Notícias do Mar n.º 343

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Fotografia JFerrand/MKO

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Vela

Recorde do Mundo

Fotografia JFerrand/MKO

Francisco Lufinha Faz História

Sem paragens em Kiteboard, cumprindo 472 milhas náuticas em 47 horas e 37 minutos

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rancisco Lufinha bateu o recorde do mundo da maior distância percorrida sem paragens em Kiteboard, cumprindo 472 milhas náuticas em 47

horas e 37 minutos. Um feito notável estabelecido num percurso entre Lisboa e a Madeira. Francisco Lufinha superou a sua anterior marca de 304 milhas náuticas. O ve-

lejador nacional embarcou nesta aventura, no Cais das Colunas, na capital portuguesa. Francisco Lufinha teve de parar a 60 milhas da ilha da Madeira. O cansaço im-

pediu que continuasse em segurança. O objectivo está cumprido um novo Recorde do Mundo estabelecido num percurso de 47 horas e 37 minutos e 472 milhas náuticas.

Francisco Lufinha bateu mais um recorde 2

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Vela

Fotografia Nikos Alevromytis/ Internacional470 Class

Campeonato da Europa de 470

Irmãos Matos Rosa em Grande

As tripulações portuguesas terminaram a sua participação no Campeonato da Europa de 470, em Aarhus, Dinamarca. A dupla António Matos Rosa/João Matos Rosa foi a mais bem classificada, acabando em 6º lugar entre os europeus o que lhe garante entrada no nível 2 do Projecto Rio 2016.

A dupla António Matos Rosa e João Matos Rosa foi a mais bem classificada, acabando em 6º lugar entre os europeus

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ntónio Matos Rosa/ João Matos Rosa foram os portugueses mais bem classificados neste europeu de 470. A dupla lusa acaba em 6º (11º Open) entre as formações do continente e entra directamente para o nível 2 do Projecto Rio 2016.

Por seu turno, João VillasBoas/Miguel Nunes finalizaram no 22º lugar (15º entre os europeus), enquanto Diogo Pereira/ Manuel Macedo foram 21º na frota de prata (38º só com as duplas europeias).

Os norte-americanos Stuart McNay/David Hughes foram os vencedores, seguidos dos alemães Ferdinand Gerz/Oliver Szymanski e dos australianos Matthew Belcher/Will Ryan. No sector feminino, Sara

Carmo/Matilde Pinheiro de Melo acabaram na 11ª posição do Grupo de Prata. Triunfo das neozelandesas Jo Aleh/ Polly Powrie. As eslovenas Tina Mrak/Veronika Macarol foram segundas e as norte-americanas Anne Haeger/Briana Provancha terminaram na terceira posição.

Irmãos Matos Rosa 2015 Julho 343

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Vela

Campeonato da Europa de Access

Fotografia António Castro Nunes

Portugueses Conquistam Prata e Bronze Sucesso português no Europeu de Access que decorreu em Rutland, Grã-Bretanha. As duplas João Pinto/Guilherme Ribeiro, do Iate Clube Marina de Portimão e Pedro Reis/André Bento, do Clube Naval de Cascais conquistaram a prata e o bronze em Access 303 duplo e João Pinto ficou com o bronze no Access 303 solitário.

Os velejadores portugueses medalhados

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Recata no Europeu de Acess 4

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vela adaptada portuguesa voltou a conquistar medalhas em campeonatos internacionais. Em águas britânicas brilharam João Pinto/Guilherme Ribeiro e Pedro Reis/André Bento que após sete regatas realizadas nos Access 303 duplo, conquistaram a prata e o bronze, respectivamente. Em Access 303 solitário, João Pinto voltou a subir ao pódio, sendo terceiro classificado. José Cavalheiro foi sexto, Pedro Reis acabou no oitavo lugar e Guilherme Ribeiro foi 14º da geral.


Vela

Semana de Kiel

Velejadores Nacionais com Prestação Notável

R

ui Silveira e Eduardo Marques tiveram desempenho brilhante na Semana de Kiel, que hoje terminou na Alemanha. Os velejadores nacionais marcaram presença na Regata das Medalhas da classe Laser, acabando a prova nas 4ª e 7ª posições da geral, respectivamente. Rui Silveira e Eduardo Marques tiveram uma semana memorável em águas germânicas. Os velejadores portugueses estiveram sempre no “Top 10” e alcançaram o feito de marcarem presença na Regata das Medalhas. Rui Silveira ainda podia chegar ao pódio mas o 7º lugar na regata decisiva manteve-o na 4ª posição da geral. Por seu turno Eduardo Marques foi terceiro na “Medal Race” e acabou no 7º posto. Os resultados alcançados pelos atletas nacionais abrem óptimas perspectivas para os Jogos Olímpicos do Rio 2016. Com Portugal já apurado, a selecção do velejador que representará o país no Brasil, promete ser emocionante. O alemão Tobias Schadewaldt foi o vencedor, seguido do dinamarquês Michael Hansen e do polaco Tadeusz Kubiak. Participaram na prova alemã 78 laseristas de 19 países.

Rui Silveira

Laser na Semana de Kiel 2015 Julho 343

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Vela

Campeonato da Europa de 49er

Jorge Lima/José Costa em Bom Plano Jorge Lima/José Costa terminaram o Campeonato da Europa de 49er, na 14ª posição. A prova, que decorreu no Porto, teve como vencedores os neozelandeses Peter Burling/Blair Tuke.

Jorge Lima e José Costa

J

orge Lima/José Costa lideraram na fase de qualificação mas as nove regatas de finais acabaram por não ser muito positivas para as aspira-

ções da dupla nacional. Desta forma, a tripulação que já qualificou Portugal para os Jogos Olímpicos do Rio 2016 fechou este europeu na 14ª posição da geral (11ª entre os europeus).

Venceram os neozelandeses Peter Burling/Blair Tuke, seguidos dos alemães Justus Schmidt/Max Boehme e dos britânicos John Pink/Stuart Bithell.

Por seu turno, os jovens Rodolfo Pires/Gonçalo Pires, foram 17º, 22º e 17º nas três realizadas do grupo de bronze e acabam no 17º lugar desta frota.

Rodolfo Pires e Gonçalo Pires 6

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Vela

Campeonato do Mundo de Nacra 17

Fotografia Laurens Morel

Afonso Domingos e Maria João Westwood

Dupla Nacional Longe do Rio 2016

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fonso Domingos/Maria João Westwood despediram-se na 49ª posição do Campeonato do Mundo de Nacra 17, que decorreu em Aarhus, Dinamarca. Venceram os franceses Billy Besson/Marie Riou, seguidos dos australianos Jason Waterhouse/Lisa Darmanin e dos holandeses Mandy Mulder/Coen de Koning. Recorde-se que no Mundial da Dinamarca estavam em jogo, além do título mundial, três vagas para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016 que foram ocupadas por Alemanha, Aruba e Espanha.

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Vela

Fotografia Maria Muiña - Sailingshots /Barcelona ORC World C. 2015

Campeonato do Mundo de ORC

MBA Atlântico – Farofino 2000 Cumpre

Farofino 2000, de Rui Ramada Barros

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m Barcelona, o MBA Atlântico – Farofino 2000, de Rui Ramada Barros, terminou na 25ª posição da

geral de ORC C a sua participação no Campeonato do Mundo de ORC. Venceu o Low Noise II, do italiano Giuseppe Giuffre, se-

guido do dinamarquês Hansen, de Michael Mollmann e do espanhol Fyord, de José Luís Maldonado. Em ORC A, o triunfo foi para o Enfant Terrible Minoan

Lines, do italiano Alberto Rossi, enquanto em ORC B, o espanhol Pedro Campos conquistou o seu 15º título mundial com o Movistar.

Largada no Mundial de ORC 8

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Pesca Desportiva

Pesca com redes de emalhar de Fundo

Texto Antero dos Santos

Cerca de 300 Pargos Capturados Ilegalmente

Como não existe na DGRM qualquer tipo de organização de fiscalização às pescas, pescadores sem escrúpulos cometeram à-vontade um gravíssimo crime ambiental e económico a meio do mês passado, ao largo da Carrapateira na Costa Vicentina, ao capturarem com uma rede ilegal cerca de 300 pargos. cadores da pesca industrial de Matosinhos e de Vila do Conde. As redes de tresmalho são redes de emalhar constituídas por três panos de rede sobrepostos, os dois exteriores idênticos e com grandes malhas e o interior com rede miúda e de malhagem mais pequena. Os peixes ao encontrarem uma rede de tresmalho, atravessam sem dificuldade uma das malhas grandes exteriores e empurram a rede miúda, acabando por ficarem assim presos numa espécie de saco ou bolsa. Estas redes não podem ter mais de 5 metros de altura, mas podem ter de comprimento até 5.000 metros. Qualquer peixe que vá ao encontro destas redes dificilmente se safa. Estudos efectuados por professores da Universidade do Algarve determinaram que ao fim de 24 horas, quando estas redes são levantadas, as rejeições para deitar fora são cerca de 49%, de peixe sem medidas, ou espécies não comerciáveis.

Esquema ilegal de cerco ao peixe demersal, como os pargos

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Dragão do Mar de Vila do Conde é um dos barcos com redes de emalhar de fundo fundeadas na Costa Vicentina 10

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mais grave é que este crime se repete há uns anos, no mesmo local a seguir ao mês de Maio, depois de se saber que os pargos entraram e estão a ser pescados pelos pescadores artesanais de Sagres. Os suspeitos desta criminosa acção são os mesmos que têm redes de emalhar de fundo de tresmalho, fundeadas permanentemente na Costa Vicentina quando só podem estar 24 horas e depois têm que ser levantadas. São barcos de pes-

Cerco de rede com 30 metros de altura e “very lights” para o meio Durante a noite, conhecendo bem a zona e depois de confirmar pela sonda onde está o peixe, os pescadores criminosos lançaram ao mar uma rede com 30 metros de altura, previamente preparada com seis redes de tresmalho de 5 metros de altura cada por cima umas das outras e com o comprimento suficiente para cercar toda a zona e o peixe. Depois começaram a lançar “very lights” para o meio, para espantar todo o peixe para fora. Cercados por uma rede com a altura de um prédio de 12 an-


Pesca Desportiva

dares e assustados pelas luzes dos “very lights” os pargos e todo o peixe que se encontrava ali fugiu, mas sem qualquer hipótese ficaram presos nas redes. Foi de certeza mais de uma tonelada de pargos capturados e metidos no porão com gelo. Quanto ao restante peixe, provavelmente mais de uma tonelada foi deitado fora, porque era peixe que não interessava comercialmente nem se ia gastar gelo com ele. O crime deve compensar porque é reincidente e ainda ninguém pagou por ele. Com isto ficaram mais pobres os pescadores artesanais de Sagres que de um dia para o outro deixaram de ter pargos nas linhas do palangre ou nas zagaias. Este assunto conhece-se já em todos os portos da Costa Vicentina e no do barco que cometeu o crime, se a Polícia Marítima quisesse descobrir quem foi já tinha conseguido, porque uma rede com 30 metros de al-

Esquema da pesca de palangre tura não se prepara no quintal de ninguém e se fica guardada de um ano para o outro, está certamente num armazém não muito longe do porto. Os pescadores artesanais, dizem que já não vale a pena apresentar queixa nas Capitanias contra a pesca das redes

de emalhar de fundo da pesca industrial porque nunca são atendidas as suas razões. Falar da pesca sustentável para quê? Para quê falar-se da obrigação de se cumprir um regime co-

munitário para a conservação e a exploração sustentável dos recursos no âmbito da política comum das pescas. As zonas costeiras até às 12 milhas náuticas não seguem o princípio de igualdade de acesso às águas da UE. Os Estados-Membros podem

Os pargos pescados à linha são peixes da máxima qualidade 2015 Julho 343

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Fotografia: pesca-embarcada.com

Pesca Desportiva

Montagens de anzóis para a a pesca de pargos

Os pargos desapareceram da zona da Carrapateira na Costa Vicentina

conservar direitos de pesca exclusivos nestas zonas. Esta medida tem por base a necessidade de preservar as zonas mais sensíveis limitando o esforço de pesca e protegendo as actividades de pesca tradicional de que depende o desenvolvimento social e económico das comunidades costeiras, como são as da pesca artesanal. Todas as medidas que estabelecem as condições de acesso às águas e aos recursos são adoptadas com base em informações de

carácter biológico, socioeconómico e técnico. Porém, devemos defender os nossos recursos dos crimes que forem praticados e não olhar para o lado. Se o Ministério da Agricultura e do Mar apenas impõe regras para a conservação e a exploração sustentável das pescas e não consegue defender a nossa plataforma continental para que que serviu a Semana Azul, porque o peixe ainda é a maior riqueza que temos do mar?

