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Vela
RC44 Cascais Cup
Peninsula Petroleum Vence Cascais Cup
Com a vitória do Peninsula Petroleum Sailing Team, do britânico John Bassadone, terminou no passado dia 27 de Abril a RC44 Cascais Cup, a segunda etapa do circuito de RC44 organizada pelo Clube Naval de Cascais com o apoio da Câmara Municipal de Cascais.
Fotografia: Ricardo Pinto
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Peninsula Petroleum 2
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oze RC44, com alguns dos melhores velejadores do mundo estiveram em Cascais num campo de regatas considerado de renome planetário, entre os dias 22 a 27 de Abril a disputar a segunda etapa do circuito de RC, depois de uma primeira etapa, disputada em Virgin Gorda, nas ilhas Virgínias britânicas, que terminou com a vitória do Team Aqua, do britânico Chris Bake, Cada etapa é disputada em regatas de frota e em match racing. No último dia disputaramse três regatas de frota nas águas cascalenses.
Fotografia: Martinez Studio
Fotografia: Martinez Studio
Vela
Peninsula Petroleum Regata de match racing
posição. Na derradeira da RC44 Cascais Cup, tudo estava por decidir quanto ao vencedor. O Team Nika largava com vantagem mas não conseguiu manter a liderança. A vitória na 12ª e última regata foi conquistada pelo Synergy Russian Sailing Team, de Valentin Zavadnikov e Leonid Lebedev. O Peninsula Petroleum ficou com a 2ª posi-
ção e assegurou o triunfo na etapa cascalense. O terceiro posto foi para o Team Aqua. Na geral do circuito de RC44 em regatas de frota, após duas etapas, lidera o Peninsula Petroleum, seguido do Team Aqua e do Synergy Russian Sailing Team. RC44 Cascais Cup Geral final após 12 regatas
1 Peninsula Petroleum 52 2 Team Aqua 55 3 Team Nika 57 4 Charisma 66 5 Synergy 70 6 Artemis Racing 73 7 Bronenosec 75 8 Bombarda Racing 79 9 GAZPROM Youth 83 10 Katusha 94 11 Aleph Racing 99 12 MAG Racing 125
Fotografia: Martinez Studio
Cascais despediu-se ao seu melhor nível da frota de RC44, oferecendo as condições perfeitas para a prática da modalidade num dia de sol espectacular. Na primeira regata, o Bombarda Racing, do italiano Andrea Pozzi foi o mais forte, superiorizandose ao Team Aqua e ao monegasco Charisma, de Nico Poons. Na segunda, com o vento a soprar com 16 nós de intensidade, o Team Nika alcançou o triunfo, com o Peninsula Petroleum a ser segundo e o Katusha, do russo Gennadi Timchenko, com o norte-americano Andy Horton ao leme, a terminar na 3ª
Regata de frota 2014 Maio 329
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Vela
Regata Komat´su- Prova de Apuramento Nacional da Classe Laser
Fotografia: Jesús Renedo/SofíaMapfre
Vitórias sem Contestação
Eduardo Marques venceu em Laser Standard
O Clube de Vela Atlântico organizou a Regata Komat’su – Prova de Apuramento Nacional da Classe Laser. Eduardo Marques, do Clube Naval de Portimão, em Standard, Jack Cookson, do Clube de Vela de Lagos, em Radial e Henrique Brites, do Clube Naval de Cascais, em 4.7, foram os vencedores após realização de 5 regatas.
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frotas. O vento do quadrante norte soprou entre os 8 e os 12 nós de intensidade, com mar chão, proporcionou aos 50 Lasers óptimas condições para navegar.
Fotografia: Neuza Aires Pereira
o primeiro dia, as excelentes condições meteorológicas permitiram a realização de quatro regatas para todas as
Margarida Lopes 4
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Nos Standard, o domínio foi para o pré olímpico do Clube Naval de Portimão, Eduardo Marques que venceu as quatro regatas. O velejador da casa Luís Manso seguia na segunda posição mas empatado com Miguel Gomes, do Clube Naval de Sesimbra. O Angolano Manuel Lelo estava na quarta posição. Em Radial, também quadrupla vitória nas regatas para Jack Cookson, do Clube de Vela de Lagos com Pedro Roque, Clube Naval de Portimão, em segundo e Tomás Martins do Sport Algés e Dafundo a fechar o pódio. Inês Sobral, da Associação Naval do Guadiana liderava a tabela feminina. Nos 4.7, o campeão de Portugal Henrique Brites, do Clube Naval de Cascais estava na liderança, seguido de perto por João Oliveira, do Clube de Vela Atlântico, com Duarte Teles, também de Cascais, em terceiro lugar. Nos femininos, a liderança pertencia a Mafalda Pires de Lima, do Clube de Vela Atlântico. O segundo dia foi caracterizado por vento muito fraco, a soprar de
noroeste com 5 a 6 nós de intensidade, que permitiu a realização de apenas uma regata.. Vitória nos Standard uma vez mais para o Eduardo Marques do Clube Naval de Portimão que triunfou na geral,seguido de Miguel Gomes do CN Sesimbra com Luís Manso, do Clube de Vela Atlântico a fechar o pódio. Em Radial, Jack Cookson venceu a regata do dia à semelhança das quatro anteriores. Pedro Roque e Tomás Martins completaram o pódio. Inês Sobral venceu a categoria feminina, seguida de Carolina João e Carolina Mira, ambas do Sport Algés e Dafundo. Em 4.7 a vitória na regata foi para Duarte Teles que acabou em segundo lugar na geral atrás do vencedor Henrique Brites, com Sebastião Rebolo a fechar o pódio. Nos femininos a vitória foi para Margarida Lopes, do Clube Naval de Sesimbra que ultrapassou a anterior líder Mafalda Pires de Lima. Rita Lopes, do CN Sesimbra foi terceira.
Vela
Gaastra Palmavela
Fotografia Martinez Studio
Bigamist Triunfa em Palma
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Bigamist, de Pedro Mendonça, iniciou da melhor forma o circuito europeu de Soto 40 ao triunfar na Gaastra Palmavela, disputada no passado fim-de-semana, em Maiorca. A tripulação nacional venceu três das sete regatas disputadas e alcançou a primeira posição com um escasso ponto de vantagem sobre o Earlybird, de Hendrik Brandis e Christian Nagel. O Glen Ellen XXII, de Guillaume Berenger, foi terceiro e O UON, de José Caldeira, terminou como 4º classificado. Afonso Domingos, leme do Bigamist, estava satisfeito com a vitória: “Foi uma prova difícil, especialmente porque o Earlybird navegou sempre muito bem e tinha um bocadinho mais de velocidade que nós, sobretudo quando havia alteração nas condições de vento”, referiu o olímpico nacional.
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Vela
Campeonato do Mundo de Formula Windsurfing
Britânico Brilha nos Açores O britânico Ross Williams sagrou-se hoje Campeão do Mundo de Formula Windsurfing, em prova disputada na Praia da Vitória, na ilha Terceira, Açores. O australiano Stephen Allen e o argentino Gonzalo Hoevel foram segundo e terceiro, enquanto Miguel Martinho terminou como o mais em classificado entre os portugueses, ocupando a 18ª posição.
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uitos nervos no derradeiro dia do Mundial de Formula Windsurfing. Além da geral mostrar os dois primeiros separados por apenas um ponto, cedo se percebeu
Ross Williams venceu Mundial Formula Windsurfing
que dificilmente haveria regatas. O vento faltou à chamada mas a frota de 43 participantes teve de aguardar em terra, durante seis longas horas, até que a Comissão de Regatas tomasse a decisão
XXXVII Regata de Primavera
Fifty Vence na Galiza
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Fifty, de Rui Ramada Barros, foi o vencedor da XXXVII Regata de Primavera – Trofeo Repsol, disputada no primeiro fim-de-semana de Maio nas Rias de Vigo e Pontevedra. A tripulação nacional, que representa as cores do Monte Real Club de Yates de Bayona, triunfou em ORC 1 superiorizando-se ao Aceites Abril, de Luís e Jorge Perez Canal e ao Starfighter, de Júlio Rodriguez. O Fifty foi um líder incontestado somando três vitórias em quatro regatas realizadas na sua classe e conquistando também a geral de ORC. O Fend-La-Bise, de Jean Claude Sarrade, do Yate Clube do Porto foi 9º e o Plano B, de Nuno Ribas, do Clube de Vela Atlântico, terminou na 15ª posição.
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de cancelar. Com as contas feitas de véspera, Ross Williams, da Grã-Bretanha, conquistou o título somando 5 vitórias em 12 regatas e sucede ao holandês Casper Bouman, apenas quinto classificado
em águas açorianas. O “aussie” Stephen Allen foi segundo, a um ponto do vencedor e o argentino Gonzalo Hoevel, terminou na terceira posição. De realçar, que apenas os três primeiros classificados lograram alcançar triunfos em regatas. Entre os portugueses, Miguel Martinho foi o melhor português, acabando no 18º posto. Bruno Bértolo ocupou a 28ª posição, Vasco Chaveca foi 31º e Mário Medeiros 33º. Margarida Gil Morais quedou-se pelo 36º lugar, e foi primeira no sector feminino. Marco Soveta finalizou em 38º. Marco Gil Morais em 40º, Mário Lima em 42º lugar e João Videira foi 43º. No Clube Naval da Praia da Vitória está tudo a postos para na próxima segundafeira ter início o Campeonato do Mundo de Slalom, que conta com 51 participantes de 17 países.
Vela
Garda Trentino Olympic Week 1st Leg Eurosaf Champions Sailing Cup
Fotografia Laurens Morel
Em Ritmo de Treino
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s tripulações nacionais tiveram prestação regular na Garda Trentino Olympic Week -1st leg Eurosaf Champions Sailing Cup, que decorreu no Lago de Garda, Itália.
Em Nacra 17, Afonso Domingos/Diana Neves disputaram 12 regatas (6º, 16º, 16º, OCS-20, 14º, 12º, 10º, 4º, 16º, 11º, 18º, 15º) e terminaram no 16º lugar da geral. Os italianos Vittorio Bissaro/Silvia Sicouri foram os vencedores, seguidos de duas duplas francesas Moana Valreaux/Manon Audinet e Audrey Ogereau/Matthieu Vandame. Em 470 masculino, após 8 regatas, João Villas-Boas/Francisco Pinheiro de Melo foram os mais bem classificados entre os lusos no 21º posto (16º, 5º, 20º, 16º, 31º, 20º, 22º, DNC-35). Gonçalo Pires/Gonçalo Santos acabaram na 25ª posição (19º, 19º, 22º, 23º, 22º, 25º, 21º, 21º). Os croatas Sime Fantela/Igor Marenic alcançaram o triunfo. Os alemães Ferdinand Gerz/ Oliver Szymanski foram segundos e os italianos Giulio Desiderato/Andrea Trani, terceiros. 2014 Maio 329
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Vela
Semana Olímpica Francesa
Portugueses Discretos
A frota nacional teve prestação discreta na Semana Olímpica Francesa, que decorreu em Hyéres. Frederico Melo foi o melhor português, sendo 30º na classe Finn.
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m 470 masculino, Gonçalo Pires/Miguel Nunes foram os mais bem classificados, acabando no 38º lugar. António Matos Rosa/Ricardo Schedel terminaram na 60ª posição, enquanto João Villas-Boas/ Francisco Pinheiro de Melo foram 64º e João Pestana/Tomás Marques encerraram a prova em 76º. O triunfo foi de Mathew Belcher/Will Ryan, da Austrália, seguidos de Panagiotis Mantis/ Pavlos Kagialis, da Grécia e de
Sofian Bouvet/Jeremie Mion, de França. Sara Carmo/Matilde Pinheiro de Melo, foram 46ª no 470 feminino, que finalizou com a vitória das neozelandesas Jo Aleh/Polly Powrie. As britânicas Sophie Weguelin/Eilidh McIntyre e as norte-americanas Anne Haeger/Briana Provancha, completaram o pódio. Em 49er, Jorge Lima/José Luís Costa terminaram em 42º da geral e Francisco Andrade/ João Matos Rosa foram 51º. Pe-
Campeonato da Europa da Classe Finn
Frederico Melo em Plano Regular
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rederico Melo terminou o Campeonato da Europa da classe Finn no 27º lugar. A prova decorreu na cidade francesa de La Rochelle. Frederico Melo esteve em plano regular no europeu de Finn. No total, a frota de 101 barcos cumpriu onze regatas, tendo o velejador nacional alcançado os seguintes resultados (BFD102, 15º, 35º, 51º, 16º, 22º, 24º, 19º, 14º, 33º, 49º), o que lhe garantiu o 27º lugar fnal. O britânico Giles Scott conquistou o título de forma incontestável somando sete vitórias em regatas, deixando o segundo, o esloveno Vasilij Zbogar a 50 pontos. Na terceira posição, ficou outro inglês, Edward Wright.
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ter Burling/Blair Tuke, da Nova Zelândia, foram primeiros. Os irlandeses Ryan Seaton/Matthew Macgovern e os australianos Nathan Outteridge/Iain Jensen, foram 2º e 3º, respectivamente. Frederico Melo foi 30º na classe Finn, que viu coroado o holandês Jan Pieter-Postma, à frente do croata Ivan Gaspic e do francês Thomas Le Breton. Em Laser, Gustavo Lima acabou em 31º, Rui Silveira foi 55º e Eduardo Marques terminou em 86º. O australiano Tom Bur-
ton foi o mais forte, superando o neozelandês Andy Maloney e o holandês Rutger van Schaardenburg. Nas restantes classes, sem a presença de velejadores nacionais, vitórias das brasileiras Martine Grael/Kahena Kunze (49er FX), da belga Evi Van Acker (Laser Radial), dos italianos Vittorio Bissaro/Silvia Sicouri (Nacra 17), do polaco Piotr Myszka (RS:X Masculino) e da alemã Moana Delle (RS:X Feminino).
