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mycooprofar abril 2017

ANÁLISE DE MERCADO Exportações de saúde disparam ESPECIAL SAÚDE Alergias


Para o alívio rápido da dor

EFEITO MENTE CLINICA !* OVADO R P M O C

5 benefícios da terapia de frio

ICE POWER

-Alívio da dor

Alívio da Dor sem Efeitos Secundários

-Reduz a tensão muscular

-Reduz o inchaço e inflamação -Acelera a recuperação da lesão -Acelera a recuperação muscular

* Efficacy of Cold Gel for Soft Tissue Injuries. A prospective Randomized Double-Bunded Trial. The American Journal of Sports Medicine, Vol.31, Nº 5

Distribuído em Portugal por:

www.mercafar.pt


abril 2017

mycooprofar 04 Análise de Mercado

EDITORIAL O crescente papel do farmacêutico e da farmácia

06 Especial Saúde 10 Especial Indústria Farmacêutica 13 Produtos Mercafar 13 Cosmética e Higiene Corporal 16 Dispositivos Médicos 17 Éticos 19 Galénicos 19 Higiene Bebé 19 Higiene Oral 20 Med. Não Suj. a Rec. Médica 22 Med. Não Suj. a Rec. Médica - EF 22 Med. Vet. N. Suj. a Rec. Médica 22 Med. Vet. Suj. a Rec. Médica 23 Nutr. e Prod. à base de Plantas 24 Nutrição Infantil 24 Homeopáticos 24 Parafarmácia 25 Puericultura 25 Químicos 25 Veterinária 25 Diagnóstico 25 Report 27 Breves

Distinguir a farmácia, acrescentando notoriedade e reconhecendo a fidelização e Inovação e adaptação às novas realidades, dois fatores chave e uma necessidade incontornável para a sustentabilidade e o sucesso de qualquer negócio. A farmácia não foge à regra. O seu espaço na sociedade atual não é o mesmo que era há 20 anos atrás. A farmácia é, atualmente, um espaço de relações. De intervenção direta. De confiança. O farmacêutico desempenha hoje em dia um papel amplo e fundamental, sendo o primeiro contacto na cadeia de assistência de saúde. É um profissional capacitado para prestar esclarecimentos sobre medicamentos e informações sobre vacinas, promover a adesão à terapêutica, cumprir o seu papel na farmacovigilância, administrar injetáveis, monitorizar a tensão arterial, glicemia e colesterol, ou ainda identificar situações de alerta que necessitem de acompanhamento médico. Mas não só. Com o novo acordo entre as Farmácias e o Governo, as farmácias portuguesas vão reforçar os serviços de saúde pública, em articulação com o Serviço Nacional de Saúde, colaborando em projetos-piloto que têm como objetivo minorar problemas de saúde pública e reduzir o consumo excessivo de alguns medicamentos. O papel da farmácia vai estender-se ainda a âmbitos como a literacia em saúde, a prevenção da doença, a prevenção quaternária, a promoção da saúde e os autocuidados. Atualmente as farmácias estão já aptas para disponibilizar medicamentos para o VIH/sida e, de acordo com as Portarias 284/2016 de 4 de Novembro e 92-F/2017 de 3 Março, que entram em vigor neste mês de Abril, também passarão a estar disponíveis para dispensa nas farmácias dispositivos médicos para apoio aos doentes ostomizados. Também recentemente assistimos à celebração do acordo entre a Associação Nacional de Farmácias e a Ordem dos Enfermeiros, que prevê uma integração de cuidados de enfermagem nas farmácias comunitárias, nas áreas da prevenção e do tratamento. Mas como em tudo na vida, o papel do farmacêutico e da farmácia estão em constante renovação. É provável que brevemente se testemunhe mais um acréscimo dos serviços prestados pelas farmácias, alcançando áreas como a marcação de consultas ou a renovação de receituário. O Grupo Cooprofar-Medlog revê-se claramente nesta aposta em renovação e inovação e continuará a desempenhar o seu papel de formador junto dos farmacêuticos e das farmácias. Seremos, como temos sido, mais uma âncora do seu desenvolvimento e crescimento, para que possam continuamente dar resposta às necessidades atuais e ao seu novo papel na sociedade.