Os pescadores artesanais querem os fundos limpos das redes para pescarem com palangre 12

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Náutica

Teste Capelli Tempest 650 com Yamaha F130A

Texto e Fotografia Antero dos Santos

Nota Alta para as Performances

O teste que fizemos no passado dia 30 de Abril, ao novo Yamaha F130A montado no Capelli Tempest 650, um dos semirrígidos mais populares do estaleiro italiano Capelli, mostrou que o barco puxa bem pelas altas performances do motor.

O A consola de condução central é individual 14

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teste efectuado a partir da marina de Portimão foi a convite da Yamaha Motor Europe e da PortiNauta, do grupo Angel Pilot, concessionário Yamaha. O Capelli Tempest 650 é um modelo de linhas e cores modernas da marca Capelli, com um layout estudado para melhor aproveitamento do espaço interior e com

soluções inovadoras para aumentar a simplicidade na circulação e a capacidade de arrumação, tão necessária nas jornadas no mar, para manter os equipamentos e roupas secos. Assim, o piloto tem uma consola de condução individual e um banco encosto alto para uma condução mais cómoda em pé. Com esta solução, a circulação para a proa é larga e aces-


Náutica

Posto de comando

guardar o peixe, sem necessitar de agarrar na tampa. No poço existe um sofá, e uma mesa incorporada no banco de condução que se rebate e levanta, que permite criar uma acolhedora zona de refeições e para o convívio. Por cima da mesa encontram-se encaixes para

copos e garrafas. A zona de popa pode também ser transformada em área de solário, adicionando uma extensão (opcional) e baixando o encosto do assento de popa. A passagem para a popa e o acesso à água é por bombordo do banco da popa.

A bordo, existem ainda diversos compartimentos espaçosos para arrumação de palamenta ou equipamentos. O banco da popa levanta-se e tem em baixo um porão, a consola de condução e o banco do piloto têm portas estanques. Na proa existe um cabe-

Capelli Tempest 650

sível. À frente da consola de condução até à proa, podese montar um cómodo e amplo solário. Sob este espaço ideal para os banhos de sol, encontra-se um amplo porão onde cabem as almofadas, os equipamentos e sacos de praia. A tampa abre-se facilmente, com a ajuda de um amortecedor hidráulico. Para os pescadores, podem aqui colocar um açafate para

O Tempest 650 apresenta soluções inovadoras 2015 Julho 343

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Náutica

O novo Yamaha F130A testou o Tempest 650

çote em fibra, com uma roldana e um cunho de amarração. Para as manobras é fácil, pois mesmo em baixo fica o porão para o ferro. Todas estas características tornam o modelo versátil e confortável, mas a característica que mais o diferencia são os excelentes acabamentos e o design de

Roberto Curtó. Os flutuadores, como em todos os modelos Capelli são da melhor qualidade, em Neoprene Hypalon Orca de 1670 dtex Este modelo estava equipado com arco de luzes em inox, toldo bimini para arco de luzes, direcção hidráulica Baystar, sonda GPS

O banco à popa 16

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Lawrence Elite 5, dois instrumentos digitais multifunções e caixa de comandos de topo. Quem pretender equipar o barco com mais acessórios pode ainda incorporar mastro de ski, capa de consola e de banco, chuveiro de 67 litros, rádio, solário de popa e berço em madeira.

O Tempest 650 puxou bem pelas performances do Yamaha F130A Logo no arranque, quando em apenas 1,47 segundos o barco já planava, notámos a facilidade do casco do Tempest 650 descolar da água e responder à especial aceleração do F130A. Depois

Porão sob o banco da Popa


Náutica

O poço apresenta várias inovações

confirmámos o mesmo no teste de aceleração até às 5.000 rpm, quando em 5 segundos o GPS marcou 25,2 nós de velocidade. A prova final foi quando testámos a velocidade mínima do barco a planar e este navegou a 9 nós às 2.800 rpm, mostrando como se desloca deslizando à popa, mesmo com o V do casco

profundo. Esta característica do casco, serviu para testar o comportamento do Tempest 650 a navegar fora da barra de Portimão numa água ligeiramente agitada. Colocámos o barco a favor da agitação e puxámos pelo motor até às 6.200 rpm tendo atingido os 38 nós. A prestação do barco a na-

Banco encosto do piloto

vegar foi sempre com segurança, bem equilibrado e sentimos boa comodidade do casco a cortar a água, naquelas condições do mar e aquela velocidade. A posição do piloto no banco encosto é excelente e como a direcção é hidráulica o piloto faz pouco esforço e facilmente domina as manobras.

Outro desempenho do Tempest 650 que, graças às características do casco em V profundo, mostrou ser muito bom, foi a curvar agarrando-se bastante à água, com muita segurança e adornando ligeiramente apoiado pelos tubos na água. Ensaiámos igualmente a velocidade de cruzeiro. E esta depende sempre das

Como é fácil o casco descolar da água, o Tempest 650 atinge altas performnces 2015 Julho 343

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Náutica

Mais potência com o leve Yamaha F130A

O

novo F130A foi desenvolvido para a Yamaha oferecer mais potência num motor leve para assim servir em mais barcos e substituir os antigos e grandes pesados motores da mesma cavalagem ou com menos cavalos mas com o mesmo tamanho, com um motor de tecnologia muito avançada, mais leve, com 130 HP e o peso de um 115 HP. Nasceu a partir do recente Yamaha F115B e tem as suas características em força e potência, únicas na sua classe, com um design compacto e leve no peso e incorporado muitas das tecnologias pioneiras da Yamaha. O F130A tem um motor de 16 válvulas de grande dimensão, com 1.832 cm 3 de cilindrada, formato de 4 cilindros em linha com DOHC. Pesa apenas 174 kg e tem a melhor relação peso/potência da sua classe. Quanto a tecnologias e características especiais destacam-se: Injecção electrónica de combustível multi-ponto e controlo electrónico do motor por microcomputador ECM. Sistema de ignição directo para melhor desempenho. Válvula de aceleração electrónica e colector de admissão simplificado. Consumo de combustível extremamente eficiente com menores custos de funcionamento. Ajuste variável de RPM para controlo de velocidade, activado por um simples premir de botão que controla as rpm em níveis de 50 rpm entre as 600-1000 rpm, para uma navegação reduzida ou pesca ao corrico. Opcional Sistema Digital em Rede, que oferece muitas vantagens tais como, a utilização dos instrumentos multifunções mais recentes, com fácil leitura. Sistema de Protecção Anti-roubo Yamaha (YCOP), para imobilizar o motor, até à próxima utilização, com comando à distância. Sistema de amortecimento para reduzir ainda mais a vibração e o ruído, tornando este novo motor ainda mais silencioso e suave a navegar. Nova série de hélices em alumínio Talon com menos vibração e ruído, para navegação mais suave e que incorporam um novo design de lâmina. Unidade Yamaha compacta, leve e de macaco hidráulico no Power Trim&Tilt.

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Grande porão à proa

condições do mar. Como ele estava durante o teste, navegámos numa rotação do motor económica às 4.000 rpm e o barco manteve-se numa velocidade interessante de 22/23 nós e que nos pareceu ser uma navegação rápida e boa aquela rotação. Em conclusão, devemos acentuar a polivalente utilização do Tempest 650 que

testámos dá, com a combinação do equipamento standard e os acessórios opcionais que foram montados. Um semirrígido a partir dos 6,50 metros de comprimento, começa a ser um 4x4 do mar, com capacidade de enfrentar com segurança as mais difíceis condições do mar. A disposição dos bancos


Náutica

O toldo bimini é um acessório fundamental, quando se está parado

O casco tem capacidade de enfrentar com segurança as mais difíceis condições do mar 2015 Julho 343

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Náutica

O Tempest 650 a curvar em curva bastante apertada

e a elevada capacidade de arrumação do Tempest 650, não deixando nada no convés, permite navegar com comodidade e chegar a terra com tudo seco, depois de uma jor-

nada com mau tempo e o mar mais agitado. Quanto à motorização, acreditamos que o Yamaha F130A conjuga-se perfeitamente com este modelo Capelli.

Características Técnicas Comprimento

6,50 m

Boca

2,67 m

Díâmetro dos flutuadores

0,56 (max.)

Material flutuadores

Neoprene/Hypalon Orca 1670 dtex

Peso

750 Kg

Lotação

12

Potência máxima

200 HP

Certificação CE

B

Motor

Yamaha F130 AETX

Preço barco/motor

A partir de 35.000 e + IVA

Preço barco/motor do teste

38.000 e + IVA

Performances

No poço a mesa em baixo 20

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Tempo para planar

1,47 seg.

Aceleração às 5.000 rpm

25,2 nós em 5 seg.

Velocidade máxima

38 nós às 6.200 rpm

Velocidade cruzeiro

22/23 nós às 4.000 rpm

Velocidade mínima a planar

9 nós às 2.800 rpm

3.000 rpm

12,6 nós

3.500 rpm

17,6 nós

4.000 rpm

22,5 nós

4.500 rpm

25,6 nós

5.000 rpm

28 nós

5.500 rpm

31,2 nós

6.000 rpm

34 nós

6,200 rpm

38 nós

Importadores e Distribuidor Porti Nauta Grupo Angel Pilot Telm: 91 799 98 70 - info@angelpilot.com Parchal – Lagoa www.angelpilot.com Yamaha Motor Europe N.V. Sucursal em Portugal Rua Alfredo da Silva, nº 10 2610-016 Alfragide Tel.: 21 47 22 100 Fax: 21 47 22 199 www.yamaha-motor.pt


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Notícias do Mar

Economia do Mar

CE Financia Novo Terminal de Lisboa no Barreiro

União Europeia aprova candidaturas para os estudos da plataforma multimodal do Porto de Lisboa e desenvolvimento de novas soluções tecnológicas.

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Notícias do Mar

A

Comissão Europeia aprovou um financiamento superior a 140 milhões de euros para cinco projetos exclusivamente portugueses de lnfraestruturas de transportes. Dois dos projetos eleitos serão executados nos portos de Lisboa e Leixões, havendo também dois Investimentos nas ligações ferroviárias. O Comité do Mecanismo Interligar Europa decidiu formalmente o financiamento até 50% das candidaturas apresentadas. Trata-se da candidatura para os estudos da plataforma multimodal do Porto de Lisboa, envolvendo os terminais do Barreiro e Seixal, navegabilidade do estuário, e plano estratégico, tendo como parceiros a Câmara Municipal do Barreiro, a Câmara Municipal do Seixal, a Baia do Tejo e as Infraestruturas de Portugal que deverá ter um financiamento na ordem de 1,95 milhões de euros, o que representa 50% do investimento total previsto. O início será já este més e o término em junho de 2017. A outra candidatura, também liderada pela APL, que integra a Administração do Porto de Douro e Leixões e outros portos polacos e italianos, tem como objetivo o desenvolvimento de novas soluções tecnológicas para portarias virtuais e melhoria das infraestruturas de comunicações. Os montantes de investimento envolvidos estão na ordem de 6,5 milhões de euros e 3,9 milhões de euros respetivamente. Segundo a Comissão Europeia, trata-se de um projeto importante para acelerar o transporte marítimo entre Portugal, Itália e Polónia Para este terminal, o Barreiro tem condições excelentes pois consegue ter uma enorme plataforma, um enorme terrapleno e tem condições de acessibilidades rodoviárias e ferroviárias únicas. O Barreiro tem ainda uma tradição industrial de décadas, que permite potenciar todo um conjunto de atividades complementares à atividade portuária, que, hoje em dia, são indispensáveis, quando se pensa em novas infraestruturas de transportes. O presidente da Câmara Municipal do Barreiro defendeu desde o início este projecto: “oTer-

minal pode ser um contributo para a construção da “Cidade Região, ou Cidade das Cidades, independentemente da denominação, o Tejo tem que ser um elemento de desenvolvimento das duas margens”. Para o estuário do Tejo existe um plano de investimento que

inclui o novo terminal de contentores no Barreiro, a navegabilidade do rio Tejo até Alenquer, a recuperação do terminal da exSiderurgia Nacional no Seixal, o novo terminal de cruzeiros em Santa Apolónia e a construção dos acessos rodo e ferroviários a estas infraestruturas.

