agosto 2020
04. Análise de Mercado
Saúde: Portugueses gastam 1973€ por ano 08. Especial Covid-19 10. Especial Saúde
Doenças da Pele 16. Indústria Farmacêutica
Doenças raras: Laboratório Militar produz fármacos 19. Breves
Antibióticos: Resistência promove personalização
Prof. Doutor Delfim Santos Presidente da Direção
EDITORIAL
Qualidade certificada Desde a sua fundação, o Grupo Cooprofar-Medlog desempenha um papel importante e com responsabilidades significativas na Cadeia do Medicamento. A Qualidade do trabalho desenvolvido tem sido amplamente reconhecida pelo Mercado, pelos Clientes e Parceiros e pelas Farmácias, que dependem da qualidade constante e inequívoca do mesmo para salvaguardar os serviços prestados aos Utentes. Por estes motivos é importante não apenas investir convictamente na qualidade do nosso desempenho, mas também ver esse esforço e compromisso serem reconhecidos oficialmente, por entidades habilitadas para tal. Neste sentido, é com enorme orgulho que o Grupo viu serem renovadas as certificações pelas normas ISO9001 e NP4457, após auditoria da SGS no mês de julho. Estas renovações espelham o reconhecimento do rigor, qualidade e orientação para a inovação do Sistema de Gestão Integrado do Grupo Cooprofar-Medlog. Mas a responsabilidade do Grupo vai muito para além dos sistemas e processos logísticos que opera diariamente, pois foi construído sobre princípios e valores que refletem um enorme sentido de responsabilidade social. Assim, foi também com manifesta satisfação que vimos a mesma entidade renovar a certificação SA 8000, uma norma de certificação internacional que incentiva as organizações a desenvolver, manter e aplicar práticas socialmente aceitáveis no local de trabalho. A Cooprofar foi, em 2005, a primeira empresa portuguesa a obter esta certificação. A Cooprofar continuará, assim, a assumir os compromissos e responsabilidades intrínsecos ao papel que desempenha no mercado de saúde e na sociedade em geral, abraçando com entusiasmo os desafios que o futuro trará.
Análise de Mercado
Crescimento Mercado junho 2020 vs. mês homólogo
6
-20%
-20,2
Viseu
-0,9
2,5 0,5
Vila Real
-2,5
Setúbal
Porto
Açores
-0,3
2,6
Mercado Total
-3,0
-0,8
Madeira
Lisboa
0,2
2,3
Portalegre
Bragança
Beja
Castelo Branco
-3
Braga
Aveiro
DEZ
NOV
SET
OUT
JUL
AGO
-4,4
0,5
JUN
ABR MAI MAR
1,3
0,0
Faro
1,8
Leiria
1,9
% 0
JAN FEV
5,5
1,9
Évora
20%
2,2
4,2
3,0
Coimbra
40%
4,1 3,1
Guarda
3,4
3
Viana do Castelo
5,6
50,5
Santarém
60%
-6
Saúde: Portugueses gastam 1973€ por ano A despesa das famílias portuguesas com a saúde aumentou em 2019 face ao ano anterior, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE): em 2018, o custo per capita foi de 1877,1 euros, enquanto no ano passa do esse valor cifrou-se em 1973,8 euros. Os dados são da Conta Satélite da Saúde do INE, que refere que, em 2018, a despesa corrente em saúde correspondeu a 9,4% do Produto Interno Bruto, e 9,6% em 2019. ”A despesa corrente em saúde cresceu a um ritmo superior ao do PIB em 2018 e 2019, contrariamente ao que se observou no ano anterior”. Em 2018, a despesa dos prestadores privados registou taxas de crescimento acima de 5%, e a despesa dos hospitais públicos e dos prestadores públicos de cuidados de saúde em ambulatório cresceu 6,1% e 3,9%, respetivamente. O INE destaca que, em 2017, os Estados-membros da EU gastaram, em média, 8,3% do PIB na despesa corrente em saúde: Portugal ocupou a 9ª posição (9,3%). “Portugal, a par de Malta, Espanha e Itália, está no grupo de países com um nível de desenvolvimento económico abaixo da média europeia, mas com despesa corrente em saúde superior à média”, salienta o INE. O envelhecimento da população pode ser uma das justificações.
