My Cooprofar Junho 2020

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junho 2020

04. Análise de Mercado

Venda de fármacos para deixar de fumar subiram 11% 08. Especial Covid-19 10. Especial Saúde

Tabagismo

14. Indústria Farmacêutica

UE defende “autonomia estratégica” 18. Cooprofar

Atchim, Alergia ou Constipação?

19. Breves

SNS: Menos consultas e cirurgias


Segue INTERAPOTHEK no

Distribuído por:

LÍDER NO COMBATE À DOR

www.mercafar.com

Um mundo de soluções a pensar em si


Presidente da Direção

EDITORIAL

Desconfinar sem negligenciar O desconfinamento, decretado pelo Governo, permitirá aos portugueses retomar, gradualmente, as suas rotinas, movendo-se com mais liberdade entre espaços, sejam eles do foro familiar, pessoal, social ou profissional. Esta medida não poderá significar nunca negligenciar algumas medidas e hábitos adotados desde o aparecimento desta pandemia, nomeadamente no que diz respeito a distanciamento, prevenção e segurança. Por isso, será dada continuidade ao conjunto de ações de comunicação internas e externas como o propósito de reforçar a mensagem de que a manutenção das medidas de segurança necessárias, mais do que uma ação individual de proteção é uma questão de responsabilidade cívica de proteger também toda a comunidade. O Grupo Cooprofar-Medlog está perfeitamente ciente do papel que desempenha no setor. Por este motivo, todo o Universo do Grupo continuará a reger a sua atividade assente em rigorosos processos internos de segurança e prevenção, colaborando para que a cadeia do medicamento se mantenha sólida e sem falhas. O contributo do Grupo para a comunidade não se cinge apenas à manutenção de processos que garantam o acesso ao medicamento pelo público através das Farmácias. Por isso, em maio retomamos a Formação Cooprofar, em formato webinar e em breve em formato presencial também, para continuar a dotar as equipas das Farmácias de conhecimentos relevantes para o exercício da sua atividade, promovendo a Saúde Pública e valorizando o papel da Farmácia no acesso à Saúde. Sabemos, contudo, que continuamos perante um cenário com um significativo grau de incerteza e cabe-nos reagir seguindo com firmeza, segurança e confiança. A Cooprofar assim trabalhará no presente, para que o futuro fique marcado por palavras como “saúde” e “bem-estar”, mas também “resultados” e “sucessos”.


Crescimento Mercado abril 2020 vs. mês homólogo

20%

-20%

ABR

-5,3

-4,2 -5,1

-5,9

-6,3 -7,7

Mercado Total

Viseu

Vila Real

Viana do Castelo

Setúbal

-1,2

Açores

Portalegre

Porto

Lisboa

Leiria

Faro

Coimbra

Guarda

-1,0 -2,8

0,0

-4,4

-7,5

DEZ

NOV

SET

OUT

JUL

AGO

JUN

4,4

-5,9

-8

MAI

MAR

1,3

JAN FEV

5,5

-2,8

0,8

Santarém

-1,6

-4

2,4 1,4

Madeira

40%

0,9

Évora

% 0

0,7

Castelo Branco

Beja

50,5

Braga

Aveiro

4 60%

Bragança

8

-10 -10,1

Nos primeiros três meses deste ano, os portugueses consumiram 57.637 embalagens de medicamentos para deixar de fumar. Mais 11,7% (5980) do que no mesmo período de 2019. Segundo os números facultados pela Autoridade Nacional do Medicamento, a substância mais utilizada foi a nicotina, vendida sem receita médica, seguindo-se a vareniclina e o bupropiom, ambos sujeitos a receita. De acordo com um estudo levado a cabo no Reino Unido, o receio dos efeitos da covid-19 terá levado cerca de 300 Emília Nunes, diretora do Programa Nacional de Prevenção e Controlo do Tabagismo, da Direção-Geral da Saúde, revelou ainda não ser possível analisar os números das consultas de cessação tabágica, uma vez que estas passaram a ser feitas por teleconsulta, quando as unidades de saúde suspenderam parte das atividades programadas.

