A CEIA DO SENHOR: Livre ou Restrita?

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Dr. ANÍBAL PEREIRA DOS REIS ex-sacerdote

católico

romano

A CEIA DO SENHOR: Livre ou Restrita?

EDIÇÕES "CAMINHO ,

DE DAMASCO"

'SAo PAULO *1982*

Ltda.


Direitos

exclusivos

cedidos

Caminho de Damasco" Ltda. que se priedade liter~ria desta ediç~o.

EDIÇÕL':S

"CAMINHO

DI: DM1ASCO"

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PARTE

P013Rr:l-IUIÓH

EM MEMURIA

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DE MIM

53 - A CEIA DO SENHOR ~ ECLESIAL SEGUNDA

PARTE

73 - SE ~ DO SENHOR POR QUE NÃO SERIA DE TODOS OS FILHOS? 83 - A CEIA ~ RESTRINGIDA LICOS 90 - DELIMlTADA

AOS CRENTES

AOS CRENTES

EVANG~-

8ATIZADOS

99 - RESTRITA AOS QUE ACEITAM SUA INDISCUTíVEL NATUREZA MEMORATIVA 148 - LlMITADA

AOS MEMBROS

Ihh - UM ADVfRBIO

DA IGREJA

E DOIS VERBOS


V

PREFÁCIO

CONGREGARA-SE NAQUELA tarde de sábado a memb re z i a da sua Igreja e da Igreja so lIc i t an t e de sua Ordenação ao Ministério Pastoral. l'1\litos Pastores, uns trinta, compunham o Concílio de exame do candidato. O Presidente, Pastor da Igreja recepcionant~ "ondllzi" dentro d o es trâmi tC5 normais aquela assem bl~ia. Os examinadores propunham suas quest~es ; o aspirante ao Minist~rio a todas com desembaraço respondia. Sem ser brilhante, o seu curso de semi n~rio fora de bom aproveitamento. Franqueada a oport~nidrde ao pGblico aSSIStente, estoura a pergunta: Oual. a sua conoi cçao quanto a Ceia do Senho r? & por ela livre ou y'est r i ta? Com a mesma tranquilidade o moço se manifesta francamente pela ceia livre: se todos somos fi lhos do mesmo Pai porque nuo todos, sem quaisquer emhargos, participarem da Mesa do Senho r ? Generalizou-se o murmúrio. A voz dos simpatizantes ã "convicção" do moço se inferiorizava


sob o volume do vozeriO da maioria contr~ria. Logo ã no i te, às 20 horas, se ri a o eu 1 to da Ordenaçio. Viria muita gento das Igrejas vizinhas. E c,e o Coric i lio desaprovasse a inve s tidu ra do r a-paz ao Pastorado? Seria um terrível vexame sobrotudo para o candidato e seus familiares. (f clamorosa imprud~ncia a realizaç~o do exa me de candidatos ao Minist6rio no mesmo dia mar= cada para sua Ordenaç;o. Essa asscmbl~ia deve s~r muito antes e, se aprovado o aspiranle, assinalase a data da Or de n a ao e se distribuem os conv r-: tes) . Pr eve nd o o dvs as t rc , II h ab i lidoso Pr esid ente do Concíliu i n t c rrompe o po r trinta minutos. Em sendo o Pastor do moço, conduze-o ao seu escrit6rio e dã-lhe instruções ... Re ab er t a a as semb le i a e tranquí li zad os os âni mos ainda exaltados pelas discuss~es do perrod~ do intervalo, volta a questão da Ce i a Restrita ou livre. O rapaz floreou rodeios e proferiu circunl~quios a explicar que pensara melhor n"lju('le~ trin ta minutos de intervalo. Suas nov as convicções S-t~ inclinavam para a Ceia Restrita. Se.i 13: Nosso povo é de uma ingC'l1uidad('total! Muitas vezes paga caro por ela. () dramático é que as Igrejas sofrem por isso e o Nome do Ev an gelho ~ eoxovalhado ... Unanimemente o Conc i lio aprovou o can d i da t o ao Ministério reputando-o em condições satis[atúrias. Seguiu-se o lauto lanche e às 2.0 horas iniciou-se o Culto de Ordenação no templo tr;lI1shurdante de povo. C~nticos da congregação, hinos do coral todo entogado. O sermão a lu s i v o . E a culminar a majestosa solenidade engalanada com penteaç

r


dos exGticos 8 l~hios vcrmelhds de baton. com coletes da última moda E; dedos enjoiados, a ritual imposi.ção das maos pelo Presbitério de moços e ('n {'a!wc i d o s Pa s t o r e s t od o s provectos nas l i d e s mlnistcriais. Ã entrega da Rfblia lembrança do mago Cl teV l' n to, i IIC i s iva a 1o c liç ã o em t o r n o daS IIp r l' ma Pr e c o p t o r a dos homens e o Soberano Pudr';io pelo. qual o no ve l Pa s t o r d ov o r i a pautar seu Pastorado. Regozijo ... FflJslvOS cumprimentos."" Calorosos votos de h'ênç::íos cvlestlais... Augúrios de p ro I i cu o ~línistérin.". Tantas e s pe ranç as no jovem Pastor: Duas nu tr~s semanas subsequentes outra festa. Em cidade do lnterillr deste Pafs. Gente Jus Igrejas de lucalidades pr6ximas comungava da alegria dos memhros da Igreja a solenizar a investidura do seu Pastor. As autoridades locais e pessoas gradas da sociedade pr(;'sentE's. O C Ilto trans C01"rC\] a c on t e n t o do mais apurado gosto. O Pastor recém-empossado. garboso na sua juventude. estimulava as mais helas esperanças ... Tud o flu ia muito, mu i t i s s i mo bem ... Chega o Domingo da celebração da Ceia do Senh o r . fi. zeladoria do templo preparara tudo com de voto esmero. Há mais de dois anos a l g r e j a se p r i.v av a do Ri to Sagrado presidido pelo seu próprio Pastor por simplesmente ter o s t a d o todo esse tempo sem Past o r ('[ptivo. Te ndo Lido o Registro Bíhlico de sua ns t i+ tlJlçã<l, L'mpllnhan~l1 a salva do 1';0, o rapaz declar a a sua pe rrni s s a o a todos ind is c r i mi n ad amon t e de participarem da Ceia porque a Mesa é do Senhor e se;; do S(~nllOr d cv c ser l i v r e , aberta, franca a toJos os crentes sem quaisquer restriç~es denomií


naci onai s . Transtornou-se> o anterior c l i ma d i- j ub i lo . Um choque! A 1 greja sempre ensinada sob rc a Ceia Rr- s t r i t a e dela convicta ... F agora sem preparação alguma, assim ã queima-roupa, o Past\Jr faculta-a ilimitadamente ... Escandalizam-se os crentes quC' assistiram seu exame de Ordenação q un nd o ele r eve l a ra s u a mu dança de ponto-de-vista por passar a esposar a pr~tica da Ceia Restrita. Criou-se impasse. ])esmorillizu\I-se perante a Lg re j a o Pastor mal-chegado. Mi11-l'lll'gat!onos dois sentidos: por estar a l há pouco e por haver principiado com extrema infelicidade. Ln sus t e nt a-: vel se tornara S\la pernti1n-.:?ncia no Pastorado. Contrariedades e sofrimentos de amhas as par teso E a agravar a s i t u a ca u ('orno aliás sempre SOl acontecer, alguns, ou por simpatia humana ou por E os comiseraçao, postaram-se ao lado do Pastor. dois partidos a se estracin.harem ... (l

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A crise

repercutj,3

ri n

cLdade

para

e s c a rid a Lo

do Evangelho, Afinal, eXO!lCrllU-SC o moço. Seguiu para outra Igreja onde tamb~m pouco permaneceu ... Um d rama p a ra as Lg re j a s v i t i mas de semelha~ tes pastores e outro drama para esses pohres pastores vitimas da deformaç~o das escolas tc()j6gicas de sell curso. Razões óbvias movcrrr-mc a o cu l t a r o s n o m c s das p e s s o a s e J;J s J g r e j a S e n v o 1 v i das n o I ame n t iível e p i s od i o . l.arno n rav o l o p j so d i o as, .. r o p e t i r com f re qu en c i a c re sce n t o. :.:o mais trágico é o Ia to de a ma i.or i a das Iu ro j a s atingidas por pasto=ros despreparados. ignorantes das Escrituras, ado tantes da ceia aberta, acaba pro hono paci.s (=)1p~


o b e m da paz"), <I,',' i t ;IIHI11 il inovação e se sur a ã n o V:1 d C's ()r i ~Jl l ;J '.; ;J o . () nov e l l\htllT d o su c cd i d o relato, ao OUVlr r~fcr~ncias sobre a ceia livre, inclinou-se a Slm pa ti z a r com a idéia ao tempo do seu s erm n a r i o. Moço'sincvro, resolveu todavia investigar as ra z oo s da prática d i f e r e n t e do seu gosto, ou seja, da Ceia Restrita. '~ Argumentavam-lhe! Por que os Batistas em geral têm-se f er hadn no s t a qU('st~o'? Lã nos Estados Unidos rnu i t a s íg r e ja s Bntistas J3 ab and o na r am iJS di ser irnilliH,:ões (' s o rn q ua i s qu or r os s a l va s franqueiam a Ceia. Seria decerto estreiteza de v i s ao ('unservar o \ISO diJ Ceia Restrita. Costume antipático. Hoje sem r a z ao ele p e r manc c e r . Coisa do passado ainda conservada por velhos c semi-analfabetos. Se nos juntamos a gentl' de todas as denominações na pregação do Evangelho, e nesse intento latamos o Maracan~, por que harrar, quando celchrada na nossa Igreja, a Mesa do Senhor, ~queles aos quais nos r.;,unlmo,:: naquela circutl"r:ância? TodAS essas observações se afinavam com sua lndole macia e de personalidade i n c l i n ad a 3S novidades. (Ele sempre olha desconfiado p a r a coisas e pessoas velhas. Bom sp.ria se tudo fos..:;enovinho , pensa ele lá com as .c a s a s dos ~;\lUS botões ... ). No anelo de averiguar as razões da delimitação dos participantes do Instituto Memorativo, porém, foi entrevistar s'e u s professores. l n t o r r o+ gou Pastores. Procurou li.vros f'ohre O assunto. Fi COtl na mesma! A é ba t i e deve-se ir para não destoar, disseram-1he, O triste epis~dio assinalado de tantos fatos

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e lances que ama r gu r a r am l g r e j as p r cj ud i c ad a s c ü Pastor implicado, dc s pc r t orr-rnc (1 d es c j o de c s c r e-: ver o r e su 1 t ado das rni nh a s Pl'SqU 1 S.JS ac o r c a do mo meotoso tema. Distingamos do e s s o n c i a l o acidental. À o x-: ten.<lo d e s t a s páginas f o c a l i z a r-cmo s o e s s euc ia l: a

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Enfim. Cristo seja em toelas as

Ve r d a d e d o Evangelho. qu c a Glóriél d e nus!;\) em t o d o s os momc-n t o s do nossas

at i v i daues

o

nosso

no s s o

Jesus v i ve r u: suprC'TI!O"


s obc r a no

ideal!!!

s~o

Paulo,

Dr.Anlbal 1lr;:.;oC'-/açâo 13Y'C1sileiY'Q .'7,/:l(-'/I'Q

de

9 de Julho

de

1982

Pereira dos Reis, membro da eu l. tUY'Q c da União BY'a-

de

r~'[](!rl:L(}Y'e:;.

OBSI·:RVf\(,:/\ll: A" v o r s a i s dos Tc x t o s das Escrituras transcritos são do meu arhÍtrio n3 intençãn de realçar.


o ASSUNTO

AS OI{:lENANÇAS,·s i rnb o los e figuras de sublimes verdades espirituais, foram instituídas pela Autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo com sua ohservincia exigida como dto de obedi~ncia. . Sem serem "sacramentos" e nem em número de sete como ambicionam o catolicismo romano, o orto doxo russo e Dutr"s seita~ catõlicas, as ORDENAN=ÇAS n0sta Dispensaç;o da Igreja sio duas: o Batis mo e a Ceia do Senhor. E~ta, a CEIA DO SENHOR foi, atrav~s dos Ap6s tolos, entregue por Jesus Cristo à Igreja para--; numa singe1a dramatizaç~o com o emprego das espeeies de pão e vinho, c~memorélr a Sua Morte Vi cario-rropíciatôria Dté a Sua Gloriosa Voltu. Pro~omu~nos a estudar com crit~rio, bom senso e com ab so lu t a isenção de van imo a piedosa Sole u i dad e Memorial do Sacrifício de Cristo. Estas ~;inas en t roncad as nas Es cri turas Sagradas anela;

pa

fi rmar

convicções

nos

impostert>~veis

da "S~ Doutrina" aclamada "SantÍssima Fê".

pr

í

nc l p o s

em Judas 20 apanâgio

í

de

15


É a mi nh a i naba I ãve I convi cçiío ~ Del]s ml' cunvocou para ovan ge l i z a r . E na e xe cuç ao dus t» 11111\1l1s r o s p o n s ab i l i zo ir-rnc da defesa da Ver d a d e do Evangelho. Paulo Apóstl>lc' ;, o l i d i rno e xerup l o d o pregador do Evangelho. Sua alllaçõo contudo não se limí to u a te' x i b i r a e s sê n (' i a d o Ev a n g e I h o P 2 r a a salv aç a o dos perdidos. Amplo ê o seu MinistPl~io. GC(l g r a f i c ame nt.e por'haver atingido a maior parte ct~ mundo do seu tempo. Aiupl o sobretudo em s e u v a s to e profundo conteGdo. Desvelou-se em ensinar publi camente e a domicílio "todo o Conselho de Deus" (A t . 20: 20,27) . o :--1anda to de J CStlS é ab rangen te ~ ] n c 1 u i todas as coisas qulo' rna nd a r a aos Seus primitivos clis c i p u l o s (Ht.2~:2()). Ao genuino crente ev auge l i c o tudo das Escrituras ~ de máxima import;ncia. Se a f~ evangélica no Cristo Onico Salvador 6 bâsira, rle s3hp ser impossível ~,W c d i rÍcio reduzi r-se a o s alicerces. Em c i rua d o s t e s e r gucm+s o ;1", p a r o d o s c sob rc el as se d i s r e nrlc II t e Ihado . Nem p a rvde s n o m telhados s.io i r r e Levan t es . Nem () acab amcn to da ('()n~tru~;o c i r r i. s o r i o . Do automóvel o motor (. c s s o n ci a l . Sem ele o ilut0!11ÓVt.'J pe rman e c c c s r a r i ro , conquanto reluza a l a t a r i a , O rno t o r contudo é insuficiente. Sao i n-d i s p cn s av e i s os i rnp l e me n t.o s que S,"'W aquelas peças ne c e s s a r i as ao uso ela ma q u i na, As ro d a s , C v o lanr e , O c arnb io s::.io i rnp l ernen t o s . A IWSSil j mp r e ns a por ig no r anri a' (COIllO [lã gen te burra E' 's em i a na l Lab c t a ne s s a i mp r o n s a l) COil'=funde implemcnto e a c e s s o r i o , Os a r e s s o r i us s;lu os enfeites, aqu i l o que": secundário. :~em eles o 3Ut omo vc l f un c i ona p e r I'ei t:nmente. Plllbnr"l n~l() o Fc r c-:

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<,;a luxo e cr.n f o r t o aos seus usu a r i os . Da vida crist~ a convers~o 6 a base. O 0sscn . ci a l . Ê o na s c-i men t o . O "nascer de novo" na in('í~.iva t c r.ni n o l o g i a de Jesus. Tudo o mais, porém, é de suma importância e impossível ser desprezado se se deseja o sadio cresci mento e sp i ri tua l . S;o os im?lementos. A pr~tica correta da legitima CEIA DO SENHOR ê do m~ximo valor para () SC>i'VO d e Deus zeloso no cumprimento da Von ca de do Soberano Senhor e ê, ao lado do Batismo Bíblico, ímplemento da vida crist ~I •

Dispensnr as ordenanças implica por conseem graves p r e j u z o s espirituais. A 'i nro r r o \7;0 de seu u s o outrossim c omp r ome t o a viela crista. Ao automóvel não basta ter a roda. -Se ela for quadrada ser; ineficiente. ,. A Co i a do Senhor incorretamente e rnp r e gad a tor •• na-se inútil. E p.r.~il!º-iciiLl. Ao repreender os c~' r i n t i os , pelo seu mau uso da Solenidade Memori,al Pau lo Apóstolo nota: "Por causa disto há cnt ro vós muitos fracos e enfermos, e muitos que dormem" (I Cor.ll:30). Destituída de sentido esta advertên-cia de Paulo se ,a Ceia fosse uma cerimônia í[rele v an t e ou se seu uso n~o devesse s e gu t r i r r e s t r i tas normas estabelccidas. Certos das b~nçios de Deus, firmaremos a con cc i t u a ao e s c r i tu r i s t i c a da natureza do lnstitut-; Sagrado da MESA DO SENHORe verificaremos as condições de sua participação. Isto é: Conhecida a sua natureza estudaremos se sua participaçio deve ser ampla, aberta, ou restrita e circunscrita a determinadas pessoas por atendere~ definidos requisitos. guinte

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17


U~lA POSIÇÃO

[)1~F1N1DA - À extensão destes capItulos esquLvar~mee i de, sem d e s c-ou s i d era r o seu valor, me n c i on a r t.eo logos . Confinarei esta an~Jise ~s in[ormaç~es claras e precisas das Sagradas Escrituras no atrihuto dl' Única Regra dl' F& e Pr~tica de Vida Crist;. g o postulado fundamental: em todos os casos de fê e o r i en t ac ao na vida as Es c r tu ras Sagradéls são a suprema e todo-suficiente autoridade. S;o o úni co tribunal de i ns t anc ia . Destitllído ou t r o s s im d; opiniões pessoais, CO\1l ab so lu t a o x c lus i v i d ade , iE restrita imparcialidade c livrl' de quaisquer prejulgamentos, aceito também tudo quanto à CEIA DO SENHOR ensinam as Escri t.u ra s , Pri la v ra Santa, Infalível, InerranÍ:c e Lndc f i c i cn t c de ~)l'lIS nosso Sl'nhor. Nao sou dono de nenlluma Verdade. Ou melhor, sou dono de urna grande Verdade. Es ta Verdade é mlli to minha e a proclamo: sou pecador salvo pela Miseric6rdia Jo meu Senhor Jesus Cristo. As Verdades que anuncio n;;o s;;o minhas. Pertencem a o Sagrado Acervo das Santas Escrituras. Sao Verdad0S de Deus! Nesta questão da CEIA DO SENHOR atenho-me.3 criteriosa e legítima·l1ermenêutica, cu j as regras s~o do senso comum. Dentre estas destaco as seguinçes: interpreta-se a BIblia com a pr6pria BÍblia; as passagens jue me parecem obscuras procuro elucid~-las c~m passa?ens afins; nunca ~ma imprecisão de entendimento de alguma passagem pode colidir com o ensino claro de outras passagens; qualquer interpretaç~o deve se sintonizar com todo o teor da Bíblia; dar o sentido literal a declarações, mandamentos e doutrinas li te r a s onde í

í

18


nao entram figuras e dar sentido figurado ou metaf~rico a toda linguagem figurada ou nio literal I\os possíveis leitores deste livro apelo ao seu exame criterioso, despido de antecipados conceitos, com a disposição de questionar ã luz das " S . Se Escrl t uras .an t as suas an t tga s conv t c oe s:. escrito com or~çio com oraçio conv~m ler as p~ginas suhsequentes. ti

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SACRO - A fundação do Bendi to Memorial efetuada por Jesus Cristo encontra-se nos Sin6ticos: Mt.26:26-29; Me 14:22-2h e Lc.22:14-20. Sua observ~ncia pelos pri meirns cristãos está em At.2:42 e 20:7. O modo d~ se celehrá-Io e os requisitos dos seus participa~ tes s~o-nns indicados sobretudo em I Cor.ll:17-3~ Harmônicas entre si essas perícopes formam o conjunto completo de ensinos acerca do assunto. Transcrevo os Textos mencionados: REGISTRO

Mt. 26: 26-29: Enquanto comiam, Jeeue t.omoupão e, abençoando-o , o part-iu e o deu aos dieeipuloe ~ dizendo: Tomai, comeij isto é o Meu Co~po. E tomando um cá l ice, rendeu qraçae e deu- Lho~ dizendo: Bebei dele todos; pois isto é o Meu Sangue, o Sangue do Pacto, o qual. é devramado pop mui. tos pa1'a 1'emissão dos pecados. .Mas digo-vos que desde aqo ra não mais bebevei. deste fruto da vi.dei.ra até aquele dia em que conVosc:(} o beba n(}VO~ no Reino de Meu Pai. Mc. 14: 22-26: Enquanto comiam, Jesus tomou pão e, abençoando-o~ o pa~tiu e deu-lho~ dizendo: Tomai; isto é o Meu Co~o. 19


E tomando um cal.i.ce , rendeu

graças

c deu-lho;

e todos beberam de Le. E di eee=l.hee : t c u.

é o Meu Sangue,

() Sangue

do Pacto, que por mici t.oe é derramado. Em verdade vos digo que não beberei mais do fru to da ui dei. ra, até aque l.e dia em que o bebe r, novo ~ no Reino de Deue , E, tendo cantado um hi.no ~ ua{ i-am para o Monte das Ol.i oei.rae . Lc.22:

a hara , [X),q-S(! Jel!WJ E dísr:e-l.heD: 7'enho desejado ar'denternente comer eonVOBCO esta pác coa , ant.eo da Minha Paixão; pois Vos diqo que nã(; a comerei. mai.e a úi que e La se cwnpra no Rei.no de Dew;. En tão havendo re cebido um cá l.ice ,e tendo dado gr'aças~ dieee: Tomai-o, e repar ti-:o ent.re vós; porque vo~; digo que desde aqora nao mai.e bebeve i. do fru.io da videira) a t-é que venha o Reino de Deue . E~ tomando pão, e havendo dado qraças , partiu-o c deu-lho, di zendo: Isto é o Meu Corpo, que ;, dado por V()S; fazei isto em memória de Mim.· Seme ihaní.ement:c, depo i.e da cc i.a, tomou o c(il.ice, dizendo: Este cálice é o novo pac Lo em Meu Sanque , que é detrramado por' VÓi3.

à mesa,

1.4-20:

g,

cheqada

e com EZe os ApcJstolos.

At.2:42: e perseveravgm na Douirina dos Apó~ tolos e na comunhao , no PARTIR DO PÃO c nas ol:"açoee . A t . 20: 7: No pr-imei.eo dia da semana, tendonos reunido a fim de PARTIR O PÃO, Paulo, que havia de sair' no dia. eequi.nt:e, falava com el ee , e pro Lonqou o seu discurso a té a mei.a-noi. te. 20


Pois nao quero, Lrmaoe , pai.e ee tiveram todos debrri.xo da nuucm , e t.odoe passearam INdo mal'; e, na nuurm e no mar', tOd08 füI'am bat.i zado» em noieec, t.odon comeram do mesmo al.imcn io. espiritual; e beberam iodos da mesma bebida espiri tual , porque bebiam da pedr-a eep-i. ri tua L que OD acompanhava; e a pedi-a c:ru Cr-ie to. Ea lo como a en t.endi.doe ; ju 19r1'i VÓ:J menmoe O· que diqo . Povuun t.ura '() (~Ú..1ice de: l;pnção que abc-nçoamon, nao E~ a eomunhao do Sangue de Cr-ie to? O pão que part.i.mon , rUJ.O ;; potrocn tura a comunhão do COY'po de Cri,..; 10:' Po ic W),,;, embora miei t.on , somos um só pao um ('()J'P0; porque t.odoe par t.i ci.pamoc de um mesmo I Cor .10: 1-4,15-22:

que

i qnor-ci.c

que nossos

t.'

J

::r:

PU,). dOD

Vede a Israel tsequndo a carne: ;;aer'Íf{eúx; não são porroent.uva

os que comem par t.ioi pant.ee

do a L t,J.Y< Mar: que digo? Que o sacrifieado ao {dol.o é al quma coi.ea? Ou que o Ldol.o é al.quma coi ea? Antes digo que as coi.eac que eles eaci-i j'icam, sacpifieam-nas a demônios, e não a Deus. E não quero que ee iaie part.i.cipantee com os demônios. Nãu podcic beber do cálice do Senhor e do cá U,:(! de demônios; não podeis part.i.ci par da Mesa do S,mlwr e da mesa de demônios.' Ou prôoocaremoe a 213 l.oe o Senhor? Somos, pomien tura , mat.e fortes do que El.e? Cor.ll:17-34: Nisto, Vos não vos louvo; porquanto 1'0. mpLhor, mas para pioI'. Porque, antes de tudo,

porém, que Vou dizervos a.iuntai e, nao P!1 ouço

que

quando

vos 21


a.ju.ntais na Igr'eja o creio.

há entr'e

vos

dissensões;

e

em

parte

E até importa r~ que os aprovados

qu.e haja entre vos facçõeB, pa se tornem manifestos entre

vos.

De sorte que, quando vos ajuntais num lugar', não (~ pana comer' a Ceia do Senhor'; por-que quando comeis, cada um toma antes de out-rem a sua própY'ia ceia; 'e assim um fica com fome e outr'O se em br-i.aqa, Não tendes poroen tura casas onde comer e beber: Ou deepvezai.e a Igreja'de Deus, u cnuerqonhais os que nada têm? Oue vos direi? Louuar-voeei? Nisto não voe louvo. Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jeeuo , na noite em que foi trai do, tomou pão; e, havendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o Meu Corpo; fazei isto em me mor-i.a de Mim. Scmel.hant.ement:e também, depo i e de cear', tomou o cfxli"p-,

dizendo:

no M~u Sangue;

E'13'ie cfxZice

é o novo Pacto

fazci isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de Mim. Porque todas as Vezes que comerdes deste pão e bebevdee do cálice ee t.are i.e anunci ando a Morte do Senhor', até que Ele. venha. De modo que qua Lque r que comer' do pao ; ou be ber do càl.ice do Senhor i.ndiçnamente , será culpado do Corpo e do Sangue do Senhor'. Rxamine-ee , pois o homem a si mesmo, e assim coma do pao e be ba do cal.i ce . Por-que quem come e bebe, come e be= be para sua própr~a condenação, ne não disccrnir o Corpo do SenhOr>. POr> causa dieta há entre voe muitos fracos e enfermos, e muitos que dormem. Mas, se nós nots Julgássemos a nós meemoc, 22


nao .c;C'rl:am08 [ulqado»; quar.do , porém, somos julqadoc [JP Lo Senhor, eomoe cori-iqi.doe , para não 8pr mo" condenados ciom o mundo. Po r tan (o. meuc Irmãos, quando voe a.junbai.e pc1Y'Q comer, cepei-ai. uns pc l.on outros. Se a~gw;m t.i V(,Y' f0177<"., coma em CQi)a, a fim ele que nao Vos reunai e para condenação V(JU[W. E' as demai e coisas eu as or-denane-i. quando for.

EM DUAS SECÇÔES repartiremos nosso estudo. N J P r i. me i r a p a r t e e n f o c a r e mo s ã 1 u z d a fi S a g r a das Esc ri t u r a s a NATUREZA da Ceia do Senhor e na segunda os REQU1S1TOS para q u crn dela quer participar exigidos pelo Senhor da Mesa. Levantados nestes dois gonzos os capítulos s e gu i n t e s visam a firmar em nossas c onv i c çoc s o v~ 10r dcvo c i ona l da Ceia Memorntiva e c xpun g i l a d a s d ct "Irp;I,·01.'~; I"."l\I!'i.:"IS p,)r trnr! i (:;~('~; p.lg:1S. r

23


A NATUREZA ])A CF lI\. IX) SENlIOR

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MEMÓRIA

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de. M-im lia

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L/NOSSA

POBRE MEMúRIA

ANTECIPO·A CONCLUSÃO! Levam-nos a ela as Escrituras. É da própria natureza da Ceia do Senhor s o r 1'1E~lüRlAL c ECLESIAL.

() Ml0R

ANELA AMOR-

A obra

da Redenção do p~ o resultado do Amor de Deus. "Nisto conhecemos o amor: que Cristo d e u a Su a V'i d a por nos I j Jo.3:16). Deu-noI a por sermos rebeldes e perdidos: "Mas Deus dá prova do Seu Amo r para c o no s c o , em que, quando éra mos ainda p e cad o r c s , Cristo morreu por nós" ( Rm-:5;8). "N i s r o esta () amor: não em que nós tenhamos amn d o a Deus, mas em que E I e nos amou a nos, e en VIOU Seu Filho como propiciaç~o pelos nossos pec~

cJdor

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do s "

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(

Jo.4:10).

É-me i r r e s i s t ive ll tv1inha alegria de salvo gr~ ças ao Amor de Deus me constrange a consigná-las. S~o ('onhecidns de cor por todos os crentes. Est~o :10 CtHiH';dO agradecido deles. são as palavras de Jl'S!JS: "Porque Deus amou o mundo de tal man e a r a

27


dou

que

Seu

o

11.' lj uo nE 1e na" (.10.3:16).

Fi lho

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que

amor

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Vi d a E r o r

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amor

amor.

"Sede pois irni t a d o r c s de (' anda i em amor, como Cri s t o

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Pa u l o Apústolu, po l o Dc u s d o Amor, lo: dos;

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ca r a c t e [1S ti

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l d cb i ! id;Jdl'.

ruela p l-demos ;1 L'l1Ib l1Iilgl10S t cimentos d a l+i s t o r i a . Di 11Iem-Sl' n a n0Vl1;J do pass-; do' os fatos ma i s ínti\l1os da nossa vida, ,1S jnst<J~ De

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de nossa mae em nnSS3 remota i n l a nc- ia'! As cx p o s i>SiÇÕl'S dos IlOSSOS rne s r r cs em nl)SS3 distante e s co-: l a ? Os d i s c u r s o s dos o r a d o r o s qu c n o s cm po l g a r an: n a qu c l e s longínquos dias da nossa v i b r a n t c mo c i d a d c? r-

011 t em

u

28

E os oossos prop~sitos f e i tos ent re lágrimas

de emenda de conduta? j a hnje 01 v id adus .


() o s qu e ci men t o é o inimigo do amor po r q u c 02qu c c e r ;;; d e i.xa r sair da rnemor i a , ê p o r de l ad o , marginalizar, recuar aos subGrbios do nosso afeto at~ cnterr5-1o de vez. Esquecer significa desprez.r r , a b an d on a r . Es qu c c ime n t o é a r e pu l s a do amo r ...

A FACULDADE DE ESQUECF:R - Um dos meus profe2 s o r e s , na sua lon c xp or iun c i a com os homens, definia a mcmo r i a ... N~,., como a faculdade ou c a p a c i d ad e ou a pt i.d ao ~n~ til de c o n s er v a r e reter as idéias, as i mpr e s s ocs e ()s l' on h e c i me n tos a d qui r i dos . Dc f i n i a ..?, m.f;mória c-omo a~a fa~dad0' ou ('~ídadp de esquecer ... - Antinomia-:;hsllrda a definição do meu velho prof ~SSl) r? Apa r (;>11t e me n te d 1 S par a tada (e só APAREN TI~MI':NTE d i s p a r at a da ) pois sua realidade (. i mpr c s+ si o n a n te. EsquccelilO-!10S de tudo ... Ao IllPU profe.::

.,',1

S ()

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o

S 1 S

t em toda s

ESPÍRITO

-

a s r a zoe S

DA HH1ÓRIA

-

I

Na

condição

k le tos,

de

Para-

em Sua r·li sEs p i r i t o San

e s pc c i a l para com os Apóstolos, o ~ -;to, o ~Splrl[O d a V er d a d e " , ser-lhes-la . o Esplrl to da ~1emória, da Lembrança: " ... Esse vos ensina rií todas as coisas, vos far~ lembrar dç tudo qU:3nto Eu V()s tenho 'dito,J assegurou-lhe.s Cristo r:?~lJfde mornent o de Se despedir dos L\pOS -

S.111

11

l'

~.

el

105

(.Jo.14:26).

=

João esc:revc>u os seus livros mais de ('inque~ ta a no s a p o s os e v en t o s e os p r o nun c iamo n t o s de Cristo nt'les reglstrados. Como poderia el.e ele tu-

29


do recordar-se'!

Com que

c()\ldiçOl'S lemhrar-sl'-ia do discurso A? sinagoga-ºe Ca f ajnaum all,l~J() no capí tl~O 69 do seu Evange lho? Dos po r meno r o s da conversaçao com os Apóstolos e dos longos pronunciamentos a eles dirigidos na noite de Sua última ceia pascal? Dos lances das alter('aç;:;es do Mestre com os j u de u s ? Ê de s l' s a I i e n t a r ou t r o s sim l' n co n t r a r - se J o;; o em já avançada idade quando r e d i g i u s u a s obras. pelos 90 anos ou mais. Em h i po r c s e alguma J030 r e r ia cap ar i d ad c lluman a de se recordar de tudo. Cons e gu i u-o só por ,inspiração do EspÍE...ito l~anto, o Espírito da l'1emóna, o\Sspírito da Lemhrança.",

Ar

os

t-'100JUHP.NTO~-; I~ A NOSSA

Em ma rrno-: re ou em bronze erguidos nas praças pGhlicas os monumentos dus feitos e dos vultos da pitria significam a nossa luta de séculos contra o e s qu cci men t o . Majestosa a t r emu l a r i c ad a nos mastros a ban deira ~ a lembrança sintetizada, concentrada, da P.:itria, de oito mi l hoe s e quinhentos mi l quilômetros quadrados, epopéia geográfica de heróis e fei tos faustosos. BANDEIRA

-

-

,

,

p3g1naSl1npressionantes das Eseri t u r a s , Concluía-se a longa caminhada do s d e s e r t o s Quarenta anos ele marcha, de aventuras, de surpresas e de perigos. Quarenta anos de palmilhar as areias e.scaldantes seguidas ao secular jugo egíptano. AS PEDRAS DE JOS:J1~ -

É uma das

i

30


Chega a glória da posse. De plantar os pés TQrra Prometida. Repete-se o portento. Há quarenta anos separaram-se as ~guas do Mar Vermelho. l n t or romp e-r so a correnteza d o Rio .Io rd a o , "Os sacrr d o te s que levavam a Arca do Pacto do Senhor pa r a ram f i rmo s em seco 110 me i o do .Io rd ao , l' todo l s r ao l fui passando a pé enxuto, até q ue todo o povo arabou de passar o .Jo rd a o" (Js.3:l7). Ao zl-fi r o d a glória da en t r ada na Te r r a .10sué ouve a Voz de Deuz. Sua Voz Soberana so Se manifesta em assuntos de transcendental import3nc'ia. () que fala o Senhor? Que se o d if que um mon~ nun t o . De pedras. Pedra,' escolhidas. " ... do meio cio .Jo rd ao , do Iu g a r em que o s tiveram 1'3 rad o s os PPs d o s s a cv rd o t o s ... " Pedras do mo nu me-n t o da pr~ d i g i o s a passagem do rio de águas separadas. Quantas pvdras'? () Senhor é minucioso na edificaçõo do monumento. Quantas pedras? Doze! Cada uma t ran s po r t ad a por um homem, "de cada tribo Ulll 11<'1

o

í

homem" .

bre

Corno carregar () ombro ... 11.

cada

um

a sua

pedra?

11

t:1\1 que local instalar-se-ía a construção? t0rra seca. Da nutra banda do rio. Nos limites tQrnns de Canaã.

soEm"

1n

Por que semelhante marco? " ... para que .is t o seja por sinal entre v6s; e quando vossos filhos no futuro pergunta~em: Que significam estas pedras? direis a eles que as ~gUdS do Jord~o foram cortadas diante da Arca do Pacto do Senhor... e estas pedras serão para sempre por MEMOl{[AL aos f i lh o s de Ts rae l . .. ". OrdE:'nança dada, ordenança cumprida: e alí estão até o dia de hoje" (Js.4:1-9). O rna gno e vcn t o d e vc r i a ser assinalado para

31


memorla vit~ria

perpetua num monumento significativo ela e das caracteristicas do pr~prio povo VItorioso Qt~ no nGmero doze de suas tribos. O j;:;bilo d a inauguração do ma r co h i s t o ri co confirma a al~gria da vit;ria assinalada. .Jos ue , o condo t i e r o , na s o l c n i dad e i n a u sru r a l do monume n to-memória, [ala ao POVl): "Quando n o fL.J. t u r o vossos I i l h o s p e r gu n t a r c-rn iJ Sl'lIS pa is : Que s i gn i f i c arn e s t a s pedra .:;'! f a r o i s s ab o r él VOSSllS fi. lhos, dizendo: 'l s r ac l p as s ou a pi; enxuto este:' .lu!::. cl ão" ( J s . 4 : 2 I - 2 2) . ~ a t r agud i a da no s s a memo r i a ' ,I::í os fi lhos daquele" i.s r a e Li t as Ih'-'5 perguntariam: "Que s i g n i f i eam p a r a vós estas pedras?". Qual rna n t o i nd e v a s sâvel o esquecimento se estendera sobre a qu e l e me mo ri a l ... >

OS MEUS GUARDADOS

- O Ser humano,

a pe s a r de tao l' sempre esqupciclo dos outros, apavora-se com .:1 ameaça de ser vIl' esquecido. Por isso inventou a lembrança. /\qll(,ll: pe qucno ob j e t o que St' d e i xa a quem se ama . .1111:')(p l i cav e l poder e v o ra t i v o da l ernb r an a a r e c o l ora r em nossas retinas o semblante d aqur- l a rr i a t u r a querida, daquele s o r r i s o , daquela voz, d aqu c l e s gestos ... Tenllo-as nos meus a r qu i vos. são mu i tas. Costa de as guardar. pétalas de flures de s bo t ad as e ressequidas nDS seus trinta e cinco anos de conservação. Cartas de papel amarelecido do tempo distante. Lenços com qu e enxuguei as derradeiras lágrimas dos meus melhores amigos na hora dil últi ma p 3 r t i da. F o to g r a f i d S • .. Ah l , a s f o t o g r a f i a s d a~ minhas reminisl'~ncias ... i

ç

32


Quando eu morrer tudo ser~ queimado como lixo e alguém perguntará: o que s i gn i ficava para o ve1ho tudo isso?

CRISTO NOS CONHECE - E por conhecer a fragilidade da nossa memória decidiu deixar-nos uma lpmbrança. Um marco. O Seu manto? A tGnica incünsGtil? A manjedou rLdo.-fu'u ~al? A 7or'(;a de e~pinh~? A~Sua cruz? A espada~Lhe I accrou a Coração Exangue? Um p ao dQ-.lll.Í.lagn~_d.Qs -!:'rmosde Ca f arnaum? ~ Nad a disso: Poderiam e Le s ser t ran s f o rrna do s em alvos de culto. Ao comemorar a P~s~oa judaica quando a extin guiu. poucas horas antes de Sua Paix;o e t1orte, fundou a Sua Lembrança dramatizada com o emprego de p~() e vinho. O 1'1emorialfixa um evento definido. Não o Seu Nascimento. Nem nenhum de Seus milagres. Nem a Sua Re~~urreiç;o. A Ceia Memorativa assinala a Sua Morte. O pão símbolo do Seu Corpo Partido. O vinho emhlema do Seu Sangue esparzido. Na singele za do seu ri tual ela nos evoca a Suprema Obra dO' Senhor em nORRa Redenç~o Etern~ e desperta em nos so rntimo os mais vivos sentimentos de amor e gr~ tidio 86 nosso Salvador.

l'

33


A I NST l'I1J I çl\o

A GRANDE SALA do fes t i m , o anaigon dos gregos ou o cenaculwn dos latinos, no 'crepúsculo daquele dia 14 de nizan~ acolhe treze convivas. No centro a mesa coberta de alvejante toalh3 franjeada de vermelho e roçar o pavimento em Ia drilhos. Em cima dela pratos e as taças do agape. - -. Dos cestos sobressaem pacs aZlmos, o matHot dos judeus, de farinha triga sem levedura no simbolis mo do p~o feito às pressas no momento históri('~ da fuga do jugo egfpcio. A memorar os tijolos amassados com o barro do Nilo, o molho avermelhado, o harozet~ de fórmula minuciosa, composto de tâmaras, amêndoas e' figos, rna cc rados num fio de vinagre~ Lembranças das amarguras suportadas a sombra das Pirâmides, escarolas, agriões, râbanos e salsas aos maços. As taças recheadas da b eb ida feita de dois terços de água e um de vinho. Na postura central do rito o cordeiro branco, macho, de uni ano e sem defeito, assado -<30 calor do fogo vivo; acima das brasas suspenso em espetos de romanzelras que lhe conservam os ossos inteiros. Tu

34

1)'


GO

pronto

para a ceia

legal

da Páscoa,

a

máxima

solenidade judaica, cu j a instituição divina Mois~s anotara no capitulo 12 do livro do ftxodo. Os treze homens acomodam-se em ordem de preced;ncia ~üR largos div;s amaciados por aliliofad~es. Reclinam-se sobre o braço esque~do afundado nos c ox ns e o direito fica livre para se servií

rem dos manjares.

