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Notícias do Mar
Boot Dusseldorf 2015
Reportagem e Fotografia João Carlos Reis
Boot Continua a Ser um Porto Seguro
A expectativa do sector que apostou na Boot 2015 foi amplamente cumprida, com um total de 240.200 visitantes, a percorrerem os pavilhões num ambiente altamente positivo, e o público curioso e interessado nas exposições.
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Boot Dusseldorf continua a ser um Salão seguro para os negócios internacionais da náutica de recreio, dos desportos aquáticos e da canoagem. Ao fim de nove dias, terminou no Domingo 25 de Janeiro, o maior evento do mundo, dominando o comércio de barcos e de desportos náuticos e turismo, tendo correspondido com a confiança dos expositores para a grande maioria das faixas dos negócios em promoção. Visitantes de cerca de 60 países viajaram para Düsseldorf para visitarem 1.741 expositores de 57 países, distribuídos por 17 salas de exposição para verem as novidades de barcos, muitos em ante-estreia mundial e novos equipamentos de desportos aquáticos, ofertas de turismo náutico e os mais diversos serviços marítimos. A Boot está num mercado que interessa cada vez 2
mais a Portugal Os alemães são grandes entusiastas pelos desportos náuticos e especiialmente apaixonados pelo mergulho. Ofertas de aventuras tão completas e diversificadas como as que agora se podem oferecer nos Açores, torna este destino como o mais perto e seguro da Alemanha para férias, onde a qualidade ambiental é o prato forte muito ao seu gosto. Os açoreanos não quiseram perder a oportunidade e apostram em força no salão. Esteve representada a Associação de Turismo dos Açores e também as seguintes empresas: Anticiclone, Actividades Marítimo Turísticas Azores Sub Dive Center Brizacores Cowfish Dive Center Dive Azores Espírito Azul Dive Center Haliotis Dive Portugal Mantamaria Diver Center (Nortaçor) Patagonia Ocean – Rodrigo V.C.T.
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Pico Sport Sailazores Yacht Charter Sea & Sail Azores Season Challenge Wahoo Diving Do continente, esteve a Associação de Portos de Recreio, e as seguintes marinas: Marina de Vilamoura Marina de Lagos Oeiras Marina O turismo no Algarve apresenouse com a Associação Turismo de Portimão e estavam também: Marina de Portimão Portiate San Remo 860 Blue Sky Deve-se realçar a aposta da Riatlante, estaleiro nacional de Aveiro, ao apresentar o novo San Remo 860 Blue Sky com Flybridge, preparado para o tipo de navegação fluvial que os alemães tanto fazem. Com motorização fora de borda e um grupo de painéis solares para carregar as baterias quando o barco está parado e para aquecer as águas. Na coberta superior está o salão
Na coberta inferior o barco tem duas cabinas, onde podem dormir quatro pessoas. Existe ainda um quarto de banho e um roupeiro com porta.
Para desenvolver a iniciação, na Alemanha deixou de ser preciso Carta para conduzir barcos a motor até 4,57 metros de comprimento.
Os barcos à vela e os iates continuam a ser os produtos preferidos dos visitantes para a inicialização do desejo: quase metade deles, interessaram-se pelos passeios de barco à vela. Pouco menos de um em cada três visitantes, informaram-se sobre lanchas. Isto também se aplica aos equipamentos de barco e acessórios. Mais de um em cada quatro visitantes tiveram passeios de mergulho e
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equipamentos de mergulho nas suas listas. Um em cada cinco visitantes, foram atraídos para as viagens, em dois pailhões. As vendas de barcos estiveram ao nível do ano anterior. Tanto para barcos a motor como para veleiros. Alguns segmentos ainda apresentaram crescimento. Segundo uma conclusão final, a procura por grandes iates está pegando novamente. A indústria conseguiu fazer promissores contatos internacionais na feira e fazer boas vendas. Mas há igualmente um grande aumento de interesse no outro extremo, o interesse em pequenos barcos está claramente impulsionado pelo novo regulamento na Alemanha permitindo que barcos até 15 pés (4,57 metros) possam ser conduzidos sem qualquer carta e com a potência indicada pelo estaleiro. Não podemos deIxar de salientar esta medida de mais um país europeu, a juntar-se aos italianos, franceses e espanhóis com novos regulamentos e legislação a promover a iniciação da náutrica de recreio. Porque nos outros países há anos que liberalizaram as habilitações necessárias para a navegação de recreio e cumprem rigorosamente as Directivas Comunitárias no que respeita à classificação das embarcações de recreio. Portugal é o único país da Europa que tem um Regulamento da Náutica de Recreio que não cumpre nem está em conformidade com a Directiva Comunitária 94/25/CE. Por causa disso, há cada vez menos praticantes e já fecharam um grande número de estaleiros que construíam embarcações para a iniciação. No final do salão, comentando os resultados, Werner Matthias Dornscheidt, Presidente e CEO da Messe Düsseldorf, disse: “Estamos muito satisfeitos com o desenvolvimento do comércio e negócios feitos, muito embora não tenham conseguido em resultados os recordes do ano passado. O clima de inverno no segundo sábado, que tradicionalmente atrai a maioria dos visitantes, impediu muitos convidados de visitar o show. Adicione a isso menores perdas de atendimento em vários dias da semana. Mas isso não acfeta a avaliação global do comércio e sua posição resultado da exposição: com os seus tradicionalmente bem mais de
Stand San Remo 200.000 visitantes de alto nível da região da Europa com o maior poder de compra. Boot Dusseldorf continua a ser um excelente lugar para bons contactos, negócios e é um mercado confiável para os estaleiros e indústrias dos desportos de água “e acrescentou:” O conceito de “Experience Sports 360 ° de água” tem produzido um impacto a longo prazo. A experiência de 20 actividades temáticas, foram muito bem atendidas. Quase 25% dos visitantes, especialmente as famílias e os jovens
apreciadores de desportos aquáticos, aproveitou as oportunidades para experimentar desportos aquáticos dentro das salas e saber mais sobre as várias disciplinas. Com isso, estamos fazendo uma grande contribuição para o futuro deste sector”. Comentários dos Expositores Portugueses Nos contactos que fizemos na Boot com alguns dos expositores nacionais perguntámos: O que é que o mercado eu-
ropeu/internacional representa para o seu negócio e quanto à manutenção/crescimento da sua actividade? Quais os vossos principais mercados? Quais os objectivos com a presença na Boot? Novidades apresentadas? No contacto com os visistantes, qual imagem têm de Portugal como destino para a prática dos seus desportos? Apesar da presença de vários expositores Portugueses, de que forma Portugal poderia ter mais destaque na feira? Qual o balanço que faz da vossa presença? Quais os
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Turismo dos Açores mercados internacionais que concorrem com o seu? Quais são os principais desafios da sua actividade em Portugal e Internacional?
San Remo Ana Paula Cardoso, Gerente do Estaleiro Riatllante construtor dos San Remo, a única embarcação portuguesa em exposição na Boot, respondeu-nos: Nós sobrevivemos por causa dos mercados internacionais, como Espanha, França, Itália, Croácia, Rússia, Angola e Suécia e andamos a procurar novos mercados, na Europa de Leste e outros. A nossa novidade é o SanRemo 860 Blue Sky com Flybridge e com painéis solares. Os visitantes
têm a noção de que Portugal tem grande construção náutica, pela tradição ancestral, mas se conhecessem a realidade de hoje… Expositores portugueses, mas quais? Açores? Que dizem que não são portugueses …Portugueses, esses, realmente eramos só nós , eu não vi mais nenhum expositor “ made “ in Portugal. Mas sim, acho que deveríamos dar a conhecer ao mundo que somos tão bons ou melhores que eles, deveríamos ter ajudas, incentivos para a internacionalização, que têm custos elevadíssimos e com retorno a longo prazo . Quanto a retorno, ainda é cedo para poder avaliar. Os mercados mais concorrentes são França, Espanha, Itália, Alemanha, enfim os dos grandes
construtores. O principal desafio é demonstrar que somos tão bons, iguais ou melhores que tantas marcas de prestigio.
Associação Portuguesa de Portos de Recreio - APPR Isolete Correia, Presidente da APPR, deu-nos as respostas: Viemos à Boot para divulgar o Portugal Náutico, as suas infra-estruturas e serviços e promover as condições excepcionais que temos para velejar durante todo o ano, o que faz de nós um destino náutico de excelência. Com este conceito queremos atrair os nautas do mercado externo/ Europa do
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Norte, países com forte tradição náutica, um elevado poder de compra, mas com um clima adverso, que não permite a prática da vela durante grande parte do ano, o que torna este público especialmente interessante para nós.Estamos presentes no BOOT desde 2012, nos últimos dois anos temos verificado um maior interesse na descoberta de Portugal como destino náutico, apesar de ainda desconhecerem o país e as suas condições náuticas (marinas, infra-estruturas, clima. etc.). O público presente no certame tem estado focado nos mercados concorrentes, com presença continuada e notória nestes eventos e que oferecem boas condições naturais e preços muito competitivos, tornando a nossa conquista do mercado nauta um processo lento e que necessita de ser continuado. É imperioso e necessário divulgar Portugal como destino náutico, apostar na promoção externa, na procura de mercados com ligação à náutica e poder económico favorável. Necessitamos de uma estratégia concertada entre todos os players do turismo nacional que permita aumentar a visibilidade internacional e angariar novos potenciais clientes para dinamizar a náutica nacional. Esta promoção deve ser acompanhada por um aumento da oferta de actividades turísticas e complementares: actividades culturais, gastronómicas, desportivas, lazer, etc., que seduzam o turista, criando expectativas e a vontade de visitar Portugal, sobretudo na época baixa, contrariando a sazonalidade. A presença da APPR no BOOT assume-se essencialmente como promoção do destino náutico português e das suas condições náuticas, estamos conscientes que não obteremos resultados económicos imediatos, mas num futuro próximo acreditamos que esta situação irá inverter-se. Os mercados que concorrem são Espanha, Croácia, Turquia e Grécia destinos com grandes condições naturais e climatéricas. O Turismo Náutico continua a não receber a atenção merecida, tendo em conta a importância e a potencialidade do sector como factor de atracção de um público-alvo com elevado poder de compra. É necessário criar sinergias e desen-
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volver esforços no sentido de divulgar Portugal como destino náutico. A presença neste evento náutico, o maior da Europa, resulta única e exclusivamente do esforço da APPR que tem suportado integralmente os custos desta participação. Associação de Turismo dos Açores Jose Eduardo Toste, Coordenador do Produto Turístico, respondeu: Atualmente o mercado europeu representa mais de 90% do fluxo de turistas que procuram mergulho e vela, daí sendo um mercado de extrema importância para os Açores, merecendo toda a nossa atenção. Os nossos mercados principais encontram-se na Europa, entre eles Alemanha, Reino Unido, Espanha, França, Itália, Benelux, para além do mercado Nacional e dos EUA e Canadá. Viemos promover os Açores como um destino de mergulho e de vela. Afirmar os Açores como um dos melhores destinos dentro da Europa para os amantes destes atividades náuticas. Para além disso, outro objetivo foi proporcionar às empresas da Região que atuam nestas áreas, em captar clientes, criar parcerias e promover os seus serviços. A Boot tem um papel importante, uma vez que se trata de uma das maiores feiras relacionadas com o mundo náutico, da Europa. Sendo esta uma área em que os Açores pretendem promover o seu produto, só fazia sentido marcar presença no sítio próprio para isso. Os Açores começaram com uma area de 12m2 e atualmente estamos num stand com cerca de 60m2, com cerca 14 empresas de mergulho a promoverem os seus serviços. Esta é uma presença apoiada e coordenada com os empresários do setor, que fazem questão de marcar presença neste certame. Este ano houve uma forte aposta na promoção da Região antes da feira, através da publicação de um suplemento sobre os Açores que foi distribuído junto de uma das maiores e mais conhecidas revistas de mergulho da Alemanha, a revista Tauchen. Neste suplemento tínhamos não só a oferta diretamente ligada ao mergulho, mas também de serviços complemen-
Turismo dos Açores tares como restauração, alojamento e outras atividades que podem ser desenvolvidas paralelamente. Em termos de novidades, as empresas de mergulho e de vela têm feito um grande esforço e investimento em qualificar os seus recursos, equipamentos e de um modo geral, diferenciar os seus produtos, temos um bom exemplo disso o mergulho com tubarões. Portugal tendo a localização que tem, toda uma costa marítima e com região com oferta de qualidade, deveria realmente ter uma presença mais marcante numa feira desta natureza. As várias empresas que vemos presentes estão na sua maioria lá presentes. Ainda não podemos falar de resultados, no entanto, a
avaliação feita este ano pelas empresas é que conseguiram renovar os seus contatos dos anos anteriores e percebem que já começa a haver uma procura de pessoas que querem ir aos Açores, que se dirigem ao stand para pedir especificamente informação já para planeamento de viagens. Tanto no pavilhão do mergulho como no pavilhão da vela. Os Açores têm uma oferta única e distinta dos principais mercados internacionais de mergulho, sendo que podíamos apontar como concorrentes o Mar Vermelho, Canárias ou Madeira. No entanto, aquilo que os Açores oferecem e as condições naturais em que o fazem não vão encontrar em nenhum desses mercados. Posso nomear alguns exemple, mergulho com tubarões, com
jamantas, montes submarinos, formações vulcânicas subaquáticas, entre outras. O nosso principal desafio está em alargar a época em que o mergulho se pratica nos Açores, sendo que seria possível começar a tirar partido da atividade em maio e junho e extende-la até outubro.
Cowfish Dive Center Pedro Marques Alves respondeunos: O mercado Europeu é a nossa principal fonte de receitas. Os principais mercados são o Francês, Alemão, Inglês, Italiano, Belga e Holandês. A pre-
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Turismo dos Açores sença na Boot é fazer crescer o número de clientes em relação a 2014 e é a principal feira de mergulho da Europa. Como novidades apresentamos novos spots, novas parceiras com alojamentos. Os visitantes têm a imagem de Portgal como um dos melhores destinos Europeus para a prática deste tipo de desporto. Na Boot deviamos fazer a apresentação, junto dos clientes, de outros produtos nacionais / regionais (gastronomia, doçaria), aproveitando a os elementos (expositores), a título gratuito, que participam nestas feiras. Como balanço o reconhecimento por parte dos clientes que visitam a BOOT para estarem comigo, aconselharem a amigos / colegas o meu centro de mergulho. Os mercados concorentes são todos os representados na Boot,
pela facilidade de deslocação e preços das tarifas aéreas (desde a Alemanha), para qualquer parte do mundo. Os principais desafios são a sazonalidade e as tarifas aéreas.
