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Vela
Eurosaf Youth Sailing European Championship
Campeões Europeus Coroados em Tavira
Fotos Federação Portuguesa de Vela / Ricardo Pinto
O vento faltou à chamada e impediu a realização das Medal Races previstas para o dia 9, último dia de prova do Eurosaf Youth Sailing European Championship, que se disputou em Tavira durante os dias 4 e 9 de agosto, sagrando-se desta forma, os Campeões da Europa da Juventude os líderes das gerais depois das doze regatas realizadas.
T
avira recebeu mais de 150 velejadores de 13 países que marcaramm presença nas
águas portuguesas para disputarem os títulos atribuídos pela Federação Europeia de Vela. A organização foi da Federação Portuguesa de Vela e
Largada de 29er, Rodolfo Pires e Pedro Costa ficaram em 5º lugar 2
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do Clube Náutico de Tavira. O evento foi um teste à capacidade organizativa da Federação Portuguesa de Vela e do Clube Náu-
tico de Tavira com vista ao Mundial da Juventude ISAF, a disputar em Julho do próximo ano também em águas tavirenses.
Largada de Laser Radial
Vela
João Prieto e João Westwood terminaram em 5º lugar em 420
Largada de 420 Presentes estiveram atletas da Alemanha, Áustria, Dinamarca, Eslovénia, Espanha, França, GrãBretanha, Itália, Noruega, Polónia, Rússia, Turquia e Portugal. Portugal apresentou-se com um total de 23 atletas que competiram em 6 das 7 classes. Rodolfo Pires/ Pedro Costa e Rui Oliveira/Francisco Maia estarão no 29er. Ana Mariz/Marta Melo em 420 feminino.
Diogo Costa/Pedro Costa, Pedro Castro/Diogo Lopes, João Prieto/ João Westwood e João Gameiro/ Gonçalo Ramos em 420 masculino. Santiago Sampaio, Pedro Correia, Filipe Pedro e Martim Anderson em Laser Radial masculino. Carolina João, Catarina Viegas e Beatriz Lopes em Laser Radial feminino. Guilherme Marques, Frederico Rodrigues e Alexis Santos em RS:X masculino. Com o programa cumprido na íntegra, foi um espectáculo fantástico em Tavira, os três primeiros dias de competição, com Sol e vento de sudoeste a soprar entre os 11 e 16 nós, e três regatas para cada uma das oito frotas presentes. Entretanto, os candidatos começaram a perfilar-se, em 420 na frente, os franceses Hippolyte Machetti/ Sidoine Dantes. Os italianos Tommaso Ciampolini/Cesare Massa e Ruggiero di Luggo/Luca Giamattei são 2º e 3º, respectivamente, e es-
tavam igualados em pontos (24). João Prieto/João Westwood em 4ª classificada, são os portugueses em maior destaque no terceiro
dia. João Gameiro/Gonçalo Ramos eram 7ºs da geral. Pedro Castro/ Diogo Lopes estavam em 14º. Em 420 feminino Carlotta Omari/
Os Medalhados 2013 Agosto 320
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Vela
Rodolfo Pires e Pedro Costa 5º lugar no 29er Francesca Cirillo e Sara di Vettimo/ Vittoria Barbiero eram as duas primeiras, com as francesas Mathilde Portal/Marine Riou no terceiro lugar. As portuguesas Ana Mariz/Marta Melo estavam no 12º lugar Em Laser Radial masculino Filip Ciszkiewicz, da Polónia está na liderança, seguido do francês Loic Queyrox e de Adrian Raczkowski, igualmente da Polónia. Dos portugueses, Santiago
Sampaio era 9º, Pedro Correia estava no 16º posto, Filipe Pedro ocupava a 21ª posição, e Martim Anderson estava em 22º lugar No Radial feminino, a polaca Agata Barwinska estava no comando, seguida pela campeã do mundo da juventude ISAF, Line Flem Host, da Noruega e Annika Matthiesen, da Alemanha. Quanto às portuguesas, Carolina João seguia em 15º, Beatriz Lopes era 19ª da geral e Catarina
Viegas estava em 20º. Francisco Maia/Rui Oliveira estavam em 6º da geral de 29er, enquanto Rodolfo Pires/Pedro Costa eram os 8º. O último dia de regatas de frota foi mais um dia fantástico de vela no campo de regatas de Tavira. Nesse dia ficaram conhecidos os nomes dos 10 primeiros classificados que estariam nas Regatas das Medalhas. Portugal marcaria presença em 29er (Rodolfo Pires/Pedro Cos-
Regata de RSX, Frederico Rodrigues alcançou o 9º lugar 4
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ta), 420 Masculino (João Prieto/ João Westwood, João Gameiro/ Gonçalo Ramos, Diogo Costa/Pedro Costa), Laser Radial Masculino (Santiago Sampaio) e RS:X masculino (Frederico Rodrigues). Depois de 4 dias perfeitos, o vento não soprou no último dia do Campeonato da Europa da Juventude, deixando em terra os dez primeiros classificados, de cada uma das classes. Deste modo, as classificações gerais, determinaram a classificação do Campeonato da Europa da Juventude. Em 420 masculino, triunfo dos franceses Hippolyte Machetti/Sidoine Dantes, seguidos dos italianos Tommaso Ciampolini/Cesare Massa e Ruggiero di Luggo/Luca Giamattei. João Prieto/João Westwood terminam em 5º, João Gameiro/Gonçalo Ramos em 6º e Diogo Costa/ Pedro Costa em 8º. Pedro Castro/ Diogo Lopes acabaram na 14ª posição. Em 420 feminino, ouro e prata para Itália através de Carlotta Omari/Francesca Cirillo e Sara di Vettimo/Vittoria Barbiero e bronze para as alemãs Fanny Popken/Julia Vitek. A dupla portuguesa Ana Mariz/ Marta Melo foi 11º lugar. Em Laser Radial masculino, os polacos Filip Ciszkiewicz e Adrian Raczkowski alcançam os dois primeiros postos, deixando o espanhol António Coronilla em terceiro. Santiago Sampaio foi 10º. Pedro Correia, 17º, Filipe Pedro finaliza na 21ª posição e Martim Anderson quedou-se pelo 22º lugar. No Radial feminino, a polaca Agata Barwinska sobe ao lugar mais alto do pódio. A campeã do mundo da juventude ISAF, Line Flem Host, da Noruega foi segunda e Annika Matthiesen, da Alemanha, terceira. Carolina João encerra o europeu em 15º. Beatriz Lopes foi 19ª da geral e Catarina Viegas 20ª. Os franceses Tom Carissan/ Loic Guillou venceu nos 29er. Os alemães Fritz Wassner/Linov Scheel foram 2º e Brice Yrieix/Tom Garcia ficaram com o bronze. Rodolfo Pires/Pedro Costa ficam 5ª posição e Francisco Maia/Rui Oliveira são 7º. Em RS:X masculino, vitória russa de Evgeniy Ayvazyan, o francês Dante Chiapello e Michele Cittadini, de Itália, foram 2º e 3º. Frederico Rodrigues alcançou o 9º lugar decisiva, Guilherme Marques foi 13º e Alexis Santos 15º.. No RS:X feminino, Imogen Sills, da Grã-Bretanha, Maelle Guilbaud, de França e Pilar Lamadrid, de Espanha, foram as três primeiras da classificação.
Vela
Campeonato do Mundo da Juventude ISAF
Diogo Pereira/Pedro Cruz Conquistam Bronze em 420 A dupla Diogo Pereira/Pedro Cruz conquistou a medalha de bronze na classe 420, no Campeonato do Mundo da Juventude ISAF, que terminou no passado dia 19 de Julho em Limassol, Chipre.
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tripulação nacional foi 6ª classificada na última regata da prova e ficou a 5 pontos dos vencedores, os brasileiros Tiago Brito/ Andrei Kneipp. Misto de emoções no último dia de Campeonato do Mundo da Juventude. Diogo Pereira e Pedro Cruz largaram para a derradeira regata na 2ª posição mas o triunfo dos italianos Matteo Pila-ti/Michele Cecchin, impediu a conquista da medalha de prata. Ainda assim, o resultado da tripula-ção nacional é excelente: “Foi bastante bom e positivo. Acho que podíamos ter feito melhor mas cometemos alguns erros tácticos que nos custaram caro”, explica Diogo Pereira. O leme nacional estava naturalmente satisfeito: “Vínhamos com baixas expectativas mas aperce-bemo-nos logo nos primeiros dias que estávamos um nível acima do que pensávamos. É uma experiência inesquecível”, declara. Em 420 feminino, Ana Mariz/Marta Melo ficaram no 23º posto com a vitória a sorrir às australianas Carrie Smith/Ella Clark. Vasco Rocha/Salvador Taveira quedaram-se pelo 14º lugar em SL 16 que acabou com o triunfo dos neozelandeses Isaac Mchardie/Micah Wilkinson. Frederico Rodrigues foi 25º em RS:X. O britânico Kieran Martin conquistou o título. Em 29er, Rodolfo Pires/Pedro Costa encerram o Mundial na 28ª posição. Os franceses Lucas Rual/Emile Amoros sagraram-se campeões. Em Laser Radial, Santiago Sampaio ficou no 31º posto no sector masculino que teve Juanky Per-domo, de Porto Rico,
como vencedor. Carolina João foi 27ª em Radial feminino. A norueguesa Line Flem Host é a nova campeã do mundo da juventude ISAF.
Diogo Pereira-Pedro Cruz, 3º em 420
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Vela
25ª Atlantis Cup 2013
Recorde de Barcos em Regata Dura
A 25ª Atlantis Cup chegou ao fim. Após muitas milhas navegadas e uma competição aguerrida estão encontrados os vencedores.
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m ORC1 a vitória pertence ao Xcape, de Luís Quintino. Em ORC2 o líder é o Rift, de Carlos Moniz, e em ORC3 o vencedor é o 5 Estrelas, de José Serra.
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Na Classe ANC A, o Harfang Two, de Nuno Alexandre, encabeça a tabela de classificação e em ANC B, vitória para João Reis e o seu Celtic Dream. A Atlantis Cup, que completou este ano um quarto de sé-
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culo, teve o maior número de inscrições de sempre, 40 barcos vindos de vários pontos do mundo: Açores, Madeira, Continente, Reino Unido, Estados Unidos da América, França e Holanda.
Aquela que é considerada a mais importante regata dos Açores, arrancou no dia 28 de Julho da ilha de Santa Maria. A primeira etapa, com 57 milhas, ligou as cidades de Vila do Porto e Ponta Delgada. A segunda etapa, a mais longa das três que compuseram o percurso, partiu da ilha de São Miguel, no dia 31 de Julho e terminou na ilha Terceira. A última perna da regata saiu de Angra do Heroísmo, a 3 de Agosto, e terminou na cidade da Horta, no Faial. No dia 6 decorreu um jantar de entrega de prémios, que oficializou o encerramento da edição de 2013 da Atlantis Cup. Para o Clube Naval da Horta, que organiza o evento, o balanço deste ano é “francamente positivo, quer em termos logísticos, quer em termos do número de participantes e da sua proveniência”. A Atlantis Cup realiza-se
Vela
Texto Fúlvia Almeida- Mar de histórias Fotografia António João e LX Sailing, Alzira Luís/António João
desde 1987, tendo parado apenas um ano devido ao terramoto que afetou as ilhas do Faial e do Pico. Esta 25ª edição teve o Alto Patrocínio da Assembleia Legislativa da Região Autóno-
ma dos Açores e contou ainda com o apoio das seguintes instituições: Direcção Regional de Turismo, Clube Naval de Ponta Delgada, Angra Iate Clube, Clube Naval de Vila do Porto,
Câmara Municipal da Ponta Delgada, Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, Câmara Municipal da Horta, Câmara Municipal de Vila do Porto, Administração dos Portos dos Aço-
res SA e Capitanias do Porto de: Vila do Porto, Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta. A seguradora Liberty Seguros foi o maior patrocinador privado da prova.
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Electrónica
Notícias Nautel
Inmarsat IsatPhone,
o Telefone por Satélite Portátil de Maior Sucesso A Inmarsat, fornecedora líder global de serviços de comunicações móveis via satélite, possui na sua gama um equipamento portátil de comunicação por satélite, o IsatPhone Pro, que é inigualável no mercado.
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ocando-se nas necessidades e características que os clientes querem num telefone via satélite, foi então criado o IsatPhone Pro capaz de oferecer a melhor combinação de cobertura global, bateria de longa duração, robustez, clareza da voz clara, facilidade de uso e um preço altamente competitivo. Este telefone incorpora a bateria com maior autonomia no mercado, com até 8 horas de conversação e até 100 horas em espera (stand-by). O aparelho é igualmente também o mais robusto de todos . A sua resistência a poeiras, salpicos, e impactos, corresponde a um grau de protecção IP54 pelo padrão que rege a indústria. O terminal é capaz de operar em temperaturas extremas, de -20° C a 55° C. É o único telefone por satélite portáteil com suporte Bluetooth. O aparelho pode ser colocado de lado, com uma antena totalmente manobrável, permitindo o uso fácil em mãos-livres. IsatPhone Pro tem ecrã a cores com uma de alta visibilidade, e um teclado mais fácil para a marcação com luvas. O IsatPhone Pro destina-se principalmente aos utilizadores profissionais, no governo, media, no auxílio, nas indústrias dos sectores de petróleo e gás, mineração e construção, agricultura etc . No entanto é um telefone ideal para todos em geral, que necessitem de segurança adicional, e de estar permanentemente contactável.