'

Distingue-se uma Voz. En seve rad a de emoçao, e mb rand ec i da de afeto: "Tenho desejado ardentemen te comer c on vo sco esta Páscoa, antes da Minha PaI x~o, pois vos digo que nia a comerei mais at~ qu; ela se cumpra no Reino de Deus" (Lc.22:l5-l6). É a Palavra de Jesus rodeado dos Doze Apóst~ Ias.

Adensa-se a tristeza. Carregam-se os semblan tes de apreensões. Um f~êmito de angústia perpas~ sa o c o r açao dos discípulos. Entre os s ned ri t as naquela mesma hora concertam-se planos, os sacerdotes conspiram. confablllDm OR esbirros. A fisionomia carregada e soturna do Iscariotes reflete a trama da traiçio. Numa atitude de majestade sobrenatural a pre sidir o igape litGrgico, nosso Senhor profere a oraç~o ritual, abençoa o c~lice cintilante aos re f Le xo s dos lamp ad a r os su spen so s do te to. Prova ~eu c on teúdo. A taça d, reli 1a de mão em mão. Irnpe t ra a h;;nçl1o sobre a travessa das ervas amargas. D~la retira algumas folhas, umedece-as no haro ze i. cor-de-tijolo, mastiga-as, sendo, ato con~rnuo, secundado pelos Doze. Um dOR comensais solicita ao presidente a í

í

eiplicaçio

daq~el~~sQl~nidade.

E*ihiddo'o anho assado recoberto de ervas amargas e vegetais aromáticos de pronunciado sa35


bor: orégano, I ou r e i r o , t orn i lho e man j e r i cao , .1<'sus exclama: "Esta ê. a Pascoa do Se nho r l " E mlnuCla o epis~dio da 1ibertaç~o do Egito. De novo a taça circula. Outra vez os COflVlo f e r e-: vas abluem as mãos. Aos Apóstolos o Mestre CE' pequenos p e d a o s do p;;;n ;:;zi mo por El e partido misturados com as ervas amargas embebidas no 11101 h o haro ze t. A eompmoração paseal atinge o ponto culminan te. f. o do partir o cordeiro. Jesus o ahe'nçoa . Trincha-o. A lada participante do festim oferece um pedaço. Recita a primeira p a r t e do Hal.l.e !., o h i no composto pelos Salmos hehraicos 113-118. Sebrinde, a "taça da h'(>nção". É gue-se o terceiro cntnado o cântico das graças, a segunda parte do ç

fiaUeI. Toda l'ssa r i t u a l i s t i c a , a p r o l ou ga r+ l he o tem ccnversaçao accrca po se mesclava de alegre dos mais variados temas.

Na que 1 (? 14 de ni zan o cân ti c o cio Hal.l.el. consumou em definitivo p Páscoa judaica. O an t i t i po da qu c l e cordeiro, nosso Senhor Jesus Cristo, n Vo r d a de i r o Anho de Deus, poucas horas SVg\liIHt'S, seria levado ao altar do Sacriffcio. Consumar-seia a Velha Iri s pcns a çao , Cadu c a r i a a Le1Tt.:r-seia vencido o sacerdócio l e v i t i c o . Ex t i ngu ir-r s c+i a a raz~o dC1S s acr i f j c i o s p r e f i gu r a t iv o s de animais. Com a explosão da l u z da r o a l i d a de dl'SV.111PCpr-sciam as s ornb r a s •..

3h

'l'


.'-

"

lice, dl'

Segundo o costume, a antecipàr o quarto caocorria um banquete sem qualquer Eormalidar i tua L

N0ste momento de descontraç~o o Mestre afasta-se da pr c-si dcnc i a . Despe-se do himátion~ o rnan-: téu externo. RC'('obre a tGnica com uma toalha ele I i nho . Enche d agua a b ac i a das ab lu ço e s , Que fará Ele? CE:'stoinusitado! Prostra-se por terra ... Ã carga das emoções ~ das tristezas provocadas pelo semblante s~rio do Mestre, sobrep-;e-se a espantosa surpresa: o presidente da Mesa Pascal a humilhar-se à semelhan-,;ados eScravos. E na post~ ra de servo lava os pés dos Apóstolos ... Naquele hiato entre o fim definitivo.do sole ne festim pasesl e a instituição da singela' Ceia Memorial, o ~urprcendente gesto de humildade eva~ gélica ... O escravo Jesus Cristo de rojo a lavar os pés dos discípulos ... Em ucasiões anteriores duas mulheres, uma an tiga meretriz e a outra exorcizada dos demônios~ hanhar~m-Lhe os pés com suas lágrimas, enxugaramLhos com o véu dos seus femininos cabelos, ungiram-Lhos com recendente unguento ... Loucas aç~es impulsionadas pelo amor porque s~ o amor tem dessas loucuras ... Ã arrependida fi~ou bem tal exag~ ro porque muito, muitissimo, se lhe perdoou. A Ma ria, que se antecipara a ungir o Corpo do Mestre oa ra a sepu l t ura , couberam os aplausos do Senhor atribuir-se-lhe-ão ovações ao ser contado o seu f""'.to para me mo~r i, a sua,"" on d e quer queorf pre37


gado o Evangelho". Que humanas e pecadoras criaturas 38S P~s Sagrados ... Pode-se entender~ Mas que Jesus Se rasteje aos pes -men s

SQ

atirem dos

ho-

Il!

Ali est~ Ele ... Na suprema humilhaç~o. Sem quaisquer formalismos ... Porém sob o impulso do esvaziamento completo de Sua condiç::inde Filho de Deus. Vai chegar ao excesso do Seu d esva i rarne n to ... Desvario? N~o tenho outro termo em meu pobre V\ocabul~rio. Ã vista dos homens, aos meus orgulho 50S olhos ~-me absolutamente impossível compreen= der ... 86 a trtulo de desvario. De amor desvairado Jesus S~ lança a lavar os p~s daqueles homens. amor tem desses excessos ... Já a Sua Encarnação não é um exagero de amor? despojamento de Si mesmo ao nivelar-Se com os homens não é um extremo de amor? Suas lágrimas? Sua compaixão dos pecadores? De rastos achega-Se aJudas lscariotes. Acaso abluir~ os p~s do traidor? Ele de joelhos dian te de Judas em cujo coraç~o se in~talara o di;Jbo? Há três anos, tentando-O, satanas propuseraLhe prostrar-Se aos seus p~s diab61icos para adora-Ia e em troca dar-lhe-ia os reinos encantados do mundo com toda glória deles. Enérgico repelira-o o Senhor. Bravo e vigoroso esconjurara a atrevida proposta. Agora, contud6, Ele ali Prostr~do aos pes de Judas habitáculo do diaho . Se uma alma vale mais do que 'o mundo inteiro com todos os seus suntuosos reinos e magnificentes g16rias, nosso Senhor Se arrojou diante do traidor a lhe dar ainda uma oportunidade de se sal

° °

a

38


-

var da açao traidora. Por amor de uma alma, da aI ma de Judas, Jesus ~ capaz do desvairamento extlc mo e i n c on c e b i vc l de se prostrar diante do pecador possurdo pelo diabo ... Jesus rasteja ... Ele vai Se erguer. Lava os pes do Li1timo dos Do z e . Levanta-Se. E ê s u s pe n s o no madc ro do opróbrio. Se ElE' veio para ser na cruz o maldito por nós e nos libertar da maldição da lei que nos incrimina e condena? É nessa atmosfera de extrema sensibilidade e de e xci tada expectativa que o Senhor funda a SUq Solenidade Memorativa. í

'* () relato evangélico

é

su

scin t o como

simples

c a Ceia do Senhor. Entre esta e a P~scoa

judaica cavam-se diferenças ahismais. A PáSC()3 judaica merno rava o êxodo do Egito. Centrava-se seu simbolismo no cordeiro. Cercavamno pomposos e complicados ritos, desde a sua sele ç~o sob rigoroso crit~rio. O ro rdc i r o se comemorava um evento posto na l l i s t o r i o p re t e r i ta, t i.p i I i cav a outrossim um a c orrt oc i me n t o futuro na Pessoa de Jesus Cristo a Se illlolar na Cruz.

Chegara o v e rdade ro anho. "Eis o Cordeiro de Deus!", clamara o Batista Precursor. Na cruz consumiria os pecados dos crentes nEle. Conrr~tizara-se em espl~ndido acontecimento o Pren~ncio repetido pelo cordeiro pa sc a l sacr i+ í

39

I


ficado a cada l4 dl' nizan. Esta comemoraçao, carregada de men sa gem profética, perdera agora sua razio de ser. E~tinguiu-a a cruz em cujos braços Se dependurara o Cordeiro de Deus. O festim pascal olhava para o futuro. Chegara esse futuro. Caducou o rito hehreu! A Ceia do Senhor, instituto inteiramente novo, memora o evento doCa1v~rio Ja acontecido e anuncia outro episódio futuro. Lembra a Redenção da cruz e reav iva a expectativa da Segunda. Vinda de Jesus: Ar;:; QUE ELE VENHII (1 Cor. 11: 2fl) . Os elementos simbólicos da Ceia são outros. Nao se concentram em carnes de um animal e sim em pao e vinho. Seu rito ~ de uma eloquente simplicidade.Seu dia de celebraç~o, sem se restringir ao 14 de nizan~ é qualquer um: "todas'as veze~". Seu significado é o da lihertaçãoespiritual, da alforria do pecado. A Ceia do Senhor n~o substituiu a P~scoa israelita. Nem a prolonga. As diferenças caracterr~ ticas de cada uma separam-nas por inteiro. A Ceia do Senhor é i ns ti tu to novo: Sem vínculo algum com o festim judaico.

;'ç

ISTO É O MEU CORPO •.. TESTAMENTO NO ~'U SANGUE ...

ESTE

CALICE

O

NOVO

De todo conveniente um Memorial de Sua Morte. Como A confiaria ~ lembrança fortuita dos homens? . No pão o simb o lo do Corpo de Jesus! Do Corpo que Se prostrou ã raiz das oliveiras ... Do Corpo 40


r o l o u e x an i me 113 sala dos açoites ... Do Corpo sob o peso d o rnado i r o ••• Do Corpo que pcn dou do P<1tÍbIJio .•. Do Corpo por nus dado •.. No v in h o a figura do Seu Sdngue! Do Sangue qu o mo l hou o Gets~tn311i .•• Do Snn gu e que lavou o p r e t~ll'i o d o procônslJ 1 ••• no Sangu« que )1,0te .i ou as

qtll'

CJII"

r un s

arfou

jl.'rllSI)!

imi Umas .•• · Do Sangue

(1\1(\

t11é1t1CHI

da

Cruz .•• Do Sanglll' por nós e s pn rg ido •.. Na Ce i a o ~m:-l0R1AL de Sua Morte V:ic3ria í.> Ex pÍ.atóriu. "Partiu o pão ... " A pub l i c o r o o s fac cLame n t o do Sv u Co r po l' 11 r o vol n r+So+nos Vítima por Sua própria Vontaue. tlu r e l cb r a r a Co i a a r do+ no s o coração com a inef;:;vL'1 l' c n l e v a n t e lembrança do ~('ll Sa c r i f i c i o , ÚNiCO porque de VALOR INF1N1TO. Somos !110vidos 8 gratid;o pl'lo dom de nORS3 salvaçio eterna.

l'


L

MEMDRIA

VE MIM

SOBERBO Ê QUEM "n~o se conforma com as sas p al a v r a s d(' o o S s o Se n 11o r J c s use r 1 s to" (r Tm, 6 : J ) porquanto a advertência de Paulo a Timóteo também nos afeta: "Co n s e r va o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido ... " (lI Tm.l:13). A Verdade de Deus é mais segura na "linguagem sã" (Tt.2:8). Com efeito, as sãs palavras facilitam a é'ué'tentação da "sã Doutrina". Expurguemos do nosso linguajar os termos que podem comprometer a Ordenança Memorial com as suas t r ag i c a s deturpações. Chamemo-Ia de CEIA DO St:NHOR, ou ME:SA DO SE.'NfjOR ou a i nd a PARTIR DO PÃO que são expressões b i b li c a s . Expunjamos as l o cu.çoe s "sacramento", "c uc a r i s t i a'L. "santa ceia" e que tais porque al~m de não serem biblicas, estão comprome tidas com aherraç~es doutrin~rias. . Luc a s (22:9) e Paulo Apóstolo (1. Cor.11: 2425) consignam o vocábulo epigrafado MEMÓRIA. Estll denw-lo. Esta sã palavra encerra um compacto e s~ lido conte'::;do doutrinário. Ela d e f i n e a natureza da Sagrada Ordenança. 42

L


1) - MENÓRIA e recordação. Um objeto e memona medida em que desperta a lembrança de a1go ou de alguém. A Ceia do Senhor, por Ele pr~prio instituida e ordenada, é o símbolo, a representação dramatizada em figuras, a comcmoraçio por meio do uso de emblemas específicos, da Morte de Jesus Crist0. É O ~10nurnefl to Mf'mori:ll da R0denç;o do qu a 1 os membros de uma Igreja, juntos, reunidos para e ssa fi nalidade, participam. Em decurr~ncia de ser mcm~ria a Ceia, tamb6m os seus dois elementos são simbólicllS. O p~o figu f'" ." ra o corpo de Jesus que por nos 01 part1do ~ -o vinho representa o Sangue do Salvador por nós "de!. ramado". Se pa rados f i gu rarn outrossim a Sua Morte consumada n8 cruz precisamente com a separação do Sangue e do Corpo. Nas refeiç~íes a Li me u t aruus nossos cor pos . E 1 e s de f in h am sem a n u t ri ç ã o • l::s p í r i t li a I me n t e v ivemos de Cr s t o (Gl.2:20). Assimilando con t i.nua-: mente pela fé os méritos de Sua Morte somos nutri dos por Ele. pão e vinho por serem alimentos sim-=bolizam ~o ritual da Ceia do Senhor esta apropria ção de Cristo pela fê. Não é que esses elemento; tenham em si qualquer poder de cornuni car a Graça ou que tenham a "graça inerentel1• Em sendo eles semelhanças figurativas dd Jesus no Calv~rio, ao participarmos da Ceia do Senhor, a f~ no Salvador ~ reavivada e reativada em nosso intimo. A Nesa do Senhor em pão e vinho e símbolo, repitamos até ~ saciedade. E a Verdade por ela simbolizada ê a Exp i a çao de Cristo pelo pecado. Ela jamais nos favorece a adoção do sentido de presença atual e real, física ou espiritual, do ob je to lembrado nos e lemen tos da rnerno ri a ou sÍmrIa

í

43


bolos. A bandeira é mcmoria da pátria. Todovio a p~ tria não está fisicamente ou espiritualmente pres en t e na bandeira. /I.. fotografia lembra-me meu pai, mas ela n ao o contem nem flsica nem espiritualmente.

é f re q ue n t e o eruprego do vocábulo HEMÓRIA em sua verdadeira acepçao_sem quaisquer possibilidades de se c r i ar uma s ernan t i ca a denunciar mudança ou transformação sofrida, no tempo e no espaço, pela sua signi ficação. Por mais que S(' queira criar dentro das Escrituras uma semântica acerca do tprmo MEMÓRIA, ele permanece irredutivclmente inalterado. Tamb~m em nosso linguajar comum de todos os tempos. Naquelas duas pedras incrustadas nas ombreiras do éfode sacerdotal inscreviam-se os nomes dos filhos de Israel para mem~ria deles diante do Se2) - Nas

Sagradas

Escrituras

nhor quando o sacerJote entrava no Santu~rio (~x. 28:9-12,2<;); 39:7). Na eventualidade de o marido s us pe i tar infi deI idade da mulher deveria ele apresenti-la ao s~ cerdote acompanhada de. uma oferta ele farinha de cevada com incenso, a "oferta de manjares de ciúmes, oferta MEMORATIVA, que traz a iniquidade em MEMÓRIA" (Nrn, 5: 15, 18). O povo de Amaleque prejudicou os. filhos' de lsrael Quando da sarda deles do Egito: Quando repousassem de todos os seus inimigos na terra de sua ho ranc a apagariam a "MEMÓRIA de Amaleque de d~ baixo do céu" (Dt. 25: 19). Se os filhos de Israel se desviassem dos ca-

44


mi nh o s do Senhor s e r am espalhados por t.odos os cantos e o SL-'nhor "faria ·~:L'ssar a sua t-n~NÓRIA d e n t r« os horne ns " (Dt.32:2h). Por não tl-'rfilho algllm A[)~al;o lc>vantou para Si uma ..o luna que llie "onS('rV3SS~ a ~IEMÓRIA do ,10111e (11 Sm.18:18). do 7..a r e f a t e , Quando morreu o filho da viGva " V i « S te tua a m~c desolada lamentou-se a EliaH~ mi m para t r aze r o s ã MEMÓR1/\ a mi nh a i n i qu i d ad e , f.' ma t a r t' s a me li f i 1 h () ? li (I Rs • I 7 : 1 8) • /\ F c H ta d l' P li r i rn c (' I (> b r a v a o 1 i v r a me n t o d (> S j ud eu s sob o império de As s ue r o l' S<.' con s t i t u i u e m MEMÓR I A d (' 1c s pa r a os S (> II S de s (' (' n d l' n t l' S ( F s t p r í

9: 28).

h;} d e do s a po r ec e r n a terperecer;} com as ('id~ d e s por ele a rr a z a d a s (SI.9:61. Contra os ma l v a-: d o s Sl' vol ta a Face do Son ho r "p;lra de s a r r a i u a r ela t o r r a a ~EMÓRIA deles" (S1. 34: I h). Se o nome U()S ímpl0s pe rc c e r a , "a r1EMÓR-IA do j u s t o ;; ab errc oad a " (Pv.IO:7). " ... o justn ficará em t-'lEMÓRT/\ (Jtl'rna" (SI.112:ó). E o Sa lmi s t a , nas suas a f li+ ç;-;l'~. suplica a Deus que a íniquídade dos pais d o s seus inimigos esteja na "MEMÓRIA do Senhor" ( SI. 109: I ')) . A rfH1ÓRIA do Senhor permanecera de geraçao I?nJ geração (Sl.102:12). "o Teu Nome. ó Senhor,per ma nc c e p e r p e t u arne n t e ; c a Tua i>-1H1ÓRIA, õ 'Senhor. de ~;l'ração em geração" (S1.13S:13). As ge r a çoe s "puhlíc:arão ab u nd an t e me n t e a rn~MÓR1/\" da "Grande Bondade" dc: Deus (Sl ,145: 7). Os profetas igualmente sempre aplicaram o termo ~!EMÕR1A nesta s i gn i f ica ao dv 'l ornb r an a sem qualquer sugestio de presença ffsica ou espiritual dl' alguém no ob j e t;o momo r i a l ([s.26:8,14;65: 1\ MEMÓRI/\

ra

do ímpio

18: 17) e a do inimigo

(J~

i

ç

J)'

ç

4')


17;

,11'.11:1

1 (,;

1:,'.:):

!.;!'/..18:24;2l:24; 25:10; 29:16;

3) - O Novo Testamento te

li:

') .

encampa

invariavelmen

a rnes ma acepçao.

Mat(·us ao se referi r à mulher que derramara unguento nos p;s de Jesus, anotou a promessa dEle no sentido de que o seu gesto s~ria mencionado "pa ra ~1EMÕRIA sua" (26: 13). Ninguém há de pretender uma presença fisica ou espiritual da mulher quando se l~ o registro de seu feito ou quando a ela se alude. Ao orar pelos romanos, ef~sios, filipenses, tessalonicenses, Tim6teo c Filemon (Rm.l:9; Ef.l: 16; Fl.l:3; [Ts.1:2; 11 Tm.l:3; Fm.4), tendo em sua mente a lembrança deles, é evidente que Paulo Ap6stolo n~o tinha em si a presença fIsica ou espiritual desses fiéis. Em c ont rapar t id a , ao aludir ã "afetuosa lembrança" que os tessalonice.nses lhe dedicavam o Ap':;stoloestava longe de admitir a sua pr~pria presença f~sica Ou ~spiritual no co raçio saudoso daqueles crentes (I Ts.3:6). Se no Antigo Testamento os verbos corre1atos a MEMÓRIA ou LEMBRANÇA como recordar, 1crnb r a r , também na voz pa ssiv a. (recordar-se, lembrar - se), t~m o seu emprego natural, o mesmo ocorre no Novo Testamento, desde Mt.5:23 a Ap.l6:19.

4) - Fato id~ntico acontece no grego, a lingua original do Novo Testamento. Se em português temos os voc&bulos sin~nimos mem6ria, recordaç;o; lemhrança, igual fato se dá com a 1 íngua original do 'Novo Testamento. Por exemplo mne 1.:a , mnemontc46


WJn .• mnerne ,

(' os

verbos

mimneskomai

sinônimos:

c o r r e l a t i vo e mnemoneou.

s

i gua l ment e

5) - H~ todavia um outro termo sinônimo que nos chama a atenção pela preposição ANA a ele ju~ tada. É ANAMNBSJS, usado por Lc.22:19 e por Paulo em I Co r l l : 24-25. ambos no registro da Ceia do Senhor. A preposição grega ANA tem várias aplicações. i

Pode.' e xp r os s a r

a

idéia

para tl"án, de novo.

para cimaç no meio

de

de .•

caso específico da Ce ia , é e v i d e n t o , denota r e pe t i a o , MEMÓR1A, COMEMORAçÃO ou lEMBRANÇA REPETIDA, fazendo-nos voltar para trás em nossa recordação do Evento do Calvârio já acontecido no passado. A preposição ANA aqui, por c on s e gu in t e , não denota qualquer indício de alguma presença da coisa ou da pessoa memorada. N~m aqui e nem em parte alguma quando vem anexada a MNE'SIS. Com ele i to, ANAMNE'SIS é COMEMORAÇÃO ou l emhrança repetida de um acontecimento. A Ceia do Se nhor'é a. cerimônia em memória do importantíssimo acontecimento do Sacrifício de Cristo. " ... f a ze isto em NEMÓR1Á (!lNM1Nl:~.:J,';) de Ni m'", disse Jesus (Lc.22:19 e I C(1r.'11:24-2"1). O pr~prio contexto, sobretudo de (I Cor. 11: 23-34 demonstra o aspecto de re po t i çao da ~l<ll~nid adc destacada pela p r cpos i çao ANA. A loc\l~ão 'I'Or DAS !1S Vt;'/,ES dos vv. 25 E' 26 de I Cor. 11. sub lí+ nha esse aspecto e e xp l í.c a a presença da preposiçao. /I. p a l a v r a ANAMNE8fS aplicada por Lu ca s e Pau 10 Apóstolo ao consignarem a instituição da Ce i.a do Senhor, quando poderia ter sido adotado outro No

ç

í

47


termo SlnonLmo nao implica em id~ia de qualqu~r a real, física ou espiritual, de Cristo nas espécies de pao e vinho. Porque se o emprego dessa palavra ~ pr6prio do registro da fundaçio da Ceia, contudo, n~o ~ unicamente encontrado aí. En conr ro+o na ver sao grega do -Vo lho Testamento, a VERSÃO DOS SETENTA, a SEPTUAGINTA. Vejo-o aplicado exatamente em relaç~o ao p~o tamhém adotado no Culto a Deus. Em Lv.24:5-9 dep~ ro-me com as minucLosaS instruções do Senhor Deus qllanto ao p:io disposto na "nH'sa pura" do Culto Sa grado da Antiga Aliança:' "E s ob re cada f i le i ra porás incenso puro, qu e se ra para l) pilo por oferta memo r i a l (ANAMNF,'SIS); oferta queimada ê ao Senhor" (Lv.24:7). Tarnbern aí a p re pos i ao ANA d en o-: ta o a spe c t o da pe rmane nc i a do s i mb o lo+memo ria no elemento p~o a ser renovado em tempos delerminados. Releva ohservar~se que a admitir-se qualquer presença real, física ou espiritual, no pão da Ceia do Senhor orn resultado do emprego do voc;:ihu10 ANAMNESIS, de igual modo have r+se+i a de se acei ta r s eme 1han te presença n aqu e 1e pão do Cul to , d~ Velho Testamento. Pau 1 o A pós to 1 o ou t r o s sim a pl i c a- o ma i. suma vez a16m de em 1 Cor.l1:24-2S. C em Hb.lO:3 onde, ao a lud i r ?i r i t ua l i s t i ca da Lei, diz: "Nesses sacrificios, purêm, cada ano se faz comemoraçao (ANAMNI\'SlS) dos pecados". St>r:ia possívc>1. aceitar-se qualquer presença v erdado ira, r ca I, n e s ta ANAMNESIS?' Este voc~bulo tamb6m tem s~u verbo correlati \10 com o destaque d~ preposição ANA a ele ajuntada. É o vvrho ANAMIMNESKO. Marcos o mp re ga+o duas vezes. "E Pe d ro , lemp re sc nç

ç

4R


brando-ne , disse-Lhe:

Hestre, eis que a figueira, que Tu ama ld i o as t e , se secou" (J 1: 21). "E o galo cantou segunda vez. E Pedra l.embvou-ee da palavra CJUL' .l c- su s lhe tinha dito ..." (14:72). Puu lo Apóstolo, pelo menos em quatro outras oportu1lidades, adota o vL'rho ANIlMIMNESKO. " ... o qU31" (Timóteo) "vos lemfJY'aY'á os meus caminhos em Cristo" (T Cor.4: l7). "E o seu" (de Tito) "entran h av c I a feto pa r a c o nv o s c.o e mai s a burid an te, Lembrando-;;e d a ob edicnc a de vós todos ... " (11 Cor. 7:15). "Por cujo motivo te" (a Timóteo) "Lenbro que' d e spo r t es o dom de Deus que existe em ti ... " (I I Trn , 1: 6). "Lemlrrai=voe, porém, dos di as passados, em que, d epo i s de s e rd es iluminados, suportais grande combate de ,:âl ições" (l-Ib.10:32). Seri •.•'inc o r rer em i.nconceblvel e imperdoável absurdo admitir-se n esse s vve r si c u los de Marcos e d e Paulo, onde aparece () verbo AN/lMIMNE:SKO qualquer vestígio de verdadeira presença física ou es pi.rÍ.tual. ç

í

6) - A Ceia, em sendo simhólica em sua celebraç~o e em elementos materiais constitutivos, dramatiza o Evento da Morte de Jesus Cristo e nos sa posse de Seus Méritos por nossa fé nEle. Drama ~ uma peça teatral, em g~ral dividida em atos, em que os atores encenam comovente epis~ d:o capaz de transmitir ensinamentos. Em suas ve~ timentas, caracterizaç;o e atitudes os artistas encarnam (' reproduzem um papel . No drama da Ceia do Senhor surpreendo quatro atos. No primeiro apresentam-SE) os atores. Não artistas homens e mulheres. Os atores deste drama

49


sao as espeCles de pao e ~inho. O pao sem fermento a representar Cristo impecável com "os ãzimos da sinceridade e da verdade", porquanto nlíle nao há a levedura do pecado. No Antigo Testamento a P~scoa se celebrava com pies ~zimos e todo o fermento se retirava das casas dos israelitas (Êx. 12:15,19). Elemento de. corrupçio deve ser removido, das Igrejas com o afastamento dos indignos (1 Cor.S:7). De resto, .Jesus assemelha ao fermerto a dou trina dos fari seus e dos saduceus (Mt. 16;] 1.12). Em Lc.12:1 outrossim.adverte os d i scI pn l os : "Ac au t c la ir-v o s cio fermento dos f r i seus que é a hipocrisia". O pão sem fermento da Ceia é o simbo lo de Cristo lmaculada, limpo das doutrinas dos fariseus e suduccus. f o Cristo sem qualquer hipocrisia. Cristo ~ a nossa P~scoa: beve celebrado sem a levedura da malfcia e da corrupç~o, mas com os ãzimos da sinceridade e da verdade, exorta o Apó~ tolo aos cor in t i.os e através deles' a nós (T Cor. ã

5:7-8).

O suco do fruto da videira é o Sangue preço do nosso Resgate. No segundo ato do drama a significaçio da s~ len i dade ê exposta com a leitura das E.s,·ri t u ra s pertinentes a nos evocarem o Magno Ep i sod io , No terceiro ato o pao é pa rt i du l' () vinho der~amado. É a dr arna t i za ao do COI-i){) pa r I j d o d", Jesus e de Seu Sangue Precioso mn nndo da c [li z . Sangue separado do Corpo partido a t:igllrara Morte com a qual tudo Ele consumou. No quarto ato do drama ospartlclpes comem do pão e bebem do Sangue. A memória deles se reaviva em direçio daquele momento culminante da con versão de. cada um quando cada um pela fê foi ao ç

50

rI'


Salvador. E como o nosso organismo f1.sico se nutre pelo comer e beber, revigora-se a nossa vida 0spiritual pela fé em Cristo. Esta fé, porque por ela nos apropriamos de Cristo, assemelhada ao comer a Sua Carne e ao beber o Seu Sangue.

7) - Congregado com toda a Igreja ao participar da Ceia o crente exercita t re s capacitações: a mem6rii, a f~ e a esperança. Pela lemhrança ele se volve ao passado. Não a recordar-se de seus pais ou de epis6dios de sua inf~ncia. Mas de Jesus Cristo. Não de Jesus menino reclinado na manjedoura, nem a discutir com os doutores da Lei no Templo, nem a palmilhar as estradas p a l os t i n as , nPITIa e st end er as Mãos na cura d0 doentes e no acalmar tempestades, nem a ressur gír do sepulcro. Recorda-se de Jesus Cristo crava do e morrendo na cruz. Pela f~ fixa-se no presente. Ao comer a~uele p;o e ao beber daquele fruto da vide, ~rmbolos e~ ternos do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, ao d i sce rn i r neles esse Corpo e esse Sangue, a fé lhe exibe Cristo a sofrer especificamente pelos seus pecados. Os pecados que o participante da Ceia tem cometido em seu viver. A 'esperança condu-ia adiante. Projeta-o no futuro. Posto no porvir preliba a Gloriosa Volta de Jesus. "Porque todas as vezes que comerdes des te pão e beberdes do cálice estareis anunciando ~ Ho r te do Senhor ATÉ QUE VE'NHAfI (I Cor. 11: 26) .

Todas estas consider~ç~es vlcçao de ser, por sua proprla

confirmam natureza,

a a

conCeia 51


do Senhor o MEHORIAL, a recordação, nu

l'lIl1ll-'lllllLlç;-;n,

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11,]

111S

ou e's pécies: pão e vinho. Ambos simbólic.os. O primcir; do Corpo de Cristo e o segundo do Seu Sangue. Em meu livro A MISSA~ com a finalidade de re bater o dogma va t icano da t ran sub s t an ci acao , i11o~ go-me em v a r i o s t(,pi('os no an.i l i se dos tcx t osve s cri r or i s r i ro s ,I fll!ll!,I<~'" d.! ('"i,.1 \h'mnrÍ;ll, 11() ;11 tu i t o de f r i s <1 r ,} ~ Í ml. I ( I 11).', i (I; I S J .1 ~, l' SI) l-l: i {'s t i t u i.ç ao

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A CEIA

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SLNHOR É ECI,ESV'

SE O SER ~lFM()R[I\L c da natureza da CC.ia do Senhor o ser ~CLESIAL ti1mb~m ~ de Rua estrutura e R s e n c ia 1. .Jesus Cristo n;o il entregou;] um determinado indivíduo corno, por exempltl, Pedro. 0Jão a conflo11 a uma denominação evang(,lica. Nem .3 \Ima rasta sacerdotal ou hierarquia C'cle~i5stira. Nosso Senhor Jesus Cristo. s im l , c orif i ou+a por intprmêdio dos Seus AP0StO]OS, 6rg;ns du Rev(' laç;o das Escrituras do Novo Testamento, ~ 19reji e, por conseguinte, pelo fgrcj.3 deve ser administrada C' preservada. ~ um dOR sagrados dcp~sitos ~ Igreja entregues ao qual se vinculam e S~ relacio nam verdades essenciais do Cristianismo. No passado Deus e s t ab o lec e ra mu i t a s ccrímêín i as nos serviços te 1 i g i.o s o s dos j ud eu s , Se u an t i

go povo~ as quais apontavam

para Cristo

por prefI

gurarem-nO. • ." v Essas 'SC( I e nid ades p r o f e t i c as se cumpr i r arn ('\11 Jesus: Da~do-se a Sua Morte v i e r ama c ad u.-n r . O Sol dissolveu as sombras. Perderam elas a r,)l:,\n de so r 53


e de ser repetidas. Nas Igrejas Bíblicas está o Cr i s t i an i srno de Jesus verdadeiramente organizado. ~c no passado Deus confiara àquele Seu povo, o jUdl>lI, as celebrações das antigas cerimônias, às Tg roj as o Senhor entregou novos ritos (apenas dois!) por Ele próprio e s t abe lecidos e observados. Ambos: o Batismo ea Ceia Memorial, obra de arte divina, sao testemunho silencios0 de eminentes verdades do EV3"gclho proclamadas em santos simbolos.

I

Ao pronunciar a palavra IGREJA sinto-me no n t ran s f eri ve I dever de levantar uma ob se rvaçao , Seu realce mais do que nunca hoje se faz mister. É a seguinte: Em mai s da metade das vezes em que se encontra esse vocábulo no Novo Testamento e Ie está no plural: IGRF.JAS., certamente para destacar, salientar, frisar, sublinhar a natureza congregaí

cional e local

da Igreja.

Infelizmente alguns termos gregos, ao ser tra d u z i do o Novo Testamento, foram s i rnp Lesmen t e tl-,l-;Z literados. Por imposiçio de facções interessada; em sua po s t ura de engano, es ses termos n ao foram ve r t idos. Ilm d e lus é I CREJA. Sua t raduçao seria, ou melhor, é: assemhléia, congregação, agrupiJmento, agremiaç~o, ajuntamento ou rcuni~ó, grupo ou conjunto de indivIduos. Associaç~o de pessoas para determinado fim. ~or conseguinte, na qualidade ou condiçao de ASSEMBL~IA (que implica em todos os sin5nimos aei ma en f i 1ei rado s ), a Igreja sé pod e ser CONCRF.:CACIQ 54


Em cons equcn c i.a , as Igrejas sao independentes enlre si. Espiritualmente

NAL.

autonomas, democr~ti

caso PorLanto 19reja católica, ou seja, universal, no sentido que o romanismo quer, é uma anomalia. Uma ab e rra ao e t imol og ica e doutrinária. O me smo se diga da igreja nacional ou regional. f outrossim urna aberração e uma anomalia sinonimizar-se igreja com denomi n açao evan ge l i ca: a igreja me t o+ dista, a igreja p r e sb it e r i ana , a igreja batista. O que? Nã'o nego! Está lá! Nas Escrituras do Novo Testamento há o vocâhulo IGREJA no singular. Todavia nno no sentido de uma ig rej a universal que ab r an go 0\1 ab ar c a todos os c r e n t e s em .Jes u s Cristu d e todas as denomi naçô(:.,s E'vangél i c as e todos os crentc.i'i desligados de qualquer um:l delas. Igreja no sin~llar como 6 consignada em certas passagens do Novo Testamento tem o sentido ge neri('o. É para designar a instituição, sem querer favo r c.e r 'a idéia ele uma igreja universal i.nv i s i+ v~l. Igreja universal invisivel como se fosse a soma ele todas as igrejas de todas as Jenominações ou é1 totalidade de tudos O~ salvos pertencentes às igrejas de. t od as as de nomi uaçocs ou fora de qualquer igreja. . Esta noç~o ~e uma igreja universal invisivel ~ po~ completo alheia do Novo Testamento. Embora corra o risco de me tornarrepetitivo, ins i s t o : quando no Novo Testamento surge o vocánu 1 singu la r r GREJA é tomado ou en t erid ido no sen tiJ, de instituiç;o. ~ o caso! Quando eu digo: .; FAMfLlA refiro-me i instituiç;o familiar sem imaginnr uma família universal, uma familiona do taç

(1

manho

de todo o mundo visivel e invisivel. E há mais: E isso ocorre com muit~s palavras

l'

55


nas p r oj. r i a s Escrituras. Por exemplo, com () t e r rno Batismo. Às vezes s:1o tomadas em sentido f.ígurE.~ riu. Yiguradamente O b a t i s mo pode ser tomado como , batismo em fogo, em do r e s , e m sofrimento. A pria express~o Batismo no Espírito Santo ~ a ção do vocnbulo em spntielo figurado. Fato igual SE' d~ com a p~lavra IGREJA. No s i n gu l a r , em sentido geral, pod e ser silúbolizadana~ ac e pç ao da c omun idade ou cong~egação ele t o d o s os salvos e não no sentido de urna o r g an i z aç ao . QUl'H'm s ab o r mais'? Também 1 â no C~u a r g r c ja Ó Congrc'gacional. LOCAL. Co m e f o i t o , se o céu :: um estado, tamb;;:m é um 'Juhar (-10.14:2). Por c oris e guinte, t arnhcrn lá no céu;) Igreja será a assL'm= hl~ia, a co~gregaç~o total, comlleta dos salvos. ,;í:' S0 de s f ru i r ao d e s s e ga l a r d ao do participar'de='~-::.. Ia, os salvos que aqui ua terra [oram membros de ,_ uma legítima l g r c j a l.o c a l . Os outros, embora go. zem da vis;o beatIfica, scr~o privados desse pr~-

I

-----------_.,.,..-..,

Em cOllclusao e em resumo importante L' i mp r o s c i n d i v c l 0.!l servaç~o, a IGREJA, ~ luz das Sagradas Escrituras do Novo Tc s t ame n t o , ê um corpo 1(1('a1, ou 3SSE!il1bl c i a , o u congregaç'?ío, o u Jgremiélç3l1, o i: ajuntamc n t o ou grupo, ou comun id acle de po s s o as <a l v a s porque crentes cru JeS\IS Cristo, b i b l i c amen t e bati z a d a s , livremente a s s o c i a d as para o cultivo da VI da crist~, o cumprimento das OrJenanças Batismo; Ce i a e pregação do Ev aru;c lh o . Enfim, cumpre destacar que s onu-n t e o s HATISTAS v c r d ad e i r o s c orn pe r f e i UI c o r r e c ao e n t c n dv m e p r a t i ram a l d i ma Ec l e s i o l o gi a No o t e s t nmcn t a r ia • inarreuável!

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Ir Apr e s on t a d a s a observação 1;:' a definição ~1C'i.ma , con s i dc r a r c mos LI ECI.ES1AUDADE da C\'Ía do Senhor corno de sua p r o pri a natureza prol' ,amando a seguint~ tese n0otestamentEria: Em aendo w: J(;m:,JAS () Cr'úrt{am:mno b-ib l.i.aameti U: o rqarrieado , compe I,€}- l.hee , na sua capaci-dade emI[jy'egacional C l.ocal., o munuc do depoe i to da

adim.ni.n t.raçao

a r-adan :

e da preeervaçao dae Ordenançac ['(11:a do Senhot»,

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() Bi1tismn Jgl-eja.