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Farmácia

O crédito concedido pelas farmácias aos utentes atingiu “um valor recorde” de 76 milhões de euros devido à pandemia covid-19. “Em março, as farmácias reforçaram em 7,8 milhões de euros as dispensas de medicamentos a crédito em relação ao mês anterior”, revelam os dados recolhidos pela Adjustt, equipa de consultoria da Glintt. Segundo a estimativa apurada, baseada na contabilidade real de uma amostra de 625 farmácias de todo o país, “cada farmácia adianta medicamentos sem custos a 163 portugueses, o que permite estimar entre 450 mil e 500 mil

As farmácias voltaram a ter máscaras em quantidade para fazer face às necessidades da população. Na semana de 13 a 19 de abril, dispensaram 4,4 milhões de máscaras, e 5,3 milhões na semana seguinte, de acordo com dados da HMR, multinacional portuguesa líder em estudos de mercado de produtos farmacêuticos. A rede tinha sofrido com a escassez de equipamentos de proteção, como se pode ver pelos números da última semana de março, quando apenas conseguiu dispensar 278 mil máscaras, número pouco acima do normal antes da epidemia de covid-19.

VIH possível comprar um teste ao VIH na farmácia e fazê-lo em casa, já se venderam 2389 autotestes em Portugal, o que representa uma média de 390 autotestes por mês. “Estou surpreendida com a adesão. Admitia que havia necessidade desta resposta, mas não estava à espera que fosse tão expressivo”, confessa Isabel Aldir Diretora do Programa Nacional para a Infeção VIH/sida da DGS, que acredita que o facto de quase 400 pessoas por mês comprarem o teste mostra que “apesar de todas as outras respostas que existem, onde a pessoa também se fazê-lo em casa”. 5


Análise de Mercado

VACINAÇÃO Sarampo

Sarampo e HPV

De acordo com o relatório do Programa Nacional de Vacinação (PNV), em 2019, 14% dascrianças com 13 meses ainda não tinham iniciado a vacinação contra o sarampo nem contra a doença invasiva meningocócica do grupo C, que devem ser administradas aos 12 meses. “Este facto coloca as crianças desta idade em risco de surtos de sarampo, se contactarem com casos, uma vez que estão,

A cobertura vacinal subiu no ano passado para a segunda dose do sarampo e para a vacina do vírus do papiloma humano, indica o mesmo relatório do PNV. A coordenadora do PNV, Teresa Fernandes explicou que Portugal está bem e que conseguiu, em 2019, “aumentar as taxas para algumas vacinas, como o sarampo, pois a segunda dose [que deve ser tomada aos 5 anos] já vai nos 96 ou 98% [de cobertura], ultrapassando a 95%”, que é quando se atinge a imunidade de grupo.

imunidade de grupo, conferida a partir de uma cobertura de 95%”, alerta a Direção-Geral da Saúde.

2020

Segundo os dados do Portal do SNS, em abril foram administradas 247.810 vacinas, o que representa uma queda para quase metade, quando comparado com o mesmo mês de 2019, altura em que tinham sido administradas 473.057 vacinas. A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) foi a que registou maior número de vacinas administradas (109.408), seguida pela ARS Norte (59.971), ARS Centro (47.411), ARS Algarve (16.399) e ARS Alentejo (14.621).

Portugal vai reforçar a compra da vacina contra a gripe em 34%, para evitar um surto simultâneo ao da covid-19 no próximo inverno. São mais 500 mil doses, anunciou o secretário de Estado da Saúde. “A próxima época gripal é crítica pela potencial carga de doença, resultante de duas epidemias de doenças respiratórias em simultâneo”. A tutela prevê uma maior procura desta vacina contra a gripe sazonal por parte dos grupos de risco e da população em geral, daí o reforço para além dos 5,4% inicialmente previstos.