Vela
2ª Prova de Apuramento Nacional da Classe Access
Vitórias de João Pinto e Carlos Araújo/ Ana Paula Cunha Organizado pelo Sport Clube do Porto, disputou-se no fim-de-semana de 10 e 11 a 2ª Prova de Apuramento Nacional da Classe Acess
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o total foram realizadas quatro regatas. Em Access 2.3, domínio absoluto
Os Access em regata
do Sport Club do Porto que ocupou as três primeiras posições por João Pinto, Luísa Graça e Pedro Carvalho. António Ribeiro, do Yate Clube
da Marina de Portimão ocupou o 4º lugar, Abel Bernardo, do SCPorto, foi 5º e Domingos Cagembe, do Clube Naval de Cascais, terminou
na 6ª posição. Em Access 303, Carlos Araújo/Ana Paula Cunha, do Clube Naval de Cascais alcançaram a vitória. Sofia Machado/Benjamim Machado, do Clube Naval Povoense e Pedro Reis/Aliu Baio, do Clube Naval de Cascais, foram 2º e 3º, respectivamente. José Cavalheiro/Jorge Freiria, do Clube de Vela de Viana do Castelo, acabaram em 4º, Agostinho Andrade/ Filipe Leite, do Clube Naval de São João do Porto, foram 5º. Carlos Cadete/Luís Ramalho, do Yate Clube da Marina de Portimão e Hugo Pereira/Mihail Botnari, do Clube Naval de Cascais, finalizaram em 6º e 7º da geral.
Prova de Apuramento Nacional da Classe Snipe
Vitória de Diogo Pereira e Gonçalo Ribeiro
O
Clube de Vela de Lagos organizou no fim-de-semana de 10 e 11 a prova de Apuramento Nacional da Classe Snipe, com vento que apenas deixou concluir três regatas. Com o vento a soprar entre os 14 e os 20 nós, a organização conseguiu realizar duas regatas no primeiro dia de prova, a terceira regata viria a ser cancelada uma vez que o vento já atingia os 25 nós. No segundo e último dia de prova o vento teimou em entrar e quando surgiu apenas possibilitou a realização de uma regata com o vento a soprar novamente forte na casa dos 18 nós. Diogo Pereira/Gonçalo Ribeiro, da Associação Naval de Lisboa, foram os vencedores superiorizando-se a Miguel Guimarães/ David Abecasis, do Clube Naval da Horta e Pedro Barreto/Sofia Barreto, do Clube Naval de Cascais/Mitsubishi.
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Vela
Campeonato Nacional de Vela de Angola
Mais de 100 Velejadores na Água
A aparelhar os barcos para o campeonato O Campeonato Nacional de Vela de 2014, co-organizado pela Federação Angolana de Desportos Náuticos (Faden), pelo Clube Náutico da Ilha de Luanda (CNIL) e pelo Clube Náutico Militar (Clube Desportivo Primeiro de Agosto), disputou-se na excelente Baía do Mussulo com mais de 100 atletas na água, entre os dias 18 e 20 de Abril.
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o início, após as primeiras regatas, os resultados provisórios demonstraram um grande nível de competitivida-
de, com algum domínio por parte do Clube Naval de Luanda (CNL) e do Clube Náutico da Ilha de Luanda. Com o apoio dos directores às
A Baía do Mussulo 10
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respectivas equipas destacaramse os clubes de Luanda, Clube Naval de Luanda, Clube Náutico da Ilha de Luanda, o Petro Atlético de Luanda e Clube Desportivo Primeiro de Agosto e também o Núcleo de Vela de Cabinda. Realizaram-se seis regatas para as classes 470, 420 e Optimist e quatro regatas para as classes Laser Standard, Laser Radial e Laser 4.7. As condições de vento mais fraco impossibilitaram a realização de regatas tendo havido também alguma dificuldade na montagem dos percursos por existirem alguns “saltos” de vento. O nível competitivo entre os da frente foi sempre muito alto, tendo por exemplo e pela primeira vez esta época o campeão nacional de Laser Standard de 2013 sido relegado numa regata para 3º classificado. Nos Optimist, com 44 atletas
em prova, a luta até ao final foi acesa, tanto em masculinos como em femininos, com a diferença de pontos a ser diminuta até à última regata. A entrega de prémios foi no Restaurante Mirador que foi um fantástico anfitrião nas instalações do Clube Náutico Militar no embarcadouro para o Mussulo. Vencedores Optimist (M) - Geremias de Sousa (Clube Naval de Luanda) Optimist (F) - Feliciana da Silva (Clube Naval de Luanda) Laser 4.7 (M) - Filipe André (Clube Naval de Luanda) Laser Radial (F) – Domingas Huambo (Clube Naval de Luanda) Laser Standard (M) - Manuel Lelo (Clube Naval de Luanda) 420 (M) - Francisco Artur, Francisco Kilombo, (Clube Naval de Luanda) 470 (M) - Matias Moutinho / Paixão Afonso (Clube Naval de Luanda)
Vela
Torneio Ibérico de Laser Standard
Manuel Lelo no Pódio em Espanha
Manuel Lelo
O Manuel Lelo ficou em 3º classificado no Torneio Ibérico de Laser Standard em Canido, Espanha, depois de ter vencido duas regatas e andado sempre na luta pelo primeiro lugar nas restantes quatro.
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o final do Torneio, Nuno Gomes, vicepresidente da Federação Angola da Vela declarou: “acusou talvez a pressão do lugar de topo num ambiente tão competitivo e no último dia desceu para 3º, ainda assim foi brilhante” Agora o Manuel Lelo está a treinar no Porto em Portugal para competir como convidado na prova de apuramento portuguesa para a classe laser, onde são escolhidos os atletas que irão representar Portugal nas provas internacionais. O nível é alto e isso exigirá do Manuel Lelo que vá sempre melhorando as suas prestações, no seguimento do programa de preparação para as primeiras provas de qualificação olímpica de Setembro em Santander (Espanha). No primeiro dia de regatas da PAN - Norte da classe Laser (Prova de apuramento nacional para Portugal) realizaram-se quatro regatas. Com o vento a variar entre os 8 e 18 nós os atletas tiveram um longo dia de mar. O Manuel Lelo iniciou-se bem obtendo na primeira regata um 3º lugar
e nas restantes 4 regatas 4º, 5º e 4º e 3º, terminando em 4º na classificação final. Contente com o seu desempenho o Manuel comentou: “As
condições de vento forte e mar são muito diferentes das que treino em Luanda, tem sido uma excelente experiência e optima preparação
para o Campeonato do Mundo e primeira prova de qualificação olímpica, a realizar em Setembro em Santander (Espanha)”.
Manuel Lelo participou em Portugal na PAN Laser 2014 Maio 329
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Vela
Campenato Africano de Vela - Laser 4.7 Argélia
Angola Afirma-se como 3ª Potência na Vela Africana Angola esteve em grande evidência nas regatas do Campeonato Africano de vela, classe Laser 4.7 que decorreu na barragem de Beni Haroun em Mila (Argélia) entre os dias 1 e 7 de Maio.
O
s países que estiveram presentes são as grandes potências africanas na vela, a África do
Treinador Moisés Camota junto aos 4.7 de Angola Sul, Argélia, Marrocos, Tunísia, Angola, Moçambique e Egipto, o que tornou este campeonato bastante competitivo. Convém referir que no pri-
Angola ficou em 3º no Campeonato Africano de 4.7 12
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meiro dia de prova os atletas angolanos obtiveram maus resultados, devido às condições de vento muito complicadas, típicas de algumas barragens,
em que de repente e em zonas muito localizadas o vento cai - deixando barcos que eram vizinhos com resultados completamente diferentes. Os atle-
Filipe André à procura do vento
Vela
Filipe André Terminou em 5º tas angolanos foram afectados por esta situação nas 3 primeiras regatas, ficando em posição muito difícil para conquistar o título. Porém, com melhores condições de vento, no segundo dia de prova, os atletas angolanos mostraram um excelente potencial. Num fantástico dia vela, com vento constante entre os 10 e os 13 nós, os velejadores de Angola fizeram classificações de mérito. Nos restamtes dias as condições mantiveram-se e os velejadores angolanos mostraram
melhor a sua qualidade. Destacou-se Filipe André que ainda lutou uns dias pelas medalhas e acabou no 5º lugar As classificações finais dos atletas angolanos foram as seguintes: - Filipe André 5º - Antonio Joana 7º - Nelson ventura 18º - Domingas Huambo 26ª (5ª feminina) Por países, a vitória foi para a África do Sul, a Argélia ficou em 2º e Angola em 3º.
Nelson Ventura à espera do vento
Domingas Huambo ficou em 5º lugar feminino 2014 Maio 329
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Náutica
Notícias Grow
Honda Marine Lança Campanha Máximo Poder Oferta de 1 Ano de manutenção e Apoio à Troca de Motor
A
GROW Produtos de Força Portugal, Distribuidor exclusivo da Honda Marine para Portugal, em parceria com a sua Rede de Concessionários Honda, deu início a uma nova Campanha Promocional para a sua Gama de Motores fora-de-borda. Disponível até ao final de Julho nos Concessionários autorizados Honda Marine, esta campanha proporciona não só condições de aquisição muito vantajosas para todos os Clientes que queiram renovar o seu motor, em que o motor antigo poderá ter uma valorização adicional de retoma até +2.460EUR, como também oferece 1 ano ou 200 horas de Manutenção para a tranquilidade de quem adquire um motor Honda. Para Mais Informações GROW Produtos de Força Portugal, Lda Rua Fontes Pereira de Melo,16 2714-506 Abrunheira SINTRA – PORTUGAL Tel. +351 211 303 000 Fax. +351 211 303 003 Mail: geral@grow.com.pt WWW.GROW.COM.PT
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Notícias do Mar
Ambiente
Ao Largo de Lisboa e Setúbal o Fundo do Mar tem Elevada Densidade de Lixo Um estudo europeu que fez o levantamento do fundo do mar descobriu, mesmo nas mais profundas profundezas do oceano, se pode encontrar garrafas, sacos plásticos, redes de pesca e outros tipos de lixo humano.
O
lixo foi encontrado em todo o Mediterrâneo e na plataforma continental da Europa. O lixo é um grave problema no ambiente marinho, pois ele pode ser confundido com comida, comido por animais e peixes, e alterar a saúde dos corais. O estudo internacional, envol-
vendo 15 organizações em toda a Europa, foi liderado pela Universidade dos Açores. Os cientistas estudaram cerca de 600 amostras de todo o Atlântico e Árctico e no Mar Mediterrâneo, a partir de profundidades que variam de 35 metros para 4.500 metros. Christopher Pham, da Universidade dos Açores disse “Descobri-
mos que o plástico foi o item lixo mais comum encontrado no fundo do mar, enquanto lixo associada a actividades de pesca ( linhas de pesca descartadas e redes ) foi particularmente comum em montes submarinos , bancos, montes e oceano cumes. As acumulações mais densas de lixo, foram encontrados em profundos desfiladeiros
submarinos “. O lixo foi localizado em cada local pesquisado, com a preponderância do plástico com 41% e as artes de pesca abandonado com 34%. Vidro e metal, madeira, papel e cartão, roupas, cerâmica e materiais não identificados também foram observados. Com uma estimativa de 6,4 milhões de toneladas de lixo que entra nos oceanos em cada ano, os impactos adversos do lixo no ambiente marinho não são negligenciáveis. O relatório descreve o caminho que os plásticos em particular, podem tomar, proveniente de fontes costeiras e terrestres, e sendo levado até junto das plataformas continentais e encostas e afundar em águas profundas. A composição e densidade do lixo variam muito entre os locais onde foi encontrado, em todos os habitats marinhos, até ao mar profundo, onde a degradação do lixo é um processo muito mais lento. A distribuição espacial e a acumulação de lixo no oceano, é influenciado pela hidrografia, ventos predominantes e actividades humanas, perto de áreas povoadas, especialmente praias, mas também canhões submarinos, onde o lixo proveniente de terra se acumula em grandes quantidades. Foram identificadas quatro regiões europeias com concentrações muito elevadas, onde se contam os desfiladeiros de Lisboa e Setúbal, o desfiladeiro de Blanes no mar da Catalunha, no Mediterrâneo e o desfiladeiro de Guilvinec, na baía da Biscaia em França.
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Náutica
Teste Capelli Apnea 51 com Yamaha F70
Texto e Fotografia Antero dos Santos
Semi-Rígido à Medida dos Campeões
Testámos no passado dia 19 de Abril em Cascais o novo Capelli Apnea 51 equipado com o Yamaha F70, um semi-rígido desenvolvido por especialistas do estaleiro para a pesca em apneia e que vai ser o barco de apoio do algarvio Jody Lot, o actual Campeão do Mundo de Pesca Submarina.
A
Capelli, muito conhecida pela qualidade dos materiais e personalização das embarcações, foi apoiada na criação deste modelo por uma equipa de profissionais, constituída por M. Pisello e 16
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R. Martani, de modo a criar uma embarcação com todos os acessórios necessários à prática da modalidade, em segurança. O barco foi reforçado ao nível dos flutuadores com bandas de protecção à subida, junto da consola, que
não só facilitam a entrada, como também protegem o flutuador do desgaste. Várias pegas vermelhas de borracha foram estrategicamente posicionadas nas zonas de frequente encosto, garantindo que o pescador aproveita ao máximo todas as poten-
cialidades da embarcação, quer em ação, quer durante a navegação. A embarcação é dotada de uma consola alta, para a condução de pé e comporta um pára-brisas que está protegido com um corrimão em aço inox. Tem espaço
Náutica
Posto de comando com a caixa vermelha para as espingardas
te um banco estofado com a tampa a abrir para a frente e dentro tem um compartimento para guardar o peixe. Na proa existe um prático sistema de fixação, com cintas e anéis, para o recipiente porta chumbos e para uma geleira (opcional), que pode ser colocada em frente à consola. Ainda à proa, a embarcação apresenta um ca-
beçote em fibra de vidro que incorpora uma roldana e um cunho de amarração. Para as arrumações, existem dois porões à frente, um para o ferro e outro para a palamenta. Dentro do banco do piloto podem-se guardar os sacos dos equipamentos e na consola existe também um compartimento com porta estanque.