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Cjuando

lívnl.J

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Ba t1:mno (.'

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Ce i a dt'ncrcnte enparticipa da Cela

r a d a da Igreja pelo Batismu

Po r q u«

1l1l11Ja!gr('ja

e

jií dcntr:ll ela Igreja. Por se r L' s ta s('gund3 Or dcn an o l o uns r c s t r i nu i r cmo s .

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LI

o

t o ma d e s te

in s t i t u i r os seus Apos ro l o s , p a r r i c i pan t c s c núcleo originário e pr i ma c i :1 I d a I g r c j a , (' a c l e S, tl S Após to 1. os, e m c o n::grL' g~lÇ3() ou co mun í d ad e deu o man d a to da Ceia. Com ereito, os Apóstolos c SO!TIonte os Apósto [os participaram ro ru Jesus d a c e t e b r a a o da pri=me i r a Co i n ~\('mllri;Jl or-o r r i d a p o r ocasiõo da última P.:íscoa do ~les t r e 11a n o i te an re s de Sua Morte Rc d c n t o r a . Nem a l11:1l' de Cristo lá e s t e v e. Nem o ch e f e da casa em cujo "grande c en a c u lo " se deu o festim. ~1t.2b:20, ~k.14:17 e Lc.22:l4 são e x p l c i tos ~l() d c- t e rrn in a r c-m os Dozc Apóstolos na romp anh i a do c.;cnhor nessa circunstância. Por qUE' ('5S:J r c s t r i ao ? O qU0 o s Apóstolos 1)

a Ceia

- NUSSll SL'l1h(lr .1Ct'US Cristo ~1l'1110ríLll f'C'-!o em a s s emb le i a

ao

com

ç

Í

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57


tinham::l ma i s dos outros discípulos? A mais do Ha a S31l ta mãl' do Senhor') De qu a I capacidade foram dotêldos? O Pastor .lon a s de Carvalho Lisboa, do Rio de .lano i r o , ern seu p r of i cuo Ni n i s r e r io , prima por r1.1

instruir

ã sã

seu rebanho

na intransigente

fidelidade

Dou tr i ria . Nesse ofa:" c s c r cv e o s prt'gações recheando-os de ricos a r uu mcn t o s . I)pu-me p l e urna cóp; a

I)Oç.os do"e~; suas p irrecusâveis dp seu V.3linso estudo sohre a Ceia do Senbor. Pois bem, no quarto ponto do seu perfeito desenvolvimento ele afirmo: "A Ceia foi c on f i.ad a p r i rne i r a men t e aos Apóstoll)s". 1-: pergunta: "E por que somente os Ap~)stolos?", seguindo-se a r o s p os t a p r c c i s a c segundo as Escrituras: "Porque eles ocupavam um lugar distinto entre' as duas d i s pen s açoe s'!. E,em pa r ag r a f o s po s t e r i o r e s d i s co r r e : "A eles «o u b e r es pon s ab i 1 idade de dar f o r ma :1 I g r e ja c de d ou-: t r i na: l a . É bem vo t d ad c que n80 r e rcbc r arn a Ceia para terem domínio s ob r e c l a , assim como não org~

a

nizaram

Igr0jas

para

sc rv i+ las e honrá-Ias,

0star0m

snhre

c para tanto,

elas,

mas

para

s omp r e se por

t a r arn como f i e i: intérpretes de SUilS [)(l\ltrina~ porque n~o apenas a Ceia, mas todo o Cristianismo foi c n t r c gu« aos Apóstolos". Sem S0 compreenderem a posiç~o invulgar e o miíilus ímpar dos Apósto1os torna-se impossível entender o Cr i s t i an i srno Primitivo e, por con s e gu in-: te, o genuino Cristianismo de sempre.

Fora de qualquer so Senhor

questionamento

e

Sl'nsélto;

no~

.Jesus Cristo a Pedra Angular. A Rocha! (;'1t.16:1R; I Cor.3:11; Ef.2:20; I Pd.2:4-8). Os Apóstolos, ligados e firmados ~ Pedra Angular Jesus Cristo, formam e comp~em os alicorces sobre os quais nós todos s orno s e d i.f i c ad o s : "Ed i f i rad o s

58


s ob r e o fundamento dos Apóstolos e dos Profetas, que Jesus Cristo;; a Principal Pedra de 1'~sq!,lÍna" (Ef.2:20). De s t a r t e a Nova Jerusalém se cercar~ de muros fundamentados nos Doze (Ap.21:14). Testemunhas p r e s cn c i a i s , oculares e auditivas, "desde o princípio" (I Jo.l:1-2; L(',l:2; .Io , 15:27; At.l:21-22), do Minist~rio, da Paix~o, da Ressurreição e da As c onc ao , dos Discursos e Pr onu n c i ante n t o s de Cristo, são os Ap0stolos. sob O Es plríto Santo, os fundadores do Cristianismo, ao; quais () Senhor conferiu a ínC'umhência especlficél de 6rg~os da Revelaçio Divina do Novo Testamento, tamb~m sob o,Espírito Santo, o Espfrito da Verdade, que neles habitou c os inspirou.' são os primci r o s colocados na 19n.'ja (T Cor.12:28; Ht. 10: 1-5), investidos da mi~s~o de implantadores da f~ foram no dia do P0ntecostes alvos do especi~l e único rpvestimento d0 Poder do Esplrito Sant0,cog n omi nado simbolicamente de Batismo no Es p i r i to Santo. N0ssas condiç;es, j~ no dia do Pentecostes proclamaram o Evangelho na arnp L'id ao universal de todos os povos e A. partir dLlf doutrÍnnram o Crist i an i srno (At.2:42). são o núcleo primeiro da Igr~ ja que Jt.!SUS pe s s o a lmen t e organizou e sé.>tornaram,' como impI an t ado r o s d a fé, co f und ado r e s sob o Espírito Santo das Igr0jas do PerIodo Apost61ico, das quais foram s upc r i n t e nd o n t e s e o r i cn t ado r e s . A p r i moi r a no t a (primeira l'ITI ordem de p rc c edência e de i mpo r t anc i a ) , a p r imo i r a nota ou ('aracterIstica da 19reja em JeruHal~m ~ que' os discípulos, os an t igo s E' os n ov o s , "perseveravam na Doutrina dos Apóstolos" (At.2:42). Toda a Verdade Crist~ E'st~ revelada e contida no :-.!OV0 To s t arne n t o , JeSlJS Cristo, po r Em , nao encerrou e nem rev010u pessoalmente todo o dep~si

de

59


s i t o dessa Verdade. "Ainda tenho muito que vos dizer", salientou Ele; "mas vós não podeis suportar agora. Quando vier, por~m, Aquele, o Espírito da Verdade, Ele vos guiar~ a toda Verdade ... Esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto Eu vos tenho dito" (João 16:12-13; 14:2ó). Esta Promessa, ~ evidente, n~o se destinou a todos os d i sc i pu Lo s do Mestre, Seus con t emp orarieo s f.' futuros. Limitou-se aos Doze, porque investidos do m~nus cspecialissimo c especffico de 6rg~os da Revelação Divina das Escrituras Neotestamentãrias. A Revelação parcial que Jesus em pessoa lhes fizera comp l c r ar+s e+i a pelo Espírito Santo que os revestira e Gnic~

de

Podpy

ímpar

e ~nico

porquanto

ímpar

missão deles na Dispensação da Igreja em seus prim6rdins. Eis ar a legrtima razão da presença exclusiV3 dos Apóstolos na oportunidade da 'i.ns t i tu i ao da Ceia ~!emoratiVil. Núcleo p rima c i a l, i nva r i av e l , mínimo daquela p r i mc i r a Igreja, por sinal pe r eg r inado r a com seu Pastor e Mestre nas Suas cons t an r es viagens na Pa 1 E' s t: i oa , são e I e s a p r i me i r a o f i c i a 1 i J a de d a I g r ~ j a : "E A uns pos Deus na Igré'ja, PRTMEIRAMENTE~ Apóstolos ..." (I Cor.12:28; Ef.4:11). Núcleo daquela Tg r-ej a com r espon sab i I idades extraordin~rias para uma miss;o extraordin5ria, o grupo dos Doze recebeu dlretamcnte do S",nhor o Mand3to do Ln s t i t u t o He rno r i al pena t ransm i t i+ lo às futuras I grc j as Ap os t o li cas que ha ve r i am de. a

ç

.\ \

1e h r ã - 1o . Com a primeira Ordenança, a do Batismo, t am-: hém foram pIe S .a ssoc iados. Ba ti zad o s por João o CL'

Batista fiO

foram os pri.meiros quando

Jesus os convo-


L'OU e com eles o r e a n iz.ou a primeira Igreja. Soh a Autoridade de JL'SllS ba t i z av arn (Jo.I.: 1-2). No dia do Pentecostes batizaram os novos convertidos. E I COl11 estes, que " pcr s cve r avnm na Dou t r i' n a (OS Apo ~s tol,~·''', celebraram () "Partir do pão" (At.2:42). A cobiçada sucessão apostólica dos "bispos" ca t o l i co s é i nv c n c i o n i rc do o r gu l lio humano . Os Apóstolos em sentido algum t r a n s rn i tiram seus e s pe c[ficas poderes e suas ('ar~('teristicas funç~es ; casta alguma de sucessores. Fm sentido algum os Apóstolos têm ou t i ve r arn sucessores. Nenhum cl e r o recebeu deles a atribuiçio de perpetuar a celebra ç~o da Ceia do Senhor. ' E a verdade cristal i.n a c inovu l t ave l ' O Au'susto e Doce t-kmnrial foi pelos Ap o s t.o l o s , núcleo primacíal da primeira Igreja organizada pessoalmente por Jesus, entregue ã Lg r cj a . I g r e j a que ê a congrcgaç~o dos regenerados, dos salvos, evange Li c arne n t.e b a t i z ado s , Confiada l g r oj as Que sã~~ o Cristianismo bibli~amente organizado. Demonstra-o I\t.2:42~ Paulo ~ Ap~stoln. Em ~lena e total igualdade com os demais. " ... em nada fui inferior aos mais excelentes Apóstolos", em 11 Cor.12:11, confessa. " porque Aquele que operou a favor de Pedro pa ra o Apostcilado da circuncisão, operou também a meu favor para COI11 os gentios;' (GL. 2: 8). Também ele é testemunha ocular e allriclIlar dE;' Cristo Res suscitado (G1.1:11-l2~ 1 c'or.15:1-8). Ê au t o r d~ ma i s da metade dos livros cio Novo To s t amcn t.o vNai s 1 1 .J, , c o que qu a quer outro Apo s t o l o i rnp l a n tou o Cr i a-: tianibmo entre a gcntilida~e. No apan~gio de inex ccd1:vel doutrinador é o insuperável teólogo do fvangelho. Pau l o também escreveu acerca da Ce i a do Sc-

as

ól


nho r , Se os Sinnti('os r o g i s t r arn sua ins t i t i ç ao , e10 lhe consagra estudos nos quais memora sua fun dação e estahelece diretrizes pélra sua cnrreta c-; Lcb r ac ao e adrni n i s t r a çao . Aliás, foi o primeiro e s c r e vv r s o b r e ela, pois sua Primeira Epistola aos Co r i nt i cs foi r e d i g i d a antes de qu a l qu e r um dos quatro Ev an ge Lho s . Por conseguinte, seu r-clato e SU3S o r i.e n t a ço e s no tocante a Ceia como ato corig r c g a c i on a I ou coletivo de uma tg r o j a .Tocal a po s t ol i ca forneceu as normas e as di r c t r i ze s da man c i r a de, j.:í n a qu e l e primeiro século, se concei tuar a Solenidade Memorativa e de se celehr~-Ja.Ele é textual. Do f i n i d o ! Ca t e go r i c o l "Porque PU r c c e b i do Senhor o que t arnb ern VOS entreguei: que o Senhor Jesus, na n o i te em que foi traído, tomou pão; e, havendo dado graças, o partiu e di::; se: Isto é o I'lpu Corpo que é partido por vós; faZl'l isto em memória de Mim" (l Cor.1l:23-24). Suhlinht'-se esta noticia. Ela fundamental! Tendo r e c e b i do diretamente do Senhor 3 r e vo Lac ao acerca do Ln s r tuto 1'1emorial ele o e n t regou ã é

a

e

.,

í

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-

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Igreja. Algrejil. Nao a uma outra i ns t i t u i çao . Nao a uma seita. Não a uma denominação. Não a uma hie rarquía clerical, ambicionada sucessora dos Após= tolos. Confiou-a à Igreja! Ã Igreja local de Corinto. Como certamente entregou ~s outras Igrejas locais de outras cidades c r e g i oe s a exemplo da de Trôade (At.20:6-7). Peço desculpas pela insistente repetiçao do

pleonasmo:

Igreja

local.

Pleonasmoporque

forço-

samente toda Igreja ~ local. Como pleonasmo ~ dizer-s~: Batismo por imersão, pois todo Batismo ~ lmersao. Destarte toda vez que em Atos dos Apóstolos com refee nas Epístolas ?aulinas nos depacamos

62

(),


rCnt'las ; Ceia encontramos gura de- um corpo local.

a1us;0 a Igreja na fi-

#

2) - Outra vez! Desculpem-me

E-me impossrv~l

3

insist~ncia!

deixar de insistir e persistir na

mesma tecla. A atual conjuntura ecumenista, indenom i n ac i ou a Lis t a e interdenominacionalizante,APÓS TATA, me obriga, me constrange, me impele a insii tiro Torno-me persistentemente repetitivo! A ce1; braç~o da Ceia do Senhor ~ da alçada, da compet~~ eia, da responsabilidade da Igreja. Igreja congr~ gaclonal. Igreja local. Vamos lií~ Às Escrituras Sagradas, nosso egré gio 0 inalter~vel t r i b una l de instância. Abramo-=Ias em At.2. Ap;s a anotaçao do resumo do discurso de Pedra. Vejam! Passaram-se poucas semanas ap6s a ins t i t ui ao da Ceia quando, no dia do PentecosteS:por h ave rem crido, batizaram-se quase três mil pessoas. naque le dia agregaram-~e ..." (v.41). (Congregaram-se. Eis aí 3 Igreja num de t errni nado lugar). É a Igreja 10c31 em Jerusalém a qual se agregavam a que le s que se iam salvando (At.2:47). Ã Igreja, na sua capacidade congregacional, se agregavam pelo Batismo os novos crentes. E estes, perseverando na Doutrina dos Apo s t o los e na comunhãc, perseveravam, ainda em congregação, "no PARTIR DO PÃO", isto é, na celebração da Ceia ~1emorial sob a administração da Igreja, a congregação dos salvos biblicamente batizados. Desde a organização da Igreja em Jerusal~m e desde a instituição da Ceia, sempre em que nas Es crituras do Novo Testamento eu encontro alusão 3' Ceia do,Senhor, C'oncomitantemente me deparo com a ç

li

•••

63


rfU',ia s puo que 10: lf», e corpo pre tudo

i mbo l i z ad a "num so pão" (T Cor.l0:17), \l tamb6m figura o Curpo de Cri~to (I Cor. Corpo de Cristo que também a Igreja, pão ele Cr is t o , "a plenitude d Aque l.e que cumem todos" (Ef.1 :23; Co l ;l :18,24).

e

c:

se

'3) - s l' o M i n i 5 t ri () d o P'r c gil r o E v ,111gv I h u de s t a co u n a s a t i v i dn d e s de Pau:" Apóstolo, SII<1

intransigência

em uefender

a

pureza

dél Verdade

du

Evangelhu e em corrigir desvios da vida eclesial distingue-o como gu a r d i ao da sã Doutrina . .Ia naqueles p r i mor d ios do Cr is t ian i smo , a par de c o n t r a t a çoe s ela Ve r d ad e do Evangelho e pervers~es aCercu da prGpria Pessoa de JeSus Cristo,sur giram adulterações na celebração da Ceia. SAiu campo o Ap6stoIo a terçar a e~rada do Esprrito na defesa de suu veracidade e da sua genuína pureza. ~1l'u ami go Du l c o r ab om i n a. certas p a s s a ge n s das Escrituras. E é memb r o de uma Igreja Ev an gel i ca. É-lhe inconcehível a comparaç;;io pauli.n.:l da e~ pada ap l i c ad a ã Palavra de Deus. Eeee Paul.o deve

a~

ria eetar em del.ii-io quando CBcreveu: "0 a eDpadã do EBp{P1:Lo, que é a Pal.atira de Deus (E'f.rj:7?J. Tão potente espada que é mais efiuap, c penc tvan te

em: 4: J :J. l .

que qua Lque r enpada de aço ma de gt.WY'T'Q. CO!IJ ',,70. !:(' aqride brutal.i dade lll, dc's:lba'f.:l-sl' o

Dei xe+s c

15

é ar Que

D1I1c(lr.

Du ] \;(1\' l'OIIl a S'.Ii! doçura c lado todos os se\ls' êlllUlos Cl í ab und arn c se dc s mnn c n am em mesuras as heresias por fugirem uus inc~modos causados pela fid~1idade ~ si Doutrina. Bravo, desassombrado, levantou-se Paulo Ap;s

macieza. que por

pd r a De i xern--s c

Enpada . (.',)/!/hu/.e-ue.

tolo a terça

(1

de

r a Espada

do Espirito

na

defesa ind~


mita da "Santlssima Fé" e da preservaçao do Santo Memorial do Redentor. Na Tg re j a em Corinto cometiam - se desmandos de toda ordem. Também quanto ã solenidade da Ceia do Senhor. Preocupado e zeloso, na posturadei\pós tolo, ~que1a Igreja escreveu a Primeira Eprsta1; no af~ de corrigir-lhe os desvios. ,Releva acentuar que a Primeira Epístola aos Corintios é o Tratado de Eclesiologia inspitado. O Pastor James Nasch, esmerado estudioso das Escrituras, com toda raz~o vi nessa Carta tris re f e r cn c i a s de Paulo ã Mesa do Senhor quanto ao pe ct o de sua. administração l3 pr ese rva ao pela Igreja local: - No capItulo 59 o destaque da disciplina re

as

ç

ã

Ceia que só pode, evidentemente, ser es=e observada por uma Igreja local; - No capItulo 109 a ~nfaBe da Igreja local na condição de Corpo de Cristo a St' de sincumb ir Lativa

t ab e l e c i d a

sua administração; ~ No capitulo 119 o modo e os legItimos participantes que devem ,ser previstos pela Igreja. Se o Instituto M~morativo houvesse sido confiado a uma denominaçio religiosa Ou 'i suposta igreja universal, a conclus~o ~ inevit~vel e 16g i ca , essas i ns truções do Após tolo seriam desca-

de

bidas

e intempestivas.

4) - A magistral pe r cope de I Cor.ll: 17- 3~ ~ a pigina sempre cl~ssica porque riq~issima de ensinamentos sobre a Sagrada Ordenança Memorial. Em todo o seu conteúdo sohreleva o ensino de ser sua administraç~o e preservaç~o da alçada estrita e da responsabilidade exclusiva da Igreja na sua í

65


compet~ncia

congregacional

nida precisamente

e local. E Igreja

reu-

para esse prop;situ.

Esta s li.da verdade é evidente ã luz dos seguintes enfoques: - Paulo dirigiu a Eplstola "; Igreja de Deus que está em Co rin t o ... (1: 2). Po r t ant o , uma Igr~ ó

11

ja local determinada. - Em se tratandu de uma Igreja local determi nada, apontando-as, lamenta as d i v i soo s nessa Igreja e repreende a Igreja por manter um indigno entre sua membrezia e ror i nc i d ir em outras ab(:~rraç~es doutrin~rias e morais. - No caprtulo lI, a começar do v.17, sempre empregando os verhos e os pronomes na segunda pes soa do p1.ural por se dirigir ã congregação, ã as:: sembliia, ~ comunidade. - Repreende a Igreja pelos abusos perpetrados durante a celebraç~o da Ceia e exorta-a a cor r g i+Lo s . "Quando vos ajuntais (vos c o n g r o g a s j ...", vv. 17 ,18 , 2O ,33. É e v ide n te f a 1 ar Pau Io dessa maneira por considerar a Igreja local respons~ vel pela administração e pela preservação da pure za da Ceia do Senhor. Por reconhecer e ensinar que a sua celebração ~ ato de urna Igreja congrega cional e local, pois a Ceia do Senhor é ato for:: mal, si rnbo lico , congregacional, coletivo de uma Igreja local. E também ne s t e caso, a lógica nos irn pele ~ essa infer~ncia, as Igrejas n~o podem deL~ gar poderes de ce leb ra+ la a outros grupos e outras instituiç~es como concflios, reuni;es ~rum~~icas e encontros de representantes de diversas Igrejas. - No v.lS, ao dizer pleon as t i came n te : " ... quando vos a j un t a i s (vos congregais) na Igreja .. :' s ub Linb a ser a Ceia uma ação da t g re j a em sua qu~ lid ad e congregacional ou comunitár~a para usarmos í

I

66

í

~'


I

de uma expressao hoje em voga. - E h~ mais! Exatamente por ser a administra çao da Ceia um ato eclesial participar dela indii namente ,é cometer uma ofensa ã Igreja. "Porque co me nd o , ca da um toma antecipadamente a sua própria ceia; e assim um tem fome e outro embriaga-se.Nio tendes p o rve n t u ra casas para comer e para beber?

~i

~ lGRLJA DE DEUS .• ." (vv~ 21-22). [c a r i a sem s e u t i do este desprezo a Lg rej a Se uso !fosse de sua coml'etência na capacidade de congre-

~nOll ?ESPRI'~ZAJS

gaç;o a administraç;c

do Memorial do Senhor. - A Ceia ~ uma solenidade da Igreja na sua capacidade coletiva: "quando vos ajuntais para co mer. .." (v.33L É pois um abuso levaroselement()s da Co i a do Senhor a casas par-ticular-es a fim de di-1os a pessoas idosas ou enfermas. Dela todos em agrupamento eclesial devem simultaneamente t i c i pn r . Paulo censura o abuso dos co ri n rios d. cada um tomar antes dos uutros a sua própria ceia (v.21). As diversas facç~es daquela Igreja vinham cada uma por seu turno. N~o queriam esperar reunir-se toda a Igreja para toda a membrezÍa ao mes mo tempo comer da Mesa do Senhor. Todavi a a Ceia 11~O é um ato de um indivíduo e nem é ato de uma f a, . ç;' o ou P a rt i d lJ n li 11\ a I g r e j a Io c a I cl i v i d i da. O Solene Hemori<:il do Senhor é uma ação da Igreja na sua postura coletiva paI tamb~m expressar- sua unidade: "Pois nós, emhora muitos, somos um so p3.0, um só corpo" (I Cor. 10: 17).

liao

~) - AtQs 20:7 outrossim concentra maiS pr-ec i o s i ss i rnos ensi nos Em prol do nosso estudo ele t amb em r~veia ser a ce le b raçao da Ceia do Senhor da alçada e responsabilidade da Igreja. Naquele v

(:,7


Domingo, o "primeiro dia da semana", ern Trôade, onde se achava Pau lo , "ajuntando-se (congregandose) os discípulos para partir o fJ:-io ...". Eis a Igreja em Tr~ade, oS discfpulos em congregaç;o, a celebrar a Ceia Memorial, ao ensejo de que Paulo dirigiu uma prédicél i10S que "estavam juntos (congregados)" .

Mu i tos P <1 s to re s h a t i I) tas, dos ma 1s nov o s, p o r que no s ern ina r i o não t i vc rarn nem opo r t un id ad e ne; tempo de se instruirem também acerca da matéria, pretendem vencer a relutânclél dos Inais antigos quanto ã preservação cio c.o s t ume da Cc i a r es t ri t a . Nesse intento 1.lguns apresentaram o assunto à dis cussão em 11m dos encontros da Convenção BaList~ Brasileira. Por ser explosi~o o tema, deixou-se a coisa sobre a mesa, ou seja, para se discutir numa outra o cas i ao . Vejam só~ O fato de esses p ns t o res apresentarem o assunto ã discussão nesse en=contra de mensageiros de 19rejas Ja revela Sll.:J. ignorância quanto ã competência exclusiva da Igre ja. O mais grave contudo ~ o fato de a c~pula da Convenção Batista Br as i lc i ra lev a r em consideração essa proposta de discussão. As Igrejas que .:J. Convenção se vinculam foram afrontadas em ~eu mGnus de administraç;o exclu~iva da Solenidade Memo ra t iv a . Essa inglJl-~nc:íada C\Jpula da C~HlVe[]çã; que ocurre de quando em quando ~ um abuso e uma arhitrariedade a ferirem a independ~n~ia e a' auto nomia das Igrejas. Por outro lado, a mat~ria em tela esta forà- de qu a lquer discussão. As Escrituras Neotestamentiri3~ s~o claras e definidas quan to ã limitação dos participantes da Ceia do Senhor. Torná-Ia abe r t a ou 1iv re é incorrer em apostasia 68


E a Igreja que assim procede deixou de ser Igreja Batista e traiu sua responsabilidade perante o Sal vador cujo Sacrifício ê memorado toda vez que s-;:

celebra a Sua Mesa. A Ceia do Senhor que em seus elementos: pao e vinho, rep resent.a , figura, simboliza, recorda, lembra o Sac'J.-ifício Redentor de nosso Senhor Jesus Cristo, ~ o Seu Memorial. Solene e Doce Memorial no tocante dramalizaç~o de Sua Morte Vic~ria pela qual fomos salvos. Memorial do Senhor ê ela ECLESIAL por competir às Igrejas, e exclusivamente às Igrejas, na sua capacidade congregacional, a responsabilidade de celebr~-la, administri-la e preservar sua pure za e intangibilidade.Em pa rte alguma das Esc r-i t uras do Novo Tes t!: mento se encontra a Ceia do Senhor celebrada fora da Igreja! Ou por outra instituição que Dao a Igreja! Ou Igrejas delegando poderes a outras organ1zaç~es para a celebrem ou discutam assuntos a eln concernentes.

69


SEGUNDA PARTE

c/ OS P!\RT1 CI PANTI:S

DA MESA IXJ SENlIOR

... . ..

de.u aO-6 fucJpu1o.6 ... 60ILam baú zado.6. .. agite gaham-'.H~... e pe.MevC?f1aVam Yla VoutJt-<.na d06 Apô6to,f0.6 ... . .. Qug.tqueJt qUê. comeA do pão

ou br.>beft do c.a1-<.ce do Se.nhoJt ,(ndigl1a.nt e Yl-fe .6 e.Jtá c.u1.pado do Conpo e do Sangue' do Se.nhof1 •.. PoJtque. quem come. e. be be,

come. e be.be patta .6ua pf10pJtia COYlc1e. .6 e nao CÜ.6c.VtvWl. o COlLpO do Se-=nhott. POJt cau.-6a dú:to há entn». VÔ.6 mUA. :tO.6 óJtaco.6 e. enne.f1mo.6, e. muA..:to.6 que. doftmem.

Haç.ao,


SE

1:

00 SENHOR POR QUE N.i\o SERIA TOOOS OS FILHOS?

CONHECI UM CIDADÃO, o Polig~nio Cordeiro que fera. Um outro, o Leão, palerma de levar, sem qu a Ique r reação ou - protesto, t ab e f e s da mul her . Um outro ainda, o Franco, t ao h i pccr i t a qu an to ao ma i s re f i nad o f ar i seu . O Dulçor, todavia: honra seu nome. Dulçor ê um docinho. Fofinho de delicadeza e maciez. De olhar terno. Brando nos gestos. Suavinbo na voz em sussurro. Em tudo "coluna-do-meio" porque·sem se definir quer agradar a Lodos. Sempre perfumado e de roupa limpinha, com cabelos numa perfeiçio de penteado. Meiguinho jamais protesta. Só se arrepia à palavra mais b rus ca ~o seu interlocutor. Na verdade, o Dulçor, maciozinho, é o protótipo vivo do evangélico amacia do, assetinado, no seu acoffiodamento ecumenista~ Sob a palavra do amor ahriga sua tergiversaçao e c()nsci~ncia male~vel. Em nome do amor universal o nosso amigo Dulçor é pela ceia ampla, indiscriminada, livre,aber ta a todos os indivíduos de todas as denominações

era

urna

73


evang~licas e protestantes. A pessoa diz-so crente, membro de qualquer igreja de qualquer grupo, pode tomar a ceia em qualquer igreja de qua 1 quer grlJpo. É a I r a t e r n i.d ad e generalizada. Vamos de.s-

mont.ar bari-eir-ae? Já se foY'OJn ou tempo.'; da» Y'cstY'içoe;; ... O mundo ho.je é outro. Pre ci camos nos v,niY'. Se somo.', irmãos em Cr-i et.o , f1: lhos do mesmo PQ1:, qZH? uamo« de dadas, .-omunqar, da ce i.a porque a ceia ~ do Senhor. Se a ce ia (-::do Sl'ntzOr e se todos 08 crent.ets ,<;():o rnJwD decee mesmo Senhor- por que muros e narmae rc.'; t,r1:i ivae? bc

l.eea:

,

todoe

maoe

inhae

Esse fraseado do nosso Dulçor interpreta o pensamento de t o d o s ns favoráveis a cela abe r t a ou 1 i v re. Estará o Oulçor com a razao? N-;-;o seria a hura de r('lermos e repensarmos também as referências b i b l i c a s s ob r e o Instituto Memorativo de Cristo? Quem sahe se nossos antepas sados foram vItimas de um entendimento falso nes= s a mot é ri a ... Na época das reaberturas convém sermos mentes abertas em tudo. f a atual disposiç~o generalizada. E se alguém recusa semelhante aberturn os abertos e corid i s c i pu l o s do Du l ço r se arreganham de escândalos, de a h s l , e o h s L, e u i s ! e avaliam o opositor ã ceia aberta na condição de um forade-época, radical, ultrapassado, troglodita. Onde

,já se viu do Senhor participem? guma.'

res tY'ingiY'-se a ceia do Senhor ... , quem poderá impedi.v que cvcn tes É do Senhor.' Não é de denominação

OS MOTIVOS DA ABERTURA 74

J~ os

tenho

Se é de l.a al-

pesqui-


sado.

Muitos

adotam a pr~tica indiscriminada da ouvido essa opiniio de algum prega por idéias e curne n is t a s e mundanis=a m . 1 '3 es 1a ado(~~i-

Ceia por terem dor

envolvido ~l\li os,

tas.

ts!~~,

C,"º,S,

Eountl'rlllédio

rn mesmQ f o i d j t Q..

r'~,.as.s.i qlli'

~~.:y.s

[?,~

illUJ.~E'm ~e

d('~::;.

en teJlçL~flL

ma L_..QQl!iJ9

Não quero me opor ã consideração e ao acatada mensagem do pregador. Se ele os merece por se fundamentar na Palavra de Deus. Afinal, e~ ta é a nossa superior instância e a nossa lil t i ma

mento

~ deci~iva autoridade. E bato no ponto! adotar a Cei a aberta

ras.

O r e a l motivo

é

a ignorância

cabeça,

N~j:!----.2ela

de a1gu;'m das Escritu-

a bj pÕtl'se

~-

g~lém ::~lh~.-sJ-e-.y,e ... .t:.iélde ~y-Ihlia e aceitar f~ lhill:lt~a t i (' a , sJ:!..Q,g~u.lJ2.-.çIJl. .sirli.sl1lo. A menos qUE' e sse indivíduo, e rnb o ra conhecedor do Livro Santo, permencct'sse na incredulidade. ~ espantoso e e s ta r r e ce d o r o número reduzi-

dissimo

Escrituras e acerca dpssa Ordenança e das instruç;es requisi tos para sua pr~tica. Os nossos semin5rios pel; que

de pessoas

sanem

de

estudiosas

pr imo i r a mão os

das

seu:.;

ensinos sobre os

a c urnu l o de l1wt0rin.c: qu r- qu o r orn "ensinar" çam o d i f i c u l t am Sl'llo., ;1111J1')~ de estuda:' de

.1.1

não

De

[)PUS

l1~UO

embara-

Palavra \lh' p er uun t n raru: lá no eemi.nàr-io catót.uda a fj ~1)/'-;1),:/ Respondo com ou t ra nOD cemindi-io» evangélicos hoje se a a

(,I~

pv r gu o t a : e estuda? E a consequência

trágica

é

inevitável:

a

ma i ar i a das p r e g a oe s se reduzem a um amontoado de palavras e frases que nada dizem na apresentação das célebres ilustraçbes e "causas", as idiotas cxperi~n~iaA. Ou s~o sermões moralistas, exor ç

75


tativos, como se o pregador fosse um sargentao eclesiástico ou S30 um enxurro de torotas... De Bíblia nada têm ... O povo entrou vazio e mais vazio saiu. O Culto ~ um mero progiama de mUSlcas quase sempre pessimamente apresentadas e unia sequência horrorosa de avisos e recados, enquanto as imediações do temp 10 vi r a rarn um parque de divl~rsZ;('s O~d,' a criançada b r n ca ã sol ta e os cas;liz.in!lll~ .u r t ern o encosta-encosta dos namorl.cos LlSl'iVllS.\!\lemquer parar a li e estudar de verdadl' ;1 f\l!;lvrade Deus? Quem, se dedica diariamente ao estudo s~rio do Livro Santo? Essa gente toda aprecia qualquer Dulçor e, conquanto i ncon sci en t cme n t c , en tron iza a palavra e o comportamento dele no lugar da Bfhlia. Desses supe r f i c ia is tenho ouv i do os ma i ores disparates tambem quanto ao tema destas nossas re flex~es. Essa i gno ranci a lastimavelmente i mp era t am-: bem entre ~s que advogam a restriçio dos participan t e s da l'1esado Senhor. Perguntei a um Pastor, por sinal professor de teologia num semlnarl.O, quais os motivos de sua Igreja adotar essa limita ção. Deixou-me hoquiaherto sua resposta! Por ser í

uma praxe batista.

A SENTENÇA

- Noutro dia uma senhora, indo a um programe pcntecostalista, recusouse a participar da ceia na oportunidade celebrada. Relatou o incidente ao marido. Este, aborreci do, recriminou-a. Dias seguintes ambos se encontram com o seu Pastor. O cidadão simp~tico ~ ceia ecumênl.ca relatou-lhe o fato. E o Pastor Gordalhu 76

DO PASTOR GORDALHUFO


fo, jejuno das Escrituras, embora s~Ja valente garfo de derrubar montanhas de comida, saiu-se com esta: a iY'lTlã fez mui to mal. Lá no céu não há bat.i.e tas, p ent.eco e t.ai.t: preslri tei-ianoe ., Lá todos J

partieiparemos juntos aqui na t-erra?

da Ceia, por

que

não

Soube do ocorrido o Azambuja. Qu~m não conhe cc () Az ambu j a ? Ê desses c r eu t e s agarrados com en tusiasmo ao estudo das Escrituras. Ninguém o pas-=sa "pra trás". Não é qu a lqu er pregaçãozinha que o sa t is f a z . Abomina essas conve r sinhas de "a minha expe r i enc i a'", "o senhor me' falou ...". Tudo ele con fere com as Escrituras. E corno as conhece! Saben-=do de ssa "expli.cação" do Pastor Gordalhufo, o Azam hu j a ficou furioso. D(>u uma de Paulo Ap6stolo que se "pcr t u rbou" com as e xc Lama ço es daquela mulher possessa do den~nio lã de 7ilipos. Perturbado o Azambuja deu aquela lição de moral no Pastor Gorda huf o . (Ni ngu em estranha esse nome Gordalhufo. J5 ('n('ontrei um Miseralvino Amado da Calota). O Azambuja est~ com toda a raz;o. E 0xplico: Oentre outros, por dois motivos o Pastor Cor da lhu f o orn i t iu uma sentença o rrad a porque contra-=dit~ri3 ~ vista das S~gradas Escrituras. Primeiro, porque l~ no C~u contempl~remos face a face o nosso Salvador. Nossos olhos verão Suas Chagas, Suas ~Iãos p pés feridos. Por conseguinte não ha-r ver~ mais necessidaJe do Memorial. A Ceia não ~ a memória 011 lembrança dos padecimentos de. Cristo? Agora Ele c-st a au son t c o n(;s precisamos desse ritual. Porém, quando estivermos junto dE .. L' t o rnar+ se-i desnecessiria a Mcm6ria. No C~u, por ser totalmente dispens5vel. não haver~ qualquer Ordenan ça e nem cerim~nia eclesi~stica. Segundo, a ~rd~~ nança Memorial consoante as palavras do proprlo í

77


Salvador, deve durar "até que Ele venha". Em \'].nJo o Redentor encerrou-se o período da viger.cia de sua ceJehraç~o. A talhu de foice elimino um sofisma. Não foi ã Ceia Memorial que Jesus aludiu quando d i sse : "Desejei muito comer convosco esta Páscoa, antes que padeça; porque vos digo que não a comerei mai s até que ela se cumpra no Reino de Deus" (Lc . 22: 15-16). f clarfssima a ref~r~ncia ~ ceia da antiga P.;scna. Por con se gu i n t e , esta afirmação de .l c+ sus desautoriza qualquvr fic<.:::io de alguma cerím;nia ritual desta terra a ser continuada no céu. De igual maneira n~o fui mencionada a Ceia Memorativa qu an do Ele disse .:1.0 t.orua r o cálice: "Toma i+-o , e reparti-o entre vos; pOY(jlJC vos digo que agora riao b eb e rei m.i i s (~" ír u t o d a v i doi rn a t e que venha () Reino' de Dell,.;" (I ('.22: 17-1:-)), I)í,sse-n ã uma das q ua t ro t LI ç a s ti a i;lS ,',), I n i1, , d" , ','il ic e da Ce i a Memori a] mene i on ad a s orne n te depois de doi S versículos. Graças a Deus pelo registr~ mais pormenoriza do de Lucas. Se tiv~ssemos s6 a~ ahyeviadas nari; tivas de Mateus e de Marcos poderiamos correr o rlSCO de alguma perplexidade. Lucas, por~m, escl~ rece que a alusão ao comer i1 Páscoa e ao beher do fruto da videira se referem ao s i mb o l.ismo da maior f e s ta J u d a i c a, se n d o p o r e s s e mo t iv o P r o f e r i d a a 11 tes da fundação da Ceia do Senhor. Nos céus ningLl~m vai comer coisa alguma. E o Rei no de Deus não c on s i s te no comer, 'e no b ebe r" (Rm.14: 17). As Es c ri t u ra s quando a sse rnel h arn o céu a hanquetes e a festas não querem dizer que 1~ li t e ra lmen t e teremos, banq ue tc s e f e st as de comtc~s":e= bebes. Trata-se de figuras ou sfmboLos do gozo ce le s t i a l . Elas j arna i s au t o r i z arn él suposição de na L'

78

-:


Bem-aventurança Eterna se repetir Instituto Comemorativo.

a realizaçao

do

Antes de aludir a eles, menciono os Pastores George Lewis, Dean McClure e James Na sh por serem n o t ave i s estudiosos das Escri turas. Às vezes passam juntos muitas horas no estudo de um s~ vcrsfculo. Ultimamente eles tim se esmerado no exame meticuloso scbre a Cerimônia Anamnésica. Num d c s se s seus estudos o Pastor James Na sh lembra que atuais d e f on so res da ceia livre se recu sam a participar dela quando celebrada nos encontros ('cum;;:nico::;. Apesar de sua fraqueza doutri. niria, eles reconhecem que somente uma Igreja tem a incumb~ncia e a autoridade d~ efetui-la. E n~o uma conferência ecumênica. Já é uma Li rui t a a o . O Pastor Nash ainda 1pmbra que a própria reI i g i ãn ca tril ira impõe severas f(ls.triçõefl ã oartil'lpLlção c.Id "missa", Com efeito, nao e qualquer um que pode receber a "comunhão". Queria ver o Paslar Gordalhufo apresentar-se à mesa eucarística r ornan a , E se o nosso Dul o r p re t ende sse fazê-Ia Levaria, para horror de sua macieza, uma tremenda d e scomp o s t u ra do "v i ga r o" .. A religião luterana de sua parte arroga-se ã e xc lu s i v a autoridade de celebrar o "sacramento" da ceia. Os preshiterianos defendem a autoridade de sua igreja nesse ritual. E o Pastor Nash recomend a él lei t u ra do 1iv ro TRILf,'MA - ALL HUMAN CliURCEIES ~!JTfJONT BAPTISM, de J.R.Graves, onde se lê q uo a igreja p re sb i t o r i ana , num gesto de apertad i s s i ma re s t r i ao no passado d i s t r i bu i a fichas aos seus me mb ro s j ul gad o s dignos pelo seu conselho ELES

TAHRf::M SAO RESTRITOS

-

ç

ç

í

ç

79


de participarem da ceia. Todas essas religi~cs e seitas admitem que só a Igreja t o m pode-r de real i z a+l.a . Res t r i uge m ou selecionam os seus p a rri c ipc s . Não abrem ass en t.os para pessoas de todos os credos ou de nenhum credo. Af i n a l jà é uma delimitação. Cnn t udo se lnsurgem contra os batistas, advogados da mais apertada.