Celso Silva Diretor Geral

Administração e propriedade: Cooprofar Rua José Pedro José Ferreira, 200 - 210 4424-909 Gondomar T 22 340 10 00 F 22 340 10 50 cooprofar@cooprofar.pt www.cooprofar.pt

Direcção: Celso Silva Coordenação Editorial: Natércia Moreira Publicidade assessoria@cooprofar.pt 22 340 10 21

Design e Paginação: Porto de Comunicação Distribuição: Gratuita Publicação: Mensal Tiragem: 1500 exemplares

AVISO: Os textos foram redigidos ao abrigo do novo acordo ortográfico. O período de vigência decorre entre 1 de abril a 30 de abril, inclusive. Os valores indicados estão corretos, salvo erro tipográfico. Os preços e bonificações indicados estão sujeitos a alterações de acordo com as condições de mercado e não acumulam com outras campanhas em vigor.


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Análise de Mercado

Crescimento face ao período homólogo Crescimento Mercado fevereiro 2017 vs. mês homólogo

35 30

Mercado Total

Viseu

Vila Real

Viana do Castelo

Setúbal

Santarém

Açores

Madeira

Porto

Portalegre

Lisboa

Leiria

Guarda

Faro

Évora

Coimbra

Braga

Beja

10 5%

Aveiro

15

Bragança

20

11

10%

Castelo Branco

25

5

Fev

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Mar

Abr

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Exportações de saúde disparam No ano passado, as exportações portuguesas do setor da saúde mais do que duplicaram os registos de 2008. De acordo com os últimos dados da Health Cluster Portugal (HCP), o setor atingiu um novo máximo de vendas ao estrangeiro, subindo 16% face a 2015. No global, foram alcançadas vendas de 1411 milhões de euros ao estrangeiro. A maioria foram medicamentos (75%), mas também se vendeu material médico-cirúrgico (19%) e matérias-primas (5,5%). Na lista dos maiores compradores estão os Estados Unidos da América, a Alemanha, Reino Unido, Espanha e a França.

Estudo revela que metade das crianças da região do Porto têm défice de vitamina D

“Este aumento significativo face a 2015 é o reflexo do bom trabalho que o setor da Saúde tem vindo a desenvolver, onde se destaca o papel das empresas da área dos medicamentos, das matérias-primas e dos dispositivos médicos, que têm vindo a posicionar-se de forma competitiva nos mercados externos”, afirmou o diretor executivo do HCP. “Os últimos nove anos evidenciam um crescimento persistente das exportações da saúde, tendo hoje um considerável peso na economia nacional”, defendeu ainda o responsável, salientando que os principais desafios são “dar continuidade aos investimentos, criar condições de estabilidade e trabalhar as questões ligadas à reputação, para que o setor português da saúde passe a ser visto lá fora como uma referência”.

Um estudo do CINTESIS (Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde), concluiu que cerca de metade das crianças e adolescentes do Grande Porto apresentam níveis de vitamina D abaixo do normal, independentemente do estado de nutrição, deficiência que “é um potencial problema de saúde pública”. Na população avaliada, a prevalência de carência em vitamina D foi de 48%, sendo que em 6% dos casos se registou um défice severo e em 5% das crianças com idades dos 5 aos 17 anos revelaram “um compromisso de mineralização óssea”. “Os resultados deste estudo levam a repensar as recomendações relativas a suplementos em vitamina D às crianças portuguesas e, acima de tudo, reforçam a necessidade de promover mudanças nos estilos de vida”, alerta a principal investigadora deste estudo, que sublinha que a falta de vitamina D comporta um elevado risco da saúde óssea, “uma vez que dois terços da massa óssea são formados na adolescência”. Para contrariar a tendência crescente, deverá ser necessário recorrer à suplementação farmacológica ou ao enriquecimento de alguns alimentos, como o leite, de forma a compensar a insuficiente exposição solar nos meses de inverno na região e o inadequado estilo de vida dos menores, quase sempre com escassas atividades ao ar livre e com um grande número de horas passadas em sala de aulas ou em casa. A investigação destaca ainda a importância da integração de rastreios na consulta de Vigilância da saúde infantil e juvenil, bem como a necessidade de estudos aos níveis de vitamina D na população pediátrica em todo o país.