As cores escolhidas para o Apnea 51 são o cinza, com detalhes em vermelho. Os flutuadores são fabricados em Neoprene-Hypalon Orca Pennel & Flipo, com 1100 dtex. Esta embarcação, inclui todas as características de design e qualidade de construção que a marca Italiana oferece nas suas embarca-
Capelli Apnea 51
para fixar a sonda, GPS e rádio VHF e tem um suporte para a bandeira de mergulhador na água. Também na consola se fixa o varão para as luzes. Junto à consola, a estibordo, encontra-se um compartimento em fibra de vidro para colocação da arma e equipamento de pesca. O banco do piloto é duplo e estofado com encosto. À frente da consola exis-
A consola de condução tem espaço para a eletrónica e rádio VHF 2014 Maio 329
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Náutica
Com o casco em V profundo o Apnea 51 curva com segurança
Sobre Jody Lot F
ilho de mãe holandesa e pai indonésio, Jody Lot nasceu em Lagos há 30 anos e mergulhou pela primeira vez aos 7 anos, incentivado pelo pai, e foi nessa altura que nasceu a sua paixão pelo mar. Aos 12 anos, o pai ofereceu-lhe um fato e a partir dessa data passava os dias dentro de água. No ano 2011, Jody Lot venceu o Campeonato Euro-Africano de pesca submarina e em 2012 chegou ao ouro Mundial, a bordo do seu semirígido da marca Capelli equipado por um motor Yamaha F115.
ções. Comporta ainda um conjunto de equipamentos específicos para a pesca submarina, que mais nenhuma embarcação no mundo tem. A versão testada inclui Sonda, GPS e VHF.
Equipamento Standard Almofada assento de popa, consola, painel de instrumentos elétrico e ficha 12v, pára-brisas, corrimão em aço inox, mastro bandeira em inox, depósito gasolina de 53 litros, luzes de
A caixa vermelha para as espingardas está a estibordo e a passagem é por bombordo 18
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Náutica
O Capelli Apnea 51 mostrou um desempenho bastante marinheiro
navegação, porta armas, pagaias, anéis de fixação para o equipamento, reforço antiderrapante e de tecido emborrachado no flutuador, compartimento para âncora, compartimento de proa bomba de água, parafusos de olhal. Equipamento Opcional Almofadas, solário de proa, duche, arco de luzes/roll bar em inox, bimini. No teste o Capelli Apnea 51 fez boa parceria com o Yamaha F70 Na baía de Cascais, no dia do teste, não havia vento e o mar estava calmo. O Yamaha F70 que estava montado com a redução 50 Enduro Tech mostrou as suas qualidades de arranque, especialmente porque o Apnea 51 tem um casco que está bem apoiado na água atrás e descola rápido. Assim, em apenas 1,87 segundos já planávamos. Também no teste de aceleração até às 5.000 rpm, em 10,22 segundos chegámos aos 25 nós, mostrando um bom desempenho do conjunto. No mínimo de velocidade a planar, com o motor a 3.000 rpm e o barco a navegar a 11,5 nós, evidenciaram-se as características do barco semi-rígido. 2014 Maio 329
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Náutica
Motor Yamaha F70 O
Capelli Apnea 51 estava equipado com o Yamaha F70 com kit de redução de potência para 50 Enduro Tech O Yamaha F70 é um motor que foi desenvolvido com uma potência e um tipo de características, para permitir muito bem a motorização de uma grande variedade e tipo de embarcações. Trata-se de um motor compacto, de 4 cilindros em linha, com 996 cm3 de cilindrada, o qual, com apenas 120 Kg, é o mais leve 70 HP do mercado, mesmo comparando com motores a 2 tempos. Os engenheiros da Yamaha desenharam para o F70 uma configuração de 4 válvulas por cilindro, na qual as válvulas actuam por um simples veio de árvore de cames à cabeça (SOHC), em vez do clássico duplo veio de árvore de cames. Este desenho, altamente invulgar, não só permite introduzir maiores válvulas de admissão e escape, como contribui para uma maior eficiência volumétrica, porque assim também se reduz o peso e as perdas por atrito, ocasionadas pelo duplo veio de cames que não se incorpora, obtendo por isso elevadas performances. O motor incorpora o sistema de injecção electrónica de combustível que aumenta ainda mais a eficácia do motor. O F70 dispõe de um microcomputador que controla a eficiência da injecção, o desempenho do motor, limitador de rotação excessiva, aviso de sobreaquecimento e aviso de baixa pressão de oleo. Para a pesca ao corrico e velocidades baixas o motor tem controlo e variação de rpm ao ralenti. Importante também é a compatibilidade com os novos Manómetros do Sistema Digital em Rede Yamaha Igulmente dispõe de protecção contra, de motor engrenado e ainda sistema segurança contra falhas, YDIS: Sistema de Diagnóstico Yamaha e sistema de requeima de gases. O Yamaha F70 comporta, para protecção do motor, um sistema de lavagem com água doce. Tem também o sistema Y-COP, o sistema Yamaha de proteção anti-roubo, com um imobilizador por controlo remoto.
Compartimentos à proa para o ferro e palamenta 20
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Quando tentámos o teste de velocidade máxima, o motor fez 5.200 rpm e atingimos os 28 nós. Como neste
motor o que interessa mais é a força e menos a velocidade que pode imprimir, consideramos que o barco
Compartimento à frente da consola para guardar o peixe
Náutica
O Capelli Apnea 51 é um barco preparado para a pesca submarina
O Apnea 51 tinha montado o Yamaha F70
ao atingir os 28 nós com apenas 5.200 rpm do motor, fez uma boa performance. Em navegação de cruzei-
ro em velocidade económica, fizemos 20 nós às 4.000 rpm, o que consideramos excelente.
Compartimento sob o banco para guardar equipamentos 2014 Maio 329
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Náutica
O Capelli Apnea 51 com o Yamaha F70 fez boas performances
O mar estava calmo, mas em zonas com um pouco de ondulação verificámos que o Apnea 51 tem as características marinheiras dos Capelli Tempest, cortando a água sem bater e proporcionando conforto. No que respeita à segurança, o barco quando curva, adorna ligeiramente e agarra-se na água sem saltar, graças ao V profundo do casco. Também quando acelerámos a direito o bar-
co manteve-se estável sem balançar. Verificámos que casco deflecte bem a água para fora, por isso, julgamos que mesmo com vento, o interior não se molhava. Em conclusão, salientamos que este modelo foi bem preparado para apoiar a pesca submarina e o Yamaha F70 tem as características adequadas para ser um bom parceiro do Capelli Apnea 51.
Cabeçote à proa com o cunho de amarração 22
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Características Técnicas Comprimento
5,05 m
Boca
2,33 m
Peso a seco
360 Kg
Diâmetro flutuador
0,53 m
Lotação
9
Potência máxima
110 HP
Motor
Yamaha F70
Preço base barco/motor s/IVA
21.974 € (inclui 10% desconto pack)
Performances Tempo para planar
1,87 seg.
Aceleração às 5.000 rpm
25 nós em 10,22 seg.
Velocidade máxima
28 nós às 5.200 rpm
Velocidade de cruzeiro
20 nós às 4.000 rpm
Velocidade mínima a planar
11,5 nós às 3.000 rpm
3.500 rpm
17 nós
4.000 rpm
20 nós
4.500 rpm
23 nós
5.000 rpm
26 nós
Importadores e Distribuidor Porti Nauta Grupo Angel Pilot Telm: 91 799 98 70 - info@angelpilot.com Parchal – Lagoa www.angelpilot.com Yamaha Motor Portugal Rua Alfredo da Silva, nº 10 2610-016 Alfragide Tel.: 21 47 22 100 Fax: 21 47 22 199 www.yamaha-motor.pt
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Electrónica
Notícias Nautiradar
Pilotos Automáticos Evolution Hydro-Balance
TM
Tecnologia Patenteada Raymarine
A nova tecnologia adaptável Evolution em pilotos automáticos, permite um desempenho superior no governo de embarcações com sistemas de direção hidráulica. Especialmente desenvolvida para sistemas de governo hidráulicos sem unidade de referência de leme instalada, a tecnologia Hydro-Balance™ é particularmente eficaz em barcos com motores fora de borda.
E
sta tecnologia HydroBalance™adapta-se ao sistema de direção do seu barco, daí a sua designação, tem a capacidade de compensar ativamente a elasticidade do sistema hidráulico causada pelas bolhas de ar que ficam presas no sistema de direção, na mangueira e tubagem flexível, e no desempenho variável da válvula. A elasticidade é um fator variável que pode diminuir o desempenho do piloto com o decorrer do tempo. Os skippers mais experientes, institivamente sentem e compensam a elasticidade do sistema quando estão ao leme, mas um piloto automático precisa de aprender a detetar e a compensar quando está no controlo do barco. Até ao momento, os pilotos automáticos marítimos convencionais sem os sensores do ângulo de leme não tinham a capacidade para detetar esta situação. Se a direção hidráulica não for verificada e a elasticidade do sis24
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tema for excessiva então vai haver oscilações e saltos bruscos no comportamento do leme; a proa do barco pode variar alguns graus ou os motores fora de borda podem variar bruscamente à medida que o piloto tenta a todo o custo manter o rumo. Com o piloto automático a comportar-se desta maneira, os motores fora de borda são impulsionados para um bordo e para o outro alguns graus, e ao mesmo tempo o piloto tenta perceber o porquê de não conseguir manter o rumo. Muitas das vezes não é possível corrigir esta situação porque os pilotos automáticos convencionais não têm uma referência de rumo precisa ou um sensor inteligente integrado de forma a excluir a elasticidade hidráulica do sistema. E é aqui que os Pilotos Automáticos com a nova tecnologia HydroBalance™ fazem toda a diferença. Ajustam a elasticidade do sistema e compensam automaticamente
de forma a evitar as oscilações de rumo. Com o controlo do piloto automático o resultado é preciso, a manutenção do rumo perfeita e não há lugar a variações bruscas e oscilações no sistema de leme. O sistema Hydro-Balance mantém a monitorização Prop-Walk (Propeller Walk) Outra questão vulgar nos barcos com motorização fora de borda de elevada potência é a questão da assimetria da direção do torque, mais conhecida por “prop walk”. Basicamente o torque nos hélices cria uma pequena força paralela que funciona tal como a aderência dum pneu ao alcatrão da estrada. Para além de empurrar o barco para vante ou para ré, esta força paralela faz com que a proa do barco se incline para bombordo ou estibordo (dependendo da direção da
rotação dos hélices). Devido a esta assimetria o barco pode virar mais apertadamente numa direção do que noutra. A velocidades baixas, a assimetria vai ter impacto no movimento natural do isco ou amostras quando por exemplo na pesca ao corrico. Com acelerações rápidas, a assimetria vai ter impacto na proa e puxar mais para um dos lados mesmo que o leme esteja direito. A nova tecnologia Hydro-Balance™ deteta a assimetria e depois ensina o piloto Evolution como a eliminar a partir de algoritmos adaptáveis e inteligentes. O resultado é a manutenção dum rumo perfeito, tal como uma seta, e em todas as velocidades. Para quem já possua um piloto automático Evolution pode adicionar esta tecnologia ao seu sistema fazendo uma simples atualização de software. Contacte a Nautiradar para qualquer informação sobre este sistema Hydro-Balance™.
Electrónica
www.nautiradar.pt
Sonda com DownVision Capacidades Extraordinárias
Com a tecnologia DownVision™ tudo ficou ainda mais claro para os pescadores desportivos nos rios ou ao longo da costa, que assim puderam aceder ao mundo por baixo do seu barco com a definição duma fotografia, graças a esta tecnologia patenteada da Raymarine.
A
Raymarine divulgou recentemente imagens enviadas pelo seu distribuidor na Turquia, que vêm reforçar as capacidades extraordinárias desta tecnologia. Estas fotos foram capturadas em Antalya a sudoeste da Turquia, uma zona com elevados indíces de salinidade, maiores ainda do que no mar alto. O barco que captou as imagens está a passar sobre uma elevação no leito do mar. As fotos que aqui mostramos representam as imagens capturadas a maior profundidade pelo canal DownVision, até hoje. Com uma elevada resolução, mostram estruturas significativas mesmo a 192m de profundidade na frequência mais elevada do canal DownVision.
O canal CHIRP de feixe cónico nas frequências médias continua a emitir ecos a profundidades ainda maiores do que as atrás mencionadas
As imagens foram capturadas com um módulo de sonda CP100 e transdutor passacasco. Nota: A extraordinária capacidade DownVision está disponível nos modelos DragonFly 5,7 e DragonFly7 7, a68, a78 e CP100 . Pode ser visionada
em qualquer dos display multifunções da Série c, Série e e Série gs quando ligada em rede com o módulo de sonda CP100 ou a68 ou a78. Para mais informações contacte o distribuidor da marca Raymarine em Portugal Nautiradar.