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Especial Covid-19

EVOLUÇÃO PORTUGAL E A EUROPA A Europa totaliza, neste momento, mais de 173.000 mortes, tendo ultrapassado a barreira dos 2 milhões de casos. Portugal conta com mais de 1.300 mortes registadas

apurado depois de por todos os laboratórios”. Portugal conseguiu

MUNDO

usam o teste como uma prioridade para rastreamento, e capacidade limitada de rastreamento. Pelo menos 2.222.200

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PLANO DE DESCONFINAMENTO

O que abre / passa a ser possĂ­vel fazer: 4 de maio

18 de maio

1 de junho

de Portugal.

Notas atendimento

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Especial Saúde

Tabagismo Mortalidade atribuível ao tabaco

Segundo estimativas da OMS morrem por ano mais de 8 milhões de pessoas por doenças associadas ao tabaco, das quais cerca de 1,2 milhões por exposição ao fumo ambiental. Em comparação com o resto do mundo, a Região Europeia da OMS apresenta uma das proporções mais elevadas de mortes atribuíveis ao tabaco. Nesta Região, segundo estimativas da OMS, o consumo de tabaco é atualmente responsável por 16% de todas as mortes em adultos com mais de 30 anos.

Em Portugal…

Em 2017, de acordo com estimativas elaboradas pelo Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME), morreram em Portugal 13 104 pessoas por doenças atribuíveis ao tabaco. Destas, 10 588 homens e 2515 mulheres (IHME, 2018). A análise da distribuição das estimativas das percentagens de óbitos atribuíveis ao tabaco por grupo etário confirma que o tabaco mata prematuramente. Em 2017, a maior percentagem de óbitos atribuíveis ao tabaco, em ambos os sexos, registou-se no grupo etário dos 50 aos 69 anos - cerca de 25% do total de óbitos observados neste grupo etário (IHME, 2018). No mesmo ano, estima-se que o tabaco tenha contribuído para cerca de 15,3% dos anos de vida prematuramente perdidos, 21,4% nos homens e 6,7% nas mulheres (IHME, 2018). O consumo de tabaco é uma das principais causas evitáveis de doenças crónicas não transmissíveis, com destaque para o cancro, as doenças cérebro-cardiovasculares, as doenças respiratórias crónicas e a diabetes mellitus tipo 2, conforme se observa na tabela 1.

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Prevalência do consumo

Globalmente, a Região Europeia da OMS apresenta a maior prevalência de tabagismo entre adultos (28%), incluindo uma das maiores taxas de prevalência de tabagismo entre as mulheres. Em Portugal, segundo o 5ª Inquérito Nacional de Saúde (INS), em 2014 20,0% da população portuguesa com 15 ou mais anos era fumadora, 21,7% era ex-fumadora e 58,2% nunca tinha fumado. Cerca de 1,5 milhões de pessoas (16,8%) fumavam diariamente e cerca de 288 mil(3,2%) faziam-no ocasionalmente.

O sexo masculino registou uma prevalência de fumadores mais elevada (27,8%) do que o sexo feminino (13,2%). A prevalência de consumo diário foi de 16,8%; 23,5% em homens e 10,9% em mulheres. O grupo etário dos 25 aos 34 anos apresentou a maior prevalência de consumidores diários: 34,0% em homens e 18,0% em mulheres. A média diária de cigarros fumados foi de 15,8 nos homens e 11,6 nas mulheres.

Prevalência de consumo de tabaco na população residente, 25-74 anos, por sexo e grupo etário | Portugal, 2015 4

6

4

8

3

3

3

4 6

-34

3 -44

4 - 4

8

-64

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6 -74

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Tendências de evolução

Segundo um relatório da OCDE, a percentagem de adultos que fumam em Portugal tem vindo a diminuir desde 2000 (de um em cada cinco para um em cada seis), sendo atualmente a quarta mais baixa de todos os países da União Europeia (UE). A evolução das taxas amostrais, não ponderadas para a população e padronizadas para a idade, do consumo diário de tabaco em Portugal Continental, observadas nos INS, aponta para um decréscimo de consumo nos homens e uma subida do consumo nas mulheres (Leite et al., 2017).