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Os dados de localização GPS também estarão disponíveis para o utilizador os ver, ou enviar numa mensagem de texto. Estão disponíveis diversos tipos de docas de fixação e antenas externas Cada vez mais adere-se aos telemóveis de comunicação via satélite para garantir sempre ligações e segurança em zonas remotas com fraca cobertura GSM! Uma solução com preço já só pouco superior ao dos telemóveis convencionais. Cobertura em todo o mundo, com excepção dos pólos. Ideal também para todo o tipo de embarcações. Solução praticamente imune a escutas quando as comunicações são entre dois destes iSatPhone Pro. Chamadas também já a preços muito em conta. Tarifário simples, solução por pré-carregamentos.
Acessórios para aumentar o Sucess Com o sucesso deste telefone por satélite portátil, a pouco e pouco se têm vindo a juntar aplicações para o mesmo, algumas na forma de acessórios. Kit de antena exterior (fixação magnética) para viatura – é composto pelo suporte com ventosa para o vidro, antena com base magnétoca para colocação no tejadilho e cabos. iSatDock Marine – O mesmo telefone pode também tornar-se num Terminal Fixo de Comunicações por Satélite, complementado-o com uma antena externa marítima, cabo e uma doca especializada marítima, que tem microtelefone próprio, e com elevadas especificações de estanquicidade, e alimentação externa a 12 ou 24VDC. Ao alcance de qualquer um... OFERTA ESPECIAL: Preço inclui cartão SIM e 100 unidades de comunicação (mais ou menos igual a 100 min. para redes fixas). Inclui carregador AC universal com adaptadores para tomada, carregador de tomada de isqueiro e PC via cabo micro USB, micro auricular para o uso do alta-voz, correia de pulso, CD de suporte, guia de início rápido com 8 linguas. Preço:790,00€ (IVA incluido) Ver mais em www.nautel.pt. Nautel-Sistemas Eletrónicos Lda Tel.: 213 007 030 Geral@nautel.pt
Vela
Campeonato do Mundo de 470
Participação Portuguesa não fez História
António Matos Rosa e Ricardo Schedel
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om cinco tripulações nacionais masculinas e uma feminina, o desempenho dos barcos portugueses não teve relevo e a melhor clasificação foi para a dupla António Matos Rosa/Ricardo Schedel, que terminou em 32º. Participaram neste Campeonato do Mundo 117 tripulações em masculino e 53 em feminino. António Matos Rosa/Ricardo Schedel, foram os únicos portugueses que conseguiram entrar na frota de ouro, foram 23º, 36º, 39º, 21º, 35º, 18º e 31º e terminaram no 32º lugar da geral. Na frota de prata, esteve a tripulação Gonçalo Pires/Miguel Nunes que chegaram ao final das regatas com a classificação de 56º lugar, depois de. No grupo de bronze João Villas-Boas/Francisco Pinheiro de Melo acabaram em 81º e Diogo Pereira/Paulo Manso ocuparam 102ª posição Mat Belcher/Will Ryan, da Austrália, estão na frente, seguidos de Sofian Bouvet/Jeremie Mion, de França e Mantis Panaglotis/Kagialis Pavlos da Grécia. No sector feminino, Sara Carmo/ Matilde Pinheiro de Melo são 43ª A vitória foi para as neo-zelandesas Alen Jo/ Powrie Polly, seguidas pelas austriacas Vadlau Lara/ OgarJolanta e pelas chinesas Xiaomei Xu/Chunyan Yu
POR 2, portugues João Villas Boas - Francisco Pinheiro de Melo 2013 Agosto 320
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Notícias do Mar
52ª Salão Náutico internacional de Barcelona
Salão náutico de Barcelona Içou as Velas com Boas Notícias O Salão Náutico de Barcelona já iniciou a fase de marketing para a sua próxima edição, que será realizada de 24 a 29 de setembro, tal como no ano passado, no Port Vell.
O
primeiro dia que coincide com a festa de La Mercè, padroeira da cidade, e com o Mediterrâneo Tall Ships Regatta, uma regata de grandes veleiros. O evento, o maior de Espanha, tem o reconhecimento da Federação Internacional de Boat Show Organizadores (IFBSO) e vai mostrar, mais uma vez, uma exposição flutuante e outra em seco, bem como das actividades da náutica de recreio e desportos aquáticos. Estaleiros internacionais de referência no sector da náutica já anunciaram a sua presença com novos modelos na edição deste ano, nas renovadas instalações de Port Vell Ao içar as velas, o Salão de Barcelona lançou uma campanha para atrair expositores nacionais e internacionais. “Nós começamos nossa campanha comercial com muito boa resposta e aceitação por parte das empresas, permitindo-nos confirmar o modelo atual, iniciado em 2012, que concentra toda a oferta comercial no Port Vell durante o 10
mês de Setembro “, diz o diretor do festival, Jordi Freixas. No ano passado, 80,4% dos expositores ficaram satisfeitos com o novo formato, de acordo com os resultados da pesquisa realizada pela Fira de Barcelona. O relatório também indica que o boat show tem elevada fidelidade no que respeita à de participação (93%) e quase metade das vendas anuais das empresas expositoras (44%) são gerados durante o evento de Barcelona. Para Jordi Freixas, “o Salão Náutico é a melhor plataforma para lançar novos produtos, ensaiar as embarcações e, principalmente, gerar novos contactos e vendas. Uma ferramenta eficaz para estimular o mercado e funcionar como um alto-falante das reivindicações do setor. Agora, mais do que nunca é um evento essencial no qual se deve estar “ O início da comercialização do evento também coincidiu com a estréia do novo visual do cartaz, que tem Barcelona e Port Vell como grandes protagonistas e que evoca o prazer que transmite o mar.
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30% dos visitantes pretendem comprar De acordo com a análise do parecer da Fira de Barcelona, 29,1% dos visitantes da última edição vieram para o evento, a fim de tomar uma decisão de compra. Isso representa um aumento de 9,4 pontos em relação à edição anterior de 2011. De acordo com esta pesquisa, realizada com mais de 300 pessoas, do total de visitantes expressaram a sua vontade de compra. 38,6% para adquirir acessórios náuticos, 34,1% embarcações a motor e 15,9% barcos de vela. O relatório também mostra que 44,7% do público visita o salão para saber sobre novos produtos apresentadas pelos expositores e 43,7% o fazem atraídos pelo seu amor à náutica de recreio. As principais áreas de interesse são barcos a motor e à vela, e a área comercial. 66,2% deles disseram que estavam razoavelmente ou muito satisfeitos com a sua visita ao certame e acreditam que este cumpriu os seus objetivos. Além disso, as datas do salão em Setembro e a
concentração da oferta no Port Vell foi valorizado positivamente. O estudo também mostra a fidelidade do público do Slão Náutico, pois 86,2% já o tinham visitado anteriormente e 86,8% afirmaram que vão retornar em 2013. A pesquisa também indica que 63,20% dos visitantes são da Catalunha, principal mercado náutico de Espanha com 22,56% dos barcos registados. No que respeita ao seu perfil, 70,5% é público geral e o restante profissional. O Salão Náutico de Barcelona vai mostrar durante seis dias - um a mais que na edição de 2012 - a maior e mais completa oferta comercial de Espanha em náutica de recreio e desportos aquáticos, tanto na exposição flutuante como em seco: veleiros, iates, catamarãs, menorquinas, barcos a motor, semi rígidos e botes insufláveis, embarcações de cruzeiro ou pesca cruzeiro e todos os tipos de produtos e serviços náuticos, eletrônicos, motores, acessórios, tintas, velarias, reboques, artigos de pesca, charter ou marinas. O Salão Náutico de Barcelona é organizada pela Fira de Barcelona, com a colaboração da Associação Nacional da Marinha e ANEN,
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Náutica
Teste Dipol 25 CC com Yamaha F200
Texto e Fotografia Antero dos Santos
Pescador Muito Completo em Prova de Mar
Depois de sairmos a Barra de Faro/Olhão testámos no mar, no passado dia 29 de Julho, montado com o novo motor Yamaha F200, o Dipol 25 CC, o modelo topo de gama do estaleiro espanhol Dipol Glass, desenvolvido por um pescador, para os outros pescadores, que gostam de embarcações confortáveis, bem equipadas e destinadas também aos passeios familiares.
O
convite para este teste foi efectuado pela Dipol Glass, a Yamaha e pela Santa Maria Náutica, com sede em Faro, concessionário Yamaha e agente da Dipol no Algarve. O estaleiro Dipol é de Huelva e desde que iniciou a sua actividade há mais de 20 anos, teve como principal produção a construção de embarcações robustas destinadas sobretudo para a pesca profissional. Para satisfazer bem os pescadores, além da robustez na construção, a Dipol desenvolveu um tipo de casco que oferece boa estabilidade e também 12
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não exige muita potência dos motores. Assim, quando começou a construir embarcações para o recreio, a Dipol manteve as mesmas características de casco, com um V evolutivo muito acentuado à frente, que atenua no último terço do casco e é semi planante na popa. Em virtude destas características, os barcos Dipol saem facilmente da água no arranque e têm um desempenho performante com potências reduzidas.
Posto de comando
O Dipol 25 CC é um barco vocacionado
Náutica
O poço
O banco do piloto Tem encosto amovível e mesa de piquenique
Dipol 25 CC para a pesca desportiva Com um equipamento muito completo e um estilo elegante e moderno, o Dipol 25 CC é uma embarcação do tipo Open de Consola Central que foi desenvolvida para agradar aos pescadores mas está equipada também para os dias dedicados aos passeios familiares, com um amplo aproveitamento do espaço no poço e da zona à frente da consola. O casco tem a proa elevada e com um design muito deflector. O V é bastante acentuado e os planos de estabilidade laterais que se desenvolvem desde a proa terminam muito salien-
tes à popa, obtendo um amplo apoio atrás do casco na água. Para oferecer aos pescadores todo o apoio necessário e conforto, tal como se encontra nos barcos americanos de pesca desportiva, o estaleiro desenvolveu o interior do 25 CC de modo a poder-se pescar tanto à frente da consola como atrás no poço. Assim, para os pescadores apoiarem as pernas nos lançamentos, as paredes interiores são almofadadas junto à borda. Existe um banco estofado à frente da consola e junto à proa encontra-se um banco também almofadado. Quando não se vai à pesca, estes bancos podem
A cabina 2013 Agosto 320
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Náutica
O Dipol 25 CC tem uma proa alta e com perfil deflector ser convertidos em solário ou podem servir para os piqueniques, com uma mesa em madeira que se monta ao meio. O piloto vai numa excelente posição de condução, poiis dispõe de um banco duplo almofadado muito confortável que permite uma posição elevada e com apoio para os pés. A
conduzir não faz esforço pois a direcção montada na consola é hidráulica. O banco do piloto foi também muito bem concebido, pois comporta um frigorífico, um compartimento com porta em madeira e ainda uma mesa rebatível em madeira e um lavatório atrás. E quando se pesca ao corrico, o
encosto do banco do piloto gira para permitir o assento virado para a popa. Para permitir boa acessibilidade a consola apresenta formas ergonómicas e arredondada e dispõe de bastante espaço para montar a electrónica. Tem o pára-brisas protegido por um corrimão em aço inox.
O novo motor Yamaha F200 instalado no Dipol 25 CC 14
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No interior a consola tem uma cabina com uma sanita química e grande capacidade para arrumar palamenta, sacos e equipamentos. Está preparada para levar um wc marítimo. No poço, junto à popa existe um banco estofado com dois lugares, com a passagem livre por bombordo para a popa e para a escada de banhos. Para satisfação dos pescadores, o estaleiro pode montar os porta-canas onde quiserem. Neste que testámos foram colocados cinco porta-canas atrás no banco da popa. Existe tam-
Náutica
bém na popa a estibordo um viveiro para isco vivo com grande capacidade. A meio do poço, encontra-se um grande porâo com grande capacidade para guardar o peixe, dispobndo de um caixa amovível. Depois das pescarias, para lavar o convés e o barco, existe uma bomba de água salgada com kit lava-convés. Igualmente muito do agrado dos pescadores, a borda no poço é guarnecida em madeira. E por baixo existem transportadores de canas. No que respeita às arrumações, este Dipol 25 CC tem uma capacidade pouco habitual. Para além da cabina que existe na consola, à frente, sob os bancos, encontram-se três grandes porões com tampa e sob o banco da popa há igualmente outro enorme porão. Na proa existe uma ferragem para apoiar o ferro e um porão para o cabo e a corrente, onde se pode montar um guincho eléctrico. Este barco também dispõe de duche de água doce na popa, para quando apetecer refrescar ou tirar o sal do corpo.