O conjunto destes investimentos deverá atingir os 800 milhões de euros dos quais cerca de 500 milhões de euros serão canalizados para a construção do novo terminal de contentores no Barreiro, a ser integralmente suportados por um ou mais operadores privados

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Náutica

Teste Beneteau Flyer 6 Spacedeck com Yamaha F130 AETX

Texto e Fotografia Antero dos Santos

Premiadas Soluções Para o Uso Completo do Barco

O Beneteau Flyer 6 Spacedeck, um barco que anda a receber prémios há dois anos e testámos no passado dia 14 de Maio em Portimão, equipado com o novo Yamaha F130A representa bem a moderna resposta europeia à clássica linha bowrider criada pelos USA.

F

omos convidados para este teste pela Yamaha Motor Europe e pela PortiNauta do grupo Angel Pilot, no Algarve concessionário Yamaha e de Francisco Ramada, importador exclusivo da Beneteau para Portugal. A gama Flyer da Beneteau, a mais popular de barcos a motor fora de borda do estaleiro francês, é constituída por onze 24

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modelos desde o 550 com 5,50 metros até ao topo da gama o 850 com 8,25 metros de comprimento. A Beneteau desenvolveu três conceitos de arranjo do espaço interior para os barcos Flyer, o Sundeck, Sportdeck e Spacedeck, para cobrir o maior número de compradores. Deste modo, com o mesmo casco o cliente pode assim escolher qual dos conceitos satisfaz me-

lhor a utilização que pretende dar à embarcação. O Beneteau Flyer 6 Spacedeck consegue um excepcional aproveitamento do espaço Quando entrámos dentro do Flyer 6 Spacedeck, pareceunos ter entrado num barco maior, mais comprido e mais

largo. Afinal o barco tem 6,43 m de comprimento e 2,50 m de boca. O conceito Spacedeck desenvolvido numa embarcação de 6 metros acertou em cheio e logo na apresentação em 2014 recebeu dois prémios, Barco do Ano na categoria “day boats”da revista Les Moteur Boat e finalista em Barco do Ano para Iniciados. Em 2015 foi eleito Barco do Ano Europeu para menos de


Náutica

Consola central de comando

Beneteau - Flyer 6 Spacedeck

25 pés e na categoria de “starter boats”. O principal elemento de satisfação neste barco é a sua ergonomia perfeitamente criada para oferecer uma excelente posição de condução e ampla comodidade em todos os assentos. Essa é a razão porque o Flyer 6 Spacedeck é certificado pela CE para a lotação de 10 pessoas na categoria D, águas abrigadas e 8 pessoas em categoria C, navegação costeira. Neste barco existem três espaços distintos, importantes e com exemplar funcionalidade. Ao centro fica a consola de pilotagem que ainda dispõe de uma pequena cabina. À frente da consola encontra-se um banco e assentos laterais que podem ser convertíveis num enorme

solário. Atrás o poço dispõe de um banco corrido para quatro pessoas, com um assento amovível a bombordo para servir de passagem para a popa. Este banco permite converter-se num solário. O posto de pilotagem tem dois confortáveis bancos individuais para o piloto e copiloto que são giratórios, reguláveis e podem permitir duas posições de sentado, em baixo e em cima para apoio à condução de pé. O painel de instrumentos tem uma bússola em cima, é plano, simples e tem espaço para montar um display da electrónica ao meio. Outra das qualidades desta embarcação é a facilidade e segurança na circulação das pessoas dentro do barco, sobretudo a navegar. A consola de condu-

ção central permite passagens laterais largas entre o poço e a frente, sempre apoiadas por varandins em aço inox que estão montados no poço e da consola para a proa. Quando se fala em arrumação, este Flyer 6 impressiona, pois não há espaços perdidos e tudo está aproveitado. A cabina tem um degrau em baixo e pode ser bem aproveitada para arrumar os sacos de praia ou de equipamentos. Sob o banco da popa e em baixo dos assentos da proa pode-se arrumar toda a palamenta e ainda temos um enorme porão no piso do poço com amortecedores hidráulicos na tampa, onde estão as baterias, bomba de fundo e espaço para arrumar equipamentos. Um dos pontos fortes do Flyer 6 Spacedeck é o casco

Posto de pilotagem e entrada para a cabina

O amplo poço 2015 Julho 343

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Náutica

O novo Yamaha F130A superou as expectativas que foi construído incorporando o Air Step, uma revolucionária tecnologia desenvolvida pela Beneteau para toda a gama Flyer e também para alguns modelos de outras linhas.

Enorme porão no poço

O banco à popa tem uma passagem a bombordo 26

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O Air Step associa o tipo de casco que tem lateralmente degraus à frente e patins atrás com a tecnologia de túnel de ar com entrada pela frente. Graças a esta conjugação o


Náutica

O Beneteu Flyer 6 Spacedeck teve um desempenho confortável e seguro casco descola mais depressa da água no arranque, com aceleração rápida e fácil aumento de velocidade. Conseguem-se assim melhores performances, com potências reduzidas e os consumos são bastante menores. Outra das vantagens deste tipo de casco é a excepcional estabilidade e conforto, pois funciona como uma almofada de ar que sente principalmente quem vai sentado atrás. No teste um prémio também para o motor O Flyer 6 Spacedeck é um barco robusto e pesa 1.207 Kg. Como o estaleiro indica como potência máxima os 200 HP, tínhamos curiosidade em ver o

Solário à popa 2015 Julho 343

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Náutica

O leve Yamaha F130A aplica mais potência

O

novo F130A foi desenvolvido pela Yamaha para oferecer mais potência num motor extremamente leve e assim servir num maior número de barcos e substituir os antigos e pesados grandes motores com os mesmos cavalos ou com menos mas com o mesmo tamanho e peso, com um motor de tecnologia muito avançada, mais leve, com 130 HP e o peso de um 115 HP. O F130A nasceu a partir do recente Yamaha F115B e tem as suas características em força e potência, únicas na sua classe, com um design compacto e leve no peso e incorporando muitas das tecnologias pioneiras da Yamaha. O F130A tem um motor de 16 válvulas de grande dimensão, com 1.832 cm 3 de cilindrada, formato de 4 cilindros em linha com DOHC. Pesa apenas 174 kg e tem a melhor relação peso/potência da sua classe. Quanto a tecnologias e características especiais destacam-se: Injecção electrónica de combustível multi-ponto e controlo electrónico do motor por micro-computador ECM. Sistema de ignição directo para melhor desempenho. Válvula de aceleração electrónica e colector de admissão simplificado. Consumo de combustível extremamente eficiente com menores custos de funcionamento. Ajuste variável de RPM para controlo de velocidade, activado por um simples premir de botão que controla as rpm em níveis de 50 rpm entre as 6001000 rpm, para uma navegação reduzida ou pesca ao corrico. Opcional Sistema Digital em Rede, que oferece muitas vantagens tais como, a utilização dos instrumentos multifunções mais recentes, com fácil leitura. Sistema de Protecção Anti-roubo Yamaha (YCOP), para imobilizar o motor, até à próxima utilização, com comando à distância. Sistema de amortecimento para reduzir ainda mais a vibração e o ruído, tornando este novo motor ainda mais silencioso e suave a navegar. Nova série de hélices em alumínio Talon com menos vibração e ruído, para navegação mais suave e que incorporam um novo design de lâmina. Unidade Yamaha compacta, leve e de macaco hidráulico no Power Trim&Tilt.

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O Flyer 6 Espacedeck é muito estável a navegar e parado desempenho do barco, com um casco de características especiais, com este novo Yamaha com 130 HP. A potência que se monta numa embarcação tem muito que ver com o tipo de barco e também com a utilização que o proprietário pretende fazer e onde vai navegar. Muitas vezes acontece ter-se muita potência numa embarcação e nunca puxar por ela, porque o mar ou o plano de água não deixam e acaba-se por pagar demais por um motor.

Estávamos no rio Alvor e numa zona onde podíamos acelerar à-vontade. Logo no arranque, vimos o barco descolou bem da água e em 1,91 segundos já planávamos. Fizemos em seguida o teste de aceleração, importante para os esquiadores, e atingimos às 5.500 rpm os 20,5 nós em apenas 5, 53 segundos. No teste de velocidade mínima a planar confirmámos bem as características do casco, devido ao barco manter-se a planar apenas aos 8,7 nós às

Banco e assentos à frente


Náutica

Sob os assentos da proa existe muito espaço para arrumação

3.000 rpm. Depois com o barco embalado e com a ajuda do trim medimos a velocidade máxima de 32,5 nós às 6.300 rpm. Em velocidade de cruzeiro, numa rotação económica do motor às 4.500 rpm, navegámos a

18 nós. Devido ao casco o Flyer 6 Spacedeck é muito estável e proporciona uma navegação confortável reforçada pela comodidade dos bancos e dos assentos. Quando se está parado, o barco balança pouco e é seguro com a deslocação das pessoas. Apesar de descolar bem da água, quando curva o Flyer 6 agarra-se perfeitamente e vira com segurança, quase não ador-

A tecnologia Air Step da Beneteau

O casco incorpora a tecnologia Air Step 2015 Julho 343

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Náutica

O Beneteau Flyer 6 Spacedeck com o o novo Yamaha F130A atingiu boas performances nas acelerações nando. Para o piloto, a condução deste Flyer 6 Spacedeck é um enorme prazer, respondendo às manobras com facilidade e sem qualquer esforço, razão do prémio do barco do ano para iniciados. Em conclusão, devemos atri-

buir também um prémio ao Yamaha F130A, pelas performances que conseguiu e oferecer uma navegação calma e muito silenciosa. Quanto ao barco, comporta-se quase como uma jangada em conforto e segurança, permitindo uma utilização muito polivalente.

Características Técnicas Comprimento total

6,43 m

Comprimento do casco

6,10 m

Boca

2,50 m

Peso

1.207 Kg

Depósito combustível

170 L

Depósito água doce

100 L

Lotação

8/10

Certificação CE

C/D

Potência máxima

200 HP

Motor

Yamaha F130A

Preço barco/motor

A partir de 34.000 e + IVA

Performances

Roldana da proa e cunhos de amarração

Interior da cabina 30

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Tempo para planar

1,91 segundos

Aceleração às 5.000 rpm

15 nós em 3,56 seg.

Aceleração às 5.500 rpm

20,5 nós em 5,53 seg.

Velocidade máxima

32,5 nós às 6.300 rpm

Velocidade de cruzeiro

18 nós às 4.500 rpm

Velocidade mínima a planar

8,7 nós às 3.000 rpm

3.500 rpm

11,5 nós

4.000 rpm

15 nós

4.500 rpm

18 nós

5.000 rpm

21 nós

5.500 rpm

25 nós

6.000 rpm

30,3 nós

6.300 rpm

32,5 nós

Concessionário e Importador: Porti Nauta Grupo Angel Pilot Telm: 91 799 98 70 - info@angelpilot.com Parchal – Lagoa www.angelpilot.com Yamaha Motor Europe N.V. Sucursal em Portugal Rua Alfredo da Silva, nº 10 2610-016 Alfragide Tel.: 21 47 22 100 Fax: 21 47 22 199 www.yamaha-motor.pt


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Notícias do Mar

Economia do Mar

Mercadoria Movimentada no Porto de Sines Cresce mais de 25% no 1º Semestre

Porto de Sines A Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS) informou que a mercadoria movimentada no porto de Sines cresceu mais de 25% no 1º Semestre

A

APS realçou que todos os segmentos de carga contribuíram para este novo máxi-

mo. “Todos eles tiveram um comportamento positivo, o que na prática significa dizer que todos

os terminais especializados do Porto de Sines cresceram”. No que respeita aos contentores, explicou a APS, foram movi-

Terminal de Sines 32

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mentados no 1.º semestre 676.898 TEU (unidade equivalente a um contentor de 20 pés), o que traduz “um crescimento superior a 13%”m, em comparação com período homólogo do ano transato. “O 2.º trimestre de 2015 permitiu este importante resultado, com o mês de junho a atingir os 140.947 TEU movimentados”, acrescentou. A APS destacou ainda que a movimentação de bancas (combustíveis para os navios) teve um crescimento de 30%, atingindo as 162.807 toneladas, que o número de navios em operação comercial cresceu 8% e que o GT acumulado (Gross Tonnage) cresceu 11%. A 19 de junho, à margem das comemorações do Dia do Porto de Sines, o presidente da infraestrutura portuária do litoral alentejano, João Franco, estimou aos jornalistas que, este ano, o crescimento da atividade no equipamento deverá ultrapassar “bem mais do que 25%”, em relação a 2014”. Na ocasião, João Franco disse que operadores económicos e portos concorrentes, nacionais e estrangeiros, estão a encarar o Porto de Sines com respeito, devido aos resultados alcançados.