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Análise de Mercado

Consumo de medicamentos para a cessação tabágica aumentou 52% em janeiro

Infarmed alerta para riscos com automedicação Em foco está o aumento da compra de remédios sem receita para a acidez do estômago. Só no ano passado, foram vendidas em Portugal mais de sete milhões de embalagens destes medicamentos, resultando em encargos estimados na ordem dos 59 milhões de euros para o Estado e utentes. Deste total, que representa um aumento de 28% em relação a 2011, mais de 138 mil caixas foram adquiridas sem receita médica, uma situação sem controlo e que coloca os doentes em risco de vários efeitos adversos.

Segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde, o consumo de medicamentos para a cessação tabágica aumentou 52% em Janeiro, face a igual período de 2016, um aumento para o qual contribuiu a comparticipação pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) em 37% do seu custo.

Para combater este problema, o Infarmed lançou uma campanha de sensibilização para o "uso racional" destas substâncias, relembrando que estes medicamentos não são protetores de estômago e que acarretam riscos.

De acordo com o Infarmed, o número de embalagens consumidas de Champix (medicamento com a substância ativa vareniclina, auxiliar na cessação tabágica em adultos) aumentou 52% em Janeiro deste ano, face a igual período do ano anterior. Em 2016, registou-se um aumento de 14% de embalagens consumidas face a 2015.

Os últimos dados da autoridade do medicamento mostram um crescimento na dispensa de medicamentos com receita: em 2016 venderam-se mais 1,5 milhões de caixas do que em 2011. Já sem receita médica, após uma quebra entre 2012 e 2014, os números voltaram a subir. Em 2016, a dispensa registou um aumento de 53% em relação a 2013 (90 403 caixas).

O Ministério da Saúde sublinha o efeito da redução do custo deste medicamento — que desde Janeiro é comparticipado pelo Estado em 37% - considerando que esta comparticipação "permitirá atingir estratos da população economicamente mais carenciados, para os quais a barreira preço é naturalmente mais significativa e potencialmente impeditiva da decisão de parar de fumar". Já as consultas de cessação tabágica aumentaram 14% em 2016, em relação ao ano anterior, sendo esse aumento mais evidente no Alentejo (mais 40%) e no Norte (38%). Em 2016, foram efetuadas 18.034 consultas de cessação tabágica (15.814 em 2015).

Custo dos medicamentos para diabetes triplicou em 10 anos

O Ministério da Saúde assegura que no final do ano passado existia, pela primeira vez, "uma consulta aberta de cessação tabágica em todos os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) do país, de forma a aumentar a acessibilidade".

Os custos com medicamentos para a diabetes mais do que triplicaram em dez anos, sendo que o aumento dos encargos tem sido bem superior ao crescimento efetivo do consumo, segundo o relatório do Observatório Nacional da Diabetes. O documento aponta para um aumento dos custos de 269% num período de dez anos, sendo que também existe um crescimento significativo do consumo de medicamentos para a diabetes - tal como acontece em toda a Europa -, mas inferior à subida dos custos.

Maioria dos grupos prioritários vacinou-se contra a gripe

O aumento dos custos e das vendas explicam-se porque, além do aumento da prevalência da doença, subiu o número e a proporção de pessoas tratadas, bem como as dosagens médias utilizadas nos tratamentos. Em 2015, 6,7% da população portuguesa recebiam tratamento de antidiabéticos não insulínicos (ADNI) e insulinas.

A maioria dos portugueses dos grupos prioritários vacinou-se contra a gripe, com os idosos e os doentes crónicos a invocarem que o fizeram por recomendação dos médicos. Os dados reportam-se ao relatório final da 8ª edição do 'vacinómetro' da época gripal 2016/2017, da responsabilidade da Sociedade Portuguesa de Pneumologia e da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar. Ao todo foram auscultadas 1.500 pessoas residentes no território continental e nas ilhas, nomeadamente idosos com 60 ou mais anos de idade e doentes crónicos e profissionais de saúde, aos quais é aconselhada a vacinação contra a gripe (grupos prioritários).

Os utentes do SNS têm encargos diretos de 22 milhões de euros com o consumo de ADNI e de insulinas, o que representa 8,4% dos custos do mercado de ambulatório com estes medicamentos no último ano. Por seu lado, e ao contrário do registado na última década, “em 2015, os genéricos de medicamentos para a diabetes perderam relevância em termos do volume de vendas, medido em número de embalagens”, pode ler-se no relatório. Em termos de valor, o mercado de genéricos de medicamentos para a diabetes mantém um papel relativamente residual na despesa com medicamentos.