Espírito Azul Dive Center Carlos Paulos, Sócio Gerente, respondeu o seguinte: O mercado Europeu representa cerca de 90%. Portugal uns 5%. Os principais clientes são da Alemanha, França, Holanda eEscandinávia. Vimos à Boot para reforçar o número de clientes e apresentar novos produtos. Para nós este salão fundamental. É uma feira fulcral, também pela proximida-
de com Holanda, Bélgica, etc. É central e a mais importante para o sector. Apresentamos a novidade de algumas operações de mergulho novas que reforçaremos este ano, bem como apresentação de diferentes embarcações com as quais começaremos a trabalhar. A imagem de Portugal, no que toca aos Açores, ainda gozam de boa reputação, muito embora as leis e exigências das autoridades sejam incompreensíveis para os Europeus, bem como a falta de gestão responsável dos nossos mares (por exemplo deixando que haja caça submarina em quase todos os lados, assim como a pesca criminosa aos tubarões, quando todo o mundo já sabe do seu valor para o mergulho). Portugal poderia ter mais destaque na Boot, mas só ouvindo os operadores. A maior
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parte das representações são de instituições governamentais, que teimam em não ouvir quem sabe, e não sabem como evoluir. Um exemplo: Dos responsáveis pelo stand de mergulho dos Açores, da Associação de Turismo dos Açores, nenhum percebe nada de mergulho… Como resultado, foi bastante bom. Temos já tido vários e bons contactos, decorrentes da feira. Os Açores não têm concorrência directa. Nada na Europa se assemelha. Tivemos durante muitos anos problemas de acessibilidades (monopólio da SATA), que parece terminará em breve… O principal desafio é termos políticos e políticas castradoras. A multiplicidade de Leis e Institutos é alucinante e cheia de incongruências, burocracias desnecessárias e taxas absurdas. No caso dos Açores, a gestão desastrosa que se faz dos recursos Marinhos.
Haliotis Dive Portugal Gonçalo Henriques, Director Comercial, deu as seguintes respostas: A Europa representa 50% dos nossos clientes globais, é a diferença entre ser rentável ou não! Os Principais são Alemanha, Espanha, França, Bélgica, Holanda. O nosso pbjectivo é cimentar a nossa posição como destino de referência dentro da Europa e o contacto com operadores e clientes de toda a Europa. A Boot é muito importante, pois esta feira é a montra dos desportos aquáticos na Europa e Asia. Como novidade na área do mergulho a qual represento, desde novos equipamentos de mergulho, novos destinos de mergulho, novas tecnologias em computadores de mergulho, novos programas de educação continuada em agencias como a PADI ou SSI, etc. Os visitantes em relação a Portugal, a principal imagem é de desconhecimento que no nosso pais se podem fazer os mais diversos desportos e actividades relacionadas com o mar. Os que já conhecem, consideram, um pais seguro, com uma excelente forma de receber, fantástica
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comida, onde quase todos conseguem no mínimo dizer umas palavras de inglês, e onde querem sem duvida alguma regressar! Com vários expositores portugueses, no caso do mergulho, penso que deveriam apostar com um stand do turismo de Portugal, há imagem do que o Turismo dos Açores faz, mas a nível nacional, Continente, Madeira e Açores. Como balanço, sendo esta a nossa 5ª presença como expositores na feira de mergulho, vemos a nossa presença como um cimentar do nosso trabalho de promoção e divulgação, mais um ano em que os números de pedidos voltou a subir, fruto do trabalho realizado pela Haliotis nos mercados europeus, e fruto de uma aposta nesta feira que tem vindo a crescer todos os anos. Os nossos mercados cncorrentes são o Egipto, Grécia, Malta, Chipre, Sul de Espanha e Cabo Verde. Como desafios em Portugal, combater as tendências da crise, que levam os consumidores a cortar sobretudo no nosso tipo de actividades de lazer. No desafio Internacional, divulgar Portugal é difícil, por não termos as ferramentas correctas e porque internacionalmente o nosso pais é visto como um Pais em crise. Ir para uma feira internacional sem estratégias definidas e cimentadas é pior do que não ir!
Lagos apresenta-se como o destino ideal para quem procura a autenticidade do Algarve, segurança, sossego, e tem-se transformado na base de muitos nautas estrangeiros devido à garantia de protecção das embarcações, mesmo durante o Inverno, à facilidade de viagem e à existência de serviços de apoio de primeira, e é tudo isto que queremos transmitir nas nossas participações em eventos deste género. Ainda há algum desconhecimento sobre as infraestruturas e serviços disponíveis, precisamente o que temos tentado eliminar com as presenças em feiras náuticas no estrangeiro. Com-
parando com outros destinos semelhantes, nota-se a falta de unidade na presença Portuguesa. Penso que o país, e consequentemente, todos os intervenientes, beneficiariam mais se houvesse uma presença da marca “Portugal” no maior evento náutico, direccionado para mercados que nos interessam muito. Como o objectivo das participações da Marina de Lagos neste tipo de eventos não é habitualmente um objectivo de prazo imediato, ou seja, vender estadias durante a feira, mas sim fazer promoção a médio prazo, é difícil medir resultados apenas um mês depois da Boot. Contudo,
os contactos feitos em Dusseldorf e já continuados mostram que foi uma participação positiva e que, mais uma vez, ficamos satisfeitos por mostrar a Marina de Lagos no mais importante evento do género. Os mercados que mais concorrem são Espanha, Itália, Croácia, Turquia e Reino Unido. O nosso desafio é atrair novos clientes para os desportos náuticos, para compensar o aumento da idade média de quem tem barco.
Oeiras Marina Rafael Salgueiro, Presidente do
Marina de Lagos Ingrid Fortunato, Directora, respondeu assim: Neste momento, a clientela internacional representa menos de 30% do total, tendo havido um crescimento da representatividade estrangeira nos últimos 6 anos, devido à diminuição de clientes nacionais. Os principais mercados são Reino Unido, França, Holanda, Espanha, Escandinávia, E.U.A. Presentes na Boot é sem dúvida um objectivo mais global, abrangendo mais que a promoção da Marina de Lagos em si, mas também a promoção de Portugal enquanto destino náutico. Há que mostrar aos potenciais clientes do Norte da Europa que Portugal tem Marinas de elevado nível, serviços de qualidade, segurança, preços razoáveis e uma localização única. A Marina de 2015 Fevereiro 338
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Marina de Lagos Conselho de Administração, deu as seguintes respostas: Para a Oeiras Marina, o mercado europeu e internacional é uma opção estratégica para o crescimento da nossa actividade. Ao longo dos últimos anos temos recebido progressivamente mais visitantes de países Europeus, e nesta fase pretendemos solidificar a marca de referência que já criámos junto dos nossos clientes estrangeiros. A nível internacional, os nossos principais mercados incluem o Reino Unido, Holanda, Alemanha e França. Os objectivos da participação da Oeiras Marina na Boot 2015 foram: a) divulgar a Oeiras Marina no mercado internacional; b) estabelecer parcerias com instituições, associações e marinas europeias; c) identificar boas práticas de gestão e promoção de marinas e portos de recreio no contexto internacional. A participação na Boot 2015 permitiu alavancar o processo de internacionalização da Oeiras Marina, através dos contactos institucionais que foram estabelecidos durante a feira. Na Boot 2015 destacámos os principais serviços diferenciadores da Oeiras Marina, com especial destaque ao facto de termos ao dispor dos nossos clientes a recepção aberta 24horas por dia, 365 dias por ano; a piscina oceânica para utilização gratuita aos nossos clientes; serviços shuttle turísticos para Lisboa, Cascais e Sintra; e ainda os nossos pacotes especiais 8
para estadias de média e longa duração. A imagem de Portugal no contexto internacional é muito positiva. Portugal e os Portugueses são reconhecidos pela sua hospitalidade, simpatia, abertura e vontade em bem receber. Para além disso, as condições meteorológicas, a excelente gastronomia e enologia, são também cartões de visita de Portugal não só para os praticantes de actividades náuticas como para todos os estrangeiros. Portugal poderia ter uma presença mais forte na Boot 2015 através de uma estratégia consertada entre todos os players da náutica e turismo, num único espaço físico, onde se pudesse criar um ecossistema e um microclima tipicamente Português. A participação da Oeiras Marina na Boot 2015 foi positiva, motivadora e inspiradora. De qualquer modo, os resultados económicos da nossa participação só poderão ser avaliados dentro de alguns meses. O mercado dos países costeiros do mar mediterrânico (Itália, Croácia, Grécia e Turquia) são os principais concorrentes actualmente, e apresentam-se também de com uma grande presença no mercado. A Oeiras Marina pretende sedimentar a sua presença no mercado nacional e expandir a sua referência no mercado internacional. Queremos aumentar a nossa carteira de clientes e contribuir, cada vez mais, para que os nossos visitantes usufruam ao máximo
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de Oeiras, da Grande Lisboa, e de Portugal.
Marina de Portimão Marina Correia, Diretora Geral da Marina de Portimão e Vogal da Direção da Associação de Turismo de Portimão, respondeu: Além da promoção do destino, marcaram presença alguns associados da ATP, ligados à atividade náutica e subaquática / mergulho. Com o intuito de promover estes dois grandes eixos, a ATP apresentou-se em dois stands, de acordo com a sua temática chave. No pavilhão dedicado à Náutica, para além da promoção do destino, marcaram presença as associadas Marinas de Barlavento, SA (concessionária da Marina de Portimão) e Portiate Charters. No pavilhão dedicado ao mergulho, a ATP contou com a presença da sua associada Sub-Nauta com o projeto “Ocean Revival”, apresentando o museu subaquático “Musubmar”, projeto de grande relevância e potencial num sector em forte crescimento mundial. A Boot, a maior feira náutica da Europa é muito relevante para a conquista de um mercado tradicional do Algarve, que havia sofrido grandes quebras no período de crise que atravessámos nos últimos 5 anos. Denota-se uma maior procura, podendo já confirmar o regresso
do mercado alemão ao Algarve. Com efeito, após marcar presença pelo 2º ano consecutivo, neste certame, a ATP verificou um acréscimo de visitantes aos seus stands e um aumento do negócio potencial com origem na Boot, fazendo portanto um balanço muito positivo desta participação, a repetir. O mercado europeu/internacional tem uma representação fundamental neste negócio, uma vez que os visitantes representam perto de 70% da ocupação e os residentes cerca de 60%. Pelo que a manutenção e crescimento se torna fulcral para esta atividade. Principais Mercados Internacionais: Reino Unido, França, Espanha, Alemanha e Bélgica. Em crescimento: Alemanha, Bélgica, França e mercados nórdicos, nomeadamente Suécia e Noruega. A Boot injeta na indústria náutica uma importante dose de otimismo numa altura de dificuldades, sendo uma alavanca económica muito atrativa à escala internacional, atingindo para além do público alemão um significativo número de outros países indo ao encontro do nosso objetivo atual de atrair novos mercados e cimentar a presença daqueles que já nos visitam. A Presença da Marina de Portimão na Boot de Dusseldorf (bem como no London Boat Show), insere-se numa estratégia de crescimento da empresa que visa alargar horizontes e trazer mais turistas ao concelho através do turismo náutico o que significa também um esforço ao combate à sazonalidade uma vez que muitos dos que nos visitam e permanecem o fazem na época baixa. A Marina de Portimão apresentou na Feira uma oferta muito atrativa de 15% de desconto sobre as nossas tarifas aos visitantes, o que foi muito bem recebido.
Sailazores Yacht Charter Nicolau Faria, manager, respondeu o seguinte: Uma vez que a maioria dos nossos clientes são originários do continente europeu, podemos dizer que o mercado europeu tem um impacto muito relevante e significativo na nossa
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actividade, contribuindo para o crescimento da empresa. O mercado principal é Europa em geral, com especial incidência na denominada Europa central. Uma vez que esta já foi a nossa terceira presença consecutiva, podemos afirmar que vamos à Boot para (continuar) a dar a conhecer os nossos serviços como uma experiência de excelência num dos melhores destinos de vela da Europa. Os Açores representam para a maioria dos marinheiros um “mito” nas rotas oceânicas e um desejo incontornável para conhecer e desfrutar das suas paisagens idílicas e exuberantes. Enquanto certame de principal importância na indústria da náutica, consideramos a Boot como essencial para consolidar a nossa empresa no mercado Charter internacional. Para além da ampliação da frota na nossa base operacional da Horta, a abertura de uma nova base na marina de Ponta Delgada,em São Miguel, com dois barcos novos ( Dufour 450 e 485). Continuamos a olhar para Portugal (os políticos) como gente que fala entre si em monólogo e sem visão ou sensibilidade práticas de futuro sobre conceitos vagos como “Economia do Mar”, esquecendo todo um quadro legal vigente que é um obstáculo real ao desenvolvimento (básico) desse futuro e dessa Economia do Mar, mas continuamos a olhar para o outro Portugal (dos operadores, de todos nós), como aqueles “persistentes irresponsáveis” que reiteradamente não desistem do óbvio: de afirmar que Portugal e as suas Regiões Autónomas são um palco excepcional para apostar no Turismo do Mar. No caso concreto da Região dos Açores e em face do crescimento observado nos últimos anos, por acção directa do exemplo da Sailazores Yacht Charter, temos a certeza que para o ano o espaço de exposição será maior. Tivemos na Boot um balanço positivo, uma vez que permite divulgar e apresentar a nossa empresa e os Açores, como um destino de excelência para a pratica da vela de cruzeiro. Mercados concorrentes em geral, todos quantos conseguem aliar ao mar e ao vento, uma zona costeira de beleza superior, pois a natureza é um dos poucos bens democráticos no nosso planeta.
Marina de Portimão Mas, naturalmente fazem parte desse lote e na sazonalidade do hemisfério norte atlântico, a Croácia, a Turquia, a Grécia, as Baleares, as Canárias, Cabo Verde, etc. Como desafios, em Portugal, já só pedíamos que alguém responsável olhasse para o paradoxo da acreditação das cartas de navegação por cidadãos estrangeiros, em particular os que são provenientes de geografias fora da União Europeia. Em Portugal, incluindo Madeira e Açores, fizeram-se nos últimos 10 anos muitas marinas e/ou portos de recreio sem o mais adequado enquadramento funcional. O que não faltam são histórias (reais) de avultados investimentos sem procura e/ou condições de operacionalidade regular dessas infra-estruturas. Hoje, esta cadeia logística perspectiva-se como um entrave ao desenvol-
vimento sustentado de todas as actividades que assentam na pluralidade de uma procura distribuída por vários destinos, como é o nosso caso.
Wahoo Diving Steffen Ehrath, Dono/Gerente, deu-nos as respostas: Em relação ao mercado, 95% dos clientes são europeus da Alemanha, Austria e Suiça. O objectivo foi relação com o público, apresentação da companhia e da ilha de Santa Maria. A Boot serve como forma de contato com o público europeu, que é o nosso principal mercado. Viemos apresentar nova gerencia e imagem. No caso dos Açores, notamos que existe ainda bastante desconhecimento sobre o destino, formas e meios de chegar a este desti-
no e oferta turística. O conceito de expositores para diferentes áreas do país parece-nos bem, contudo e sempre em relação ao expositor dos Açores em que estivemos representados a distinção entre ilhas e companhias ainda não está totalmente explícito para o público. O resultado foi compensatório em termos de contatos com futuros e possíveis clientes, assim como com associações de mergulho e produtores/vendedores de equipamento relacionado com a atividade. Os concorrentes estão nas ilhas Canárias, zona do mediterrâneo e o Egipto. Como desafio, a competição dos destinos que nos fazem concorrência e o número de voos com destino direto à ilha. Salientamos o esforço feito na publicidade e meios publicitários sobre os Açores em geral.