Electrónica

Notícias Nautiradar

Novos Reguladores Mastervolt para Painéis Solares

A Mastervolt apresenta novos reguladores de carga vocacionados para painéis solares, o ChargeMaster 25 MPPT e o ChargeMaster 60 MPPT-MS. Aumentam em 30% a eficiência dos painéis solares que utilizam estes novos reguladores de carga.

I

nteligentes para aplicações fora da rede, em marinas, ao largo e em infraestruturas. São dois os modelos inovadores, o Charge Master 25MPPT concebido para sistemas de pequena e média dimensões e o modelo Charge Master 60 MPPTMB vocacionado para sistemas de média e grande dimensão. - Eficientes, fiáveis e seguros, poupam espaço, são silenciosos, amigos do utilizador, compatíveis com todos os tipos de baterias incluindo as de ião de lítio. O perfil de carga é facilmente selecionado a partir do display integrado. - A voltagem da bateria é detetada automaticamente, com proteção integrada anticarga excessiva, baixa e elevada voltagem, temperatura excessiva, curto circuito e polaridade invertida, estes requisitos garantem a segurança dos equipamentos. - Os modelos integram o MPPT, significa que têm um detetor do ponto de potência máxima (Maximum Power Point Tracker). Este dispositivo com 98% de eficiência permite 30% mais rapidez na carga para o mesmo número de painéis solares. Para além dos tradicionais painéis de 36 e 72 células, estes novos reguladores de carga são igualmente compatíveis com os económicos painéis de 60 células. Solar ChargeMaster 25 MPPT O SCM25 MPPT vocacionado para sistemas pequenos e médios. Com dispositivo de saída mutável e um alarme de som . Vocacionado para baterias de 12 e 24 Volts. Permite uma corrente de carga de 25 A . Compatível baterias AGM, baterias de chumbo e ainda de iões de litium. Solar ChargeMaster 60 MPPT-MB O irmão mais velho da gama o carregador SCM60 MPPT-MB

está equipado com a tecnologia MasterBus e permite uma corrente de carga de 60 A, ideal para sistemas de média e grande dimensão. Pode ser usado com todos os sistemas de baterias de 12, 24 e 48 volts. Outro dos predicados é que são muito fáceis de instalar. Os reguladores de carga solares funcionam com voltagens elevadas o que possibilita ligar vários painéis em série. Esta forma de montagem tem vários pontos a favor nomeadamente, a redução dos cabos e do tempo de instalação. Ambos estão equipados com um display amigo do utilizador e muito claro numa caixa robusta que resiste ao pó e à sujidade (certificação IP2312V). Sobre a Mastervolt: Desde a sua fundação em 1991, que a Mastervolt, com sede na Holanda, tem estado na vanguarda da tecnologia, atualmen-

te faz parte do grupo Americano Actuant Corporation e a empresa focalizou a sua produção no sentido de criar e desenvolver os sistemas elétricos mais leves e versáteis existentes no mercado. Tem estado na linha da frente no que diz respeito a baterias,

carregadores e sistemas de gestão de energia eléctrica. Para mais informações sobre estes equipamentos contacte o importador Nautiradar. www.nautiradar.pt

Especificidades técnicas:

SCM25 MPPT Max PV power: 12 V: 350 Wp / 24 V: 700 Wp Max PV input voltage: 75 V Corrente de carga: 25 A Tipos de baterias: 12/24 V wet, AGM, gel, ião de litium SCM60 MPPT-MB Max PV power: 12 V: 900 Wp / 24 V: 1800 Wp / 48 V: 3600 Wp Max PV input voltage: 145 V Corrente de carga: 60 A Tipos de baterias: 12/24/48 V wet, AGM, gel, ião de litium Estes equipamentos já estão disponíveis.

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Náutica

Notícias Touron

Novo Quicksilver Captur 810 Arvor é um Barco Pescador Completo

Com tudo o que é preciso, o novo Quicksilver Captur 810 Arvor é um barco preparado para se pescar de forma segura, em qualquer altura e em qualquer lugar.

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onstruído para os amantes da pesca e para os procuram desfrutar de longos períodos de navegação no mar, o novo Captur 810 Arvor da Quicksilver apresenta casco sólido, prático e testado, disposição de deck moderna e actual, cabina maior e um nível de conforto muito mais elevado. O resultado é a melhor combinação para pescar e tirara o máximo proveito da navegação extremamente segura. O Arvor 810 é uma embarcação preparada para enfrentar, de forma fiável, todo o tipo de condições atmosféricas. Classificada na categoria B, é uma embarcação com excelentes 34

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Náutica

performances tanto em águas costeiras, como em águas interiores, o que é uma grande vantagem para uma embarcação da sua envergadura. O 810 Arvor oferece equipamento completo para garantir jornadas de pesca seguras e divertidas. O novo Arvor 810 foi desenvolvido a pensar nos apaixonados pela pesca, oferecendo as melhores sensações aos pescadores num design com grande sentido prático: - Deck com grande área na popa, com assentos amovíveis, viveiro, sistema de lavagem de água salgada e módulo de preparação de isco. - Com o sistema de iluminação LED no deck, poderá pescar-se tanto de dia como de noite. - Sistema de marcha lenta com trolling valve integrada, o que a permite manter uma velocidade de corrico extremamente lenta durante horas sem risco de danificar o motor e a transmissão. - Visibilidade de 360ª na cabina e para-brisas de cristal que possibilitam desafogada para pescar e manobrar facilmente. - Motor interior Mercury Diesel que disponibiliza mais espaço para as manobras de pesca e reduz o risco de enrolamentos na hélice. - Posto de comando integrado com direcção hidráulica, instrumentação Smartcraft e GPS opcional para uma navegação segura e precisa. Existe também a opção de segundo posto de comando com electrónica. - Equipamento completo para garantir todo o conforto e segurança.

- Cabina cómoda com assento de piloto e copiloto. - Janela lateral de correr e escotilha no teto para entrada de luz natural e ventilação. - Iluminação interior LED e piso em teka que aporta qualidade e estilo. - Cozinha com sistema de água doce, mesa de corte e forno LPG. - Cómoda zona de assentos convertível em dinette para 4 pessoas ou cama para duas pessoas. - Casa de banho opcional com WC marítimo. O 810 Arvor é fornecido de série com equipamento muito completo. Como opcionais está disponível um segundo porto de comando coberto, molinete de popa, pack electrónica, WC

marítimo, cobertura, cor do casco e sistema de aquecimento diesel. O Quicksilver Captur 810 Ar-

vor foi apresentado em Março, durante a Feira Internacional de Oslo e em Les Nauticales de La Ciotat, França.

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Náutica

Notícias Touron

A Mercury Apresentou o Novo Mercruiser 4.5L MPI DE 200 HP

A Mercury Marine apresentou, na Feira Náutica Internacional de Miami, o seu novo motor interior com coluna 4.5L de 200 HP.

E

ste novo motor foi desenvolvido e é fabricado nas instalações centrais da Mercury Marine em Fond du Lac, Winsconsin (EUA). O motor 4.5L 200 HP é baseado no 4.5L de 250 HP lançado pela Mercury em Maio do ano passado. O novo Mercury MerCruiser 4.5L estabelece novos padrões de aceleração e performance geral graças ao inovador design do colector de admissão com túneis de grande fluxo e à grande cilindrada, que geram uma relação peso-potência ideal. Este 4.5L oferece uma excelente eficiência no consumo e um funcionamento excepcionalmente silencioso. O novo design do corpo do acelerador de frente para a popa e os restantes componentes, como a placa anti-ruído do acelerador, a tampa e os suportes do motor, o volante leve, o módulo de fornecimento de combustível e o cárter, trabalham em conjunto 36

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para atingir uma qualidade de ruído e suavidade superior, desde o ralenti até ao máximo de rpm, oferecendo uma navegação melhorada. O MerCruiser 4.5L com configuração V-6 conta com o sistema de controlo de velocidade (ASC) que fixa as rpm de forma automática, independentemente da carga ou da mudança de condições de navegação, como, por exemplo, em curvas bruscas, desportos de arrastamento ou velocidades baixas. O resultado é melhor resposta do acelerador e sensação de condução desportiva, não havendo preocupações com ajustes con-

tínuos do acelerador. A Mercury Marine incorporou o sistema de protecção anti-corrosão no 4.5L V-6, utilizando componentes de ferro fundido de elevada duração em todas as partes do motor em contacto com água salgada, para além de componentes de alumínio resistente à corrosão no resto do motor. Adicionalmente, utilizam-se sensores digitais em todo o motor. Tal

como toda a gama MerCruiser, o novo 4.5L conta com garantia anti-corrosão de 3 ano e com a garantia geral limitada de 2 anos oferecida pela Mercury. A Mercury depositou especial atenção na simplificação da manutenção deste novo motor, eliminando a revisão tradicional das 20 horas. Um painel de manutenção, situado ao lado da secção frontal superior, informa sobre os pontos de manutenção, incluindo o filtro de óleo, possibilitando a sua fácil identificação e simples acessibilidade. O trem de válvulas não necessita manutenção. O motor 4.5L V-6 dispõe dum sistema de drenagem “season-extending” que permite navegar nas alturas de transição de temporada. Disponível para instalação simples ou dupla e compatível com transmissões Alpha da Mercury, o MerCruiser 4.5L oferece toda a flexibilidade aos estaleiros, concessionários e clientes finais, sendo a propulsão ideal para uma grande gama de embarcações de recreio. As dimensões reduzidas do motor deixam espaço extra instalação de opções adicionais.

Sea Ray 19 SPX equipado com o motor Mercury Mercruiser 4.5L MPI


Náutica

Motorguide Desenvolve Tecnologia Digital para Gama de Motores Eléctricos R3 A aplaudida marca de motores eléctricos MotorGuide, fabricante com mais de 50 anos de história, está a desenvolver a sua própria tecnologia digital para aplicação em modelos da gama R3.

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sta comprovada plataforma digital oferece muitas vantagens, tais como controlo de velocidade variável com aceleração 0-100% e maior autonomia da bateria, assim como uma vida útil mais longa à própria bateria. “Para uma melhor experiência de pesca, os pescadores querem motores eléctricos com um controlo de velocidade preciso e maior autonomia, daí que estejamos a incluir estas importantes vantagens digitais nos modelos novos e antigos” confirmou John Lasschuit, Director de Produto MotorGuide. A tecnologia digital oferece um controlo variável de velocidade suave e incremental e prolonga a vida útil da bateria até 5 vezes mais que nos motores eléctricos convencionais. Os compo-

nentes digitais são mais eficientes e reduzem a interferência electrónica com outros dispositivos. Os modelos R3 digitais estarão disponibilizados para venda no mercado europeu no final de Junho de 2015.

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Notícias do Mar

Tagus Vivan

Crónica Carlos Salgado

O Tejo, É Muito Mais Que Um Rio A Tagus Vivan (CTV), promotora do próximo Congresso do Tejo, o terceiro, a realizar em Outubro de 2016, dez anos após o anterior, quando fez o primeiro desenho do programa preparatório para que este congresso tenha uma maior abrangência quer territorial, quer pela diversificação e substância dos temas a debater, começou por consultar entidades e especialistas ligados ao Tejo, nomeadamente nas áreas de hidráulica, ambiente e natureza entre outros.