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Dispensa de proximidade: Ordens serão ouvidas na definição dos modelos O Infarmed anunciou que as ordens dos Farmacêuticos e dos Médicos estarão entre as entidades com voz na definição dos modelos de dispensa de medicamentos em proximidade, que vai ser estudada por um grupo de trabalho. “A elaboração das propostas será um processo participado (...) e terá a intervenção e contributo das ordens dos Farmacêuticos e dos Médicos, das associações de doentes e das demais associações do setor (de farmacêuticos hospitalares, de farmácias, da indústria farmacêutica, de grossistas), bem como de outras unidades hospitalares e unidades locais de saúde que desenvolveram a dispensa de proximidade, designadamente neste período pandémico”, diz em comunicado o Infarmed, que vai liderar o grupo de trabalho constituído por despacho de 30 de junho da secretária de Estado Adjunta e da Saúde.
DISPENSA HOSPITALAR Medicamentos poderão passar definitivamente para farmácias segurança dos próprios medicamentos e a outra tem a ver também com a necessidade de nós podermos racionalizar os custos com estes medicamentos”, explicou Rui Ivo.
Alguns medicamentos de dispensa hospitalar poderão passar, de forma definitiva, a dispensa nas farmácias, admitiu o presidente do Infarmed, organismo que vai liderar o grupo de trabalho encarregado de estudar soluções para aproximar o doente do tratamento prescrito.
O responsável pelo Infarmed, exemplificou com medicamentos para o HIV, a esclerose múltipla, patologias autoimunes, como a artrite reumatoide, algumas doenças oncológicas e também na área da transplantação.
“Estamos a falar de um conjunto de medicamentos que são atualmente dispensados na farmácia hospitalar, normalmente por uma de duas razões principais. Uma tinha a ver com questões de segurança
Ansiedade: Medicamento Victan 2mg indisponível no mercado A Autoridade Nacional do Medicamento anunciou que o medicamento indicado para ansiedade e sintomas nervosos “Victan 2mg” está indisponível no mercado, adiantando que a Sanofi Produtos Farmacêuticos Lda., único titular de autorização de introdução no mercado do Victan 2mg em Portugal, comunicou “a sua incapacidade temporária de abastecer o mercado, tendo indicado o 4º trimestre de 2020 como data provável” para a sua reposição. O medicamento Victan, substância ativa Loflazepato de Etilo, é classificado como benzodiazepina com atuação ao nível do sistema nervoso central, encontrando-se indicado para a ansiedade e sintomas ansiosos. 5
Análise de Mercado
Governo investe 17 milhões em vacinas contra a gripe O Governo fez a maior compra de sempre no que respeita a vacinas contra a gripe: adquiriu 2.070.754 doses, num “investimento de 17 milhões de ouros”, avançou o Ministério da Saúde (MS). “O MS vai reforçar o stock de vacinas contra a gripe para o próximo inverno com cerca de 600 mil doses, o que representa mais cerca de 38% em relação à época anterior”. Portugal tem das mais altas taxas de cobertura vacinal em todo o mundo e, segundo um estudo da Comissão Europeia é também o país da União Europeia com maior percentagem da população (cerca de 95%) a confiar nas vacinas. Há pelo menos seis anos que as farmácias não contavam com um stock abaixo das 550 mil doses. No ano passado, conseguiram comprar 650 mil vacinas o maior número de sempre. Na origem da redução do stock uma dificuldade generalizada, por parte de vários países, em encomendar vacinas contra a gripe no mercado internacional.