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NotĂcias do Mar
Economia do Mar
Texto Antero dos Santos
Semana Azul em Lisboa para Mostrar que nos Interessa
o Mar
Cabo Raso no Concelho de Cascais
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A aguardar que a ONU aceite o alargamento da nossa plataforma continental, a Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, apresentou publicamente no passado dia 16 de Janeiro no Oceanário, a “Semana Azul”, um conjunto de iniciativas, que se realizarão de 4 e 6 de Junho próximos, entre as quais se destaca uma cimeira mundial dos Ministros do Mar.
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ste ano vamos mostrar ao mundo uma “Semana Azul”, para mostrarmos que nos interessa o Mar. Mas será suficiente? Depois de décadas a esquecer que somos um país litoral e propositadamente a vender por tostões a outros a
nossa maior riqueza, o mar, queremos que as Nações Unidas nos aceite a extensão da plataforma continental e estendermos a área sob jurisdição portuguesa até aos 3,6 milhões de quilómetros quadrados. A “Semana Azul” é uma iniciativa que vai trazer a Portugal empresas, investigadores e empreendedores de todo o
mundo que queiram partilhar também as suas experiências durante uma semana em Lisboa e Cascais. Pretende-se que Lisboa seja um lugar de debate sobre os grandes temas contemporâneos do oceano e como se deve abraçar o desígnio do desenvolvimento científico ligado ao mar, como a base mais sólida para se garantir
um uso sustentável do oceano. Respostas como criar uma economia azul, motor de riqueza e emprego e financiar as empresas e as start-ups do mar, devem ser encontradas. É fundamental agora, mais do que nunca, promover a inovação, mas como?
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Notícias do Mar
Cabo da Roca “onde a terra se acaba e o mar começa”
Assunção Cristas acredita que sim: “Precisamos de todos para enriquecer e ajudar neste debate, as universidades, centros de investigação, empresas, instituições públicas e privadas, Forças Armadas, autarcas, jornalistas, associações e confederações, fundações, eleitos, pensadores, artistas. Em suma, todos os que vierem por bem e com boa vontade!”
O que é a “Semana Azul”? É uma marca chapéu com três grandes pilares: - O pilar político, assente na Reunião de Ministros de todo o mundo, responsáveis pelo mar. - O pilar empresarial e de negócios constituído pelo Blue Business Forum - O pilar de reflexão estratégica, assente essencialmente na 3.ª edição do Wordl
Ocean Summit da revista The Economist. O debate político deve ser feito com urgência e é absolutamente necessário. Esta iniciativa assenta na Reunião de Ministros e terá a sua sessão plenária na manhã de dia 5 de Junho, no Centro Cultural de Belém. A Economia Azul é tema central para o debate dos Ministros, com o qual se procura aprofundar as ferramentas
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necessárias para desenvolver a economia sustentável do oceano. Sejam elas do domínio do desenvolvimento legal e institucional, como quanto à gestão e ordenamento do espaço marítimo. É importante encontrar os instrumentos financeiros necessários para apoiar e desenvolver a economia azul. O Blue Business Forum é uma Feira de Negócios que decorrerá no Parque das Nações. Trata-se de um encontro internacional de negócios da economia do mar, onde as empresas de diversos países virão expor os seus produtos e soluções, participar em encontros, debater os desafios empresariais e mostrar projectos de investigação e tecnologia com universidades, centros de investigação,
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start ups, cientistas e académicos. Assunção Cristas salienta: “É a resposta à nossa convicção profunda de que não podemos ficar apenas pela discussão sobre a economia azul, é preciso promovê-la em concreto com todos os meios ao nosso alcance”. A 3ª edição do Wordl Ocean Summit é o evento, que inicia o calendário da Semana Azul logo no dia 3 de Junho em Cascais. Vale a pena referir que Cascais sucede a Singapura em 2012 e S. Francisco em 2014 no acolhimento do World Ocean Summit. Dada a importância deste conjunto de iniciativas sobre o Mar, Portugal beneficiou da antecipação da conferência em um ano de maneira,
precisamente, a poder fazer parte estruturante da Semana Azul. Esta conferência reúne personalidades com poder de decisão do mundo dos negócios, da ciência, das ONG’s e dos governos para discu-
tirem, em conjunto, o futuro sustentável do oceano. É um fórum de reflexão estratégica e científica em Cascais, uma plataforma de debate e que, este ano, terá como tema central a transição de uma economia convencional do
oceano para uma nova economia azul. Na primeira semana de Junho, provavelmente, estará em Lisboa a Volvo Ocean Race. Deste modo o eixo Parque das Nações / Belém / Cascais» será um pólo de
Cascais 2015 Fevereiro 338
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Notícias do Mar
vida marinha, da ciência e do conhecimento, da economia e dos negócios, da discussão e do debate político e o desporto náutico. A Ministra do Mar conclui: “Queremos que a Semana Azul seja um processo mobilizador e inclusivo; que valorize o presente, mas, sobretudo, que desafie o futuro!” Agora já é tarde... O problema é que, desde que o pedido da extensão da plataforma continental foi feito em 2009, através de um
desenvolvido e fundamentado estudo, que levou quatro anos a concluir, acabou-se praticamente com toda a investigação sobre o levantamento das riquezas que poderão estar ao nosso dispor mas que outros países também ambicionam. O nosso conhecimento do mar profundo e dos seus recursos é ainda extremamente reduzido e manifestamente insuficiente para uma correcta avaliação de todo o seu potencial. É fundamental fortalecer a nossa proposta de extensão da plataforma conti-
nental com dados recolhidos permanentemente por equipas portuguesas de investigação. Era necessário assim continuar a realizar estudos que viessem a permitir uma melhor compreensão dos ecossistemas associados nos fundos marinhos, de forma a se poder valorizar o conhecimento, para mais tarde explorar os recursos existentes de uma forma ambientalmente sustentável. Para a realização desses estudos teria sido necessário desenvolver uma estratégia virada para o mar, apostando num modelo de
funcionamento das Ciências e Tecnologias do Mar, numa cooperação entre as várias Universidades, Institutos e Laboratórios do Estado em parcerias com indústrias Com milhares de funionários supranumerários da Administração Pública para reconversão profissional, os recursos humanos dos Ministérios não tiveram a criatividade de os colocar nas muitas tarefas necessárias para ajudar a conhecer o mar. Nada se fez estes anos todos e até mesmo o velho e único navio de investigação oceanográfico Noruega já
Cientistas portugueses da Sea4Us estão a investigar organismos marinhos para a dor crónica 14
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Notícias do Mar
Pôr-do-Sol no Cabo da Roca
está parado a alguns anos à espera de ser reparado. Entretanto há notícias de outros navios de investigação, de países que naturalmente cobiçam as riquezas
desta região do Atlântico, que continuam ali em missão a investigar. Qual será a resposta destes países à ONU quando esta pretender responder à
nossa proposta de extensão da plataforma continental? Certamente dirão que não temos os conhecimentos científicos suficientes, para merecer tal aumento.
Baía de Cascais 2015 Fevereiro 338
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Notícias do Mar
Lei de Bases do Ordenamento e Gestão do Espaço Marítimo Nacional
Debate Mar Português
Na passada sexta-feira dia 16 de Janeiro, teve lugar na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH-UNL), uma sessão de debate sobre a legislação recentemente aprovada que vem regular a Lei de Bases do Ordenamento e Gestão do Espaço Marítimo Nacional. O debate foi organizado em 3 mesas temáticas, Ordenamento, Direito e Ambiente.
F
Ria Formosa
oi elaborado um documento, “Relatório Final”, enviado à tutela, com as principais conclusões da sessão, que o Notícias do Mar aqui publica. Em síntese, os intervenientes reunidos salientaram, de forma unânime, a fragilidade do
documento, mostrando enorme apreensão sobre vários dos seus aspectos, em particular: a falta de ligação com o sistema de planeamento terrestre, os conflitos existentes com o estatuto das regiões autónomas, a dificuldade de operacionalização de alguns dos conceitos expressos de forma vaga, o tra-
tamento diferencial de actividades e ainda a menorização da salvaguarda dos valores naturais existentes.
Conclusões
O debate contou com especialistas de vários quadrantes relacionados com o Ordenamento e Gestão do Espaço Marítimo
nacional, bem como com uma plateia com cerca de 70 participantes de vários sectores da sociedade civil e de várias agências do estado. Reconheceu-se, antes de mais, o mérito e o esforço do Governo em regular uma matéria tão importante como complexa, como a do ordenamento
Ilha Deserta 16
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Notícias do Mar
e gestão do espaço marítimo nacional. Porém, quer a Proposta que desenvolve a Lei n.º 17/2014, aprovada em Conselho de Ministros no passado dia 8 de Janeiro, quer o próprio processo do seu desenvolvimento e aprovação levantam sérias dúvidas aos participantes: - Embora advogue, em princípio, boas práticas internacionais como a gestão ecossistémica e a participação efectiva dos interessados, estes princípios não encontram depois uma tradução efectiva no documento; - A Proposta é centrada no processo de licenciamento e no regime económico-financeiro; - O actual sistema constrói um sistema de gestão e ordenamento do espaço marítimo efectivamente desligado do espaço terrestre; - A Proposta comporta, à luz da Constituição da República Portuguesa e do Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores, flagrantes inconstitucionalidades e ilegalidades, ignorando princípios constitucionais e estatutários como os da cooperação e da gestão partilhada entre o Estado e as Região Autónomas, bem como de competências próprias das regiões, no no que se refere ao mar; - Usos e actividades são tratados diferencialmente, sendo os usos existentes, nomeadamente a Pesca, subalternizados em relação aos usos emergentes; - Não se compreende o motivo da isenção de pagamento da TUEM concedida às actividades relacionadas com a revelação e aproveitamento de recursos geológicos e mineiros; - Como se asseguram as boas práticas internacionais em termos de Sustentabilidade Ambiental? - Como se concilia o uso privativo do mar com a conservação e a gestão sustentável do capital natural? - Quanto ao processo da sua elaboração, porque não foi o documento sujeito a verdadeiro debate público? Entende-se, assim, que o actual quadro legal pode potenciar, ao invés de evitar, conflito, suspeição e perdas de tempo
Costa Alentejana desnecessárias. Esta impressão geral é espelhada nos resultados dos inquéritos que reflectem maioritariamente uma discordância dos inquiridos em relação aos conteúdos da Proposta e insatisfação em relação ao seu processo de aprovação. Da discussão saiu um conjunto de propostas para o desenvolvimento do actual quadro legal: - A definição de um Plano Nacional de Política de Ordenamento do Espaço Marítimo que defina claramente e a política de ordenamento do EMN, nomeadamente a sua finalidade e objectivos no contexto de desenvolvimento económicosocial sustentável (que não deve limitar-se a um regime de exploração); - Refazer a arquitectura e conceptualização do Sistema de Ordenamento e Gestão do Espaço Marítimo Nacional, nomeadamente no que respeita aos Instrumentos de Ordenamento (no actual quadro, dever-se-ia alterar a terminologia: “Planos de Situação” para “Cartas de Situação Existente e Potencial”; e “Planos de Afectação”, aquando de iniciativa privada, por “Processo de Licenciamento de Usos e Actividades”); - A criação de um Fundo
MARE, a partir da afectação de parte das receitas da TUEM, que estimule o empreendedorismo e inovação de base nacional para o Mar, bem como a proteção e conservação do meio marinho. - A necessidade de conformidade da Proposta com a Constituição da República Portuguesa e os Estatutos Político-Administrativos das Regiões Autónomas; - A necessidade de utilização de critérios coerentes e claros na resolução de conflitos de usos ou actividades; - A introdução clara da modalidade de co-gestão e co-responsabilização na gestão dos recursos, nomeadamente pes-
queiros e não só; - A introdução de mecanismos de participação efectiva dos agentes relevantes desde as fases mais precoces do processo de planeamento; - A obrigatoriedade de avaliação ambiental no contexto do OEM; - O desenvolvimento da monitorização e avaliação de estado ambiental. A organização do debate reitera o seu interesse e disponibilidade para colaborar com a tutela no melhoramento, que se entende necessário e urgente, do actual quadro de ordenamento e gestão do espaço marítimo nacional.
Costa Vicentina 2015 Fevereiro 338
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Notícias do Mar
Economia do Mar
Lisboa Capital do Atlântico
Foi na conferência “Lisboa - Capital do Atlântico”, que teve lugar dia 16 de Dezembro na Fundação Calouste Gulbenkian, uma organização em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, que foi apresentado o estudo “Bilhete de Identidade” Lisboa – Economia do Mar que anuncia Lisboa como dispondo da importante missão de desenvolver a Economia do Mar na região.
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isboa tem grande capacidade e disponibilidade de recursos cien-
tíficos e tecnológicos, cabendo-lhe por ser a principal entidade política da região de Lisboa, quem terá de se
empenhar em primeiro lugar, neste desafio. Fernando Medina, vicepresidente da Câmara na
Fernando Medina, vice- presidente da CML 18
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abertura da conferência recordou o Prof. Ernâni Lopes e o seu estudo de 2009 “Hypercluster da Economia do Mar”, como motivador e servindo de base à orientação que se pretende seguir reafirmando o compromisso e a vontade da autarquia em trabalhar nesta área, pois a economia do mar ganhou já peso na ideia dos portugueses de ser um caminho a seguir rapidamente, como força motora de uma economia nacional. A conferência, juntou investigadores e empresários ligados às áreas da economia e do mar, e serviu para a apresentação pública do estudo “Lisboa: Economia do Mar”. Marina Ferreira, da Administração do Porto de Lis-
Notícias do Mar
boa, realçou que a palavra Lisboa, é “uma espécie de abre-te sésamo” que vem motivando o interesse dos agentes económicos globais, cuja ligação ao Atlântico Sul, a pode tornar num dos pontos mais importantes a nível de ligações marítimas. A deputada Ana Paula Vitorino salientou que os projectos desenvolvidos pela Câmara, como o Campus do Mar e a renovação da Frente Ribeirinha, são uma solução, pois vão facilitar que aumente o interesse por Lisboa: “A criação de uma marca “Mar Português”, tal como acontece com o turismo, deve contar com a intervenção de Lisboa como motor, pois tem essa capacidade”. Para Graça Fonseca, vereadora da Inovação e Economia, Lisboa que é a capital universitária do país, “tem potencial muito próprio” e deve-se potenciar ao máximo o conhecimento do que está a acontecer entre os sectores da investigação e o mundo empresarial, para se conseguir uma ligação mais estreita entre os dois. Com a apresentação deste bilhete de identidade, o pelouro da Economia e Inovação da Câmara Municipal de Lisboa, ofereceu um importante documento assinalando as realidades e excepcionalmente motivador para fomentar os agentes económicos da cidade, da região e do país, sobre a estratégia que se deve seguir para o mar e desenvolver um crescimento económico sustentável. O estudo com 80 páginas aborda Lisboa como Capital Atlântica, as Tendências e Oportunidades da Economia do Mar, o Cluster do Mar em Portugal, o Cluster do Mar em Lisboa, Quanto vale a Economia do Mar?, um Mapeamento da Economia do Mar em Lisboa e ainda um Mar de Ideias e um convite à Acção.