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Notícias do Mar
Economia do Mar
Entrevista Antero dos Santos
A Marca Vega Fez 25 Anos e o Êxito é Fabricar Aquilo que o Pescador Quer A Mundináutica, a primeira empresa portuguesa a desenvolver uma marca de produtos e equipamentos para a pesca, nasceu há vinte e seis anos para lançar a Vega e agora, perante os bons resultados comerciais, o seu fundador, Jorge Mourinho reclama o êxito, graças à sua visão empresarial deste negócio.
P
ara conhecermos melhor como foi o percurso da Mundináutica ao longo destes anos e como se implantaram duas marcas portuguesas, a Vega de equipamentos de pesca desportiva e lúdica e a Nava para o mergulho e a caça submarina, fomos falar com o fundador da empresa e o criador destas marcas. Jorge Mourinho iniciou-se a trabalhar na área comercial 26
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Jorge Mourinho, o criador da primeira marca de pesca portuguesa
da empresa Canha & Macedo, um dos principais importadores de produtos para a pesca desportiva, mergulho e caça submarina, onde esteve cerca de 10 anos. Na área da pesca desportiva a marca mais importante que o Canha & Macedo importava era a clássica e antiga marca alemã D.A.M., considerada na altura os melhores equipamentos do mundo em qualidade. “Porém, a grande maio-
ria dos modelos de carretos e canas que a D.A.M. produzia tinha especificidades especiais que não interessavam muito o nosso mercado. Não só na nossa loja os clientes não mostravam muito interesse pela D.A.M., também nas lojas dos nossos agentes, os pescadores consideravam os modelos da D.A.M. sem interesse, para o tipo de pesca que faziam. Eram necessárias,
por exemplo, canas acima dos 4,20 metros de comprimento e a D.A.M. não tinha ”. Recordou Jorge Mourinho. Com uma visão comercial apurada, Jorge Mourinho verifica que o melhor seria oferecer ao mercado um produto que o satisfizesse. Se com a D.A.M. tal não era possível, a solução seria criar outra marca. “Várias vezes tentei convencer o senhor Ma-
Notícias do Mar
cedo para apostar numa nova marca com os equipamentos mais adequados aos pescadores portugueses. Porém, sempre muito agarrado às marcas tradicionais, nunca quis arriscar”. Jorge Mourinho decide então em 1987, mesmo sozinho, acreditar nas suas ideias e criar uma marca nacional e estudar o tipo de material mais comercial para o nosso mercado. Começou por visitar a D.A.M. na Alemanha, que tinha enormes instalações fabris. Para espanto dele, descobre que já nada era construído na fábrica. “As instalações da D.A.M. funcionavam apenas como uma enorme plataforma logística. Dali saiam produtos para toda a parte do Mundo, mas nada era ali fabricado. Fiquei a saber que a partir dos moldes fornecidos pela marca alemã, as canas e os carretos eram fabricados na Coreia do Sul e outros mercados asiáticos”. Cada vez mais convencido que a aposta certa era seguir o mesmo caminho que a D.A.M. e outras marcas importantes estavam a fazer, Jorge Mourinho resolve visitar as inúmeras fábricas da Coreia do Sul, especializadas em artigos de pesca desportiva. Escolhe os modelos de canas e de carretos mais interessantes para o mercado português, aposta plenamente neste negócio, funda a Mundináutica e começa a importar com a marca Vega muitos modelos de canas e carretos, com as mesmas características que muitas outras marcas, consideradas de topo. “A mesma cana e carreto podem ter 10 marcas diferentes. Como as minhas despesas e os custos de importação, logística e
distribuição da Mundináutica, são muito menores do que de outras marcas, as canas e os carretos Vega podem ser vendidos ao cliente muito mais baratos. Esta é a grande vantagem da Vega, pois uma cana e um carreto com as mesmas características e praticamente iguais têm um preço menor quando chega ao consumidor final”. Entretanto, as fábricas sul-coreanas começam a desviar a produção também para a China. A solução de Jorge Mourinho foi fazer o mesmo. Procurar e encontrar as melhores fábricas chinesas para fabricarem com a máxima qualidade os modelos com as características que interessavam. A fábrica que acabou por ser escolhida é fornecedora da Mundináutica há 20 anos, o que demonstra a confiança na excelente produção deste fabricante. Como todas as outras marcas optaram por fabricar igualmente na China, a Vega
Com a exportação a Vega passou a ser uma marca internacional
acabou por ficar em igualdade de condições com elas, no que respeita à qualidade.
Porém, mesmo sabendose que tudo era fabricado na Coreia do Sul ou na China,
A Vega tem um mostruário com dezenas de carretos e centenas de canas 2014 Maio 329
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Notícias do Mar
Em água doce o Team Vega venceu cinco Campeonatos Nacionais e foi Vice-Campeão Europeu
o começo da Vega foi complicado. Uma marca nova e nacional sem qualquer imagem e desconhecida,
para penetrar num mercado como a pesca desportiva, foi difícil. Para ficar mais conhecida, ao fim de cinco anos a
A Vega pode fabricar canas com a mais elevada qualidade 28
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Vega começa a ser vendida também nos super-mercados, mesmo com a reacção negativa de muitas lojas da especialidade. “Esta foi uma solução que encontrei para a Vega ser conhecida pelos pescadores iniciados. Muitos dos novos pescadores aprenderam a pescar com Vega e depois, sem razões de queixa e considerando que era um produto de qualidade, continuaram com a
marca”. O facto de estar a ser vendida nos super-mercados levou o mercado a considerar a Vega como um produto de média/baixa qualidade. Porém, não se importando com isso, durante cinco anos foi esta a estratégia de Jorge Mourinho. “Em vez de atirarmos a toalha ao chão, com o novo plano comercial dinamizámos a iniciação e ajudámos o mercado a crescer. E com isto potencializámos as vendas”. Sabendo que tinha um produto de qualidade, Jorge Mourinho avança com um novo plano. A pesca de água doce é a que requer equipamento mais especializado e de elevada qualidade, sobretudo no que respeita às canas. Decide então criar uma equipa de pesca de água doce, para entrar em competição. Nasceu então o Team Vega, constituído por oito pescadores, com José Calado como director desportivo. O Team é equipado então com material topo de gama com a marca Vega.
RS250
Notícias do Mar
O material mostra uma superior qualidade e em breve começam a surgir resultados e os pescadores da equipa a vencerem provas. Durante cinco anos o Team Vega venceu vários campeonatos, cinco nacionais e chegou a Vice-campeão Mundial. O objectivo que lançou a ideia do Team Vega foi plenamente atingido, mostrar ao mercado a excelente qualidade da marca. “Apostámos em material de alta tecnologia com marca própria e por isso vencemos. Não ganhámos as lojas todas, mas a marca começou a ser vista com respeito. Hoje, nós podemos mandar fazer a cana melhor do mundo, superior em qualidade a qualquer marca” . Conhecendo bem também o mercado do mergulho e caça submarina, Jorge Mourinho criou a marca Nava e começou a fabricar nas suas instalações, no Rio Seco em Lisboa, fatos em neoprene que importava. Quanto às máscaras, tubos e barbatanas e restante equipamento de mergulho, importava igualmente da Coreia do Sul. Houve um período de grande crescimento destas modalidades, com muitas lo-
A Vega tem amostras para todo o tipo de pesca
jas especializadas na venda ao público de equipamentos para os desportos aquáticos, o mergulho e sobretudo para a caça submarina. A Mundináutica ganhou uma boa posição no mercado, devido à boa qualidade dos equipamentos e que tinham
também a vantagem do preço, muito mais barato que a concorrência. “No início estávamos bem, depois surgiram vários problemas à Nava. Principalmente por causa da Legislação que reduziu substancialmente o número de praticantes, com limitações e proibições diversas. Nas Reservas e nos Parques deixou de se poder caçar que eram as
zonas que atraiam mais os praticantes. O negócio com a caça submarina foi o que sofreu mais. As lojas de pesca que vendiam também material de caça submarina foram desaparecendo. Ainda há algumas, mas poucas. Havia
AkadaMT40
Insignia 60 2014 Maio 329
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Notícias do Mar
Jorge Mourinho fez com êxito a aposta na exportação
lojas de artigos de caça que também vendiam este material que o deixaram de vender. Hoje há muito boas
lojas de artigos de pesca, mas apenas atendem os pescadores da linha. Agora, os fatos e material
Mostruário de equipamenmtos de mergulho 30
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de mergulho praticamente só se vendem nas escolas de mergulho, que também alugam os fatos e o restante material. Foram grandes machadadas dadas neste negócio”. Uma nova oportunidade que o sentido empresarial de Jorge Mourinho não deixou escapar, sabendo que a alta qualidade da Vega era uma grande vantagem, foi a possibilidade de exportar e aumentar assim o seu negócio. Foi uma decisão tomada há sete anos e que se está a revelar outra importante aposta. A Mundináutica começou por colocar o produto em Espanha e agora na Europa já exporta para a Lituânia, Grécia, Chipre, Bulgária, Turquia e Roménia. A exportação assegurou no último ano já 55% das vendas, mas a ideia agora é expandir o negócio para o Brasil. “ Com o Brasil fizemos uma estratégia diferente. Estive lá a identificar as necessidades do mercado e nos contactos que fiz
acabei por fazer um contrato com um grossista. Fiz a encomenda aos chineses que vão enviar a mercadoria directamente para o Brasil. Nós controlamos a produção e pagamos aos chineses. Recebemos depois do Brasil. Neste momento a encomenda está quase a lá chegar e eu vou lá ver se tudo correu como o esperado. Este é um negócio muito importante para a Mundináutica e quero estar bem em cima dele”. Com dezenas de modelos de carretos e centenas de modelos de canas, a Vega responde a qualquer tipo de pesca que se faça no mar de barco ou da costa, com carretos e canas especiais de jigging, spinning e surfcasting. Em água doce a Vega, depois de ter vencido vários campeonatos nacionais e internacionais, é uma referência na competição e tem os carretos e canas especialmente construídos para a pesca ao achigã, à carpa e à truta e mais todas as outras espécies que contam nas competições. Mas também nos fios, amostras, zagaias e anzóis, bem como todo o equipamento e acessórios que um pescador de alta competição necessita, a Mundináutica com a Vega e outras marcas que representa, como as amostras artificiais Akada e Bigfisht, os anzóis Potenza e equipamentos Garbolino para a pesca de água doce, tem uma vasta gama à disposição do mercado. Outra referência no mercado que salienta e prestigia a imagem de marca da Vega é a publicação, já com 16 anos, do Jornal da Pesca que se distribui gratuitamente nas lojas de artigos de pesca. “Temos um novo direc-
Notícias do Mar
tor, o Dinis Ermida, que vai implementar um novo plano editorial. Como com a Vega e com as outras marcas que representamos cobrimos todos os tipos de pesca, vamos segmentar o Jornal da Pesca, com edições separadas. O pescador dos achigãs não tem nada a ver com o de surfcasting, nem o que pesca de barco fundeado tem com a pesca à truta. Vamos editar seis Jornais, três generalistas e três especializados que sairão em função das epocas de pesca. As edições especializadas são, de pesca com amostras artificiais, que inclui o jigging, o corrico ao robalo e aos achigãs. Outra de pesca de competição em água doce, com os vários tipos de pesca que se faz. E outro jornal especial, sobre a pesca de mar com os iscos naturais, com a pesca à bóia, o surfcasting e a pesca de barco fundeado. Em alguns nichos de mercado é a Vega que leva as outras marcas atrás, em outros, as marcas que temos puxam também pela Vega”. Quanto à exportação dos produtos Nava, como as marcas internacionais se instalaram nos principais mercados europeus, a Nava não tem hipótese de oferecer negócio a qualquer grossista desses países. Ao contrário do artigo de pesca, os fatos são todos iguais e feitos na mesma fábrica. Só muda o nome da marca que vai colado ao fato. Assim, nenhum armazenista quer trabalhar a Nava num mercado onde já estão as marcas Internacionais. “Há vinte anos atrás a Nava fabricava os fatos que tinham superior qualidade e batia com muitos bons preços as marcas
Com canas de elevada qualidade os mercados estão a aceitar bem a marca Vega
internacionais da concorrência. Quando estas começaram a fabricar na China e a praticarem preços muito baixos, devido à concorrência enter elas, a Nava, mesmo a fabricar na China, deixou de ter vantagem, pois a escala é muito diferente. As marcas man-
dam fazer 50.000 fatos e a Nava manda fazer 500. A diferença de preços já não é tão grande”. Com a marca Vega como bandeira e o foco no negócio do Brasil com os produtos de pesca, Jorge Mourinho pretende agora duplicar as vendas neste importante
mercado sul-americano e atingir os 800.000 euros em 2015. Contando com os mercados externos e doméstico, “Vamos procurar atingir dois milhões de euros de facturação, sendo 60% nas exportações que é o caminho a seguir ”.
Mostruário dos equipamentos Nava 2014 Maio 329
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Pesca Desportiva
Notícias do Jigging Clube de Portugal
Texto e Fotografia Jorge Sousa
1º Workshoping de Jigging Apresentado pelo Jigging Clube de Portugal O Jigging Clube de Portugal esteve presente nos 12º Jogos do Sado, por convite da FPPDAM, e na pessoa do seu Organizador Ernesto Lima.