A

partir daí quis definir qual deve ser o desígnio prioritário deste congresso e após uma reflexão, perante a debilidade actual da economia do país, entendeu que o principal desígnio deve ser o de de-

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monstrar que o universo do Tejo tem potencialidades bastantes para alavancar o crescimento económico da sua bacia hidrográfica e do próprio país. Nesta conformidade, entende que o próximo passo a dar deve ser o de diligenciar para

ter como parceiras nesta iniciativa as entidades que foram criadas para funcionarem como um nível intermédio eficiente entre a Administração Central e a Local para que consigam contribuir para o desenvolvimento da região onde se inserem, que são as Comunidades Intermunicipais a montante do estuário, a da Lezíria do Tejo, a do Médio Tejo e a da Beira Baixa. Estas CIMs são associações regionais eleitas democraticamente pelos municípios seus associados, e são responsáveis pelo Planeamento e Gestão Estratégica de Desenvolvimento Regional, pela articulação dos Investimentos Municipais de Interesse Regional, e pela Gestão dos Fundos Comunitários, para além de outras atribuições. Por conseguinte, a CTV considera que devem ser estas CIMs as parceiras adequadas para apoiarem o bom anda-

mento dos trabalhos preparatórios deste congresso e serem também parte interessada na sua realização. É evidente que o próprio Rio, hoje triste, desregularizado, quase seco, dificilmente navegável, e que foi ignorado, não pelas comunidades ribeirinhas mas pelos governos desde meados do século passado, faz igualmente parte das principais preocupações da CTV, e portanto a Navegabilidade do Tejo é um tema de relevante importância para ser debatido, nomeadamente o diagnóstico do seu estado físico e ecológico, o volume dos caudais que devem ser respeitados e mais um conjunto de sub-temas a avaliar. Outro tema ou valência de relevante importância é o Turismo, o turismo nas suas mais variadas vertentes, tanto no rio como em terra, é o futuro petróleo deste país pobre.


Notícias do Mar

Um Olhar Sobre o Tejo

Texto Carlos Salgado

O Tejo que Queremos…

É indispensável, a todos os títulos, que o nosso Tejo volte a ser navegável, pois sabendo-se que com as novas tecnologias, maquinaria e os equipamentos que existem hoje para as obras de hidráulica, quase que não há impossíveis. Tenho ouvido alguns técnicos e especialistas que têm opiniões divergentes sobre uma navegabilidade contínua desde a foz até à fronteira, por estar em causa se o custo muito elevado duma obra destas é um investimento que tenha retorno ou seja, que seja compensado pelo benefício.

M

as como diz o povo “mais vale pouco do que nada”, e eu sou dessa opinão, porque há uma alternativa perfeitamente possível, e o benefício compensa o investimento, tanto ambientalmente como na qualidade da água, para além de criar riqueza ao possibilitar um certo tipo de navegação de transporte de mercadorias e de passageiros mais ligeira, bem assim como a navegação turística, lúdica e desportiva em determinados lanços do rio, como por exemplo desde o mar até onde chega a maré, a Santarém; de Tancos até Constância; no Açude de Abrantes; nas Albufeiras das barragens de Belver, Fratel e Cedilho, já no Tejo Internacional, para além de outros provavelmente possíveis, mediante algumas intervenções de regularização do leito e margens para abrir um canal (Cala das Barcas), seguro e devidamente sinalizado com balizas adequadas, com a interdição da montagem de redes da pesca fixas, porque há muito Tejo para a pesca fora

desse canal, e com a instalação de pequenos portos e portinhos do tipo fluvinas, e com rampas de acesso a terra, apoiados por pequenos clubes náuticos e outros equipamentos de turismo e de lazer. Mas para que o Tejo seja navegável há outro problema cuja resolução é inadiável, que consiste no facto do caudal da água proveniente do país vizinho, que deve passar para o lado de cá, não é o suficiente, tanto em quantidade como em qualidade, devido a várias causas nomeadamente o transvase Tajo-Segura, e à água retida/armazenada nas inúmeras megabarragens espanholas, que eu vi, situação esta que persiste contra as normas europeias da partilha da água dos rios transnacionais, e de um tal Tratado de Albufeira que não está a ser cumprido, e que os nossos responsáveis, por mais que se esforcem em desmentir, têm vindo a ignorar há anos, trata-se até inexplicavelmente de um caso de soberania nacional. Mas também as nossas próprias barragens do Tejo, não estão a cumprir as normas a que

estão obrigadas, relativamente aos caudais das suas descargas regulares. Para que saibam, quando eu há poucos anos subi, no barco de um amigo, o rio Guadalquivir que é um rio totalmente de planície, desde a foz em Sanlucar de Barrameda até Sevilha, passaram por nós navios de grande porte repletos de contento-

res vindos daquela capital da Andaluzia com destino ao mar, e vi-os passar por espaços estreitos, devidamente balizados, que não tinham mais do que uns 40 metros de largura, e em todo o percurso só há uma eclusa à entrada de Sevilha que fica a uma distância do mar próxima daquela que vai da foz do Tejo até Abrantes.

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Notícias do Mar

Voo do Guarda-Rios

Texto e Fotografia Carlos Salgado

Navegar no Tejo,

É Preciso!

Como o homem de hoje necessita de libertar-se, cada vez mais, dos problemas que o trazem apreensivo em terra e encontra no turismo náutico e da natureza uma via de libertação numa actividade lúdica, ecológica, de evasão, de aventura e de descoberta, pode fazê-lo a navegar em barco próprio ou fretado, navegando entre portos e a meio da viagem desembarcar e visitar as localidades ribeirinhas, conhecer a arquitectura local, conviver com a sua gente que tem uma cultura popular muito própria, com bons contadores de histórias.

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ode e deve conhecer o seu artesanato, o folclore e entrar nas tascas e adegas e deliciar-se com os seus petiscos. Se o navegante fizer a viagem em família acompanhado dos filhos, tanto melhor, porque vai proporcionar-lhes conhecerem outras paisagens e outras culturas que eles desconhecem, que

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são muito diferentes dos centros urbanos onde vivem, tornando-os potenciais turistas da Natureza no Tejo. Pode durante a viagem fazer um safari fotográfico ou videográfico das aves selvagens e do gado a pastar nas margens e nos mouchões, ou pescar e fundear para ir ao banho refrescar-se. Se optar pelo turismo náutico nos fins-de-semana ou nas

férias tem tempo para quando desembarcar a meio da viagem, embrenhar-se no mundo rural e fruir o seu ambiente bucólico e pode inclusivamente alugar uma pequena casa na aldeia e conciliar o turismo náutico com o regional. O que estamos a afirmar faz parte da nossa experiência vivida a navegar no Tejo há dezenas de anos.

É em boa verdade uma forma salutar de fazer turismo Lúdico-Cultural que não está a ser aproveitada quer pelos cidadãos, quer pelos empreendedores turísticos, porque o Tejo tem de deixar de ser uma possibilidade para passar a ser uma realidade, porque ele é um recurso potencial para o Turismo. Porque ele é único, e é diferenciador com a sua grande diversidade de paisagem e biodiversidade e também de património construído e imaterial, mas precisa de afirmar o seu “Lado Turístico”. O Tejo é sinónimo de uma visita que tenha o conteúdo de um serviço, um serviço que seja real, visível, fácil de obter. Que não seja um serviço difícil, desordenado e


Notícias do Mar

obscuro, e só quando pode ser, quando calha, quando há disponibilidade. Ora, um turismo da natureza bem organizado que proporcione a fruição destas extraordinárias valências, cria fama e apetência para ser fruído, quer associado também a

produtos, quer a serviços e equipamentos turísticos de qualidade para que ele, para além de criar vida crie riqueza, constituição de empresas, criação de emprego e fixação de pessoas. O Tejo tem de passar a

ser um Destino Turístico de Referência e Qualidade, mas para isso a sua navegabilidade tem de ser reposta, porque só assim teremos um Rio Vivo e Vivido.

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Pesca Desportiva

Notícias Mundináutica

VEGA no Reino Unido Ampliando o seu esforço de afirmação internacional, a VEGA acaba de adicionar mais um mercado à sua lista de representações — e desta vez um dos mais importantes a nível europeu e mundial.

C

Em Junho, o director comercial Richard Yates (dir.) e o director de marketing Richard Hambling visitaram Lisboa para firmarem o acordo de representação que vai levar a VEGA para o Reino Unido

om efeito, após a celebração do acordo de representação com a Connect U, Ltd., uma empresa com expressão no mercado da pesca desportiva em todo o território do Reino Unido, a VEGA passa a ser opção para os pescadores de Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda. Com sede em Kent, Inglaterra, e especializada na pesca de mar, a Connect U, Ltd. trabalha há quinze anos na distribuição

de diferentes marcas para lojas de pesca não apenas no Reino Unido, mas também na Bélgica e na Holanda. “Procurávamos novas marcas para introduzir nos mercados em que trabalhamos”, adiantou Richard Yates,

gestor comercial da empresa e membro, há anos, da solução de pesca de costa daquele país. “Escolhemos a VEGA porque queríamos trabalhar com uma marca que nos permitisse desenvolver os nossos

produtos, além de ter uma colecção ampla, já com provas dadas”. Este responsável afirma esperar que o lançamento da marca seja “um grande sucesso», pois conta com uma rede de distribuição já muito implantada no terreno e prepara-se para «patrocinar uma série de eventos que tornarão a marca mais conhecida”. Por sua vez, Jorge Mourinho, responsável da VEGA, também explicou facilmente a aposta no novo representante internacional da marca. “A Connect U tem vindo a fazer um trabalho muito sério e discreto mas eficaz, tendo conquistado uma implantação muito considerável num dos mercados mais difíceis e competitivos em todo o mundo da pesca, o britânico”, considerou. “A experiência na pesca em geral e na competição, somada à experiência no terreno que este parceiro apresenta, significa que a representação nas ilhas britânicas vai manter os padrões de qualidade, desenvolvimento de produtos específicos e de assistência técnica que se tornaram aimagem de marca da VEGA”.

Cana VEGA 5235 Miura, de carbono de alto módulo C4 42

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Pesca Desportiva

Pesca Embarcada

Texto Redação/Mundo da Pesca Fotografia: Redação e Arquivo Pessoal

Cláudio Cristóvão Provavelmente, o melhor pescador de barco da atualidade

Cláudio Cristóvão, 38 anos, natural de Olhão, atleta do Clube de Caça e Pesca Cavaquense. Pescador de competição em barco fundeado é considerado pelos seus pares como o atleta mais completo da atualidade e que nos últimos 5 anos tem estado no topo da disciplina. Estivemos à conversa com este pescador algarvio, para dar um pouco mais a conhecer deste grande pescador.