Viveiro de isco vivo
O poderoso motor Yamaha F200F No Dipol 25 CC estava montado o F200F, um motor com engrenagem e acelerador mecânicos regulares. Existe também o modelo F200G, com engrenagem e acelerador, controlados electronicamente, através de driveby-wire. O novo Yamaha F200 é mais um membro da gama de motores fora de borda da marca
Banco do piloto 2013 Agosto 320
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Náutica
O vasco tem um V profundo e assenta em planos de estabilidade laterais bem salientes japonesa, com sistemas muito sofisticados tecnologicamente. Trata-se de um 200 HP bastante leve que incorpora muitas características novas e inovadoras nesta classe de potência. O F200 oferece o poder de um 200 HP, mas está mais próximo em tamanho e peso do Yamaha
F150 e fornece por isso uma relação potência/peso excepcional. O motor com 2.785 cm3 de cilindrada, tem 4 cilindros em linha com árvore de cames variável (VCT), 16 válvulas e o peso de apenas 226/227 Kg. Pesa menos cerca de 50 kg que
o anterior F200, do qual é 18% mais leve e igualmente fiável. Para que isto fosse possível, o motor emprega tecnologia de economia de peso por toda parte o que também ajuda a melhorar a eficiência de combustível e igualmente, o desempenho em qualquer barco. Deste modo,
Atrás do banco do piloto estão cinco porta-canas 16
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o F200 é mais adequado para uma ampla gama de embarcações. Este novo Yamaha beneficia dos mais recentes avanços tecnológicos feitos pela Yamaha, tal como o Sistema de Protecção Anti-Roubo Yamaha (Sistema YCOP), a capacidade de ajuste variável das RPM para a pesca ao corrico, um novo e redesenhado Sistema de Amortecimento na Engrenagem (Sistema SDS - Shift Dampener System) na hélice e um limitador do tilt. No teste mostrou um casco robusto e rápido. Iniciámos o teste do Dipol 25 CC nas águas calmas da Ria Formosa e depois saímos a Barra de Faro/Olhão para ensaiar o seu desempenho no mar. A água fora da barra estava calma e sem vento mas tinha uma ligeira agitação. O Dipol 25 CC é uma embarcação construída com robustez, para enfrentar o mar em condições difíceis, e tem, para garantir isso, na construção do casco, as estruturais longitudinais e transversais bastante reforça-
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O Dipol 25 CC é muito seguro a curvar
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No mar o Dipol 25 CC corta a água com suavidade e atira-a bem para trás das, tal com vimos no estaleiro. Em virtude disso, é um barco que pesa 1.600 kg, Este peso é excelente, porque um barco em fibra deve ser pesado, para saltar menos no mar, navegar mais agarrado à água e ter um desempenho mais confortável e seguro. Mesmo assim, apesar de ser um barco pesado, no teste de arranque e de aceleração vimos que o barco descolava bem da água, pois levou 2,48 segundos para planar e atingiu os 33 nós na aceleração até às 5.000 rpm, em 11 segundos. Com o mínimo de velocidade a planar, confirmámos a característica do casco semiplanante, pois fez 11 nós às 3.000 rpm. Quando pretendemos atingir a velocidade máxima, mesmo com ajuda do trim, o motor não passou das 5.500 rpm e atin-
gimos 37,8 nós. Dentro da Ria chegou às 5.600 rpm e fez 41 nós. Com outro hélice teria chegado às 5.800 rpm ou mesmo 6.000 rpm, rotações à qual este motor chegou na sua apresentação na Itália n mês passado com o Pacific Craft 670, uma embarcação em fibra que pesa 940 Kg e três semi-rígidos, barcos que pesam entre os 960 e 1.040 Kg. Comparando a aceleração no arranque, o Dipol 25 CC foi mais rápido a planar que qualquer um deles. A navegar o casco mostra como o barco é bastante possante, pois corta a água com suavidade e conseguimos atingir velocidades de 37,8 com um desempenho confortável. Quando testámos o barco a curvar, devido ao V evolutivo do casco, o barco obedece de imediato e sem esforço ao comando e é muito seguro. Fi-
À frente há um banco à junto à consola e pode-se montar um solário 18
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zemos curvas apertadas com a direcção fechada a 25 nós, com o barco adornado ligeiramente, mas muito agarrado à água. Para terminar, concluímos que achámos que o Dipol 22 CC e o Yamaha F200 forma um conjunto que faz excelen-
tes performances e o barco apresenta-se com muito boas características para navegar nas nossas águas. Trata-se de uma embarcação muito bem equipada para interessar os pescadores desportivos e está a um preço muito interessante.
Características Técnicas Comprimento
7,44 m
Boca
2,60 m
Lotação
6/8
Peso
1.600 Kg
Potência máxima
300 HP
Preço barco/Yamaha F200 FETX
37.000e + IVA
Performances Tempo para planar
2,48 seg.
Aceleração às 5.000 rpm
33 nós 11 seg.
Velocidade máxima
41 nós 5.600 rpm
Velocidade mínima a planar
11 nós 3.000 rpm
3.500 rpm
21 nós
4.000 rpm
25,5 nós
4.500 rpm
30 nós
5.000 rpm
33.5 nós
5.500 rpm
37,8 nós
5.600 rpm ( na Ria Formosa)
41 nós
Construtor / Concessionário/ Importador Dipol Glass - La Lobera s/n - San Bartolomé de la Torre 21510 Huelva Tel.: 959 38 75 43 Fax: 959 38 62 97 dipolglass@dipolglass.com www.dipolglass.com Santa Maria Lda. – Pavilhâo Branco - Doca de Faro 8000-541 Faro Tel.: 289 804 805 – Telm: 91 978 98 84 WWW.santamarianautica.com Yamaha Motor Portugal – Rua Alfredo da Silva, 10 2610-016 Alfragide www.yamaha-motor.pt
Electrónica
Notícias Nautiradar
Arcas Cool CFX da Waeco, Novidade 2013 A Waeco apresenta as arcas Cool Freeze CFX, a gama que constitui uma das novidades para 2013
N
ova Geração de arcas com compressor de alto rendimento e classe energética A++ conseguem reduzir o consumo de energia em 35% e são muito fáceis de transportar. As aplicações são inúmeras, na praia, no barco, na autocaravana, no campismo ou num simples piquenique. São 4 os modelos desta gama: CFX 35 capacidade útil 32 litros, 4,5 litros para alimentos frescos,
pesa 17,5 kg PRVP € 774,00 CFX 40 capacidade útil 38 litros, 7 litros para alimentos frescos, pesa 18,5 kg PRVP € 830,00 CFX 50 capacidade útil 46 litros, 8,5 litros para alimentos frescos, pesa 20,4 kg PRVP € 907,00 CFX 65 capacidade útil 60 litros, 13 litros para alimentos frescos, pesa 22,3 kg PRVP € 1018,00 (Todos os preços incluem o Iva) Para mais informações: Nautiradar: www.nautiradar.pt
Legenda 1 - Congelação até –22 °C Zona de refrigeração com cesto e compartimento separado para produtos frescos para fruta, verdura, etc. 2 - 12/24 volts Vdc e 100 – 240 volts CA Guia para cabos: O cabo fica fixo e não se solta de repente. 3 - Termóstato eletrónico com indicação digital de temperatura 4 - Luz LED de baixo consumo no interior 5 - Pegas de transporte que recolhem 6 - Tampa desmontável Modelo Heavy Duty com cantos reforçados, dobradiças em aço inoxidável e mecanismo de fecho muito robusto. 7 - Ligação USB para carregar pequenos equipamentos 8 - Novo compressor da Waeco de alto rendimento, resultados de congelamento até -22°C com um consumo de energia mínimo.
Novo Frigorífico Waeco, o maís Pequeno da Gama CoolMatic
A
Waeco apresenta o modelo de frigorífico CRP 40, o mais pequeno da conhecida gama da CoolMatic. Pequeno, elegante e económico é a solução perfeita quando o espaço é curto. Ideal para barcos e caravanas, tem capacidade de 30 litros e inclui congelador de 5,3 litros Frigorífico de embutir, o painel da porta é prateado mate o que confere um toque especial nas cozinhas das pequenas embarcações, ainda assim, o seu interior é muito espaçoso. Com excelente capacidade de frio, dada pela tecnologia do compressor de alto rendimento, o que permite obter resultados perfeitos. Pesa 18kg . Alimentação 12/24 Vdc PRVP 830,00 (inclui IVA) Para mais informações: Nautiradar: www.nautiradar.pt
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Notícias do Mar
Economia do Mar
A “Ostra Portuguesa” Vai Mostrar Qual a Saúde do Tejo As águas do Tejo estão muito melhores e espera-se que seja a “Ostra Portuguesa” , para a qual existe já um projeto-piloto para a sua reintrodução, que arranca em setembro , e que vai determinar, com toda a segurança, qual a saúde do Tejo.
D
epois de possuir o maior banco de ostras da Europa, com um enorme valor económico, o Tejo perdeu este bivalve a partir dos anos setenta do século passado, depois de já ter tido uma exploração intensiva no país, chegando o sector a denominar-se mesmo de “indústria ostreícola”,com uma produção anual que chegou a atingir as 9 mil toneladas, no ano de 1964. Atualmente a produção nacional situa-se nas 900 toneladas ano. A ostra portuguesa é uma espécie distinta, Crassostrea angulat, e durante séculos conhecida em toda a Europa pela ostra portuguesa, e exportada especialmente para França e também para Itália e Inglaterra. Depois de ter desaparecido a ostra portuguesa, foi introduzida a ostra japonesa, Crassostrea gigas. Com o desaparecimento de 20
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Estuário do Tejo
diversas zonas industriais altamente poluentes à volta do estuário do Tejo, e a construção e funcionamento de várias ETAR, como a de Lisboa e a do Barreiro/Moita, bem como muitas outras ainda no estuário e a montante, as águas do Tejo estão a oferecer, cada vez mais, fauna variada e os golfinhos até já entram. O projeto para a reintrodução da ostra portuguesa foi desenvolvido pelo IPIMAR e agora vai ser posto em actividade através de uma parceria entre o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, a Agência Portuguesa do Ambiente, a Câmara Municipal da Moita e a empresa Protagus, especializada na produção e comécio de ostras. Com um investimento de 60.000 euros pretende-se primeiro investigar a viabilidade de reintrodução da ostra portuguesa no Tejo, investigar quais as melhores zonas e em que condições crescem melhor e a taxa de
Ostra Portuguesa Crassostrea angulata
Notícias do Mar
Ostra Portuguesa Crassostrea angulata sobrevivência. Depois, numa segunda fase, analisar a qualidade da água nas zonas escolhidas, para se determinar qual a possibilidade de desenvolver culturas, para uma futura exploração comercial, tendo em conta sempre a qualidade da água, para efeitos da sua classificação, cumprindo a Diretiva Comunitária para as Águas Conquícolas, que determina três classes de águas, A, B e C. O Tejo está classificado em classe C, o que quer dizer que não se pode apanhar nem consumir ostras provenientes do estuário do Tejo. Como as águas estão muito melhores, poderão ser classificadas em classe B, e nesse caso as ostras poderão ser consumidas, mas só depois de depuradas. Só com as águas classificadas em classe A é permitido o consumo das ostras sem serem depuradas. Pretende-se também investigar e identificar a existência de poluição que altere a qualidade da água, e determinar potenciais medidas preventivas que ajudem a viabilizar o desenvolvimento da ostra portuguesa, sem quaisquer restrições de ordenamento dentro do estuário do Tejo. A ideia final é promover uma marca, “Ostra Portuguesa”, que já era conhecida a nível mundial e agora direcioná-la para a sua internacionalização e voltar a introduzir esta ostra nos mercados europeus, especialmente em França, incentivando também a preferência pela cultura desta espécie de ostra, junto dos diversos criadores nacionais e para investidores interessados na criação de maternidades de ostra. A ostra que atualmente se produz em Portugal é 90% a ostra japonesa. A cultura da ostra será efetuada de duas maneiras, em suspensão recebendo sempre água e no fundo, de modo a ficar em seco na baixa-mar e depois
comparar os dois processos, no que respeita ao crescimento do bivalve e quanto à dureza da casca. Espera-se que dentro de três a quatro anos o Tejo volte a ter ostras e poderá ser o maior centro produtor da Europa, com a possibilidade de exportação para todos os países europeus. A França é um grande produtor, mas a ostra portuguesa é reconhecida como tendo muito melhor qualidade. Estima-se que o estuário do Tejo tenha capacidade para produzir até às 12.000 toneladas por ano, cujo valor de produção poderá chegar aos 60 milhões
de euros ano. A grande vantagem da reintrodução da ostra portuguesa no estuário do Tejo, distribuída em múltiplos bancos naturais é tam-
bém porque atraem mais ostras e outros bivalves, aumentam as cadeias alimentares, a fauna piscícola e vai favorecer a produtividade do estuário.
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Náutica
Teste BWA HP Reef 60 com Honda BF115
Texto e Fotografia Antero dos Santos
Inovações nos BWA Para Aumentar a Polivalência
Testámos na baía de Cascais, equipado com o motor Honda BF115, um semi-rígido BWA HP Reef 60, uma embarcação da nova linha HP Reef, criada para oferecer maior conforto e aumentar a utilização do barco.
O
A navegar no mar tem um desempenho seguro e confortável 22
2013 Agosto 320
convite para o teste, foi efetuado pela Honda Marine e pela Parede Náutica, o representante e importador exclusivo do estaleiro italiano BWA para Portugal. O construtor BWA é um dos líderes europeus na construção deste tipo de embarcações, com uma experiência com mais de 50 anos. Desde sempre, os designers e engenheiros do estaleiro procuraram encontrar novas soluções que mantivessem o prestígio da marca quanto à qualidade, sobretudo no merca-
Náutica
O posto de comando BWA Reef 60
do de Itália, onde existe o maior mercado e maor concorrência dos fabricantes. Em virtude disso, os tubos são fabricados em Neoprene/ Hypalon Orca do principal fabricante do mundo deste material, a Pennel & Flipo. Hoje a BWA fabrica 35 modelos distribuídos por seis gamas de modelos, Premiun, HP Reef, Evolution, Sport, Tender e Profissional, embarcações tamanhos desde os 4,50 metros até ao cabinado Premiun 40’ WL, com 12,60 metros de comprimento. A linha HP Reef foi concebida para oferecer uma embarca-
ção muito polivalente, desenvolvida com grande ergonomia, de modo a satisfazer o máximo conforto. Nestas embarcações foram aplicadas muitas soluções inovadoras, para permitir
o melhor aproveitamento dos espaços e dos equipamentos. O BWA HP Reef 60 incorpora amplas características
É fácil a circulação no interior 2013 Agosto 320
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Náutica
O Honda BF115 montado no BWA Reef 60 para as suas dimensões O BWA Reef 60 é um semirígido com uma linha elegante, tem os tubos colados por fora ao casco e por dentro à coberta e com um verdugo duplo de proteção à volta, formando uma embarcação muito compacta. Tem um casco especial, com um V muito profundo, os robaletes muito salientes e os planos de estabilidade laterais formam
ligeiros túneis atrás, para facilitar a descolagem da água e aumentar a estabilidade. Sobressai neste barco, principalmente, a ergonomia de todo o equipamento interior. Para uma embarcação com 6,20 metros de comprimento, tem três amplas áreas, parecendo um barco bastante maior e está muito completo de equipamento. O posto de comando é a zona principal do barco. Ele
Banco da popa e em baixos os autoescoantes 24
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é formado por uma consola de condução central, elegante e funcional, com a dimensão adequada ao piloto, e um banco encosto para a condução de pé. Tanto a consola de condução como o encosto do piloto têm envolvendo um corrimão em aço inox para facilitar com segurança a circulação da popa para proa e também para a navegação em pé de um passageiro de cada lado.