A maioria dos inquiridos (57,1%) vacinou-se, sendo que, destes, uma minoria (7,2%) fê-lo pela primeira vez. Mais de metade dos que se vacinaram (55,8%) respondeu a uma recomendação médica. Os idosos e os doentes crónicos vacinaram-se, sobretudo, por aconselhamento médico, enquanto trabalhadores de hospitais e centros de saúde, em contacto com doentes, o fizeram "no contexto de uma iniciativa laboral". Os que optaram por não se vacinar (42,9%) alegaram como argumentos o ser saudável, a falta de hábito e o nunca ficar com gripe. Lançado em 2009, o 'vacinómetro' permite monitorizar a taxa de cobertura da vacinação contra a gripe em grupos prioritários recomendados pela Direção-Geral da Saúde.

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Especial Saúde

alergias Com a chegada da estação mais florida do ano, chegam também as alergias. Milhões de pessoas sofrem com este distúrbio imunológico, sobretudo na primavera. Mas grande parte dos espirros, prurido e irritações podem ser evitados. Diagnosticar, prevenir e controlar são os pilares para a resolução da maioria das alergias. Conheça as mais recentes técnicas de diagnóstico que permitem identificar as principais doenças alérgicas:

Exames cutâneos Estes testes podem ser realizados em todos os grupos etários, do lactente ao idoso. Efetuam-se através da introdução de alergénios na pele, permitindo identificar precocemente as sensibilizações. Estes exames são feitos por intermédio de lancetas com limite de penetração de um milímetro e têm uma precisão enorme.

Análise ao sangue É um método de rastreio que permite, com apenas uma única gota de sangue e em apenas 20 minutos, identificar a existência de anticorpos específicos contra alergénios comuns. Pode ser usado em pacientes que tomam anti-histamínicos ou que sofrem de eczema grave.

Determinação de óxido nítrico Para avaliar e monitorizar a asma, basta soprar através de um dispositivo muito sensível que determina a presença de um gás no ar expirado, indicando com precisão o grau de inflamação dos brônquios, relacionado com a atividade da doença e com a resposta ao tratamento.

Rinomanometria nasal Para diagnosticar e avaliar a rinite, aplica-se um aparelho sobre o nariz do paciente que determina se a sua via nasal está obstruída, de que forma o ar passa pelo nariz, nomeadamente após a inalação de alergénios, e como responde à medicação.

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Especial Saúde

É fundamental apostar na prevenção: • Invista em almofadas antialérgicas, que possuem uma cobertura impermeável aos alérgenos. • Limpe sistematicamente o seu colchão. • Evite a decoração excessiva no seu quarto, carpetes e alcatifas. • Lave com regularidade os cortinados. • Não use prateleiras desnecessárias na casa de banho. Tudo o que possa armazenar pó é de evitar. • Tenha especial cuidado com o seu aspirador. Peça a alguém que retire com frequência o filtro e o substitua. • Se o seu escritório ou habitação tem ar condicionado, então mande limpar pelo menos uma vez por mês. • Sempre que possível, vá junto do mar e faça aspirações de água salgada, se não pode usar em casa uma solução salina. • Se passa muito tempo exposto ao ar da rua, lave o seu cabelo diariamente. • Tome duche em vez de banhos de imersão. • No caso de, a meio da noite, ter um ataque alérgico de tosse ou espirros recorra ao duche, que além de o lavar de partículas irritativas causa bem-estar e relaxa. • Use óculos de sol, especialmente em dias de maior vento. • Não permita fumadores em sua casa ou no local de trabalho. • Durante a primavera, evite abrir as janelas de sua casa. • Faça uma limpeza geral à sua casa. • Não se exponha a fumos de lareira. O fumo da madeira queimada pode ser altamente prejudicial. • Evite cães e gatos. No caso de não poder, ou não querer evitar, mantenha o animal o mais limpo possível e de pelo raso. • Tenha cuidado com detergentes, especialmente alguns detergentes da roupa que podem causar alergias.