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Pesca Desportiva

Como é que a pesca desportiva entrou na sua vida? Desde os 5 ou 6 anos que estou ligado ao mar. Apanhei o gosto através de familiares,

o meu avô e tios eram e são, pescadores profissionais, e o meu pai também é um apaixonado pela pesca. E desde essa idade acompanhava-os em algumas pescarias. Lia também

Cláudio Cristóvão, atleta do Clube de Caça e Pesca Cavaquense, campeão nacional em 2013 e 2014

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Pesca Desportiva

Tenho vários amigos que me ajudaram no aperfeiçoamento das técnicas e em alguns “truques” e “dicas” muito importantes 46

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Pesca Desportiva

muitas revistas e jornais e os artigos da pesca deixavam-me a sonhar com as capturas e feitos que eram relatados. E a pesca de competição como surgiu? Surgiu em 2002, quando o Clube de Caça e Pesca Cavaquense criou a secção de pesca desportiva de competição, da qual eu fui responsável. A primeira participação esteve dentro das expetativas, e daí para cá nunca mais parámos… Tens algum mentor na pesca? Alguém a que possa chamar de “mestre”? Na pesca propriamente dita, não. Mas na competição de alto mar, sim. Tenho vários amigos que me ajudaram no aperfeiçoamento das técnicas e em alguns “truques” e “dicas” muito importantes. Inicialmente, contei com a ajuda dos meus amigos Vítor Lopes e Norberto Martins, do Grupo

Naval de Olhão, que foram fundamentais para o meu crescimento como pescador de competição, pois eles já sendo pescadores de competição, tinham muitos conhecimentos de materiais “topo de gama”, e foi mais fácil saber escolher o melhor. Posteriormente, comecei a fazer pescarias com outro grande amigo, o Armindo Silva, também do Grupo Naval de Olhão, em que aproveito a oportunidade para lhe prestar a devida homenagem porque faleceu recentemente, e, para mim, foi uma grande perda na pesca desportiva nacional. Com ele aprendi alguns dos aspetos mais importantes, como o ritmo e a rapidez que devemos ter em competição, pois foi um dos pescadores mais rápidos que conheci. Até ao momento quais são os seus melhores resultados? Fui campeão regional e nacional da 3ª divisão, em 2006,

Em competição devemos ser pescadores rápidos

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Pesca Desportiva

campeão nacional da 2ª divisão em 2007, chegando em 2008 à 1ª divisão, e nos últimos sete anos tenho-me classificado nos cinco primeiros lugares, tendo sido campeão nacional da 1ª divisão em 2013 e 2014. Representei a Seleção Nacional nos últimos seis campeonatos do mundo, com classificações dentro dos vinte

primeiros. Este ano lá estarei novamente, na Irlanda… vamos ver como corre! O que mais o marcou no seu trajeto competitivo? No campeonato nacional, a amizade e o espírito competitivo. Além do prazer de conhe-

cer outras pessoas e lugares. Mesmo estando em competição a amizade entre os atletas é evidente, o que acaba por ser salutar. Competimos uns com os outros, mas nos momentos de lazer também convivemos como uma família. Na seleção nacional existe um elevado espírito de grupo e uma sã camaradagem, em que

partilhamos informação ou material, sempre com o intuito de obter o melhor resultado para Portugal, porque nessas competições primeiro está o coletivo, e só depois o individual. O que acha que um atleta deve fazer para chegar ao topo

Cláudio Cristóvão é considerado o pescador de competição em barco fundeado mais completo da atualidade 48

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Pesca Desportiva

na competição? Em primeiro lugar sentir paixão pela pesca, e isso já nasce com a pessoa. Também tem que possuir espírito competitivo, sonhar e compreender o desafio e a incerteza que a pesca pode proporcionar. Temos que ter também muita humildade para aprender com todos, e melhorar as falhar de-

tetadas. Além de garra, velocidade e “olho vivo”, o trabalho de casa também tem que ser bem feito, e neste caso refirome à organização do material, à leitura do local das provas que deve ser previamente elaborado, enfim, tem que existir planeamento. E acreditar que a sorte protege os audazes. Acredito que só assim se consegue chegar ao topo. Por vezes também é necessário paciência. Em competição também temos, por vezes, que esquecer o “prazer”, e elevar o espírito de sacrifício, e, sobretudo, nunca desistir.

O que podemos esperar do Cláudio em 2015? Devido a condições meteorológicas adversas, as primeiras provas foram adiadas. Mas a ambição de querer vencer não será diferente dos anos anteriores. Como vê o futuro da pesca de competição em Portugal? Em relação a atletas, há poucas novidades. Muitos têm desistidos, com a “velha guarda” a resistir. Os clubes lutam com

muitas dificuldades para proporcionar condições mínimas para que possam inscrever novos atletas. A F.P.P.D.A.M. tem feito um esforço para desenvolver a modalidade, principalmente entre os mais novos, e no Cavaquense olhamos para isso com satisfação e otimismo, pois achamos que esse será o caminho para garantir o futuro. Assim, com o apoio de empresas locais, temos recrutado jovens para a modalidade, dando-lhes formação e competição, e os resultados obtidos têm sido excelentes.

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Pesca Desportiva

Quais são os locais que mais gosta de pescar a nível de provas? Em competição não tenho preferência por locais, pois tenho que estar preparado para todos. Mas, é normal que sinta mais ou menos confiança em determinados locais. Por isso, não pode existir relaxamento, quando estou em competição. Pesca com que canas e carretos? Gosto de usar material funcional. E, por isso, a marca ou o modelo não é o mais importante. Mas as canas Tubertini e os carretos Shimano são a minha preferência. Que linhas prefere? Em relação às linhas tenho abordagem idêntica. Mas, tanto quanto possível, utilizo linhas Seaguar e Tubertini,

embora utilize também outras mais baratas, e com excelentes resultados. O que gostaria de ver alterado nos atuais regulamentos de competição? Tenho acompanhado, e também sugerido, algumas alterações que têm sido efetuadas no sentido de se melhorar o atual modelo competitivo em Portugal. Sinto que esta direção da F.P.P.D.A.M. está motivada e direcionada para que se construa um modelo competitivo mais próximo das competições internacionais, com a finalidade de melhorar o rendimento da seleção nacional. É uma visão interessante, embora haja sempre outras pessoas que possam ter outras opiniões, com pormenores que possam ser discutíveis. Atualmente qual

ou quais são os seus pescadores preferidos? Nacionais e estrangeiros? Em Portugal há vários que admiro bastante, mas tenho que realçar aqueles que ultimamente têm obtido bons resultados e têm-se mantido no topo, e os meus colegas de seleção. A nível internacional, o luso-luxemburgês Robert de Sousa, com quem tenho tido o privilégio de competir nos últimos campeonatos do mundo, tem demonstrado muita experiência, e da qual também já tenho beneficiado. Em relação ao top mundial, os italianos fazem um campeonato à parte, com destaque para Marco Volpi. Que conselho dá aos mais novos que estão agora a começar?

Se nascerem com o “bichinho” da pesca arranjem um bom professor, que esteja por dentro da pesca – se for de competição, melhor - e com o qual se identifiquem. Têm que ter paciência, para ouvir e observar, porque nem sempre a “coisa” funciona, pois só assim podem desenvolver as qualidades para poderem partir para um nível competitivo mais elevado. Com “prazer” e “escola” consegue-se bons resultados. Algum agradecimento especial? Quero agradecer à minha família, especialmente à minha esposa e filhos, pela paciência e sacrifícios que têm feito, e a todos os que me ajudaram. Incluo também todos os que fazem da pesca um desporto de excelência.

A formação é fundamental para os mais novos 50

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Motonáutica

Grande Prémio da França

Texto e Fotografia Gustavo Bahia

Youssef Al-Rubayan Surpreende e Vence o GP de França

Youssef Al-Rubayan teve uma vitória com mérito, sempre muito rápido.

Foi mesmo uma surpresa agradável a vitória do piloto do Kuwait Youssef Al-Rubayan no GP da França, prova que marcou o retorno do circo da F1H2O a Europa, depois de 3 anos de ausência.

O

A cidade de Evian estava cheia de muppies e posters promovendo a prova 52

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retorno a Europa foi destacado por vários pontos positivos e despertaram a atenção da midia especializada, carente dessas provas há muito tempo. Dos pontos a destacar o mais importante são as novidades nas equipas, mudanças bastantes radicais que serviram para despertar ainda mais o interesse no campeonato. Vamos explicar mais detalhadamente o que se passou antes do GP da França com as equipas: Tudo começou com a troca de Scott Gillman por Guido Cappellini como Chefe da Equipa de Abu Dhabi. Foi um acontecimento que deixou o mercado dos profissionais das equipas em estado de alerta. A mudança não ficou somente na

chefia, mas estendeu-se também aos pilotos e alguns mecânicos. Thani Al Qamzi e Ahmed Al Hameli despedidos da noite para o dia. Mais assustador ainda por serem pilotos nacionais de Abu Dhabi com um excelente curriculum nas mãos. Guido Cappellini dispensa apresentações, 10 vezes Campeão Mundial de F1H2O, o italiano assume as funções com objectivo de restruturar a equipa e torná-la vencedora. Para primeiro piloto traz Alex Cerella da Equipa do Qatar (que pouco depois do GP do Qatar seria desfeita, (falaremos a seguir nessa materia) e outro piloto italiano Davis Del Pin, ainda desconhecido do universo da F1H2O. Como era de esperar, os barcos Baba foram aposentados e dois novos DAC coloca-


Motonáutica

confirmação do patrocínio principal do Senaat holding company, um alívio para assegurar o desenvolvimento dos objectivos da nova equipa. Qatar Team se desfaz e abandona o campeonato A saida do Sheik Hassan Bin Jabor Al-Thani da Presidencia da Federação de Motonáutica do Qatar foi uma surpresa para o mundo da motonáutica. Após a sua saída e sua Federação ser absorvida pela Federação de Vela, tudo literalmente acabou, mesmo com todos os títulos e records alcançados pelo visionário Sheik Hassan. Todo mundo no desemprego, pilotos, mecanicos, preparadores e os equipamentos em inventário para serem postos a venda. Isso deixou o piloto americano Shaun Torrente, líder do campeonato pela Equipa do Qatar, literalmente na água parada. Faltando apenas uma semana para a etapa em Evian Les Pains, Shaun Torrente consegue um contrato com Dubai e o Victory Team, para ser o piloto da equipa nesse campeonato. Equipe de Francesco Cantando com novidades Um nome muito conhecido no circuito é o do piloto/construtor Francesco Cantando e sua equipa que sempre demonstrou boa competitividade. Em 2015 apre-

Começa a vir a tona o trabalho de Alex Radovanovic com Al-Rubayan senta um novo piloto ao seu lado, o austríaco Bernd Enzenhofer e o retorno do piloto polaco Bardek Marzsalek. Jonas Andersson e o Team Sweden Mais uma equipa a observar com

atenção com dois pilotos suecos e barcos Moolgard. Jonas Andersson escolheu Jesper Forss para seu companheiro e os dois são muito rápidos. Marit Stromoy com novidades

dos a serviço da equipa. Última geração da DAC com alterações aerodinâmicas que Cappellini remonta a segredo técnico, sem comentário. Team Emirates nasce com Scott Gillman Demorou muito pouco para que Scott Gillman apresentasse sua resposta muito eficaz, para seu desemprego precoce. Organizou sua estrutura em Abu Dhabi, convidou Ahmed Al Hameli para primeiro piloto e o rápido piloto sueco Erik Stark para o segundo barco. Partiam para um projecto audacioso, lutar contra as grandes equipas desde o início. Pouco tempo se passou e ao inicio de junho passado, o novo denominado Team Emirates recebe a

O passeio a bordo deste barco é um agradável passa tempo nas águas do Lago Léman 2015 Julho 343

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Motonáutica

mudança de Duarte para um novo barco igual ao do Campeão Mundial, feito por David Moore, para o GP do Porto em Portugal. Vamos estar lá para conferir. Quanto a motores, Al-Rubayan tem um fora de bordo preparado por Brendan Power, o mesmo preparador da Ex-Equipa do Qatar e agora de Abu Dhabi. Isso mostrou resultado eficiente, desde os treinos livres. Resta saber quando Duarte Benavente poderá contar com um motor competitivo, em igualdade com os pilotos de ponta.

Shaun Torrente despedido do Qatar e contratado por Dubai.

Jonas Andersson um bom segundo lugar com barco Moolgard.

O françes Cedric Deguisne teve uma boa participação. A equipa de Marit Stromoy mudou de nome a lay-out, como EMIC Team tem o piloto frances Christophe Larigot como parceiro. Mantendo a fidelidade ao casco BABA, Marit Stromoy tem o seu parceiro a usar DAC.

