient times, have attempted to elucidate the phenomenon of space in all its varied stratifications. What interests him is exploring the interstices of human life and thought, based on the storehouse of his personal experience, through the legitimacy of works of art. He does so in the way that Martin Heidegger probably meant when he said: “While we do not experience what is characteristic of space, the discourse of an artistic space will also remain obscure” (Die Kunst und der Raum, Erker-Verlag, St.Gallen 1969, p.8). Enric Mestre, in his works, follows the great contents, norms and topoi of Mediterranean European culture. Thanks to it, encrusted as it is with experience, we find renewal through this same culture. Memory unites us with collective forces, particularly when mythical images are also proclaimed in his work. Mestre’s architecture and architectu-

ral fragments thematize historical space. There he stages the internal images and questions the genius loci. The artist returns to the magic roots of geometry and architecture to the degree to which he sounds the poetic depths of local experience in his spatial constellations. Enric Mestre, with an ascetic interiorization, conceives spaces with a form and content that arise out of mysterious depths rather than from interior vistas of nocturnal worlds. They unite history and utopia, rigour and intuition, in works of art that bring forth a calm, apathetic monumentality in their modest proportions. Nature speaks through its material, form and content are the expression of our culture, our thought. What drives these works from within and stretches the eye is the diverse, efficacious contrast between the completely obvious (because it is “at hand”) and the unreal. Something is vibrating here and there, continuously, capriciously, very close to reality but at the same time a mere mirage. It is there, heavy as a block, yet at the same time it is drifting fantastically over the horizon where the visible is separated from the imaginary. Through his architectural plastic works Enric Mestre provides us with glimpses of an encoded dimension where architectural significance is converted into an abode for memories. Thales and Plato dwell among us.

Frank Nievergelt.

Kunsthalle Director. Wil .

152


153


154


155


156


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.