VIV/\

o

RFSl'l"ITO

/\ TODAS

AS

orT:--J!ÕFS:::

Aprecio respeitar as opiniões alheias. Se as ci r run s t;n(' ias mv f a cu I tam () l'IlSV!tl '\l\(.;n sem desaprovar as c on s i d o ra coe s (' lJS "p a l p i tes" sobre futebol, novela di' tevê, prato!': de comida, marcas de autom6veis, explicaçio de endereços, re m6dios, tratamento de doenças. diabruras de cria; ças e todas essas futilidades dos fúteis bate-pa=pos das pessoas que ~unca t~m tempo para coisas maIS serlas. Nesses e em outros muitos assuntos ouço_e acato todas as opini~es porque pessoalmente na" tenho o p i n i o es s ob re e lo s . Qu a lquc r uma me se rve . ~ (I caso daquel~ indivfdu0. Visita-o um amigo e lhe externa sua ('onvicç;o acerca de determinado assunto corriqueiro. O cidadão concorda. De-.:2. pede-se e retira-se esse primeiro visitante. Chega outro. Exp~e-lhe acerca da mesma tese uma opin i a o opo s t a . U ('icl<lcl~,) ouve fé' trmbcm assente com ~'st\"· segundo fl<.lntll-,l\.!-;vista cont rar io ao primeiro i n t cr lo cu t o r . /\'1 Sl' ret i ra r c- s t « se gund o visita, a ri lha que 'a tudo presenciara, d i z : papai, ohe= gouo fulano e disse tudo aquilo e o Hp.nhoY' lhe

disse que ele tinha razao,

Vem aqora este

tudo ao cont-rar-io daquele pr-imei.ro 80

e fala

e o senhor' diz


que também ele

t.em vazao, Afinal, papai.'? Minha filha, você tiamb em tem razão.'.'.' Está tudo bern ' Todos têm razão em todas as coisas ... Destarte n~o sou contra, nem a favor, muito pelo contr~rio ... Agora, naqui 10 que afeta a PaI avra de Deus .•. Ar não! A coisa muda . .lã me díssot:.lm! Os amiguinhos do Dulçor. Lá noe Estados Unidos já há Íl,êu mi.l.hoee de bat.i et.ae ccumeni.coc e quase todas as igreja" batistas praticam a cei.a livre. E daí? Pode haver trinta milh;;es... Trezentos m i lhõ('s~ Minha regra de fé é a Biblia e n~o os milh;;es ou trilh~es de ecumenis tas dp qualquer país. 'l'amb em no tocante ã Solenidade Memorativa anelo ser tao restrito quanto a Bíblia. Quero dela participar nas condições em que nosso Senhor Jesus Cristo a instituiu e a ordenou fosse celehrada e ~s Igrejas por interm~dio dos Ap;stolos ~ntrego\l. Sem lhe acr.escentar um jota e sem lhe subtrair um til. Jonathan Edwards deixnu orn ,::ou di;irio <.""te p c n e ame n t o r "xe so t vo acima d~ tudo viver cada dia inteiramente para Deus. Re sulvo também viver assim a.inda que nÍll[.llêmmai-;; no mundo o faça". De fato, o caminho estreito e a porta apertada são para bem poucos. Vamos verificar as Sagradas Escrituras ares peito dos participantes da Nesa do Senhor? Porven tura estarão certos o Dulçor e seus condiscr= pulos? Ou as Escritutas estabelecem restriç~es? Acaso limitam s~a participaç~o a definidas qualifIcações? Realmente, se a Ceia do Senhor,compete-Lhe <1 autoridade de estabelecer restriçoes aos seus possfveis participantes. Na eventualidade de a me sa ser minha, convido quem eu quero e ninguém tem

e

81


nada com isso. Na Ceia Memorial a Mesa é do Senhor Jesus Cristo. Cabe-Lhe, por conseguinte, todo o direito de impor condições aos desejosos de participar dela. As Escrituras do Novo Testamento nao apresen m nenhum argumento ou c ri t er i o em prol da ceia livre. Esta se baseia_~penas em falsos sentimentos, que jamais poderao nortear nossa conduta e inspirar nossa fé. Deixo de lado todo o sentimentalismo e' toda a pieguice e examino a Palavra de Deus onde me de paro com as seguintes delimitações a serem exami= nadas nos capítulos sllbsequt'ntes quanto aos parti c i pan t e s da Ceia do Senhor, o Doce e Inefável Me-=morial de Sua Morte por mIm. O Pastor .lonas de Carvalho Lisboa, há mUltas anos à frente do Pastorado da Igreja Batista em Cordovil, Rio de Janeiro, se desCaca pela serieda de de conduta e fidelidade retilrnea ~ S~ Doutri-=na da Palavra-de Deus. De m\litos sermões, que "ão autênticos estudos profundos, ele faz eshoço ricu mente recheado. Presenteou-me alguns, que t~m sido objeto de minhas meditaç~es. Em sua pregação sobre A CE'IA RESTRITA sub I inha estas sábias coerentes consideraçd'es: liA Ceia do Senhor n~o ~ uma ceia comum; isto i, ela n~o ~ para todos, e nem todos têm o dlreito de torná-ia acessivel a todos, porque ela n;o ~ nossa, mas do Senhor. E é o Senhor que impõe as condições para que dela se participe".

82


A L'EIA É RESTRINGIDAAOS CREN.j

EVANG8LICOS

CONqUANTO POSSA par~cer irrelevante este enfoque por ser fieil a compreensiG deste impositi~ vo decorrente da pr6pria ~oer~ncia, torria-se ele oportuno em resultado das id~ias universalistas cada vez mais divulgadas pela interpretaçio neomodernista das Sagradas Escrituras. Com Qf~ito, o alcunhtldo universalismo a partir de uma conceituaçio falsa do Amor de Ueus, propnla que indistintamente todos os indivrduos se salvam. Hajam levado a vida ~ue levaram. Independentemente da conversão ou regeneraçio evang~Li ca . Em decorrência desse falso entendimento acerca do Amor de Deus, os próprios réprobo's terão no inferno a oportunidade de se regenerarem. Ora, se todos os hDmens lograrão a Vida Eter na, os universalistas, na sua falha visão escato~ lógica, não vêem porque afastar da Mesú do Senhor os nio-crentes evang~licos. O PRIMEIRO

DESVIO - Por mais

incrível

que 83


parecer possa essa amplIssima comunhio foi a primeira perversio da Ceia do Senhor sucedida ai nda nos Tempos Apostólicos e, como não poderia deixar de ser, em Corinto. Ao tempo de incrédulos os cor i n t i os pratic~ vam as solenidades pagis. Com a conversao cada qual permanecia em sua pr6pria famIlia composta de pagios. Por lhe faltarem esclarecimentos o novo cristio, adotando uma atitude de liberalidade, continuava a participar das festividades pag~s e, movido de magnânima compreensão (?) num ges to de simpática soc i ab i lidade (?), em con t rap ar t i da , conduzia seus parentes e amigos ainda pag~os i Me sa do Senhor. Acaso Paulo Apóstolo deixou o assu; to de lado por supo+ Lo insignificante? Acaso re=putou este pacífico convívio religioso uma boa oportunidade de os cr i s t ao s , revelando-se C'ompre0nsivos, poderem evangelizar os pagios? Bem ao contrário! Sua espada cortou cer~e as ralzes da degeneração. Em I Cor.10: 1-22 memora aos corfntios dep~avados a perversão dos antigos judeus que, hatiz<ldos soh O domínio de Moisés. "na nuvem e no mar '", "r odo s .corne ram ti,) rne srno a l imento o sp i+ p i ri t.uai , e beb e ram todos diJ mesma bebiJa l'spirit u.i l , p o r qu e b cb i am ela pedra o s p i r i t u a l que os acompanhava; e a pedra era Cristo". Desfruindo de tantas bênçãos do Senhor, prostituiram-se eles na idolatria e se rehelaram contra Deus .. Imi tavam-lhes os co rin t i os o péssimo exemplo. Paulo advertia-os: ""fugi da idolatria;". ".... as coisas que eles" (os pagãos) "sacr ifi cam, sac ri f i cam-nas a demônios. e n~oa Deus. E nao quero que se j a i s p ar t i.ci pan t es C0m os demônios". O Apóstolo é intergiversável. Sem rodeios e circunlóquios. Na da de eVi1sivas ou eufemismos. >J3

84


dJ clp b r andu r a elo Dulçor. Do i i n i do , l'att'g:;riC(1, Paulo, nu exercicio do seu M~nus Apost~lico, determina: "Não podeis beber do cálice do Senhor e do cálice de demônios; não pode i s participar da Hesa do/Senhor e d<l mesa dos demônios. Ou provoc~ remos <1 zelos (1 Senhor'? ~(')mos;po rven t u ra , rna i s f (l r t l~S d (l q II e e 1e 't" (v v . ,2 1- 22) •

~=

PRECISA IR ... PRA VÁ TISTIMUNHO...

Quem le~ •.... meu hvro A ~ conclui ser esse rito católico flagrante culto de demônio~ •. Ela, a "missa" nada tem de semelhante com. a Ceia do Senhor. Sua terminologia é outra astúcia de s~ tanis no intento de enganar. Portanto participar dela, assistindo-a, implica em tomar parte na mesa dos demônios. Alastrou-se d idiotice humana! Contaminou muitos evangélicos. Ah.'.,se eu for à mi.eea., () meu

amigo irá à minha Igreja e ouvirá

a

PaLavra

de

Dnus. Pode acontecer. Aconteceri tamb~m, infalivelmente acontecer~. que esse indivIduo jamais se converterão Com tamanho contratestemunho ele c:on-0 c lui rá que tudo é a mesma coisa. Essa tática é j~ su i t a . A do fim que. justifica os meios. É imoral. ~lorr(,l1 a1 guém da f ami lia de um crente. Perguntou ao pastor de sua Igreja: o que o senhor

acha de eu aeei e t.i» à

m1:SS:1

do sé timo dia por es-

parente? O ignaro deu este conselho: O irmão prpcisa i prá dá tistimunho ... sG quero que o Azambuja nio saiba desse conselho idiota. Se o souber, pobre desse pastor! L~ var~ uma saraivada de reprimendas... Onde j~ se ~ju: ir ao cu'ltO,c1c.aemônios "pra dá tistimunho". E o p'as t o'r também advogado. E~daqueles advogados qlJê Sé o seu constituinte nao se precaver vai t;(!

e

85


para a cadeia.

DEFINAMOS ...

Ha

certos vocábulos que n ao deveriam ser adjetivados. As circunstâncias at~ais de co rru pç ao também do ve rd ad e i ro sentido das palavras nOS forçam ao uso dos adjetivos no intuito de externarmos corretamente nosso pensamento. Um desses termos de acepç~o sobremodo poluída ~ o voc~bulo CRENTE.' " Se crente é aquele que crê em alguma coisa ou em alguém, todas as pessoas são cr en t.e s . Até ü socialista

é c r e n t c , po r qoo

,

o mb o r a

sua

própria

filosofia seja a t e i a , crê n um fn t u ro paraíso social onde todas as class~s se nivelarâo no desfru te de todos os bens terrenos. Exatamente para confundir, tamh~m os cat61icos hoje se dizem crentes. ~ Todavia CRI~NTE EVANGÉLJCO ~ o que o xp e r i.me rrtou a genuína conver-s:;:;'o i rnp o s t a por .Jt>SlIS Cr i.st o corno um nascer de novo med i an te a fé em Seu S.ac r i f i c i o Sub s t i t u c i o na r i o e Remid o r , / A conel \1são ,é in a r r ed ave I. I r r e cu s av el, Só o t?\"CRENTE EVANCÉLICO se c red enc i a 13 p ar t i c i pa çn o da Mesa do Senhor. É questão ele ]Z;gica: Sl' a Ceia do Sc'n\)or;' o ./ Memorial Sagrado do Sa~rifrcio eternamente consumado, só podem nela ter parte os que conhC?cem na própria experiência e na vida iJ r]('na remí:-;:-;;30 dos pecados. Ao o s t ab e le ce+ La , cel eb ran d o+ a pela primeira vez, Jesus o fez com os Apóstolos, pessoas regeneradas l' salvas. De resto, como po de r i a participar dela alguém que recusa Sacriffclo de Jl'SUS Cristo por e1a e

V"

li

°

86


nela memorado'? Seria algum acontecimento

um ahsurdo se nele n~o

alguém crl' .

comemorar

ÓE ORDEM LÓCTCA ~Ias

as pa 1av r.a s das E s c r i t u r a s sno importantíssimas l' têm v i go r o s a r a z ao de ser erup r o g ad a s , Asua própria ordem ou d i s po s i Ç3LJ numa fra,s(';: de vital impo r t an c i a , Aos discípulos congragaJos no monte da CalilFia, t cnd o e v o c ado e invocado Sua Suprema e Divina Autoridade, .]C.'SIlS Cristo o r d en ou : "portanto i d e , [ a z c i d i s ci pul o « de todas as Ilações, b a t i z an U"-",, ... C'Dc;inando-os a h\lClrdar todas as coi!:ias UMA l)UESTÃO

q\Jl'

I·:\J

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o

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•••

"

(~]t.28:

Ih-20).

~

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Note-se a d i s po s i a o e s t ab e l e c id a : p r i me i r o ('n~in~r fa z on d o discípulos; . em ...segu ida batizar. prlmelra Ord('nan~a) esses dlSClpulos; e, terce1ra • " • ti mon t o , cn s i n a+ l o s a gual"dar t od a s as COIsas ma~ d a da s pv l o Sa I v ad o r . Ce r t ame n te que en tre esses rna nd arno n t o s d c- .l c su s Cristo s o d i s t i ngu e o d a Ce i a t-ll'lllor ia 1 , que Fie f u nd ou e com os verbos no modo impl:'rativo:torno:t:, come-i. ... bubci. ... fa:::ei ... determinou que s e a r e p e t i s s c . , ç

Em ccns equenc dC's..s.,a disposição,

ia ,

~~() p e v Fd c n t e ,

p r i mo i r o o

el o

il1díV1'oUo~~

,/~

de sentar=S", ã ~1c~sa do Senhor. Esta ordem l~gica foi desde o priocfpio observada no primeiro trabalho ~'vangl'lí:,tico dos Apóstolos. No dia do Pentecostes Pe d r o , em sua pré dica'; mil 1 t i d ao falou da n e c c s s i d ad e do a r r c pe ndi me n t o , da conversão. Os qu e "recl'ht:rmn a sua palã vr.a.'~~.<?ngregaraníse. E observando tudo quanto Jesus havia mandado, p as s a r am aftparti c i pa r do "partir do pão" (At.2:37-42). pedido

__

o

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••

_

•••

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'0-'

Z

.•• - ••~_. __._------_.

87


Alias, em todas as Eficrituras Sagradas não se depara com nenhum i 10 dê a remota possibilidade de um incrédulo, um iregenerado, associar-se ~ ~olenidade Memorativa. ve

r

s

cu

que

mai

JUDAS ISCARIOTES~t\I1!,

s

sei! Estava

tar-

dillldo!

O Dulçor e sua mplífl'l3 companhia"estremecem em cima dos t Arrepiam-se sua b 1i dade dulçorosa àe univL'rsalistas anônimos Ou esc-;:;~os. Não podemos ne(Jar a Ceia a ninguém. Jesl,W nêW !J- neg;)u a Judas Iscario iee, Bem, 6 discutrvel a presença de Judas ao ensejo da instituição do Hemorial porque os registros evangélicos não elucidam esse pormenor. De minha parte não tenho posição definida acerca des " se assunto e ne~ me preocupo com tal minGcia. Está bem, Dul.ço r! Leue o l;ijolo.' çue Jüdae lá se encontrasse e houvesse comido do pão e bebi do do vinho memor-i ai:e .. " E daí? Ls s o legi t i rnar i a a participação d~ t od os os incr~dulos, de todo" os Judas, ã Ceia Memoria l ? Se essa ação de .Iuda s G abre um precedente legitimo então jamais poderia\ mos recriminar os traidores pelo fato de .Jud as o haver sido. Se algum intruso, ateu confesso, resolve por( desobedi~ncia tomar os elementos e com~-los estaria agindo corretamente e autorizaria a abertura indistinta da Ceia a todos os ateus e impios? Jamais uma exceç~G, sobretudo quando ~e trata de mau exemplo, pode ser tomada como norma de comp0.E:. t ame nt o . Seria prático que o d iacorio ou alguém da Igr!:. Ja agarrasse o profanador pelos co la r i.n h o.s e o s

ap

a

o-

na

se

usi

í

1

I

1

88


dtirasse

porta a fora? fato de haver

Pelo

lscariotes partici-

Judas

padu do Grupo Apost;lico teria este deiiado de s cr aquele Colégio especial com munu s especiais e definidos pele Senhor? Se porventura .lud as ~steve pr::,sente a celebraç;0 da Ceia do Senhor e uma razao a malS a pro

var nem

qu e ~'11l St'US f'J qu a l q uo r val ar

(' r a me II ta

J

prnpntos

não há graça a.Iguma. ope ra t o da cobiça

e:J.:ope re

i s l a d o c a to 1i c i s mo

l'

S (' U S

S LIb

e s a-

s i d i á r ios.

89


DEUMTTi\UA

OUTRO MOTIVO

AOS CRENTES Bi\Tl Zi\OOS

r~stringente

J~

J

(omparenria

Refei~~o M~morial ~ O ser hatizado. Sim! fi. ~lesa ê do ~el1llor: Paulo e xa I ta-é! no ap an ag io de

d

NHOR"

DO SALVADOR.

quer

Paulo

(I

Cor.

Se fosse embaraços,

Apóstoll),

10: 21).

Não

de

at-JI<:SA

~ "MESA DO Sl~

a ~mSA DO SALVADOR seria, d o s j mpo d i d a a t o d o s os

no cn t an t o ,

cn;dt!'('~'-;J

a

sem qu a i s salvos. Ullllll

a

":vtESA DO SEl'\HOR" e, por con s c gu in t c, posta só paril., os su~e_otw~i~cn~es: Or3-: ?--p~im('i r o pl-~ CClto de publIca obedlcnc13 e o Batlsmo, o BATIS~10 EVA\!GÉLICO (= i mo r s a o de c r e n t o s sob púhl i c a ~p~o~lssao de f~), aparta de entrada numa Igreja Idocll, submissa e ob ecl ie n t e , desvelada em e n s i n a r d ohediência incondicional a Jesus em,tudo qllonto Ele mandou. a) - E isto em razão da o r d eru vo u disposição l~gira esté!belecida pelo pr~prio Jesus Cristo. A segUIr a conversão genuina, pelo Batismo Blblico é! p~ssoa se agrega a uma Igreja, condiç~o indispensável de p a r t i c i pa r da Ceia. A Ceia do Se n ho r ,

I

90


°

Doce

MelTIorial

de Sua I'a ixao t-' ~lorU),

se gur amcn-

"todas as co i s a s qu e Eu vos tenho mandado" t::' "na Dou t ri na dos Após to l o s!". b ) - Com efeito, todos os Apóstolos, os primeiros a participarem do Rito Comemorativo, foram élntes batizados porquanto "desde o prlncipio" est i ve r aru ('0111 Jesus (Jo.lS:27; Lc.l:2; 1 Jo.l:1-2). Conviveram com o Senhor em todo o tempo do Seu Mi n i s t o r i o , "l'omeç;1ndo d o s d e o B/\TlS~lO de João" (I\t:1: 2]- 2 2) • /" (') - Os c r e n t o s da l g r o j a em Co r n t o ev i.derrt omen t o c r am b n t i z ad o s (1 Cor.1:13). Alguns até hatiZ;)dOS~P:l(l pr~pr~o Paulo como Cr i s po , Gaio e )os da f arnil i a d e Lstetanas ([ Cor.l:14,lhL d) - COl11 toda a franqueza de l'craçô.o tenho t r i b u t ado graças u Deus por have-r in s p i rado a Pa~ ]0 o c s c rrve r il Pr i mo i r a '~I)ístola aos Co r i n t i o s n a q u el o s t c rrno s e-m qllL' foi r od ig i cl a apontando, v o r g a s t a n d o l' corrigindo os abusos daqueles irmãos. E;-~tQm()" t<lmh(;':m n;:;", a r r a o a d o s ~ tais desvios. Por isso essa Epístola, considerada o not~v e l t r a t ad o de Ec le s io l ug i a inserido no Novo Testamento, é sempre atual e de permanente utilidade para t od o s os c r i s t ao s Sua riígina c1âHsica s oh r o a Ln s t i t u i ao da Ceia Melllorial e as normas de sua celebração (1 Cor. li: 17~34) é precedida em r Cor l Or 1-4 de uma c s p l e n d id a figura das duas Ol-denanças Evang;'licas all').',orizadas por c;lebre e p i s c d i o do Velho Tes r a-: mo n t o . são quatro ve r s i cu l o s r i qu i s s imo s de 1nst r u o o s , inclusive sobre a o r d crn ou sequência Lõgicri e llorl1131 da adrnjnistraç~o das Ordenunças di~ .o r r c () Apóstolo: "Ora I rm7ios, n;;o quero que igno reis que nossos pais estiveram todos debaixo di nuvem, p todos passaram pv 10 ma r , t~ todos foram u,

i n c l u i d a naquelas

!

í

í

i.

ç

i

ç

91


·b a t i z ad o s em Moi s e s , na nuvem e no mar. E todos comeram dum mesmo manjar espiritual. E beberam todos duma mesma bebida e s p i ri. ru a L, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e D pedra era Cristo". O empolgante episódio da portentosa travesa do Mar Vermelho tipifica a experi;nria do esritual Israel de Deus que somos nós. Aqueles i~ elitas primeiramente foram, pelo sangue do cordeiro vertido nas vergas das portas. libertos do jugo e g p t ano . Sob a chefia de Moisés e em c omu+ nhio com ele entraram no mar de ~guas, ~s montanhas separadas de um t' de outro lado. I me r s o s no mar, dos lados erguiam-se as ~guas e por cima, a cobri-los in t c i r arno n t e , <J nuvem. É o Bi\TrSMO rptratado. Depois deste Batismo no mar e na nuvem o comer do manjar e beber da bebida, tipos da Ceia do Senhor em suas duas espécies d:; pao e vinho. O pecador escapa da escravidao do pecado, simbolizada por aquele jugo eg i pc o . Escapa pelo í

°

í

poder do Sangue de Jesus Cristo, tipifirado naq~~ le

sangue do cordeiro pascal. A esta experiência de l i be r t a ao segue-se o Batismo s i mbo l i z a.lo por aquela imers;o· no mar e ~a nuvem. Em prosseguim2nto da ordem ocorre a Ceia Memorial profetizada simbolicamente naquele comer do manjar e beber da bebida. e) - O.{,atisDlo, ã luz de Rm.6:2-8, reprc,~\ ta o principio da Vida, qQ~r dizer, o Batismo é em figura uma <1eclar ~ de tudo quan_tº_oçqrre na re_generação dá·pes~oa. E ~ Ceia simboliza. o proloogaowntD-d.e?sa vl..Ja, po i s o salvo cc n t i nua . a v~ver por comer e beber espiritualmente o Corpo e o Sangue do Salvador, ou seja, por crescer na fé ç

92


~m Cristo. E este apropriar-se de Jesus ~ figuTa~ do pela participaç~o ~ Céia. Em resultado, quem nio foi batizado Dio pode tomar parte nela. A sequ~ncia ~ infrangfvel porque ela pr6pria revela fatos espiritu~is e contim doutrinas. f) ~ Aliis, preshiteriuDos, romanos, gregos ortodoxos, metodistas, congregacionalistas, todos indiscutivelmente aceitam esta disposiçio de preCt'dência do Batismo em referência à Ceia Memorial, porque ~ da unanimidade cat6lica, protestante e cvange l i'c-aser o Bar essenclal parâ----ge--ser me~l)~õ -da-'ygre:Ja:--'---'-_· ----- --. unarfíf1íid'ãd-e esta entroncada nas próprias Escrituras por completo omissas de 11m preceito ou d~ um exemplo de alguém a tomar a Ceia sem o precedente Batismo.

rsrnõ

A ORICEtvl

_/ - A d if i u Idade

DA QUESTAO

decorr;ncia

surge em

da concei-

tuação da natureza e da forma do Batismo. As deno minaç.ões de proveniência protestante, como os me-=todistas e os presbiterianos, propõem o batismo infantil e o identificam com urna símplesasp~J"s9o. É uma h~rªnç-ª_.4Q _c~~oiT;;-i-;rl~õ-~-"Ê-a-e--se notar a pre servação de muito cat-~licismQ nos espaços protes-=tantes em relaç~o ~ doutrina das Ordenanças. Os hatístas, em contraposição e por rropllgna rem pelo LÍdimo Cristianismo Espiritual, ,'r~'l'I1: ~: anotam o Verdadeiro Ba t i srno Evangél ico , qllV é n mediante a profissão ~e fé, Ou seja, de crentes, salvos, e por imersao. De resto, Ba t i srno por imer são é um clamoroso e tonitroante p leona smo , pois o vocábulo ime r sào ê 'a tr aduçco co r r e t a do termo grego batismo.

dél

93


)

Ademais, se valesse a canequinha dagua João o Batista não teria hatizado no Rio Jordão e procurado lugar de "muita água". . De fato os quatro reguisitos para o B-ªtismn egítimo sã..ü:~a~ltoridadecerta (uma Igreja Au t e n-: lc~Ç\[/~ (um administrador qualificado e na capacidade de representante da autorid~ de de uma 19reja), ~to certo (pessoa_ realmente convertida) ~. (a imersao). Batismo por i me rsao ! Escusem-me a r edun dan-cia. O p1eonasmo. A tautologia. Não quero s~r pro lixo. Forçam-me as circunst3ncias. Se ao inv~s d; se t ras l i t erar ou transpor o v ocabu lo grego BATISMO para as nossas vers;es ~ern~culas da Bíblia, fosse o vocábulo corretamente traduzido, se ria IME~SÃO e e s t ari amo s imunes da sua adultera=çao e nao estaria e~ aqui a ser redundante e prolixo. Ora, al~m do pr6prio sentido do termo roc1arn ar o on t cn d-i rae n t o co rre t o de TMERSÃO, as Esrr i tu ras indicam em pelo menos cinco t6picos o [ato da imersao: - muita agua, em Jo.3:23 - descer ~ ~gua, em At.8:38 - sepultamento na água, em Rm.6:4 - levantar da ~gua, e~ Cl.2:12 e Rm.6:4 - sair da água, .em Mc.l:9-l0 A conclusão é cristalina: o batismo que nao se adstringe às normas das Escrituras Sagradas, simplesmente não é batismo. As pessoas ligadas a grupos afa~tados do ensino bíblico relativo ao Batismo por seguirem o padrão estabelecido pelo catolicismo, essas pessoas não estão qualificadas a participarem da Lídima Mesa do Senhor.

94


Admiti-1as Sagrad.J.

significa

conspurcar

essa

Mesa

i--

CONDllTA:NCOERENTE.~l)itado do Du l ço r ' Treme dos pés ã cabeça. Dêem-lhe depY'essa um copo dágua adoçada. Passou o DW3L-O, Dul çov? . Não pense i eeo' Não estou dizendo que as pe!!... GOa3 impedidas de se assentar/em à Mesa do Senha» estejam peY'didas. Podem seY' cY'entes, mas desquali ficadus para a Bendita Ordenança MemoY'ial pOY' Lhe e faltaY' o requi ei to eeeenci.cl. do vendadei ro Batismo. À minha mesa chamo quem eu queY'o, DulçoY'. À Meija do Senhor' a Igre,ia só pode permi. tiY' quem e devida e bibl ioament:e credanoi.ado, Esse Dulçor na sua amenidade 6 um p~ndego. A m;.1mãC'zinhade le t e rn lima pmprcgada doméstica. Tam~ b;:;mc ren t e, t-leIllbro da 19reja.del:. Com el.e canta no c o ra l c com ele torna a Cela I a na Igreja. Tod via Dul co r não a convida a par t i.c i par de mesa de refeiç~es. El? come J~ num cantinho da c~ z i nh a das sobras do almoço e depois que todos da . comeram. casa J3

sua

(l

-

NAO NA MESA DELE ~rta

ocasião

t;ve o~pra-

zer de ser convidado

para

um almoço na residência de ur:n presbi.!&.ri.~Eg~~nigo e'-a quelll prezo sobremodo. Enquanto aguardávamos •.... os derrade~ros arranJos, conversavamos amistosamente a respeito da Ceia do Senhor, que ele teimo samente no seu jargão protestante chamava de "san ta ceia". Era-lhe irreprimível a aversão pela re's t r i çao dos bat i s t a s . Se a Mesa é do Senho r, sofi;-

..-

95


I l.

mava ele, por que Ylao podem todos os crent.ee dela participar? A Mesa é do Senhor e não bat.i.e ta , ou presbiteriana, ou pentccostalista ou metodista. r: o arrazoado do Dulçor! Entrementes hate ~ porta um mendigo. MaltraIpilho, s::jo, ~al-cheiroso, descalço_e faminto. p~ /r:liu Nao, nao pediu d i nhe i ro ... Nao pediu esmo/la Pediu comida. Literalmente pediu comida. Em si lêncio a cornparih e i a conversa dos dois: do pedinte e do meu anfitri~o. À súplica d~~ alimento, o rapaz alegou que o almoço ainda n~o estava pronto. Ia demorar. Que desculpasse. Deu-lhe uns trocados e o despediu. Que no bar alf da frente comprasse um pao ... Ao cerrar o postigo da porta, alvitrando atend~ssemos o chamado da esposa por estar a mesa já posta, comentou: mendigos não faltam, tanta gen te passando fome.. . -" Interceptei-lhe a frase: O almoço já está na a. A mesa é sua. Por que não O convidou para tar-se a ela conosco? Ah.', ele nao tem condiçoeet: L, exclamou. Está tão sujo e cheirando mal. Parece-me até que cheivaoa a cachaça ... Chegou a minha vez! Conversávamos sobre o que meemo? , redarguí, fazendo-me de e squc c: ido. Sobre a restrição antipática à Ceia qUI; os batistas fazem aos de outra;; denonti.naçoco , Muito bem.' A mesa do almoço (} a flua mesa. Pa ra ela Você pode corro-i dar quem Você bem quiser. Neste instante acaba Voeê de recueà-La a um pobre famin to. Será que com aque l.ee trocadoe e Le compra rá pão que lhe sacie a fome? A meSa é Sua e Voce a faCLdta a quem bem quiser' e estabelece as condições. Faltavam ao pedinte as quaZificações por

96


VOCê determinadas. De minha parte não me compete censurá-lo. A mesa é sua e embo'I'atodos seJamos criatu'I'asde Deus, também aquele homem maltrapi. lho, Você o recuSou à sua meva~ As Sag'I'adasEsc'I'ituT'ascom total claT'p.zaassentam.limites aos pa'I't{cipesda Mesa do Senhor.A Mesa é do Senhor e Ele tem diJ:!eiJ;oe autoi>idade

4

de---disp?TFaondi!J.Q§s. Assim como nao me cabe

ra-

crimiiiâ:::w··'por rciiei tax: a presença do mendigo a sua mesa, também não compete a ninguém censurar as Igrejas zelosas na preservação dos requisitos impoe toe pelo Senhor como condições à Leqi t ima participação da Mesa Comemorativa. St>m qualquer comentário o meu anfitrião deri a conversa para outro assunto e fomos almoçar ... . Há ma i s! É na even tua 1 i dade de um cren te fieh ao Senhor estar a assistir Culto numa Igreja d pessoas não batizadas biblicamente e ocorrer a c~ lebraçao da ceia, ele, por lealdade ã Sagrada Ordenança e por coerincia. não deve porque não pode

VOII

pa[ti~jpar

desse ato.

Afinal. os legftimos batistas n~o advogam a Ceia restrita. A ver.d3de é que eles, consl'ntâneos com as Escrituras, propugnam pélo verdadeiro Batismo, o Batismo restrito. A limitação do Batismo às normas da verdade, sim. é que delimita a p~r-i c lpaçao. a Cei~o Senhor " Se os batis tas creem que--o BatIsmo por i mer s ao (desc.ulpem-me o pleonas ( mol ) é ne ce ss a r i o para alguém se tornar membro d~ l g r e j a , ê evidente que devem rejei tar outro modo de hatismo por parte daqueles que querem se assen tar à ~1esa do Se nh o r , E se aceitassem a participa ção de 'um aspergido ou pedobatista estariam eon=c.ord~s com o seu falso batismo.

tl

97


f uma ~uestio de coerenCla coerente e 16gica.

98

pOIS

a

Verdade

e


RESTRITA AOS QUE ACE1TAM SUA

INDISCurfVEL

/.

NACnJI{EZA MEMORATIVA

A CEIA É UMA ORDENANÇA fundada por nosso Senhor Jesus Cristo proclamadora, por meio dos símbolos de pio e vinho, do Seu Sacrifício Substitucion~rio e Remidor. O pio memorial do Corpo ferido pelos nossos pecados e o vinho memot"lal do San gue esparzido por nossa redenç~o. Estes elementos simbólicos não comunicam gra ça alguma e nem outorgam qualquer b~nçio aos sell; p arr i.c-i p an re s . Dentro da Solenidade Memorial r e+ .cordam e comemoram a Paixão do. Senhor e despertam em nós o s mais santos e poderosos sentimentos de confiança,. amor egratidio. Em'resun'lo é.~ssa a natureza da Ceia Memorial. Na~ure;a ~ssa terrivelmente adulterada, causando muitas celebraç~e6 rotuladas de Ceia do Senhor que nada têm a ver com o Rito Sagrado. Por muitos adulterada que de preciosa se reduz a perniciosa. 99


AS QUATRO CORRUPÇÕES

I - A CATÓLICA

c--r"

No termo TRANSUBSTANCIAÇÃO a teologia catolica sintetiza toda sua doutrina sobre a matéria. Com ele identifica os e l.e men t.os materiais de pao e vinho com a proptia ~essoa de Jesus Cristq. A transubstanciaçao consiste sucintamente na nça ou substituiç~o, ~ediante a prolaç~0 pelo rdote celebrante de palavras rituais, da subs tância do pão e do vinho pela substância de J,esus Cristo em Seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Conquanto os acidentes (cheiro, cor, peso, formato etc.) permanecem, sob eles n~o h~ maiS pao e vinho. Há o próprio Jesus Cristo tão .r ea l e verda deiro corno eSl~ nos céus. Em sendo esses elementos ou espeCies sacramentais o próprio Deus, são adorados, literalmente adorados, pelo celebrante e pelos fiiis que se prostram. E os comungantes literalmente comem a carne e bebem o sangue de Cristo. Esse "sacramento da eucaristi~", corno é dogma ti c ame.nte"'--chamado , impilca tãmt~m em sacrifício. A ~ISSA. que é uma cong~rle .de ritos pag~os e paa embair a boa-fé popular é chamada de Ceia do e nhor , a.missa pretendI' TerDetir o Sacrifício de Jesus cri st.o. Daí chamarem-na de o "s.ahto s acri f i cio da missa". Cobiça ser um sacriffcio real, ve:E: dadeiro, de Cristo, que, na qualidade de sumo iacerdote eterno, precisa conttnua~ente oferecer sa c r i f i c i os . A missa outrossim ~ um sa.criflcjo ta))-=to para yiyos u;uno Rara os defuntos, e_pode ser C!? J.,s.::brada em honra das tan tas "nossas senhoras" e •

4

,

I. I

lOd

-

I,


~", em impetração de graças em ocasióes especiais como no casamento, em comemoraçoes cívi cas, em parte de programas de formatura escolar, em regozijo de importantes eventos como o da vitória em campeonatos espórtivos. Esc revi um livro sobre A MISSA. Suas pagi nas são um e 1 amor de p ro t esto con t ra a mai 5 es túpida perversão do Solene Memorial de nosso Senhor Jesus Cr i s t o , O do gma t ransub s t anc iac i.oni s t a é uma criminosa adulteração dos registros evangélicos da fundação da Ceia. . , A mi ssa ê a suma de muitos crimes. Ao crime e adulterar e prostituir a Instituição Sagrada, evive, sob terminologia bíblica, o culto do veho paganismo. Segundo a. crença pagã as pessqas e ~_ com~nidãdes religiosa~~t:.~i~~ mli:~~an/ te a m~ndl!~ao que representava sua un i.ao com '- _ divindade uma participaçao no poder divino e por essa refe~ção criam que o comer e o beber provoc~ vam a uniao en tre o homem e o seu deus. A -o r i gem dessa crença estava nos conceitos mágicos mediante os quais o divi~o se concretiza em coisas mat~ riais. Essa crença do antigo paganismo encontra sua revivesc~ncia atual no dogm~ católico da tran s ub s t anc i açao , A conclusão é patente! Ninguém que aceita semel~ante dogma pode assentar-se i Mesa do Senhor. Em contraposição, nenhum crente evangélico, que pela natureza de sua fé rejeita a depravação ca t lica , pode tomar parte na missa e comungar a hóstia. Aqui ao meu lado apareceu o nosso amigo Aza~ huja. Leu esta página. O Azambuja é de temperame~ to explosivo. Dessa personalidade capaz de todos os heroismos. Vermelho de indignação repetiu-me o

1

ó

101


fato de certo "missionário da cura divina", um dc2. ses exploradores da idiotice pub l i'c a , aconselhou e mandou os seus fi~is irem ~ missa do Campo de M~rte, em sio Paulo, celebrada por Joio Paul6 rI, em Julho de 1980, quando de sua carnavalesca passagem pelo Brasil. É a ceia do Senhor~ irmãos,que o papa vai celebrar. Ele é o mensageiro da paz.