Graça Fonseca, vereadora da Inovação e Economia
Marina Ferreira da APL
A deputada Ana Paula Vitorino 2015 Fevereiro 338
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Náutica
Teste Jeanneau Cap Camarat 5.5 CC com Yamaha F115B
Texto e Fotografia Antero dos Santos
Prova de Polivalência com Motor à Medida
O teste que fizemos com o Jeanneau Cap Camarat 5.5 CC equipado com o novo Yamaha F115B, no passado mês de Junho, mostrou que as características especiais do novo Yamaha, evidenciaram as excelentes qualidades de desempenho e utilização deste modelo Jeanneau.
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izemos o teste a convite da Nautiser Centro Náutico, importador exclusivo em Portugal das embarcações a motor do estaleiro francês Jeanneau. No que respeita a embarcações a motor, há décadas que a Jeanneau constrói barcos Cap Camarat, uma das mais 20
antigas e prestigiadas gamas do estaleiro, pois corresponde ao interesse de um mercado europeu que prefere uma embarcação de recreio robusta, prática, polivalente e com boas qualidades marinheiras. A Jeanneau procura, através da inovação, o design e utilizando as mais modernas tecno-
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logias de PRFV com os melhores materiais, uma produção de qualidade onde cada barco traz sempre bem patente os bons acabamentos na fibra. Actualmente a gama Cap Camarat tem 12 modelos divididos em três linhas, CC, WA e DC. A linha CC corresponde a embarcações de consola
central. Existem seis modelos desde os 4,7 metros aos 8,50 metros de comprimento. O Cap Camarat 5.5 CC permite ampla utilização O Cap Camarat 5.5 CC é uma embarcação do tipo “Open” com consola de condução central. Nes-
Náutica
O novo Yamaha F115B estava montado no Cap Camarat 5.5 CC
O Cap Camarat 5.5 CC apresenta linhas modernas, desportivas e tem um interior desenhado
com ergonomia. Uma das características mais importantes deste modelo é o exce-
lente casco em V, que foi desenvolvido pela Jeanneau para a gama Cap Camarat, com o objectivo
O Jeanneau Cap Camarat 5.5 CC atingiu boas performances
te modelo encontram-se três espaços bastante evidenciados para uso, o posto de comando, uma zona à frente e o poço atrás. Com este modelo, a preocupação do estaleiro foi facilitar a utilização do barco de maneira diversificada para os desportos aquáticos e a pesca lúdica.
O Cap Camarat 5.5 CC tem um um desempenho muito confortável 2015 Fevereiro 338
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Náutica
O Novo Yamaha F115B Está à Medida A
Yamaha, ao desenvolver este motor com características especiais, muito compacto e com um tamanho mais reduzido e leve que o anterior F115, torna-o indicado para ser montado numa imensa variedade de tipos de embarcações. Desse modo, depois dos testes, vimos que o Yamaha F115B está mesmo à medida do Cap Camarat 5.5 CC. Este novo motor é uma versão bastante avançada tecnologicamente. Tem 16 válvulas, 1.832 cm3 de cilindrada, 4 cilindros em linha e com dupla árvore de cames à cabeça (DOHC), que pesa apenas 173 Kg, menos 13 kg do que o F115A, e fornece a potência por peso mais alta e performante da sua classe. Com a Injecção electrónica de combustível multiponto e controlo por computador ECM, consegue-se extrema economia no consumo de combustível e os custos de navegação são mais baixos. O novo F115B beneficia ainda de outros avanços recentes electrónicos e tecnológicos Yamaha: - Opcional Sistema Digital em Rede, com a disponibilidade de uma variedade de instrumentos multifunções. - Ajuste variável das RPM que controla as RPM em passos de 50 rpm entre as 600 e as 1000 rpm, para velocidades reduzidas, a pesca ao corrico e entradas em marinas. - Exclusivo sistema de Protecção Anti-Roubo Yamaha (YCOP), que oferece a mesma segurança que se espera num automóvel, imobilizando o motor até que se pretenda liga-lo de novo, de um modo simples, pressionando o botão no comando remoto. - Nova série de hélices em alumínio Talon Series, que incorporam um design especial na pá e o sistema único de amortecimento para reduzir a vibração e o ruído, tornando este novo motor mais silencioso e suave para navegar em todos os sentidos.
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Realce para a polivalência do barco
de oferecer um comportamento no mar com grande segurança e comodidade e deslizar rápido quando é preciso na prática do esqui aquático. No barco domina o posto de comando com dois bancos individuais e giratórios e a consola de condução ergonómica e arredondada com um banco à frente e colocada de modo a permitir fácil deslocação do poço
para a proa. A zona à frente da consola de condução tem um banco estofado em V até à proa. Este espaço está protegido por um varandim em aço inox e converte-se num amplo solário, ou coloca-se uma mesa ao meio para os piqueniques. Na proa encontra-se um apoio para o ferro e dois cunhos de amarração.
Casco em V com os planos de estabilidade laterais muito salientes
Náutica
Cap Camarat 5.5 CC é muito seguro e estável a curvar
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Náutica
Pode-se montar um solário à frente
O poço tem na popa um banco com dois lugares a meio., mas pode ser aumentado com um assento de cada lado. Esta versatilidade do banco da popa interessa para dar mais espaço aos pescadores. Para estes existe também junto ao posto de comando um porta canas de cada lado. A consola de condução tem um pára-brisas largo e alto em vidro acrílico fumado protegido por um corrimão em aço inox. Na popa a escada de banho fica a bombordo, junto à passagem que dá entrada pela popa para o poço.
Á frente pode levar uma mesa de piquenique 24
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Desempenho performante amplia
Náutica
Á proa tem um descanso para o ferro
À proa tem um assento em U convertível em solário
a polivalência do barco O motor tinha montado o hélice 19, perfeitamente adequado para este barco.Como o novo Yamaha F115B é um motor com um elevado binário, foi interessante confirmar isso no desempenho do barco, no arranque e nas acelerações. Quando arrancámos, em 1,96 segundos já estávamos a planar. E no teste de aceleração até às 5.000 rpm, em apenas 5,31 segundos atingimos a velocidade de 19 nós, mais do que o necessário para os esquiadores saírem da água. Em velocidade máxima, o Cap Camarat 5.5 CC atingiu 32,2 nós com o motor às 6.000 rpm, fazendo uma performance excelente. Com o tipo de casco que o estaleiro desenvolveu para a gama, o Cap Camarat 5.5 CC aproveitou bem o V profundo para mostrar boa comodidade a cortar a água, deflectindo-a para fora sem molhar o interior. As características do 2015 Fevereiro 338
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Náutica
casco, com os planos de estabilidade laterais bastante salientes e com a popa semi-planante, quando testámos o mínimo de velocidade a planar, fizemos apenas 10,3 nós às 3.500 rpm. Também por isto, este barco sofre pouco com os balanços laterais e é estável, qualidade que os pescadores gostam. Em velocidade de cruzeiro, navegámos com a ajuda do “trim” a 20 nós às rotações económicas de 4.000 rpm Como o piloto pode conduzir de pé ou ir confortavelmente sentado num banco ergonómico, tem uma excelente posição de condução e conduz sem esforço e com prazer. De salientar a versatilidade do barco, com a possibilidade fazer os passeios familiares, os piqueniques e os banhos de sol e também fazeremse jornadas de pesca com os amigos, ampliando o espaço no poço.
Quando for preciso apoiar os esquiadores, o Cap Camarat 5.5 CC equipado com o Yamaha F115B, tem a aceleração suficiente para satisfazer todos.
Características Técnicas Comprimento total
5,48 m
Comprimento do casco
5,21 m
Boca
2,36 m
Peso sem motor
780 Kg
Calado
0,45 m
Capacidade combustível
100 L
Potência do motor
100 HP / 120 HP
Categoria CE
C6
Preço barco/motor Yamaha F115B
A partir de 32.500 e c/IVA
Performances Tempo para planar
1,96 seg.
Aceleração às 5.000 rpm
19 nós em 5,31 seg.
Velocidade máxima
32,2 nós às 6.000 rpm
Velocidade de cruzeiro
20 nós às 4.000 rpm
Mínimo a planar
10,3 nós às 3.500 rpm
4.000 rpm
18,9 nós
4.500 rpm
23,4 nós
5.000 rpm
26,5 nós
5.500 rpm
29,8 nós
6.000 rpm
32,2 nós
Importador Nautiser/Centro Náutico, S.A. Estrada Nacional 252 – 2950-402 Palmela tel.: 21 23 36 820 Fax: 21 23 33 031 Email: geral@nautiser.com www.nautisercentronautico.pt
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Náutica
Novidades Yamaha
Com Yamaha F150D Tornar o Melhor Ainda Melhor A Yamaha anuncia o mais recente motor fora de borda F150D. Com esta recente versão do motor fora de borda Yamaha F150D, a sua reputação mundial vai crescer ainda mais.
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elhorar num motor tão icónico e de sucesso como o F150 seria sempre uma tarefa difícil. Afinal de contas é o mais popular do mundo e comprovado motor a 4 tempos de 150 cavalos de todos os tempos. Sem barreiras. Nunca satisfeitos em dei-
xar uma pedra tecnológica por tirar, os engenheiros da Yamaha levaram o F150 a um outro nível ao introduzir novas características de facilidade de utilização, tal como alguns dos mais recentes desenvolvimentos da avançada e recente engenharia. O resultado, tal como pode esperar, é um triunfo – e um muito bonito, por sinal. Performance suave, silenciosa e sofisticada Com o seu formato inovador de 16válvulas, sistema EFI de precisão multiponto e design DOHC (Dupla árvore de cames), o potente motor de 2.7 litros já estabelece uma referência standard para a eficiência da combustão, economia e segurança. Dandolhe uma distinta vantagem de 4 válvulas por cilindro, permitimos-lhe respirar facilmente e mais suave e silenciosamente, através do seu sofisticado sistema de exaustão 4-1. Ainda maior fiabilidade e maior duração do ciclo de vida Difícil de atingir, poderá pensar, particularmente quando este motor tem uma reputação global de confiabilidade total (afi-
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nal, em 2013 verificámos que alguns motores F150 tinham completado mais de 8,700 horas). Bem, até os engenheiros da Yamaha encontraram maneiras de atingir isto – o novo modelo não só tem uma embraiagem mais resistente com 8 dentes (precisamente mais 2 dentes) para uma navegação mais suave e livre de
complicações e uma vida mais prolongada, mas há também um novo capot com design completamente novo que escorre a água muito mais eficientemente – e o nosso novo sistema de pintura para maior proteção contra a corrosão. Simplesmente melhor para todos
Náutica
Para além dos melhoramentos de engenharia, este novo F150D beneficia de muitos mais avanços tecnológicos e eletrónicos ● Ajuste variável das RPM para controlo da velocidade – ativado simplesmente por um carregar de botão – que controla as RPM em níveis de 50rpm entre as 650900rpm, para uma pesca relaxada e um ajuste controlado ● O opcional Sistema Digital em Rede, que traz inúmeras vantagens, tais como a disponibilidade de uma vasta gama de instrumento multifunções ● O exclusivo Sistema de Proteção Antirroubo Yamaha (YCOP), oferecendo a mesma segurança que espera do seu automóvel – para imobilizar o
motor até que pretenda dar novamente ao arranque, simplesmente carregue no botão do seu comando remoto ● O exclusivo SDS (Sistema de Amortecimento na Engrenagem) integrado nas hélices SDS Reliance Series® reduz ainda mais a vibração e o ruído, tornando este novo motor mais silencioso e suave. O mais recente Yamaha F150D – um elegante e estiloso motor fora de borda num pacote compacto e mais leve, desenhado para permitir um excecional rácio de peso – potência e performance brilhante – a par com a legendária economia e fiabilidade esperadas de cada motor fora de borda Yamaha.
Características Técnicas do Novo Yamaha F150D
- Motor de 16 válvulas (2,670cc formato DOHC com 4 cilindros em linha) - Ajuste variável das RPM por botão – ajusta a velocidade baixa em níveis de 50rpm - Design de última geração com novo capot e design elegante - Nova hélice Relience Series com SDS (Shift Dampener System) em aço inoxidável para funcionamento suave e silencioso - Injeção eletrónica de combustível multi-ponto e controlo eletrónico do motor por micro-computador ECM - Extrema eficiência no consumo de combustível – baixos custos de navegação e fiabilidade - Sistema digital em rede opcional – tem os instrumentos multifunções mais recentes - Exclusivo sistema imobilizador/de proteção antiroubo YCOP – para paz de espírito - Unidade Yamaha compacta, leve e de macaco hidráulico único Power Trim&Tilt - Limitador do ângulo do Tilt, disponível como opcional - Alternador de alta potência 35A – energia extra para o arranque e para os acessórios - Disponível modelo de rotação contrária para instalações duplas e variantes com coluna L (longa) e X (extra-long). - Sistema de lavagem com água doce – basta ligar a mangueira e lavar Para informação mais detalhada, por favor contate: Yamaha Motor Europe N.V. Sucursal em Portugal R. Alfredo Silva, n.º 10 2610-016 Alfragide Phone: +351 214 722 100 Email: infomarine@yamaha-motor.pt Website: www.yamaha-motor.eu/pt Social Media: www.facebook.com/PortugalYamahaMarine
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Náutica
Novidades Yamaha
Novos Yamaha Fora de Borda F8 e FT8, com Ainda Mais Torque
Os portáteis mais populares da Yamaha agora com torque mais elevado, mais elegantes e mais fáceis de utilizar. O novo F8 e o seu companheiro de caixa reforçada FT8, caracterizam-se agora pelo novo design de capot encontrado apenas nos motores de alta cavalagem.
E
legância e boa aparência não são as únicas mudanças atractivas a serem notadas nos novos F8 porque as mudanças são internas e externas – tornando estes portáteis inexplicavelmente populares mais fáceis de utilizar do que nunca. Primeiro, o F8 vem com mais 7,5% de cilindrada para mais torque e força – mas mantendo os mesmos níveis de eficiência no consumo de combustível, suavidade, silêncio e leveza no peso pelo que é conhecido em todo o mundo. Um novo design ergonómico foi introduzido no punho, que é não só de um comprimento mais conveniente, mas apresenta uma 30
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Yamaha F8
alavanca de mudança confortável de usar, voltada para o a proa, de fácil acesso e com uma melhor aderência. O manuseamento e a armazenagem são também mais fáceis. A nova forma estreita, em conjunto com o punho redesenhado (que agora se dobra muito mais) significa que agora toma muito menos espaço. Tem também uma comfortável pega e novos apoios de descanso que permitem so motor ser arrumado com a traseira para baixo. Em suma, estas vantagens tornam estes novos super-portáteis motores na escolha inteligente. Acima de tudo, o F8 de 2 cilindros é um motor Yamaha a 4 tempos – e eles não vêm mais “espertos” do que isso.