À popa encontra-se um banco estofado para três pessoas, que se converte num solário, quando chega o momento dos banhos de sol. Também se pode utilizar um solário que se pode montar à proa, sobre o porão. Outro equipamento Inovador é a mesa que se encontra atrás do encosto do piloto, que se levanta e baixa, e serve para os piqueniques.
O banco da popa convertido em solário
Náutica
Devido ao casco, a curvar adorna ligeiramente Podemos considerar este barco como um campeão da arrumação, com um porão à proa, outro sob o banco da popa e compartimentos dentro da consola de condução e no banco encosto. Importante também é a incorporação de amortecedores hidráulicos nas tampas dos porões, pois facilita bastante levantá-las sem esforço. Outra inovação é o processo de largar e recolher o ferro. Na proa está colado um cabeçote retangular em fibra, onde se encaixa o ferro, corre a corrente e tem um cunho de amarração de
cada lado. Atrás fica um porão onde se guarda a corrente e os cabos. Este modelo estava equipado à popa com um “rool-bar” em aço inox e tem também um duche de água doce. Entre uma enorme quantidade de acessórios standard, realçamos ainda as luzes de navegação e de acostagem Led. Motor Honda BF115 O BF115 é um motor com grande impulso e destina-se muito especialmente para embarcações profissionais e de recreio
O banco, encosto do piloto 2013 Agosto 320
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Náutica
Um casco especial, com um V profundo e ligeiros túneis atràs que necessitem de alta potência com um elevado binário. O motor incorporou também todas as tecnologias de ponta desenvolvidas pela Honda Marine e que têm sido introduzidas nos motores da nova geração da marca japonesa.
Este motor de 115 HP tem 2.354 cm3 de cilindrada, com 4 cilindros em linha e dupla árvore cames à cabeça (DOHC). O BF115 tem o sistema de injeção programada de combustível e ainda o sistema BLAST, exclusivo da Honda, que é o
Porão para o ferro e corrente 26
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binário aumentado a baixa rotação que melhora as performances no arranque, com uma aceleração rápida, para os barcos planarem de imediato. Neste motor foi também introduzido o ECOmo, o sistema de controlo de combustão pobre, uma tecnologia altamente avançada, que consegue elevados níveis de economia de combustível, durante a navegação de cruzeiro em patamares entre as 3.000 rpm e as 4.500 rpm. O BF115 foi equipado com duplo veio de equilibragem de contra-rotação. Com esta tecnologia o motor tem um funcionamento extremamente suave e sem vibrações secundárias, em especial nas gamas de rotação média a alta. De salientar que o BF115 apresenta um ECM, módulo de controlo eletrónico do motor e
do comando da maioria das funções do motor, disponibilizando uma saída de dados da gestão do motor de acordo com a norma NMEA 2000, podendo ser igualmente ligado a uma ampla variedade de equipamentos de eletrónica de navegação e sondas. Outra tecnologia introduzida é o Trolling Control, com interesse para os pescadores. É um comando de velocidades lentas para as manobras e para a pesca ao corrico. Com este comando pode-se regular com precisão de 50 em 50 rpm, as rotações do motor entre as 650 e as 900 rpm. No teste, o casco evidenciou excelente adaptação à navegação no mar Esperávamos já o desempenho
Náutica
Porão à proa que o BWA HP Reef 60 nos ofereceu no teste que efetuámos na baía de Cascais, num mar sem vento mas com ondulação, pois o casco mostrou ter excelentes características para a navegação no mar, especialmente no Atlântico. No arranque, o tempo de planar foi de apenas 1,80 segundos, graças a tecnologia
BLAST do Honda BF115 associada às características do casco do Reef 60, que se apoia bem na água atrás, Também pelos mesmos motivos, na aceleração até às 5.000 rpm em 8 segundos chegámos aos 24 nós. Conseguimos acelerar até às 6.000 rpm e o barco atingiu 34 nós de velocidade máxima.
O porão sob o banco da popa tem tampa com amortecedores hidráulicos Para confirmarmos que o Reef 60 se apoia bem na água atrás, no teste de velocidade mínima a planar, o barco manteve-se com apenas 9 nós. No que respeita a uma velocidade de cruzeiro económica que a tecnologia ECOmo da Honda recomenda, às 4.000 rpm a velocidade foi de 20/21 nós. Consideramos excelentes as características do casco e comprovámos isso quando a
navegarmos contra o mar, fora da baía do porto de abrigo, às 4.500 rpm o barco navegava a 24/25 nós sem bater e a cortar a água com suavidade, proporcionando segurança e conforto. Também devido ao tipo de casco, quando o barco curva em velocidade, em curvas muito apertadas, adorna um pouco e vira sempre muito agarrado à água, mostrando muita segurança aos passageiros que vão sentados atrás, ou mesmo em
à proa pode-se montar um solário
Porões para arrumação à frente
A mesa de piquenique está nas costas do banco do piloto 2013 Agosto 320
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Náutica
Com o Honda BF115 atigiram-se excelentes performances pé agarrados aos corrimãos. Fizemos curvas com a direcção completamente trancada, a 18 nós às 4.500 rpm, sem qualquer problema. Também a navegarmos a favor do mar, o barco mostrou um bom desempenho, pois atingimos as velocidades mais elevadas e o barco passava de uma onda para a outra sempre direito e sem travar na água. O piloto vai também numa boa posição de condução, muito bem apoiado no encosto, ou sentado com os pés apoiados e faz uma condução suave, segura e sem esforço, especialmente nas manobras. Outro bom comportamento
do Reef 60 é que o casco deflecte muito bem a água sem molhar o poço, que no final estava seco. Devemos destacar que este modelo BWA HP Reef 60 é um semi-rígido que, para as suas dimensões, foi desenvolvido para permitir uma utilização muito polivalente e está muito bem fornecido em equipamento, para conseguir esses objetivos e satisfazer bastante o cliente e os utilizadores. O tipo de casco é outra mais-valia deste modelo, pois pode-se com toda a segurança navegar ao longo da costa ou ir até aos pesqueiros, mesmo com o mar pouco favorável.
Encaixe à proa para o ferro 28
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Características Técnicas Comprimento
6,20 m
Boca
2,55 m
Diâmetro dos tubos
0,55 m
Compartimentos estanques
5
Peso
650 Kg
Lotação
12
Depósito de combustível
150 l
Potência mínima
60HP
Potência OK
115 HP
Potência máxima
175 HP
Motor
Honda BF 115 HP
Preço barco/motor s/IVA
a partir de 34.600 e
Performances Tempo para planar
1,80 seg.
Aceleração às 5.000 rpm
24 nós 8 seg.
Velocidade máxima
34 nós às 6.000 rpm
Velocidade de cruzeiro
20/21 nós às 4.000 rpm
Mínimo a planar
9 nós às 2.800 rpm
3.000 rpm
10,4 nós
3.500 rpm
16,7 nós
4.000 rpm
20,5 nós
4.500 rpm
25,6 nós
5.000 rpm
29,2 nós
5.500 rpm
32,7 nós
6.000 rpm
34 nós
Importador Exclusivo e Distribuidor Parede Náutica - Marina de Cascais – loja 31 A/B | 2750 – 800 Cascais Tlf: 214 822 727 | email: geral@paredenáutica.pt | www.paredenautica.pt Honda Marine – www.honda.pt
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Náutica
Quicksilver Activ 675 Open Sport com Mercury F150 XL EFI
Texto e Fotografia Antero dos Santos
Teste a Um Barco do Ano
O Quicksilver Activ 675 Open quando saiu e foi considerado Barco do Ano em 2012, não tivemos a oportunidade de o testar, nem confirmar as suas características especiais. Porém, no passado dia 4 de Julho, a convite da Touron Portugal e do seu concessionário Courela Yachts, podemos ensaiar no Tejo este premiado modelo da linha Activ.
A
actual linha Activ da gama Quicksilver foi recriada para servir melhor ainda e permitir maior conforto nos passeios familiares e nos dias de diversão náutica. Com um design moderno e desportivo, as embarcações Quicksilver Activ, privilegiam a segurança, com os cascos ade30
quados ao mar e com os interiores de fácil circulação, equipamentos simples de usar e muito confortáveis. O grande trunfo destas embarcações é serem facilmente utilizadas para qualquer desporto aquático ou para a pesca desportiva, sem adaptações de espécie alguma. Cada embarcação tem os equipamentos e
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acessórios indispensáveis para qualquer tipo de utilização em qualquer momento. Quicksilver Activ 675 Open Sport junta inovação ao espaço, segurança e beleza A edição Sport veio acrescentar mais equipamentos ao modelo
675 Open e acentuar a linha muito elegante do casco, agora em branco e negro. Nesta edição é standard o duche de água doce do poço, rádio com dois auto-falantes e mesa de piquenique. Este modelo é uma embarcação “open” com ampla utilização à frente, um espaçoso poço e comporta ainda uma cabina que permite montar, num banco em
Náutica
A consola de condução tem duas passagens laterais
Quicksilver Activ 675 Open
V, uma cama de casal. A versatilidade na utilização do Activ 675 Open deve-se à excelente conjugação dos espaços e dos equipamentos montados. O barco tem um banco corrido estofado à popa com três encostos. O de bombordo baixase para facilitar a entrada pela popa. O piloto e o copiloto dispõem
de bancos individuais ergonómicos e giratórios com excelentes estofos que permitem duas posições de sentado, uma em baixo outra em cima. A consola de condução impõe-se pela sua beleza e funcionamento prático. Ela permite a passagem para a proa por ambos os lados, mas é mais larga a passagem por bombordo, para permitir mais simplicidade na circulação. Com uma forma arredondada e um pára-brisas em acrílico, protegido por um corrimão em aço inox, a consola tem a estibordo um ergonómico posto de comando com o painel de instrumentos e espaço para montar o GPS e a electrónica.
A entrada para a cabina está a bombordo na consola, com uma porta que corre sob o posto de comando. Dentro, a cabina tem espaço para duas pessoas estarem sentadas num banco em V, ou pernoitarem deitadas. A consola de condução tem à frente um banco duplo com o encosto estofado. Junto à proa existe também assento para duas pessoas. Todo este espaço pode-se converter num amplo solário. No que respeita a estiva, o Activ 675 Open é um campeão pois, para além dos compartimentos dentro da cabina, existe um enorme porão para arrumações
Um conjunto equilibrado com o Mercury F150 EFI 2013 Agosto 320
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Náutica
Banco à frente da consola sob o banco da popa e também sob o banco à frente da consola. O compartimento da proa, tem espaço para guardar caixa para o peixe ou palamenta. À proa existe um porão para arrumar o cabo, a corrente e o ferro e uma ferragem para descanso do ferro. Para os pescadores para a pesca ao corrico, está montado um porta canas de cada lado, na borda.