Ninguém no mundo vem fazendo mais pela paz do q~e ele. Os irmãos podem tomar a hóstia que é o pao da eei.a, explicou o "missonaro". aqui! esbravejava o Azambuja. Será a aceit-ação desse "missonéiro" a leg{ttima Ceia do Senhor? El.e tem que ser barvado . Tam Ee euba

admissIvel

bem os fiéis dele porque são uns baebaquee dos pelo espertalhão.

enro

ia. --

Está aqui atravessad~ na garganta. N~o posso deixar de referi-Ia. ~ uma notrc~a. Vi o fato com meus próprios olhos. Com estes olhos que a terra há de comer. No pavimento térreo de um préJ i.o da Praça CarTas Gomes, em Sao Paulo, no Bairro da Li berdade, f unc i ona um templo pe n t ecos t al i s t a . Pas=sando por lá certa tarde, resolvi entrar para apr~ ciar a com~dia. Uma mulher coberta de v~u dirigia o programa. N~o chamo aquilo de culto. Lá pelas tantas veio a coleta de dízimos. Proimeiroo venham

a fY'ente OS que vão en t.aeqa» OS B GU8 di zimoe . Depois vit'ão os que {;y;ouxeY'amsimp l.ee ofert;m-1. Ao depositarem seus dizimas sobre a mesa, a madame apertava a mão e pedia palmas ao auditório. Palmas pra quem entrega o d{zimo ... Lembrei-me' da Palavra de Jesus: "Quando, pois, deres esmola, não faças tocar a trombeta diante de ti, como fazem os hip6critas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos 'homens" (Mt.6:2). De tão indignado nem pude mais permanecer lá. É revoltan 102


r

te. Como se tripudia com as COIsas sagradas. Os pentecostalistas são assim mesmo ... Nesta semana que escrevo este capítulo estou em sio Fid~lis, cidade do noroeste do Estado do' Rio de Janeiro. Há aqui quatro ou cinco Lgr e j as ' Batistas e prego na Terceira, por sinal, muitíssi mo bem orientada por seu a t ual Pa·s·torManoel DiaS" de Oliveira. Na localidade há ós católicos moder-. oos em luta com os católicos tradicionais. Os pri mei ros se reuneÍn em local separado dos segundos-:Pedem aos jovens das Igrejas Batistas que lhes en sinem "carinhos" por quere-Ias cantar em suas mis sas. VOCêDvenham â missa. Assim a gente canta

junto. Tudo é a mesma coi ca, Nós os oatiol-i coe dO) concl.l io somos iguais aos ·crentes. Venham] A gente participa tudo junto na Ceia do Senhor'... E o pior que alguns rapazes e moças, certa- ' mente irregenerados, estão indo... E acham que tudo é a mesma coisa ... Felizmente que neste instante o Azambuja nao esta aqui. Na sua fidelidade irredutÍvel e na sua coerência sólida, o Azambuja daria um estouro nes sa gente imbecil ... O "missonaro" manda seu povo comungar a hósia do "papa". A maçada insensata vai ã missa po~ que tudo é igual ... Se a gente do "mi ssonar o" deve ser barcada i participaç~o da verdadeira Ceia do Senhor, esses moços também deveriam sê-lo por indignidade. Que fiquem com a "missa" já que para eles tudo é a mesma coisa. Todavia, e lastimavelmente, há ma ís . Mais e muito mais g~ave!!! No Rio de Janeiro há um pastor narte-america no que antepõe ao seu nome uma cruzinha no medie~ val esti 10 àos h i e rar cas roinanisAas,.. por s~· ti-

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1 3


tular ele "bispo". É o bispo fuLmo v eu um livro sobre A PRESENÇA m:/lL.

de tal. Es cre Ele é pentecostalista. Sua opiniio ~ a crença generalizada entre os pentecostalistas de todos os ramos ou grupos. O que ele escreve em estilo m~is fluente, o "missonaro" de sio Paulo afirma nllm linguajar rude. Suas afirmações conferem com o que Ja OU"l em vários templos da "assembl~ia de Deus" quando da celebraçio da "santa ceia". í ~spo" pentecostalista a se acoplar ao 6gffia católico trata a sua "ceia" de "sacramenEle escreveu um artigo numa revista acerca do seu livro A PRESENÇA REAL e diz: "Gastei ano s em estudos e meditaç~o~ .. at~ que finalm~nte um dia recebi uma"iluminaçio, iluminaç~o essatao simples, que s~ posso atribui-ia ao Espirito Santo. Desde entio, passei a despreocupar-me com os dogmas sobre a presença real de Jesus no sacramen .to, ou o processo pelo qual, em meio à celebração-:somos alcançados. Comecei a crer na "presença real" . Ele crê na "presença real"!!! O "bispo" prossegue: "Naquele dia de revelaçao o Es pIri to Santo me deu a certeza de que Jesus estava preseÓte no pio e no vinho"W( ...) "Ao beber do vinho, n~o obstante vinho, bebo sangue do Cordeiro de Deus,· sendo eu através dele novamente purjficado. A graça divina é assim transmitida pelos elementos da Ceia aos que j~foram autorizados a participarem deste mistério". (.;.) "Atraves dó pão e do vinho estamos nós encontrando na presença real de Jesus. Ele bem presente. Quando então nós o recebemos. Quando comemos de Seu corpo e bebemos de Seu sangue". (...) "Cada vez que nos aproximamos da Mesa do Senhor, experi

°

104


;lmentamus de novo \J contacto com Sua presença, Seu perdão, Sda graça. Concluindo, quero frisar que a Ceia do Se-nhor não significa um mero ritual, uma simples c~ rimônia, um símholo ou testemunho, mas um momento "<an t o , sobrenatural, s an t i f i can t c" (como e scre vell Dr.Baillie), quando a graça abundante de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo 6 transmitida por Sua presença real no pão e n0 cálice". S;o declJraç;es que qualquer te61ugo cat61iL~O pode de o lho s fechados sub sc reve r . 'I'e nh o um pe queno livro sob o título: CAT(JLI r

COS CARISMÁ'l'ICOS

E PENTF:COS'l'ALS

CA7Y5LICOS.

E

seus capftulos analiso a origem e o desenvolvimen to do surto c ar i sma t i co nos redutos r omani s t as . :r:; seguir, em segunda parte, demonstro porque o pentecostalÍsmo é simplesmente uma seita católica. O 1í vro A PRESENÇA REAr, desse "b i s po" pen t eco s t a l i s ta confirma minha verificação e dá pleno apoio ~~ minhas conclus;es no sentido de que o pent~costalismu ~ uma seita cat51ica. Repito! Ele n~o ~ uma voz isolada. As declara<;ões do "bispo" ccnsuhs t anci am e interpreLam a generalizada crendice pe n t.e co sta lista quanto a Ceia. Ora, se um ca t o l i co , p,,;- crer na monstruosidade da "eucaristia", na presença real de Cristo nas espécies "sacramentais" est~ impedido de participar da legitima Ceia do Senhor, poderemos admitir a pres~nça de um pentecostalista? A resposta lógica e coerente é pela n eg a t i.v a . A mais rotunda e estrondosa negativa!

105


11 - A PERVERSÃO

LUTERANA

v

A diferença para com a cat6lica romana ~ irrelevante. O luteranismo em lugar da transuhstanciação implanta a CONSUBSTANCIA(ÃO. E diz: dl' fai.o a substância do pão e do v i n t.o permanece, mas ao lado dessa subs tância do pão e do v in110 vem a substância de Cristo. Cristo Se junta aos elementos da Ceia. Em outras palavras, a substãncia do Corpo de Cr i s to ocupa o mesmo lugar que a substância do pão, de modo que uma substância fica junta COM a outra. Daí o termo CONSUBSTAJJCIAÇÂ'O. O pão continua pão e o vinho permanece vjnho a essas espécies Se prende Jesus Cristo Real com Seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade. De modo misterioso Cristo Se torna presente COM os eieme~ tos. Portanto o comungante r ecebe pão e vinho e também recebe Cristo, Deus-Homem. Através dessa comunhão os fiéis recebem em parte a salvação. Muitos motivos me fazem ser batista. Também este! O de os batistas nao se originarem nem historicamente da Reforma Protestante do século XVI. Quando Martinho Lutero surgiu os batistas já exi~ tiam e também por ele foram violentamente perseguidos. É-me absolutamente impossível não ser b a t i s-' ta porque esta Denomi nação nada tem a ver com o protestantismo q~e ~ simplesmente o ro~anisma re~ formado em algumas exterioridades. Ao expor a adulteraçio'cat61ica eximi-me de apresentar a documentaçio clerical e aludi ao meu livro A' M~jJu: exibo [..artoe es'tarrecedor documen~io. Se nao o apresentasse,

106


em vista de ser a transubstanciação descomunal ab -. surdo, que algu~m poderia me julgar um p a rano i co em crise alucinat6ria a ter vis~es. No tocante ~ consubstanciaç~o luterana minha lea Idade de escri t o r e x i ge+me mencionar seus documen tos. E o primeiro de minha referência 5;0 dois aE. tigos da c~issão de Augsburgo de 153Q, a exposição o i c a l da doutrina protestante: Art. Ceia do Senhor- ensinam que o oerdadei ro COY'po sangue de CY'istú ~stão verdadeirc:!!'cnte presentes (sob a forma de pao e vinho) e sao comunicados aos que comem na Ceia do Senhor: . • AY't.III SEGUNDA PARTE - Nossas Iqrejae eao falsamente acusadas de i.er abo l i do a missa. POY'que a missa é ainda »e td.da ent-re nós e ce Lebrada com gY'ande Y'eveY'ência. Martinho Lutero nem conseguiu expungir de seu vocabulirio muitos termo~ romanistas .. A palavra cat.ec-i emo permaneceu no seu 1inguajar e escreveu um catecismo. No PEQUENO CATECISMO di z ... Está lá escrito! Qualquer um pode ver. As editoras luteranas divul gam o livro. Afirma ele: O SACRAMENTO DO ALTAR: -= Que é O sacramento do altaY'? t. o verd~deiY'o COY'po e Sangue de nosso Senhor Jesus Ci-ie to, sob· o pão e o vinho, dado aos cY'istãos paY'a comeY' e bebeY' come: foi i.net.i tu i do poY' Cristo mesmo. , Em 1576 a FÓRMULA CONCÓRDIA ratificou a doutrina protestante da ~de Augsburgo. Afir ma: O cOY'po e o sangue de CY'isto estão veY'dadeira c eubc tonci.alment:e pr-eeent.ee e são verdadei.romen~/]te di etx-ibu idoe e re ceb-i doe juntamente com o pão O vinho. Ô Azambuja, sente-se nessa cadeiY'a ... Senteí

X = Dn

í

=

le

107


se, homem.'Senão você vai cair com o, que eu :vou Ler ... da FORMULA DA CONCÓRDIA:

e

Se a gente não se plantar firme .pode cai r. Es tá esc ri to! Nós cremoti ,

na

cadeira

ensinamos e cpentes vepdadeipos

confessamos que nao somente em Crúto~ e os que dignamente se aproximam da Ceia do Senhor~ mas também os indignos e incrédulos recebem o vepdadeiro coPpo e sangue de Cristo. Ê do romanismo puro com todo o seu ex opere oper~ to. A FÓRMULA combateu acremen te a conce i t u aç ao simbo1ica da Ceia adotada pelos batistas porque consentaneos com as Es cr i turas do Novo Testamento. A FÓRMULA no seu ataque sa1 ienta: Rejeitamos e con denamos~ poP consentimento unânimp- ... que o coPpo

de Cristo na santa Ceia não é pecebido juntamente com O pão ...

na

boca

Nem o ímpeto ecumênico pode impedir os verdadeiro~ crentes evang~licos de se oporem ~ invasão d0 paganismo sacramentólatra (católico ou luterano) e-m seu meio. Na responsabi 1idade de se preservar a pureza do Sagrado .Memorial, devem pelos batistas os luteranos de todos os matizes ser recusados i sua participação. Admiti-Ias ~eria in coerência e criminosa tolerância com a idolatria-:Exatamente por ser a Ceia do Senhor ê que não pode aceitar a companhia cleles. À mesa do meu ljão convido quem eu quero e ninguém tem nada m isso. Se alguém me oferece um almoço .em sua casa e eu levar um colega sem pr~via anuência de meu anfitrião, dou mostras de ser mal-educado. Le var luteranos i Refeiç~o Memorativa, que é a Mes~ do Senhor, ê pecado. E o .1u terano que ace i ta tal convite é hipócrita por par t i c i pa r de um rito no qual e1e crê de maneira totalmente diversa da cren 108

I..


ça da~uele Clpaçao.

que o convidou

TIl

-

ou permitiu

A CONTRAFAÇÃO

CALVINISTA

a sua

parti

~'

Calvino adotou uma posiçao intermedi~ria eno dogma catôlico-Iuterano (transuhstanciaçãocon subs t anc i aç ao ) e a interpretação s i mbol i.c a da "Ceia do Senhor. En~ que o Corpo e o _.san~_e Cristo não estão fisicamente unidos às ~e nemmeramente 530 simbolizados por elas. Ensina que o Corpo e o Sangue de Crist:o e s t a o mística e1 e~piritualmente presentes nos elementos no ato d~1 o comungante recebe Ias. A1nda segundo Calvino, ~-CristõespTri tua lmente presen te nas espécies da ~eia concede graça aos seus participantes; graça essa impossível de ser recehida por outro,s meios. Embora a presença de Cr-isto nos elementos da Ceia não seja urna p r e s e n çn física, e s i m espiritual, não de ix.i de ser uma presença real e verdatre

dei ra. Em cons equenc i u , a Ceia ê SJNAD e 88[,U Jr;' Obra Redentora de Cristo. Ao tomar da CQia o (!Q: munga;:.;' c rendo, recehe a pai s em decorr~nci a a preSt~nça e!;pi ritual de Cri s tQ-.D.âS-.eSpéci e s , constitni-se ela "mei~_st~_~alt. Ne~se S!:E. tIdo o calVInUlITlo julga-lhe correta a de s i gn a ao

--graça.

ç

de SACRAMENTO.

A teologia calvinista, também no tocante Ceia do Senhor. ~ aceita pelos presbiterianos, tocli.stas e outras ~s· do p-r-G~!ltaíffIsmo. Nio fujo i prova desta minha Bssertiva!

ã me

--

109


Lond re s , Ca p i ta 1 da Inglaterra, nas depen dê~ias da Abadia deWestminster; entre ~~~e--d; llli-e_Fevereiro de lM.Q..,convocados pel o parla-) m~nto. Inglês, reun~r~m-se celebra~~s teólogos ~re~ b i t eri ario s em coric i.Li.o , a As sernble i a de Westnnnster. Coube ao Parlamento convoc~-la por ser ent~o a Igreja Presbi teriana a r e Ii gi ao oficial do Estado nos Três Reinos. Quis-se renovar a rase dos s~culos IV e V, daqueles conc!lios famosos, como os de Nicéia, Constantinopla, Éfeso e Calcedônia, que geraram credos e confissões. . A Assembléia de Westminster produziu uma CON SÃo DE FÉ e· os CATECISMOS. A p r i mei ra a presen+ ta 'um pequeno sistema de teologia. Esse sistema ~ conhecido pelo nome de calvinismo. por ser o que João Calvíno ensinou ...", de acordo com decla 'ração expressa contida em a Intr~dução do voLum~ que, em 6a. edição, de Fevereiro de 1980, a Casa Editora Presbiteriana (8;0 Paulo, Brasil) divulga aos presbí teríanos bras i leiros. Se reconhece inquestionavelmente s e r c alv i n i s t a a teologia presbiteriana, a Introdução outrossim ao relançar em 1980 a DECLARAÇÃO DE FÉ, admi t e+a atual e própria para os fi~is presbiterianos destes dias. Os Cate cismes, igualmente elaborados pela Assembléia de Westminster, no estilo r omaní s t a de perguntas e r espos tas, tornam ace ssI veis ao comum do povo as doutrinas càlvinistas-presbiterianas~ Na sua Pergunta 162 proporciona esta definição: Qsacr.amento é uma.eanta 01lQ<irJª!2ça_il'u;tiLu/da por CY'i!il.o nC?: sua IgY'eja, p(!J:'a s1.:gnificar; seUM POUCO 0>; HI STdRI/Em

'~fe1'iY'

aqueles

ça os bene i'i eioc 10

que ee t.ao no pacto

da mediação

de Cr-i o to ;

da grapara

oa


lJ

[oi-t.al ecer e Lhee aumentar' a fé e toda~ as mat.e qraças , e os obx-iqa» a obedi.enoi.a; par'atestemunhar , nut.r-i r o seu amor' e comunháo uns com os ou' tl'OS, e par'a distinguir' entr'e eles e os que Gstão de for'a. Em resposta i Pergunta 161 ° Catecismo Maior se p ronunc i a : Os sacrramentos ;tO"1'nOln-ae meios éIi:~aZP8 para a salvação nao pOrque tenham poder' alum em 87. ne;; por virtude alguma derivada da pi!L a c ou da in tençao de quem os administra, mas urri camenl:e pela operação do b'apúito Santo, e pe.a b:?nçâ'o de Cr-i.o t.o que 0.'1 in.at?:tl.du .

•• l)

i\C\lPLA:1F:'.JTO

CALV INO-PRESB1TERfANO

-

As de-

finições

da

MAlOR da I grej a Presbiteriana efetivamente se acoplam aos nsinamentos de Ca Lv i n o , '~~scordoude Zwin lio de

CUN/'IDSÃO

DE: P{;

t'

do CATFCISMO

'--"'--...-----

-

------

l,utero, adotando um compr orm.s so entre as propost~os doi s . Sob sua inf luência direta a CONPISSÃO FRANCESA de 1559 estabelece: 'N(js cJnfessamos

dois fJacy>amerdoa comuns à Igrreja toda, dos quais o primeiro, () ba t.i emo, é dado como penlio r de nossa adoção; pois por ele eomon enxertado.'-Jno cor-po de Crú;to, de modo a .een lavados (:? pur-ij i aadon pe l.o seu eanque, e renovadoe em yUl'C.c;a de vida pe l.o seu San to Espir-i &0 ( ••• ) Nos Cl'e mo.':, como foi dito, que a Ceia do- Senhor, como no bat.i emo, Deus nus dá rrealmen te e de fato o que ele al.i no.c; etxpoe e que oonnequenbement:e com estes «i.nai.e é dada a vecdadei ra possessão e' gozo de tudo que eles nos rrepl·eHentam. E assim todoa que trazem uma fé pu.l'a qual vaso, à sagrada mesa de Cr i e to, recebem uerdadei rament:e aqui 7..0 de que nomeri te

j

111


ela é o sinal; porque o corpo e o sangue de .lecu» Cristo são comida e bebida à alma não menus do que pão e iri.nho nutrem o corpo.

UM TEÓLOGO PRESBIH.R. í i\\J\) 131\,\S iAliredo Rnrges Te i xe i r a de d e s La rad o ren~ me l1o~rc~hiterlanlsmo brasileirc, e~ sua DOGMÁ7'TCA t:VANCtj,j,,'A (S;'o Paulo, 1958). às pági~ 281-282, no il1~t:ltável e irrepr.i.mível s t i lo calvinista, procura explanar o enfoque C!O SINAL nos "sacramentos" por supo+Lo s "sinais visíveis da graça invisível", estribando-se na tradução da frase de Agostinho: oiqnum lU:[;1:b-iJe invisibilis gY'atiae, como o hierarca de Hipona definia o "sacramento": "sinal visível da graça invislvel".l:Io!:: ges Teixeira outrossim prossegue: "Assim nos sacr ame n t o s o graça estão s~mpre jl~ntos porque tanto os S1n31S sem a graça nao constItuem o sacramento, como a io f e r t a d a graça sem o sinal é pregaç;:;ü' do Ev ange J ho mas não ê s acrarnen to" (...) "O sacramento não só anuucia a graça, sendo um si. na I dela, mas afirma a sua posse. por parte de. quem a recebe e aceita cumo ~ anunciada e oferecida no símbolo sacrameotal" (...). "Como o selo em um documento significa que ele esti garantido pe16 governo do país, assim os sacramentos são o selo que Deus põe ou oferece ao crente para confirmar o seu interesse ou a sua parte nos bene f i cios de Cr i s to" (... ) .:."C~o mei o de g~a, porém,' tOda0' as Igrejas estilO de acordo so~re. o·valor.inestim~ vel dos sacramentos. Todas creem e enSloam que el~am instituídos com o fim de por a alma e contacto com Cristo e receber os benefícios do seu -Scrt:FÜíCiO expiatorio e v i ca r io . Uns entendem, p.s: PRONlJ\C [A-SI':

,EIRO

-

é

i;

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112


rem, que esse contacto

~ ffsico; outros, que e es

piritual". O BRASIL PRESBI'1'ERIANO~ 6rgão da Igreja Pr es b i t e ri ana do Brasil, demonstra ser es sa a sua per manente linha de pensamento afinado com o ca1vi= n i smo , quando em s.e.u......1l2 _11, de NoveruhrQ..~ 1981, di z t ex t.ua lme n te sob a e p i gra f e A CEIA DO SENHOR: "O corpo e o sangue de Cristo estão presentes ã fé do comungante, tão verdadeira e realmente.como os elementos - pão e vinho - estão presentes aos seus sentidos. A presença ê. port~rtt:('), espir'~tua,17/1 e não corporal e carnal; como enSlna O rórnafilsmo'Y

I

~EM DIREÇÃO DA CEIA - E em consequência

ÁI

desse acopfamento presbiteria no-calvinista quanto ã definição de "sacramento"-:ocorre identidade completa também quanto ao enten dimento no tocante ~ Ceia do Senhor. Com efeito ~ C~eeismo presbi teriano ã Pergu_n.I:1L161L expõe seu concei to atinente ã Ordenança Memorativ?: A Ceia do SenhoY' é o sacY'amento do Novo Test~ento~ no

qual~ .dan~-~e_e Y'eceb~ndo-s~ pão e .vinho~ confo~ me a ~nst~tu&çao de Cr&sto~ e anunc~ada a sua mor te; e~ os que dignamente p'grtic.ip,~r:k~Umen= tam-sé do corpo e do sangu~CY'isto para sua nu Úiçao espiY'i~ aaescimento -nagraçã;- tem eua un&ão e comunhão com Ele confirmCid.aa;testemu nham e renovam a sua gY'atidão e coneaqraçao a Deus e o seu mútuo amor uns com os outros~ como membros do mesmo corpo mistico.

a

Sob a Pergunta

170 vem o seguinte

enunciado:

Desde que ó corpo e sangue de Cristo não estªo~ nem oorpona L nem cama Lmente~ pve sen tee no pao com o pão ~ ou debaixo do pão q vinho na Ceia do j

."

j

113


Senhor, mas sim espiritualmente à fé do comungante não menos verdadeira e realmente do que c s tão os meomos elementos aos seus sentidos, assim os que di qnament:e part.i cipam do eacramenio da Ceia do Senhor ne Lc se alimentam do corpo e do sangue de Cr-ie to, não de uma manei-ra corporal. e caI'na I, mas enpi.r-i tual ; contudo vevdadei.ra e realment:e , visto que pela fé recebem e aplicam a 31. Cr-i e to cruci.f'i.cado e iodoe os benej'Lcioe de sua morte. No i tem VI I do c ap i tu l o XXIX sob a e p i g r a f e A CEIA DO SENllOR, a CONFISSÃO DE pg, mal s ou me-

1

nos com as palavras da exp l i cacao da Pergunta ~70, expõe: Os que comungam digll([Jlente, part-icipando

e~~e .dos etell/ent~l; v:-EíiJ~_ deste_::..acra-:mcnbo , ~m I'eeebem 'L.nÜlI/amente,-.l?6'-~ÇlJ~ a---c=ç.7.;; t~ificado-etOãOso::; benepícios da .--:ua !'/~)i"'(!' é nele se al-imentam, nao carnal ou CÕy'p01'c::.lmentZ." mas real, verdadeira e espiritualmente, nao eetan do o corpo e o sangue de Cirie to , corporal. e cal'=nalmente nos elementos pão e vinho, . nem com eles ~

ou sob eles, mas espiI'itual e I'ealmerzte presentes

à fé dou crentes nessa ordenança, como estão os própI'ios elementos aos seus sentidos cOI'poI'ais.

MEU PROTESTO

DE AMIZADVrenbo anngos nos espaços presbiter i ano s , Mui tos deles honram-me com demonstrações especiais de respeito e de calor humano. . Algumas pessoas deram-me um conselho. Aliás, sempre me dão mui tos conselhos. O conselho espe~ cifico foi o de evitar tratar de assuntos secund_ rios que marcam as divergências denominacionais .. Destarte, sugerem-me, teria eu livre curso em to das as denominações evangélicas e protestantes e 114 a I i

_

--.,.,.-:"",


)

desfrui ria de.mu ito mais oportunidades de pregar Evange lho. Debatendo esses assuntos ã seme l h arrça deste do presente enfoque, vpu reduzindo cada vez mais () cí.n:ul(!das possibilidades d~ ~e~ tra)balho e afasto am~gos por me tornar antlpatlco. Ouço os conselhos. Considero-os. Analiso-os. Submeto-os a uma triagem ao crivo das Escrituras. for o caso aceito ... Nas minhas 1ut as não es tou mui to p reocupado o resultado diante dos homen~. Se serei venc~ ou vencido. Se na con ce i tuaçao humana "ao ve}! , (L.nor as batatas" e "::li! dos vencidos (='\Vae vlcl/:'" urn nada me af e ta rao os aiel l ! Urna me i a dúzia d ;Tl<lis de a i s l l : não faz lã tanta diferença.Seme vierem batatas irei plantar batatas antes de a~odrecerem pois numa fase de tanta carestia que se multipliquem as batatas e se embatatem os estômagos vazios. _./ Nem cui:A9-.d~dade. Dispe:.!2~ __~2..~u\, sos~ zorn~_~~_S __P,?S.l çoo s em.y~s!:o_~.~enominac.~~~ais \e nao preC1SO de voto de nlnguem. '--Cumpr O llleudever. Át duo-dever. Mui to acima de minha fragilidade. Preciso bradar contra os desmandos. Contra as deturpaç~es da S~ Doutrina. 'Revolto-me com extrema i nd i gn aç ao ao verificar tanto tri píid i o sob re o Lvange Lho e. em nome do Evangelho. Tanta prostituiç;o da Palavra de Deus. Tant.o mercenarismo. Tant~ ~burguesamento e .mate rialismo nos meios evangellcos. Tanta carol~ce pieguice nos moldes do Dulçor. Ao embalo ecumênico-pentecostalista proclaam que_tudo ê igual. De:g:açad~~~nte cheguei .ã nclusao: .. de fato tudo e 19uaL.. A apo s t as i a assaladora nivela tu~o e todos ... Bom! Deixemos isso de lado: Voltemos ao as-

/1

' 1

115


sunto! Se me fosse dada a ventura de continuara des frutar da amizade dos presbiterianos, considerarme-ia sumamente honrado. E mais honrado se eles ao lerem este estudo, se pusessem diante de Deus, fossem quais bereanos examinar as Sagradas Escri~ turas e resolvessem entrar pelas veredas da incon dicional fjdelidade aos ensÍnamentos da Palavra de De~s também ~o concer~nte às Ordenanças. Se algum ao ler estás páginas se revoltar a mim ... Paci~nc!a! rie fato nio era meu amiMascarava-se de se-lo~ Já escrevi por aí. Não sou dono dà Verdade. O Senhor da Verdade tamb~m referente ~.Ceia Memorativa ê Deus, o Senhor das Escrituras Sagradas. Este meu livro, na rota dos anteriores, S~ entro~ ca nas Escrituras. Sem suhterfGgios, sem influ~n c i as s e c t ari as , sem resíduos de "confissZ;es" . o~ "declarações conciliares de fê" arraíga-se exclusivamente na Palavra de Deus. li

RE])i\TES E~I Tt)P I COS ~ A t e( 1 I ()g ia Li] 1v i-~-------. -n i ao a esposada pe Ios presbi terianos e me t od i s tas, ao sab o r ca t01 i (:1). chama o Batismo e a Ce i il de SACRIiMt:NW). Ora, este termo ausenta-se da "linguagem sã" com que se deve expressar a "sã Doutrina". De mís tc:!rser a Palavra de Deus exposta com.as palavras de Deus. Em sua Todo-Sufici~ncia as Escrituras, ou claramente Ou por infer~ncia, nos oferecem rica terminologia para exprimitmos e transmitirmos seus ensinamentos. Escusam-nos o recurso ao vocabulário religioso pagão. Embora o termo não seja encontrado diretamen 116 11

.~


te nos registros alusivos ao Batismo e ã Ceia, por dedução lógica e consentanea com as Santas Le lras cognominamos os dois Ritos do Novo Testamento de ORDENANÇAS por serem prescritos pela Autori dade de nosso Senhor Jesus Cristo. Encontram-se~no Novo Tes~amento ç~b~ 105 em nosso ve rnacu lo t radu z i dos por ordena..tl,Qa: DIJ<AIOMiJ. (= decreto judicial) em Lc.l:6; Hb . 9:1, <l(); QJ..6Tf!GU.E (= arranjO compl.eto) em Rm.13:2; ,PA.RADOSIS (= ~ntrega, coisa confiada a algué.m) em I Cor.ll:2; DOGMA (= decreto, preceito, determinação e d~gma) ~m Ef. 2: 1~; Cl. 2: 14; Cj:L5.1.1J (=~quer COIsa feIta) em I Pd.2:13). ' , Ordenança (decreto ou mandamento), por conse glJinte, nas Escrituras ~.llma palavra que se refere tanto a leiJL.çivis como d i.vina s . E ê na ac ep+ ção de mandamento 1 i tútgicQ q1le nós ~adotamos e e~ relaçao ao BatíSrnõ e ã~ porquanto ambos sao de fato mandamentos preceituados por Jesus Cristo conforme facilmente deprendemos de Mt. 28: 19: Lc.22:19; I Cor. 11:24 ss , Neste caso, Ordenança é um ato ritual instituido, celebrado e ordenado, mandado ou preceitu~ do por Jesus Cristo para ser observado pela Igre_____

o

ja.

Em contraposição todavia o vocãbulo SACRAME'~ ampl~ uso n~s domínios uoutrinâ:-ios ca~óli cos a partlr do seculo 111 com Tertullano, e de . orlgem paga. , Primitivamente significava a multa Q..'1:ga aos deuses ~sitadan~~~os do pontí.fice pelo--in dl-~perde~or de-~manda ouapõSta. assi; incorporandS-se ;~te~~o is priticas ict61atras. Pe 10 fato de' remoto paganismo o juramentó constT t u i r-se em ato rc l.i g i.cso , a palavra sacramento

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117


era aplicada ao juramento de fidelidade feito pelo soldado ao seu comandant e . A recriminar o JUrar falso o poeta latino Horácio adotava esta fra se: peY'fidum eacramen ium di oerc (= proferir um falso sacramento"). O clero católico prima por embrutecer os seus fiéis embaindo-Ihes a crendice com o ardil de fun damentarem-se suas doutrinas nas Escrituras Sagra das. E desde que o vocábulo eacramen to é um ter=mo-chav~ no contexto de sua Idolatria, d ec i d i u to p~-lo na BIblia. Te-Ia-ia encontrado? Achou-o da seguinte forma! O original grego do Novo Testamento traz po~ 27 vezes o vocábulo MYSTERION em nosso idioma ve~ ) tido por mistério. Jer~nimo, do século V, preparou e divulgou a sua tradu~Escri t u ras conhecida por Vl!Ji~i~l!l.!Sempre, desde bia t eu s a Apocalipse, Jerôn imo traduziu o MYSTERION grego por MYSTERIUM .12 tino. Contudo em Ef es i os , em quatro das seis vezes em que o termo aparece, ele traduz por SACRAMENTUM. P:Edi10so, Je~ssim fez em preparaç~o do caminho para a lição em Ef.5:32 onde chama o casamento de S4CRAMl:JNTUM. Dessa forma o vocábulo da antiga nomenclatura pagã foi incorporado e assimilado pela teologia católica, não meuo s pagã, agr avad a com a mistificaçio de, adulterandu-os, empregar termos biblicos. O catolicismo usa o termo "sacramento" por admiti-Io na qualidade de um sinal serisfvelou ma ~~:!:~-1u~r:~;~~f~~a~e~~~~~~p~~~~~~~::':~-~!rà_~~:

supõe residir a deidade a matéria, 118

na mat~ria e que po: 1SS': o."sinal sensivel" seja capaz nao so


de simbolizar, mas também de conferir a graça ou o poder sobrenatural ao esprrito humano. Já se vê: O sacramentalismo católico, ou pro {estante ou calvinista-presbiteriano é anti-evan=gêlico, herético e tendente ao materialismo grosseiro. Tudo isso por supor que o sacramento pos+ sui qualidades divinas sendo meio de graça ou capaz de transmitir bênç~os divinas ~queles que dele participa. Portanto, entre essa sacramentolatria cat61ica, protestante ou calvinista e o Espf ri t li a I C r i s t i a TI i s mo d e C r i 8 t o c a v a - s e o i n f i n i t-; ahismo da irremediável diverg~ncia e da intranspo nIvel irreconciabilidade. A pcs ao dos verdadeiros batistas sohre as Sagradas Ordenanças, Bat ismo e Ceia, é o supremoe glorioso baluarte da Espirltualidade do Cristi~ nlsmo. Sem c ons ide r a+La "sacramento" reconhecem- na os I Ídimos b a ti s t as como 11m ato de ob ed i e nci a il r e velar ré, ins rrumcn to e s t e com " q u a l nos apr,,~ p r i amos da Graça. ~ com a I L'Or'l,,;'o . da" Ordc-nanças fomenta-se a fe e desse m()do revlgora a consciência da Cr ac a no crente. A Graça que nos sustenta em unl;o com Cristo.

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2) - !\ teologia s ac rament Sl a cra c a lv i n i s t a ~patente! El~ esp~sa O ~ocáb~l? 8ACRAME'N'FO na su plena conceltuaçao paga-catollca. Lemo-Io nos seus documentos oficiais há pouco trasladados em páginas anteriores. Se se quiser é sõ voltar a elas e relê-Ias. Para os presbiterianbs de critério calvinista, o "sacramento" significa, sela e, confere (= outorga, di) os heneffcios (ou seja,a graça) de-

119

, /


correntes da mediação de Cristo. Aumenta a fé e "todas as mais graças". Pela "operação do Espírito Santo e pela bênçao de Cris tO", "os sacramentos t o rn anr-s e mel os eficazes para a salvaç~ot1. são "sinais vi~íveis da graça invisível". É sem quaisquer ernb u o s a pura sacramentolatrÍa católica é pagã. É vc r d ade ' Es po c i Li c arnc n t e q u a u t . ;l C,-,id " ra I v i n i smo p r e s b i t e r i ano r e cu s a a p r e s cn c a I í" i (';1 de Cristo nos moldes t rans ub s t anc iaci on is t a (l'atl~ lica) e consubstanciaciul1ista (luterana). Pnr~m, acredita em sua presença'espiritual nos elementos de pão e vinho e, consoante sua teologia, "assim os que dignamente participam do sacramento da Ceia do Senhor nele" (no sacramento) "se alimentam do corpo e do sangue de Cristo, n~o de uma maneira corporal e carnal, mas espiritual; contudo vetdaJeir:a e rcalmt'nte...". Entre a s ac ramcn t o lo g ia e a t.olica L: a p rcsb i t e r i an a há a penas a segui n t e diferença: o católi=co cr~ na presença fisica, corporal, carnal de Cristo nas esp~cies e quando comunga a h6stia cr~ que recebe física, corporal e carnalmente o próprio Cristo. O presbiterianlsmo (sem se excluirem todos os adeptos da teologia calvinista ligados a outras denominações), o presbiterianismo recusa a presença fisica, corporal, carnal de Cristo nos elementos, mas crê na sua presença cspirít"lla1 de mane i ra a o comungante receber e ai inent ar-xe corpo. e d o sangue de ~,-ist\). Em c<)[lse-<\~Iêl~l"í;l. c~e~J acredita que, como meio de graça; a Ce i a o lllll ml'!,L eficaz de salvaçio. .. ·Pergunto! A p rescn a e sp ir.i t ua l n-;ill é :';;0 verdadeira e real como a Is i ca llll co rpo ra I ou carnal? ç

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120


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Deus ~ EspIrito! E em sendo Espiritual.deixa de ser Real? A nossa alma não é esp i ri tual? Em Seu Espírito Jesus Cristo permanece entre Seus discIpulos. Por ser em Esprrito nio ~ Real e Verdadei ra Sua Presença? A conclusão é óbvia! Intergiversível!!! lmtlvel!!! A sacramentologia calvinista é tão pae materialista quanto a cat61ica. ' Eis o motivo porque os calvinistas teimam em adotar e usar o vocábulo "sacramento" herdado da nomenclatura pagã.

3) - Desde sempre, desde .Je sus Cristo, ou melhor, desde João o Ba t i s t a , no decurso dos sécu-Ias, suportando crude li ss i mas perseguições, um püvo, conquarito no passado adotasse outras denomina ções, um povo de valentes sempre esteve na estac~ da da defesa intransigente da Espiritualidade do Cristianismo. Sua polêmica acérrima,a batalha mais aguerrida e mais prolongada dos séculos no sentido de evitar, de barrar, de impedir a paganizaçio do Cristianismo pela sacramentolatria de qualquer naipe: cat~lico, luter~no, anglicano, calvinista. Esse indômito povo sabe que as formas deturpadas do Cristianismo se constituem no mais sério e pior inimigo do Cristianismo Espiritual de Jesus Cristo. Inimigo por tantos escolhido como o suhstituto preferido da adoraçio em Espírito e em Verdade. Esse povo her~ico ~ o povo batista!!! Povo que não troca a Realidade nem por uma linda tela. O nu t çor , já nosso conhecido, temumaoutrape culiaridade. Casado com uma belíssima mulher, foi

121


a um fotógrafo'. :-Jãodesses fotógrafos de pé-deescada, de foto de 3x4, de jardim pGblico ... Nao desses fotógrafos afobados de reportagem de casamento ... Foi a um fotografo artista. Tirou lã no sofisticado studio cllnsiderável quantidade de fot og a f i as da esposa amada e idolatrada.i'odas coloridas. Em muitas poses.,Com a mulher trajada de \lários vestidos. Rebocada de diversas maquilagens que lhe realçassem as muitas e diferentes qualida d s estéticas. Renovaram-se os penteados. ~luita~ v e zes em mui tos dias levou a boneca a o fotógrafo artj.sta. ~hegaram as provas. Aos montes. Benzinho,dei xa que PU eeco Lho. Quero a mel hor . Eu sei ets co-: r

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'

lher. A do mpu gosto. Também tenho senso artísti/

co.

Lá varava noites seguidas nar as selec;o

o Dulçor

fotografias. Ou melhor, as provas foi t r ab a l h o s i s s i ma . Todas muito

a e xamr-: delas. 'lindas.

A

O fotógrafo é um artista. O modelo "lindérrimo". Esculturál. Enfim, o Dulçor conseguiu separar quatro. Ca da uma um deslumbramento. A própria esposa se en=can t ou . ~!lIitos

outros dias de te b r i v i t an t.e b n t a lbn . Das (1I1a t ro qu a 1 a me i 11o r ':~1i rav n+ as , pl' rs cr u L1V;Ias. r.xaminava+as , De perto. À distância. Com lup.r . Sllh refletores. 0::1 s erni pen urnb ra . íi i nn t « da j ane la . Depois de tanto trabalho, de t an t::l,CLlnCellL 1';1 çao, de tanta perplexidade, decidiu... Elegeu uma: inegavelmente Dulçor tem alma de artista. Preferiu de fato a melhor. Fac-simile de sua lindlssima e monume u t a 1 mulher. Pa rab en i zou+ o o fot6grafo artista pela feliz escolha. Não tenho pressa.' Nem quero agora saber o r

122


------preço. Cus te () que CUB t.ar. Pago qua I.quer preço. Quero um postep do tamanho de ]~80. Se nelo sa1.-r bom, recuso e nl1da pago. Sou exigente. Minha mulher merece um por;ter'art.ie t.ico que expresse real mente o original. Da 1 i a duas semanas pron to o pos t e r . Uma de~ lumbrância. Nem Leonardo da Vi n c i faria tela seme lhante ~ fotografia ampliada. Que Leonardo da Vi~ ci?

! l ou+o l)u1 o r 11:1 a/a p r i n ci p a l , !,)I1,)s s'p i l h arn :11' ("'I~tl'ml,lâ-Il). Ou Lç or \I i \IV a I ur i 11;\(\,1. .vpa i XOnl\II~~l' Pl' I" Pl)!, Sua p a i x ao (~ t aruanh a que' esfriou seu l;ncanto p _. a , 1\ a .i ahu a r ig i (i!ll: ' .. /

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rnos u r a e s t a ma r g i n.i l i /. a d a p•..l o rna r i l.: . i'orll mendo ódio ou ~OSLt..'r, seu rival às afcí\õUs i

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Ju Dulçor. Quer rasg5-1o e atir~-lo ~a lixeira ... Pode ser linda na sua r i t u a l Ls t i.c a a missa cat6Jica c certinha a celehraçio Ja ceia calvini~ ta. Em toda a sua apar~ncla a ceia calviniana pode se assemelhar ã Ceia do Senho'r. Contudo, o ri~ tual caLvinista ~ poster. ~ artificial. f adulte raç~o da realidade. O pior atentado ao Cristiauis mo são as aparências dele criadas pelos homens ra perverte-Ia.