CONTAS PÚBLICAS Défice agravou-se em mais de 2,5 mil milhões devido à Covid-19 É a primeira grande fatura da pandemia; o défice das contas públicas agravou-se em mais de 2,5 mil milhões de euros face ao período homólogo de 2019. Do lado da receita foram menos 869 milhões de euros em impostos que entraram nos cofres do Estado, em virtude de adiamentos, desemprego e suspensão das execuções fiscais. Até maio, segundo a execução orçamental divulgada pela Direção-Geral do Orçamento (DGO), além da referida quebra de receita, a degradação do saldo reflete ainda um aumento da despesa, de 951 milhões de euros, associado às medidas de layoff (453 milhões de euros), aquisição de equipamentos na saúde (169 milhões de euros) e outros apoios suportados pela Segurança Social (144 milhões de euros). A acrescer a este montante estão mais 597 milhões que saíram dos cofres do Ministério das Finanças para fazer face a vários tipos de despesas relacionados com a Covid-19.
Dor crónica: Mais de 50% dos doentes não segue prescrição médica Mais de metade dos doentes diagnosticados com dor crónica não toma a medicação prescrita pelo médico. A taxa de “não adesão” aumenta com o tempo e é justificada por dificuldades financeiras, problemas de comunicação com o prescritor e perceção de efeitos secundários e de “baixa necessidade” do fármaco. As conclusões surgem num estudo desenvolvido por investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, que procurou compreender e descrever os motivos que levam os doentes a abandonar os tratamentos. 6
Especial Covid-19
Atualidade em Portugal e no Mundo Portugal e Europa O contágio de covid-19 em Portugal parece estar a abrandar enquanto que noutros países europeus vai aumentando. Embora os números na maior parte dos países estejam mais contidos do que em março e abril, começam a surgir vários surtos um pouco por toda a Europa à medida que pessoas começam a sair dos seus países para ir passar férias.
A Alemanha mostra-se também preocupada com o aumento de casos nos últimos dias, muitos deles ligados a regiões mais turísticas e procuradas durante o verão e junto dos apanhadores de fruta.
A Rússia estabilizou o número de novos casos abaixo dos 7 mil por dia. Ainda assim, é o país europeu mais afetado – atualmente e no total acumulado. O Reino Unido tem mais mortes do A Bélgica alertou os cidadãos para a possibilidade que qualquer outro e França tem a maior taxa de de terem de vir a ser sujeitos a um segundo letalidade. confinamento obrigatório e generalizado devido a um aumento repentino no número de casos. A situação atual na Europa está em aparente Durante semanas os belgas registaram um número controlo, ainda assim, alguns países começam a de novos casos inferior a 170, em média, mas nos destacar-se tanto em número de novos casos por últimos dias de julho a média diária chegou a ser de habitante como no rácio de mortes por habitante. 279, numo país com 11,5 milhões dehabitantes. A seguir à Rússia, a Roménia e a Ucrânia são os que têm valores absolutos mais altos. Em França as autoridades sanitárias alertam para o aumento de casos entre a população mais jovem, tal como na Catalunha, tendo as autoridades pedido aos mais jovens que se abstenham de comportamentos que possam pôr em causa a saúde da população.
Mundo A América é o continente mais afetado pelo surto, com mais de metade dos casos reportados desde janeiro de 2020. Os Estados Unidos são, destacadamente, o país com mais casos confirmados: mais de 2 milhões desde o início do surto. Com o ajuste à população, dentro dos países mais afetados, Peru e Chile ganham destaque, mas é o Qatar o país com mais casos por habitante. Na fase atual do surto a Ásia, com 40%, é já a segunda região mais afetada em número de mortes, logo atrás da América, com metade do total. À Europa corresponde menos de 5% das atuais mortes no mundo. Os países africanos são os que menos reportam, ainda assim, os indicadores do Egito e da África do Sul mostram que o surto está presente de norte a sul do continente. A Índia afirma-se cada vez mais como o 2º país com maior incidência de casos atuais. 8
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Vacinação – Estado dos ensaios clínicos Com o mundo da investigação em saúde com os esforços direcionados para encontrar uma cura para a covid-19, são muitas as pesquisas que acontecem em todo o mundo. Com mais precisão, são mais de cem vacinas em estudo, e 21 delas já a serem testadas em humanos. No entanto, só duas encontram-se já na fase mais avançada, a fase 3, a desenvolvida pela farmacêutica Sinovac e a desenvolvida pela Universidade de Oxford.