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Especial Saúde

Identifique os SINTOMAS e conheça as principais DOENÇAS ALÉRGICAS Espirros, nariz a pingar, olhos vermelhos, tosse e comichão na pele. Estes são os sintomas das alergias que mais frequentemente assolam as pessoas que delas sofrem com a chegada da Primavera. As doenças alérgicas mais comuns são: Rinite alérgica - Nariz tapado, comichão, espirros e pingo no nariz, logo que o alergénio entra no nariz levado pelo ar. Conjuntivite alérgica - Inchaço, vermelhidão e comichão de ambos os olhos, num determinado ambiente, local ou época do ano. Asma - Tosse, falta de ar, chiadeira no peito, que surge subitamente, em determinados locais, após constipações, com o exercício ou no local de trabalho. Dermatite atópica - Também chamada eczema, surge com comichão, vermelhidão, descamação da pele, por exemplo na face, dobras dos cotovelos ou joelhos. Urticária - Outra alergia da pele, com manchas e pápulas que dão muita comichão. Os episódios são muitas vezes desencadeados por infeções, certos alimentos, medicamentos e stress. Anafilaxia - É a forma mais aparatosa e grave da alergia. Surge em poucos minutos após o contacto com o que provoca a alergia (alimentos, penicilina, picada de abelha ou vespa, contacto com borracha - látex, etc.), com inchaço, calor, urticária, espirros, falta de ar e sensação de desmaio. Se não tratada imediatamente com adrenalina injetável pode levar à perda de consciência, choque e acabar por ser fatal!

Ácaros,

uma das principais fontes de alergias Os ácaros andam pela nossa casa inteira e são os principais agentes da rinite alérgica, uma forma de alergia especialmente grave para quem sofre de asma. Na verdade, não são os ácaros vivos os responsáveis pela rinite alérgica, mas sim os seus cadáveres em decomposição e a matéria fecal que vão deixando aqui e ali e se tornam componentes indissociáveis da poeira que há lá por casa.

Sinusite e otite média - Apesar de por si não serem doenças alérgicas, com muita frequência associam-se e complicam a rinite. A inflamação aguda ou crónica das cavidades em volta do nariz, atrás das maçãs do rosto, e dos ouvidos, é muitas vezes uma extensão da inflamação alérgica que, pela sua cronicidade, facilita as infeções.

Estão em toda a parte e são um perigo invisível. Mas há duas maneiras de combater os ácaros que devem ser usadas complementarmente. Em primeiro lugar, pode-se tentar reduzir a sua proliferação, tornando-lhe o ambiente caseiro tão inóspito quanto possível. O outro processo passa por limitar ao máximo a acumulação de lixos e poeiras. Para a primeira estratégia, convém lembrar que as carpetes, em climas quentes ou ambientes aquecidos, representam o habitat ideal para os ácaros, assim como os colchões e as almofadas. Para evitar a presença de ácaros é indispensável manter a humidade interna da casa tão baixa quanto possível. Importante, ainda, é verificar as possíveis fugas de água nas torneiras e as fontes de lixo em qualquer parte da casa. Além disso, deve tratar-se de eliminar as superfícies onde os ácaros podem encontrar refúgio, como as carpetes e as mobílias torneadas. O quarto de dormir, onde passamos pelo menos umas oito horas diárias, é um dos principais problemas. Presentemente há já novos tecidos para recobrir os colchões e as almofadas com superfícies antialérgicas, mas continua a ser necessário retirar as carpetes do quarto. É debaixo das carpetes que a poeira se acumula e, com ela, os prolíficos ninhos de ácaros. Por sua vez, os aspiradores vulgares limitam-se a remover partículas maiores, espalhando as mais pequenas pelo ar da casa, o que pode agravar as alergias. 08



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Especial Indústria Farmacêutica

Portugal é dos países que mais avalia medicamentos Portugal é dos países que mais avalia medicamentos para o resto da Europa e há sete anos que está no Top 5 do ranking europeu. Entre 2007 e 2016 os peritos nacionais iniciaram 1378 processos de avaliação de medicamentos das mais variadas áreas, desde a cardiologia à dermatologia. Esta é uma área de aposta do Infarmed e um dos argumentos de Portugal na candidatura para ser a sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA), que irá sair do Reino Unido. Portugal é um dos Estados membros de referência, ou seja, um dos países que faz a avaliação que permitirá a entrada de um medicamento em vários países europeus. Em 2007, Portugal era 14º no ranking, com apenas 13 processos de avaliação. No ano passado já era 4º, com 161 processos, ficando apenas atrás da Holanda, Alemanha e Reino Unido. "Portugal foi apostando na capacidade avaliativa, criando mais peritos no âmbito na comissão de avaliação de medicamentos. Aumentou a capacidade de resposta e a qualidade também", refere o Infarmed.