Motor Mercury F150 XL EFI Este motor de 150 HP destacase por ser extremamente compacto e de baixo peso, para a cilindrada que tem, com 3,0 litros e uma configuração de motor de quatro cilindros em linha, com oito válvulas (SOHC) e o peso de 211 Kg. Trata-se do motor de 150 HP mais leve do mercado, com 12 kg a menos do que o famoso 150
À frente da consola pode-se montar um solário HP Optimax de Injecção Directa. Com menos partes internas do que muitos outros motores concorrentes, o Mercury 150 EFI é uma prova de que a tecnologia pode ser usada para proporcionar um melhor desempenho e durabilidade, reduzindo o tamanho e peso e servir perfeitamente para qualquer tipo de embarcações. Os níveis de eficiência de combustível são elevados nes-
te motor de 150 HP, graças ao sistema de injecção electrónica de combustível EFI, que garante igualmente altas performances. Com um desenho melhorado e perfil hidrodinâmico, a caixa de velocidades agora aplicada neste motor está blindada e tem maior espessura, para tornar-se mais eficiente, garantir maior durabilidade e também para acomodar um conjunto de engrenagens maiores e servir para os motores
O Activ 675 Open temum casco rápido 32
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Náutica
Com o casco em V profundo o Activ 675 Open curva com segurança de 300 HP Agora um novo ângulo de instalação do motor, reduz significativamente a vibração transmitida para o painel de popa, especialmente em pontos transitórios de uma marcha lenta acelerada até ao ponto em que o barco está prestes a deslizar. No F150 foi feita a incorporação de aço inox de alta qualidade, extremamente resistente à corrosão. Este motor foi desenvolvido para permitir uma instalação mais fácil. Tem cabos padrão mecânicos, cabo duplo ou de apoio à direcção hidráulica, direcção hidráulica opcional e capacidade para trabalhar em padrão analógico ou com o SmartCraft directamente. O motor tem um sistema de exaustão especial, desenvolvido para aumentar as suas capacidades na tecnologia de redução de som, com um filtro acústico para atenuar o ruído de escape de alta frequência da marcha lenta. Para lavar com água doce o motor, basta remover a tampa e ligar uma mangueira de jardim. É tudo muito simples. No que respeita à garantia, o Mercury 150 HP EFI, tem uma garantia ao longo de cinco anos. Provado no teste os argumentos do prémio Testar uma embarcação que foi premiada, pode parecer mais simples, mas não é, porque não basta confirmar o que dizem dela, temos que encontrar outras características que façam a embarcação ser diferente de outras. No Activ 675 Open o que mais se destaca é a sua polivalência,
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Náutica
O Activ 675 Open tem o interior amplo e muito confortável pois numa embarcação que não chega aos 7 metros, há muito que podemos fazer dentro dela. Não sendo uma embarcação especialmente concebida para a pesca desportiva, os pescadores encontram neste barco amplas condições para fazerem a pesca ao fundo fundeado e á deriva, ou ao corrico. È um barco desafogadoe que permite fácil movimentação, podem estar no poço, dois pescadores confortavelmente sentados nos bancos individuais ou no banco da popa,
ou ainda em pé junto à borda porque a altura interior da borda é bastante alta e segura. À frente da consola pode igualmente estar um pescador ou dois, sentados ou em pé junto à borda. Para os passeios familiares e com os amigos o Activ 675 Open permite desfrutar de um amplo convívio com oito pessoas, que é a lotação deste modelo. No poço podem ir sentadas cinco pessoas e à frente outras três. Quando chega a hora dos piqueniques pode-se montar uma
Banco à popa Legenda no Poço 34
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mesa no poço. Toda a largura da popa deste barco está aproveitada com um banco corrido, que tem os encostos rebatíveis, para facilitar o acesso à popa e os mergulhos e a entrada para o poço, no regresso. Este é mais um pormenor positivo deste barco. Outra funcionalidade bem resolvida é o acesso ao espaço à frente da consola, onde se pode montar igualmente um enorme solário. Se a consola estivesse completamente encostada a es-
tibordo, o único acesso à frente seria por bombordo. E o piloto teria que dar a volta. Como existe uma passagem, mesmo mais estreita, permite o piloto passar rápido para ir à proa. Assim, a passagem pode ser efectuada por ambos os lados, com a de bombordo mais larga. O casco do Activ 675 Open tem ainda mais ampliadas as características da gama Activ, a proa alta com um perfil bastante deflector, um V profundo e os robaletes e os planos de estabili-
Posto comando ergonómico e confortável
Náutica
dade laterais bem salientes, para oferecer um desempenho marinheiro, seguro e confortável. Apesar de ter um casco possante e pesado, bastante agarrado à água, nos testes de aceleração e velocidade, com o Mercury de 150 HP, o barco saiu bastante bem da água e foi rápido. Assim, no arranque, em apenas 1,95 segundos já estávamos a planar e na aceleração até às 5.000 rpm em 7,25 segundos atingimos os 27,3 nós. Em velocidade máxima, com o motor nas 5.800 rpm fizemos 33,6 nós. São performances que mostram bem o equilíbrio deste conjunto barco/motor. No dia dos testes o Tejo, junto à marina do Parque das Nações, parecia um espelho, sem vento e sem ondulação. Por isso, testámos o casco a passar as esteiras de outros barcos, para sentirmos o casco a cortar a água com suavidade. O casco do Activ 675 Open apoia-se bastante bem na água atrás, por isso descola depressa e no mínimo de velocidade a
O casco tem um desempenho marinheiro e apoia-se na água bem atrás planar fizemos 8,8 nós às 2.500 rpm. Com esta característica arranca bem com pouca potência. No teste de velocidade de
cruzeiro fizemos uma navegação económica às 4.000 rpm à velocidade de 23 nós. Salientamos ainda a excelen-
te posição de condução do piloto bem como estar confortavelmente sentado ou em pé, fazendo uma condução sem esforço.
Características Técnicas Comprimento
6,74 m
Boca
2,55 m
Peso
1.205 Kg
Capacidade combustível
135 L
Lotação
8
Potência máxima
200 HP
Motor em teste
Mercury F150 XL EFI
Preço barco/motor s/IVA
27.750 e
Performances
O molinete à proa pode ser eléctrico
Tempo de planar
1,95 seg.
Aceleração às 5.000 rpm
27,3 nós 7,25 seg.
Velocidade máxima
33,6 nós 5.800 rpm
Velocidade mínima a planar
8,8 nós 2.500 rpm
Velocidade de cruzeiro
23 nós 4.000 rpm
3.000 rpm
14,1 nós
3.500 rpm
19,3 nós
4.000 rpm
22,9 nós
4.500 rpm
25,8 nós
5.000 rpm
29,2 nós
5.500 rpm
32 nós
5.800 rpm
33,6 nós
Importador e Concessionário- Touron Portugal Telf.: 21 460 76 90 geral@touronsa.pt www.touron-nautica.com/pt Courela Yachts – Passeio Neptuno 3.04.01 J loja 24 - Marina Parque das Nações Tel. 211 991 793 info@wwm.pt www.wwm.pt
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Notícias do Mar
Notícias de Orlando Rosa & Filhos
Orlando Rosa & Filhos Enfrenta a Crise com Forte Aposta no Futuro
Já com mais de 20 anos no mercado da náutica de recreio, a crise que eclodiu em 2008 e quase paralisou a actividade económica neste sector não travou Orlando Rosa e os seus filhos que se lançaram a construir novas instalações num terreno que adquiriram com 10.000 metros quadrados e há um ano mudaram-se do Parchal para Alcantarilha.
C
om a sede no Algarve e durante anos no Parchal, Orlando Rosa & Filhos mudou-se para novas instalações, as quais têm uma
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extraordinária visibilidade na Estrada Nacional 125, junto a Alcantarilha, defronte do parque aquático Aqualand e com uma enorme frente para a estrada mais concorrida do Algarve.
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“Já devíamos ter vindo, para aqui há mais anos e conquistarmos os clientes que só agora sabem que existimos” disse Orlando Rosa que acrescentou: “Fizemos
um enorme investimento e deu-nos muito trabalho, pois nunca é facil uma mudança de instalações. Mas valeu a pena”. Como o terreno é ligeiramente a descer ao longo da Estrada 125, as instalações encontramse separadas em duas áreas, com a circulação bem organizada, um enorme parque de estacionamento para os clientes e zona de exposição de embarcações no exterior. Perto da entrada fica a área coberta de exposição, recepção e serviços administrativos, com cerca de 320 m2. A cerca de 50 metros e um pouco mais em baixo, encontra-se a área de assistência com as oficinas e espaços para parqueamento a seco. Orgulhoso com o que nos mostrava, Orlando Rosa destacou o seu estado de espírito: “Estou completamente realizado. Tenho os meus filhos José Manuel e Carlos a tra-
Notícias do Mar
balharem comigo e foi com eles que desenvolvi a nossa firma. Já tenho netos e isto é também para eles. Até já saí da gerência”. Orlando Rosa & Filhos é desde há muitos anos importador das embarcações em fibra Karnic e dos semi rígidos Lomac e agente das embarcações Quicksilver. Quanto a motores, é concessionário das marcas Suzuki, Mariner, Mercruiser, Johnson e Evinrude , dando assintencia também a outra marcas. “Ao passarem na estrada nacional 125 vêem-nos aqui com os barcos e entram para saber o que temos para vender, e que serviços temos para oferecer. Ainda estamos no início, mas não tenho dúvida, a nossa localização é que nos está a trazer negócios, muitos clientes pensam que somos uma firma nova que abriu agora de inicio”, explica Orlando Rosa, que destaca ainda: “fazemos todo o tipo de serviços; mecanica , pintura fundos , pintura costados , renovação interiores, trabalhos fibra-vidro , alteraçãoes personalizadas , entre outros. Temos também espaços de parqueamento para clientes que preferem ter o barco fora de água no Inverno, com plastificação se o cliente quiser, fazemos a assistência necessária e quando vêm de férias colocamos o barco em qualquer ponto que o cliente queira. Como temos duplicados das chaves, deixamos os barcos prontos para saírem. Este tipo de serviço agrada muito aos estrangeiros. Mas também temos clientes
nacionais para os quais fazemos este serviço há anos, muito antes de virmos para aqui.Temos agora é muito mais espaço para isso.” No que respeita às vendas, neste momento os clientes procuram o semi-novo, e a maioria pretende mesmo barcos usados com poucas horas de motor. O mercado do novo está praticamente parado. “ Alguns querem barcos maiores e de momento não é esse o nosso mercado , mas vamos avançando e tentando satisfazer os clientes que aparecem”, concluiu Orlando Rosa. Dada a actual situação da náutica de recreio em Portugal, é de espantar a aposta que fizeram no futuro Orlando Rosa e os seus dois filhos José Manuel e Carlos. Porém o seu entusias-
mo e confiança são imensos e acreditam tanto, que já construíram fundações para ampliar a zona de exposição para embarcações maiores, esperando assim chegar a novos clientes de um segmento de mercado que
até agora não cobriam. “Estando cientes que não vai ser facil, pensamos que esta é a aposta certa , evoluir e proporcionar aos clientes o melhor serviço , condições e atendimento possivél.”
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Electrónica
Notícias J. Garraio
Não Deixe os Peixes Escapar à sua Mira
A J. Garraio, Lda., empresa de equipamentos náuticos com mais de 150 anos de experiência, é o distribuidor oficial em Portugal da marca de excelência mundial de equipamentos de GPS náuticos, a Lowrance. A pensar na importância de manter os peixes “de baixo de olho”, a J. Garraio sugere a nova sonda da gama Elite, a Elite 7x HDI.
E
ste modelo apresenta um ecrã a cores de 7’’, legível mesmo sob luz solar direta, com um preço muito económico, o que torna a Elite 7x HDI na escolha mais popular. A sonda Elite 7x é HDI (Hybrid Dual Imaging™), a nova tecnologia de sonda da Lowrance. O HDI combina a tecnologia BroadBand™ encontrada nas sondas tradicionais HDS e a tecnologia DownScan Imaging™ encontrada nas sondas DSI. Esta capacidade permite ao utilizado obter uma definição e clareza de imagem sem igual em qualquer linha de água. A Elite 7x HDI tem conetividade NMEA 2000®, podendo desta forma receber informações GPS externas e partilhar waypoints. Esta sonda é compatível com qualquer transdutor Lowrance Blue-connector, incluindo os transdutores Airmar, sendo que o mais aconselhável é o transdutor HDI de forma a tirar o maior partido das informações de DownScan™. Para melhorar a facilidade de acesso, este modelo, apresenta 38
uma página de menus, com rápido acesso a todas as funcionalidades, tudo através do toque com o polegar. Poderá dividir a informação no ecrã em dois, por forma a visualizar
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duas páginas diferentes ao mesmo tempo. PVP: Elite 7x HDI 83/200/455/800: €922,80 com IVA
Elite 7x HDI 50/200/455/800: €1038,28 com IVA Para mais informações os produtos e serviços comercializados pela J. Garraio, Lda. Visite o site www.jgarraio.pt
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Pesca Desportiva
Pesca Embarcada
Albacor
O Barco dos Recordes
Garantidamente 95% dos clientes do Albacor conseguiram o maior troféu Falar no sucesso do Albacor é falar sobretudo do homem do leme, Eduardo Soares. Um homem por trás do sucesso de um barco, barco que ganhou nome pelos recordes que tem produzido e onde, garantidamente, 95% dos clientes desta embarcação conseguiram o seu maior troféu.
Q
uando perguntámos a Eduardo Soares a que se deve o sucesso do Albacor, disse-nos que “era 40
uma conversa que dava umas voltas muito grandes”. Tudo começou em Vila Real de Santo António onde Eduardo começou a trabalhar na em-
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barcação “Esmeralda Azul”, prestigiada embarcação, propriedade de um estrangeiro e capitaneada por Hélder Ferreira. Eduardo trabalhou nes-
se mesmo barco três meses mas achou que o negócio não levava o rumo certo e que o seu futuro passaria a ser “a solo”.
Pesca Desportiva
Texto: Redação/Mundo da Pesca Fotografia: Eduardo Soares (arquivo pessoal)
çar a trabalhar e lá fechei negócio com o dono do estaleiro, um negócio fechado com uma moeda de 500 pesetas (risos). Foi simbólico e não me vou esquecer daquela atitude; deixoume pagar à medida das minhas possibilidades. E assim veio o Albacor para mares lusitanos. O homem do leme...