A ideia novamente é expor o organismo humano à proteína S e, dessa forma, quando a pessoa entrar em contato com o vírus real, o corpo já tem um sistema de defesa.
Um pouco mais atrás mas a obterem resultados que as empurram para a fase 3, depois de a vacina da Moderna (EUA) ter entrado na última fase do ensaio clínico, a norte-americana Pfizer, em parceria com a alemã BioNTech, anunciaram que também vão entrar na terceira fase de testes A vacina desenvolvida pela farmacêutica Sinovac em humanos, em países como Estados Unidos, é feita a partir de vírus inativos. A ideia é Brasil, Alemanha e Argentina. modificar o vírus de modo a que este não consiga infetar as pessoas. Este tipo de vacina, porém, Paralelamente a estas duas vacinas, na China, necessita de grandes testes de segurança. Entre primeiro epicentro da doença, há já uma vacina as fases 1 (para testar segurança) e 2 (para autorizada para uso em humanos. Desenvolvida testar eficácia) de testes, os investigadores pela empresa CanSino Biologics e pelo Instituto aplicaram a vacina em 743 pessoas com idades de Biotecnologia de Beijing, esta vacina recebeu, compreendidas entre os 18 e os 59 anos. no fim de junho, a aprovação para uso limitado Segundo a farmacêutica, após 14 dias, foi em militares chineses, pelo período de um ano. observado a presença de anticorpos em 90% das pessoas, após duas aplicações da imunização. Além destas, há mais três vacinas na última fase de ensaio clínico. Mas apesar das boas notícias, a A vacina de Oxford usa um vírus para levar OMS avisou que as primeiras vacinações não material genético do Sars-CoV-2 para o interior irão acontecer antes de 2021. das células. Trata-se do adenovírus ChAdOx1, que causa a gripe comum em chimpanzés, geneticamente modificado e enfraquecido.
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Especial Saúde
DOENÇAS DA PELE A pele é o maior e mais pesado órgão do corpo humano, com quase 2 metros quadrados e entre 4 a 9 quilos, dependendo do corpo. É um órgão essencial para a sobrevivência humana, já que atua como barreira protetora contra agentes do meio ambiente, como bactérias ou vírus, sendo também responsável por funções essenciais como a regulação térmica ou as funções sensoriais.
Sabia que... Num único centímetro de pele existem
65 pequenos músculos ligados a outros tantos pelos; 70 recetores do calor; 15 recetores do frio; 100 glândulas sebáceas; Mais de 500 glândulas sudoríparas; Dezenas de milhões de células.
Cuidados com a pele Mantenha a pele limpa e hidratada; Utilize água tépida e produtos de higiene suaves com pouco efeito detergente; Se tem pele seca, evite banhos prolongados; Aplique um creme hidratante logo após o banho Tenha cuidado com o sol; Vista roupas que protejam a sua pele; Evite a exposição solar direta entre as 12h e as 16h; Use protetor solar; Utilize óculos de sol com 99% ou 100% de proteção UV; Ingira bastantes líquidos; Consulte o seu farmacêutico para identificação precoce de sintomas.
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Sinais de alarme Um sinal que se modifica ou aparece de novo;
Queda de cabelo, localizada ou mais difusa;
“Caroços” ou tumores que surgem na pele;
Excesso de pelos;
Uma ferida que não cicatriza;
Alterações na cor ou espessura das unhas;
Acne ou rosácea;
Comichão na pele, com ou sem manchas visíveis;
Intolerância a cosméticos ou a produtos do ambiente profissional;
Manchas castanhas, vermelhas ou brancas na pele; Sinais de envelhecimento da pele;
Intolerância ao sol;
Pele muito seca ou muito oleosa.