A
proveitando o convite endereçado, aceitamos de pronto, pois trata-se de uma Feira
Participantes na sala onde decorreu o Workshop
de promoção e divulgação da pesca lúdica em Portugal, como tal não poderíamos declinar tal convite, para a divulgação do nosso Clube
Ernesto Lima Organizador dos JOGOS DO SADO e Presidente do Jigging Clube Portugal, Jorge Sousa. 32
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e da modalidade do Jigging em Portugal. E em boa hora o fizemos, pois alem de darmos a conhecer o Clube, criamos no-
vos amigos e fizemos novos sócios. Dia 24 de abril, iniciamos os trabalhos à hora programada 09H30 na sala da
Direcção do Jigging Clube Portugal- Pedro Urbano; Orlando Bento e Jorge Sousa
Pesca Desportiva
Baía, em Setúbal, trata-se de uma excelente sala com todos os materiais necessários para um Worshop. Inscritos 32 pessoas, das quais 4 não puderam comparecer, durante toda a manhã efectuámos a abordagem de toda a parte teórica que tem a ver com o Jigging, fazendo toda a apresentação através de Powerpoin como suporte. As 10H30, intervalo para um café, e retomamos os trabalhos na envolvente mais pratica, desde os materiais, nós mais utilizados, assim como ensinar a fazer as montagens e os AssistHook. A seguir a um belo repasto de almoço, por volta da 15H00, rumámos ao porto de pesca de Setúbal e dividimos os participantes por quatro barco, cedidos pela organização dos Jogos do Sado e fomos para o mar exemplificar como se deve trabalhar um Jigg. Foram os formadores em número de quatro distribuídos pelos barcos, e duas canas por embarcação, para que todos pudessem ter o mesmo tempo de pesca. Como o tempo não era muito fomos pescar para a saída do Rio Sado, frente ao Outão, a cerca de 40 metros de fundo. Sem que nada o fizesse prever são efectuadas duas capturas de Lírios, tendo um cerca de 3,250kg, e outro mais pequeno a rondar os 2,150kg. De referir que foi ouro sobre azul, pois não podia ter corrido melhor esta nossa acção, tendo sido referenciado por diversas pessoas que estiveram presentes que, saíram bastante satisfeitas com a nossa acção e com os conhecimentos que conseguimos passar, além claro da forte adesão de novos sócios para o Clube.
Captura de um Lirio na parte pratica do workshop , por Agostinho Renda (TITO)
Não quero deixar passar em claro o enorme apoio que nos foi dado pelo Sr. Ernesto Lima da Organização dos Jogos do Sado, assim como a toda equipa que levou por diante esta magnifica realização com o apoio da Câmara Municipal de Setúbal, pena não haver mais
dinamizadores como estes. Pois só com pessoas com espírito dinâmico e com ajuda de algumas Instituições poderemos levar a pesca e a sua envolvência sócioeconómica, a pólos de desenvolvimento que serão benéficas para todos, inclusive a nossa maior riqueza
natural que é o mar e a nossa costa. Por tudo isto o JIGGING CLUBE PORTUGAL, agradece publicamente, a toda a Organização a realização deste maravilhoso evento e para o próximo ano lá estaremos, se assim o desejarem.
Equipa de formadores com um formando e a sua captura Lirio 2014 Maio 329
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Notícias do Mar
Conhecer e Viajar Pelo Tejo
Entrevista Carlos Salgado
O Fado e o Tejo
O meu convidado deste mês é o Dr. Artur Lopes, cirurgião, homem ligado ao desporto nacional nomeadamente como presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo durante muitos anos, membro do Comité Olímpico de Portugal e dedicado amigo do Fado, a canção nacional que é Património Imaterial da Humanidade desde Novembro de 2011.
C
No sobrado do convés… Com guitarra na sacola, transportavam os sons e os versos que no dizer do poeta recordava a pátria querida.
orrespondeu, amavelmente, à minha solicitação para falar-nos sobre a relação do nosso Tejo com o nosso Fado. Começa por citar o verso que se segue da autoria de José Régio (Fado- Português)
Mais tarde em plena guerra colonial também do Tejo saíam os navios que nos levavam a juventude para uma guerra inglória e louca.
O Fado nasceu um dia Inda o vento mal bulia E o céu o mar prolongava Na alvorada de um veleiro Na boca de um marinheiro Que estando triste, cantava
Rio Tejo de Lisboa Rua das praias do mar Aonde os barcos de perto Vinham de longe a chorar Rio Tejo, Tejo Rio Pátria. Gaivota parada Via chegar e dizia Nada, nada.
Pois bem o Fado, cujas origens não vamos aqui discutir e são apontadas de várias formas e modos tem, isso sim algo de seguro e indesmentível quer nos seus primórdios quer na sua continuidade: A fixação a Lisboa, vindo ou de fora ou aqui sendo trazido noutra forma musical, veio sem dúvida pelo mar e pelo Tejo; julgamos nós, que desde logo, apanhado pela teia construída por poetas e músicos, que ligam a cidade e o rio numa dupla “amorosa” tão cantada; como exemplo, Lisboa se amas o Tejo Como não amas ninguém Perdoa num longo beijo Os caprichos que ele tem João Linhares Barbosa Ao debruçar-mo-nos sobre o grande rio Ibérico sem perigo de sermos desmentidos podemos afirmar, que ele existia antes de nascer Lisboa e que, esta não seria a mesma, ou ocuparia outro lugar sem a sua presença. Assim sendo na génese da formação da «grande urbe» está o rio. O Rio que nos viu nascer viu também nascer Lisboa (…) o Tejo faz-nos partir Lisboa faz-nos voltar. D. Vicente da Câmara Pois é desta cidade donde partem e chegam as naus e caravelas que transportam os homens 34
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Afogaste gerações Nas ondas dos falsos mitos A brilhar no sol da noite Os nossos gritos Mas teu nada rio Tejo Vestiu as algas d´um dia E foi às praias do Mundo Mostrar a nossa alegria
Dr. Artur Lopes e os seus costumes e tradições e entre eles, as formas musicais, das quais o Fado incontestavelmente ligado à cidade é uma das suas expressões maiores. Poucas são as cidades do mundo, com “folclore urbano” próprio; podemos referenciar Buenos Aires e o tango, Sevilha e o flamengo e Lisboa e o fado; por isso a cidade e o seu rio, dupla quase indissociável, são provavelmente os mais cantados e recantados do mundo. Nos tempos idos, com os Descobrimentos e a ida para o Grande Império, tão tristemente defendido pelo Estado Novo, a canção nacional ia, bem junto aos que debandavam o continente, como uma das recordações mais queridas, conjuntamente com uma saudade que lhes
amargava a vida. Mal a gente põe os pés
Rio Tejo de Lisboa Sete colinas de vento Marinheiro que regressa Liberto no pensamento Podes mandar mil recados Rio que já foste mundo Porque estamos a chegar A tudo, tudo.
Ilustração do Mestre Real Bordalo: Cais do Sodré ao entardecer, Cacilheiro no Tejo, Canosa no Tejo
Notícias do Mar
Que os preços dos mil silêncios Abriram grades no ar Para podermos dizer Rio Tejo, Tejo Mar Vasco Lima Couto Mas o Tejo, tem em si mesmo imagens e figuras mil vezes cantadas – Canoas, Cacilheiro, o Arrais, a Varina, a Lota… Exemplo: Sou marinheiro, deste velho cacilheiro Dedicado companheiro, pequeno berço do povo E navegando, a idade foi chegando, O cabelo branqueando, mas o Tejo é sempre novo. César Oliveira e Paulo Fonseca Lá vai no Mar da Palha o cacilheiro Comboio de Lisboa sobre a água, Cacilhas e Seixal, Montijo mais Barreiro Pouco Tejo, pouco Tejo e muita mágoa. José Carlos Ary dos Santos e também um poema de Frederico de Brito: Canoa de vela branca Que andas a vogar no Tejo E trazes de Vila Franca Saudades do Ribatejo.
pre Presentes: Lisboa também tem um namorado E também tem ciúmes como nós Lisboa quando sofre canta o fado Com um soluço triste em sua voz Lisboa é namorada dedicada Vaidosa e orgulhosa de assim ser Lisboa fica às vezes amuada Se o seu amor, amor não lhe oferecer Chama-lhe Marinheiro Fala dele na rua E sente ciúmes dos olhos da Lua Chama-lhe Marinheiro Sem rumo nem rota Sempre atrás das asas De alguma gaivota Ele numa onda Atira-lhe um beijo E assim namoram Lisboa e o Tejo Mário Rainho Este namoro, este amor com todas as emoções que em si encerra, serão sempre o mote principal para os poemas cantados no nosso fado e assim permanecerão, penso
Painel de Almada Negreiros na gare da rocha Conde de Óbidos
A montante de Lisboa o rio, no seu Riba Tejo também tem profunda identidade com o Tejo, retratando os seus costumes, pessoas, fainas, fortunas e tragédias, basta recordar a festa brava, o toiro, o campino, o charnequeiro, o cavalo, a lezíria com o seu Campo de água a cobrir tudo ( na voz do poeta ). A riqueza dos temas que ele banha e transporta tudo é dito e cantado no fado como neste poema do “José Grilo “, quase um ilustre desconhecido, Fez um ninho o Rouxinol Nos salgueiros pequeninos Só p´ra cantar p´rós campinos Do nascer ao pôr do Sol Ali à beira do Tejo Onde pasta o bravo gado Só há no meu Ribatejo Um rouxinol Canta o Fado No fado podemos pois afirmar que a Cidade e o Rio serão Sem2014 Maio 329
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Notícias do Mar
Conhecer e Viajar pelo Tejo
Crónica Carlos Salgado
“Viva Quem Canta, que quem canta é quem diz quem diz o que vai no peito no peito vai-me um país” Pedro Barroso, trovador do Tejo e não só... O povo do Tejo foi naturalmente influenciado pelas características próprias das diferentes regiões que atravessa, culturalmente diferentes entre si e por conseguinte, o homem tagano teve que adaptar-se às condições em que viveu e foi adoptando comportamentos também diferentes no seu modo de vida, usos e costumes, actividades laborais, na etnografia, nos saberes e nos sabores e nas formas de exteriorizar os seus sentimentos e, graças a isso o nosso Tejo é um rio rico em tradições, memórias e emoções.
O
s cantares e as danças do cancioneiro popular, consideradas “ Folclore “, é uma forma do homem se exteriorizar o que está directamente relacionado com a vivência humana dos trabalhos agrícolas e também da faina da pesca. A bacia hidrográfica do Tejo que se estende desde a região da serra da Estrela até à península de Setúbal (inclusive), englobando as regiões da Beira, do Alentejo, do Ribatejo e uma parte da antiga Estremadura e da região da margem sul do estuário até próximo de Setúbal, ocupa praticamente 1/3 do território de Portugal continental. Esta bacia hidrográfica é tão grande devido à ampla rede de afluentes do Tejo, incluindo os sub-afluentes, as ribeiras e os ribeiros. Para visualizarmos a área geográfica dessa ampla rede e 36
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a sua distribuição vou passar a descrevê-la: de montante para jusante os afluentes principais são os rios: Zêzere, Erges, Ponsul, Ocreza, Sever, Almonda, Alviela, Sorraia, Trancão, das Enguias, Judeu e Jamor. O Zêzere é o afluente mais extenso, nasce na serra da Estrela no Cântaro Magro, atravessa a Beira e depois de alimentar a barragem de Castelo do Bode vem desaguar no Ribatejo em Constância. O Erges nasce em Espanha na serra da Gata, na margem direita do Tejo, entra em Portugal próximo de Salvaterra do Extremo e demarca a fronteira a montante entre o país vizinho e Portugal, e vem desaguar no Tejo Internacional cerca do Rosmaninhal. O Ponsul nasce em Penha Garcia, também na margem direita, no concelho de Idanha a Nova e atravessa este concelho e o de Castelo Branco, e vem desaguar
em Malpica do Tejo, também no Tejo Internacional. O Ocreza nasce na margem direita na vertente sul da Serra da Gardunha, a oeste do concelho de Castelo Branco e desagua no Vale do Cobrão próximo de Vila Velha de Ródão. O Sever nasce na margem esquerda no concelho de Marvão e demarca a nossa fronteira com a Espanha a jusante, e depois de atravessar o concelho de Nisa vem desaguar no Tejo Internacional – Geoparque. O Almonda nasce na serra de Aire na margem direita, atravessa o concelho de Torres Novas e vem desaguar no sítio de Igreja Nova perto de Azinhaga (onde nasceu José Saramago). O Alviela nasce na margem direita na gruta de Alviela no concelho de Alcanena e vem desaguar perto de Vale de Figueira e fez parte de um projecto para um canal navegável no concelho de Santarém. Este
afluente fez parte, desde 1880, do sistema de abastecimento de água a Lisboa. O Sorraia que tem um vale dos mais ricos para a agricultura nasce no Couço, na margem esquerda, e é o resultado da junção de duas ribeiras, a ribeira de Sor e a ribeira de Raia e recebe o seu afluente Almansor cerca do Porto Alto e vai desaguar no estuário do Tejo, na Ponta da Erva, no Estuário. O rio das Enguias nasce, segundo presumo, próximo da Marateca, do qual pouco se fala mas eu naveguei nele, e vem desaguar junto a Alcochete, na margem esquerda do Tejo, na Reserva Natural do Estuário do Tejo. Para que se saibam este rio quase desconhecido chegou a fazer parte de um projecto de um canal de ligação do Tejo ao Sado. O Trancão, na margem direita, nasce na freguesia do Milharado no concelho de Mafra e desagua em Sacavém, e por isso foi conhecido durante muito tempo por rio de Sacavém. O rio Judeu nasce na margem esquerda, em Fernão Ferro no concelho de Seixal e desagua na baía do Seixal e é um rio mais conhecido pelo vale do Judeu, no qual se encontram instalações da Marinha, nomeadamente dos Fuzileiros e cheguei a ouvir falar no mítico cemitério da Teca que estava enterrado algures no seu leito, trata-se de uma madeira rica para a construção dos mastros e outras peças das caravelas e naus dos Descobrimentos. O Jamor nasce na margem direita, na serra da Carregueira, no concelho de Sintra, foi chamado rio de Belas, e desagua no Tejo na Cruz Quebrada, já próximo da Foz. E depois de ter-me alongado na descrição da rede hidrográfica do nosso Tejo, retomo o tema que escolhi para esta crónica,
Notícias do Mar
“VIVA QUEM CANTA” e posso dizer-vos que a Beira Baixa tem influências moçárabes e judaicas, misturadas com um fundo pagão, mas as suas romarias não têm tanta vivacidade comparadas com as das outras regiões. No Alto Alentejo as danças e cantares são vivos, em contradição com o típico “cante” nostálgico e lento, tradicional da região alentejana. No Ribatejo os cantares e as danças têm uma forte influência das lezírias do Tejo e os arraiais são bastante vivos, onde se destaca o fadinho dançado, o vira da charneca e o fandango que é a bailação mais representativa do Ribatejo contudo, o folclore ribatejano também foi influenciado, etnográfica e musicalmente, pelo cancioneiro popular das regiões da Beira Baixa e do Alto Alentejo, que ali se foram enraizando devido às migrações de trabalhadores que vinham sazonalmente daquelas regiões para as fainas sazonais da lezíria do Tejo. É evidente que na região de Lisboa é o fado a canção que impera, mas no que diz respeito à etnografia é bastante influenciada pelo Tejo e pelo mar, o que não é de estranhar devido ao ancestral passado de Lisboa, por ter sido um importante porto de atracção de outras civilizações e pela expansão marítima de Portugal, a partir dos Descobrimentos. Devido também à migração interna que se verificou, de gente oriunda das regiões de norte a do sul do país, não deixaram de influenciar as danças e cantares desta metrópole. Também se fala na influência árabe, o que até faz sentido, dado a ocupação islâmica de Lisboa ter durado quatro a cinco séculos. Sabe-se que mesmo depois de D. Afonso Henriques ter conquistado Lisboa, para não despovoar a terra, deixou alguns árabes permanecerem na posse dos seus bens, gente essa que se estendeu pelos arredores da capital na região do concelho de Loures, passando um pouco a fronteira do concelho de Mafra. Aquela gente mourisca dedicouse à agricultura na considerada região saloia mas há que referir que ela não tem nada a ver histórica e culturalmente com a região actualmente designada por região do Oeste, como há quem pense e afirme indevidamente. Não deixo passar a oportuni-
dade de falar nos saloios sobre cuja origem do nome não está bem esclarecida. Encontrei mais do que uma versão: “Saloio provém do vocábulo árabe çahrauii/ çahraui (homem habitante do deserto); há outra versão que se relaciona com a pós-conquista de Lisboa, é a de que o termo
saloio significava o tributo em sal que os mouros tinham que pagar para serem autorizados a cultivar as terras nos arredores do castelo; outra refere ainda que a palavra saloio deriva do termo reza, que é feita cinco vezes ao dia, chamada çala em árabe e por isso os seus praticantes se-
rem os çaloyos. Mas a região da grande Lisboa estende-se à margem sul do Tejo e aqui o cancioneiro popular é influenciado pelo da lezíria do Tejo e pela paixão pela festa brava, se bem que tenha também alguma influência do cancioneiro do Alentejo.