Novas regras de relacionamento entre SNS e Indústria Farmacêutica causam constrangimentos

É o país escolhido como relator que faz o relatório que serve de base aos restantes países para a entrada de um novo medicamento. Isto é especialmente relevante porque é a indústria que propõe o país relator e o comité europeu confirma a escolha. Para a Autoridade do Medicamento, a escolha por Portugal consiste na nossa “capacidade técnico-científica avaliativa e reflete o reconhecimento das qualidades dos peritos nacionais”.

Em causa está o decreto-lei 5/2017, publicado a 6 de janeiro, e que limita ofertas e patrocínios das empresas que fornecem medicamentos e dispositivos médicos aos estabelecimentos e serviços do Ministério da Saúde. O diploma determina que ações de natureza científica ou outras não podem ter caráter promocional nem ser patrocinadas por produtoras, distribuidoras ou vendedoras de medicamentos ou dispositivos médicos.

Frenesius Kabi investiu mais de 60 milhões de euros em Portugal

O Infarmed emitiu uma circular a esclarecer que eventos científicos podem continuar a ter lugar no SNS, desde que sejam organizados ou patrocinados por outras entidades que não empresas, como sociedades científicas ou associações profissionais. E as empresas poderão fazer sessões de informação coletiva sobre os seus produtos no âmbito das regras da informação médica. De resto, as reuniões que acontecerem fora do SNS com patrocínio carecem de autorização, assim como qualquer outro donativo, que só poderá ser aceite se a tutela considerar que não fica comprometida a isenção e a imparcialidade.

A empresa Fresenius Kabi, instalada no distrito de Viseu, anunciou que entre 2006 e 2017 realizou obras cujo investimento total ultrapassou os 60 milhões de euros. Em comunicado, a empresa refere que “desde a aquisição em 2005 da Labesfal, a Fresenius Kabi tem investido fortemente em Portugal no crescimento da produção de medicamentos, na construção de novas unidades industriais e de um Complexo Logístico".

A Ordem dos Médicos opõe-se e frisa que está em causa a formação contínua dos médicos do SNS que, à falta de verbas do Estado para esse efeito, depende dos patrocínios. Para o bastonário da OM, as regras arriscam-se a ter o efeito contrário ao que o Governo pretende (diminuir a transparência), referindo que se os profissionais de saúde tiverem de constituir empresas para organizar os eventos fora dos hospitais ou se o dinheiro para uma determinada ação chegar através de sociedades médicas, estas patrocinadas por farmacêuticas, será mais difícil rastrear qualquer conflito de interesses. “Até aqui, estávamos obrigados já a divulgar todos os apoios na plataforma de transparência do Infarmed e qualquer um podia ver que a direção hospitalar recebeu determinado montante para efeito x. Isso pode ser escrutinado por toda a gente, em última instância pelo Tribunal de Contas. Em termos de transparência, o Estado estava numa situação mais confortável do que estará daqui para a frente”.

Atualmente a Fresenius Kabi conta com cerca de 600 colaboradores e planeia continuar a crescer, com a inauguração da nova Unidade 5 desde complexo industrial, destinada à produção de penicilinas. O espaço vai passar a dispor de cinco unidades de produção e de uma Central Logística, sendo duas unidades de produção de penicilinas, uma de produção de cefalosporinas, uma de soluções injetáveis e outra de produção de comprimidos, cápsulas, pomadas e cremes. A Fresenius Kabi é o maior exportador de medicamentos fabricados em Portugal para mercados de mais de 70 países, com especial incidência para a Europa, Canadá, América Latina e Ásia, e é também um dos maiores fornecedores hospitalares de genéricos e soros, sendo um contribuinte para a oferta aos hospitais de medicamentos acessíveis no país.