Problemas de pele do seu bebé;
Sol
Como se proteger O sol é uma das principais fontes de energia e de vida, tendo efeitos muito benéficos para a saúde, no entanto, a exposição solar tem de ser doseada. Longos períodos de exposição, nomeadamente nas horas de maior calor e sem proteção, podem causar doenças de pele muito graves, como queimaduras de pele, envelhecimento prematuro e, no pior dos casos, cancro de pele. Por este motivo, é fundamental saber como se proteger do sol Usar vestuário adequado: chapéu, óculos de sol, t-shirt, calções; Evitar a exposição solar direta entre as 12 e as 16 horas; Crianças e pessoas de pele mais clara, evitar a exposição direta entre as 11 e as 17 horas; Promover uma exposição gradual e progressiva no início do verão; Aplicar um protetor solar de fator 30 ou superior, quinze a trinta minutos antes da exposição ao sol e repetir a aplicação de hora em hora. Usar o protetor solar com o objetivo de reduzir os efeitos negativos da exposição e não para permanecer mais horas ao sol; Proteger os lábios, orelhas e o dorso das mãos; Não se deixar enganar pelos dias de nevoeiro, em que o sol queima na mesma; Não adormecer ao sol; Consultar um médico caso esteja a tomar algum medicamento, uma vez que podem ser fotossensibilizantes e desencadear uma reação de tipo queimadura ou alergia na pele exposta ao sol.
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Especial Saúde
Conheça algumas doenças de pele Dermatite Atópica A dermatite atópica é uma doença inflamatória cutânea, caracterizada por secura, descamação da pele e comichão. A sua localização varia com a idade no lactente surge no rosto, tronco e abdómen; na primeira infância e adolescência surge nas pregas dos braços, pernas (atrás dos joelhos) bem como nas pálpebras e região bucal; no adulto pode ser generalizada, na nuca ou por exemplo ter predomínio nas mãos. A dermatite atópica é mais comum em crianças e tem habitualmente bom prognóstico, com melhoria até à adolescência. Quando persiste até à idade adulta ou surge pela primeira vez nesta faixa etária tende a ser mais grave.
Principais fatores de risco e ambientais A causa da dermatite atópica é multifatorial, ou seja, resulta da interação de vários fatores, quer do indivíduo quer do ambiente. Relativamente aos fatores individuais destacam-se as alterações genéticas, habitualmente em doentes com dermatite
atópica mais grave, e tendência para ter alergia alimentar e respiratória. Dos fatores ambientais destacam-se o stress, a poluição e a tendência para ter infeções por tipos específicos de bactérias que podem agravar a dermatite atópica.
Acne A acne é uma doença da pele na qual os folículos pilosos apresentam excesso de gordura e células da pele mortas. As áreas mais afetadas são a face, pescoço, peito, costas e ombros, uma vez que é nestas regiões que existe maior concentração de folículos sebáceos. A acne caracteriza-se por diferentes tipos de anomalias da pele, que variam de tamanho e gravidade Cravos (comedões abertos); Pontos brancos (comedões fechados); Espinhas (comedões fechados inflamados); Protuberâncias salientes e sólidas (pápulas); Protuberâncias superficiais contendo pus (pústulas); Protuberâncias mais profundas e firmes contendo pus (nódulos); Bolsas maiores contendo pus (cistos); Às vezes, bolsas ainda maiores e mais profundas contendo pus (abscessos). Provavelmente a doença da pele mais comum, a acne vulgar afeta entre 85 a 100% da população em qualquer momento da sua vida. Contudo, as faixas etárias mais afetadas situam-se entre os 10 e os 24 anos. 12
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Cancro da Pele Melanoma O melanoma é um tipo de cancro que ocorre nas células que produzem o pigmento na pele. Estas células chamam-se melanócitos e estão localizadas principalmente na camada mais superficial da pele, que é a epiderme. A maioria dos melanomas são cutâneos, mas ocasionalmente podem aparecer noutras partes do corpo que possuem tecidos pigmentados, como a retina dos olhos e nas mucosas (boca, nariz, área genital, …) sendo que estes melanomas são mais raros. Em Portugal, contabilizam-se entre 6 e 8 casos de melanoma por cada 100 mil habitantes, surgindo a um ritmo de cerca de 1000 novos casos por ano.