Evolução das taxas de fumadores diários com 15 ou mais anos Inquéritos Nacionais de Saúde | Portugal Continental, 1987 a 2014

exo

s 7

exo f 8

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6

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Especial Saúde

Consumo nos jovens

Em 2015 a percentagem de alunos dos 13 aos 18 anos, do ensino público, que respondeu já ter consumido cigarros (experimentação) foi de 39%. Este valor foi igual em ambos os sexos. Aos 13 anos, disseram já ter consumido cigarros 11,1% dos rapazes e 12,3% das raparigas; aos 18 anos, 59,3% dos rapazes e 58,3% das raparigas (Feijão, 2017a). A experimentação de tabaco registou uma ligeira tendência decrescente entre 2003 e 2015, mais acentuada nas idades mais jovens. Quanto à idade de consumo do primeiro cigarro, em 2015, dos alunos inquiridos com 18 anos, 34,2% disseram ter iniciado o consumo entre os 13 e os 15 anos, 15,7% entre os 16 e os 18 anos, 10,2% entre os 10 e os 12 anos e 2,6% abaixo dos 10 anos. 37,3% disseram nunca ter fumado cigarros (Feijão, 2017a). Relativamente ao consumo nos últimos 12 meses, os cigarros foram consumidos por 29% dos alunos, o tabaco para cigarros de enrolar por 18% e os cigarros eletrónicos por 13%.

Experimentação do consumo de cigarros em alunos do ensino público dos 13 aos 18 anos, ambos os sexos | Portugal, evolução 2003-2015 80 70 55,3

60 50 40 30 20

33,9

29,4 19,2

16,9

57,1 56,4

52,5 52,6 44,2 42,4

42,3

69,5

67,3

62,5

53,5

64,7

60,5 58,7

42,9 31,9

29,3

21,9 11,7

10 0

13 Anos

14 Anos

15 Anos 2003

16 Anos 2007

2011

17 Anos

2015

Fonte: Feijão F. Estudo sobre os consumos de álcool, tabaco, drogas e outros comportamentos aditivos e dependências – ECATDCAD/2015 (ESPAD_PT) – Portugal/2015

Cessação tabágica

De acordo com os dados do IV Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral, Portugal 2016/17, 17,5% da população dos 15 aos 74 anos residente em Portugal referiu ter deixado de fumar. Como motivos para essa decisão, 27,2% dos inquiridos apontaram a consciencialização dos riscos, 20,9% as consequências para a saúde associadas ao consumo de tabaco, cerca de 8% o elevado preço e outros 8% os conselhos do médico; 5% indicaram os pedidos feitos por familiares e/ou amigos. As restantes razões apontadas apresentavam, individualmente, valores abaixo de 5%. Os consumidores ocasionais, num total de 15,2%, disseram não existir um motivo específico para o abandono, dado não consumirem regularmente (Balsa, Vital, Urbano, 2018).

Menos de 3% dos fumadores atuais já pensaram em recorrer a algum tipo de ajuda para resolver problemas causados pelo consumo de tabaco. A maioria das ajudas centrou-se no apoio especializado de profissionais de saúde e sociais, existindo ainda referências ao uso de medicamentos, comprimidos, pastilhas ou adesivos. Alguns disseram ter recorrido à acupunctura ou à auriculoterapia (Balsa, Vital, Urbano, 2018). Entre os fumadores regulares, a idade média para o abandono do tabaco situou-se nos 36 anos, com uma duração média de consumo de 21 anos. A prevalência de mulheres com elevada motivação para deixar de fumar (25,2%) foi superior à observada entre os homens (11,4%). 12