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Notícias do Mar
Tejo a Pé
Texto Carlos A Cupeto
Natureza a Oeste Se há Portugal onde em pouco espaço imensos patrimónios se misturam esse lugar é o Oeste. Mar e terra, vinha e floresta, moinhos e aerogeradores, batatas e fruta, calcários e basaltos, sol e chuva, casais, aldeias e vilas, gentes. Um universo de patrimónios à mão de todos os que queiram.
Sempre os moinhos, novos e velhos.
Centro Interpretativo da APPSSA. Ponto de encontro, de partida e chegada.
E
m Torres Vedras, desde há muito que a Câmara Municipal apostou fortemente na qualificação do território e na valorização do património natural como uma mais-valia turística; o Oeste – Portugal Quality Coast é ape-
nas um dos exemplos. A rede de trilhos existentes, muito para além dos imensos fortes e das rotas dos invasores franceses, constitui, cada vez mais, um produto. Esta é também a melhor forma de conhecer o Oeste, desde logo o magnifico litoral pela Grande
Moinhos, quantas histórias para contar 38
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Rota da Rede Natura do Oeste que percorre cerca de 60 km ao longo das magníficas arribas de Torres Vedras, Lourinhã e Peniche. Serra da Archeira, aqui tão perto Centremo-nos na Rota da Serra
da Archeira, Pequena Rota circular a ser marcada em breve. Em escassos 10 km o caminheiro contata com os mais variados ambientes e sensações. É possível perceber o que é o Oeste, no presente e no passado. O Centro Interpretativo da Área de Paisagem Protegida das Serras do Socorro e da Archeira (APPSSA), em Figueiredo junto ao acesso sul da A8 a Torres Vedras, é o local ideal para começar. Esta é uma antiga escola primária que se transformou num espaço multifuncional de apoio à Área Protegida. As vistas começam grandes, os moinhos novos e velhos mos-
Do outro lado da A8 olhamos a serra do Socorro coroada pelo magnífico santuário.
Notícias do Mar
tram que por ali o vento sopra, o mosaico do Oeste repete-se em 360º. Bem ao fundo advinha-se o mar. Andamos na crista e lá em baixo a frenética A8 parece ignorar tudo o que a rodeia, fazemos o mesmo e ignoramo-la sem dificuldade. Mais à frente dois fortes (Archeira e Feiteira) lembram-nos que por aqui lutaram os nossos antepassados para evitar que os franceses fizessem maiores estragos. O barulho da natureza Contornado o monte ouvimos o “barulho” da natureza. Entramos no Oeste rural, velhos e charmosos casais mostram a riqueza daquelas terras, agora de basalto – solos localmente conhecidos por tamuje -, os calcários ficaram para trás. Terra e água e nada mais era necessário para que famílias inteiras por ali vivessem. Entramos num bonito casal em ruínas, no forno, e é fácil adivinhar a vida e as rotinas naquele tempo. A história daquelas pedras. Já estamos de regresso, as vinhas mais antigas, pequenas vinhas estão abandonadas, quase ao lado de outras em plena produção. Poucos são os solos que não estão cultivados. A constante em todas estas mutações é a presença da água, neste início de abril a chuva foi intensa e os solos há muito que estão saturados. No caminho a água corre e se olhamos com mais atenção vimos autênticas maternidades de vida. Imaginamos quantas rãs poderão chegar a adultas?
A marca da paisagem. Por fim, o Stº António numa bonita fonte debaixo de uma frondosa nespereira num dos casais ainda habitado. Sempre guiados pelo Luis Gomes que conhece e vive esta terra como ninguém, uma última subida a atravessar Figueiredo e lá estamos junto ao Centro Interpretativo da APPSSA onde umas maravilhosas mesas participaram no habitual pic - nic. Assim se escreveu mais uma página do Tejo a Pé, sempre a pé mesmo que não seja no Tejo. cupeto@uevora.pt Professor na Universidade de Évora
Os velhos casais do Oeste sempre charmosos e em lugares encantadores.
Trilhos onde só se ouve o “barulho” da natureza.
Quando menos se espera o caminho brinda-nos com um presente – fonte de Stº António. 2014 Maio 329
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Pesca Submarina
Campeonato Nacional de Duplas de Pesca Submarina VI Troféu Dia da Marinha
João Peixeiro e Rui Torres a Dupla Vencedora
Todos os concorrentes no final do Campeonato Nacional de Duplas de Pesca Submarina
O Campeonato Nacional de Duplas de Pesca Submarina foi disputado no dia 3 de Maio de 2014, na Praia das Bicas, João Peixeiro e Rui Torres formaram a dupla vencedora. Foi um Sábado totalmente dedicado à Pesca Submarina tendo-se realizado também o VI Troféu do Dia da Marinha, o primeiro Troféu Herculano Trovão e as Comemorações dos 60 Anos de Campeonatos Nacionais desta modalidade desportiva praticada exclusivamente em apneia.
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o Campeonato Nacional de Duplas participaram 8 duplas de atletas e no VI Troféu do Dia da Marinha 19 duplas que também contaram para o Troféu Herculano Trovão – Maior Exemplar por dupla e durante 5 horas estiveram em competição 38 atletas de várias gerações. As competições foram disputadas à barbatana e o ponto de encontro foi às 8h15 na Praia das Bicas. A zona de prova estendeu-se entre a Praia da Foz e a Praia do Meco, com boas condições meteorológicas e oceanográficas para a prática da modalidade, no entanto, verificou-se algum vento do quadrante Leste no início da manhã, a água mais a norte com pouca visibilidade e o mar com alguma força. O Sábado começou animado, desde logo, com a chegada do atle-
ta António Bessone Bastos e da sua primeira dupla que liderou a atenção do grupo de atletas presente e contagiou depois todos os participantes de boa disposição ao recordar muitas histórias relacionadas com a Pesca Submarina e seus protagonistas. A maior concentração de atletas foi a sul da Praia das Bicas e, no final da prova, as duplas começaram a sair com uma boa diversidade de espécies, com destaque para o maior exemplar do dia, um robalo com 3,915 kg, da dupla Nuno Rosado/Carlos de Melo. De realçar também a presença de alguns atletas mais veteranos, nomeadamente, a dupla David Fernandes e Vitor Chaves de Almeida que saíram da água com um grande enfião de capturas, fazendo lembrar provas de outros tempos. As pesagens foram realizadas na
A cerimonia de entrega de prémios na sede do CNOCA 40
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Sede do CNOCA – Clube Náutico dos Oficiais e Cadetes da Armada, na Base Naval de Lisboa, no Alfeite, a alguns quilómetros de distância da Praia das Bicas e num dia particularmente quente, penalizando algumas espécies na balança, que por alguns gramas não pontuaram. Depois do almoço de convívio entre atletas, campeões nacionais de Pesca Submarina, familiares e convidados presentes, seguiu-se a entrega de prémios do VI Troféu do Dia da Marinha, do primeiro Troféu Herculano Trovão e posteriormente do Campeonato Nacional de Duplas.
As capturas para oferta foram doadas à Paróquia da Sagrada Família, no Miratejo, que apoia cerca de 900 famílias carenciadas e o CNOCA aproveitou também para fazer um sorteio de diversos Prémios pelos atletas presentes. E por fim, realizaram-se as Comemorações dos 60 Anos de Campeonatos Nacionais, onde foram destacados com Diploma e Medalha comemorativa atletas detentores de títulos, ex. presidentes da FPAS, outras instituições e personalidades que directa ou indirectamente têm estado ligadas a esta modalidade desportiva.
Classificações
VI Troféu do Dia da Marinha 2014 - CNOCA 1º Nuno Rosado/Carlos de Melo 2º João Peixeiro/Rui Torres 3º João Olaio/André Domingues Troféu Herculano Trovão 2014 Apneia Portugal 1º Nuno Rosado/Carlos de Melo - Robalo (3.915g) 2º João Olaio/André Domingues - Sargo (1.385g) 3º Pedro Alvito/Marco Virtuoso - Abrótea (1.345g) Campeonato Nacional de Duplas 2014 Classificação por Clubes 1º Grupo Desportivo e Cultural Administração do Porto de Sines 2º Cnoca By Beuchat 3º Clube Vela de Lagos Campeonato Nacional de Duplas 2014 Classificação Individual 1º João Peixeiro/Rui Torres 2º Paulo Silva/Mauricio Fragoso 3º Manuel Maia/Vitor Oliveira
Electrónica
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Notícias Nautel
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A
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Pesca Desportiva
Pesca Embarcada
Texto e Fotografia Antero dos Santos
Gorazez
Uma Pesca de Sorte?
Os gorazes não são uma pesca de sorte
Há algum tempo atrás esta frase que serve de título a este artigo faria todo o sentido, mas à semelhança de outras modalidades de pesca embarcada, também esta sofreu uma grande evolução em diversos aspectos, conforme iremos ver neste artigo “capitaneado” por Mário Santos, um mestre nestas lides nas profundezas.
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Pesca Desportiva
Texto Mário Santos Fotografia Autor e Redacção Mundo da Pesca
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á 3 ou 4 anos atrás a pesca ao goraz baseava-se em grande parte no factor sorte e apenas algumas embarcações de maior dimensão é que se aventuravam em pesqueiros mais afastados e por conseguinte águas mais profundas, bastando na altura fundear o mais próximo possível dos grandes cabeços de pedra existentes nessas zonas, usavam material estilo “rebocador”, grandes iscadas (o que ainda acontece) ter fé e…esperar. Nos dias de hoje é “ligeiramente” diferente, dá-se uma melhor utilização aos meios electrónicos disponíveis, como por exemplo a sonda que é utilizada não só para encontrar as zonas rochosas como, principalmente, é usada para encontrar os cardumes de gorazes ou dos peixes com que estes se alimentam. Em relação ao material continua a utilizar-se material forte mas muito mais sensível conforme iremos descrever. Vamos apresentar neste artigo a pesca ao goraz em duas vertentes, uma em que é praticada dos 100 aos 120 metros e que visa a captura de exemplares de pequeno a médio porte, digamos que de 1 a 1,5 kg, e a outra a praticada a partir dessa
Um grande exemplar pescado com carreto eléctrico profundidade, podendo chegar a mais de 400 metros (temos relatos de pescarias memoráveis de grandes gorazes a cerca de 460 metros de profundidade) e que visa essencialmente a captura de gorazes de peso médio superior a 2 kg, havendo frequentemente capturas de exemplares de 3 a 4 kg. Mas vamos incidir mais numa faixa compreendida entre os 140 e os 200 metros, profundidades mais habituais nas nossas saídas. Até aos 120 metros Canas Em lugar das canas estilo “pau de vassoura” vamos utilizar canas que, embora sejam bastante resistentes, são muito mais sensíveis, com ponteiras finas de encaixe e em tudo semelhantes às utilizadas por exemplo na pesca ao sargo, com comprimento compreendido entre os 3 e os 3,30 metros, com uma acção semirígida e que comporte pesos de chumbo de 300 a 400 gramas. Carretos Sempre fortes e se possível com um número de rolamentos nunca inferior a 10/12, com uma embraiagem muito boa, porque neste tipo de pesca aos gorazes mais pequenos é comum captu2014 Maio 329
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Pesca Desportiva
Em águas profundas é frequente a captura de exemplares de 3 a 4 Kg rar 2 a 3 exemplares de cada vez, daí que também tenham que ser carretos fortes e com grande desmultiplicação, não sendo factor de decisão a velocidade de recuperação. Os carretos devem ser cheios com Dyneema entre 0,18 a 0,25 mm, mantendo sempre um terminal ou ponteira em monofilamento em 0,45 a 0,52 de pelo menos 10 a 12 metros.