A procura... A procura começou e Eduardo viu muitos “chaços”, até que no estaleiro espanhol sediado na Isla Cristina, Conrado Moreno, viu algo que se encaixou no que procurava. “Na altura o dinheiro não era muito mas a vontade sim. Aquilo era o barco ideal para come-
Mas de nada serve um bom barco sem um bom mestre. Eduardo tem atualmente 39 anos, 13 anos de atividade, mas um “currículo de mar” muito mais vasto. “Houve um barco e uma pessoa a quem devo muito e que muito me ajudaram na minha caminhada, falo do Professor António Francisco e do seu barco o “Conquilhinha”, uma
traineira mais tarde convertida a barco de recreio e que foi uma escola para mim. Nele fizemos grandes cercos aos pargos e aprendi muita coisa. Todos os fins-de-semana saíamos e ganhámos um conhecimento profundo deste mar e dos hábitos dos peixes. Aprendi o que fazer e para onde ir com certas condições de mar, algo que só vem
O Albacor é o barco dos recordes 2013 Agosto 320
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Pesca Desportiva
Quando chega a hora de pescar pargos, estou a 200%
É gratificante saber que a taxa de sucessos Ê muito maior 42
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Pesca Desportiva
com as horas de água. Com o meu início de atividade fui ganhando ainda mais conhecimentos com alguns clientes e tudo foi ainda mais fácil, bastando juntar as peças para se ter um belo cocktail.”. Preferências pessoais Quando questionado sobre que pescas prefere, Eduardo não teve hesitações: “pesca de peixes grandes, pargos, corvinas e atuns! Quando há atuns então nem hesito e nem sequer durmo e quem quiser vir no Albacor vai ter que pescar atuns. A verdade é que tenho de tentar satisfazer todos os clientes, desde os que querem pescar safias, besugos ou fanecas, até aos que querem apenas tentar os grandes capatões ou corvinas, passando pelas pescas muito técnicas a sargos-legítimos e douradas. Se em todas as pescas estou a 100%, quando chega a hora
de pescar pargos e corvinas estou a 200%... e aos atuns 400% (risos)! É lógico que um bom grupo ajuda muito e tenho aprendido muito com os meus clientes a nível de técnica; o meu conhecimento dos locais e este conhecimento são uma combinação explosiva. Mas é bom que haja um entendimento e por vezes é difícil conciliar a pesca a espécies diferentes. Não faço, pois nunca funciona.
Felizmente para mim que cada vez há mais pessoas a quererem investir num peixe a sério em vez de encherem uma geleira. Tem de haver esta sintonia entre quem comanda o barco e o pescador para que tudo corra pelo melhor. Segredo do sucesso? “A pergunta que toda a gente quer saber e que acho ter uma
resposta simples: eu pesco para mim…com a minha cabeça e tento olhar a todos os pormenores, a pesca é feita disso. O meu conhecimento da zona e a minha leitura das condições é que têm ditado o sucesso do Albacor. Os peixes são como vacas numa pastagem e nem todas as pastagens são boas; tal como um bom pastor tenho de por os pescadores no sítio certo e fazer com que estejam
Um troféu para recordar sempre 2013 Agosto 320
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Pesca Desportiva
As pessoas querem cada vez mais investir na pesca de peixes grandes 44
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Pesca Desportiva
Tento satisfazer todos os clientes a pescar da forma certa. Aqui há outro aspeto interessante: o ajudar o cliente. A bordo de um barco eu podia escrever um livro, tantas foram as emoções que já vivi no mar; já vi muita alegria e muita tristeza estampada no rosto de pescadores. Alguns pescadores facilitam e o seu maior inimigo é a preguiça. É contra isso que luto, exigindo da minha tripulação o máximo empenho e tento sempre corrigi-los e transmitir o entusiasmo de uma captura que há de vir. Sobretudo na pesca a peixes grandes não há muitas hipóteses e uma iscada mal feita de cavala viva, um estralho com nó, etc., podem comprometer a pesca e de uma boa pesca vive o bom nome de um barco e o seu mestre.”. Mas voltámos à carga e quisemos saber se um passado na pesca submarina ajuda. “Claro que sim, pelo menos para comprovar aquilo que a sonda nos diz. Antigamente não ligava, mas associar elementos da biologia animal, observar o seu comportamento é algo a que cada vez dou mais valor e vou armazenando na minha cabeça; é sem dúvida uma mais-valia na pesca. Saber em que aba da pedra está esta ou aquela espécie, saber que se pegar na isca vai ser ali, é algo de muito valioso e só ajuda nesta atividade. Claro que é falível mas é gratificante saber que a taxa de sucesso é bem maior que a de insucesso. Também não vejo um dia sem capturas como algo de mau, é mais uma lição, a melhor de todas e a que nos ensina. Afinal, aprendemos é 2013 Agosto 320
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Pesca Desportiva
Para pescar peixes grandes a preparação tem que ser perfeita com os erros, pelo menos mais rapidamente…”.
Quem pesca peixe grande deve aceitar bem os insucessos 46
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O diz que disse... Há sempre quem se queixe, quem queira valorizar sempre o dinheiro que gasta numa saída e que lida mal com o insucesso, apontado a culpa, obviamente, ao mestre. Eduardo tem colecionado muitos clientes e amigos mas também alguém que aponta o dedo. “É uma realidade. Quem pesca a peixe grande tem de estar preparado para isso e há quem lide mal com não se apanhar nada. É por isso que, tal como referi, sou exigente com os clientes e os tento motivar, incentivando-os sempre para uma captura que, por vezes
tarda. É isso a pesca de peixes grandes como os pargos e as corvinas, mas não só! Nada me dá mais prazer do que receber um grupo de pescadores com mente aberta e tentar, por exemplo, fazer uma pesca de sargos mas apostar só a peixe maior, iscando diferente, mais grosso e que não querem uma geleira cheia… apenas sargos XL. É isso que gosto num cliente. Quando questionado sobre os objetivos futuros foi perentório: continuar a pescar, a ver os meus clientes satisfeitos e a ver se me desforro de um atum que perdi nos Açores. Mesmo que o devolva, trazê-lo até à borda do barco é a melhor das recompensas!
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Notícias do Mar
Tagus Vivan
Crónica: Carlos Salgado
Por um Tejo Vivo e Vivido e Recurso Económico Natural
Flamingos A habitual entrevista deste mês vai ser substituída pelo relato de uma viagem fluvial de reconhecimento do estuário do Tejo efectuada no passado dia 25 de Julho, nomeadamente à Reserva Natural e às frentes de água do município de Vila Franca de Xira, viagem essa que acompanhei, bem assim como a mesa redonda que se realizou no final da viagem.
E
stas viagens de reconhecimento, periódicas, são da iniciativa da TAGUS VIVAN, na prossecução do seu objecto. Esta ONG, vulgo Confraria do Tejo, é constituída por cidadãos que têm
vindo a pugnar pelo Tejo, alguns dos quais ao longo de meio século, cidadãos que não se movem por interesses de protagonismo, negócio, carreira profissional ou política. O objecto desta Confraria é manter-se informada de tudo o que diz respeito
ao Tejo para poder fazer uma avaliação permanente que lhe permita estar apta para sugerir e propor as medidas que podem e devem ser tomadas por quem de direito, para construir um futuro sustentável e sustentado deste nosso maior rio,
Equipa de reconhecimento da Tajus Vivan 48
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nas suas várias vertentes. Passo a relatar, circunstanciadamente, a Viagem de Reconhecimento e o debate na Mesa Redonda que teve a seguinte ordem dos trabalhos: Avaliação da informação recolhida durante a viagem fluvial de reconhecimento. Porto de Lisboa, que futuro? A ARH-Tejo perdeu autonomia, porquê? Libertação da Via da Água. 1. Nesta viagem foi dado constatar que a Reserva Natural do Estuário do Tejo está cada vez mais viva, apresentando um progressivo aumento de indivíduos, mais visivelmente das espécies da avifauna. Também da fauna piscícola foi notória a movimentação de cardumes de peixes, tanto na baixa-mar como à medida que a maré foi enchendo e segundo informações dadas por pescadores, a corvina está a aparecer em abundância, bem como novamente alguns golfinhos. Quan-
Notícias do Mar
to às frentes de água do município de Vila Franca de Xira é notório o investimento que tem vindo a ser feito pela edilidade nessas frentes, na sua requalificação ao nível das margens, molhes e outras obras que sustentam as vias pedonais e ciclovias, assim como a construção de fluvinas, rampas, pavilhões, esplanadas, restaurantes e outros equipamentos de apoio à náutica desportiva, de lazer e turismo, e às actividades de convívio das populações, próximo do espelho de água. e também alguns cais flutuantes para os pescadores artesanais. Com a recente requalificação feita na Póvoa de Santa Iria, pouco falta para que os 23 km de frente de água deste município, esteja requalificada, sem ferir a paisagem e o ambiente. 2. O estuário do Tejo, a área de jurisdição do Porto de Lisboa, tem vindo progressivamente a ser libertado das indústrias pesadas, mas quanto à operação portuária intensiva continua a estar sobrecarregado. O estuário é um potencial pólo de atracção turística, sobretudo porque a capital Lisboa, tem uma grande riqueza patrimonial e cultural que, relativamente à relação da
cidade com o rio, tem vindo a criar mais atractivos e equipamentos de animação turística. Veja-se que Lisboa se encontra cada vez mais na rota dos grandes navios de turismo, dos “ tall ships “ e dos grandes barcos escola das marinhas mundiais, e ultimamente também dos barcos F1 da taça América. É bem evidente que as frentes ribeirinhas de Lisboa têm vindo a ser valorizadas para o turismo e lazer, pois para além da Torre de Belém, do Padrão dos Descobrimentos, do Museu da Marinha, do Mosteiro dos Jerónimos, há hoje um valioso percurso composto pelas docas, as Gares Marítimas, o Museu da Electricidade, o passeio ribeirinho, o Terreiro do Paço e Cais das Colunas, as esplanadas e molhes de atracação dos Navios de Turismo frente a Alfama, e o extraordinário e emblemático Parque das Nações. E não só Lisboa, porque o estuário está debruado de cidades, vilas e outros aglomerados populacionais que possuem características e valências, com culturas ancestrais muito diversificadas que aliadas ao clima ameno do estuário, à sua luz e a todas as outras valias apontadas anteriormente, fazem dele um
Flamingos potencial filão para o turismo. Por isso o Porto de Lisboa deve aliviar a sua pressão sobre Lisboa e toda a área envolvente. Terminal de Contentores da Trafaria/Porto de Sines Contrariando o conceito de aliviar a pressão sobre Lisboa, um ex-membro do Governo, Álvaro
Santos Pereira, anúnciou que ia ser posta em discussão pública o projecto de construir na Trafaria um mega terminal de contentores por considerar que naquela margem há condições naturais para um porto de águas profundas, quando 80% das mercadorias a chegar aqui se destinam à zona norte do país e à Europa. Mas Portugal já possui um porto de águas profundas em Sines,
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Notícias do Mar
Garça com muita capacidade e que se encontra subaproveitado, para além do que, este porto está na rota dos super navios e mais próximo do canal do Panamá, de onde provêm mercadorias da América do Sul e do Oriente, com destino à Europa. Como o Atlântico é a auto-estrada que tudo traz do Índico e do Pacífico e Portugal está na ponta da Europa metida no Atlântico, pode por isso deixar de ser um país periférico para ser o centro da Europa. Portugal tem já esse porto de águas profundas em Sines, logo a Europa tem Sines. Mas este porto precisa da via ferroviária até à fronteira para entrar na Europa e o Governo ainda não decidiu avançar com esse projecto. Será que o Governo continua mais interessado na construção da aberração do mega terminal da Trafaria? Plataforma Estratégica Lisboa Norte Outra obra que descongestionará Lisboa é a Plataforma Logística de Lisboa Norte que é uma plataforma multimodal que foi criada com o intuito de dar apoio ao Porto de Lisboa e à Área Metropolitana de Lisboa, e é servida por uma rede de transportes flúvio-marítimos, rodoviários e ferroviários, com o objectivo
de dinamizar a economia nacional e regional, com a interligação dos fluxos logísticos internacionais, nacionais e regionais. Esta plataforma logística alarga o interland portuário a outras actividades logísticas complementares. Este grande empreendimento que ocupa uma área de 100ha, situado entre a Castanheira do Ribatejo e a central termoeléctrica do Carregado, está já numa fase muito adiantada e pouco falta para ser concluído, mas encontra-se parado por ordem superior ou melhor, está a ser travado pela burocracia da administração central por se suspeitar que este entrave está a acontecer porque o projecto foi da iniciativa do governo anterior. Este investimento feito há seis anos continua sem previsões sobre quando poderá começar a funcionar. Pelo facto desta Plataforma Logística ser servida por uma rede de transportes flúvio-marímos, veio ao debate da mesa redonda o desaproveitamento do Tejo como estrada líquida que foi usada no passado para o transporte de mercadorias, significativamente mais económico do que qualquer outro meio terrestre, ferroviário e rodoviário, ou aéreo. Por isso foi citado o que afirmou o Prof. António Carmona Rodrigues ao Infotejo: O rio foi, como via navegável, um factor de desenvolvimento (…) e diz mais
Bando de Patos 50