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Chamem-no de radic . Intrans~te. Ex ua rado. Fechado. Bitolado. Opõvõ b a tis fã-pq'V()q-U-e-'-c~;;--sa;;g:~ e heroi smo defende o Cristianismo Espiritual sem quaisquer comprometimentos com a sacramentolatria. Por isso alonga-se a fila de se~s m~rtires porquanto o sacramentalismo cat61ico-luterano-cal 4)

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vinista tem siefo'a mais terrível e bárbara causa ~ de intolerância. A "santa i n qu i si.çao"católica te~ ~\ essa origem. A FORMULA DA CONc6RD~6, exi ~ be seis páginas de doutrin~ c~nsu~si~nciac~nis~

e ataca asperamente a convlcçao blbllca dos batl_ tas concernente ao simbolismú da Ceia. Com efeito, supondo-se haver remissão de pe~ cadOS e salvação na água ba t i smal e nas espécies da Ceia, quem nelas tocar é s ac r i lego , blasfemo, digno da masmorra, do banimento, do vjlipêndi~. O . clero católico queima seus hereges. Martinho Lut!::. ro secunda'.o exemplo. C~a1 vi no assopra a fo.~ ~. 1" . ~ ~.ra d Serve. Cato lC1.SmO e p ro t es t an t i smo se ___ . • _ • _. -.J cobrem da ma~s abjeta macula da H~stor~a: sao assassinos dos que negaram a f~ na sacramentolatria. Na trajetória,dos seculos o pnvo batista tem se postado intrépido na luta também contra os cri pto-sacramentólatras obstinados em se infiltrar no seu ·seio. Na postura de defesa do Cristianismo Espiritual esse povo ind~mito ergue o postulado estrita mente b ib l ic o de constituir-se no simbolismo dos seus elementos a Ceia do Senhor o Instituto Memorial do Sacrifício Remi do r e Vi ca ri o de Jesus Cristo. Seu permanente e fervoroso testemunho e erguido contra o falso evangelho de salvação pelo batismo ou quaisquer "sacramentos". Ordenança solene, Rito instituldo, celebrado e ordenado pelo Senhor no santo objetivo de, nos símbolos de pão e vinho, comemorar aSua.Morte E~ piatõria e Substitucionâria. No desenrolar de seu singelo e tocante ritual ela dramatiza est a pro+ funda Verdade: o Unigênilo de Deus feito Homem morreu por nossos pecados. Nesta dramatizaçio a Ceia Memorativa ensina-nos por meio das espécies

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124 ·


simbólicas do pao e do fruto da vi.de, simples emdes ti t u i do s de qualquer capacidade de po r si comunicar a Graça, as sublimes doutrinas que a pregação do Evangelho proclama em palavras expre~ Slvas. , pão . ,'. rmhgl?? e~~ re~gurar fatos da fe. A Ceia do Senhor,' consoante a conceituaç~o do povo batista, concorde, de resto, com os infor mes do Novo Testamento, é o testemunho e1.oquente da pura e genuína' espiritual idade do Cristianismo consubstanciada na FÉ. Fé outrossim gesto íntimo dessa pura e'lídíma espiritualidade. A salvaçio ~ pela Graça. Exclusivamente pela ~raça. Proclamam-no as Escrituras. Brada-o Paulo /Apó~tOlo em Ef.2:8-9. _ i Do plano da salv&çao fora as obras! Fora os 1,,--( méritos; (Que méritos? O pecador poderá tê-Ios?). Fora os ritos e as cerimônias religiosas supostamente dotados como meios de graça! No passado as solenidades religiosas de Israel escabelecidas por Deus, incluíam sacrifícios de t cu ro s e bodes. "Sombras dos bens futuros", contudo ineficazes i salvaç~o. Desta inutilidade decorrente da falta de méritos' e valor intrínsecos Paulo Apóstolo discorre: "Todo sacerdote se apresenta dia após dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar pecados" (Hb.l0:11). " ... é impossível que o sangue de touros e de bodes tire pecados" h lemas

( H h .) () : 4 ) •

.

/ Se àquele sangue de cerimônias instituídas 10 p:õ~rio D~us carecia _poder salvador , de_igual orma e lmposslvel que a agua batismal, o pao e o nho da Comemoração Ritual tirem pecados.

-------------125


Os elementos das Ordenanças: a ~gua do Batis mo, o p~o e o vinho da Ceia, n~o t~m qualquer po~ der próprio, inerente ou intrínseco, para salvar e perdoar. Nem esta capacidade salvrfica e santificadora lhes é atribuída pela fé do sujeito das Ordenanças. A salvação ê pela Graça. Exclusivamente pela Graça. Graça outorgada pe1a instrumentalidade da Ff. F~ que tamb~m ~ dom de Deus. Ningu~m cr~ sa1vificamente porque simplesmente quer crer. O~ por merecer crer. Embora o ind i v Iduo se j a 1ivre pé! ra rejeitar o dom da fê, ele somente cr~ pela Graça. À Graça vai-se pela fé. " ... obtivemos tamb~m nosso acesso pela fê a esta graça, na qual es tamos firmes ..." (Rm.5:2). Somos justificados e salvos pelos Méritos do Sacrifício Remidor de nosso Senhor Jesus Cristo. E nossa apropriaç~o desses hens espirituais nos atingem pela instrumentalidade da fé . .--Senhores ca lv i n i s t as l, os "sacramentos" não ão meios eficazes para a salvação". Nunca! .lais!!! Em parte alguma das Escrituras encontras semelhante refe2:"ên~ia.Nem o mínimo indício semelhante referenc~a. A concei tuação sacramental ista das Ordenanças anula a doutrinada justificação pela fé. Contudo elas, as Sagradas Escrituras,são elo quentes em anun ci.ar : "Justificados, pois, pelafe, tenhamos paz com Deus, por nosso Senhor ~esus Cristo, por Quem obtivemos tambem nosso acesso pe la fé a esta Graça, na qual estamos firmes, e glQ riamo-nos na esperança da Glória de Deus" (Rm. 5: 1-2) .

Rm.4 realça o fato l~ do Velho Testamento de haver Abraão sido justificado, sobejamentejusti126


.\

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.

ficado, antes de se sujeitar a circuncisao. E a Epfstola aos G~latas sublinha a verdade de que t~ dos os gentios, ao crerem em Cristo, SilO filhos de Ab raao , isto é, são salvos, como II foi Abra;o, antes de qualquer rito. Nunca haverá outra condição para se ser .: vo, 31~m da f~. E a norma divina desde sempre ~ para sempre. Desde Abraão. Nada de se interpo1 /1( qualquer rito entre a alma e o gozo da salvação. As Ordenanças, embora de valor reconhecido em seus devidos lugares, n~o tim o mfnimo poder de salvar, n;o ajudam na salvação e nem a preservam. Nem santificam quem quer que seja. Seria um nunca terminar este tópico se quis~ssemos alinhar textos escriturrsticos acerca da fé como o único instrumento através do qual Deus nos confere Sua Graça. É o postulado fundamental da Espiritualidade do Cristianismo de Jesus Cristo. Postulado que o princIpio vital, magno, do p~ vo hatista por cuja sustentaçio her6ica tem se imolado diante de cruéis perseguições também da inquisiç~o luterana e calvinista. As Ordenanças não salvam. Não comunicam qual quer graça. Delas devem participar os j a salvos, os j~ agraciados pela justificação divina. João o Batista fez dos hom~ns discípulos an~tes de batizá-Ias. Jesus Cristo fê-los discípulos antes de batizá-los (Jo.4:1). O Batista fez discípulos po r il eva-To s ao arrependimento e ã fé (A ., 19:4). Nosso Senhor Jesus Cristo segue idêntico método divino: fez discípuios mediante o arrependimento e a fé (Mc.l:15). É o mandamento de Cristo: " ... i.d e f aze i, dis c pu lo s ..." (Mt.28:19). " ... batizando-os ... ensinando a observar todas as coisas que Eu vos teç

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127


nho mandado" (inclusive a Ordenança Memorial) ... (Mt.28: 19-20). A Ordenança Mernorial que vem depoi~ de haver o pecador recebido a Graça da Salvaçao ...

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Ci tei e transcrevi definiç~;es de fé, ca tecismo, pronunciamentos de teólogos lvinistas. Longe de mim a id~ia de encher p~gis a engrossar o livro! Objetivei comprov5r docu mentalmente meu resumo do pensamento do calvinismo sobre os "sacramen t os " em geral c em part icular a Ceia do Senhor. Ningu~m poder~ pOlS negar ser essa a crença presbiteriana. Ora, nesse documen t àr i o mencionado e trans- \ crito destacam-se, a I em do vo c ab u lo "sacramento", os termos S1NAL, SELO e PENHOR por admi ti rem os li} c a l v i n i s t as serem as Ordenanças "sacramento", si- J nal, selo e penhor. No entanto, em parte alguma das Escrituras as palavras sinal, selo e penhor sao atrihurdas ao Batismo e ã Ceia Memorativa.

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Abro as Sagradas Escrituras! As do Novo Testamento! Deparo-me com o verbo SELAR correlato de SELO. N~o se trata, ~ evidente, daquela vinheta móvel de papel que se cola em documentos públicos e nos env~lucros da~ cartas a provar o imposto p~ go ou paga a tarifa postal. Selo e sigilo procedem de uma un i ca palavra atina: SIGILLUM que significa confirmaç~o, 'atestado, la'cre, guarda em secret'2,>--_ inviolabilidade. Seu verbo correspondentê-q'~~' di zer confi rrnar , atestar, laç~L-guardar em secreto ou inviolâvel. --- Ora, nas Esc~estãilleOtoover bo SELAR, correlativo do substantivo SELO, é atri 128


burdo a uma das operaçoes do Esprrito Santo na vida do salvo: "Deus. o Qual também nos selou e deu o penhor do Espfrito Santo em nossos corações" (II Cor.1:22). " ... e, tendo nEle também crido, fo t SELADOS com o p i Sill1tll da rnos s a": (Lf.I:ll). "E não en t r i s tc c a i s () I':spídt-;; ~;111l() ti€' IJl'11S, no Qual e s t a i s so l ados p a r a I' dia s

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1 i C() ~I·:L\IH) com " Es a ~l:lrca dt' Deus-; Atestado Oivino, sobre II salvo na qualidade de r o pr ied ade d lí l e , O Espírito Santo, o Divino Selo ) crente, indica a validez dessa propriedade e posse. Ele é o D{stico, o" Sinal, a Manifestação~ a 1::tiqueta, a Prl1va, a Marca dessa propriedade ou posse porquanto "se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal n~o ê dEle" (Rm.8:9). ~n [! doutrina calvinista adotada pelos p r e s b i t e r i ano s , as Ordenanças sao selo. Sern elas ~ impossive[ a salvaç;o. E Isto resvala para a teltlçaria e anula a eri"fasé espiritual das arde nélnças~ Com efeito, um ato ffsico não pode ser "~larca de qualidade ou de estado e sp i r i t.ual , Nesta Dispensação da Igreja, c on t ud o , o Divino Selo do salvo é o Espírito Santo! Ele e somente Ele sela os salvos sendo neles a marca inviolivel da posse divina. Outrossim ser SELADO é estar guardado em V ereto, em tota l se gu r anç a . O SELADO torna-se ln- } v i o àve l . Em sendo

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O salvo está hermeticamente guardado, ~m total e absoluta segur,ança guardado, SELADO no Espírito Santo. "para o dia da Redenção". E ninguém pode enfraquecer essa inviolabili.dade da nossa Salvaç;o Eterna ~m Cristo. 129


Jamais em parte alguma das Es cr i turas, nem de leve, a Ceia do Senhor (ou o Batismo) é proposta como selo do crente. Ela, a Ceia, nem denota qual quer sinal de ser o indivIduo salvo e-nem lhe of~ rece segurança alguma de permanecer guardado "pa ra o dia da Redenção". _ Idêntica circunstância ocorre c~m o vo cabu 10

.k .

~mos lá! O que é penhor? } ~a~aução, jlrras, -$ara~. Penhor, sinal, c au çao QlJ, arantia ê O dinheiro ou um objeto -----.......--.-.••• ..c::::... • da como demonstraçao da ~rrevogab~l~dade de um negocio. Penhor é também o dinheiro ou um objeto que se entrega em fiança ou garantia pelo empréstimo de urna sorna pecuniária. Além de nos selar com o Espírito Santo, Deus rio+ lO "deu como PENHOR em nossos corações" (11 Cor.1:20-22). É Ele o "PENHOR da nossa herans;a" (Ef. r : 14). D nossà~eranã na" (Hb. 9: 15) . Deus nos preparou para os céus e para isto "nos deu também o PENHOR do Espírito" (11 Cor. 5:

q~se

1,4-5).

.

Aplicar essas atribuições do Espírito Santo na vida do crente ~s Ordenanças por considerá-Ias selo e penhor de salvação significa, além de roubar essas gloriosas operações do Divino Espírito, esvaziar o Cristianismo do seu conteGdo espiritual, tornando-o ao nivel da feitiçaria. 'I'o rna-rs e+rne irreprimível a p roc Lamaçáo . O Es pí ri to Santo é o Único Penhor por Deus outorgado aos salvos em cujos coraç~es habita, s~m a contin gência de precisar h ab i tar em pães, vinhos e águas. »" A Ceia do 'Senhor jamais será complemento do nto Espírito de Deus! É-me impossível entender, a não ser pelo mo130


tivo de serem eles da apostas ia dos últimos tempos, como os pentecostalistas advogam a Ceia aber ta. Ah l, existe outro motivo além do engajamento deles n~ apostasia dos derradeiros dias. Eles, na postura de feiticeiros, também admitem a presença real de Cristo nas espécies da Ceia. O presbiterianismo, acomQtido de congenlto pr esb i t i srno , não consegue enxergar! Antes de ser batizado e antes de tomar dos elementos da Ceia, o crente já tem o PENHOR do Espírito Santo. por Quem ~ SELADO. Ji ~ propriedade de Deus. No Espírito está seguramente guardado "para o dia da Redenção". É invenclonice de homens o ensino de que as Ordenanças são SELO, sinal e PENHOR. É grossei ra superstição, ~ gacril~gio, elevar o pão e o vi nho a uma função igual i do Espírito Santo . • Além do mais, repito~, uma ação física, como Batismo e a da manducação de pão e ingestão inho, nunca se constituí marca, qualidade, ou ~estado espiritual ou garant~a de posse, ou s egu+ 'rança "para o dia da Redençao". . A fantasia calviniana é sacrílega por desonrar o Espírito de Deus supondo-O incapaz e insufi ciente de sozinho conservar selado o salvo sendolhe P.~n~-----..' . . -~ "Em sai ndo da Roma do "papa" jamais iria eu '. ara a Wittenberg de Lu tero ali para a Genebra de Calvino.·.. -----

6) - Se os calvinistas

nao creem na Ceia

Senhor c on s o an t e .s u av i n s t i t u i ao e propósitos, ç

do

é

incoe.são de Le s o "p re t enderem sentar-se ã Mesa do Senhor com aqueles que admi tem a sua interpretação es trí tamente simbo li ca , 131


Em contrapartida, é hipocrisia de quem a entende estritamente simbólica convidar os calvinis ta à sua participação. A Mesa é do Senhor: Se crcionA Ceia segundo o Registro Sacrn, nu seja, na condiçio de Memorial, porquestio de l6gica, de coer~ncia, de fidelidade, bom-senso, juízo, obediência, respeito e seriedade, não posso franquei-la a quem acredita de maneira diferente. Seria transformar a,Ceia de preciosa em perniciosa! Se desejo agradar os çalvinistas, os luteranos, os pentecostalistas, os católicos de todas as seitas, que lhes faça cortezia com o meu ch aP~u. convidando-os i minha mesa, ~ mesa do meu ·feij;'o. E nio a l-le sa do Senhor! E se o fizesse es t a r i a mudando a Ne sa do Senho r em mesa de lima cela vu l ga r . ~

IV -

A DEPR,WAÇÃO

DA "CEIA

É destes ignominiosos tempos! Tempos de "aher tura". Abert.ura em todos os setores da v id a . N'ã escola, no lar, na soc i ed ade ... Ab er t u r a na po li ti ca ... Tudo se abre ... A maioria se a rregauha ... Até os pregadores querem ser simpáticos e arreganham os dentes em sorrisos postiços ... Se em tudo há "abertura" por que n:ão nos. espaços religiosos? O ecumenismovem.a propósito nesta hora dos arreganhas totais. Por i sso é aplau dido pelos "abertos" e ahertiços. Sob influ~ncia ecumeno-socia~ista-pentecost~ lista, nos meios evangélicos, a las tra+se a ab e rr tura da ceia, ~ cuja mesa todos, ~~o convidados

132


sem quaisquer d i.sc r i mi naçoe s dou t r i nà r i as . Aliás, nesta fase dos arreganhas es pa lh arn+s e yerdadeira ojeriza ã doutrina e apert<ldd prevens;;o contra os que lhe querem ser fiéis no reconhecimento de ser ela a "Santíssima Fé" sobre a qual se deve edificar a vida espiritual (.Jd.20). (Poxal, e voce e con t.r-a a cei-a liirre? Que feahado você é.' Tão ape!:,. tado ... Limitado ... I'Liio Lado ... ). E de fato, a ceia aberta está encaixada na era de todas as aberturas e arreganhas. At~ o secu Lo XIX desconhecia-se o costume generalizado da ceia franqueada a todos. Martinho Lutero exigia lugares

especiais

aos

partícjpantes

dessa

cerimô-

nia donde a congregaç;o poderia v~-los e julgi10s. Os presbiterianos, de sua parte, at~ o s~cu10 XVll davam fichas ou certificados aos considerados id~neos i sua participaçio. /I. fran9.uia começou timidamente na Polônia e da~sso!J para a Lnglaterra, berço do movimento e~a. E ao impulso da açio ecume~;:--tãmhem bafejada pelo pen t.eco s t a lismo igualmente do contexto da apostasia de hoje, alastrou-se pelo universo inteiro. ~A Ceia do Senhor é a pedr.a de toque da fideade à "sã Doutrina": Desde os primôrdios do stianismo: Com efeito. l~ em Corinto ela motivou ispe ras dissensões e por ela se criaram facções ..Ess; ~uadro de disc6rdia contudo produziu e produz ain da hoje notável henefício. O de se tornarem mani=festas os "aprovados" ou fiéis ã Palavra de Deus (1 Cor.ll:18-19). Conquanto em minoria nestes nos sos tempos, não se deixam esses "aprovados" embair pe 105 "espÍ ri tos enganadores".

133


1) - Mui tos simpáticos a ceia aberta sao-no sob a animação do modismo da época. Querem recusar o ecumenismo e, simultaneamente, preferem uma postura cômoda que'n;;;olhes crie qualquer dificul dade. E pas tores "que e sro J hem a moda por razões pe cuna r i as ali po 1 í tico- re l igi asas ,pois suas CO:1vicç~es se r~duzem ao dinheiro 00 bolso ou ao pos to de saliência. Ni nguém que conheça as Escri tu=ras e a elas anela ser fiel e com elas coeSlVO, postula semelhante prática aberta. , A nossa natureza carnal é corrompida de sorte a inclinar-se ao comodismo e ã lei do mínimo esfoTço. São-lhe agradáveis as posiç~es conciliatórias. Foge dos extremos e se embuça em aparente sabedoria de pomposos brocardos ou de i Sl) I ad os textos bíblicos. VIR''1'US IN ['.fEDIO (= "a virtude e s tâno meio"), é um deles. Muitas vezes. ~ verdade!, a atitude J" ,'entro ~ razoável, justa. Sensata. Por~m. muitas outras vezes reve 1a uma me-qta1i dade de quar t.o+min-: guante, de quebra-luzes. De transigência. De terg i.v e r e a a o , De incoerência. De ficar em cima do muro. Dê desinteresse. De falta de convicç;o. Perante a sã Doutrina, a "SantÍssima Fé", o vir~us in media implica em traição à Verdade. Se diante do Sacrifício Único de Cristo eu qUIser tomar uma posição intermedia, simplesmente" nego essa Verdade. Aliás, diante da Verdade nao há meio-termo. A verdade é de si mesma irreconciliável. É radical! ~ Noutro dia telefonou-me um amigo. Há anos ;n~o_n0s.~os. Queria um encontro para uma conver açao. A palestra ao telefone se prolongou e foalizou diversos assuntos porq~le o ami go desse ç

1 134

e


tipo borboleta ou beija-flor. L~ pelas tantas dis se-me que sou da direi ta. Perguntei-lhe o que -;; ser da direita. Explicou-me que é ser ditador. 1n digitando-me corno da direita, ditador~ veio ã pro va. Você é ditador., por exemplo, quando diz que

só Jesus Cristo salva. Então não deixa nenhuma ou tira opção pva gente escolher outra via. Com essa história de crente, você é despótico.

Ate então não havia ouvido tal explica~ão acerca de ditadura. Quando lhe contei o Az ambu j a estourou numa gargalhada de estremecer a Serra do Mar. Se ser ditador é isso, eu quero ser diLadoY',

"de3poticão", propos-me ele. A Verdade nesse caso é da d i.r e i t a ,, Isso é bom demais porque ~ Direita de Cristo, ficarão os salvos no dia do Jufzo. E o pr~prio Jesus esti ã Direit~_Pai . / a Verdade é totalitária, segundo a concei o meu amigo Fernando. A Verdade aritmética de dois mais dois são quatro é intransigente.' Radical. Totalitiria. Da di rei ta. Déspota. Não deixa nenhuma outra opção. Se alguém disser que são cinco está errado. E não adianta a 'brandura do Du l ço r com seus paninhos quentes e· fofinhos de querer tomar uma atitude de centro ou meio-termo entre o quatro e o cinco, is to é, quatro e meio. Esse resultado de quatro ; meio, conquanto proposto pelo conciliatório e mei go Dulçorzínho, é tão errado quanto a soma cinco~ Na operação aritmética de do'is e dois são quatro, intransigentemente, ditatorialmente (como diria o Fernando) são quatro. E está acabado. Sem qualquer outra opção ou "peção" conforme pronuncia o Miôeralvino. Exatamente porque eu não sou dono da Verdade

135,


da Palavra de Deus que eu nao posso transigir com ela e nem com ela tergiversar. Nem a pretexto de ser "bonzinho" com o melífluo, meigo e brando Dul çor Danoso. A Verdade da Palavra de Deus a Deus pertence. Cumpre-me a responsabilidade de, sem dis~uss~o, acat~-la e a ela incondicionalmente submeter-me.E sem querer "interpret~-la" ao impi- lso de minhas idlossincrasias, do meu temperamento, das minhas frustraç~es. das minhas paix~es, das minhas ambi-es, das minhas experiências pessoais, dos meus tr umas de infincia, da minha tendência carnal ao Do meu subjetivismo estruturado c 1npor essas i d i o ss i ncrasi as , por esse tem ~ramento, por essas !ruHtraç~es. por 0ssas pal= xoes, por essas ambiçoes, por essas expe r i enc i as emocionais, por esses traumas. Por esses e tantos ou tros fatores influentes em nossa personalidade a ·nos sujeitarem ~ deturpaçio da Verdade. Por isso jamais minha consciência ou meu coraç~o ~ norma de moral idade ou guia de minha conduta. Um notável p~icõlobO, numa frase curta, SOIlbe sintetizar a desvalia de nossa consci~n~ia como norma de julgamento e de conduta. Justamente por haver muito estudado psicologia e matérias conexas, lido tantos livros e comp~ndios desse assunto,fiquei desacreditando de suas fanfarronadas. Todavia, alguns psic~logos 'respeito e acato ã semelhança do agora mencionado. Curvo-me diante de sua notahilidade. Ele sobre a consciência ou coraç~b, com rara propriedade, escreveu: "Enganoso ê o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o poderá conhecer?". Querem saber o nome do ilustre psicólogo? 136


~ Jprcmias (17:9). Po r consegui n t e , ern assuntos espi ri tuais devu ater-me rigorosamente ã Palavra de Deus no apa nágio de ÚNICA, EXCLUSIVA, TNDEF1CIENTE, INFALÍ=VEL Regra de Fé, Estatuto da Verdade, Modelo ou Norma de comportamento, Padr;o de mnralidade ... SO BERANO, lMPAR, INDEFECTIVEL 'I'r i hun a l de Lmp ar c i a l Lrna cu La da , l n sub o rn av e L Ln s t an c i.c cap a z de, com imparci;)lidade ahsoluta, dirimir as dúvidas e ces sar as disputas. Desgraçadamente, contudo, considerável número de evangé 1 i co s que tromb e te i am sua adesão a BÍhlia na condição ele Ün ica Regra de Fé e Exclusiva Fonte de R~vclaç~o Divina. na prática,por ignorarem as Escri t u ras e das qu a i s , sob o impulso de fa ro re s subjetivos, t r-e s l.c cm umas poucas passagens mal interpretadas' por sup e r f i c i a i s e mf>E. cen~rios pregadores, esse considerável nGmero de ev arige l i co s na p r ât i ca Iwga a T(\tl()-;Sufi<.'i~ncia da~ EMcrituras Sagradas. Acho uma graC;a infinita quando ouço de evanliCOR citaçõe: de> "santo" Agostinho, dto' Cal v ino , s modernos teologos ... como o supra-sumo da com p ~ensio das Escrituras.· j

i

l »>:

2 ~)s

bat ista.2.primaram pe la preservaçao da pureza da "SantÍssima Fé". Sua luta heróica no decurso dos s~culos foi contra a paganizaçio do Cristianismo Puro imposta pela sacramentalização das Ordenanças. . Nou t ro .d ia vi numa revi s ta evangé 1ica, dessas de acentuado sahor ecumênico, a carta de um sacer dote romanista. "Bronqueado" o clérigo se queixa= va das alus~es dos protestantes ~s atrocidades da

137


I

I.

"santa inqui si çao" e, citando fatos, tirava a razão dos protestantes porque também os protestantes têm o seu tribunal de inquisição atraves do qual perseguiram, assassinaram, espoliaram, encar ceraram suas vítimas por discordarem das suas do~ t rin as . E O sacerdote "branqueado" ci.tou a i n qu i sição do "truculento Martinno Lutero" e do "san= guin-rio Calvino". Ã mesma revista mandei minha carta, por sinal, at~ hoje in~dita, isto ~, não foi publicada. Decerto porque eu apoiei e aplaudi O sacerdote "branqueado". É verdade! Os protestantes nao têm autoridade alguma para se insurgirem contra a inquisição romanista. As p~ginas da Hist6ria ar estão a confirmar as perseguições de Martinho Lutero contra os batistas e as de Calvino (quem ignora o nome de Servet?), ~ te6logo cantado e decantado t ambern dos atuais' protestantes? 'Há poucas semanas alguns professores proteses de uma escola superior de são Paulo conver arn sobre a inquisição e a aplaudiam por supo= encontrar nas Escri turas sua fundamentação. Em mi nh a carta ao sacerdote "bronqueado" apoiava-o e lhe dizia que tamb~m ~ esse um dos mo tivos porque não sou' protestante. Sou batista ta; bem porque dentre os seus postulados se realça ;do respeito à liberdade individual. Eles proclamam dois princípios fundamentais: o da Espiritualic1ade do Cristianismo e o da voluntariedade do in divíduo. Se prego o Evangelho, todavia; não o i rr: m ponho a ferro e fogo. Cada um responde por ~l diante de Deus. Meu problema é pregar o Evangelho. O problema de cada ouvinte ~ o de volunt~ria e li vremente aceitá-Ia ou recusá-lo. Muitos batistas, esquecidos dos que primaram 138


pela preservaçao da sã Doutrina, hoje infectados por esse maldito virus da languidez ecumeno-socia lista-pentecostalista, se prostram numa tremendã anemia espiritual que os leva à comparsaria das mals estúpidas aberrações. Até a do emparceiramen to ã Mesa do Senhor com os sacramentólatras. são indivíduos da escola do Dulçor. Piegas e cos, querem ser bem arejados, ventilados, na fresca fraternidade c~jo programa inclui a livre, franca, irrestrita, aberta ..• A Verdade porém, não pode ser sacrificada Nem a título de fraternidade. De resto, fraternidade . fora da Verdade é hipocrisia, pieguice, babo-, selra. As Sagradas Escrituras recusam a transuost anc i aç ao católica e rejeitam a consubs t anc açao luterana. Outrossim repelem a posição do permeio calvinista. Na primeira parte deste livro se exibem os ensinos claros e definidos das Escrituras quanto à Ceia Memorial em cuja celebração, sem qualquer palavra proferida, o Sacrifício Expiatório e Substitucionário de Cristo é comemorado e são-nos expostas gloriosas e d oçe s Verdades: a nos sa Redenção efetuada, o pe cado removido, a Graç~ reinando, a Justiça Eterna reparada, o agui Lhao da morte vencldo, a Gloria Eterna assegurada, a Soberana Volta do Salvador garantida ... í

3) - Há uma sequênCia lógica nas qua l f i caçoes propostas pelas Escrituras a cond ic ion ar a legítima comunicação ã Mesa do Senhor. Consubstancia-as At.2:4l-42: os que receberam a Palavra, ou seja, converteranrse; pelo Batismo agregararnse à Igreja; "e perseveravam na Doutrina dos Apó~ í

139


tolos". É a ordem dos fatos a culminar na capacitação do indivíduo para o "partir do pão". o Pa stor .Ionas de Carvalho Li sboa no sermao já mencionado sintetiza essa seqllência numa 50 frase: "Verificamos que os que participavam da Ceia do Senhor na Igreja Primitiva eram homens portadores de idéias justa.<; e mot1:VOS sãos, b a t i+ zados do mesmo modo e papa () meumo f1:m". As "idéion ju.stas"~ isto é, de acor do r com os enSlnos da Palavra Santa, lnfalfvel e Inerrante de Deus nosso Senhor, são, por conseguinte, funda mentai s nas q o a l í f 1cacoes da pessoa de se j o sa de se sentar à Mesa Memoratlva. Esta atitude de fidelidade a "Doutrina dos Apo s t o lo s" não implica, é evidente, em estremecimento nas relações fraternais entre os verdadeiros crentes incursos em falsas interpretaç;es das Escri turas atinentes ao Insti tuto Memorial. O Pastor Lishoa, outra vez com acen tuad o di s cernimento, lembra que as "rel a çoe s fraternais ou cristis nia devem e não podem contrariar prohle,mas de consciência doutrin~ria, porque quando taI mamos a Ceia ou dela participamos estamos dizendo , e rea:irmando o que _c:~s e como cremos. _ O ato (, lda'--cela somente e v al i do , entao, se atraves dele ~ estivermos expressarido a nossa maneira de crer c~ mo um todo. Quando afirmamos que os membros de ou tras denominações não podem participar conosco da Ceia do Senhor, não estamos contra eles, mas est~ mos apenas ensinando-lhes que alguma coisa ou mui. ta coisa precisa ser co rr i g i da em sua maneira de intetpretar a Palavra de Deus; do contririo, esta remos sendo coniventes ou cump li ce s de seus proprlOS erros doutrinirios, ou seja, estaremos afir 140


mando

que tudo esta certo".

4) - Posso e devo expressar meu amor crist~o ao pr6ximo sem imolar a Verdade da si Doutrina. Há nas Escrituras do Novo Testamento duas Epístolas por completo marginalizadas. Esquecidas. Luterodetestava a Eplstola de Tiago e a denomina va "Epístola de palhü". I\() comhatê-la, pelo menos

l

mem:i.onava-a. I\S d u a s às qll;lí~ a l ud o .se faz mllj~. V'ltl) pI(1r porque se as d e scon s i dc ra . Nu n c a l1S VI (('itadas. são de autoria de .João. Seu Evangelho. e sua Primeira Epístola sÃo mencionados a cada instante. Há fi las de livros sobre Apo ca li p se , Sua Segunda e Tereeira Cartas foram congeladas em total desprezo. R sio de uma atualidade impressionante! Amhas s~o uma magnffica apologia da Verdade~ A Segunda delas é endereçada a tlma senhora e a seus fi lhos aos qu a i s João e "os que conhecem a

Verdade"

amam "em Verdade".

F por que os /

"...

POR

amam?

CAUSA

DA VERDADE".

I./)

A Terceira se destina a Gaio, a ama em Vo r d ad e- e a quem Joao eria l tece

quem

João

por

sabê-lo a andar na Vercladp. E confessa: "Não tenho maior gozo do que este: o de ouvir que os meus filhos andam 11<1 Verdade" (v. 4). A conclusão é p a t.e n t c ] Inquestionável! A .VEB, ,\J)~:

ESTAI)ELECI':

O Al'!OR!!!

princípio! Em qualquer re1acionamento hu mano, desde o fami Li a r até o comercial A Vr:RDADE 1':STi\BI:I.I·:C:I': ü MlOR!:: À míngua da Verdade i mpo ss i-: velo b om en tend imen t o mesmo nas relações comerI:

<l

141


Clals e políticas. E com muito maior razao nos do mínios espirituais. É fingimento, pieguice. o chamado amor fraternalque sacrifica a Verdade das Escrituras. Daí o ecumenismo ser babozeira e idiotice. E quem o aceita ou é desonesto, insincero ou insensato e imbeci 1. Daí a ceia livre a pretexto de vivencia do amor cristão ser sentimentalismo tolo. E quem nela se assente ou é hipócrita ou ignorante das' Escrituras. Conquanto ame os homens, e ninguem corno Ele os ama, Jesus Cristo jamais Se revelou um sentimentalóide. ·Ao ensejo de celebrar a Ceia., quando a fundou, deixou de cODvidar o proprietário da casa que lhe cedera o cenãculo. Nem a sua própria mae convidou. Teria sido Ele indelicado? De maneIra alguma! Com essa atitude de omitir tais convivas quis sinar-nos que a Ceia Memorial não pode serV1r pretexto a encontros de sociabilidade ou de m~nstraç~o de fraternidade. Para essas manifesçoes ternos muitas outras circunstâncias.

5) - Devo conviver em amor cristão com meus irmãos em Cristo. É um preceito categórico da Palavra de Deus por nosso Senhor Jesus Cristo ~nSIS tentemente reafirmado. João, o Discípulo "a quem Jesus amava" e PEi vilegiado por haver se reclinado sobre o Coraçao do Mestre (Jo.l3:23), pôde consignar em seu Livro o "Novo Mandamento" e, em sua Primeira Epístola, enfocá-lo em notáveis considerações práticas. Em 142


decorrência,

com propriedade,

cognomi

nam-no

de O

AP6sTOLO DO AMOR. Pois bem, ê esse Apóstolo do Amor que se insurge contra os adulteradores das Escrituras, os an t i cr i s t o s e o antícrísto. João não tergiversa m eventualidade alguma. Nem em nome do amor~ ... porque nenhu~a mentira v~m. da Verdade" (I J.o. :21). A Verdade e o grande d1Vlsor entre os cr1S tãos, os autênticos e os nominais. Jo~o ~ de Deus e quem conhece a Deus ouve-o. Ouv i r o Apo s t o Lo , órgão divinamente inspirado da Revelação Neotestamentária, é iSOla.r-se dos de~ ma1s. "Nós somos de Deus", declara ele, "quem co nhece a Deus nos ouve; quem não ~ de Deus n;o nos ouve. Assim ~ que conhecemos o espirito da Verda de e o espírito do erro" (1 Jo.4:6). A Verdade 1n compatibiliza ClS homens. Do lado oposto se põem os seguidores do erro. TnconcebIvel os da Verdade compactuarem com eles. João com insistência exaustiva exclama: "que nos amemos uns aos outros". Amor fraternal estabe lecido pela Verdade. Já naqueles primórdios, "cristãos" com suas novidades her~ticas feriam a Cristologia ensinada pelas Escrituras e tentavam inoculá-Ias em seus ouvintes em cujas casas se hospedavam. Deveria prevalecer a Verdade pa~a deter~inar e firmar o Amor. Destarte o Apóstolo do Amor eselarece e preceitua: "Todo aquele que vai além do ensino de Cristo" (sobre a verdadeira Cristologia) "e não permanece nEle, não tem a Deus; quem permanece neste ensino, esse tem tanto ao Pai como ao Filho. Se algu~m vem ter convosca, e rtao traz este ~nsinn~ nia o recehais em casa, nem tam pouco O saud si s" (TI Jo.9-10).


A 3plicação é lógica e de atua1i.dadc permanente. Vimos nos tópicos antecedentes! A conceituação s ac rame n t a l i s t a (c a t Lí.c a lu re rana , c a lv i n i s ta) das Ordenanças adultera em Sl'US fundamentos a Cristologia e transtorna o Plano de S<Ílvaç311 do pecador. Se João, o Ap6stolo do Amor, detl'rminava em nome do amor ~ Verdade que se fechassem as purtas aos p o rvc r t odo re s dos ensinos sobre Jesus Cristo p se I he s negasse a saudação, que c on d i Ç0l'S t erno s nos de permitir a ssen t a rern+s e conosco ; Ml'sa do Senhor aq uc le s que transformam seus l'll'ITIl'ntos em arnu le t o s ? Sc- r i a rnud c+ la em c omun ga t o r i o de frequentadores indiscriminados. Valeu-Se Deus da. luminosa pena de Paulo Apó~ tolo, que e x t e rn av a com acentos de ternura u seu amor pelos crentes, para nos l cgar o ma i s b o lo e "expressivo hino do Amor: 1 Cor.13. A seriedade do cumprimento do s ou ~1inístério, no entanto, moveu-o a r e cr i m i n ar ace rb a e c au s t i+ c ame n te a acomodação dos c o r i n t i o s ao p o rm i tirem a permanência entre eles daquele adGI t o ro . Na sua amarga desolação pelo gravp incidente,cOllclama-os a que se expurguem elo "f e rmen t o ve lho" e que se ro j ub ilem "com os ãzimos da sinceridade t:' ela Vt'rdade". Ã C"onclamação segue-se a espl~ndida exortaçao do teor da de João: "Já por carta vos e sc rev i que nao vos c ornu n i qu o i s com os que se pro s t it ucm ; com isto não me refer:a ; comunicação em geral com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os rOllhodorcs, 0\1 com os idólatras; porque (,Dtão vos se r ia ncce~sárlll sair do mundo. Mas ag~~ ra vos escrevo que nao vos comuniqul'ls com aquele ó

144

ç

i


que, d i ze ndo+s e irmão" ("DIZENDO-SE IRMÃO"), "for devasso, ou avarento, ou id61atra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal n2m sequer carnais" (1 Cor.5:9-11). De s t aqu e i en t rcpa ren t eses a locução: DIZENDO- SE IRMÃO ...

Releia-se o texto tendo-se em vista esse realce por ser locução-chave. Se um membro de nossas Igrejas se der a devassidão ou se entregar ã embriaguez ê, na eventual idade da p rocra s t i na ao , excluído do seu rol de membros. No entanto, ~ essa a conduta para com o id6latra? ç

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O que "dizendo-se irmão", apresen tando-se como crente, ê devasso, beberrão... idólatra ... IOÓLA-TRA! " .•. com esse tal nem sequer comais". Ã primeira vista poderia parecer um mandamen tu inexequrv~l. Com efeito, se se tratasse de se~ esse talo esposo como faria a mulher se nem comer com ele pudesse? E se fosse o caso de ser esse tal um filho ainda sob a depend~ncia dos pais? " ... com esse tal nem sequer carnais". Não as refeições vulgares. Mas, nem sequer carnais da Mesa do Senhor! Paulo Ap6stol0, ~ evidente, trata / ../) a qu i da Cei a do Senhor. Ora, a interpretaçio sacrament~ria ( cat6lica , lu t erana , ca lv i ni s t a ) não incide em idolatria?