Náutica
Resumo da Especificações - Yamaha F8/FT8
Yamaha FT8
Resumo das Caraterísticas - 7,5% de cilindrada extra significa mais torque e mais força - Design e gráficos Yamaha de última geração e novo capot – elegante e estiloso - Novo comprimento do punho ergonomicamente desenhado – para um confortável manuseamento e controlo - O novopunho dobra-se mais, por isso o F8 ocupa menos espaço - A alavanca de mudanças foi colocada na lateral do punho – para um fácil alcance - Larga e confortável pega construída no suporte da direção – para uma portabilidade perfeita - Foram integradas almofadas de descanso para o armazenamento vertical – contudo o F8 pode ser arrumado de lado ou com a traseira para baixo.
Especificações do motor
4 tempos • 212cc • SOHC • 2 cilindros em linha
Potência no veio do hélice
5.9kW às 5500rpm (8cv)
Regime de rotação
5000-6000rpm
Sistema indução de combustível
Carburador
Sistema lubrificação
Cárter húmido
Capacidade depósito óleo
0.8L
Capacidade depósito combustível
12L (separado)
Sistema de ignição
CDI Micro computador
Sistema de arranque
F8: Manual (MH) FT8: Manual (MH) • Elétrico (E/EP)
Bobine iluminação/alternador
12V – 6A com retificador/regulador (opcional para a variante MH)
Tipo de aceleração e comandos
F8: Punho (MH) FT8: Punho (MH) • Controlo remoto (E/EP)
Direção:
F8: Punho (MH) FT8: Punho (MH) • Controlo remoto (E/EP)
Relação de caixa
F8: 2.08 (27/13) • FT8: 2.92 (38/13)
Sistema Trim&Tilt
F8: Manual (MH) FT8: Manual (MH/E) • Power tilt (EP)
Peso com hélice
F8FMHS: 40 F8FMHL: 41 FT8GMHL: 43 FT8GMHX: 44 FT8GEL: 44 FT8GEPL: 49
Para informação mais detalhada, por favor contate: Yamaha Motor Europe N.V. Sucursal em Portugal R. Alfredo Silva, n.º 10, 2610-016 Alfragide Phone: +351 214 722 100 - Email: infomarine@yamaha-motor.pt - Website: www.yamaha-motor.eu/pt Social Media: www.facebook.com/PortugalYamahaMarine
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Electrónica
Notícias Nautel
Humminbird Adiciona Novas Versões às Gamas Já Existentes
A antena de GPS é integrada, mas para aplicações mais especiais é possível a ligação de uma antena externa. As vendas em Portugal da série HELIX têm-se concentrado mais nas unidades com DownImaging
D
ado o rápido sucesso global da série HELIX a HUMMINBIRD decidiu juntar à gama um modelo que fosse só GPS/Chartplot32
ter. Será o HELIX GPS, e estará disponível em finais de Abril com o preço de 420€. Como nesta gama da Humminbird, a cartografia extra é da NAVIONICS.
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e GPS, e a procura tem sido elevada. Na série já lançada no ano passado, ONIX, multifunções de 8 e 10”, e dado muitos utilizadores não valorizarem a operação de equipamentos marítimos por ecrã tátil, a Humminbird juntou à gama uma variante que é comandada apenas pelo teclado, e que se torna assim também mais económica. Estes modelos serão identificados como NT (No Touch), e tanto existirão para o sistema simples com sonda convencional 2D, como nas de sonares de varrimento lateral e vertical
Notícias do Mar
Economia do Mar
Mare Startup para Apoiar a Inovação Empresarial
A
Mare Startup, uma iniciativa única a nível nacional que pretende revitalizar a economia portuguesa do mar, foi apresentada ao público no passado dia 3 de Fevereiro de 2015. O programa de empreendedorismo e de apoio à inovação empresarial na área do mar é da responsabilidade da Faculdade de Ciências da ULisboa, da Universidade Católica Portuguesa, do Fórum Empresarial da Economia do Mar e da Sociedade de Avaliação Estratégica e Risco. A Mare Startup conta com o suporte de cerca de 500 investigadores do Mare -Centro de Ciências do Mar e Ambiente e da UCP, os quais, através dos seus conhecimentos, poderão dar contributos muito significativos a empresas já estabelecidas no mercado ou a novas empresas ou empreendedores que pretendem iniciar atividade. As ligações ao setor empresarial são asseguradas pelo FEEM e à SaeR cabe a análise estratégica e de risco, em particular na economia do mar. Com esta iniciativa, abrem-se desafios inesgotáveis para a economia nacional. Um dos objetivos traçados no estudo do “Hypercluster da Economia do Mar” e conseguir duplicar o PIB que resulta diretamente da economia do mar. Portugal, com a Estratégia Nacional para o Mar 2013-2020, foi dos primeiros países europeus a adotar uma estratégia nacional para os oceanos e pode vir a possui uma das maiores zonas económicas exclusivas em mar aberto e profundo, com ferramentas orientadoras para o desenvolvimento da economia do mar. Esta iniciativa enquadra-se num dos eixos estratégicos do MARE que é o do apoio ao sector produtivo através de investigação, inovação, formação e empreendedorismo. 2015 Fevereiro 338
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Notícias do Mar
Um Olhar Sobre o Tejo
Avaliar Situações, Encontrar Soluções e Apontar Caminho
Considerando que:
O Tejo, desde que deixou de ser a principal via interior de comunicação do país, uma estrada segura para as trocas comerciais desde a Antiguidade até meados do século passado, hoje bloqueada, viu as populações ribeirinhas a voltarem-lhe as costas, sofreu vicissitudes causadas por agentes pouco escrupulosos e foi esquecido e desaproveitado pelos sucessivos governos como recurso potencial gerador de riqueza e do desenvolvimento económico da sua bacia hidrográfica e do próprio país. Perante esta constatação a Tagus Vivan – Con34
fraria Cultural do Tejo Vivo e Vivido, na prossecução da obra da sua antecessora ( Associação dos Amigos do Tejo, ONG de Utilidade Pública ), não pode ficar indiferente, e por conseguinte não quer deixar de dar o seu contributo efectivo para que esta situação seja corrigida. Nessa conformidade, decidiu ser a promotora e dinamizadora da realização por parceiros públicos e privados, de um CCT - Ciclo de Conferências sobre o Tejo, durante o biénio de 2015 e 2016, com o objectivo de avaliar a situação, encontrar soluções e apontar caminhos
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para que ela seja corrigida, CCT que será culminado por um Congresso do Tejo. Proposta das principais Temáticas a abordar: - A Regularização e Navegabilidade do Tejo para incrementar o transporte fluvial de mercadorias pessoas e bens, e actividades de lazer nomeadamente o turismo fluvial e o desporto náutico. - Uma Governabilidade Autónoma da Bacia Hidrográfica. - O Desenvolvimento económico da bacia, com base nos recursos natu-
rais e culturais do rio. - O Tejo como um destino turístico de referência, com inovação e inteligência. - A Garantia da Qualidade da Marca Tejo, para os produtos e serviços da bacia. - Outros que se mostrem de interesse regional. Na prossecução desta iniciativa, a Tagus Vivan está a encetar um conjunto de contactos com os potenciais parceiros relacionados com o Tejo de forma que o CCT – Ciclo de Conferências sobre o Tejo possa efectivar-se com êxito e dele resulte matéria substantiva para levar ao Congresso do Tejo.
Notícias do Mar
Carlos Salgado
O Tejo Que Queremos
Empenhados em saber o Tejo que temos, para a partir daí, ser definido o Tejo que devemos ter, um grupo de cidadãos Amigos do Tejo fundou a AAT- Associação dos Amigos do Tejo, ONG sem fins lucrativos de Utilidade Pública, em 1984.
A
partir desse princípio estes cidadãos construíram uma obra em prol do Tejo durante 25 anos, que fez história e merece ser recordada, como exemplo, nesta crónica que intitulamos de “O TEJO QUE QUEREMOS”, para que uns conheçam e outros não se esqueçam ou tentem ignorar. O seu primeiro programa de acção foi o “Vamos Pró-Rio”, criado com o objectivo de, com a colaboração dos municípios ribeirinhos, conseguirem levar as populações a conviverem de novo com o Tejo, porque a atitude delas estarem, cada vez
mais, a virar-lhe as costas, tinha que ser invertida. Como é que um rio que foi o eixo identitário da nação, vivo e vivido desde a Antiguidade, chegou a esta situação de ser desprezado pelas populações ribeirinhas? Isso teve origem no facto da navegação comercial que usava o rio como principal estrada, e a mais segura e menos poluidora, para o transporte de mercadorias, pessoas e bens, e a mala-posta inclusivamente, ter decrescido bastante a sua actividade ao ponto de ser quase inexistente. Ora, todo esse movimento que dava trabalho
às populações ribeirinhas, nas cargas, descargas, armazenagem, e a outras actividades correlativas, criavam riqueza e emprego. Esse fenómeno, levou as populações ribeirinhas a procurarem a sua subsistência no interior, e deste modo o Tejo ficou solitário e até desprezado. Como os governos nacionais não tiveram visão, e teimaram em ignorar o exemplo dos países desenvolvidos da Europa, tendo preferido desbaratar montes de fundos vindos da CEE em coisas muitas delas que hoje não se justificam, e outras obscuras, em vez de seguirem o
exemplo dos seus parceiros europeus que devem parte do seu desenvolvimento económico ao transporte hidroviário de mercadorias que é comprovadamente 3 vezes mais económico que o ferroviário e 6 vezes mais económico que o rodoviário o que, inteligentemente, os levou a investir numa mega obra que liga o mar do norte ao mar mediterrânico, por via fluvial, Ficamos por aqui hoje, mas vamos continuar nestas crónicas “O TEJO QUE QUEREMOS”, a dar conhecimento ao país do contributo efectivo que foi dado ao nosso Tejo pelos seus “amigos”.
Quando o Tejo era um rio Vivo e Vivido 2015 Fevereiro 338
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Notícias do Mar
Carlos Salgado
Água Mole em Pedra Dura…
Sou um defensor acérrimo da navegabilidade do Tejo desde há muito, para que todos sejamos beneficiados e o país, com o transporte das mercadorias por via fluvial. Tenho vindo a abordar neste jornal, mais do que uma vez, as vantagens deste transporte que para além de ser consideravelmente mais económico e muito menos poluente, e por contribuir para o descongestionamento do trânsito rodoviário que está em crescendo. Por isso insisto em continuar a falar neste assunto porque, como diz o povo “Água mole em pedra dura tanto bate até que fura”
B
aseado no que vejo, leio, e deduzo sobre as evidentes vantagens do transporte fluvial de mercadorias, pessoas e bens, não tenho dúvidas de que o Tejo tem que voltar a ser navegável, para ser de novo aquela estrada que durante séculos foi a principal via de comunicação do país.A própria União Europeia reconhece actualmente as vantagens do transporte de mercadorias por vias navegáveis interiores, ao ponto de criar um programa, NAIADES II, de incentivos para o incremento deste tipo de transporte, 36
considerando que:- O sector do transporte por vias navegáveis interiores presta um contributo significativo para o sistema de transportes da União Europeia, designadamente, encaminhando as mercadorias dos portos para o interior da UE; - O transporte fluvial é eficiente do ponto de vista energético e contribui para os objectivos de uma economia hipocarbónica definidos no Livro Branco sobre a política europeia de transportes; - Por via da exploração de todo o potencial do transporte por vias navegáveis interiores, o sector do transporte fluvial pode vir a ser um elo
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fundamental para a resolução do congestionamento e dos problemas ambientais causados pela importação de mercadorias através dos portos marítimos da Europa; - É necessária a modernização da frota fluvial e da sua adaptação ao progresso técnico para a melhoria do desempenho ambiental das embarcações e o desenvolvimento, entre outras vertentes, de Navios Adaptados à Navegação Fluvial para uma Navegação Interior Sustentável, que salvaguardem as vantagens competitivas deste meio de transporte; A difícil situação económi-
ca na Europa teve também um impacto no sector do transporte por vias navegáveis interiores, e por isso a indústria naval encontra-se também numa situação económica difícil; - Como a estrutura do sector do transporte fluvial baseia-se em larga escala em PMEs, ou seja, em proprietários-operadores que trabalham e vivem com suas famílias nas embarcações, estas PMEs são particularmente vulneráveis à crise; - Sobre o programa NAIADES II – um programa de acção da UE para apoiar o desenvolvimento do transporte fluvial, o Parlamento Europeu:
Notícias do Mar
- Congratula-se com a iniciativa da Comissão Europeia no sentido de actualizar e renovar o programa de acção NAIADES II, 2014-2020; - Lamenta que a Comissão não tenha feito acompanhar a proposta NAIADES II com um financiamento adequado e dedicado, de molde a dar expressão plena aos objectivos do Programa de Acção, motivo por que requer uma política bem estruturada, com metas exequíveis a curto e médio prazo, e um roteiro concreto que descreva, entre outros, os recursos para a respectiva execução; - Insta a Comissão a apresentar opções sobre o modo de alavancar os fundos de reserva, utilizando-os conjuntamente com instrumentos financeiros disponíveis ao abrigo de outras fontes de financiamento da União já existentes, como o MIE e o Banco Europeu de Investimento; Convida os Estados-Membros a prosseguirem a elaboração de estratégias nacionais tendentes a estimular o transporte por vias navegáveis interiores que tenham em conta o programa de acção europeu e a incentivarem as autoridades regionais, locais e portuárias a desenvolver acções no mesmo sentido.
Mapa da hidrografia da Europa utilizada pelo transporte interior de mercadorias por via fluvial, excepto a Península Ibérica.
Exemplos do transporte fluvial de mercadorias nos países industrializados 2015 Fevereiro 338
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Notícias do Mar
Tejo a Pé
Em Viana Tocámos a Alma do Alentejo Em Viana ”num lugar onde a natureza domina o quadro cénico com traços toscos, mas generosos de uma paisagem onírica no coração do Alentejo vivemos o encanto de uma terra viva”.