Outro piloto françes, Christophe Larigot terminou no 9º lugar. 54

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F1 GC Atlantic Sem alteração nos pilotos, nem na sua estrutura de equipa, Duarte Benavente se mantém com o casco Baba e seu companheiro de equipa com DAC. Informação ainda não confirmada, sobre a

China CTIC Team Uma equipa sem mudanças, mas para que mudar se está dando tudo certo para o Campeão Mundial Philippe Chiappe e seu companheiro, pro-forma, o chinês Ziwei Xiong. Evian les Bains uma excelente opção Foi uma escolha muito acertada a cidade de Evian Les Bains para realização dessa etapa de volta a Europa. As margens do Lago Lèman na parte francesa e a 50 Km de Genebra, nos pareceu o local ideal para o evento. Cidade muito bonita, onde se encontram as fontes de água mineral Evian, é uma cidade de turismo elevado. Com um Casino instalado em uma bela construção as margens do Lago, é apenas uma das várias outras atrações que a cidade oferece. Ideal para prática de desportos náuticos, ciclismo, tênis dentre outros e uma gastronomia excelente. O público respondeu positivamente ao evento, estando sempre uma multidão junto as margens com binóculos, câmeras e telemóveis em punho. Um ambiente simpático e acolhedor. No próximo dia 2 de Agosto, a Cidade do Porto recebe a segunda etapa européia da F1H2O, e tal como a Evian em França, tem todos os predicados para ser um evento de sucesso. Como foi o fim-de-semana de provas em Evian Com pilotos de 13 nacionalidades, 19 barcos participantes, 5 marcas de construtores (DAC, BABA, MOORE, BLAZE e MOOLGARD) todos propulcionados pelos motores Mercury e vários preparadores, o Campeonato Mundial UIM de F1H2O prometia bastante desde os primeiros treinos livres. Ao final dos livres, Shaun Tor-


Motonáutica

Sami Selio viu a vitória evaporar por conta de 1 bóia. rente, líder do campeonato 2015, aparecia com o melhor tempo 47.50 com média de 162,95Km/h. As águas estiveram calmas e sem maiores problemas para o velho conjunto Baba/Mercury que foi oferecido pelo Victory Team ao piloto americano que não deixou dúvidas sobre suas aspirações ao título de 2015. O Campeão Mundial veio logo a seguir com 47,73 e média de 162,16Km/h. Seguindo vieram Alex Carella,

Erik Stark, sami Selio, Marit Stromoy, Youssef Al-Rubayan, David Del Pin e Duarte Benavente completando os 10 mais rápidos. Para os primeiros treinos cronometrados, as coisas ficaram mais complicadas, pois o vento soprou e a água se apresentou bem mais picada do que durante os treinos livres. Aí começou a aparecer um novo perfil do fimde-semana, Youssef Al-Rubayan aparece no topo da lista como o

As margens do Lago ficaram superlotadas.

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Motonáutica

Batalha francesa pela 8ª e 9ª posição.

O polaco Bartek Marzsalek foi 7º colocado.

Philippe Chiappe liderou a prova com folga, até abandonar com problemas mecânicos. 56

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piloto mais rápido com tempo de 54.33 e média de 142,46Km/h. Vejam bem o detalhe do tempo e da velocidade em relação aos treinos livres, Mais de 6 segundos e praticamente 20Km/h mais lento. Entretanto, isso não tira em nada o valor da marca atingida pelo piloto do Kuwait, sempre muito rápido em qualquer circunstancia. Seu barco DAC, é proprio para aguas mais mexidas e Youssef soube bem tirar proveito disso. Seu motor preparado por Brendan Power também mostrou um excelente rendimento. A equipa F1 GC Atlantic tem como Chefe de Equipa o sérvio Alex Rodavanovic, ex-piloto e experiente mecânico, que vem demonstrando um trabalho consistente e eficiente. O sueco Jonas Andersson veio logo em segundo com 54.73, seguido por Shaun Torrente com 54.98, numa demonstração que está em condições de se manter entre os primeiros, mesmo com um equipamento inferior. Sami Selio, Philippe Chiappe, Erik Stark, Jesper Forss, Ahmes Al Hameli, Alex Carella e Fraz Cantando completaram os 10 mais rápidos. Vale ressaltar a performance medíocre de Alex Carella com o nono lugar nessa fase. O segundo treino cronometrado com os 12 barcos classificados foram realizados com as condições da água ainda pior, os tempos subiram na medida das dificuldades. Sami Selio foi o mais rápido com 56.08 e 138,02km/h de média, seguido por Shaun Torrente, Youssef AlRubayan, Carella, Chiappe, Andersson, Al Hameli, Stark, Forss e Roms completam os 10 primeiros. Ahmed Al Hameli virou o seu barco violentamente durante sua 10ª volta nesses treinos, tendo que abandonar suas esperanças de um lugar melhor na grelha de largada. Os danos causados no barco obrigaram Scott Gillman a preparar o barco reserva para a prova. As condições da água e o vento, fizeram com que o “Shot-out” dos 6 pilotos mais rápidos fosse realizado no domingo pela manhã onde Philippe Chiappe confirmou seu status de Campeão Mundial com a pole position de 47.69, seguido por Youssef Al-Rubayan com 47.83, Alex Carella 47.84, Shaun Torrente 48.08, Sami Selio 48.61 e Jonas Andersson 50.63. O sol brilhou para Al-Rubayan na corrida


Motonáutica

Um dia mesmo próprio para a prática da motonáutica inshore em Evian e com milhares de pessoas assistindo, demonstrou que o desporto tem ainda alguma esperança de se recuperar. Na largada, Chiappe assumiu a liderança da prova com alguma folga, seguido por Carella, Torrente, Selio, Al-Rubayan e Andersson. Na 17ª volta Chiappe abandona com problemas mecânicos e Carella assume a liderança, pouco atrás a briga entre Selio e AlRubayan era muito boa. Tudo ia muito bem e as disputas seguiam até que Fraz Cantando bate no barco de Erik Stark na 25ª volta e dá lugar a bandeira amarela na prova. Tudo seria normal, mas o esquema de resgate tem sido excessivamente lento em todas as provas. Com apenas 2 barcos de resgate da Osprey, fica impossível uma interrupção de bandeira amarela com curta duração (1 ou 2 voltas), pois os barcos de resgate acabam por fazer outras atividades que na verdade não lhes compete, ex.: rebocar barcos. Com esse acidente normal em corridas, sem nenhum piloto machucado, a corrida rolou sem graça por mais 8 voltas, tendo terminado com bandeira amarela. Um banho de água fria em todo público que esperava ver uma bela disputa nas voltas finais. Alex Carella recebeu a bandeirada em primeiro, mas após a verificação técnica foi desclassificado, por estar com o motor fora do regulamento. Passou a votória a Sami Selio, que posteriormente veio a ser penalizado em 1 volta por tocar em uma boia durante a bandeira amarela. Finalmente se fez justiça ao piloto que foi sempre rápido e não cometeu nenhuma falta. Vitória super merecida de Youssef Al-Rubayan, que assume a segunda posição no Campeonato com 24 pontos.

Erik Stark vinha bem até Cantando bater no seu barco na 25ª volta.

David Del Pin destuiu 2 boias e o seu barco logo nos treinos livres.

Classificação do GP de França

Classificação do Campeonato após 2 Etapas: Pontos

Pontos

1

Youssef Al-Rubayan(KUW)

20

1

Shaun Torrente

29

2

Jonas Andersson(SWE)

15

2

Youssef Al-Rubayan

24

3

Filip Roms(FIN)

12

3

Jonas Andersson

24

4

Shaun Torrente(USA)

09

4

Philippe Chiappe

15

5

Sami Selio(FIN)

07

5

Filip Roms

15

6

Jesper Forss(SWE)

05

6

Erik Stark

12

7

Bartek Marzsalek(POL)

04

7

Alex Carella

07

8

Cedric Deguisne(FRA)

03

8

Sami Selio

07

9

Christophe Larigot(FRA)

02

9

Marit Stromoy

06

10

Marit Stromoy(NOR)

01

10

Jesper Forss

05

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Surf

Mundial de Longboard

Fotografia Karo Krassel e Tó Mané

Ben Skinner Vence Europeu de Longboard em Gaia O inglês Ben Skinner, tetra-campeão europeu e Top 5 mundial de longboard, venceu no passado dia 14 de Junho, no último dia do Atlantic Surf Fest 2015, a primeira etapa do circuito europeu da modalidade, batendo o francês Emilien Fleury numa final bastante equilibrada, em ondas de meio metro, na praia de Canide Norte – Grão d’Areia.

S

Ben Skinner

kinner, que tem uma longa e feliz relação com as ondas portuguesas, venceu um campeonato de longboard pela sétima vez em Portugal, reconhecendo essa ligação especial com o nosso país. “A realidade é que me sinto sempre muito bem em Portugal! De cada vez que chego cá, seja ao norte, centro, sul ou ilhas, sinto-me como em casa, bem recebido... as pessoas acolhemme sempre muito bem” afirmou o campeão, de 30 anos. Emilien Fleury, que foi o atleta com as melhores pontuações do evento a seguir a Skinner, teve de contentar-se com o segundo lugar, depois de ter batido nas meiasfinais o experiente brasileiro Jefson Silva, que aproveitou uma estadia na Europa para competir no Atlantic Surf Fest. “Jêjê”, como é conhecido o sim-

pático brasileiro, não conseguiu bater o seu colega Top 16 mundial nas meias-finais, terminando esta prova em terceiro lugar, a par da grande surpresa do evento, o jovem inglês Jack Unsworth, que assim se afirma como forte candidato ao título europeu de longboard deste ano. Entre os portugueses, destaque para Luís Esteves, de Faro, e João Dantas, de S. Pedro do Estoril. Os dois melhores longboarders nacionais nesta primeira etapa do circuito europeu terminaram em sétimo lugar ex-aequo, provando a cada vez maior renovação da modalidade em Portugal. “Foi muito importante, para mim, competir nesta prova”, comentou Dantas. “Eu só comecei a entrar em competições no ano passado, mas estar aqui ao lado de longboarders como o Ben, o Emilien ou o Jefson, faz muito bem e ajuda-nos a evoluir. Um sétimo lugar é muito bom e vou

confiante para a última etapa, que vai ser em casa”, concluiu o longboarder de 17 anos. Esta prova marcou igualmente o regresso do circuito europeu de longboard, após dois anos de inactividade. Para o português Rui Félix, director técnico da Federação Europeia de Surf, “foi um campeonato óptimo e ficou provado que os atletas tinham saudades do ETL. O longboard europeu tem muitos atletas que não conseguem apoios para correr os circuitos profissionais e necessitam de um circuito mais doméstico paracompetir. O objectivo da Federação Europeia de Surf é precisamente colmatar essas lacunas. Este ano temos esta etapa e a de S. Pedro do Estoril já confirmada.” Com a conclusão da etapa do circuito europeu de longboard, termina igualmente a quarta edição do Atlantic Surf Fest, que em 2015 cumpriu um dos seus objectivos de longa data. “Sempre quisemos trazer aqui uma etapa internacio-

nal das modalidades de ondas e com este campeonato europeu de longboard conseguimos subir mais uns degraus na nossa escadaria de objectivos” confessou Miguel Ferreira, da organização. O Atlantic Surf Fest 2015 foi uma organização da Malibu Escola de Surf, Surf Atitude e Rios & Trilhos, com o apoio do Município de Gaia, Águas de Gaia, SIMDOURO e Junta de Freguesia de Canidelo, tendo como main sponsors a Prozis Suplementação, Associação Vilanovense, Caetano Baviera Mini e Novotel Gaia, como sponsors a LBM Publicidade, Makoa Stand Up Surf, Glorify óculos, águas Vitalis e Stock-off, como parceiros oficiais o Bar Grão d’Areia, Nelo Kayaks, Pena Aventura Park, Douro Academy, Kllua Technical Sportswear, Atomic Energy Drink, Príncipe Salgueiros e Power On, como media partners a Surftotal, SURFPortugal e ONFIRE, o apoio técnico da Federação Europeia de Surf e Federação Portuguesa de Surf e a imagem e comunicação a cargo da GPDesign.

Os finalistas Emilien Fleury e Ben Skinner

Director: Antero dos Santos – mar.antero@gmail.com Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt Colaboração: Carlos Salgado, Gustavo Bahia, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Zamith, Mundo da Pesca, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Jet Ski, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Acossiação Portuguesa de WindSurfing Administração, Redação: Tlm: 91 964 28 00 - noticias.mar@gmail.com

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Surf

Prozis Surf Pro Espinho

Fotografia Poullenot/worldsurfleague

Bascos Natxo Gonzalez e Ariane Ochoa Vencem em Espinho Com boas ondas de 1m, sol e muito público na praia, o Prozis Surf Pro Espinho 2015 consagrou no passado dia 28 de Junho os seus campeões. Os surfistas do País Basco espanhol Natxo Gonzalez e Ariane Ochoa conquistaram a segunda etapa europeia do circuito mundial de surf Pro Junior, apresentando a consistência que levou ambos a alcançar as finais.