OU

145


E corno ficará nossa consclencia a luz dessa severissimaadvertência da Palavra de Deus se pe2::. Senhor mitirmos assentarem-se conosco ã Mesa do os sacramentõlatras? Estaríamos "inchados" (I Cor. 5: 2). Incorreríamos em "jactância" (id.v.6). Toleraríamos "o fermento velho", "o f erme nt;o da malícia e da corrupção" com o. risco de ser levedada a massa toda. .. (id.vv .6,8) . Nos longos anos de convívio com os evangérico s do Brasil inteiro sempre, pelo que tenho podido observar, fico pensando: os crentes procuram

se esmerar no comportamento e quando alguém incor re em algum pecado chamado grosseiro, pondo em pe rigo a reput.açab do Eoanqel.ho~ é e liminado da Igre ja. Está bem! Toâavia~ será que o pecado de condu ta é mais grave do que o pecado de adulteração da sã, Doutrina? Se este pecado, conforme preceito da Palavra de Deus, precisa ser d i sc i pl inado com o mesmo rigor, por que os crentes se rebelam contra as determinaç~es do Senhor? E querem 'franquear O Instituto Memorial aos indignos de sua partícipaç;o por entenderem-no de modo sacrament6latra? Arrolo ainda outro Texto. Também de Paulo Apóstolo. Poderia alinhar outros mais. ~uponho se rem bastantes por suficientemente esclarecedore; os aí transcritos. A Escritura a de Rm.16:17. Tao incisiva e .' categórica corno as demais. "Rogo-vos, irmãos, que ! no t e i s os que promovem dissensões e escândaios ):ontra a Doutrina que aprendestes;de~viái-vos d~ • )les". Supõem-se escândalos os atos contr~rios i ho nesta conduta. O Apo s t o lo todavia menciona as "di-;;sensões e escândalos contra a Doutrina". -

e

146


E a determinaç;~

~ imperativa!

DESVIAI-VOS

DELES. E como poderei admiti-Ias ~ ~inha companhia quando me sento ~ Mesa do Senhor? A ceia livre ou aberta não tem o respaldo das Escrituras Sagradas. É contraria à Palavra de Deus. Constitui-se em afronta ao Sacrifício de Cristo. . Adotá-Ia é perverter a Mesa do Senhor. Écons purcar-Lhe o Instituto Memorial. E por fidelidade ã sã Doutrina, à "Santíssima Fê" e reverência ao Sangue de Jesus Cristo minha consciência me impede participar do rito se celebrado por uma igreja que o aceita livre e aber to. Por tudo isso e por coerência estou impedido de ser membro de uma igreja que o adota. Lamento haver omitido o nome do autor quando copiei num dos meus cadernos de notas um belo e çsu.s~pensamento. Diz ele: TrSê a Verdade . .( for posta em dúvida por qualquer comunidade, e p~ ra ser membro dessa, comuní~ade devo _i~entificarme com alguma doutrlna erronea ou pratlca corrompida, então não pode ser cisma o fato de eu me separar de uma tal comunidade; pelo contrário, t~ nho o dever de me separar".

~--------------------------

147

I \ ,


I

\ I LIMI 'fADA AOS MEMBROS DA IGREJA

J

E~ SENDO a participaç~o a Mesa do Senhor res trita ã membrezia da Lg re j a local ce leb ran t e , é evidente que se delimita aos crentes evangélicos evangelicamente batizados e convictos da natureza memorial da Ordenança isenta de quaisquer resquícios sacrarnent ali s t as . Frise-se de novo - SÓ ;;; a Igreja verdadeira a formada de crentes ba~izados nas condi ç"es ~vange 1icas. Os nela arrolad'õs---sem alegí tima experi~nci;-a-e conversão ou sem o ge+ : nuino Batismo, na verdade dela n~o fazem parte. E os que na Ceia do Senhor não cr~em segundo os registros das Escrituras, conquanto possam ter se convertido e sido legitimamente batizados, se dela participam, fazem-no "indignamente". No tocante ã delimi~ação aos membros da Igre Ja local no concernente ã participação do Instlt~ to Memorativo, enfileirarei alguns motivos incont es t ave is ao bom senso, ã inteligência e ã Palavra de Deus. Decorrem eles da sua pr6pria natureza eclesia 1.

148

r


1) - No Cristianismo hiblicamente organizado, RS Igrpjas locais (peidio pelo pleonasmo ou t au t o lo g i a l ) S30 po r nosso Senhor Jesus Cr i s to de positârias de sagrado:" valores os quai.s para elas devem

ser

impoRtcrg~veis.

A pregaçio

do Evangelho

(- um d e s se s valores nlt.28: 19-20). Também a sqstentação da pu re za e da integridade da sã Dou t.ri+ na pois ela (. a "coluna (:'c s t e i o da Verdade" (1 Tm.3:15). E ainda a nhservãncia p preservação das Or d e nan n s Sagradas'" Batismo e Ceia Hemorial (Mt. ç

At.2:41-42; 1 Cor.ll:17-34). Falh·ar~ a Igreja se preterir a guarda servilç;~ de algum d~sscs va!ores... 28:19-20;

e a pr.:~

f

A e n f asc dada a pregaçao no i n t u i to de se~' mear a Palavra de Deus ao mundo perdido ~ excele tt' obra. Tod<1vi3, se alvejando quantidade, sacri-=fica-se <1 i n te g r i d adv da~Sã Doutrina, trai-se o Evangelho por desvaloriza-Io. As Escrituras tanto insistem no separarem-se do mundo os crentes. E~ nossos dias. entanto, os mais cuidadoso:; se contentam em evitar a lgun s vÍcios__grosse i ros e 3_ aproxLma-ç-a-o êle algumas fes tas carnaj-s.-Em I1nda--lhes preocupa a lTfZ)sofia ou rne n t alTd'âde do mundo. Aceitam sem qualquer question:i" mento a onda socializante, deixam-se conduzir po;

simpatias tico

pessoais

e se encantam

pelo porte atl~-

hela-voz do pregadbr. Em ma téri a de fê suas normas

ou

lhe s chegam de segunda mão. Suas convicções não suportam uma an;} I i se ; luz das I~s('rit:uras. Fazem a lgo porque toci; mundo faz. É il praxe! Fa z c-rn po rq ue o pregadur ta L assim disse. Sv ao embalo socializante pentecostalista c~ nhece fgrejas que prat-icam a ce i a abv r t a , par a eles o certo ~ a ceia aherta. Se lhes disseram 149


que só os "me~bros de Igrejas da mesma fé e ordem" podem tornar a Ceia, então só os batistas de Igrejas ligadas ao seu grupo estão autorizados a dela se aproximarem. Ah.'~ mas é o coe tume l Eu sempre aprendi e vi

assim.' o cidadão sempre ouviu .•. E ~praxe: O proprio presidente da solenidade ji se habituou ... Nunca parou para pensar ... É da rotina de toda Ceia: somente podem participar da Ceia os membros

das Igrejas co-irmã8~ da mesma fé e ordem ... Sempre repete a frase titual ... Ã imitação do papagaio ... Até sem refletir e entender o sentido da e~pressão: Igrejas da mesma fé € ordem ... J~ presenciei um debate numa reuniao de pas<:>res. as Lg re j as ~ i gadas a ou tros grupos ba1stas sao da mesma fe e ordem e se, nesse caso, eus membros podem se sentar conosco ã Mesa do jSeOhor. Discutiu-se, discutiu-se tantos minutos '" e o assunto ficou "sobre a mesa". /' o costume não prova nada! O costume não for~ma' a Verda~e! Minha Regra de Fé são as Sagradas ~Letra~ ~ n~o o costume. Se me acostumo c~m algo /contrar1o a Palavra de Deus, devo abandona-Ia. E por falar em costume ... Contraiu-se o hábito de se identificar' o nome batista com a Convenção Batista Brasileira. Se não for da Convenção não é genuinamente batista. Pois bem, essa idéia ê que não é hatista ... Há outros grupos ou associaç~es de Igrejas Batista. E h~ Igrejas Batistas por completo desligadas de qualquer grupo. De resto, nos Estados Unidos estas Igrejas totalmente independentes são ma1S numerosas e mais poderosas. E são genuiname~

/

1

150

s::


-

--- ---_.--

te batistas. Alastra-se em Igrejas a ela ligadas, ou mêlhor, entre pastores de pouca ou nenhuma cultura bíblica, a idéia da ceia ampla ém base naqueles inconsistentes motivos ji nossos corihecidos. Apre sentou-se o assunto numa elas últimas assembléias da referida Convenção Brasileira. Por ser ainda expio: .';0 os do "deixa pr a lá" decidiram conservá-Ia "sobre. a mt'sa", ou seja, para outra ocasião no futuro. Ora, esse ê um assunto fora de qualquer discuss~o. f mat~ria definida pelas Escrituras. Nã compete ~ Convenção debat~-10. Nem jUlgi-lo. Nã, sori uma maioria de convencionais ignorantes da Bjhlia, se isto ocorresse, que se constituirá em minha norma de fé e prática. Os responsáveis pela Convenção Batista Brasileira, conhecedores das Escrituras e a elas fiéis, como admito, nem aceitarão semelhante proposta de se discutir o assunto •.E já se imaginou se surgir a proposta de se debater em assembléias da dita convenção acerca do Sacrifício Substitucionárió de Cristo? Ou da Divindade do Salvador? Ã luz das Sagradas Escrituras, conquanto se contrariem românticas idéias , Ceia do Senhor não ~ encontro social, nio é um instante de confrater n i za ao , nio é oportunidade de troca de genti le~ zas, não é senha de identificação denominacional. Nosso Senhor Jesus Cristo não confiou a Sua Ceia Memorativa a nenhuma denominação e muito menos ã Convenção Batista Brasileira ou a Associação das Igrejas Batistas Regulares ou a qualquer outro grupo batista ou evang~lico. Entregou-a à Igreja local para ser por ela observada e em ajuntamento dela. Este é o princí-

a

ç

151


plO híblico esposado c ~xercitado pelos l~grtimos, verdadeiros, genuinos, l i d imos, puros batistas. Nas Escrituras do Novo Testamcnto niío hã nenhuma determinaç;'o, ru- m mesmo e xo mp Lo , para a Ceia rntrl' rneniliros de v~rias Igrejas. Vemo+I a celebrada l o g o nas primeiras .s e man a s após o Pentecostes pela e na Igreja em Jerusalém na c apa c i t a ao dI:' Igreja. AquoLc s qu c se "a'gre.gar arn" dela recebiam a qua l if i caç a o de pa r ti c i p a r . r d o p -lI d"o pa r t 1 ao . I-." I g r e J• a c- agr'.'gaçao ou ("ongrcgLlção ou a s s urnb l o i a . É a igreja local (Atos 2: 41-42). ç

2) - Lrn nada me afetam os co s rume s e as op t n i ; e s a I 11c i a s S(' c: o 1 i de ru L' 1a s o li e 1 e s ' c o m a Pa ];1r

vra

de Deus. Vamos ao nosso Infalível ln~tincia! As Escrituras. Abro-as no Texto cl~sslco Cor.11:17-34:

Tribunal do nosso

de

Única

tema.

an t.c- s d e qU<llqllcrdos quatro Eva~. Atos dos Ap~sto10s. I~ a mai s antiga narrativa e i nt o r p ro t aç ao da Co i a . No v.23 deparo-me r orn uma s o l o n c- afirmação cio Ls c r i tor: "Po r que eu r e c eb i do Senhor o que t amb ern vos e n t regul' i .. ;11 • As convlcçZ;cs do i\póstolo nao lhe' chegaram d e segunda mão. Ele n30 ê inferior aos d e ma i s l\pÓ~ tolos: "julgn q uv em nada tenho sido inferior aos mais excelentes Apóstolos" (11 Co r l l iS) , . Paulo, t e s r ernunh a o c u l a r e. au r i cu l a r de' Cr is to Re s su s ci t ad o , é o au t o r i z ado i mp l an t nd o r e do~ trinndor do Cristianismo entre a genti1idacJe. É o Apóstolo "não da parte dos homens, nem pur interFoi

elhos

e s c r i to

e dos

v

152


de homem algum" (Gl.l: 1). Não' de mão! O Evangelho por ele anunciado também

médio

se guad a

não ê mao , "não Qsegundo os homens". Ele nao o recebeu de homem algum e nem lhe foi ensinado por quem quer que seja. Recebeu-o, isto sim, "por revelação de Jesus Cristo" (Gl.l:ll,12: I Cor.15:

de segunda

1) .

o

Evangelho, todo o Evangelho, o Evangelho ~ sumam~nte importante. Importantrssimo c-rn seu rodo. Paulo Apóstolo recebeu-o todo, e m b l o diretamente de nosso Senhor Jesus Cristo. CO, Por ('lq~;-10 Ap0stolo nosso Senhor r e ve Iou l lu- d i r e t arne n r o , s orn quaisquer intermediações cos Ap~stolos anteriores, o Evangelho inteiro. Jesus Cristo, po r orn , s i n gu l c r iz cu um assunto numa direta rpvelação especial. Se todo o Evange111<) ;: i mpo r t an t c , este assunto particular tamb':::m ;:: d o suma importância. l mpo r t anr i a c s pec i a l i s si rna. Difc'rençada l' d i s t i n gu id a com uma revelação re s cr v~da, especffica, especiol. ESS0 assunto ~ a CEI~ ~1I:t'lORrAL. ~ Já ouvi: Um hor r or ' Ouvi a l guum dizer que a ~L'ia (: .o i s a irrL'lev3nt:: o que i mpo r t a ;;: c~t'r no Ev a n g e l ho para a s31 v a c a o c c ad a qu a L a a c e 1 ta eu O1l) considera r az oave l l' participa d e l.a como quer l' onde quer. Essa idéia é b l a s f erna c' injuriosa a Deus. Se Dous a t r i bu i u s e me l han t e distinção de uma revelação especial ~ sua Mesa Mc010rativa poderemos nós cuidar dela COI11 d s p l icência? Se Jesus Cristo lhe dedicou 'desvelo específico vamos nós tê-Ia como ir r e l ev an t c ? "Porque' eu r e c ob i do Senhor que t ambe m vos o n t r r-u u o i ... " (v, 23). A Ce i a do Senhor cu j a i n s-: tituiç[ío Paulo pormenori?::! nos verrfculos subse-

em bloco

>

••

~

í

°

153


quentes. " recebi do Senhor o que também vos entreguei ... " (v.Z3). Entregou a quem? A urna denominação? A· urna ta clerical? A urna igreja chamada nacional? Ã osta igreja universal? A um individuo particu-

? Por denominação entendo um grupo ou corpo o~ ganizado de igrejas identificadas por doutrinas ou interpretações b Ib l i cas definidas e no rmas ' e priticas de culto pr6prias. As Ordenanças não foram confiadas a urna denominação porquanto a diver si dad e das denominações nem existia nos tempos Apostólicos. Paulo se dirige aos crentes membros de uma Igreja. A uma das muitas Igrejas já existentes. Ã Igreja de Corinto (I Cor.l:2). Dirigindo-se i uma rgr~ja especifica ele ad~ ta os verbos no plural por ser cada Igrej a urna coletividade, uma cor'poração. Escrevendo a uma d~ terminada Igreja local, minucia seus problemas próprios, repreende, exorta, aconselha e ensina. A Igreja é uma assembléia de pessoas regeneradas. são os cren t e s que se congregam, que se reu nem, que se ajuntam com o objetiv~ especifico de, na qualidade de crentes, de salvos, cultivar a Vlda espiritual na adoração comunitária a Deus, no louvor através de cânticos, da leitura e explanações das Escrituras e das orações, na celebração da Sagrada Ordenança da Mesa Memorial. O primei ro ensino do Apóstolo con ce rnen te a Ceia nesse texto cl~ssico sobre ela de I Cor. 11: 17-34, instrução repetida nada menos de dez vezes 56 nessa passagem, ê que ê um ato c~letlvo, congregacional, do qual participam os membros e so154


mente os membros da :Igreja ceIebrante, pOIS nao foi ela institufda para fins sectirios. Essa congregaç~o reunida nâo € qualquer asembléia ou agrupamento de crentes. Não e presbiéTio, sITIado, concílio, conv~nção, congresso. Ê im ato congregacionGil quando os crentes se ajun!tam na Igreja (I Cor.11: 18). ~ ato da Igreja cong regad a em ato cu ltual . "Portanto, meus Irmãos, ou ando vos aj u n ta i s p ara comer", r ea Iça o Apo stoLo , "esperai uns pelos outros" (I Cor.ll:33). Seria i nadrn i s s i vel supor-se a espera de uns pelos outros se a Ceia fosse dada a uma denominação. Este mandato do Apóstolo assinala ainda outra vez a delimitação do participar da Mesa do Se nhor ã membrezia da Igreja oficiante.

3) - Duas sau as Ordenanças instituidas por Cristo e entregues através dos Apóstolos, os Órgãos da Revelação do Novo Testamento, às Igrejas que 'as devem preservar e observar: o Batismo e a Cei.a do Senhor. Uma pergunta! A administração do Batism~ e da alçada e CO~ petência de alguma denominação? De algum clero? Ou da Igreja? A resposta é parenLe. Incontroverttvel! A Ordenança do Batismo ê da atribuição e da responsabi lidade exclusiva da Igreja congregaciona 1. Os clérigos, sempre avessos e. insubmissos ã Palavra de Deus, "batizam" com o seu cane qu nho , lá no interior do "batistério" (= aquele quartinho ao lado da porta de entrada do templo, em cujo centro se ergue s ob re uma coluna a pia ba t i s+ í

155


mal, que ~ uma bacia de m~rmorr ou de granito tao pequena que não p o s s i b i I i ta dar-se um banho num nenê). Lá escondidos, na presença de um reduzido grupo composto dos pais c "padrinhos" e ;:;s vezes um ou outro curioso, os clérigos, em nome da hierarquia ident~fi'cada como "igreja", "batizam". Segund() a:::(_I-:scrituras c on t u d oo Rntismn é ato c-on g r e g a c i on a l . Dá-se pe l a au t o r i d ad c da Igrvj;l, em as s emb l e ia r e un id a p,H;lessa f i n a l id ad c . f aquela dv t e rrrri n adn l g r ej a '1\10 ouv e e r o ccbe a profissão de fé do candidato. E essa Igreja local que ao julgar vota pela accitaç~o ou recusa do candidato ao Batismo. Ne nhu ma d e s c o r t e z i a para mornb r o s de outras SP 1h~s Igrejas "o-irmas por acaso prl's~ntes por recusar a parti c i p a ça o na vo t a ça o . já preguei em mu i t as Igrejas que no Cu I r o de nha ativa particípaçao como pregador ocorreu a assembléia extraordinária pa r a exame de candidatos ao Batismo e sua celehração. Sem qualqlll:'r constrangimento de minha parte, sem me sentir desprezado, simplesmente assisti ~ soLenidade n;u parti cipando dela por me faltar 'a c()ndlç~o'de ser me; bro iessas igrejas. /'-&e--a--e-rrrettAilça do Batísme é restrita aos mem bras de cada Igreja p o r que ser d i f o r c n t c em r e I a ção ã Ordenança t'lemo ratty-ªl._ . a sei! E a objeç~o! Mas, dizem os da denomi n ac i cna l iz a ao da Ceia, nos reconhecemos. II Batis-= mo de uma Igreja co+i r ma quando da transfer~ncia de seus membros para outras Igrejas. É verdade! Todavia onde () p r ob l erna ? A objeç

Explico da objeção. 156

com () maior desemharaço Por sua própria natllreZ3

essa o

almejaBatismo


verdadeiramente evang~lico ~ administrado apenas uma vez para cada crente. E a Ceia do Senhor deve ser obs~rvada por cada crente repetidas vezes at~ ã Vol ta de Jesus Cristo. ~ O Azambuja exaltou-se ou~ra vez. Em contesta ç~o da autoridade da Igreja local quanto ao Bati~ mo lembraram-lhe que João o Batista batizava sem a autoridade de uma Igreja. J~ um milhão de vezes recomendei calma ao Azambuja. Quem estuda a Palavra de Deus e anela ser-lhe fiel precisa armar-se de paciência infini ta quando ouve as sandices dos id o t a s que Ignoram as Escrituras e emharalham aquele pouco que delas ouviram ou leram. E essa ~ objeção a ser levantada?! Acalmou-se o Azambuja e explicou ao insensato objetante. Jn;o o Batista batizou isoladamente de qualquer Igreja simp le srnen t e por .Je su s Cristo ainda oio haver fundado a primeira Igreja. Batizou, sim, sem autorização ou sem ser em nome de uma Igreja, mas dadas a circunstâncias es peciais ele batizou sob direta Autoridade D'iv i n a. Ele foi aquele "um homem enviado por Deus", Deus que o "envÍou a batizar em ágda" (Jo.l:6,33).Além de João o Batista quem mais fOI investido desse m{inus especial? A suposta objeção se desfaz ainda com outro s~lido argumento. Urna Igreja é composta de quem? De pessoas salvas b i.hlic arnen t e batizadas, ou seja, hatizaclas soh profissão de fê. E como Jesus Cristo iria organizar a pFimeira Igreja se antes disso ninguém fosse batizado'? Portanto, João o Batis ta preparou sob Divina Autori.dade a mat'éria priffia da primeira Igreja organizada por nosso Senhor. O gesto de Filipe ao batizar o ministro de í

157


finanças da Rainha Candace decorre de ser e le na qualidade de evangelista integrante do minist~rio oficial destinado a imp1antar o Cristianismo em toda a Pales tina. Em Damasco ou tross im h av i a uma comunidade cristã. Do contrário Saulo de Tarso nao se deixaria segui r de uma companhia. Se fosse 50 para prender um ou dois indivíduos teria ido a~enas um ou dois soldados. Seguramente Ananias e) pr e sb ~ero a serviso da cong r e gaç ao em Damasco. e ao b a t i z ar Paulo fe-lo em funçao e sob a au t o'r i.r dade da Igrej a. O Azambuja pode se pe r t'u r b a r quando ouve os absurdos procedentes de gente jejuna das Escrituras. Acalmando-se por~m deixa rlui~ sua argumenta ção salida de quem estuda de verdade a Palavra d~ Deus e usa os miolos do seu not~vel intelecto. mais: Em assunto de menor monta sua discussão, estudo, votação sé restringem com exclusi vidade aos membros de determinada Igreja. No caso da aquisiç;o de um terreno ou do aumento do salirio pas toral, por exemplo, somente os membros da Igreja participam das sessões do estudo e dehates ~a ques t ao , E nenhum membro de qua l q ue r out.ra Lgr e Ja ocaslonalmente presente se sentlra melIndrado por ter sua votação barrada. . Se em assuntos de menor importância em relação ã Ceia hi as próprias e naturais delimitações, poc que franquear a Mesa do Senhor? í

Ha

4)

po, pão

ao que A figura

158

- Paulo Apóstolo f gu r a a Igreja ao coredifício, ã lavoura, ã coluna. E ao PÃO. Jesus às vezes também se assemelha. leitura cuidadosa dos textos onde surge a rio s demonstra quem é o figurado: a Igreja í


ou .Ie sus . Se em I Cor.lO:16 o Apóstolo compara o Corpo de Cristo ao pão, no versículo seguinte aplica a figura ã Igreja: "Pois nós, embora mui tos, somos um só pão, um 50 corpo; porque todos participamos de um mesmo pão". Releva notar-se o assunto discutido por Paulo nesta passagem. Ele trata exata e especificamente da Ceia do Senhor. E tratando da Ceia do Se nho r apresenta a Igreja na semelhança de "um s o pao " . Ele não diz: embora muitos, somos pão, somos corpo. Especificando, singularizando, afirma assim: "somos UM s6 PÃO, UM SÓ CORPO" no ObjetihO de~stacar a unidade, da Igreja 10caJ' celeb:ant da Cela do S~nllOr, pOIS cada igreja e uma umdade em si mesma, separa' -ã parte das outras Igrejas, Unidade essa simbolizada em 11m só pão ínteiro. Sob todos os enfoques a figura é de rara felicidade. O p;'o é f"bricado de muitos gcaos que triturados e esfarinhados o compõem. Apesar de mui tos, os grãos são da mesma espécie. "Um só pão", símbolo de uma só Igreja, a Igreja local de Corin to, composta de muitos eleme~tos, os quais na su~ diversidade numérica, são todos da mecma espécie de pessoas regeneradas e salvas, santificadas em Cristo. ~ Reme mor emos ! Paulo Apóstolo está escrevendo a uma determinada Lg r e j a . A uma Igreja congregacional local. Especificamente ã Igreja de Co r i n t o . Nem de longe ao longo de suas duas Epfstolas aos Co r i n t i os ele alude ã ambicionada igreja universal, invisfvel, que não passa de uma abstração. Lo'go no início de sua Primeira Eprstola r e-:

-

7

159


crimina

seus

destinatários,

menciona

e

profliga-

Lhes as divis;es e dissid~ncias internas. Ao tratar da Ceia do Senhor no capitulo 11 recrimina ou tra fez suas dissensões e os exorta ã unidade por que reunidos na condição de Igreja sao eles "u;:; só pão, um só corpo". / O Pastor Na sh , com sua acuidade c arac t er i s t i ~ ca d: estudioso dasE~crituras? na sua infrangível ) coeEen~ia pe ran t e a Sa Doutrina, advoga a p arr i c i . paçao a mesa do Senhor somente pe los me.mbros' da

'Igreja sua celehrante. q u i veI

E ao estudar este irretor-

argumento do s i mbo li srno da unidade da 19n.' j a local como "um só pão", tendo em mente as dificuldades dos crentes da Igreja em Corinto, o Pastor James Na sh observa: "Unidade numa igreja j a e difí.cil, mas unidade numa denominação? Quase impossível. Unidade com todos os crentes, seja qual for a denominação, é IMPossfvEL!!!Absolutamente i mpo ssIve l . Se ocorresse extinguir-se-iam as d~ mi naçoes ... A conclusão ~ inarred~vel! As muitas denominações denotam as divis;es doutrin~rias. Se não houvessem estas, inexistiriam aquelas. A consequ~ncia flui com lógica irrefrag~vel: em sendo em sua unidade a Igreja. "um só pão", a Ceia livre de si mesma destoa desta figura. Entre os Batístaslígados a Igrejas vinculadas ã Convenção Batista Brasileira também há tantas divergências. Há os que negam a perseverança eterna dos salvos. Há os de tendência ínterde~odos fundamen minacionalista fazendo tabula rasa tais postulados batistas, há os pentecostalizados~ hi os ecumenistizados, h~ os neomodernistas ... Em se adotando a ceia aberta p3ra os membros de todas "as Igrejas da mesma fé e ordem", t~da 160


e-s s a

te',

gente anulada

dela participaria. Está, por consegui~ a figura de "um só p::ío"empregada por

f'oulo ã Igreja

local oficiante

da Solenidade

Mem~

r a t iv a ,

de ULTRA-ESTRITA a Ceia por limiexclusivamente ã membrezia A figura de "um só pão" tam b~m ~ ULTRA-RESTRITA. Que chamem

ror sua participação da Igreja celebrante.

S) - Do v.22 de I Cor.ll infere-se outra razao assaz forte em ahono da Ceia Ultra-Restrita. Àquel.es c o rln t i o s comi lões e b cbc r rce s que abusavam da Mesa do Senhor, Paulo Apóstolo, a admoe s t a+l os , pergunta:

"Ou d e s p r e za is

a

Igreja

de

'?". A Igreja, não uma drnominaç~o ou um grupo eV3ng~lico. E sim Igreja local no ato congregaci~ nal da Ceia. Se ato congrcgacional 96 podem fazer parte dele os da congregação. Os coríntios insuhordinados com sua devassidurante a Ceia desprezavam A Igreja da qual am parte. Dou s •••

fi) - Considero este Gltima argumento de nossas r e f l e xce s a pa lav ra defini tiva arn prol da CEIA ULTA-RESTRITA. € o argumento da DISCIPLINA. A Igreja, urna Igreja local só pode permitir a Ceia às pessoas às quais pode atingir o seu po~ der disciplinar. a) - O governar se efetiva mediante quatro funç~es: a legislativa, a executiva, a judicial ê a repressiva.

161


, Uma Igreja Bíblica do Cristianismo biblicamente organizado é um governo. Senão seria desordem e confusão. O regime democrático, alheio ã anarquia, pelo qual se regem as Igrejas, autênticas corporações mutuamente autônomas (' independen t es , se exercita com a ordem e a decência (I Cor-:14:40). A função legislativa é do mGnus exclusivo do Sob o ran o Rei da Igreja, nosso Senhor Jesus Cristo. Nas Escri t u ras Sagradas o ncon t ram+s e DS SL'US 'p r i n cÍpios doutrinários e as Suàs leis silo indisclltí= veis. Se ao me converter, dm obediincia plena. en caminho-me para uma Igreja BIblica, devo incondi= cionalmente submeter-me ao Senhorio de Jesus Cris to, O Supremo Legislador da Igreja, Perante os ensi:1amentos das Escrituras illlpOS s i ve I tergiversar. "Hand amo+vo s , Irmãos, em Nom; do Senhor Jesus Cristo", vigoroso. admoesta o Após tolo, "que vos aparteis de todo irmão que and~ desordenadamente, e não s e gundo a t rad i cao " (e nsi no) "que de nós r e ceb es t es" (11 Ts.3:ó).Aindaaos Romanos: "Rogo-vos, Lrmaos , que noteis os que pr~ movem dissensões e esc~ndalos contra a Doutrina que ap rende s t es ; desviaí-vos d e les" (16:17). b) - Atribuem-se às Igrejas as funções exec~ tiva e judicial no ob j e t ivo ele !;C c ump ri rem os preceitos e de se seguir a Doutrina do Senhor. r Se frustrada a advert~ncia em particular e 8ft' vã a exortação perante testemunhas, o f a lt o so ./}contumaz dev~ ser_julgado ~ela l gre j a e, conforme /0 caso e a s r t uacao , e xc lui.do (~1t,l8:l5-18). Ora, se o mundo e os anjos hia de ser julgados pelos crentes, o jufzo entre os pr6prios cren tes, com maior razão ainda, compete ã Igreja (I Cor.6:1-6). 162


A funç~o judicial

compete i Igreja

na

sua

a-pacidade congregacional a principiar do julga/-~--Tento dos candidatos ao Batismo. Ela os examina e expoe a votaçao. Na sua cap ac i t aç ao de julgar, a Igreja ê j uiz de seus membros, por ela, quando do Ba t i smo , em

julgamento suhmetlda

plina~ igreja.

é

ou por carta

a voto

de

tralls[erl;ncia também juÍzo discide cada

julgamento. Este da gravfssima responsabilidade de

c) - Paulo Apóstolo exemplifica esta função governatíva da Igreja exatamente ao mandar expulsar <1(' seu seio um ind i v iduo a fim de i mpe d i+Lo comesse ã ~lesa do Senhor. "Já por carta vos escr~ vi que não vos coml1nieãsseis com os que se prosti tucm; com isto não me referia i comunicação em g~ ral com os devassos deste mundo, ou com os avaren tos, ou com os roubadores, 0\1 com os idólatras; porque ent ào vos seria necessário s a i r do mundo. ~las agora vos escrevo que não vos comuniqueis com o q u ol c- qu e , d i z c-nd o+s o [I-m;", for d e v c s s o , ou ava

r cn r o , ou idólatra, ou maldizente, Ou beberr~o,o~ roubador; com esse tal nem sequer carnais. Pois, que me importa jn1gar os que estio d~ fora? Nio j u lga i s vós os q~-e estio de dentro? Nas Deus julga .05 que es t ao de [ora. Tir a i esse iníquo do meio Cor.Ci:9-l3). A conclusio decorre sob L~gica [~rrea! A par ticipação da Ceia n:;;'o pode ir além dos limífes-ã~ capélcidacf"e de Julgamento da Igreja, pórque o apli ar--cT"ã--ôísciplina não· pode ul trapassar os limite; a a p r (w..YJ a' J ,1 ri sCfíÇab d a I gr"&j a q:u:e:: se reg tr irrge :aos seus 'práprios membros. Se ela consegue discip línar seus propriOS--memhros já cumpre de sobejo seu dever. l·;scapa-Ibe a a t r i b u i ça o d e julgar os d e: V0S"

(l

163


de outras Igrejas. Por conseguinte, a Ceia favorecida a membrezia de outras igrejas co+i rrnas fere por transtornar a autonomia e a independência das Igrejas, postulados neotestament~rios das Igrejas Sfblicas no Cristianismo Espiritual e Organizado. A prática da ceia favorecida aos membros das Igrejas da mesma fé e ordem", além de implicar em desrespeito ~ autonomia de cada Igreja, exp~e

.a dissoluç~o de boa conduta dos crentes. Com eEei to, que autoridade disciplinar para com seus p ro prios memb ros tem uma I grej a'que f .:Jvorece a Mesa do Senhor a elementos corrompidos, llL'rétlcns, moistas, ecumenistas d e outras i gro j os ? Há l gre j as, é inegável, mal o r i en t ad as por pastores comodistas e aburguesados. "ll1c:hados",t~ 'leram tudo e todos os desmandos. Os devassos e he réticos sio reconhecidos pelas pessoas das demais Igrejas. Nesse caso, se as Igrejas zelosas da boa conduta e da fidelidade i S; Doutrina por parte de sua membrezia, admitem a p;3rticipação;) Ce i a daqueles de igrejas co-irmãs, essas Igrejas, embo ra zelosas, que autoridade terão para julgar ~ disciplinar seus próprios membrus na eventualidade do. procrastinaçio no erro~

As Escrituras nos conduzem 5 irrefrag~vel porque lógica conclllsão: Â Ceia do Senhor. somente "-' pode ser c.elehr..acla em CI11to.de IlÕía rg;:W-~:al ,pãra esse ato con~'lda •. Todas as l grej as a o e xa miiiarem , livres de preconceitos e da fo!-ço._dilr o-: tino. ouhibito, este aspecto da particip3çao exclusiva de seus membros ã Ce i a , chegarão à con c lu sao de ser ela, a ultra-restrita, a c.onf o rrne as 164


Escrituras do Novo Te~tamento. A Mesa e do Senhor para ohedi~ncia dos Seus em Igrejas Bfblicas como Ele, o Senhor, determinou!

165


UM ADvt:RR IO E !XlI S

AS TEOLOGIAS ADULTERADORAS da Palavra de Deus, bitoladas nos trilhos dos seus interesses, engendram os mais fantasmagóricos sofismas. Por se tratar de sofismas precisam apresentar-se com a roupagem da Verdade niblica. Os sacramentalistas ávidos da presença real (ffsica ou espiritual) de Cristo nas esp~cies,bus

cam entroncar

sua interpretação

Escrituras alusivas tiva. Neste intento

~ instituiçio tomam o verbo

---

literalista

das

da Ceia MemoraSER das frases:

"Isto É O Meu Corpo ... Este cálice É () novo pacto no Meu Sangue ...". E sofismam: se realmente Cr i s-: to n~o se to:nasse presente no~ e~ementos jamais a lguern pode ria ser acusado de rnd i gno e por ISSO ~culpado do Corpo e Sangue do SenhoL. Outrossim prosseguem a sofisticar: Seriafora de prop6sito i advert~ncia paulina quanto ao dever de se examinar o comungan te an tes de comer do pão e beber' do cálice. Se não discernir ele nes ses elementos o Corpo do !~enhor arrisca-se à con~ denação porque Cristo realmente está presente nas

-

166


cspecles. Ao indivíduo por qualquer motivo informado por essa interpretaçio sacramentalista da presença real, física ou mística, de Cristo nas espécies, pode parecer um ra~iocínio l6gico decorrente dessas observações no tocante ao adv~rbio INDIGNA-

MENTE e aos verbos

EXAMINE-SE

e DISCERNIR.

Todavia os ensinamentos oriundos desses vocá bul~s encaixados por Paulo Ap6stolo no texto de I Cor.ll:27-3b favorecem, sem quaisquer sutilezas, muito mais a interpretaç';io espiritual e verdadeiC3 da Ceia do Senhor, símbolo das mais relevantes Doutrinas Síblicas.

Ao menos a espaços vai bem uma gramátibem vai um dicionário. A Palavra de Deus ~ transmitida e compreendida pelas palav~as de beus. A Escritura é o acer vo dos escritos de Deus na Revelação de Sua Pala~ vra. Escrevem-se vocábulos e os vocábulos, na transmissão do Psnsamant o de Deus nosso Senhor, se alinham e se correlacionam mediante normas gr~ maticais. Nas Sagradas Escri turas eu nio encontro estas anomalias: nóis vai~ nóis fumo~ os home é in{ 1) -

ca. Muito

quo, todos pecou ... A sadia compreensio das Escrituras também re quer observe-se algo de gramática. Pelo menos o ma 1 S t r i v i a l. Livrar-nos-Íamos de muitos absurdos em matéria de interpretaç;o bíblica se levássemos em con ta as regras gramaticais.

Que susto.' Azambuja~ voce me mata do coração! Que foi? Agora o. que aconteceu? Por que es167


sa gargalhada de trovão? Onde o qracc jo? Lembrou-se o Azambuja de um fato acontecido no Semin~rio Teo16gico Batista do Norte, no Recife, Pernambuco. Logo no início do ano letivo, em plena aula de português, um aluno despejou esta:

rofesso s:bi! ~

Merva~ pruquZ ÚJ tudá pur tuquei.e? No i» já eY'a miõ a gel};te istudá i.nqrei e?

. esconheço a reaçao e a resposta do Pastor Merval Rosa. Se não aconteceu o fato poderia bem ter sucedido. Com este preâmbulO volto-me ao termo INDIGNA MENTE do v. 27 da nossa per"lcope. INDIGNAMENTEnão é adjetivo a qual i f i ra r o suhstantivo. Escapa da minha responsahilidade nesta emergência definir" o substantivo e o adjetivo. Os intel igentes que se esqueceram do aprendido na velha escola busquem uma gram~tica, da mais elementar, e se recordem. Paulo não empre.gou~~djetivq_~º.LQi.Q a classificar Oll avalia!. o as p i r a n t e à Mesa ~lemor {à-r , po r qu an to n e s te passo o -~-dvê'rFi o-.----n:i~) se aREca as pú;s-oâs"q~~a ceieb-~a~, m~s_ ã man§ira ·co~~. ----------~-------~,~e--'" a comunh~o do Sangue de Cris to", "a comunhão do Corpo de Cristo" (I Co r l 16). Todos somos indignos desta 'comunb ao , Não há con f e s s i on a rio clerical que rios torne dignos. Nem pen i t enelas ... No Calvário a nossa indignidade foi sali~nta da. Jesus Crucificado é a p1ena e definitiva reve l açao de sermos nos indignos. Se não fosse nossa indignidade por que a cr u z ? No Calvário outrossim, realçada a nossa indignidade, foi ela eternamente remediada, purificada e perdoada; efeitos estes a

!

í

168

v

ü,


me beneficiarem pela instrumentalidade de 'minha f~ no Sacriffrio Remidor e Vicirio de Jesus Cristo. Na comunhão do Sangue e do Corpo de Cristo quando me sento ã Mesa do Senhor, sou levado por minhas reflex;es despertadas mediante os s{mbolos de pão e sumo da vi de , a eon temp lar o meu Senhor .Ie su s Cristo Crucificado na Gloriosa Obra de me purificar da minha indignidade. de So~ por minhas pr6prias forças indigno comer do pão e beher do ca lice do Senhor. Somos todos, em decorr~ncia de nossos dem~ritos, indignos. _----. Nenhum de n6s ~ digno de Cristo ou do Calv~rio ou da Ceia. De minha parte pessoal nao sou igno nem de clamar: Senhor tem miseric6rdia de m im l ! ! --Níriguém é digno da Ceia! E a Ceia não é destinada a pessoas dignas!:: Todavia, embora não sejamos dignos d~ia, ou impr§. n~o podemos celcl;"rá-la in..4i~!Vil priamente: Paulo Apóstolo, d iv i n a.nent e inspirado, "ao o adjetivo TB..PLGNO,mas o advêr.!?..U? lNDIGi;AME.!'!.!