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Especial Indústria Farmacêutica

Dívida à indústria farmacêutica volta a derrapar A dívida vencida do SNS às empresas farmacêuticas cresceu 8,6% em janeiro, para 562,3 milhões de euros, o que equivale a uma derrapagem de 44,5 ME, revela a Apifarma. No mesmo período, a dívida global dos hospitais públicos às empresas farmacêuticas totalizava 808 milhões de euros, o que representa um agravamento de 3,6%, face aos números de dezembro de 2016. O presidente da Apifarma reconhece o esforço feito pelo governo no final de 2016, mas considera-o insuficiente para resolver o histórico do stock da dívida, demonstrando uma preocupação agravada por este acréscimo da dívida em janeiro. “As empresas farmacêuticas fazem um esforço enorme para acomodar a dívida, mantendo o abastecimento regular de medicamentos aos hospitais e garantindo o tratamento de doentes”, mas esta situação condiciona a “sustentabilidade das empresas de saúde, responsáveis por uma grande dinâmica na economia, nas exportações, na criação de emprego, na ciência e na inovação do país. Apesar do subfinanciamento crónico e da derrapagem da dívida, um estudo da Universidade Nova de Lisboa indica que a sustentabilidade do SNS melhorou em 2016, pois o financiamento aumentou e a despesa cresceu menos do que em 2015. O estudo mostra que o financiamento da saúde subiu 3,1% no ano passado, face a 2015, para 8,93 mil milhões de euros. No mesmo período, a despesa aumentou apenas 1,2%, para 9,13 mil milhões de euros.

Agência europeia do medicamento coloca risco de amputação nas burlas A Agência Europeia do Medicamento (EMA) finalizou o último passo que lhe competia no alerta para um aumento do risco de amputação dos membros inferiores em doentes que sofrem de diabetes tipo 2 e que estão a ser tratados com medicamentos que possuem inibidores SGLT2. A informação vai passar a estar inscrita na bula dos remédios. Em Portugal são comercializadas duas substâncias com esta característica (forxiga e xigduo). O parecer vai ser enviado para a Comissão Europeia, organismo a que compete emitir "uma decisão vinculativa e válida em toda a União Europeia". O alerta partiu de estudos que concluíram que a toma de canagliflozina (inibidor SGLT2 não comercializado em Portugal) apresentava "um aumento dos casos de amputação de membros inferiores, principalmente dos dedos dos pés", em relação a doentes que tomavam um placebo (substância neutra). Para este remédio, a EMA aponta um risco de amputação entre um e 10 doentes em mil pessoas. "A ação do medicamento é levar à excreção do açúcar através da urina, por isso tem algum potencial para desidratar", explica uma médica endocrinologista, salientando que os remédios comercializados no País "são muito úteis, mas só devem ser usados por doentes que consigam reforçar a ingestão de água em pelo menos mais meio litro por dia".

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produção de medicamentos esperança média de vida aumenta em Portugal As mulheres portugueses que nascerem em 2030 estarão entre as que terão uma maior subida da esperança de vida. Um estudo recente prevê que estas possam viver em média, 87 anos. Portugal está em sétimo num conjunto de 35 países, a seguir à Coreia do Sul, França, Japão, Espanha, Suíça e Austrália. As projeções vão ao encontro dos dados do Instituto Nacional de Estatística. Para o triénio 2013-2015, a esperança de vida à nascença para as mulheres era de 83,3 anos e para os homens 77,3 anos. As mulheres de 65 anos podem esperar viver mais 20,7 anos e os homens mais 17,3 anos.

diabetes Medicamento para moderar o apetite

Sequenciado ADN de veneno de vermes marinhos Um grupo internacional de investigadores conseguiu sequenciar pela primeira vez o ADN do veneno produzido por vermes marinhos da família 'glyceridae', uma neurotoxina com elevado potencial para utilização em medicamentos. Os investigadores disseram que este veneno atua de uma forma única pois afeta canais específicos da união neuromuscular. Trata-se de um composto muito forte e específico que atua em "doses dependentes e reversíveis", ou seja, se a dose aumentar, o efeito aumenta, e se deixar de ser ministrado, deixa de atuar, características que apontam para um potencial farmacológico elevado, segundo os investigadores.