Principais comportamentos e fatores de risco Longas horas de exposição solar;
Medicação - doentes transplantados têm risco acrescido;
Repetidas queimaduras solares;
Contacto com certos químicos (arsenicais e quimioterapia);
Intensidade mais alta de radiação ultravioleta; Tempo de lazer com exposição solar; Exposição à radiação ultravioleta de solários;
Radioterapia prolongada; Fatores genéticos.
Não-melanoma O alarme social devido ao aumento de casos de melanoma pode levar a que seja visto como o único tipo de cancro de pele que existe. Muito pelo contrário: o melanoma é a forma menos frequente de cancro de pele. Os tipos mais comuns de cancro de pele são os que ocorrem nas células basais (tumor basoceclular) e nas células escamosas da epiderme (tumor pavimento-celular). Os fatores de risco para desenvolver cancro de pele não-melanoma são Pele clara que se queima facilmente ou mais difícil de bronzear, além de sardas, olhos claros e cabelos loiros ou ruivos; Exposição prolongada à luz do sol ou luz artificial; Sofrer de queratose actínica; Tratamento anterior com radiação; Sistema imunitário debilitado; Alterações genéticas relacionadas com o cancro de pele.
Pode-se suspeitar de cancro da pele não-melanoma quando existe uma alteração na pele, como ter uma ferida que não cicatriza, ou se aparecer uma espécie de cicatriz branca, zonas da pele que de repente se tornam escamosas, sangrando ou com crostas; ou zonas elevadas, lisas, brilhantes e com aspeto perlado.
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Indústria Farmacêutica
DOENÇAS RARAS Laboratório Militar produz fármacos O Laboratório Militar produz cerca de 50 medicamentos que a indústria desenvolve de forma intermitente ou que não existem no mercado nacional. A instituição do Exército assegura vários fármacos que são a única resposta para pessoas com doenças raras e que as farmacêuticas “não têm interesse” em produzir. Há um medicamento em concreto que é feito para menos de uma mão-cheia de pessoas - a doença de Menkes, cuja esperança de vida raramente ultrapassa um ano. A coronel Margarida Figueiredo, diretora do Laboratório Militar, sublinha a missão da instituição no apoio à sociedade civil. “Devido aos interesses económicos da indústria, há medicamentos que deixaram de ser produzidos. No entanto, por solicitação dos hospitais civis, estamos a produzi-los”.
Cancro: Laboratórios farmacêuticos devem limitar presença de impurezas O comité de medicamentos para uso humano da Agência Europeia do Medicamento (EMA) “emitiu um parecer exigindo aos laboratórios da indústria farmacêutica que tomem medidas para limitar, o máximo possível, a presença de nitrosaminas em medicamentos de uso humano e para garantir que os níveis dessas impurezas não excedam os limites estabelecidos”. O parecer da Agência Europeia do Medicamento sublinha que é necessário encontrar “estratégias de controlo apropriadas para impedir ou limitar a presença destas impurezas e, quando necessário, melhorar os seus processos de fabrico”.
VIH Medicamento mostra resultados positivos em humanos Chama-se lenacapavir e foi apresentado na edição da revista científica Nature como um potencial tratamento da infeção por VIH. Ao longo do artigo científico, descrevem-se resultados preliminares de ensaios clínicos (em humanos) que mostraram uma redução na carga viral de pessoas com VIH depois de uma única dose deste medicamento, que está a ser desenvolvido pela empresa de biofarmacologia norte-americana Gilead Sciences. Formalmente designado GS-6207, o lenacapavir é descrito num resumo sobre o trabalho como uma pequena molécula que “destabiliza” a cápside (um invólucro de origem proteica) do vírus da imunodeficiência humana (VIH). A cápside é uma proteína estrutural que forma uma “concha” protetora à volta do material genético do vírus.