O carreto eléctrico não pode ser muito ligeiro e deve ser dotado de uma excelente embraiagem 44
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Montagens Uma vez que a montagem é o nosso elo de ligação com o peixe, é normalmente aconselhado que estas sejam o mais discretas possível, mas neste tipo de pesca e tendo em conta a profundidade a que é praticado em que a visibilidade é muito reduzida, não se torna necessária esta discrição, e podemos ser agressivos com a espessura das linhas a utilizar. Assim sugerimos uma madre em 0,52 a 0,57 mm, tensos com 0,46 a 0,52 mm, anzol 1/0 e destorcedores rolling cross bead ASI; como chumbada e dependendo das correntes, estas vão oscilar
Pesca Desportiva
A sardinha bem fresca é o isco rei entre as 250 e as 400 gramas de peso. Iscos Neste tipo de pesca o isco rei é sem dúvida a sardinha, se possível bem fresca. Em média uma sardinha de tamanho médio dá para cerca de 3 a 4 iscadas, cortados em traços (sem retirar a espinha), mas umas tiras genero-
sas de lula também não são de desprezar bem como uma iscada de cavala bem fresca e cortada em filete pode ser uma agradável surpresa. Na pesca ao goraz, nestas condições, é comum (quando tudo funciona a favor...) conseguir juntar no nosso pesqueiro um número significativo de exemplares, o que aliado à profundidade em
Em águas profundas, apenas sardinha fresca e gorda em iscos generosos que estamos seja conveniente recolher a linha apenas quando temos mais do que um goraz ferrado ou quando temos a certeza de que já não temos iscos; a isto meus amigos chama-se economia de esforço. Nunca é demais dizer que só podemos utilizar 3 anzóis e que a medida mínima para esta espécie é de 25 centímetros, embora
achemos que para um verdadeiro pescador de gorazes, esta medida é ainda demasiado pequena. Em águas profundas Neste tipo de pesca não tenhamos ilusões, é mesmo atrás dos grandes que nós andamos. Mas não há bela sem senão, e aqui também não é excepção. A taxa de “grades” pode ser significativa
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Pesca Desportiva
O peixe tem “corredores de passagem” dos quais não se desvia e é fundamental saber onde estão mas quando é “dia sim” é mesmo uma festa. Para chegar ao tal dia sim é necessário uma série de factores
estarem conjugados, tais como: - O mar estar com uma vaga que permita navegar e depois permanecer nos pesqueiros, que
Só podemos utilizar 3 anzóis e capturar 3 gorazes na mesma recolha de linha seguramente são distantes de um porto de abrigo (a segurança em primeiro lugar), mas que não esteja demasiado “chão”;
Depois de ferrado o peixe, o trabalho passa para o carreto eléctrico 46
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- Céu limpo. É um facto que todo o pescador desportivo acredita que o céu cinzento é melhor para a nossa pesca, mas acreditamos que para este tipo de pesca o céu limpo é melhor (fala a experiência); - Vento NNW. É fundamental para poder fundear correctamente a embarcação, além de que trabalha certo com a vaga e não tem
Até aos 120 metros devemos utilizar canas bastante
Pesca Desportiva
mudanças súbitas de quadrante, o que permite a manobra de fundear e depois a manutenção da embarcação no mesmo sítio de maneira muito mais fácil; - Por último, e provavelmente o mais importante, temos o factor humano. Termos um skipper (mestre) que saiba “ler” todas as dicas que o mar lhe dá e, depois da “leitura” correcta estar feita, optar pelo pesqueiro mais indicado em função das condições apresentadas; é que ao chegar ao pesqueiro ele tem de saber fundear a embarcação no ponto exacto em que marcou peixe, porque nesta pesca acontece que o peixe tem “corredores de passagem” dos quais não se desvia e se nós estivermos “fora de rota” por pouco que seja ficamos a vê-los passar. Tendo estes factores todos conjugado, o factor sorte fica com muito pouco peso e pode ser que seja o tal “dia de bingo”. Mas vamos ver então que tipo de material será o mais indicado:
Embora para quem estiver fisicamente bem preparado (muito bem preparado) pode perfeitamente utilizar um carreto dito normal, mas que de normal também não pode ter muito, dado que vai ser sujeito a um esforço brutal e contínuo devido ao facto de se ter que mudar constantemente o isco para melhor engodar o fundo. Quanto ao carreto eléctrico também não pode ser muito ligeiro e principalmente deve ser dotado de uma excelente em-
braiagem; como é movido a motor, não pára quando um peixe investe com mais força, e corremos o risco de perder muito peixe desta forma, o que normalmente acontece quando nos iniciamos nesta pesca e com este tipo de material. Mas isso é só até nos habituarmos ao material, porque depois é só vantagens… Em qualquer dos carretos devemos enchê-lo com uma linha de multifilamento tipo Dyneema em 0,25 a 0,30 milímetros de diâmetro.
Montagens Facilmente se conclui que as montagens não podem ser “a brincar” devido à brutalidade do peixe em questão e, tendo em conta a profundidade também ela brutal, não há necessidade de sermos discretos com o material a utilizar. Assim, como montagem mais regular podemos apresentar uma com madre e tensos 0,71 mm, anzóis 3/0, destorcedores rolling C1 520. A chumbada terá forço-
Canas Fortes mas com sensibilidade suficiente para sentir os toques mais discretos (que nesta profundidade serão muito discretos seguramente) e curtas para não se tornarem demasiado cansativas; refiro-me portanto a canas de 2,40 a 2,70 metros e com acção de 15 a 30 libras. Carretos Tendo em conta a profundidade e o tipo de captura esperado, além do peso da chumbada a utilizar, é de prever a utilização de um carreto eléctrico.
resistentes e sensíveis, semehantes às dos sargos 2014 Maio 329
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Pesca Desportiva
Entre os 300 a 400 metros encontram-se estes gorazes
É mesmo atrás dos grandes que nós andamos samente que ser pesada, variando o peso médio de 500 a 750 gramas, mas com bastante frequência se utilizam chumbadas que podem variar entre 1000 a 1500 gramas.
No início é aconselhável ao sentir e ferrar o primeiro exemplar, não esperar pelo segundo, para não perder os dois 48
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Iscos Sem dúvida nenhuma: apenas sardinha, muita e o mais fresca possível, embora a sardinha que seja bem congelada e na altura certa (quando está mais gorda) também não seja uma má opção. Uma sardinha de tamanho normal, na melhor das hipóteses, dá para dois iscos cortados em traços (com a espinha no meio) embora em ocasiões muito próprias ou em algumas alturas do dia (ao nascer e ao fim do dia) uma sardinha dê apenas para um isco. Em qualquer um dos casos corta-se a cabeça e a ponta junto da barbatana caudal. A cavala quando é fresca (capturada na própria altura) também pode ser uma boa opção se cortada em filetes e iscada de forma muito generosa. A pesca ao goraz a profundidades desta ordem visa essencialmente a captura dos grandes exemplares da espécie, peixes
com pesos de 3 a 4 kg e devido a este facto quando um pescador se inicia neste tipo de pesca, é de todo aconselhável que ao sentir e ferrar o primeiro exemplar, não deve esperar pelo segundo porque o mais provável é que aquando da recuperação, em que os dois exemplares vão exercer uma força brutal no material, consigam rebentar a linha dos tensos e, neste caso, perdem-se ambos. Uma lembrança... Os exemplos citados neste artigo são baseados na forma de pescar ao goraz na zona Norte do nosso País, mais concretamente entre Matosinhos e Viana do Castelo, zona onde existem excelentes pesqueiros para esta espécie e um elevado número de adeptos, razão pela qual, surjam com alguma frequência notícias de excelentes pescarias, principalmente da zona de Viana do Castelo, local privilegiado para esta modalidade. Mas acreditamos que ao longo de toda a costa portuguesa existem pesqueiros excepcionais e ainda por descobrir… Para terminar não se esqueçam que o mar ainda tem peixe, muito peixe, só que está misturado com a água.
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Surf
Circuito Nacional de Longboard
João Carvalho um Líder Inesperado
João Carvalho começou a ganhar no Circuito Nacional de Longboard, ao vencer de forma imperial a concorrência na Praia das Bicas, na primeira etapa da prova, inserida no SCS Wave Fest, evento organizado pelo Sesimbra Surf Clube.
C
om 21 anos e competidor no Nacional de Longboard desde os 17, o surfista do Península de Peniche Surf Clube não deu hipótese à concorrência nesta etapa inaugural do Nacional de Longboard, deixando o campeão nacional em título, Bruno Grandela (ASUPP) , mais Luís Esteves (Clube de Surf de Faro) e o brasileiro Rafael Pozzatti (Albufeira Surf Clube) a precisarem de combinação. “Sim, correu-me bem”, começa por dizer João Fonseca, antes de explicar o segredo do sucesso na prova: “As condições estavam muito difíceis, com as ondas a apresentarem muitos degraus. Mas percebi que havia um sítio em frente a uma pedra onde dava para fazer uma onda mais ‘limpa’, praticamente até à areia, e coloquei-me aí enquanto os meus adversários estavam concentrados mais à esquerda. Fez toda a diferença.” João Carvalho assume que não esperava um início de circuito tão
bom, mas vai fazer o melhor possível para que este triunfo se repita: “Não estava à espera de vencer esta prova mas sabia que podia ter uma boa prestação. Agora, vou divertir-me e esperar que os resultados apareçam. Não creio que tenha qualquer pressão por ter ganho em Sesimbra mas, se for o caso, os outros também têm a pressão de correr atrás do prejuízo.” Quanto ao facto de ter batido o amigo e conterrâneo Bruno Grandela, João não foge à questão: “Temos uma rivalidade amigável, uma picardia desportiva que fica dentro de água. O resto é amizade e é isso, aliás, que me atrai no longboard. Não vejo disso nos campeonatos de surf.” O SCS Wave Fest conta com o apoio das seguintes marcas e entidades: SCS Surf Shop - www.scssurfshop.com Hurricane Surf - hurricanesurf.net SeventyonePercent www.seventyone-percent.com Mundaka - www.mundakaoptic.com
Espaço Essencial - www.espaçoessencial.pt Cofihst - www.cofihst.pt Contraste Coffee Bar Café Central de Alfarim -www.cafecentralalfarim. com SurfTotal - www.surftotal.com
Câmara Municipal de Sesimbra www.cm-sesimbra.pt Instituto Português do Desporto e da Juventude - www.ipdj.pt Bombeiros Voluntários de Sesimbra
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Surf
Fotografia Pedro Mestre, Ricardo Bravo e Pedro Lopes - Liga MOCHE
Allianz Ericeira Pro
Vasco Ribeiro Vence Final de Luxo Carina Duarte Renova Título da Etapa
Carina Duarte O bi-campeão nacional Vasco Ribeiro venceu o Allianz Ericeira Pro, a segunda etapa da Liga MOCHE, que terminou no dia 19 de Abril na praia de Ribeira d’Ilhas, com boas ondas de um metro.
N
uma final de altíssimo nível e com scores muito elevados, “Vasquinho” bateu José Ferreira para conquistar o título da etapa e a liderança do ranking nacional.