18 Anos


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Tabaco e Covid-19 Comissão de Trabalho de Tabagismo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) elaborou um parecer, no qual indicava que “o impacto do tabagismo na transmissão do novo coronavírus SARS-CoV-2, na gravidade e na mortalidade por Covid-19 ainda não se encontra bem esclarecido”, acrescentando, no entanto, que “o consumo de tabaco constitui um importante fator de risco para várias patologias crónicas, nomeadamente doenças

respiratórias, cardiovasculares, diabetes e cancro, entre outras, grupos que correm maior risco de doença grave e mortalidade por Covid-19. A SPP refere que, por estes motivos, “para além dos benefícios para a saúde e possível impacto na gravidade da doença Covid-19, é plausível que um aumento na taxa de cessação tabágica possa ajudar a reduzir a transmissão comunitária de SARS-CoV-2”.

Recomendações:

Incentivar a cessação tabágica nos doentes e profissionais de saúde; Oferecer a utilização de nicotina sob a forma transdérmica ou oral nos profissionais de saúde fumadores durante os turnos de trabalho; Recolher a história tabágica de todos os doentes Covid-19; Desencorajar a partilha de tabaco ou produtos de tabaco; Dar prioridade aos fumadores como grupo de risco; Promover a cessação tabágica na comunidade, incluindo cigarros, produtos de tabaco aquecido e cigarros eletrónicos.

Evidência científica

O maior estudo publicado até à data, que incluiu 1099 doentes diagnosticados com Covid-19 (Guan et al), mostrou que no grupo de doentes com sintomas graves à admissão (n=173), 16.9% eram fumadores ativos e 5.2% eram ex-fumadores, enquanto que se verificaram 11.8% de fumadores ativos e 1.3% de ex-fumadores no grupo sem sintomas de gravidade à admissão (n=926)10. Além disso, verificou-se que, no grupo de doentes com prognóstico desfavorável (necessidade de internamento em Unidade de Cuidados Intensivos, ventilação mecânica ou morte), 25.5% dos doentes eram fumadores ativos e 7.6% ex-fumadores10. A partir dos dados publicados, Vardavas e Nikitara calcularam que os fumadores tinham 1.4 vezes maior probabilidade de apresentar sintomas graves de Covid-19 e aproximadamente 2.4 vezes maior probabilidade de internamento em Cuidados Intensivos, necessidade de ventilação mecânica ou morte em comparação com não-fumadores. Fonte: Vardavas, C., Nikitara, K., COVID-19 and smoking: A systematic review of the evidence, Tob. Induc. Dis. 2020;18(March):20. doi: 10.18332/tid/119324.

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Indústria Farmacêutica

A Europa terá de aprender as lições da crise causada pelo novo coronavírus, garantindo a sua “autonomia estratégica” em setores-chave, como a produção de medicamentos, anunciou o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell. “Não é normal que a Europa não produza um único grama de paracetamol e que a China concentre 80% da “Até agora, pensava-se que não fazia diferença o local onde os produtos eram fabricados, que um mercado global chegaria a todos, a qualquer hora e em qualquer lugar”, admitiu acrescentando que “perante a crise, isso acabou por mostrar ser falso”.

farmacêutica portuguesa Bial para a doença de Parkinson, teve luz verde das autoridades norte-americanas e estará à venda ainda em 2020. A aprovação pela FDA (Food and Drug Administration) abre assim a porta à empresa portuguesa para o “maior mercado mundial”, com cerca de 1 milhão de doentes de Parkinson. O impacto esperado é de cinco milhões de euros já este ano, admite o CEO da Bial, António Portela, que referiu que “esta aprovação era dos objetivos mais importantes que tínhamos para 2020”;

A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de (pembrolizumab) em combinação com pemetrexedo e quimioterapia contendo platina (cisplatina ou carboplatina) para o tratamento de primeira linha de doentes com cancro do pulmão de células não-pequenas, não-escamoso,

atua através do aumento da capacidade de resposta imunitária do próprio organismo contra células tumorais. “Estamos profundamente orgulhosos na forma como a nossa ciência tem contribuído decisivamente para a Vitor Virgínia, Diretor Geral da MSD Portugal.