Os vencedores, Ariane Ochoa e Natxo Gonzalez no Podium de Espinho

N

a prova masculina, Natxo começou por eliminar nas meiasfinais o último surfista português em prova, Guilherme Fonseca, deixando o surfista de Peniche num honroso 3º lugar, a par do inglês Jobe Harriss, que pro-

tagonizou um duelo muito renhido com o francês Charly Quivront na segunda bateria desta fase, decidido apenas nos últimos 15 segundos do heat. “Hoje o mar desceu ligeiramente e as pausas entre as melhores ondas eram maiores. Es-

tive um pouco fora de sintonia e isso custou-me o heat, pois o Natxo esteve mais atento e começou melhor. Andei sempre atrás de ondas que não apareceram, mas este não deixa de ser o melhor resultado da minha carreira num Pro Junior europeu e um

Ariane Ochoa 62

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enorme incentivo para o resto da temporada. Agora tenho a certeza que o meu surf está ao nível dos melhores europeus e vou tentar dar-me novamente bem nas próximas etapas, de forma a cumprir o meu objectivo para este ano – qualificar-me para o mundial de juniores”, afirmou Guilherme Fonseca, que ainda subiu ao 7º lugar do ranking europeu. Na final, que começou algo lenta, só a meio da bateria vimos os dois surfistas fazerem as suas melhores ondas. Apesar de Charly Quivront ter conseguido a melhor nota do heat (7,5 pontos em 10 possíveis), só fez 5 pontos na sua segunda melhor onda, não conseguindo por isso bater Natxo Gonzalez, sempre muito consistente, que com duas ondas na casa dos 6 pontos acabou mesmo por levar a melhor sobre o francês e sagrar-se campeão do Prozis Surf Pro Espinho 2015. “A verdade é que senti alguma pressão nesta prova, por isso decidi vir para Espinho mais cedo, para treinar. Adoro as ondas daqui, mas também sei que o nível do surf europeu está elevadíssimo, por isso estou tão contente com esta vitória!... no ano passado fui segundo classificado nesta etapa, este ano fui segundo na primeira prova, na Caparica, mas agora, com esta vitória, passei para a liderança do ranking europeu e vou tentar defendê-la na próxima etapa, que vai ser na minha praia, em Sopelana. Estou mesmo muito feliz!”, confessou o surfista de 19 anos, que agora lidera a corrida ao título europeu, com Charly Quivront em segundo lugar e o português Miguel Blanco na terceira posição do ranking. Na prova feminina as meiasfinais começaram com um duelo entre duas surfistas bascas, com a vitória a sorrir à mais experiente, Ariane Ochoa, que assim deixou Maddi Aizpurua num excelente 3º lugar final, o melhor resultado da jovem carreira da surfista de apenas 14 anos. Na segunda meia-final, entre a portuguesa Carol Henrique e a basca Leticia Canales Bilbao, assistiuse a uma das melhores baterias do campeonato, com a basca a fazer


Surf

uma onda muito forte, de 8,5 pontos, mas a portuguesa a responder à altura, com uma onda de 9,27 pontos (a melhor de toda a prova feminina), para conquistar uma pontuação total de 15,44 pontos (também a maior da prova feminina) e a passagem à primeira final da sua carreira, deixando igualmente Leticia em 3º lugar. Na final, Carol acabou por acusar a pressão e não conseguiu ir além dos 8 pontos, ao passo que Ariane, muito paciente, esperou pelas melhores ondas e conseguiu um score final de 14,50 pontos, vencendo a etapa e deixando o segundo lugar para a portuguesa. Ariane subiu 15 posições, encontrando-se agora no segundo lugar do ranking europeu, logo atrás da portuguesa Teresa Bonvalot, que lidera, mas à frente de Carol Henrique e Keshia Eyre, empatadas na terceira posição. “Estou muito feliz, pois esta é a primeira vitória da minha carreira no Pro Junior e a primeira etapa tinha-me corrido mal! Foi um enorme salto na confiança que vou levar para o resto do circuito e não queria deixar de dar os parabéns à organização, pela igualdade de prize-money entre homens e mulheres, bem como agradecer a Espinho, pelas belíssimas ondas que nos proporcionou,” comentou

Ariane. Por seu lado, Carol assumiu ter sentido que “a meia-final foi uma verdadeira final antecipada, que exigiu muita concentração. Ao vencer essa bateria quase senti que tinha ganho o campeonato e depois acabei por me desconcentrar na final... mas estou muito satisfeita com o 2º lugar e a primeira final que fiz no Pro Junior europeu. Agora é continuar a trabalhar para fazer ainda melhor nas próximas etapas”. Com a conclusão do Prozis Surf Pro Espinho, encerra também o Espinho Surf Destination 2015, que trouxe à cidade de Espinho o melhor surf e bodyboard do país e da Europa. Gonçalo Pina, organizador destes eventos, foi peremptório ao afirmar que “o sucesso deste conceito é evidente na quantidade de atletas inscritos que tivemos no campeonato, de 17 nacionalidades diferentes, o que torna Espinho num verdadeiro destino de surf. Todos saíram daqui contentes e mostrámos ao mundo que as melhores ondas do Norte estão de facto em Espinho! Não queria deixar de agradecer a todo o staff, que tornou este evento possível, aos patrocinadores e apoios, e ao município de Espinho, que já se comprometeu em ajudar a fazer crescer este evento em 2016... quem

Natxo Gonzales sabe se não juntamos uma etapa do mundial de qualificação de séniores ao europeu de juniores!?... Ainda é muito cedo, tudo está em aberto, mas o nosso objectivo é esse.”, concluiu. O Prozis Surf Pro Espinho 2015 foi uma organização da GPDESIGN

Brand Communication e do Surf Atitude Clube, com o patrocínio da Câmara Municipal de Espinho e da PROZIS, o apoio do PraiaGolfe Hotel, Castros, Refer, CP e Caetano Star Mercedes-Benz, tendo como media partners a RTP, SURFPortugal, ONFIRE e Surftotal.

O francês Charly Quivront foi só vencido na final

Guilherme Foncesa foi o melhor português

Carol Henrique com uma onda de 9,27 pontos foi a melhor pontuação da prova feminina

O Podium Prozis Surf Pro Espinho 2015 Julho 343

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Surf

Quarta Etapa da Liga MOCHE

Texto Pedro Lopes e Pedro Mestre

Teresa Bonvalot

Eduardo Fernandes e Teresa Bonvalot

Vencem Allianz Sintra Pro

Decisão do título nacional masculino adiado para Outubro, no fim do terceiro e último dia do Allianz Sintra Pro, na Praia Grande em 12 de Julho, quarta etapa da Liga MOCHE, circuito nacional de surf e principal competição nacional.

F

oi mais um grande espectáculo competitivo e uma autêntica reviravolta na corrida aos lugares cimeiros do ranking nacio-

nal masculino, bem como à desse título. Depois da surpreendente eliminação de Tiago Pires no Sábado à tarde, a manhã de Domingo, nos

quartos de final homem-a-homem, assistimos a mais duas grandes surpresas – Frederico Morais e Vasco Ribeiro, principais protagonistas na corrida aos títulos nacio-

Eduardo Fernandes 64

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nais dos últimos cinco anos, foram eliminados em quinto lugar, a par dos seus companheiros de circuito mundial José Ferreira e Tomás Fernandes. Novamente com ondas de meio metro a um metro, razoáveis, para as meias-finais avançaram assim quatro “goofies” (surfistas que colocam o pé direito à frente, na prancha), o que não acontecia numa etapa da Liga MOCHE há muito tempo! O local Nicolau von Rupp bateu José Ferreira nos quartos de final; João Guedes, campeão nacional em 2009, eliminou o surfista mais em forma até aqui, Frederico Morais, numa bateria muito renhida e disputada até aos últimos segundos. Eduardo Fernandes ultrapassou o júnior Tomás Fernandes no heat mais disputado desta fase. O algarvio Marlon Lipke, exmembro da elite mundial, terminou a sua bateria melhor que Vasco Ribeiro, deixando o tri-campeão nacional de surf em título igualmente em quinto lugar, mas já fora


Surf

Nicolau Von Rupp foi finalista da corrida ao deste ano. As meias-finais foram igualmente muito disputadas, acabando por vencer o conhecimento local de Nicolau von Rupp e a concentração de Eduardo Fernandes, que assim deixaram João Guedes e Marlon Lipke em terceiro lugar ex-aequo, o melhor resultado de ambos na Liga MOCHE deste ano. Na final encontravam-se assim dois surfistas que em 2015 ainda não tinham mostrado o seu real valor na principal competição do surf português. Mas se as apostas na vitória favoreciam o conhecimento local de Nicolau von Rupp, acabou por ser a consistência e foco competitivo de Eduardo Fernandes a prevalecer, conquistando a sua primeira vitória na Liga MOCHE em quatro anos e deixando o vice-campeão mundial por equipas num honroso segundo lugar, ainda assim. Eduardo saiu da água carregado em ombros pelos amigos e família presentes na Praia Grande. O surfista com as melhores pontuações em todas as fases deste último dia confessou emocionado a sua alegria por esta vitória. “Tive um início de ano difícil,

com uma lesão no pé que me impediu de fazer surf, andar... qualquer coisa, na verdade. Mas depois recuperei e este último mês treinei bastante para obter um bom resultado. Também gostava de recuperar um patrocinador principal, por isso vou aplicar-me na próxima etapa e nas do circuito mundial de qualificação na Europa!”. Já no que toca à Allianz Triple Crown, um troféu paralelo que atribuiu um prémio extra aos melhores surfistas masculino e feminino nas três etapas com naming sponsor da Allianz (Ericeira, Costa de Caparica e Sintra), Tiago Pires acabou mesmo por conquistá-lo e embolsou assim 4.350€ extra pela sua regularidade, acabando por ser um dos grandes vencedores do dia. Na prova feminina Teresa Bonvalot venceu tudo Na prova feminina, Teresa Bonvalot venceu tudo o que havia para vencer! A actual campeã nacional, de 15 anos, conquistou a vitória no Allianz Sintra Pro, na Allianz Triple Crown e ainda o Ramirez Junior Award, um troféu que pre-

Eduardo Fernandes e Teresa Bonvalot

MLarlon Lipke terminou em 3º meia os melhores juniores da Liga MOCHE com 2.500€ anuais e que conta com objetivos intercalados ao longo das cinco etapas mas que, no caso específico de Sintra, teve o seu foco nas surfistas Sub18 femininas. Na final feminina, Teresa deixou a sua colega de equipa e campeã nacional em 2013, Carina Duarte, numa segunda posição muito próxima, a vencedora da segunda etapa deste ano, Camilla Kemp, no terceiro lugar e a surpreendente local Leonor Fragoso num honroso quarto posto. Nas meias-finais, destaque para o quinto lugar ex-aequo de Ana Sarmento e da júnior Inês Bispo, cada vez mais próxima de uma final na Liga MOCHE, bem como para o sétimo posto de Tânia Oliveira e Camila Costa. “As condições estavam difíceis, mas faz parte do jogo escolher as melhores no meio de tantas ondas. Estou feliz com a vitória e espero que as próximas duas etapas contem com boas ondas. Tive de fazer uma opção importante, para poder estar aqui a competir, mas acabou por compensar, pois deu mesmo tudo certo!”, comentou a

campeã, que já soma duas vitórias e dois segundos lugares na Liga MOCHE 2015. No final do Allianz Sintra Pro, Francisco Rodrigues, presidente da Associação Nacional de Surfistas, afirma que “esta foi uma óptima etapa, cheia de emoção! Primeiro na eventual conquista antecipada do título nacional masculino pelo Frederico Morais que, infelizmente para ele, acabou por não conseguir. Fica assim a decisão para Cascais. Por outro lado, havia a emoção de saber quem iria levar os cheques gordos da Allianz Triple Crown... acabaram por ir para o Tiago Pires e a Teresa Bonvalot – parabéns para eles” O Allianz Sintra Pro foi uma organização da Associação Nacional de Surfistas e da Fire!, com o patrocínio do MOCHE, Allianz Seguros, Renault, Montepio, Ramirez, Red Bull, o apoio local da Câmara Municipal de Sintra, os parceiros oficiais RTP, GO-S.TV e Puro Feeling, bem como os media partners Mega Hits, A Bola, Surf Portugal, ONFIRE e Beachcam, contando também com o apoio técnico da Federação Portuguesa de Surf.

O pódio do Allianz Triple Crown 2015 Julho 343

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