O
Cante, alimento para a alma (Renata Albuquerque)
sábado amanheceu frio, o sol irrompe e aquece ligeiramente a brisa, que refresca e suaviza os ânimos aquecidos pelo calor das expectativas depositadas, que se previa idílica. O que justificou a presença de 40 pessoas, algumas delas, estreantes no Tejo a pé, que por nada, queriam perder a oportunidade de explorar a terra alentejana. Pouco mais de uma hora terá demorado a viagem a esta linda terra, que se deixava anunciar pelas
extensas planuras e planaltos de montado e olival, que abraçavam o campo aberto, escondendo os montes de longe em longe. O nosso “ Monte “ haveria de chegar! Na estrada que une Alcáçovas a Viana do Alentejo, surge o encantador e formidável Monte do Sobral, num manifesto galanteio de boas vindas! Esta histórica propriedade, que em tempos dava apoio à extensa herdade do Sobral , serviu de palco à 1ª reunião do movimento de capitães, viria a dar origem ao 25 de Abril de 1974, para que hoje, cada
Nª Sra. D’ Aires (José L. Diniz) 38
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um de nós possa desfrutar em todo o seu esplendor, da maior liberdade possível, desprender-se das amarras do quotidiano, dos bulícios e desassossegos da cidade, onde o stress fica à porta. Porque “a arte do descanso é uma parte da arte de trabalhar.” A partir deste dia, a chaminé do Monte, onde está uma placa comemorativa da efeméride, também tem um azulejo que diz “viver os rios” – Tejo a pé. Envolta numa extensa e idílica paisagem pastoral, a vastidão dos campos que se estende muito para lá da nossa vista, convidam à contemplação. Embora o dia estivesse revestido de um ar agressivo, a
típica « buzaranha» tão característica das terras alentejanas, não terá deixado muita margem para a devida e merecida contemplação… que terá ficado reduzida aquilo que serviria os aposentos - tão acolhedores, rústicos. Pequenos detalhes que incitam o desejo de ficar por lá … e que, ao mesmo tempo, prolongam a tão amável conversa com o mentor da Herdade, Engº Marco Fernandes, que partilhou connosco as mais incríveis histórias e as peripécias da mascote do Sobral, de seu nome Mimi, a famosa raposa que graças ao seu mediatismo, já atraiu a atenção das televisões e da comunicação social. Depois de satisfazer as curiosidades, faltava satisfazer os apetites, já aguçados pelos ares frios do dia invernal….. Todavia, não estivéssemos nós em terras do Alentejo, aguardava por nós, uma generosa mesa composta das mais deliciosas e apetitosas iguarias, entre pataniscas, peixinhos da horta, tostas com requeijão e doce, muito bem regado pelo vinho branco” Montes Claros”, num tributo verdadeiro a esta região do Alentejo central; e para ajudar a compor o repasto, não poderia faltar - “o pãozinho alentejano” que o Compadre Cupeto, muito amigavelmente compartilhou com os convivas. Serenados os apetites, houve quem desafiasse para umas partidas de bilhar e matraquilhos, enquanto outros exibiam os seus dotes como tenistas de mesa, e os restantes, não querendo largar o calor e o copo, a acompanhar as conversas soltas pautadas pela boa disposição …enquanto o jantar era preparado a preceito pelas cozinheiras do Monte. Anunciado o jantar, composto de
O campo de Viana (Renata Albuquerque)
Notícias do Mar
Texto Vanessa Shnitzer Fotografia José L. Diniz e Renata Albuquerque
Apesar da calma no Alentejo há vida (José L. Diniz) diversos pratos e petiscos, fizeram render o palato com os sabores e aromas da rica cozinha alentejana. Mas o melhor ainda estava para vir…- a tradição trouxe de volta os magníficos cantares do Grupo Coral dos Trabalhadores das Alcáçovas, que nos cantaram num tom rústico épico uma bela epopeia que embalou e comoveu a alma de todos os presentes, que com as suas vozes, deram vida aquela que foi a vida e o quotidiano do povo alentejano, durante séculos, e que se mantem viva em toda a sua beleza sentimental e nostálgica. Este grande espetáculo, serviu de mote para a entrada em cena dos “do Luís e amigos”, que cantaram e encantaram, com alegria, sensibilidade e sentido de humor. E como os Alentejanos, quando começam a cantar nunca mais param-“bora lá amigos vai mais uma”- fizeram atrasar o sono dos que alegremente ouviam as histórias cantadas… Chegada a manhã de domingo, solarenga e luminosa, anunciava-se um belo dia para a nossa aventurosa jornada. Mas primeiro…. o pequeno almoço, que enchia a mesa redonda com as mais irresistíveis iguarias, desde a fruta aos doces que aguardava pelos mais gulosos. Findo o banquete matinal, foi possível re-
temperar as energias para desfrutar de toda a beleza das paisagens desta calma terra que esconde um património inimaginável. A caminhada começa em Viana alentejana, guiados pelo cantante da noite anterior, o Luís, iniciámos, com passo vagaroso e cadenciado, o percurso pelas ruas velhas e pitorescas, estreitas de casas caiadas de um branco imaculado, rumo a Nossa Senhora de Aires. Ao longo, dos extensos terrenos agora verdes e dourados onde se espreguiçam os montados de sobro e olival, fomos percorrendo os caminhos, até que ao longe vislumbramos um oponente edifício estilo barroco- rococó – o santuário de peregrinação de nossa Senhora d´Aires que coroa a formosa planície, criando um incrível efeito cenográfico – Chegados ao local, fomos muito bem recebidos pela simpatia da Rita da CM de Viana, que nos revelou alguns dos muitos segredos escondidos por detrás das paredes deste portentoso edifício - local de profunda fé e de peregrinações oriundas de todo o Alentejo, ainda hoje, alimenta a antiga tradição, - «a Romaria a Cavalo», que todos os anos, atrai centenas de visitantes, que se deslocam a cavalo , atravessam quintas e caminhos de terra batida para venerar este culto. Para
No fim a tomada do castelo (Renata Albuquerque)
Estrada Real (José L. Diniz) além das muitas histórias e tradições que se perdem no sabor dos tempos, provavelmente aqui pega também a arte chocalheira de alcáçovas - um oficio que antigamente foi de muitos e que hoje é uma arte na posse de poucos Mestres que brevemente deverá ser reconhecida pela UNESCO. Os ponteiros do relógio, apesar da imparciais em terras além Tejo, não dão tréguas – tivemos de deixar para uma próxima, as muitas histórias que ainda havia para contar, como se razões não houvesse para regressar a esta fortuita terra. Contudo, não nos foi negada visita àquela que é considerada o ex-libris do santuário, a Casa dos Milagresantiga sala das confrarias, que guarda religiosamente centenas de anos de promessas, depositando a fé nas paredes forradas com uma imensa coleção de votos. A manhã já vai longa, quando nos pusemos a caminho pelos estradões que nos levariam ao almoço. Atrás do Luís, fomos levados por entre campos cultivados, rebanho de vacas e montados de sobro, intrigando a mente sobre que outras vidas terão andando, noutros tempos, por aquelas terras quase virgens, sem as comodidades oferecidas pela sociedade contemporânea. Finalmente deparámo-nos com
um imponente forno de carvão que serviu condignamente o palco para o nosso delicioso repasto. A generosa partilha dos farnéis compôs uma ementa rica, variada e exigente, que não poderia dispensar o indispensável “elixir de baco. Recuperados, revigorados e divertidos rumámos em direção a Água de Peixes- um solar do séc. XV, serviu de residência real durante vários séculos. Por aqui, até Viana, a estrada é Real e convidanos a imaginar a sua história e segredos. Chegados a Viana o destino é o Castelo, mas, as pernas que já clamavam por algum descanso, escolheram repouso numa taberna típica, decorada com tarros em cortiça, alfaias, que nos transporta, mais uma vez aos trabalhos e vivências agrícolas do Alentejo de outros tempos. Numa mesa ao canto, quatro senhores animavam o estabelecimento “ nas horas mortas” a jogar dominó, afinal é domingo. Animados os espíritos dos caminheiros pelo licor de poejo, seguimos de visita ao surpreendente e majestoso Castelo, formado por um complexo arquitetónico fortificado, em estilo gótico, constituído pela fortaleza, pela matriz e igreja da misericórdia, representou o desfecho desta espetacular e fantástica jornada. Até breve!
Quase todos (José L. Diniz) 2015 Fevereiro 338
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Electrónica
Notícias Nautiradar
Novos Modelos de Passa-Cabos Deck Seals - Horizontal e Micro
Os novos modelos de Passa-Cabos da gama Deck Seals – Horizontal e Micro já estão disponíveis. É uma novidade da marca, perfeitos para cabos até 6mm de diâmetro.
T
otalmente à prova de água segundo os standards IPX6 e IPX, estes passacabos são a solução perfeita para uma instalação a bordo, permitindo a passagem dos cabos através do convés duma forma simples e segura. Ideal para cabos de antenas e de luzes de navegação. Passa Cabos Horizontal DS-H6 - Vocacionado para cabos entre os 2mm e os 6mm de diâmetro que entrem horizontalmente. O design do seu perfil dá40
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Electrónica
lhe maior resistência ao impacto. PVP: €14,00 c/iva Passa Cabos Micro DS6-P - Vocacionado para cabos entre os 2mm e os 6mm de diâmetro. Feito em fibra de vidro e nylon com uma resistência muito grande ao impacto. O seu perfil estético exterior em forma de abóbada oferece uma maior resistência ao impacto. PVP: €18,00 c/iva Sobre a Scanstrut A Scanstrut, fabricante inglês e especialista de renome no design e fabrico de suportes para instala-
ção de eletrónica marítima, tanto nos veleiros como nos barcos a motor, tem a capacidade de oferecer uma solução para todas as solicitações. A sua gama extensa de suportes para montagens de antenas de radar, GPS, VHF e TV e
comunicações por satélite, luzes de navegação, etc., tem uma qualidade e fiabilidade sem paralelo. Numa era em que tudo é portátil e sem fios a Scanstrut inova em 2012 com a criação de uma embalagem protetora à prova de
água e de impacto, desenvolvendo essa ideia numa gama de capas protetoras e à prova de água e com a designação Lifedge. Para mais informações contacte o distribuidor Nautiradar.
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Notícias do Mar
Notícias Lindley
Lindley Fornece Embarcadouros Fluviais para o Rio Cubango em Angola A Lindley, empresa do Grupo Lindley especializada em equipamento flutuante para marinas, docas de recreio e portos comerciais, concluiu em Dezembro a primeira fase dos trabalhos de fornecimento e montagem de embarcadouros fluviais ao longo do rio Cubango.
E
ste rio, que delimita a fronteira natural entre Angola e a Namíbia, nasce nos planaltos do interior angolano e corre em di-
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recção a sudeste desaguando no delta de Okavango (Botswana), o maior delta interior do mundo. Este contrato englobou o projecto, fabrico e montagem de
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vários embarcadouros fluviais destinados à acostagem de embarcações de transporte de passageiros. O projecto envolveu o estudo detalhado das características fluviais do rio Cubango – com margens de declives muito baixos e fortes correntes – o que obrigou ao desenvolvimento e concepção de soluções robustas e reforçadas capazes de resistir às condições naturais do local. Os embarcadouros, instalados ao longo de vários municípios localizados em ambas as margens do rio Cubango, foram construídos com pontões flutuantes da gama Sagres HD com estrutura reforçada em aço galvanizado a quente pintado e pontes de acesso com estrutura da mesma especificação. Os pontões foram dotados de flutuação reforçada e vários acessórios desenvolvidos para esta exigente aplicação. Concluída a primeira fase da obra dar-se-á brevemente inicio
à segunda fase do contrato com a instalação de mais embarcadouros flutuantes, entretanto já fabricados, capazes de dotar outros municípios de infraestruturas semelhantes com capacidade para servir as populações locais e cumprir com as exigentes condições naturais da região.
Sobre a Lindley:
A Ahlers, Lindley, Lda. é uma empresa especializada no fabrico, fornecimento, instalação e manutenção de equipamento portuário, destacando-se equipamento flutuante para marinas e ajudas à navegação. Baseada em Cascais, faz parte do Grupo Lindley, uma holding marítimo-industrial com mais de 85 anos de experiência na engenharia, fabrico, fornecimento e instalação de equipamentos portuários. Para saber mais sobre as actividades da Lindley, por favor visitewww.lindley.pt
Pesca Desportiva
Economia do Mar
Calças de Pescador um Produto Nacional A s eg u ra n ça s ó e x i st e , q u a n d o s e est á s eg u r o. A Ca lça d e P es ca d o r BibTrousers Atlantis, artigo 1040 tem um sistema de flutuação fixo.
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Toptuxedo situa-se na região norte de Portugal junto a maior comunidade piscatória do País. Portugal é sinónimo de homens do mar, pelo seu passado, história, presente e futuro. A forte ligação ao mar, fez e faz com que os nossos produtos sejam parte dessa cultura. Atentos e sensibilizados com as necessidades dos nossos pescadores, projectamos a nossa visão em algo real. A Calça ATLANTIS é à prova de água, feita em tecido 88% PVC
e 12% Poliéster. Peito para melhor protecção com sistema de flutuação fixo, espuma flutuante inerente, tecido duplo nas frentes da calça, ajuste nas pernas com presilha e velcro, fole lateral na cinta a apertar com presilha e mola de pressão, alças em tecido, com elástico ajustável por fivelas plásticas, costuras soldadas por alta frequência impossibilitando a penetração da água. Há uma preocupação especial na produção das calças com bom vestir e funcionalidade. As cores royal e laranja flúor foram escolhidas com intuito de
salvaguardar o pescador com Alta visibilidade. O processo de certificação foi longo, testes rigorosos, diferentes fases, esforços constantes, adaptações às inúmeras dificuldades. Mas, finalmente foram superadas todas as dificuldades e conseguimos obter o certificado tão desejado: Afinal, a segurança só existe, quando está seguro! Em 2013/14 percorremos o mundo, par dar a conhecer a MELHOR ROUPA DE PESCADOR . Fomos àfeira Halieutis, Agadir Marrocos; Clothing Show Silverstone circuite, UK; Danfish, Alborg, Dinamarca; ExpoPesca, Lima, Perú; Bisfe 2013, Busan, Coreia do Sul, Nor-Fishing Trondheim Noruega 2014, Icelandic, Reykjavik 2014 e Pacific Marine Expo Seattle EUA, 2014 Apostamos na segurança, conforto, funcionalidade e qualidade.
Para mais informações: Artur Jorge Costa - Toptuxedo-sa <artur.costa@toptuxedo-sa.com>
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Pesca Desportiva
Texto e Fotografia: António Varcasia
Pesca Embarcada
Meros,
os Senhores das Profundezas
Os meros fazem parte de uma família de predadores muito cativantes e que, lamentavelmente se encontram cada vez menos presentes nos nossos mares, devido à pesca indiscriminada e à sua própria biologia, que os leva a desenvolver um crescimento muito lento, chegando a atingir idades comparáveis às do ser humano. Neste artigo vamos tentar conhecê-lo melhor e analisar algumas das técnicas para o capturar, mas também para os libertar em boas condições após captura.
S
ão seis as espécies que pertencem a este género e que vivem
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no Mediterrâneo e Atlântico: por um lado o mero Epinephelus marginatus, o merobadejo Epinephelus costae,
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a garoupa branca Epinephelus aeneus, o badejo Mycteroperca rubra, e por outro, em águas mais pro-
fundas, o cherne Polyprion americanus e o mero-dentão Epinephelus caninus. Uma nota para o facto da
Pesca Desportiva
Fundamental em todas as técnicas para pescar meros é a violência do seu ataque e arranque,
havendo que forçar o peixe nos primeiros instantes do combate Contrariamente às outras espécies, o mero-badejo ou mero-dourado é uma espécie gregária na sua etapa juvenil,
formando pequenos grupos aos 100 metros, movimentando-se todavia até aos 300 metros, quase sempre em fundos rochosos e ricos em buracos e gretas. É um peixe hermafrodita protogino, que se torna macho por volta dos 12 anos (entre os 9 e os 16). Os exemplares de grandes dimensões são quase sempre machos. A reprodução dá-se durante o verão, quando abandonam as águas profundas para procurar águas mais baixas,
sendo possível ver no final da temporada os exemplares mais jovens em poucos metros de água. Carnívoro por excelência, alimenta-se de moluscos, crustáceos e peixes. Foi incluído na Red List (lista vermelha) da IUCN (International Union for Conservation of Nature) como espécie ameaçada, o que levou alguns países como a França a proibir a sua pesca submarina e a controlar de forma rígida a
O mero pode alcançar dimensões notáveis, até 1,5 metros de comprimento e 60kg de peso!