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PARKINSON Medicamento da BIAL aprovado no Japão O medicamento para a Doença de Parkinson da farmacêutica portuguesa BIAL foi aprovado pelas autoridades regulamentares do Japão, mercado farmacêutico que é considerado o terceiro maior a nível mundial, com 163 mil pessoas a sofrerem de Parkinson neste país. “Depois da aprovação na Europa e nos EUA, a autorização das autoridades japonesas vem reforçar o nosso compromisso contínuo de melhorar a qualidade de vida dos doentes em todo o mundo”, sublinha o CEO da BIAL, António Portela. “Estamos empenhados, juntamente com a ONO, em fazer chegar aos doentes de Parkinson no Japão, o mais breve possível, o nosso medicamento, agora que esta importante etapa foi ultrapassada”, acrescenta António Portela.
Farmacêutica Endopur investe em fábrica de medicamentos de canábis em Portugal A farmacêutica Endopur está a investir 5,5 milhões de euros na construção de uma nova fábrica em Nelas. A empresa quer fazer medicamentos à base de canábis, a pensar em doenças como Parkinson e Alzheimer e deficiências como autismo. A nova unidade será localizada na Zona Industrial de Nelas 1. A diretora executiva da Endopur, Daniela Berardo Voigt, diz que a empresa quer apostar na investigação e fazer parceria com produtores locais de cannabis. “A Endopur vai ser licenciada pelo Infarmed e terá o certificado de práticas de fabricação farmacêutica. Nós teremos perto de 25 membros na nossa equipa. Teremos um laboratório de ADN e sequenciamento, onde estará um cientista de renome da Universidade de San Diego e é considerado um dos melhores na área do autismo”, diz.
Grupo farmacêutico Raul Vieira pretende duplicar vendas em 2021 O grupo farmacêutico Raul Vieira tem um plano “otimista” de duplicar as vendas em 2021, depois de este ano ter visto a sua atividade estagnar, com a pandemia de covid-19. No final do ano passado, a empresa tinha levado a cabo um investimento para preparar a comercialização de um novo medicamento. “Quando começaram os resultados começou a pandemia. Estamos proibidos de visitar os médicos. As consultas pararam e também não podemos visitar as farmácias”, que, por sua vez, assistiram a uma quebra nas vendas, referiu a administradora Maria de Macedo. Agora, de acordo com a administradora, os contactos estão a regressar “timidamente”, e o grupo está a apostar em medicamentos de base natural e biorreguladores, um segmento que ainda está pouco por explorar em Portugal. “Com uma equipa muito bem formada, podemos ir buscar quota de mercado, temos uma equipa pequena e muito espaço para crescer, mesmo que o mercado se retraia 50%”, acrescenta. 15
Indústria Farmacêutica
COVID-19 Reino Unido fecha acordos para aquisição de 60 milhões de vacinas O laboratório francês Sanofi e o britânico GSK chegaram a acordo com o governo britânico para fornecer 60 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, “sujeito à assinatura de um contrato definitivo”. Este é o quarto acordo deste tipo garantido pelo Reino Unido, após acordos semelhantes com a AstraZeneca, Valneva e BioNTech/Pfizer. O país assegurou já um total de 250 milhões de doses. As duas farmacêuticas deram nota de que a vacina que estão a desenvolver poderá ser autorizada já na primeira metade de 2021, acrescentando que “estão em curso conversações ativas com a Comissão Europeia, com França e Itália na equipa de negociação, e com outros governos, para garantir o acesso global”.
Novartis lança medicamentos a preço de custo A farmacêutica suíça Novartis lançou um programa que prevê o fornecimento de 15 genéricos de combate aos sintomas do coronavírus a preço de custo, em 79 países de rendimentos reduzidos, de acordo com os parâmetros do Banco Mundial, pertencentes sobretudo a África, Ásia e América Latina. A estes juntam-se os países da Europa de Leste Moldávia e Ucrânia. Na lista dos 15 medicamentos prometidos pela empresa para distribuição estão incluídos vários antibióticos, o esteroide dexametasona, que obteve algum sucesso no tratamento de casos graves de Covid-19, o fármaco para a insuficiência cardíaca dobutamina, o antifúngico fluconazol e o medicamento pulmonar salbutamol, entre outros.