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“ (…) faz hoje todo o sentido olhar para as vantagens comparativas do transporte fluvial de curta distância em zonas com claro potencial para tal, como é de facto o Baixo Tejo. Este transporte fluvial de curta distância pode ser promovido tanto como trânsito transversal, entre margens do rio, como através de navegação longitudinal, ligando áreas suporte às actividades urbanas e industriais e zonas agrícolas espalhadas ao longo do seu curso. Esta ideia foi aliás prevista no recente plano de expansão do Porto de Lisboa, que contempla a possibilidade de ligação fluvial para mercadorias entre Alcântara e a Castanheira do Ribatejo, através de barcaças. Mas muitos outros locais existem ao longo das margens do Tejo com enorme potencial para suporte à actividade da náutica fluvial (…) “. Este conceito fez lembrar o Plano de Regularização do Curso do rio Tejo com Múltiplos Objectivos, proposto ao governo em funções no ano de 1989, pelo Grupo Mendes Godinho de Tomar, na sequência da entrada do nosso país na CEE com a finalidade de, por meio de eclusas transformar o Tejo numa via navegável até próximo de Madrid numa primeira fase, para ser ligado posteriormente à rede flúvio-marítima europeia de transportes. As mercadorias seriam transportadas em barcaças, formando comboios, tendo cada barcaça uma capacidade equivalente a cerca de 5.000t, de 110 vagões de 40t ou 220 camiões de 20t, a um custo bastante inferior ao dos outros transportes de mercadorias. O Plano foi metido na gaveta até hoje, mas em contrapartida, os dinheiros da CEE que então entraram em abundância no país, foram gastos no betão e no asfalto para apoiar o lobie rodoviário dos TIR. Voltou a pressão dos amigos especuladores do betão Não há dúvida que as duas alternativas à Trafaria, libertavam Lisboa e a Área Metropolitana de Lisboa da sobrecarga da operação portuária intensiva, e também porque já foram feitos investimentos avultados naqueles dois projectos referidos anteriormente, o Porto de Sines e a Plataforma Logística da Castanheira. Então ao que se deverá a teimosia deste governo em investir no tal Mega Terminal da Trafaria, quando o país se encontra à beira da banca rota, porque será? O que é que estará por detrás de tanto interesse neste projecto que está a criar uma grande polémica entre parceiros: operadores portuários, populações locais e
políticos. E curiosamente não se ouve nada sobre o parecer da APA- Agência Portuguesa do Ambiente, sobre os impactos duma obra desta dimensão, nomeadamente sobre a hidrodinâmica do estuário do Tejo, a fauna piscícola quer da Reserva Natural quer da zona costeira adjacente e também sobre uma zona tão vulnerável e tão rica em biodiversidade como é a Arrábida Fóssil. De acrescentar que, ainda por cima, este mega terminal vai abafar o projecto de desenvolvimento já planeado pelo município de Almada em conjunto com a população, sustentado por indústrias criativas, de turismo sustentável e de valorização de actividades centrais, como a pesca. Será porque o governo quer deixar obra feita ou é devido à pressão dos grandes especuladores imobiliários ou dos mega construtores, amigos. 3. Como o poder central voltou as costas ao Tejo desde meados do século passado, e também pelo facto deste rio estar a ter muitos donos que actuam com desinteresse e até alguns deles vão ao ponto de o lesar, os Amigos do Tejo, que já há algum tempo vinham a pugnar para que o rio passasse a ter uma nova governabilidade da sua bacia hidrográfica, por meio de uma unidade interministerial de gestão e administração própria, tomaram a iniciativa de levar formalmente esta proposta ao II Congresso do Tejo de 2006, proposta que acabou por ser a primeira das três principais conclusões aprovadas no congresso, e que foi prontamente apresentada ao governo em exercício. Dois anos após o congresso, o governo criou, em Outubro de 2008, as unidades de gestão e administração das bacias hidrográficas dos principais rios portugueses, e assim nasceu a ARH-Tejo, Administração da Região Hidrográfica do Tejo. A ARH-Tejo promovia a valorização do Tejo A ARH-Tejo, desde a primeira hora que tomou medidas e imprimiu uma dinâmica louvável ao seu trabalho e à implementação dessas medidas ao ponto de surpreender, por não ser habitual uma tal dinâmica num serviço público. O seu trabalho foi particularmente abrangente nas matérias relativas aos recursos hídricos que passaram a ser tratadas por uma única entidade, ao contrário do que sucedia anteriormente, desde o apoio ao cliente, criando uma forma eficaz e célere nos licenciamentos, para além das vantagens associadas ao desenvolvimento e à aplicação de uma abordagem integrada para toda a região do Tejo. Tendo em conta a realidade da gestão dos recursos
Notícias do Mar
hídricos, a ARH-Tejo apostou no desenvolvimento e aplicação de ferramentas de recolha, tratamento e análise de dados, modelos e sistemas de apoio à decisão e na capacitação dos seus técnicos. A decisão estratégica de estabelecer parcerias com Autarquias Locais, organismos da Administração Central, associações e empresas públicas e privadas, uma iniciativa que foi muito bem acolhida por todos, o que permitiu estabelecer uma plataforma de trabalho assente na transparência e no diálogo, com uma clara convergência de objectivos para a protecção e valorização dos recursos hídricos. A prática de uma gestão participada traduziu-se, entre outros, na concretização de uma real gestão integrada dos recursos hídricos, devidamente suportada pelo conhecimento e pela informação, e pelo envolvimento de todas as entidades ligadas ao sector e aos cidadãos em geral. No cumprimento da sua missão estabeleceu como lema de actuação “Rios vivos e vividos e um litoral de excelência” a partir de seis eixos estratégicos orientados para aspectos ambien-
tais, de desenvolvimento económico, de lazer, de conhecimento, de inovação e de educação, de património natural e cultural e de navegabilidade, e com uma estratégia assente no marketing territorial para desenvolver projectos/acções para a valorização do rio como um elemento vivo e que promovessem a sua vivência. Ora, todo este trabalho ultrapassou em muito os aspectos de ordem ambiental. Então, como é que se explica que, quando todo este processo estava a resultar e se encontrava em boa marcha e a colher os frutos das medidas adoptadas, com eficiência e competência, a ARH-Tejo tenha perdido a autonomia que lhe permitiu desenvolver um trabalho reconhecidamente meritório, porque o governo entendeu, arbitrariamente, que ela devia ser absorvida pela APA, Agência Portuguesa do Ambiente que não tem vocação, capacidade técnica nem de gestão que são exigíveis a uma administração de bacia hidrográfica, pela grande diversidade de matérias que têm que ser dominadas e que transcendem em muito a área do ambiente. De
Moliceiros - barcos típicos da Ria de Aveiro
notar que esta bacia hidrográfica ocupa um terço do país. Esta decisão só pode dever-se à nítida falta de conhecimento do país real e da complexidade específica de um rio como o Tejo. 4.Um Manifesto para a Libertação da Via da água, subscrito por um grupo de entidades ligadas à náutica de recreio, tais como: Associação Barcos do Norte, ADRIP- Associação de Defesa do Património Natural e Cultural de Cacela, Associação Portuguesa do Transporte Marítimo, Associação dos Amigos da Ria e do Barco Moliceiro, Associação Cenário- Centro Náutico da Ria de Ovar, Centro Náutico Moitense; APAETT- Associação dos Proprietários e Arrais das Embarcações Típicas do Tejo, ANMPN- Associação Náutica da Marina do Parque das Nações e ANC- Associação Nacional de Cruzeiros, “ por ser manifesto que a legislação sobre a navegação de recreio é vasta e encontra-se muito dispersa, tendo sofrido inúmeras alterações, ao longo de três décadas, tornando-se num polvo legislativo que dá nós cegos nos próprios tentáculos, e por este
modo, aprisiona o acesso à Via da Água “ (…) “ É portanto manifesto que a Assembleia da República, as Populações e as Autarquias dos estuários em Portugal têm de libertar a Via da Água para as embarcações que são “ de transporte “ e como tal têm que ser tratadas. Transporte amicíssimo do ambiente, componente da Protecção Civil, gerador de actividade económica sustentável. Com a libertação da Via da Água voltarão a construir a rede de transporte repovoando os estuários com as embarcações que são o exlibris de um Povo de Navegadores. O Povo que fez a Descoberta das Estradas do Mar e uniu pela primeira vez toda a Humanidade: Os Portugueses”. Este manifesto foi complementado por uma Proposta de Regulamento, com 20 artigos, para o Transporte Fluvial não regular nos estuários e albufeiras de Portugal ( à semelhança do regulamento dos estuários de Itália ). Esta documentação constituiu uma proposta de lei que foi apresentada à Assembleia da República e já mereceu a aprovação da Moção n.º 4/2013 da Câmara Municipal de Lisboa.
Canoas- barcos típicos do Tejo
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Náutica
Teste Yanmar Diesel 6BY3-220Z
Texto e Fotografia Antero dos Santos
Motor Yanmar Sterndrive Dirigido à Marítimo-Turística
Valiant 7.5 equipado para as actividades marítimo-turísticas com motor e coluna sterndrive da Yanmar
A Yanmar já produz colunas Stendrive para os seus motores, passando a satisfazer um enorme número de clientes que preferem as motorizações a Diesel em barcos rápidos, como as embarcações para as actividades marítimo-turísticas. Foi o que testámos em Cascais no passado dia 24 de Julho.
F
omos a convite da Yacht Works, agente da Yanmar Marine, fomos à Marina de Cascais, onde esta empresa tem instalações, ensaiar um semi rígido Valiant 7.5, uma embarcação de 7,50 metros
de comprimento e o peso de 1.050 Kg, prepadada para as actividades marítimo-turísticas e equipada com o motor Yanmar 6BY3-220Z, com transmissão sterndrive, a coluna ZT350. Ao desenvolver as colunas
sterndrive ZT350 e ZT370, a Yanmar Marine passou a dedicar-se também a cobrir a instalação de motores a Diesel numa larga faixa de embarcações que instalam motores fora de borda ou interiores com coluna Sterndrive.
Motor Yanmar 6BY3 de 220 HP 52
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A Yanmar projectou e construiu estas colunas sterndrive para terem um desempenho com precisão e especialmente para durarem. Para isso, a transmissão é super-reforçada, com engrenagens e dentes especialmente forjados. O peso de cada coluna é de 112 Kg A Yanmar ao construir as colunas ZT350 e ZT370 preparou-as para duas séries de motores, os motores de 6 cilindros 6BY3 de 220HP ou 6BY3Z de 260HP e de 8 cilindros 8LV 320Z de 320HP ou 8LV 370Z de 370HP. Portanto, de momento, a Yanmar tem motores desde os 220 HP até 370 HP, que pode instalar num número apreciável de embarcações do tipo semi rígido, dos 7,50 aos 10,50 metros, ou barcos em fibra, com motorizações mono para embarcações dos 7,50 aos 10 metros e motorizações duplas para barcos até aos 12,50 metros. Motor Yanmar 6BY3-220Z Este motor diesel tem a configuração de 4 tempos, com 6 cilindros em linha, a cilindrada de 2,993 litros, refrigeração a água e a potência máxima de 220 HP às 4.000 rpm. O sistema de alimentação é de injeção direta com Bosch Common Rail System.
Náutica
Tem “turbocharger” na aspiração mais resfriador do ar de admissão. Controlo ajustável de baixas rotações - 650-950 rpm Alternador 12V - 150A O sistema de lubrificação é fechado, com sistema de lubrificação forçada O peso sem coluna é de 328 kg
um elevado impulso. No teste de aceleração até às 3.000 rpm, que é quando o turbo dispara, em 8 segundos o barco já navegava a 27,9 nós. Depois acelerámos até ao limite, às 4.000 rpm, e atingimos os 34,7 nós. Realçamos que as performances que medimos com este motor a diesel não ficam muito inferiores às que se fazem com motorizações fora de borda que consomem gasolina. Esta circunstância é muito boa, tendo em conta o consumo do motor e a diferença do custo do combustível, que para as empresas marítimo turísticas ainda é mais baixo, se for gasóleo. Como o motor dava a informação do consumo ao momento verificámos que no mínimo de velocidade a planar a 11,5 nós, às 2.000 rpm o motor consumia 13,3 litros/ hora. A uma velocidade de cruzeiro, verificámos que a mais económica era às 3.000 rpm com o barco a fazer 25 nós e o motor a consumir apenas 22,5 litros/hora.
Com um Yanmar diesel de 220 HP e coluna ZT370 o Valiant 7.5 fez excelentes performances À velocidade máxima, o barco atingiu os 34,7 nós, às 4.000 rpm, mas o consumo passou logo para 41 litros/hora. Sem dúvida que este motor Yanmar a diesel com coluna sterndrive,
consegue ter o desempenho que se exige para navegar no mar, respondendo de imediato às acelerações que o comando pede, o que é indispensável para uma navegação segura.
Excelentes performances no teste Com um motor a diesel de apenas 220 HP, foi com enorme surpresa que vimos o Valiant 7.5, com três pessoas a bordo, saltar da água e em apenas 3,20 segundos já planar. A aceleração deste motor é espantosa, mas sem dúvida que a coluna sterndrive da Yanmar fornece
Performances Consumo Tempo de planar
3,20 seg.
Aceleração às 3.000 rpm
27,9 nós 8 seg.
22,5 L
Velocidade máxima
34,7 nós 4.000 rpm
37,3 L
Velocidade cruzeiro
25 nós 3.000 rpm
22,5 L
Mínimo a planar
11,5 nós 2.000 rpm
13,3 L
1.000 rpm
5,5 nós
2,7 L
1.500 rpm
8 nós
7,8 L
2.000 rpm
11,5 nós
13,3 L
2.500 rpm
19 nós
18,2 L
3.000 rpm
25 nós
22,5 L
3.500 rpm
31,2 nós
37,3 L
4.000 rpm
34,7 nós
37,3 L
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Surf
Taça de Portugal de Surfing 2013
Quinta dos Lombos Cumpre Promessa e Revalida a Taça
A equipa da Quinta dos Lombos não desiludiu os seus adeptos na Taça de Portugal de Surfing, que terminou no passado dia 28 de Julho no Baleal, em Peniche.
O
Pedro Monteiro, campeão de surf sénior 60
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s dirigentes do CRC Quinta dos Lombos haviam assumido desde o início reconquistar o troféu, a equipa cumpriu e agora, tem o nome do clube de Carcavelos inscrito seis vezes. O avanço cavado nos primeiros dias foi consolidado no final com a vitória nos escalões de surf sénior e surf sénior feminino, e embora tenham perdido o bodyboard para os vizinhos do Aquacarca, o sentimento é de dever cumprido categoricamente, mesmo apesar de uma boa oposição do clube local, o Peniche Surf Clube (PPSC) que conduzido pelo seu presidente Paulo Ferreira, teve papel extraordinário no sucesso da prova em termos organizativos. Infelizmente para os da terra, o sucesso desportivo ficou um pouco aquém, mas com excelentes perspectivas de futuro para um clube que passou algumas dificuldades no passado recente.