Lei vigente proibir a captura e retenção das espécies do género Epinephelus sendo obrigatória a sua imediata libertação, em caso de captura acidental (Artº 10, Ponto 1 da Portaria nº 14/2014). • Mero Epinephelus marginatus
O aspeto deste peixe justifica o seu nome científico, que passou recentemente de E. gaza a E. marginatus. O mero alcança dimensões notáveis, até aos 140-150 centímetros de comprimento, e pode ir até aos 60kg de peso, com uma idade que pode ir até aos 50 anos. Vive a profundidades variáveis que podem ir dos 10 2015 Fevereiro 338
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Pesca Desportiva
A batalha com os meros é dura mas não dura muito tempo; uma vez arrancados do fundo, a sua resistência é reduzida ao mínimo.
O cherne da profundidade é um peixe maciço,
de cor cinza com manchas mais escuras, ainda que nos exemplares mais jovens se observem umas listas mais claras
pesca desportiva. • Garoupa-branca Epinephelus aeneus A garoupa-branca, conhecida também por badejo ou apenas garoupa é, relativamente ao mero, uma espécie mais rara nas águas continentais, sendo mais comum a sul do Mediterrâ-
neo e nas Ilhas. Contrariamente aos seus irmãos prefere outro tipo de fundos, geralmente campos de posidonia e fundos vasosos, sobretudo se pelo meio houver umas rochas, isto em batimetrias que vão dos 20 aos 200 metros. Segundo o Fishbase (www.fishbase.org) alcança um peso máximo de 25kg, ainda que capturas ocasionais não
Respeito
reportadas a nível oficial deem fé de que este peixe possa alcançar dimensões muito maiores. Tal como o mero é hermafrodita protogino e a mudança de sexo dá-se entre os 3 e os 9kg de peso. Infelizmente, também está na Red List da IUCN, como espécie ameaçada. • Mero-badejo
No passado Mundial de Futebol no Brasil não nos cansámos de ouvir a palavra “respeito”, que resume a desejada conduta exemplar dos jogadores, dado serem um exemplo para milhões de pessoas, quer jovens quer adultos. Na pesca essa responsabilidade cabe a cada um de nós, somos nós, os pescadores desportivos, os verdadeiros guardiões do mar e, ainda que duvidemos, cada gesto da nossa parte tem consequências. Estas espécies que falámos atravessam um período complicado, algumas delas numa situação muito difícil, à beira da extinção, existindo por muitos locais em que a legislação é muito severa e que permite apenas um exemplar (com medida mínima) ou proíbe qualquer tipo de captura.
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Epinephelus costae Esta espécie também é conhecida por badejomero, mero-dourado ou simplesmente por badejo. Encontra-se em fundos rochosos mas também existe em outro tipo de fundos desde que sejam “entremeados” por pedra, até aos 200 metros de profundidade. Contrariamente às outras espécies, esta é gregária na sua etapa juvenil, formando pequenos grupos. Em adultos podem atingir 140 centímetros de comprimento e segundo a IUCN não é uma espécie estudada o suficiente para poder avaliar o estado dos seus “stocks”, não se podendo pronunciar sobre se está ou não ameaçado. • Badejo ou badejo-dos-
Pesca Desportiva
-açores Mycteroperca rubra Este mero apresenta uma coloração em tons de acastanhado até ferrugíneo, com muitas manchas que podem ser visíveis ou quase invisíveis, desaparecendo por completo nos maiores exemplares, originando uma coloração homogénea por todo o corpo. Vivem em fundos rochosos, entre os 15 e os 100 metros de profundidade e podem alcançar um comprimento máximo de 80-100 centímetros e um peso máximo de 50kg. A mudança de sexo, tal como acontece nas outras espécies, dá-se aproximadamente aos 9 anos, quando os peixes medem à volta dos 45-55 centímetros. Foi incluído na Red List da IUCN como uma
Sistema simples, descrito no texto, que permite devolver qualquer peixe ao fundo e libertá-lo com a maior expectativa de recuperação.
Os iscos mortos como a tira de choco ou lula são usados na pesca com amostras, para tornar mais apetitosos os “inchikus” ou colocar em cabeçotes,
técnica batizada de “tenya fishing”
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Pesca Desportiva
Os exemplares mais jovens de algumas espécies de cherne podem ser pescados à superfície, geralmente ao abrigo de objetos à deriva.
espécie que se deve monitorizar para evitar que entre em perigo de extinção. • Mero-dentão Epinephelus caninus O mero-dentão, também conhecido por cherne-negro é
dos chernes mais raros dos nossos mares e ocupa um nicho biológico muito particular, entre os habitats habituais dos chernes que temos falado até agora, este encontra-se entre os 30 e os 400 metros d profundidade (com uma preferência
para os 100-130 metros) em fundos de areia ou vasosos. É também um dos maiores chernes conhecidos, podendo superar os 100kg de peso. Investigadores espanhóis atribuíram uma idade de 75 anos – através
O peixe ao subir os primeiros 10-15 metros sofre o trauma barométrico que o impede de lutar,
subindo numa característica forma “diagonal”, ao sabor da aguagem 48
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da análise de otólitos – a um exemplar de 67kg de peso pescado em Maiorca, testemunhando a extrema longevidade desta espécie, de crescimento muito lento e que justificam a raridade dos chernes e a sua recomendável proteção. Também para o mero-dentão não existem dados suficientes para avaliar o estado da sua população. • Cherne Polyprion americanus O cherne da profundidade é um peixe maciço, de cor
Pesca Desportiva
vendo por isso logo abaixo da superfície, migram para o abismo assim que atingem um determinado tamanho, procurando declives rochosos, grutas submarinas e destroços. Chega a pesar 100kg e a medir mais de 2 metros; reproduz-se geralmente na primavera e é no verão que as fêmeas
depositam os ovos. Também não é um peixe sobre o qual a IUCN disponha de muita informação. Onde encontrar meros e chernes Como acabámos de ver, os chernes têm hábitos heterogéneos, que vão desde os 40-70 metros para qua-
se todas as espécies, indo quase até aos 1000 metros para o cherne da profundidade. Estas batimetrias são geralmente referências porque dependem muito de cada local e da própria pressão de pesca. Em locais onde os chernes são pouco castigados e onde a
cinza com manchas mais escuras, ainda que nos exemplares mais jovens se observem umas listas mais claras. Encontra-se na parte ocidental do Mediterrâneo e no Atlântico oriental, desde a Noruega até Angola, esporadicamente no Índico e Pacífico. É um peixe tipicamente da fundura e de facto raramente se encontra a menos de 100 metros de profundidade, sendo mais comum encontrá-los entre os 300 e os 700 metros. Enquanto os juvenis colonizam objetos flutuantes, vi2015 Fevereiro 338
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Pesca Desportiva
Isco vivo, morto, pesca vertical, corrico… são muitas as técnicas para apanhar estes peixes. Tudo depende da espécie e do local em concreto.
É por isso que os pescadores de meros e chernes de águas “mais baixas” os procuram entre os 70 e os 90 metros
e a partir dos 250-300 metros para as espécies da fundura
Os chernes da fundura devem ser mais procurados em batimetrias próprias para os carretos elétricos do que para os carretos normais. 50
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sua pesca está diretamente proibida estes peixes estão presentes em fundos de 20 e 30 metros enquanto nos locais onde o peixe é mais pressionado estes se movimentam para zonas mais profundas e/ou para locais onde possam assegurar um refúgio seguro, tal como é o caso de barcos afundados; é por isso que hoje em dia os pescadores de meros e chernes de águas “mais baixas” os procuram entre os 70 e os 90 metros e a partir dos 250-300 metros para as espécies da fundura. Como já referido, os chernes adoram navios afundados e são reis e senhores destes “castelos”, contando com a vantagem
de poderem partir as nossas linhas, libertando-se facilmente, arrancando direitos a eles de forma a cortar o nylon. A pesca Dado tratarem-se de peixes sedentários, com dieta muito variada, podem ser capturados com muitas técnicas, que vão desde o corrico, “jigging” vertical, “slow jigging”, “inchiku”, pesca fundeada com isco morto ou vivo, etc. Os iscos podem ser usados vivos, como os chocos ou lulas, os carapaus e as cavalas, todos válidos para pescar desde zonas mais baixas a fundas. Nestes últimos casos há que chegue a utilizar
Pesca Desportiva
terminais especiais dotados de cabo de aço. O isco morto é geralmente usado na pesca fundeada e sem dúvida alguma que o isco mais usado é a sardinha, ainda que alguns mais puristas prefiram aquele que é um verdadeiro manjar para os peixes mas também para o ser humano – as lulinhas. Outros iscos mortos como a tira de choco ou lula são também usados na pesca com amostras, para tornar mais apetitosos os “inchikus” ou colocar em cabeçotes, esta última técnica batizada pelos japoneses de “tenya fishing”. Minuto fatídico O corrico com iscos naturais dedicado a estas espécies será muito lento, utilizando como carnada a tainha, passando por zonas com abun-
São seis as espécies de mero e cherne existentes nas nossas águas. O seu nome-comum pode variar de região para região.
dância de grandes pedras, destroços ou fundos mistos onde as rochas rompam a monotonia de um campo de
posidonia ou de uma zona de areia. As técnicas em que se usam as amostras têm quase sempre como
característica o facto de serem feitas na vertical, adaptando o material ao tipo de amostra, desde as clássi-
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Pesca Desportiva
Blacktip da Westmarine
É frequente ouvir da boca de alguns pescadores que não vale a pena libertar um peixe porque sofreu um trauma de pressão, sendo impossível recuperar e voltar ao fundo são e salvo. É evidente que se trata de um choque para o peixe pela pressão a que é submetido mas também é certo que nos últimos anos têm surgido propostas para tornar este choque menos letal para o peixe, corrigindo-se a situação e o mesmo possa ser libertado, havendo inclusivamente ferramentas específicas como o Blacktip da Westmarine que em 2011 ganhou o prémio de melhor produto conservacionista do Miami Boat Show, uma peça que, ligada a um chumbo permite uma rápida e segura libertação do peixe na profundidade adequada.
cas zagaias e “inchikus” até aos “short jigs” usados para o “slow jigging”. Fundamental em todas as técnicas é a violência do ataque e arranque, havendo que forçar o peixe nos primeiros instantes do combate, seja fazendo pressão com a cana e carreto, seja trabalhando com o motor do barco, de forma a tirá-lo rapidamente da zona onde possa encontrar refúgio e partir a linha. Podemos afirmar que 90% dos combates que se perdem são no primeiro
minuto após o ataque, logo, se o nosso equipamento for o correto, não se cometerem erros e houver uma pitada de sorte, o peixe ao subir os primeiros 10-15 metros sofre o trauma barométrico que o impede de lutar, subindo numa característica forma “diagonal”, ao sabor da aguagem. Bilhete de volta Se estivermos numa embarcação que não tenha material específico para a libertação de peixes de
profundidade, tais como o “Blacktip” que se pode ver numa das imagens deste artigo, é fácil devolver um peixe à fundura, a uma profundidade onde possa reequilibrar-se e recuperar com material muito mais simples. Não é preciso perfurar a sua bexiga-natatória, a qual ao inchar vai empurrar para fora parte do estômago pela boca do peixe; ao invés disso pode usar-se uma chumbada de 1 ou 2kg com um anzol sem barbela preso, atado o con-
junto a uma linha que por sua vez será atada à curva do anzol, o qual se prenderá externamente ao lábio do peixe; depois é deixar o peixe ir para o fundo, auxiliado pelo peso da chumbada, com o carreto aberto e quando chegar ao fundo só teremos que esticar a linha, conseguindo assim que o peixe se solte do anzol. Já usei esta técnica dezenas de vezes, não apenas com chernes, mas também com pargos-dourados e lírios pescados a maior profundidade, quase sempre documentando a recuperação do peixe mediante o vídeo e a sonda. Se mexermos o menos possível o peixe e não o tivermos fora de água mais do que a conta a possibilidade de recuperação é máxima. Está assim a darse uma segunda oportunidade aos peixes de mar; os que não recuperam são os que terminam no nosso congelador.
Os japoneses deram o nome de “tenya fishing” à pesca com “inchikus” e cabeçotes onde se prendem tiras de isco morto, como as da lula ou choco, na tentativa de aumentar a eficácia. 52
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Notícias do Surf
Tó Mané Inícia Projecto Profissional Salvador Couto inicia projeto com fotógrafo Tó Mané e com profissional de vídeo José Pedro Gomes
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alvador Couto, jovem surfista de 14 anos, iniciou recentemente um projeto com o reconhecido fotógrafo Tó Mané, que conta no seu currículo com vários eventos de surf. O atleta iniciou ainda uma parceria com José Pedro Gomes, profissional de vídeo. Estes projetos vão decorrer ao longo de 2015 e têm como principal objetivo profissionalizar a comunicação do atleta e do próprio desporto, através da apresentação de imagens de qualidade que representem o percurso do surfista. As fotografias e vídeos
são captados em situações de free surf e não são apenas do atleta em ação dentro de água, mas também de lifestyle, de modo a exibir os vários perfis de Salvador Couto e os vários aspetos deste desporto. Assim, o dia a dia do atleta é retratado em imagens, dando a conhecer a rotina de um jovem surfista que concilia estudos com vários treinos e competições. O atleta Salvador Couto integra a equipa da Deeply e conta com os patrocínios daXCult/PregoGourmet, Futures e Absorvit. O surfista treina com David Raimundo e Marcelo Martins do projeto APS/Onda Pura. 2015 Fevereiro 338
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Surf
Notícias da Quicksilver
Quiksilver Vai Investir 4 Milhões no Cascais Surf Center
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ram duas as marcas gigantes do surf a lutar por um edifício icónico da praia de Carcavelos, a Quiksilver e também a Billabong. A requalificação do edifício da antiga estalagem Narciso, na praia de Carcavelos, no concelho de Cascais, vai ser feita pela Quiksilver, decidiu entretanto a Câmara Municipal de Cascais. A Quiksilver propõese assim investir cerca de 4 milhões de euros
Surf
A Quiksilver, gigante da indústria mundial ligado ao surf e ao skate, venceu o concurso para reabilitar a antiga estalagem Narciso que apresentou publicamente, em 29 de Setembro passado, no auditório da Casa de Histórias Paula Rego, em Cascais, um projecto inédito para a reabilitação do mítico edifício, na praia de Carcavelos.