HIDROXICLOROQUINA Investigadores portugueses estudam efeitos Três médicos portugueses estudaram o efeito da hidroxicloroquina em doentes crónicos durante a pandemia para controlar doenças autoimunes como a artrite reumatoide ou o lúpus. O artigo com as conclusões da investigação foi aceite pelo “Journal of Medical Virology” e revela que, entre os casos analisados, 5,96% dos que receberam hidroxicloroquina tiveram covid-19, enquanto que 7,45% dos que não tomaram o medicamento desenvolveram a doença.
“Os resultados sugerem fortemente que estes doentes devem manter a hidroxicloroquina no contexto da pandemia”, afirmou António Ferreira, ex-presidente do conselho de administração do Hospital de São João, que realizou o estudo juntamente com António Oliveira e Silva, que ocupou o mesmo cargo, e Paulo Bettencourt, coordenador da Unidade de Medicina Interna no Hospital CUF Porto.
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Cooprofar
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Breves
ATROFIA MUSCULAR ESPINHAL 6 bebés medicados
ALZHEIMER
Em menos de um ano, seis bebés portugueses foram medicados com Zolgensma, o medicamento para a atrofia muscular espinhal, conhecido como o fármaco mais caro do Mundo.
Estudo identifica 10 principais fatores de risco
ANTIBIÓTICOS Resistência promove personalização
Uma equipa de investigadores descobriu que a microbiota de cada individuo determina a permanência de bactérias resistentes a antibióticos nos seus intestinos. O estudo vem reforçar a necessidade de implementar terapias mais personalizadas e traz novas perspetivas ao paradigma da evolução da resistência a antibióticos no intestino.
Uma equipa internacional de cientistas identificou 10 fatores de risco através dos quais uma pessoa poderia desenvolver a doença de Alzheimer. A investigação, liderada pela Universidade Fudan, na China, abre a porta ao desenvolvimento de novas estratégias destinadas a prevenir esta doença neurodegenerativa.
Imunoterapia combinada com quimioterapia
O Infarmed aprovou o financiamento da quimioterapia (platino com pemetrexedo) com a imunoterapia (pembrolizumab) versus a terapêutica standard até agora utilizada.
OBESIDADE Mais de metade da população afetada
SNS Consultas e Urgências aumentaram
Mais de metade da população adulta residente em Portugal apresentava excesso de peso ou obesidade em 2019, registando-se um “ligeiro aumento” face a 2014, revela o Inquérito Nacional de Saúde divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística.
As consultas e os atendimentos nas urgências do Serviço Nacional de Saúdeaumentaram no ano passado, segundo o relatório do Conselho de Finanças Públicas (CFP) divulgado sobre a evolução orçamental do SNS entre 2013 e 2019.
DISPOSITIVOS MÉDICOS
Despesa aumentou 4,9%
Portugal como fábrica da europa
A despesa do Serviço Nacional de Saúde e dos Serviços Regionais de Saúde dos Açores e da Madeira deverá ter aumentado 4,9% em 2019, segundo dados preliminares do Instituto Nacional de Estatística.
CANCRO DO PULMÃO
FORMAÇÃO COOPROFAR Administração de Vacinas e Medicamentos Injetáveis, inicial 07.08.2020 Gondomar
Suporte Básico de Vida
O plano de recuperação económica coordenado pelo empresário António Costa Silva propõe transformar Portugal numa “fábrica da Europa” na área dos dispositivos médicos, como ventiladores, e consolidar a fileira dos equipamentos de proteção individual, revendo os sistemas de certificação.
Poderá consultar a lista de bónus em www.cooprofar.pt ou através da leitura deste código QR Code.
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13.08.2020 Gondomar 27.08.2020 Gondomar
Administração de Vacinas e Medicamentos Injectáveis, atualização 21.08.2020 Gondomar
Mais informações em: www.cooprofar.pt