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O diretor executivo da Agência Europeia de Medicamentos, Guido Rasi, exigiu “uma estratégia coordenada” dos países membros da União Europeia na busca de uma vacina contra o coronavírus. Os esforços dos vários investigadores e hospitais correm o risco de “fragmentar-se” se não existir essa atuação coordenada, disse Rasi. Essa possibilidade, sublinhou, gera “grande preocupação” no seio da instituição comunitária.

A farmacêutica AstraZeneca assegurou os primeiros acordos para 400 milhões de vacinas contra a covid-19. A empresa anglo-sueca anunciou que recebeu mais de mil milhões de dólares da Autoridade norte-americana de Pesquisa Avançada e Desenvolvimento Biomédico para o desenvolvimento, produção e distribuição da vacina, a partir do outono. O investimento vai acelerar o desenvolvimento e a produção da vacina, disse o diretor executivo da AstraZeneca, Pascal Soriot. “Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para ter esta vacina rapidamente disponível”.

para a deteção de anticorpos em pessoas que possam ter sido infetadas com o novo coronavírus. – 100% e 99,81%, respetivamente, e o “novo nível qualitativo” que este teste pode trazer aos estudos de medição da imunidade da população ao SARS-CoV-2, o coronavírus que provoca a doença covid-19, e a ajuda à “reabertura não só da economia, mas também da sociedade”.

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Indústria Farmacêutica

A AbbVie, companhia biofarmacêutica com foco em investigação e desenvolvimento, concluiu o processo de aquisição da farmacêutica Allergan. Esta integração vai permitir à empresa expandir o seu portefólio de produtos em diversas áreas terapêuticas, bem como continuar a investir na investigação e desenvolvimento de medicamentos. A integração da Allergan culmina num portefólio combinado com cerca de 30 produtos nas mais variadas áreas terapêuticas, que “vai permitir à AbbVie reforçar a sua posição de liderança na Imunologia e Hemato-Oncologia, explorar novas oportunidades nas Neurociências e entrar no negócio global da Medicina Estética”.

Práticas de Produção (GMP - Good Manufacturing Practice) da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, de acordo com os padrões da União Europeia, para a sua unidade em Cantanhede. permite

produzir

localmente

extratos

de

canábis

Europeia e outros mercados internacionais. a produzir nas suas instalações de Cantanhede extratos avulsos para vender como componentes farmacêuticos ativos de canábis e incrementa a capacidade do laboratório de controlo de qualidade.

O novo laboratório InnovPlantProtec, pretende desenvolver pesticidas biológicos e plantas resistentes a doenças e obter os primeiros resultados dentro de dois anos e meio. O diretor do InPP, Pedro Fevereiro, disse que espera, nesse prazo, ter duas “provas de conceito”; de soluções fastidiosa”, detetada em plantas como a alfazema mas que afeta também olivais, e a ferrugem amarela, causada por um fungo que ataca o trigo e outros cereais.

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Cooprofar

Cooprofar lança campanha sobre alergias e constipações A Cooprofar, enquanto Entidade Formadora Certificada, vai organizar, no âmbito desta campanha, um conjunto de ações de formação para os profissionais de farmácia, procurando fornecer as ferramentas e competências necessárias para desempenharem o seu papel de forma eficaz, acrescentando assim valor ao serviço que prestam aos seus utentes.

A Cooprofar lançou mais uma campanha de sensibilização e informação, sob o tema “Atchim, alergia ou constipação?”, com o objetivo de informar e alertar a população portuguesa para a diferença entre uma constipação e uma alergia. A campanha relembra que, apesar de os sintomas poderem muitas vezes ser semelhantes, os tratamentos para uma constipação ou uma alergia são diferentes.