Surf
Bruno Grandela, campeão de Longboard
Pedro “Pecas” Monteiro, do CRC Quinta dos Lombos, dirigente e atleta que venceu o surf sénior, congratula-se pela campanha da sua equipa: “Foi gratificante esta vitória no surf sénior porque ajuda a consolidar aquele que foi, desde o início, o nosso objectivo principal, conquistar a Taça. Foi assumido por nós desde o início, sem esconderijos nem subterfúgios. Infelizmente, concentrámonos, se calhar, demasiado no colectivo e esquecemos alguns aspectos individuais e não conseguimos vencer a categoria de bodyboard, o que nos entristece um pouco, mas perdemos para um clube do nosso ‘bairro’. Mas, repito, alcançamos o nosso objectivo e isso é o maior motivo de celebração e alegria.” Também Leonor Fragoso, outra das campeãs do dia, vencedora do surf feminino, era a imagem da felicidade e agradeceu aos compa-
nheiros pelo triunfo: “Estou muito contente por ter ajudado a contribuir para o sucesso do meu clube, mas creio que o maior segredo é o apoio e o espírito de entreajuda entre todos. Sair da água e ver toda a equipa vir em nossa direcção, ganhemos ou não, para nos apoiar e abraçar é a melhor sensação desta prova.” No Bodyboard sénior masculino – depois de na véspera Catarina Sousa (Aquacarca) ter vencido a categoria sénior feminino –, foi o local Silvano Lourenço a triunfar, numa final com João Barciela (CRCQL), Tiago Silva (CNPOV) e João Coutinho (AON). “É uma vitória muito importante para mim, que me sentia um pouco perdido na competição, e que espero que contribua para que volte a estar ao meu melhor nível”, confessou Silvano, antigo campeão europeu da modalidade e presença habitual no top nacional. Mas Silvano também sublinhou o colectivo: “Acima de tudo, é uma vitória para um clube que esteve parado dois anos e que quer voltar a ter um lugar de destaque.” Um ponto que o presidente do Peniche Surf Clube, Paulo Ferreira, reforçou: “Desde que a nova Direcção tomou conta do clube depois de dois anos de inactividade e esta Taça marca o regresso do clube numa espécie de ‘ano zero’ da Taça. Infelizmente, não conseguimos uma equipa ainda mais forte mas este segundo lugar é um prémio para nós.” O presidente do clube penichense, um dos parceiros da FPS na organização da Taça, falou também desse papel: “É muito gratificante para nós perceber que as coisas correram bem e que as pessoas gostaram, mas temos de agradecer à Federação Portuguesa de Surf pelo trabalho inexcedível da sua equipa.” Igualmente com sentimento de dever cumprido, o presidente da FPS, João Jardim Aranha, fez um balanço positivo de uma Taça muito difícil: “Esta foi a primeira Taça da recém-eleita Direcção e realizada numa conjuntura muito complicada, de orçamento disponível muito limitado. Felizmente, creio que foi um desafio superado com a preciosa ajuda da Câmara Municipal de Peniche, dos Bombeiros Voluntários de Peniche, do Peniche Surf Clube e, claro dos atletas que contribuíram para esta festa da Taça.” Finalmente, o presidente da Câmara de Peniche, António José
Correia, quis também juntar os seus agradecimentos, visivelmente satisfeito pelo êxito desta prova rainha de clubes da FPS: “Quero agradecer à Federação, na pessoa do seu presidente João Aranha, por nos ter proporcionado a oportunidade de organizar esta festa do desporto, mas também ao Peniche Surf
Clube e ao Paulo Ferreira, aos Bombeiros de Peniche e aproveitar para vos convidar a estar aqui no Mundial, em Outubro!” A Taça de Portugal de Surfing 2013 contou com o patrocínio das seguintes entidades: Rip Curl, Chevrolet, Pingo Doce, Sumol, Take Off, e o apoio da Banana da Madeira
Classificação Geral: 1º- CRC Quinta dos Lombos 2º- Peniche Surf Clube. 3º- Clube Naval de Portimão Campeões individuais Surf masculino sénior: Pedro Monteiro (CRCQL) Surf feminino sénior: Leonor Fragoso (CRCQL) Surf júnior: Francisco Duarte (CNPTM) Surf feminino júnior: Inês Silva (CRCQL) Surf cadetes: Diogo Roque (CSC) Surf juvenil: João Moreira (CRCQL) Bodyboard masculino sénior: Silvano Lourenço (PPSC) Bodyboard feminino sénior: Catarina Sousa (Aquacarca) Bodyboard júnior: Mauro Bandeiras (Aquacarca) Bodyboard feminino júnior: Beatriz Morgado (ABFM) Bodyboard cadetes: Stephanos Kokorelis (CRCQL) Bodyboard juvenil: Pedro Machado (AON) Longboard: Bruno Grandela (PPSC) Campeões por modalidade Surf: CRCQL Bodyboard: Aquacarca Longboard: Peniche Surf Clube
A festa do CRC Quinta dos Lombos 2013 Agosto 320
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Surf
Jogos Náuticos Atlânticos- Viana do Castelo
Filipa Fernandes Sagra-se Bicampeã dos Jogos
Praia da Arda O Surf Clube de Viana conquistou resultados excelentes nos XIX Jogos Náuticos do Atlântico, que se realizaram em Viana do Castelo, entre 15 e 19 de julho.
D
Equipa Basca Vencedora 62
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e realçar que o Surf Club de Viana em bodyboard sub-18 feminino arrecadou três medalhas, ouro, prata e bronze, e posicionou-se em quarto da geral. Esta foi mais uma grande festa do surf, na qual foram protagonistas o SCV, a praia da Arda e o CAR Surf de Viana do Castelo. Filipa Fernandes com mais este ouro sagrou-se bicampeã dos Jogos Náuticos Atlânticos. Mafalda Peixoto conquistou a prata e Ana Peres o bronze. As provas de surf (surf, bodyboard, longboard e stand up paddle), organizadas pelo SCV e que tiveram lugar na praia da Arda, em Afife, realizaram-se com êxito, apesar da quase não existência de ondas nos dias de competição, tanto em Viana do Castelo como no resto do país. “Em termos técnicos foi uma prova muito difícil, aliás foi a mais complicada que tive até agora, por falta de ondas. Apesar de, por norma, Viana ter mais ondulação
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que o resto do país. Mas a prova realizou-se e houve resultados, o que é positivo”, refere Eduardo Birra, diretor técnico da competição. Para Eduardo Birra, a organização está de parabéns, por todo o apoio que prestou também no decurso da prova, bem como os juízes, tanto portugueses como estrangeiros que acompanharam a competição, pelo seu grande esforço e profissionalismo. A primeira prova internacional de stand up paddle (SUP), disputada nas modalidades de racing e waves, também foi organizada pelo SCV, que contou com o apoio da Euskal Herriko Surf Federaziola. Na geral dos Jogos Náuticos Atlânticos, o SCV posicionou-se em quarto lugar. O País Basco foi o vencedor da competição, seguido pela Galiza e pela Bretanha. A festa foi do surf Confraternização e bom ambiente reinaram entre os surfistas presentes. Tendo havido, na praia, também momentos para o ritmo harlem shake e tendo o campeonato terminado numa grande festa também fora da praia. Depois das provas de surf terminaram seguiu-se um convívio no Centro de Alto Rendimento de Surf de Viana do Castelo para todos
Pódio Bodyboard Sub 18
Pódio Bodyboard Feminino Sub 18
Pódio Surf Sub 14
Festa no CAR do Surf de Viana
os participantes, 150 atletas, respetivos selecionadores e restantes elementos das delegações. Do programa constou uma visita às valências desta nova infraestrutura, um jantar, a entrega de prémios, com a presença do vice-presidente
da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Vítor Lemos, e os representantes do Comité Internacional dos JNA, Guilherme Guimarães e Isabelle Bromhame ainda um concerto dos vianenses Mr. Miyagi. Durante a semana na qual decor-
reram os JNA, estiveram alojados no CAR Surf de Viana do Castelo as seleções de surf do Norte de Portugal e do Devon (Inglaterra), que foram unânimes no balanço muito positivo: “Fantastic!! We will come back very soon”.
Prova de Stand Up Paddle 2013 Agosto 320
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Surf
Circuito Nacional de Surf Esperanças
Em Viana Pedro Coelho Estreia-se a Ganhar e Camila Cada Vez Mais Líder
Pedro Coelho quebrou o enguiço e ganhou a primeira prova da época, em Viana do Castelo a 8 de Agosto, na quarta etapa do Circuito Nacional de Surf Esperanças com a competição de sub-18 a ser a primeira a fechar, numa solução atípica mas que pretendeu libertar os jovens surfistas para outros compromissos internacionais.
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edro Coelho bateu na final João Kopke, líder do “ranking”, relegando na final a quatro, André Faria e Pedro Pi para o terceiro e quarto lugares. “Finalmente ganhei uma etapa, que era o meu principal objectivo para esta prova”, desabafa Pedro Coelho, que volta à água da Praia da Arda para a primeira etapa do European Tour of Surfing, acres-
centando: “Estou feliz por ter ganho mas também ir ter conseguido fazer o meu melhor surf. Fiz boas ondas em todos os heats e assim tudo é mais fácil.” Na competição feminina, muito acesa com uma final com várias protagonistas da Liga Profissional (Liga Moche), Camilla Kemp levou a melhor sobre a nova coqueluche do surf nacional, Teresa Bonvalot,
deixando depois a penichense Beatriz Almeida e Beatriz Santos na terceira e quarta posições da final. “Estou muito contente com a vitória, frente a adversárias muito difíceis, com destaque para a Teresa Bonvalot. Fiquei muito satisfeita por ter surfado bem em toda a prova. Foi a etapa com melhores ondas até ao momento”, congratulou-se Camilla Kemp, que cimentou a sua liderança do Nacional de Espe-
ranças. “Agora quero ser campeã”, sentenciou. Em sub-16, Tomás Ferreira foi o vencedor, deixando para trás Luís Perloiro, Lourenço Alves e Francisco Reis; João Moreira conquistou os sub14 e João Vidal somou a vitória nos sub-12 ao quinto lugar em sub-14. A 5ª etapa do Circuito Nacional Surf Esperanças terá lugar em Ribeira D’Ilhas, Ericeira, entre 4 e 6 de Outubro.
Director: Antero dos Santos – mar.antero@gmail.com Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt Colaboração: Carlos Salgado, Gustavo Bahia, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Zamith, Mundo da Pesca, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Jet Ski, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana. Administração, Redação: Tel: 21 445 28 99 Tlm: 91 964 28 00 - noticias.mar@gmail.com
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Notícias do Mar
Últimas European Tour of Surf
Eric Rebiere Vence Etapa Inaugural
O vencedor Eric Rebiere
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ric Rebiere, atleta do Surf Clube de Viana, completou a grande festa do surf em Viana do Castelo ao vencer a 1.ª Etapa do European Tour of Surf, que terminou no passado dia 11 de agosto na praia da Arda, em Afife. Espetáculo de surf, nível técnico elevado, boas ondas, bons dias de praia, envolvimento abrangente, bom ambiente, máquina organizativa com boa engrenagem e expetativas superadas caraterizaram esta prova que, tendo contado com atletas oriundos de França, Espanha, Portugal e Marrocos, arrancou com o pé direito. O franco-brasileiro Eric Rebiere foi o grande vencedor desta etapa inaugural. José Ferreira ficou em segundo lugar, seguido de Eduardo Fernandes e de outro atleta da casa
João Guedes. “Quando vou para as provas a minha intenção é sempre ganhar”, diz Eric, que considera que, sobretudo, as meias-finais e as finais tiveram um nível técnico muito elevado. Para Eric Rebiere, esta primeira etapa beneficiou muito por ter Viana do Castelo como palco. “O pessoal de Viana do Castelo trata os surfistas sempre muito bem e na praia da Arda as ondas estão quase sempre boas”. Xavier Delanne, presidente da Federação Europeia de Surf, considera que Viana do Castelo foi uma anfitriã excecional da prova inaugural deste circuito, que colocou em competição atletas internacionais de topo. “Viana do Castelo é muito conhecida no mundo do surf,
2º Classificado José Ferreira
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sobretudo, por causa da Escola de Surf do Surf Clube de Viana. O surf em Viana do Castelo tem muita tradição. As condições da água estiveram excelentes, a capacidade logística foi exemplar, a receção foi ótima, bem como a capacidade organizativa do SCV, que consideramos um pilar para este circuito. Por isso estamos muito satisfeitos por este tour ter começado em Viana do Castelo”. O European Tour of Surf fechou em grande. Além de surf ao mais alto nível, na entrega de prémios, teve lugar a atuação contagiante do trio de rock, composto pelo Fernandinho, pelo Alfredo e pelo Francisco. O grupo etnográfico da Areosa também esteve presente na medida que também é intenção do clube promover a etnografia regional, numa altura em que o Município de
Viana do Castelo está a proceder à elaboração de uma candidatura para certificar o “traje à vianesa”. Foram vários os surfistas participantes que ficaram alojados no Centro de Alto Rendimento de Surf de Viana do Castelo e as expetativas foram superadas. O CAR também funcionou como base logística e de imprensa da 1ª etapa do Tour. Segundo o presidente da Federação Europeia de Surf, Portugal já é considerado país líder do surf na Europa, pois a sua rede de Centros de Alto Rendimento de Surf é inovadora. “O Centro de Alto Rendimento de Surf de Viana do Castelo tem todas as condições para ter um papel decisivo no desenvolvimento do surf na Europa e para a afirmação de Viana do Castelo como pilar do surf europeu”.
3º Classificado Eduardo Fernandes