Vista aérea do projecto
no projecto Cascais Surf Center, através de um complexo que inclui uma “loja bandeira” da marca, um empreendimento turístico com 40 camas, um ginásio de fitness/yoga, um espaço de restauração e lazer, um Museu do Surf e um skate parque outdoor e indoor, que irá proporcionar a prática de desportos de prancha, mesmo quando as condições naturais não o permitem. Com início no exterior, este equipamento terá uma ligação ao inte-
rior através de um túnel. A marca considera Cascais uma zona de excelência para o desenvolvimento do turismo e dos desportos de deslize, afirmando ser este um dos projectos incluídos na sua estratégia global para 2015, a par dos investimentos que estão a ser desenvolvidos noutras partes do mundo, como por exemplo Nova Iorque, Rio de Janeiro e Sydney, entre outros. Como afirma o Director Geral da Quiksilver em Portugal, José Gregório, “ao nível do surf e do skate, este é um projecto pioneiro, que irá ter um papel fundamental no desenvolvimento e na promoção de Cascais e de Portugal como destino turístico de elei-
ção”. A autarquia salienta que a Quiksilver vai criar 40 novos postos de trabalho com este projeto. “A urgência na implementação do Projeto da Quiksilver Internacional reveste-se da maior importância para o concelho de Cascais, e também para o país” O edifício Narciso, onde funcionou até 2004 uma estalagem com o mesmo nome, é desde setembro de 2013 o Cascais Surf Center, que alberga a Associação Nacional de Surfistas, a Federação Portuguesa de Surf, a Associação Nacional de Bodyboard e a secção náutica do Centro Recreativo e Cultural Quinta dos Lombos.
Skate park outdoor indoor 2015 Fevereiro 338
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Surf
Notícias do Surf Clube de Viana
CAR Surf de Viana é Referência Nacional O Secretário de Estado do Desporto e Juventude, Emídio Guerreiro, esteve, no passado dia 18 de janeiro, no CAR Surf de Viana do Castelo, onde foi firmada oficialmente a Comissão de Gestão Local deste equipamento desportivo, que constitui uma referência nacional.
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Emídio Guerreiro, Secretário de Estado do Desporto e Juventude 60
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Auditório CAR Surf
mídio Guerreiro considerou que este modelo de gestão, descentralizado e partilhado, é o ideal e elogiou o trabalho desenvolvido pelo Surf Clube de Viana em prol do desporto, e em particular do surf, bem como pelo seu impacto na projeção da cidade de Viana do Castelo ao nível internacional. Nesta sessão solene, a Comissão de Gestão Local do CAR Surf foi instalada oficialmente através de um acordo de parceria entre o Município de Viana do Castelo, o Instituto Português do Desporto e Juventude,
Surf
a Federação Portuguesa de Surf, a Escola Superior de Desporto e Lazer (IPVC) e o Surf Clube de Viana. Este órgão de gestão terá a seu cargo a articulação da promoção nacional e internacional deste Centro de Alto Rendimento. Este acordo inclui também o apoio da Fundação do Desporto ao acesso a programas de desenvolvimento desportivo. “Propusemos, em total articulação com o Governo, as Federações Desportivas e os Municípios, que os CAR fossem geridos localmente, constituindo-se para o efeito Comissões de Gestão Local, dinamizando a atividade e tornando mais eficaz a sua gestão, o que seria impossível se esta fosse centralizada em Lisboa”, explicou Carlos Marta, Presidente da Fundação do Desporto, organismo responsável pela coordenação dos Centros de Alto Rendimento nacionais. Para o SCV cumpriu-se mais uma etapa histórica na sua longa existência e mais uma importante etapa para
José Maria Costa Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo
o recente CAR Surf de Viana. “Estamos plenamente cientes da responsabilidade que assumimos neste acordo de parceria e faremos o que estiver ao nosso alcance para sermos (ainda mais) um modelo de referência para o desporto nacional, assente numa gestão sustentável,
João Zamith, Presidente Surf Clube de Viana
inteligente e inclusiva. E fazemos votos para que, logo que seja possível, possamos cooperar com os restantes CAR Surf em Portugal (Aveiro, Peniche e Nazaré) ”, referiu João Zamith, Presidente do SCV. No final, procedeu-se a uma breve cerimónia de encerramento das Comemora-
ções dos 25 Anos do clube, com a presença do Secretário de Estado do Desporto e Juventude, Emídio Guerreiro, do Presidente da Câmara Municipal, José Maria Costa, do Presidente da Federação Portuguesa de Surf, João Jardim Aranha e de vários associados, atletas, técnicos e amigos do SCV.
Encerramento das Comemorações dos 25 Anos do clube
Director: Antero dos Santos – mar.antero@gmail.com Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt Colaboração: Carlos Salgado, Gustavo Bahia, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Zamith, Mundo da Pesca, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Jet Ski, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Acossiação Portuguesa de WindSurfing Administração, Redação: Tlm: 91 964 28 00 - noticias.mar@gmail.com
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Motonáutica
UIM Isıklar World Offshore 225 Championship
João Filipe Galvão Estreou-se no QATAR
A Largada Após a participação no Campeonato do Mundo da UIM Classe 3-225 no ano de 2012, João Filipe Galvão foi convidado pelo Istambul Offshore Club e pela Işıklar para correr a edição de 2015 do campeonato que tem lugar no Qatar. Nesta competição, o piloto português representa Fujairah, um dos sete emirados que constituem os Emirados Árabes Unidos.
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João Filipe Galvão 62
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primeira prova, integrada na Qatar Cup, organizada pela Qatar Marine Sports Federation, teve lugar de 5 a 7 de Fevereiro. Infelizmente devido a um acidente na penúltima volta (capotou na curva) acabou em último lugar, pois apesar de não ter terminado, já tinha realizado mais de 75% das voltas, o que garante a pontuação. Do acidente, além do aparato, não resultaram danos no casco, nem nos tripulantes. A classe 225 tem um casco de catamarã com 8 m
e um motor fora de bordo de 225hp, dado o seu baixo peso e configuração do casco, os barcos são capazes de alcançar velocidades na ordem dos 70 nós. A classe é igualmente a única a ter um sistema de airbag que permite que a embarcação, após um capotanço, retorne à sua posição original, bem como em caso de necessidade de garantir melhores condições de resgate da tripulação. O barco tem um piloto e um co-piloto (nesta corrida Yigit Çetin, da Turquia). O co-piloto é responsável pela
Motonáutica
O barco da Fujairha Team a ser levado para a água
Um motor fora de borda com 225 Hp a ser afinado
monitorização do estado do motor e da aceleração. A edição de 2015 da UIM Işıklar World Offshore 225 Championship conta com 9 equipas e pilotos de várias nacionalidades (Portugal, EUA, Itália, Turquia, Qatar, EAU).
A próxima prova está prevista para Março (1314) e com outra já agendada para Abril (3-4). É ainda possível que venham a ser realizadas outras provas que estão actualmente em fase de negociação com os promotores locais.
As cores portuguesas na popa do barco
João Filipe com a bandeira da Associação Naval sarilhense 2015 Fevereiro 338
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Vela
VIII Campeonato de Portugal de Classes Olímpicas
Campeões de Portugal João Villas-Boas/Miguel Nunes (470), João Rodrigues (RS:X) e Rui Silveira (Laser) sagraram-se Campeões de Portugal de Classes Olímpicas, em prova que decorreu em Portimão. A organização foi da Federação Portuguesa de Vela e do Iate Clube da Marina de Portimão.
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urante quatro dias, as frotas de 470, Laser e RS:X estiveram em competição
João Rodrigues
frente à Praia da Rocha. Sol, frio e condições de vento quase sempre perfeitas para a prática da modalidade marcaram a prova.
João Villas-Boas e Miguel Nunes 64
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Em 470, João Villas-Boas/ Miguel Nunes conquistaram o título depois de dominarem todo o campeonato. A dupla foi 4ª e 1ª nas duas disputa-
das no último dia e levou a melhor sobre António Matos Rosa/João Matos Rosa, que terminaram na segunda posição. Na geral da prova, as terceiras foram as espanholas Sofia Toro/Laura Sarasola mas para efeitos de pódio, o terceiro posto foi para Diogo Pereira/Manuel Macedo. Em Laser, houve uma reviravolta inesperada com o azar a bater à porta de Eduardo Marques, que partiu o mastro na primeira da derradeira jornada e mesmo vencendo a segunda, perdeu o título por um ponto para Rui Silveira. O jovem João Rodrigues ficou com o terceiro lugar. Em RS:X, João Rodrigues sagrou-se sem surpresa Campeão de Portugal. O veterano madeirense junta assim mais um título ao seu currículo invejável. O espanhol Borja Serra e o checo Karel Lavicky, foram 2º e 3º. No que se refere ao Campeonato de Portugal, Miguel Martinho e Frederico Rodrigues conquistaram a prata e o bronze.
Rui Silveira
Vela
ISAF Sailing World Cup Miami 2015
Jorge Lima/José Costa Foram os Melhores Portugueses Jorge Lima/José Costa foram os portugueses mais bem classificados, terminando em 13º na geral de 49er, na etapa norte-americana da Taça do Mundo da ISAF (Federação Internacional de Vela), realizada em Miami, Estados Unidos.
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ma numerosa frota nacional participou na World Cup Miami que decorreu entre os dias 26 e 31 de Janeiro. Os velejadores portugueses competiram em 49er, Laser e 470 masculino, numa prova que contou com a participação
Largada de 49er com Jorge Lima-José à frente Costa de 856 atletas de 63 países. Em 470, depois da excelente 2ª posição alcançada na etapa da Taça do Mundo na Austrália, os irmãos António e João Matos Rosa procuravam manter o ritmo. João Villas-Boas/Miguel Nunes fizeram a segunda prova enquanto dupla, depois de uma estreia prometedora nas
Jorge Lima-José Costa numa rondagem
Canárias Em 49er, Jorge Lima/José Costa, que já garantiram a qualificação de Portugal para os Jogos Olímpicos do Rio 2016, e estavam entre as tripulações que podiam aspirar ao pódio. Em Laser, Gustavo Lima, Rui Silveira, Martim Anderson e Santiago Sampaio eram os
quatro velejadores inscritos em Miami. No final das regatas, Jorge Lima/José Costa terminaram a sua participação no 13º lugar da classe 49er. Os austríacos Nico Delle-Karth/Nikolaus Resch triunfaram, seguidos dos australianos Joel Turner/Iain Jensen e dos dinamarqueses Jonas Warrer/Anders Thomsen. Nos Laser, Gustavo Lima foi 29º, enquanto Rui Silveira acabou no 63º posto. O alemão Philipp Buhl foi o vencedor. O britânico Nick Thompson e o australiano Matthew Wearn foram 2º e 3º. Também nesta classe, o nosso país já assegurou a presença no Rio 2016. Em 470, João Villas-Boas/ Miguel Nunes acabaram em 29º, António Matos Rosa/João Matos Rosa foram 31º e Diogo Pereira/Manuel Macedo quedaram-se pelo 39º lugar. Os britânicos Luke Patience/ Elliot Willis venceram, com os australianos Mathew Belcher/ Will Ryan e os espanhóis Onan Barreiros/Juan Curbelo Cabrera a serem 2º e 3º, respectivamente.
João Villas Boas - Miguel Nunes em 470 2015 Fevereiro 338
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Vela
Apresentação Maserati em Barcelona
Giovani Soldini à Conquista de Novo Recorde
Maserati VOR 70
O Real Club Náutico de Barcelona foi palco da apresentação da temporada 2015 do VOR 70 Maserati, do lendário italiano Giovanni Soldini, que não tem dúvidas: “É das mais ambiciosas e completas nos três anos que levamos a navegar com as cores da Maserati”
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Silvia Pini, e Giulio Pastore na apresentação em Barcelona 66
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a cerimónia marcaram presença Giulio Pastore, General Manager da Maserati Europa e Silvia Pini, directora de marketing da Maserati Iberia, além de Giovanni Soldini. Depois dos “Drive & Sail Experience” realizados no Mónaco e em Barcelona, o barco partiu para Antígua, onde participará na RORC Caribbean Race 600, cuja largada está agendada para 23 de fevereiro. Depois desta participação desloca-se para São Francisco, Estados Unidos, cruzando o canal do Panamá, tendo chegada
Vela
tativa de recorde, o Maserati seguirá para Sydney, para competir na mítica Rolex Sydney - Hobart, que larga no dia 26 de Dezembro.
prevista para Maio. Quando tudo estiver a postos na cidade norte-americana o Maserati tentará bater o recorde da travessia São Francisco – Xangai, na República Popular da China. Sete mil milhas separam os dois portos do oceano Pacífico, seguindo a rota dos clippers do século XIX. O recorde permanece inalterável desde 1853 e pertence ao clipper Romance of the Seas, de Charles Collins, num total de 32 dias e 9 horas. Giovanni Soldini tem objectivos claros: “Se as condições forem as adequadas, espero retirar 10 dias à marca actual”. Uma vez terminada a ten-
O Maserati e Giovanni Soldini são os detentores dos seguintes recordes: - 13 Fevereiro de 2012 - Cádiz - São Salvador (Rota do Descobrimento) 3.884 milhas em 10 dias, 23 horas, 9 minutos e 2 segundos - 16 Fevereiro 2013 – Nova Iorque - São Francisco (Rota do Ouro)13.219 milhas em 47 dias, 42 horas e 29 minutos - 15 Janeiro 2014 – Cidade do Cabo – Rio de Janeiro (Regata) 3.300 milhas en 10 dias, 11 horas e 29 minutos - Total milhas navegadas entre 2012 e 2013: 65.000 - Total milhas previstas para a temporada 2015: 25.000
Giovanni Soldini com o seu Maserati 2015 Fevereiro 338
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Notícias do Mar
Últimas Volvo Ocean Race
Rumo à Cidade das Velas
Abu Dhabi Ocean Racing vai em 2º
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frota da Volvo Ocean Race já ruma à Nova Zelândia. A 4ª etapa da volta ao mundo teve início em Sanya, na República Popular da China, e tem chegada prevista a Auckland. Depois de ter feito história ao alcançar uma espectacular vitória, nas suas águas, o Dongfeng, com o francês Charles Caudrelier ao leme, parece ser o alvo a abater. O barco chinês comanda a geral, com um ponto de vantagem sobre o Abu Dhabi Ocean Racing, de Ian Walker e quatro sobre o Brunel, do holan-
dês Bouwe Bekking. Quatro dias após a largada as opções tácticas são muito diferentes com Brunel e SCA, a escolherem navegar mais a Norte e os restantes (Dongfeng, Abu Dhabi, Alvimedica e Mapfre) a situaremse bem mais a Sul. A grande dificuldade nesta altura é a forte corrente mas nos próximos 4 a 6 dias todos estarão livres e ao vento para tentarem sem primeiros na capital da vela mundial, a neozelandesa Auckland. No total, os seis barcos vão percorrer um percurso de 5.264 milhas náuticas.
O team espanhol Mapfre vai em 3º
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O barco chinês Dongfeng, com o francês Charles Caudrelier ao leme
Dongfeng comanda a geral