Atendendo ao atual contexto de pandemia em que vivemos, a Cooprofar adaptou os meios de comunicação da campanha, centrando-se fundamentalmente nos canais digitais. Para além das habituais comunicações nas redes sociais, foi criado um website onde é possível esclarecer dúvidas e consultar os materiais da campanha.

A campanha demonstra ainda que a farmácia, enquanto espaço de proximidade e de confiança, pode desempenhar um papel muito importante, ajudando a esclarecer dúvidas de forma rápida e a identificar os sintomas e a consequente patologia. Com efeito, a relação estreita que o farmacêutico estabelece com os seus utentes permitem-lhe dar um aconselhamento direto, sem barreiras, que possibilita uma intervenção rápida, seja para tratar, controlar ou minimizar os sintomas.

Descubra mais em http://www.cooprofar.pt/atchim/

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Menos 3,9% de reclamações e elogios

No ano passado chegaram à ERS 93.563 processos de reclamações, elogios e sugestões, o que representa um decréscimo de 3,9% em relação a 2018. Os procedimentos administrativos, a focalização no utente e os tempos de espera foram os temas mais mencionados nas reclamações submetidas e decididas em 2019.

Menos consultas e cirurgias

Em março realizaram-se menos 180 mil consultas programadas nos hospitais, menos 300 mil consultas médicas nos cuidados primários e menos nove mil cirurgias. Os episódios de urgência baixaram 11,5% e os serviços de emergência médica tiveram menos 300 acionamentos por dia.

Mais de 80.000 reclamações

Mais de 80 mil reclamações sobre unidades de saúde públicas, privadas e sociais foram apresentadas em 2019 à Entidade Reguladora da Saúde, totalizando cerca de 75% do total dos processos recebidos por esta entidade.

Duas em cada três mulheres consomem

De acordo com um estudo da Marktest, tomar analgésicos ou medicamentos para as dores de cabeça. O estudo, que remonta a 2019, indica que 4.771 portugueses referem ter tomado analgésicos ou medicamentos para as dores de cabeça, o que representa 55,7% dos residentes no Continente com 15 e mais anos.

FORMAÇÃO COOPROFAR A PRIMAVERA ESTÁ AÍ, assim como a Congestão Nasal e Rinites Alérgicas 04.06.2020 Webinar

Diagnósticos de novos casos

Parasitas externos nos Animais de Companhia

Os oncologistas estão alarmados com a quebra no número de novos diagnósticos de cancro. O receio de sair de casa, nesta fase da pandemia Covid-19, bem como a suspensão de milhares de consultas, estão a fazer com que muitos portugueses, perante sintomas e sinais suspeitos, adiem a ida ao médico e atrasem os diagnósticos de doenças.

26.06.2020 Webinar 02.07.2020 Webinar

Administração de Vacinas e Medicamentos Injetáveis, inicial 10.07.2020 Gondomar 07.08.2020 Gondomar

Suporte Básico de Vida

Descoberto micróbio bloqueador

Um estudo publicado na revista anunciou a descoberta de um micro-organismo presente nos mosquitos do género Anopheles, responsáveis pela transmissão da malária, que bloqueia o parasita causador da doença. O micróbio foi denominado Microsporidia MB.

efeitos secundários

Um grupo de investigadores portugueses para o tratamento da obesidade para que esta não entre no cérebro, evitando assim os efeitos secundários, anunciou o Instituto Gulbenkian de Ciência.

16.07.2020 30.07.2020 13.08.2020 27.08.2020

Gondomar Gondomar Gondomar Gondomar

Administração de Vacinas e Medicamentos Injectáveis, atualização 24.07.2020 Gondomar 21.08.2020 Gondomar Mais informações em: www.cooprofar.pt

Poderá consultar a lista de bónus em www.cooprofar.pt ou através da leitura deste código QR Code.

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