Os dois surfistas, que melhor forma demonstraram ao longo de toda a prova, encontraram-se na final e protagonizaram uma bateria de luxo, extremamente renhida e com constantes trocas na liderança, finalizando o heat com os dois
maiores totais e cinco das dez melhores ondas de toda a etapa. José Ferreira começou melhor, marcando logo duas ondas na casa dos sete pontos, pressionando Vasco a dar o seu melhor. A meio da final, numa troca rápida de ondas,
Vasco Ribeiro vitorioso 56
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ambos elevaram substancialmente o seu score, mas Vasco Ribeiro, com um 9,25 e o único 10 da prova, deixou Zé Ferreira em combinação de duas ondas excelentes, que já não conseguiu encontrar. Os totais falam por si: Vasco Ribeiro – 19,25 pontos em 20 possíveis; José Ferreira – 17,80. Uma das finais mais competitivas de sempre da Liga MOCHE! “Não comecei logo ao ataque, pois sabia que a bateria tinha 30 minutos e decidi esperar pelas melhores ondas. Quando elas apareceram dei o máximo e acho que consegui mostrar o meu melhor surf na altura certa. Sabia que ia ser um heat difícil contra o Zé, pois ele tinha mostrado uma grande forma ao longo dos três dias, mas acabei por fazer aquela onda de 10 pontos, onde arrisquei bastante, o que acabou por fazer a diferença. Estou feliz por voltar às vitórias na Liga MOCHE, mas o ano ainda é longo e a luta pelo título ainda vai ter muitas reviravoltas,” afirmou cauteloso o campeão da etapa. José Ferreira, que completou 22 anos no dia 18, parecia destinado à sua primeira vitória na Liga MOCHE e a uma comemoração em grande, mas teve de contentar-se com o segundo lugar novamente, à semelhança do que já tinha acontecido
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José Fereira só perdeu na final nesta etapa em 2013. “É óbvio que queria muito vencer, mas de facto o Vasco esteve muito bem, respondeu à altura e acabou por virar o resultado. Lembrámo-nos bastante de uma outra final, que fizemos os dois, ainda juniores, nesta mesma praia e com ondas semelhantes. Foi muito engraçado... mas foi uma honra estar presente numa final destas, com pontuações tão altas e o público todo a aplaudir a cada onda. Sinto-me a surfar bem e vou continuar a treinar para as próximas provas. A vitória é uma questão de tempo...,” concluiu o agora vice-líder do ranking nacional. Vasco Ribeiro e José Ferreira já tinham feito dois heats muito disputados nas meias-finais, onde bateram Gony Zubizarreta e Tomás Fernandes, respectivamente. O galego residente na Ericeira repetiu assim o resultado alcançado na primeira etapa da Liga MOCHE e o júnior local ficou próximo da vitória alcançada aqui no ano passado. No quinto lugar ex-aequo, referente à eliminação nos quartos de final, ficaram Miguel Blanco, Luca Guichard, Marlon Lipke e Francisco Alves. Blanco, vice-campeão nacional em título, “vingou-se” mais tarde, a vencer a Malibu Expression Session com a melhor manobra (aéreo
reverse), conquistando os 500€ do prémio para este troféu paralelo. Nas senhoras, a campeã nacional em título, Carina Duarte, mandou para trás das costas o quinto lugar alcançado na Caparica e venceu novamente a “sua” etapa, pelo segundo ano consecutivo. Numa final também muito disputada entre as quatro atletas presentes, Carina levou a melhor sobre Teresa Bonvalot, Camilla Kemp e Ana Sarmento, respectivamente segunda, terceira e quarta classificadas. “Foi muito bom voltar a vencer em casa,” comentou Carina. “Normalmente não tenho tanta confiança no meu surf de backside (NR: de costas para a onda), por isso acabou por ser igualmente um grande incentivo. A final foi bastante disputada e foi pena a Ana ter feito aquela interferência que a empurrou para o quarto lugar, senão tínhamos conseguido os dois primeiros lugares para a Ericeira. Agora vou pensar na próxima etapa e treinar para ela,” comentou a agora vice-líder do ranking nacional feminino. No final desta segunda etapa da Liga MOCHE 2014, Francisco Rodrigues, presidente da Associação Nacional de Surfistas, não podia estar mais satisfeito. “Tínhamos um grande desafio à partida para esta prova, porque as previsões do mar não
Tomas Fernandes, semi-finalista nos eram favoráveis. Contudo, Ribeira d’Ilhas mostrou-se novamente como um dos grandes palcos para receber eventos de surf e, com uma gestão do andamento da prova muito criteriosa pelo director de prova, Pedro Monteiro, foi possível optimizar e encontrar as melhores soluções para os nossos surfistas. O resultado está à vista, pois viuse muito bom surf ao longo dos três dias de prova. Penso que hoje reforçou-se mais uma vez que temos uma geração de surfistas com grande qualidade. É com muito orgulho que vi o Vasco e o Zé a disputarem a final ao mais alto nível, onde se superaram enquanto adversários mas, admito, também a eles próprios. Ainda não foi desta que o público pôde ver o Zé a vencer, mas é também altamente saudável para o surf nacional ter o Vasco de volta às grandes prestações. No caso das senhoras, a competitividade não podia estar mais elevada e a Carina, mesmo depois de uma prova na Caparica mais apagada, surgiu em grande forma aqui na Ericeira. Muito obrigado ao espectáculo que os surfistas proporcionaram e também ao público, que cada vez mais vai acompanhando o que de melhor se faz no Surf Nacio-
nal. Parabéns a todos!” Ao nível dos troféus paralelos, estiveram também em disputa no Allianz Ericeira Pro as qualificações para os Moche Wildcards da etapa portuguesa do circuito mundial, que se disputam com base nas melhores ondas surfadas por cada atleta. Na Ericeira, a melhor onda foi de Vasco Ribeiro mas, no cômputo geral, Gony Zubizarreta continua a liderar, agora com Vasco Ribeiro no segundo lugar, José Ferreira no terceiro, Frederico Morais no quarto e Marlon Lipke no quinto. Todas as etapas da Liga MOCHE têm transmissão em directo no MEO Kanal 202020; pela internet, em www.liga.moche.pt; na app mobile Surf MOCHE, bem como na RTP, através de resumos dedicados. A segunda etapa da Liga MOCHE é uma organização da Associação Nacional de Surfistas e da Fire!, com o patrocínio do MOCHE, Allianz, MEO, Malibu, Ramirez e Red Bull, os apoios locais da Câmara Municipal de Mafra e do Ericeira Surf Clube, os parceiros oficiais RTP, Mega Hits, GO-S.TV e Puro Feeling, bem como os media partners Jornal i, Jornal Record, SURFPortugal, ONFIRE e Beachcam, contando também com o apoio técnico da Federação Portuguesa de Surf.
Pódio Feminino
Pódio Masculino 2014 Maio 329
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SCV Realiza 1º “Páscoa Surfing Holidays”
Texto e Fotografia joão Zamith
CAR Surf de Viana Afirma-se Como Atração Desportiva de Qualidade A dinamização estruturada do CAR Surf de Viana do Castelo, protagonizada pelo Surf Clube de Viana, tem sido constante e abrangente. Durante as últimas férias escolares, realizou a primeira edição do Páscoa Surfing Holidays, que devido ao êxito registado será, em breve, replicada.
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CAR Surf de Viana do Castelo é um espaço de grande atratividade desportiva para a região, entre as várias ações de “visita” de que foi palco recentemente, recebeu uma comitiva olímpica francesa de atletismo. A curto prazo, também terá a seu cargo o apoio logístico ao Cabedelo Beach Run.
Os participantes do Páscoa Surfing Holidays O Páscoa Surfing Holidays contou com a participação de 18 alunos e marcou o início do estágio de duas alunas do curso profissional de turismo ambiental e rural da Escola de Monserrate. Este evento tem por objetivo proporcionar aulas intensivas de surf e bodyboard de forma a melhorar a performance dos surfistas em fase de formação.
Houve recolha diária de resíduos na praia do Cabedelo durante a Páscoa Surfing Hoidays 58
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Do programa também se destaca a realização de vídeos do free surf e dos ensaios competitivos, analisados, posteriormente, pelos treinadores e alunos. A formação teórica contemplou vários assuntos, como a segurança e regras de prioridade e de competição. O treino físico outdoor e indoor também incluiu o recurso a equipamentos de slackline e de treino fun-
cional. Como é habitual nas atividades desenvolvidas pelo SCV, foram promovidas diversas ações de combate à poluição em ambiente marinho, através da recolha diária de resíduos na praia do Cabedelo. A evolução desportiva dos jovens surfistas foi notória bem como a sua satisfação em relação à importância deste evento.
Durante a competição Páscoa Surfing Holidays
Surf
Treino dos atletas franceses Assim, de forma a dar continuidade à formação de novos e de melhores praticantes da modalidade, o Verão Surfing Holidays deverá realizar-se em julho próximo. CAR Surf recebe atletas olímpicos franceses O Centro de Alto Rendimento de Surf recebeu uma comitiva de 35 atletas e treinadores da seleção Ligue de l’Île de France d’Athlétisme (LIFA), durante um estágio que esta realizou
no Centro Municipal de Vila Nova de Cerveira, de 13 a 22 de abril. A Escola do Surf Clube de Viana ministrou uma aula de surf e bodyboard a estas promessas olímpicas. Também teve lugar uma visita às instalações do CAR Surf e ainda se realizou um debate sobre a origem dos resíduos nas praias e no litoral. O SCV considera que são ações também como esta que permitem melhorar a atratividade desportiva da região pela
A comitiva da Ligue de l’Île de France d’Athlétisme no CAR
Duas jovens atletas francesas captação de talentos, um fator chave para o desenvolvimento do território. CAR Surf apoia o Cabedelo Beach Run 2014 As ”4 e 8 Milhas do Cabedelo – Beach Run”, a acontecer a 1 de junho, têm a organização da Associação de Moradores do Cabedelo e contam com o apoio técnico da Viana Adventure e o apoio logístico do Surf Clube de Viana. Este evento outdoor desportivo é destinado a pessoas de
todas faixas etárias e famílias, podendo ser efetuado a correr ou a caminhar. O Cabedelo Beach Run é composto por dois percursos balizados, um de quatro milhas (6,43 km) e outro de oito milhas (12,87 km), que decorrem em simultâneo. Inclui passagem pelo pinhal e pela praia da baía do Cabedelo. A partida e a chegada são no CAR Surf, onde funcionará o secretariado deste evento. O SCV irá participar nesta edição com a sua equipa de atletas, treinadores e dirigentes.
Sessão no CAR com os atletas franceses
Director: Antero dos Santos – mar.antero@gmail.com Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt Colaboração: Carlos Salgado, Gustavo Bahia, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Zamith, Mundo da Pesca, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Jet Ski, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Acossiação Portuguesa de WindSurfing Administração, Redação: Tel: 21 445 28 99 Tlm: 91 964 28 00 - noticias.mar@gmail.com
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Notícias do Mar
Últimas Liga MOCHE Sumol Porto Pro
Vitória de Teresa Bonvalot e Vasco Ribeiro
Os vencedores Vasco Ribeiro e Teresa Bonvalot
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eresa Bonvalot, de 14 anos, venceu o Sumol Porto Pro, a terceira etapa da Liga MOCHE, que terminou no passado dia 11 de Maio, na Praia Internacional, com boas ondas de meio metro a um metro. Numa final muito renhida, com trocas de liderança constantes, a actual líder do ranking nacional feminino teve de esperar alguns minutos após a conclusão da última bateria para saber o resultado, uma vez que apanhou a sua melhor onda a segundos do tempo oficial terminar. Com essa onda de 6 pontos, Teresa acabou por superar a pontuação total de Ana Sarmento, que liderava até então, apesar de ter cometido uma interferência sobre Bonvalot, o que lhe retirou metade da pontuação da sua segunda melhor onda. “Estou muito feliz por vencer
novamente esta etapa e o Ramirez Júnior Award, uma iniciativa de grande incentivo para os mais novos. Foi aqui que ganhei pela primeira vez uma prova da Liga MOCHE, no ano passado, por isso o Porto tem um significado especial para mim. Quero também dar os parabéns às minhas adversárias, que fizeram desta final uma bateria muito disputada,” afirmou a campeã. Com a sua segunda vitória do ano, Teresa Bonvalot afirma-se cada vez mais como líder do ranking nacional de surf feminino e grande candidata ao título. Bonvalot venceu ainda o Ramirez Júnior Award, que no Sumol Porto Pro premiava a melhor surfista sub-16 com 500€ extra. Ana Sarmento teve de contentarse com a segunda posição no Sumol Porto Pro, deixando Camilla Kemp no terceiro lugar e a grande surpresa desta etapa, Yolanda Sequeira, de Portimão, no quarto posto.
Teresa Bonvalot
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Na prova masculina, Vasco Ribeiro venceu a etapa, batendo o campeão nacional em título, Frederico Morais, na final. Numa bateria onde os minutos iniciais foram decisivos, com muitas ondas surfadas, Vasco “vingou-se” da derrota sofrida aqui em 2013, precisamente frente a Frederico Morais. “É sempre difícil fazer uma final contra um grande amigo, mas acabou por ser tudo muito rápido, pois ficámos os últimos 15 minutos a boiar, à espera de ondas com potencial para melhorarmos as pontuações, que nunca apareceram. A natureza é mesmo assim, não dá para mudar... mas é claro que estou muito satisfeito por vencer mais uma etapa e agora quero continuar a fazer o mesmo,” comentou o líder do ranking, que já tinha vencido a etapa anterior. Para além do segundo lugar de Frederico Morais, que o elevou à mesma posição do ranking nacional,
nas meias-finais ficaram Eduardo Fernandes e Ruben Gonzalez, num honroso terceiro lugar ex-aequo, mostrando muito bom surf ao longo dos três dias do Sumol Porto Pro, eliminando adversários de peso e conseguindo com isso os seus melhores resultados dos últimos tempos. Entre as meias-finais e as finais do Sumol Porto Pro ainda se realizaram duas baterias da Malibu Expression Session, com Filipe Jervis a levar para casa 500€ de prémio pela melhor manobra, um aéreo reverse muito bem executado. Filipe Jervis e o ex-campeão nacional João Guedes, participaram num baptismo de surf da escola Onda Pura, em parceria com a Associação nacional de Surfistas, a cinco jovens entre os 14 e os 16 anos, portadores de trissomia 21, da associação Pais em Rede. A alegria do primeiro contacto com as ondas foi evidente, tanto na cara dos alunos como na dos professores. Para Francisco Rodrigues, presidente da Associação Nacional de Surfistas, “aqui, no Norte, os surfistas foram recebidos por um público excepcional e de máxima qualidade quanto ao apoio à modalidade” A Liga MOCHE volta daqui a quatro semanas, de 6 a 8 de Junho, para o regresso à Praia do Amado, no concelho de Aljezur. A terceira etapa da Liga MOCHE foi uma organização da Associação Nacional de Surfistas e da Fire!, com o patrocínio do MOCHE, Sumol, Allianz, MEO, Malibu, Ramirez e Red Bull, os apoios locais da Câmara Municipal do Porto, os parceiros oficiais RTP, Mega Hits, GO-S. TV e Puro Feeling, bem como os media partners Jornal i, Jornal Record, SURFPortugal, ONFIRE e Beachcam, contando também com o apoio técnico da Federação Portuguesa de Surf.
Vasco Ribeiro