doenças crónicas UE tenta reduzir impacto A União Europeia aprovou um documento com 12 passos para reduzir o impacto das doenças crónicas no espaço europeu, que tem em conta as “diferentes conjunturas nacionais” e pretende envolver os cidadãos em risco e os com doença crónica. Pretende-se que seja uma ferramenta prática para inspirar e guiar profissionais de saúde e decisores políticos na promoção do envelhecimento saudável e na prevenção, gestão e tratamento das doenças crónicas. Os passos têm em consideração as diferentes conjunturas nacionais, realçando a conceção, monitorização e avaliação de projetos, o envolvimento dos cidadãos em risco e dos cidadãos com doença crónica, a educação e a formação, a colaboração intersectorial, a boa governança, a equidade, entre outras recomendações.

tipo de sangue Novo teste com resultados instantâneos

sns Portugal à frente do Reino Unido Portugal subiu, de 2015 para 2016, seis posições (do 20º para o 14º lugar) num ranking internacional que compara o desempenho dos sistemas de saúde de 35 países europeus, o Euro Health Consumer Index, fincando pela primeira vez à frente do Reino Unido e de Espanha. Esta avaliação anual coloca Portugal em 14º lugar. As áreas em que Portugal pontua pior, e em que deveria investir mais, são a da “acessibilidade” — devido às listas de espera — e a “diversidade e abrangência dos serviços prestados”. Em contrapartida, conseguimos melhor classificação na área dos direitos dos doentes, dos resultados dos tratamentos e na prevenção.

Um rápido, preciso e versátil teste com base em papel pode determinar o tipo de sangue em segundos, anunciou a Associação Americana para o Avanço da Ciência. O teste não precisa de equipamentos especializados e é uma abordagem mais económica para determinar o grupo sanguíneo. Após a análise de 3.550 amostras clínicas de sangue o teste demonstrou uma taxa de exatidão superior a 99,9%, sendo que as únicas inconsistências aconteceram em ensaios com tipos de sangue muito raros. Ao contrário dos testes convencionais de tipo de sangue (microplacas ou colunas de gel), tecnicamente mais exigentes e lentos na produção de resultados, o novo método classificou as amostras nos grupos sanguíneos A, B e O e fator Rh em menos de 30 segundos e com apenas duas ações simples.

problemas ambientais Na origem de 1.7 milhões de mortes de crianças Mais de 1,7 milhões de crianças com menos de cinco anos morrem, por ano, devido a doenças relacionadas com problemas ambientais, como a poluição do ar interior e exterior, a exposição a fumo de tabaco, a insalubridade da água ou a falta de saneamento e de higiene, denunciou a Organização Mundial de Saúde. Do total das 1,7 milhões de mortes, cerca de 570 mil devem-se a infeções respiratórias, como pneumonia, que podem atribuir-se à poluição do ar interior e exterior assim como à exposição ao fumo de tabaco, enquanto 361 mil crianças são vítimas de diarreias devido à falta de acesso a água potável e ao insuficiente saneamento e falta de condições de higiene.

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Um medicamento para moderar o apetite conseguiu evitar o aparecimento de diabetes tipo 2 em 80% dos pacientes testados num estudo recente de cientistas britânicos. A substância, que aumenta a produção de hormonas supressoras do apetite no intestino, foi testada em pessoas com excesso de peso que estavam em situação pré-diabética, caracterizada por níveis altos de açúcar no sangue, que pode evoluir para diabete tipo 2, ou seja, uma doença do metabolismo marcada por excesso de açúcar no sangue. A condição pré-diabética, que se cura com exercício e uma dieta saudável, é muito difícil de tratar quando evolui para diabetes, levando muitas vezes à cegueira, danos no sistema nervoso e à morte.

saúde mundial Portugal no Top 25 Um estudo do nível de saúde da Bloomberg avaliou os países segundo variáveis como a esperança média de vida, as causas mais comuns de morte e os fatores que colocam a saúde da população em risco, como a taxa de indivíduos com tensão alta ou de fumadores, a malnutrição ou o acesso a água potável. Portugal ficou em 21º lugar numa lista de 163 países. A Itália é o país a nível mundial onde o nível de saúde é mais elevado. Os portugueses têm a seu favor a dieta mediterrânica e são mais saudáveis que 24 outros povos da Europa, entre os quais se contam os ingleses, os irlandeses, os belgas ou os dinamarqueses.



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