~IA

TE. ADV~RBIO i uma palavra invariivel colocada junto de um verho p0ra modificar a ação por ele expressa. Às vezes pode ele ser empregado na função modificativa de um ad j e t i vo ou de outro advérbio. O advérbio portanto exprime circunstânCIas de tempo, de lugar, de modo etc. lND1 GNAMENTE é adver io~. Não é ad j e+ ti vo a re f eFir+ se as qual idades ou vi rtudes ou condiç;es espirituais e morais dos partícipes do Memoria 1. 169

I

• I


INDIGNAMENTE é adverbio de modo a tratar da maneira de se observar a Ceia. INDIGNAMENTE quer di zer vi l men t e , dl'sprezivelmente, impropriamente, inconvenientemente. Com esse adv~rbio a Palavra de Deus proibe a maneira indigna de se celebr~-la e de se participar dela. Nio proibe as pessoas indignas de se as sentarem a ela. Se as proibisse ninguem poderia alimentar o desejo da comunhão do Corpo e do Sangue de Cristo em doce e santo simbolismo de, pão e vinho. Os corlntios indignamente celehravam a Ceia. A sua maneira de participar dela tornava-os culpa dos do Corpo e do Sangue do Senhor. Âjuntavam-se~ "não para melhor, mas para pior". em consequência de suas dissens;es. rivalidades. fac~;es partid~rias, de sua glutonaria e bebedíce, de seu espíri to de classe ou acepção de peSS0as com os rICOS ém círculo pr6prio a comer e a beber ~ tripa [orra enquanto os pobres humilhados na fome e revoltados com os olhos compridos de cobiça.

INDIGNAMENTE

ou inconvenientemente

a promo-

ver a Ceia os coríntios afrontavam o Corpo e Sangue de Jesus Cristo. Os coríntios aind~ conspurcavam o Doce e Ine avel Memorial do Salvador porque num gesto mizade e benevol~nci~, de sociabilidade com seus migos e parentes pagaos, frequentavam as celeraçoe s sac r i f i c i a is deles e l~es. fran~ueava~ a~sento a Mesa do Senhor. Um autentico i n t ercarnbi o religioso em entendimento amplo de amigos. Paulo Ap6sto~o na sua franqueza de impert~rrito baluarte da lrdima Doutrina, a objurgar esse comer do pao e beber do cálice do Senhor indignamente, bra da: "Não podeis beber do c~lice do Senhor e do ca

d1

170

de


Lice de demônios; nao podeis participar da ~lesa do Senhor e da mesa de dem~nios" (I Cor.10: 21). /. Com essa prática de larga ceia e cumen ica os ~o:íntios afrontavam o Corpo e o Sangue de Jesus ~ )Costa. Se aqueles insensatos por repetir indigname~ te com sJlas rivalidades, glutonarias e b eb ed i ce s a ~1esa Memoratíva insultavam o Senhor. há muitas outras maneiras indignas de se tornar réu do Corpo e do Sangue do Senhor ao se celebrar indignamente a Ceia. Todo pecado é contra o Senhor. O p~ cada de comer indignamente a Ceia ê contra o Corpo e o Sangue de Jesus Sacrificado no Cal~5rio. ~ um ultraje direto a Cristo Crucificado. Ultraje esse sujeito a severas penalidades. Por 1sso em Corinto'havia "muitos fracos e enfermos" e muitos morriam (I Cor.11:30). Porventura hoje muitos crentes não estão sujeitos a idênticas penalidades por tratarem indignamente o Ln s t i t u t o Anamné-

-

sico?

.

De muitas maneiras as pessoas podem se apror indignamente da Mesa do Senhor. C~oi te de Domingo presenciej----l!m Culto em que' se efetivava o Ri to Memor~. Postei-me a"o tunda do Temp1o-~"·N"õ-me1hor~gar para observar. Não era a Igreja da qual sou membro, por isso não participaria. Deliberadamente ·fui olhar. Que horror! Antes nia tivesse ido! Li na frente tudo bani tinho. Pelo menos aparentemente. Da metade do Templo para tris um espeticulo deprimente. Um casalzinho de namorados no enlevo da paixio, .. O ra paz beijou o pâo e a taça de vinho entregando-os à moça e esta repetiu o gesto. Com os elementos da Ceia trocavam as genti lezas das car l c i as •.. En quanto a comunidade aguardava o instante de comer 171


o pao uma moçoila enrolava o seu pedacinho nas pontas dos longos cabelos. Rapazolas faziam holinhas com o pão e as atiravam uns contra os outros. Tudo sob os olhares complacentes dos mais velhos ... Repreende-Loe? Ah.', pode afw:-tá-7,o$ da Tqre ja, SeY'1:a falta de amor l l ! Todavia, embora contrarie a pieguice estúpida dos palermas, por se comportarem indignamente s~o todos r~us do Corpu e do Sangue do Senhor.Sio fracos, enfermos e dormem. Se de fato sio crentes ser~o corrigidos e castigados pelo Senhor a fim de nio serem condenados com O mundo. E impressionante o que h~ de irrever~ncia em Cultos da Ceia ... É uma das causas, a principal, da decadência espiritual de nossas Igrejas e de duros castigos (I Cor.ll:30). Por ter vindo da superstição sacramentólatra tenho horror a ~S1~_ S'9isa que até - de mui to longe lembre a superstição, a feitiçaria, a idol~ tria, a sacramentolatria. Creio firmemente na Ceia do Senhor como símbolo daquilo que Cristo fez no Calvario para me salvar. Os elementos não me outorgam graça algu-: ma. Não os reverencio e nem os cultuo. são sÍmbo1:,9s!Respeito-os como sÍmbololL: ' Nessa postura de fé i ncen t i vad a quando parti eipo do Instituto Memorial, reclamo absoluta se=riedade na sua celebraçio. Se a Igreja deve se ajuntar num lugar (I Cor. 11:20) para, em ato congregacional, ceiebrá-la,re pu .o de coerência e de reverência, ocorrer ess; sublime ato congregaciona1, simbólico e i n sp i ra t i vo, em Culto próprio, reservadonivame~~ p~ ra a Ceia, em horarlo dIferente dos outros Cultos eprogramas éfa-igr~Tã-:--Po-r-··-~;:empi~:-~--;~~br-ezia 172


adrede informada, éljllTlt:II--:--l'-i:1 11,\ 1(),llillgO,I,- 1_I-e5 ou quatro horas da tarde com 1\ ,\hj,-",:\'t\ 11111L:O de efetu~-l~ em sequ~ncia ~ pregaç~o aluHiv3 e de permeio com cânticos apropriados. Embora os memb r o s da Igreja oficiante pudessem ser acompanhados de n~o-crentes e de pessoas de outras Igrejas que não participariam, considero, que na s s a hora da Ceia at~ a porta principal do Templo deveria ser fechada. A Espiri t ua l i dade do Cristianismo precisa ser vivida e defendida com todo rigor. E a missio das 19rcjas verdadeiramente BíhLicas!

e

2) - f'X/,MTNE-SE' (L Cor. \1: 28) um dos verbos alvo de nosso estudo. Ne l e o clero romano quer ver a prova bfblica da ne~essidade da confissão au r i cu l a r antes da c ornu nh ao da hóstia. Só menmo na cai.xol.a oca dos padree l, pondera o Azambuja.

Examine-ue

, pois,

o homem a Ri meemo ,

e

a,g-

e i.m coma do pao e beca do côiiee. Exami n a r é provar. (1\ c o z i nl;ei r a examina qu an do prova o tempero). F. submeter a exame (Na esco-= 1a há as provas). l~ anaI isar .c orn atenção e mlnGeia. Ponderar. Refletir-e meditar em ou sobre algo. f. sondar. Perscrutar, lnvestigar. É a advertência da PaI av r a de Deus atinente ?i Ceia. 'Antes d c ~omê-la eXC1lm:n:-~wJ poie , o h()mem~ .: [ave-se. AnalIse-se com mlnUC18. Pondere. Ref11a e med i t e no que vai f a z o-r • Sonde, perscrute e /; nvestigue o seu rntimo a verificar os motivos pe l o s qu a i s assenta-se ã Mesa do Senhor. • -,Os adeptos da ceia livre se encastelam n~sta recomendação alegando que, se cada indivíduo e o

173


scu próprio juiz, se nos escapa" a po s s i b i l id ad e de julgar se alguém deve"~u não sentar-se a Mesa do Senhor e destarte, e j a que cada um dará conItas de si a.Deus (~1ll.14:12), foge-nos a au t o r i d a-: de de exclu~r alguem. -d"'" Ora, a seguir-se este raciocínio, J Igreja ~aria destituída de condições d e impor limitaç;es sobre todos os demais assuntos e se transfor maria numa barafunda. Outrossim deve-se em mente a advertência do Apóstolo no sentido de n~o se manter c:omp<1nheiris mo com aquele que, chamando-se i r niao , ;:; [o;""nic;i=rio, idólatra, avaro ... Com esse tal nem sequer carnais" (1 Cor.5:1l). Paulo Apo s t o l o não se di r i g i a ao mundo ou aos cristãos em geral. Escrevia diretamente <1 uma determinada Igreja, ~ de Corinto. Portanto, a pes soas s a l v a s , batizadas sob profissão de fê e mem='b r o s de uma Igreja. O Apo s t o l o sem l h e s recomendar examinarem-se se eram salvos, batizaJos v mem b r o s de uma l g r e j a , porque tudo isso j a eram, 3d moesta~s a que cada um se examine a si prGprio sobre algo diferente. Sob r e a maneira de como e porque cada um tomaria a Ceia . ../Considero dificultado e em extremo prejudica ~o este exame, esta an~lise intima, quando a Ceii se dã após o Culto de longo pe r oçí o de cânticos L' avisos, com uma pregaç~o n~o menos longa. A pessoa j~ cansada, sonolenta, apressada de regressar ã casa, tem i nques t i o n.rv e l mente s e r i as d i fi c u l oades de se predispor a examinar-se em reflex30 sa~_ tificante na direç~o do discernimento ele noss()S~ n ho r 'imolado na cruz. Eis outro motivo a me convencer da praticidade e uti.lidade da r c un i a o cemgregacional em hor~rio diferente para a Solenida-

An

7

174

í


de ~Iemora t i va. Este exami ne-ee requer concentração' f avo racida pelo afastamento de todas as demais preocup~ çoes e cuidados. Deparo-me com este verbo empregado no grego original do Novo Testamento em Y~rias outras ocasiões. Expressa ele o estudo meticuloso do ag r eu! t o r .e do viajante a perscrutar as nuvens e os sinais do tempo mencionado por Jesus em Lc.12:56. Sub 1 i nb a em I -10.4: 1 a prudência no investigar os espiritos na precaução de se evitarem os falsos profetas. Ainda na Primeira Ep l s to la aos Co r nt i os l'au10 adota-o ao referir-se ao juízo quando "o [o go p rov ara qual seja a obra de cada um" (3: 13). Esses poucos exemplos do emprego Ju verbo cxamine-ne reve1 am sua verdadei ra ac epç ao na qual precisa ser entendido t amb em em I Cor.ll:28. É um sondar, um investigar, um inquirir cautelosamente, um o sq uad r j nbar o nosso íntimo em referência ã Ceia Simhólica do Corpo Exangue e do Sangue Espa.!::. zidu" do nosso Salvador. . f\ I·:s t c- exomi.ne+ee , poi e , O homem a 81- me amo 11?í'1 se trata de um exame de consciência para se lembrar de pecados cometidos e, com esta perquiriç".;i.o pe<.lirper<.lãoa Deus a fim de se tornar digno ( da comunhão do Co:p~ ~ d'O Sangue do S~~ho:. Esta d e li cadcz n ,) s cu s i b i Li dad c de' l"nnSCll'nl'la, sem qllaisquer ex~cerhat.;ões rsicopatas, devemo-ias cui tivar em cada dia e em cada instante do nosso vi= ver. Esta atenção espiritual deve ser UIDa constâ..r: cia na ~ i da <.10 crente sem a espera do momento da Ceia. Nao para que nos tornemos dignos de Cristo, pois isso é impossível, IDas para correSf?OndermOS? ;) Sua Cr a ca e aos Seus Desígnios sobre nossãvida e nossa personalidade. í+

í

175


- E

--

será

pelo

fato

de o crente

no instante

Ceian~~cordar-se de um pecado que dever~ oml:l-se de comê-la. . / Aquele di~cono com a bandeja quase vazia retornou ã mesa da presidência e a tremer demons tr.~ va seu desconforto. Encostou (~s lab i os aos ouvidos do Pastor e em cochicho audivel a todos do pequeno recinto, a apontar com -o dedo,' observou: Pastor, aquela moça rejeitou a Ceia ... AU tem C01:s« , Pastor.' A permanincia de resIduos cat61ico5 e sacrarnen t o la t ras entre os verdadeiros crentes a inda s u os i s t em , Dentre eles essa noção de se ter o coraç~o absolutamente isento oe pecado para se tornar digno do Memorial. E quem, embora com a consciência pesada participar dele, comete sacri légio. Nenhuma lembrança de pecado, seja qual for ele, permite o crente,afastar-se da 1'lesa do Senhor. Não é quem está em pecado que deve evitá-Ia. n~o,est5 em pecado? Se somos ~ecadores! SalSIm. Mas somos pecadores. l nd i grios da cornuo do Corpo e do Sangue do Salvador. Ah l, e se um crcn t:e ee tà em inimizade com ou t.ro ' Desentenderam-se e es tão de mal ... Re.ssr?nt.{'::' dos, nem se [al.am ... _ Semelhante situ3çãoimpede qualquer_comunic.<:: çao com Deus e qualquer ato de Culto. Nao apenas a Ceia do Senhor. Ca Lha muito bem a adrnoe s t acao de Jesus Cristo: "Portanto, se estiveres apresentando a tua oferta no altar, e ar te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a li diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te prime i ro com teu irmão, e depois vem apresentara tua 176


~

\

o f e rta" (Mt. 5: 23-24). Quem está de mal com seu i rmao nem tem condições de entregar sua oferta a Deus. Que primeiro se reconci lie. Se nem a oferta pode entregar, acaso suas oraç~es subir~o ao Trono da Graça? (Ouvi severas exortações no sentido de que os crentes em inimizade evitem a Mesa do Senhor. Por~m, esses mesmos crentes s~o exortados a entre ga de dizimas e ofertas ... ). At~ nos espaços batistas, certamente por fal ta de instruç;o devida quanto ao simbolismo da Ceia, e por influência desse trágico interdenominacionalismo e por reminiscência da sacramentolat r i a católica, l.u t e ran a e calvinista, há pessoas que consideram suas espécies como amuletos, elementos aos quais ~ inerente alguma graça e por ~les comunicada aos participantes dignos. Assim crendo, erroneamente crendo, se privam da Mesa Me mo ra t i va. Far i am mui to bem em recusá-la por não discer nirem biblicamente () Corpo do Senhor desde que conservam uma crendice sacramentalísta. Aquela mulher deveria esquivar-se. Aquela se nhora por mim surpreendida a,por na boca do se-;:; i1hinhO o resto do suco de uva por ela deixado a ropósito. g pro menino também sê abençoado~ quis xplicar. Impedidos por tratá-ia indignamente estão aqueles que só comparecem ao Culto no Domingo da Ceia com a intenção de comer ern+n a na cobiça de se rem ahençoados e ter~m melhor sorte. Compete aos pregadores a gravfssima responsa bi lidade de instruir seu rebanho acerca de todos os ensinos da Palavra de Deus relativos ao Instituto Sagrado da Memória do Salvador crucificado.

4

177


E ao se examinar cada um ve ri fi caria orn que condições es taria se aproximando da Hesa do Senhor. Se houvesse o risco de faze-lo indignamente recu~ riam ou, melhor ainda, consertariam sua maneira de considerar o Memorial. "Examinai-vos a vos mesmos s e pe rmanc c e i s na fé; provai-vos a vós mesmos" (Il Cor. 13: 5a), é o clamor do Apóstolo a ser. por nós ouvido sobretudo no solene momento da Ceia quando pe 1 a fé podemos contemplar o Salvador, unicamente o Salvador a consumar na cruz a nossa_Redenção.

3) - Este contemplar o nosso Salvador é aque DISCERN!.J} o. cor~o ?o. Senhor (~ Cor. 1 L; 29.). /'! Os c o r i n t i o s I n c i d i am em t r e s gravl S8 i mos e 'funestissimos erros decorrentes da sua pervertida ceia livre: o de franquei-Ia ao fornicirio (1 COL 5), o de abri=1a aos pagao,s (I Cor. 10: 16-22) e o de t r ans f o r rna+ l a num convesq2Le de comi lança e bebedeiras. -17A.~.-L-~-..-z.A-";:~ Bonzinhos quais g~~çor no largo e aherto gesto da confraternizaçio e sociabilidade, confun d i arn Jesus Cristo com o f o rn i c a r i o , com os pagios--:com os glut;es e bêbados. Confraternizar-se ~ Mesa do Senhor sobrepondo outras pessoas, também crentes c salvas, ã Pes soa Divina de· Jesus, é tratar indignamente a Ana;:;; nese Simbólica com a infração do respeito .ao Co~ po e Sangue do Senhor. A precaver-se desse risco deve o homem examinar-se a si próprio no objetivo de DISCERNIR o corp~o Salvador. ~~~~ SCE~'\jIR si gni fi ca perceher, c a r a c ter i z a r , /7 diferençar, d i.s t i.n gú i r , separar, discriminar.

Ae

/"

178


He.br eu s 4: 12 rea1ça o vigoroso sentido do verbo: "Po r qu e a Pa l av r a de Deus é Viva e Eficaz, 02 mais cortante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até a divisão da alma e espírito, e de juntas e medula~, e é apta para discernir os " I coraçao - "• pensamentos e lntençoes eo Se no desenrolar do Ritual Memorativo e nos s eus e le rnen t o s s mb o licos deixo de caracterizar, perceber, distinguir, discriminar o Sacriffcio de .Je sus Cr i s t o em meu favor e por minha salvação cem" s urna d o no Ca lv a rio , incorro em condenação, enfra= queço-me e e n f e r mo na vida espiritual e me 'sujeito ao Hono de total anemia, e incorro na inflição de grave d i sc i p Lin a da parte do Senhor. Se me omi to em separar e discriminar o Redentor no ato do Seu Sacrifício Vicãrio, imputar-se-me-ã a culpa do Corpo e do Sangue de Jesus, culpa essa a me acarretar o castigo por have-lO profanado; . Conquanto a Sagrada Ordenança não se pr~st~ ao i nd i v i d ua l srno desenfreado, a pessoa é membro da Igreja, uma coletividade, ã qual deve t r ibu t de respei to também por ser ela investida do rnuru.s de preservar a pureza da Inefável Anamnese do Senhor, precisando o indivrduo examinar-se a fim de no seu lntimo discernir atraves dos símbolos e alem deles, as realidades do Calvario: o Corpo di 1ac.~;;;~ de Cri 5 Seu Sangue derramado. -----.. 4i • -_ Nesse dlscernlmento especlflco, durante a Ceia há de Se pensar somente em Jesus Crucificad~ Não em Jesus Menino ou Ressuscitado. embora Ele é o Senhor Vivo. Não em .Jesus a ascender Glorioso aos céus ou En t ron i zad o ã Direita do Pai. Não em .Jesus a pregar o Sermão do Monte ou a curar doentes e a acalmar tempestades ou a multiplicar pães e re ssu sci t ar mortos. A Ceia ê Memória, a Anamne-: í

I

í

tc:-e"

179


se, de nosso Senhor .Jesu s Cristo a Se sacrificar na hedionda cruz em condiç~o de VItima dos nossos pecados. Deve-se pensar nEle Crucificado por nós5a Eterna Redenç~o. Aquele Corpo Macerado e Aquele Sangue Espargido se discernem na v i sao da fé pela memória avivada e despertada no desenrolar do rito Hemo ra t vo E' nas espécies figurativas. "Fazei isto em MEMÓRTA de Mim ...". s a li en t ou nosso Senhor. Celebrá-Ia para fins sociais: formaturas escolares, consagraçao de T(>~ posse de Pastores, aniversário de Igrejas', significa ultrajar. a In s ti tu i ção bivi.ruLP-.LQ~~!la.I29_<.?_~~C-")TP..() .e _ o Sangue dõ-senhor não discernindo-O de todos esses motivos. Todas essas ocasi;es podem perfeitamente ser assinaladas com outros atos de regozijo e de gratidão a Deus. . Part~dela-2a~s domésticos é pisar o Fi lho de Deus Crucificado nãõcrrsc.ern1ndo-O na ceia Memnr:ial. O casal. se ama com aquela paixão do no:ivado/ e da lua-de-mel. Ele presbiteriano e ela batista&/] í

Combi naram ... Em tudo E.'ntrar:. em a,<;:rdo. C,:da um! cedendo um tanto. Eu eedo ea e voce eede la ... A harmonia perfei ta reinava entre ambos que v i v i am aos beijinhos. Cada mês um tornava parte na cela da Igreja do outro. N~ Igreja Batista o marido reprimia o seu desagrado para não descontentar a esposinha. Lá vinha o Pastor com a advertência de que pessoas de outras igrejas deveriam se sentir em consciência impedidas de tornar a Ceia. Para aquele maridinho. primo do Dulçor, tal aviso soa-

va como um escárnio dia conjugal.

deraçao 180

para

e atende-Ia

seria

uma tragé-

Que gente estreita.' Falta de eonsicom os i.rmaos na fé. Só porque .sao


de ou irae tgY'??Jas.

Sou creni:e , A mesa é do Senhor>.

Curtia o rapaz os seus ressentimentos contra os batistas "estreitos" e ao passar o prato, sem olhar as faces do d i acono de carregados sobrolhos, surripinva os elementos. Triunfante sentia-se por sOhrepllj~r a "estreiteza" daqueles batistas "anti q uad o s!". Aconchegava-se ainda mais ã mulher, ~ Sl'U ho nz inho , como que a s ob re ca r rc gu-r la ainda mais de afeto. Uiscernia s6 o corpo da mulher! N;o o corpo de CflstO. ---tci--TâTITã-s----Opor t li n idade s na v id a c:onj up,a 1 par a o marido d i sce rn i r a mulher e e s t a aquele'. Taf1l hém 11:1 r u a ou no e sc r i tório quando ele vê as ou-. eras l' o la é a~vo de galanteios dos outros. NesS('5 i n s t au t e s e que eu que r o ver o mar-id inh o d 1.Sc e rn i r a esposa e esta, firme na sua fidelidade, dis('('rnir o seu 110mem. Aquele sentimentalismo idiota aliado ao sectarismo iu se n sa t o do casal aludido é ultraje a nosso Scnho r Sac r i f.i cad o no vi lipêndio da cruz. De resto, Je:iUS no comemorar a Páscoa e instituir n Sua Ce i a ~1clTloríal evitou a presença de Sua p ro p r i a mãe ca rn a 1. E foi a ú1 t ima r ef e i ao rjFle. Por que não Se deixou sensibilizar na quali (I:ldl? d o fi lho de Maria e levá:"la ã Mesa? Despr; zou-a? Não;!: Dedicou-lhe afetuosa preucupação ao pon t o de já exangue na cruz, confiar a guarda de-~ ia ao discípulo João. Impediu a presença de Sua prGpria mãe ~ Ceia rorque a Ceianio ~ 0('a5iao de se externarem afeiçoes humanas, nem as ma i s profundas que s~o as filiais. banquete Em definitivo se a Ceia nao i um social, nem um alo mágico, t arnpouco e prova de amo r cristÃo."', . A Ce'a llão é cotnunhao fraternal ~ Ê "a c omu+

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181


nhão do Corpo de Cristo". É "a comunhão do Sangue de Cristo" (I Cor.1O:16). Seu intuito primordial não 5 o da confraternização dos crentes. // Conduzir um membro de outra Igreja ;:; ~Iesa do enhor realizada em minha Igreja a lhe demonstrar meu apreço por ele, minha largueza de compreensão, minha amplitude fraterna, significa disccrnir o meu y.m..i.go Q..i s ti n...s.:.1.i.:..!.y t __ aQI"ecJJJ=1\].~ ~._~_mar:gi~lizra~or. Mais do que nunca;] Mesa do Sr-n ho r S0 a p l icam as sE'veríssimas palavras. de nosso Senhor: "Quem ama o pai ou a mãe ma is do 'que a Mim 'nÃo t' digno de Mim; e quem ama o fi 1110 ou a fi 1 h a ma : s do que a Mim não ;:; digno de l-lim" (:-1t.l0:37). I~ <J mulher, e o marido, e o amigo, e patrao, c ü em pregado, e o vizinho, l' o noivo ou a noiva ... // Na Ceia do Senhor n;o se trata de por Je.sus _7Cristo acima das pessoas. T'r a t a +s e de p,,-IO sozinho. Com total esquecimento de todos os demais. Alguém_quer ser "Lih~ral"? Excelente: l{lI(' o

°

se.~:

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Cj'-!'"

o

s eja

COffi_.?

Com a sua car t e i r a , sua casa, suas r ou pa s csua p o l trona no ônihus ... Co r t c z i a c orn o cltap(.u all1c{; não va le . Se desejamos ob s e qu i a r alguém c on v i d c-: mo+ Lo para um b a n q u e t e C'TII nossa casa c f quo a Ceia do Senhor un i c arne n t e do Senhor e como o S,,nho r ordenou. Co r t e z i a e 1 ib e r a Ti d ad e .3 c u s t a (LI f i d e 1 i d ad e ;{o Ri t o Hemor a t i vos e c o n s t i t ue m a I 1- o 11 ta ao Sacrifício do Ro d cn t or . Toda deft't"011cia .illl-=mana na sua hora c on s t i t u i+ s e em desprezo .1 .Je s u s por não se discernir o Seu Corpo. Ehá ma i s ~ :--J~..s.ª-~ .. c o nvc n i ênc:i as n~.iJls...Lj.J i:cam nossas d e s o be d i ênu as.' ~: -Não d'lS~;-O Corpo do Senhor a que l e "reverendo" qu e ao r o n r l u i r :] Ceia em s e u templo, reí

.

~

~.~•.

.9'.':.': ._~e_\.'..._...

182


S('rV8 o l omc-n t o s para lt'v.3-!oH a d omi c Ll i o no dia s e gu in t e às pessoas id o s a s e on f er mas . isto não é~ di;;t'crnir II Corpo do Sl'nhnr, mas confundi-IO cnrn amu le t o s e f e i ti c a r i a s . ~ã()

alguns de tantos exemplos de ultrnjes

In s t i t u t o Mc'morial

po s s fve

is

dc

s cr ern

ao

lembrados

no. dv s o n r o l a r d e s t a s rllfh'x~l'S."

,

dsL

(~~PllVll

Dl?~

fujJLdo!?-j2~

c~J?s:

o aa~nêramêntOTãtrla de todas 3" nu an c e s e graus e o da pieguice s c n t i rnen t a l o i> de.': Co n c e i tos esses adotados por rebeldes a aütõ=-

r i dade

das Esc r i t u r a s do Novo Tes tamento para os a ~ksa do Se rih o r d ov e r i.n SL'r instalada lã em rampo aberto sob a ampla ab~boda atmusf6riea, franqueada indistintamente a todos que aSSIm se bc-ru-f i c i a r i am da graça pelas espécies transmitid:1S ;lOS comungan t es unidos no horizontal nivelarnon t o de todas as apo s t a s i a s , E toda essa fantasia ao p r e o d a afronta ao Sangue de .Je s u s Cristo e d a contumácia :3 Sua Palavra. Chego ao final Jestas consideraç~es: Ex~mina da a natureza memo r a t i v a e e c le s i a l da Ceia do nh o r , a infranglvel coerência dos ensinos das Sa gr:1das Letras nos c ondu z i.u incoo r c i ve l conclu= SJ(l; ,1 c ornun hao do Co r po e do Sangue de Cri s t o na Mesa Memorativa se delimita aos salvos, evangelicamente batizados, fiéis ,ã sã Doutrina, a "Sa n t i s sima Fê", e mernb r o s da Igreja celebrante do simb~ L i c o a to c on g r e ga c j o n a 1. q ua i s

ç

i

Se

a

.....--c::::: ..

Sair desses ensinos da Pal~vra de Deu~ revela "comer do pão e beber do cálice do Se nho r i ridignamente", incorrendo, por conseguinte, em culpa do Corpo e do Sangue do Senhor pelo que ~ecal183


s ob r e

por haver

o réu

pisado

o

castigo

de

o Fi1ho

de

qu o ('1

t.'

c-

nlen'('('d,'l"

])t'll" , pl'ulanat!(l () Es p i r i t o tI;\ \;r;lt..;J.

:~,\I)-

gue do pacto e ultrajado o A fugir dessa condenação cx.nn ino+ sc cada qu a l a si próprio :1 'rcconhe cc r se no comer do pão e beber do c~lice, verdadeiramente discerrie o Corpo de nosso Senhor Jesus Cristo, o nosso Salvador. Que a Palavra San t a l n f a l Ivo L, J ne rran t c e Tn deficiente de Deus, "mais cortante do qu e qual=quer espada de dois gumes", corte ('('rCCno Intimo de nossa consci~ncia discernindo os nossos pCl1samentose intenç;es, as nossas fr~geis convicç~es e os nossos e scu so s interesses humanos... c: disc('rnindo os refolhos mLlis rntimo~ do nosso Intimo nos conduza a discernir na celebraçao da Ceia Memo ri a l o Corpo elo Senhor. Amém!!!

184


-------

---

-

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----

S. CONGREGATlO DE PROPAGANDA F1D~ Roma,12

V

--

/

de r.ov~~bro 4e 1971

E=o. s%lr. D.PauJ.o Evar181io

ÁrJUI,

PU 1:: BOllUJI I

Faço votos de que oe B6US .IOFeeDÕ.u.entos à frente da .audo.a Arquidiocase de são Paulo estejam ae'conéretizbLdo. Tivemos coDhecu.ento da sentença judicial fa~orável ao ~e An!ba~ F~reira aos Reis.Certamente ;1e ~o~á medidas para ~roclamar 8 divul gãr-~decisão porque ieso lhe 1ntereaaa.t 1ament~v.l qu a sorte lhe h,!jllf•.vor"cido.Âsors,l-0r cerr,o,"ê1e se inflam&.rá lt.1Dda JMa18 na sua pertinácia de pregador protestante. COIa.oa.u antigo i-l'OfeODOr e obsilrvador d. sua. ativi<iadea como ·8.U spo que tui,reconh.~o ser; um doe 8ac~rüOte8 ~1a culto8 do Bral.t 1nvo ÁV8 ~ 8ua enorme CIl acidada de tra a o. nt~ 1scnte,c~to e;;:1nda,teimOa •••• en.1I t.raba1hador.lio mom~,nto· e o erese Iroaisem evid;;n- . c~a no Brasil 8 quem maio p~rtürba o avao~o do ecumeniemo.~;~ tÔ08. :1. e muito Iroaisjá se teria conabBM1do.Oa asU. livr08,alá •• ds SUlt.8 ções,v;m cúU8andO enormes d1f1 u a a08 lano. a no _ sil.Xa••emos que eaaa literatura sa~e traduzi4a em outras 1 ngua8,0 que ir1a alastrar o mal em outros pa!zcs. O ~anto Padre,informado da ~udo a apreeIl8ivo,solic1ta-lhe,l>0r meu iArm~~10,q~e 1nsiata no.a reun10ae da CNBB para q~. a. eatudem medida. B&l'em ""oted"s para coibir e neutralizar 08 efe1toa do trllbelho dêa11 saCér~ote.S8 nóa o perdemos,o que 1'01 enorme pr.JU!zo.~iora é n.ce.~rio berrar-lhe a impetuosidade. . O qU8.!bzer? Como ~~ ~i~8e.é pre~.BO que a•• ~tudem •• d1dsl ad8qU&~ o,a8.~VIl.l! 1-1'CliOVlralgum!!.coiaa ma 4a ••••• oraUsa-10 entr. 08 ;pr6pr1~

7:

P10iõt;sta.nt

••e ,

08 b1apol no !r.811 davam •• convencer 4. , O a,&a~c:~ruõl~l':U~O!:.~q~~!'::&~':Á~~6~n!t!e:.~ma~1~8~c~a~u~.~&~~.~o~c~u~~~~:i~Ii:i~~:s:"-ettte n.UtollláClo ~ lU'sente 801uçao. ~uDd.-me 0e~pra 1l0t!o1a••bem como r.oorte. ~er •• 8&Dt •• 4. ~ornai. t:

r6:v1atf.l.8.

°

Envie-lU tamb ••••infon.&"õua oôbr. ._1 I &li•• d14&. & ••rem liO __ <ias ~bla ~BB atbre o aesur••o Padre An1bal Pareira 40a a.la & fia 4e mo.nter info~dO o S~to ~~~r8, CG.Q WD •• b:ra. .•• o êoe


a.a.-

/,

~art6rlo do L' Ofk1o ••••••• 1•••

2J -

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-.... .

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$ACIlA UJ.,t

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PaO GItNTIUN 1\'ANCtLIZA'rJON& ssu 1>& rtlOI'MlANDA •.•Il&

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_:1.0

c.o.Sr.Cerdeal ••••••

Li

00

~1 •• do p.1&

9••••

ro.ort •• ~ •••• rOY1at.

d. 1979 ~ ••

DYloY .obra O r.latório da eIS4 d'-

Y.ja.Houv~ então

outra

oportunidad •••• m nÓ •

•• p.r~ •• d••• re_ divu1w'daa •• nosaaa a.plieaçõ •• - ro.peito da c&r~a do DO.osb~ d. 1'1~ em que lhe fal.i do padre An{bal Poro ira

! a.1._.

~7

doa

l

o. ~.~.~

torwa,peneo.el.

toi d ••~or.li.ado

entre oa prot •• taa-

tu. C.t ••••itlf'onoadodo que .••.• !.Co. , incluindo-.o

00 ch.(et •• batist •• ,

por cw". da diwl&a~ao da••• inh•• "xpli.c.çõo. :,ara tulUI &quel. carta como ~O~j.d. e e.Pl:~ia,con!'id.raJIIo pa,dre A.níbal o autnr de{ ~a. C ioao .0 ot~ •• eara no •• QuondQ .PrtB.~i ao Jornal B.ti.t. a. Ju.ttticaçõ •• para ser considerada

a "carta de novembro

d. 1971

.p;;;,ril'a,no. pou ••l... ntrU'<lir a fo1.8i(ic&940 ao pRd•.••S. doi a ·.ut.MJ.r l.oo.t.nta .alhor. Baqu.la ocaoião f'iquol..urp •.••o co•••• diYlllpçÃo daquela ••I.nha car&a

e até hoje

AD{b~.

não

•• d•• cobriu

como ela cher,ou

1.00 couticua ••• ~.ix&D~o bastante

~ que • publiçaç;Q

d.~.

rÁ,todUi. •• qu.e •• \0"

8. tOrD4.

surtiu cuidado

ã.

mãos do padre

1ntrigada.O óti.a por.~

srand •• ~• .ult.do. para que outro.

nara

Qó••Boa

docu.mento.

••-

DO ••oa hão

do coDh.ciaan~o ger,l. Haqu.1e tompo cho~.1 at•• pena ••• que oa protestant.c •• uni~, •• torno daqu.l~ o.cerdot. h.re".,nào .ó ~ara d.f.nd.-lo •••• amb••• paTa prootipa-lo.l'onw.i quo 11'1_ t•••r •••••• no ••••• arraacad. pro ••li.ti •••• r.li •••nt. ~do acoDt.c~ • GO••O favor. o cl.ro brasileiro vai d• .....,r.l.z.ndo O padre f.J\Ú'al a ponto .' meio prote.tanto. 00 DAO .ncontrar •• i. Dportunid~do. uo Proprl0

4

7

-

O .xit~ do

DO •• O

traba1bo

se devo •• ~ito

taDt•• ,à ~.lt~ d. tatlligêneia 10 •••

à

dóa .eu_ e~.

de9unl;o

dos prot •• -

e ~ amb~çno 6••-


COPIlOORl Z !lUA

Cll..\vo

D', 10m 1TDl.

~-.l_


,I.

*

SACRA OONGRt:GATtO

PilO CEl(fIUM EVANCELII."'I'IÚSI SEU

DE PROPAGANDA

I IUL

4 p~pri. li~.r.tur. dO padre 4A{bal P.reira do. Rei. não ,•• Doa •• ioa prot •• t&n~ •• aqu.l •• ceita9ao que po~.ri. ~ar.P.li.m.nt. porque i8ao •• d••Wó••• tarlaao •••• A. ~r.judtcadQ... bo~y •••• maior .e.it •• io doa livro. d.l.,PO~ lUA lr'YmlAtacio í "~Ira.

~

•• l Arasa, ter cher.ado •• 'bora d. jo,,~ •• Jli:i .•• p.dra 4A1bal. Coab~ço-o .utto b •• ,Eatou ~.rto do '11.1 ~.acont'Dt •••• to DO' •• l.. oa prot •• ~t •• baUIC ••• IU. h. muit., .n.rroi••• DÃo •• co.to ••••• ••• ••r pouco aprov.i.tAdo coa pOUCO.' ol'"rtunid.d••• P"neO 'lu' &flOra j~ pod.mo •• t.etá-lo d. v.a. Talv•••• ria NUito aoon •• lbáY,~, o procuru •• para otlneu ~; ".;•• c';;rp . ,urt.to•• reD.g.81".CU"1I

á dt ~.rr.

DO

~;-;;;;;;;:;;d~-

c1 olco d. 1.1" doe DO'ao& bo&pitai».4 •• tm'ticari.

l

~~irãi'lbO

d. pr'tador

prot •• t.nto.NÓ,

.eu s.lo pert{n •• co_ • vanta~

de o termo.

par. "mor. ata.ttcar{aao. 14v •.•• do

a DO •• O •• rvl90.

4{....!.. S,P.ulo bá •• cerdot., q••• 00"t11111'"Jalito •• 1.'l". d.1 ••••0_ ~,":n, •• ~<!U~ Har'i.~~d.u•I.L!I!t'!..'._~ROIlOIO Do, An",óUoo.U. d.l •• pOderia,eo. 4.gradeço--lh. ••

pnadenoi.a,tr.c ••• do a•• u,nto oom .1e. r ••••••• \10. r.C'lo;'~•• fO. qtaat.a aamp••.a

"t.t•.

•••.••

0 no,.

s.r•• auiCO Outro •••••••Ilto. tr"tar._ •••..•••• do •• tiv •••••o. J.UIl~O •• u. abr.ço. e. Mo ••o SIQbO ••

Can\1auo

•• tr8'_8"\0

to •. PI'".eta\o d•• ', ••

6Jt" •. ~:

.t•• ~d ••A cri •• d. Pu.hl •••••••• 'N ••••••••

"ntido.

IlUl~


---


IX) AUTOR:

A

SEGUNDA

() CRFNTE ESTE PADE

BENÇÃO

PODE

PERDEF

ESCAPUU

DAS GARRAS

E O l)llEOS PADRES PEDRO

A SALVAÇÃO?

ESTÃO

DO PAPA

FAU:NDO?

NUNCA FOI PAPA: NEM O PAPA É VIGÁRIO nf: CRISTO

A

mSSA

A GUARDA

DO SÁBADO

ASVISÔES

DE DANIEL

ANCHIETA:

SANTO

OU CARRASCO?

A fHAGEH DA BESTA

A MÃE nAS PROSTITUIÇÕES O DIARO

o

(autobiogJ

SINAL

DA BESTA

JESUS E O DIVÓRCIO A

BfBLIA

O

SANTO

TRAJ"DA

QUE ANCHIETA MATOU

o SEQUESTRO

DO "PAPA"

JoÃO

PAULO

OS PENTr~COSTAI S E o PENTECOSTES

- segue-

II


OS CURSIUIOS A VIRGEM

POR DENTRO

MARIA

A SENHORA CARTAS

DE CRISTANDADE

APARECIDA

A UHA NOTVA

CATÓLICOS

CARTS~T1COS LICOS

O PADRE CRIA EM JESUS, A VERDADEIRA

IGREJA

AS AVENTURAS

DO C~RDEAL

E PENTECOSTA1S

CATÓ-

HAS NÃO ERA SALVO

SERÃO BOAS TODAS AS RELIGIÕES? A GRANDE

BABILÔNIA

666 - APOC. O CRISTÃO MILAGRES CRISTO

13: 18

E O SEU CORPO F. CURA DIVINA

f. A~SlM;

O CARDEAL

SALVA ATÉ PADRE

AGNELO

ROSSl DESiviASCAR1-l. O ECUMENISMO

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