cesario verde

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CESARIO VERDE

SENTIMENTO DE UM OCIDENTAL

CESÁRIO VERDE

VOL 01

I N D I C E

1. BIOGRAFIA 2. BIBLIOGRAFIA__ 3. CONTEXTUALIZAÇÃO_ 4. CURIOSIDADES___P. 5. FOTOS PARTE 6. FOTOS PARTE 7. FOTOS PARTE 8. FOTOS PARTE 9. MEMÓRIA

BIOGRAFIA ____ P. 4-5

BIBLIOGRAFIA__ P. 6-7

CONTEXTUALIZAÇÃO_ P. 8-9

CURIOSIDADES___P. 10-11

PARTE 1___P. 12-13

PARTE 2__ P. 14-18

PARTE 3__ P. 19-20

PARTE 4__P. 21-22

DESC__P. 23

MEMÓRIA

BIOGRAFIA DE CESÁRIO VERDE

Cesário Verde nasceu a 25 de Fevereiro de 1855, em Lisboa. De origens humildes, era filho de um lavrador e comerciante, José Anastácio Verde, e de Maria da Piedade David dos Santos. Cesário Verde matriculou-se no Curso Superior de Letras, em 1873, mas apenas o frequentou durante alguns meses. Para além de ter herdado as atividades de comerciante do pai, publicava poesia em jornais e revistas.

A sua poesia apresenta características impressionistas, de extrema sensibilidade, onde predomina o binómio cidade/campo, os seus cenários preferidos. O contacto com o campo na sua infância serve de base para a visão que dele nos dá, conferindo-lhe um aspecto real, concreto e autêntico, ao contrário do retrato paradisíaco e bucólico que a maioria dos poetas que o antecedem lhe conferiam. A cidade aparece como cenário de contrastes, onde as ruas esburacadas e os edifícios cinzentos e sujos contrastam com as casas apalaçadas, habitadas pelos burgueses e pelos ociosos.

Cesário Verde dá, na sua poesia, especial realce à gente do povo, os calceteiros, os padeiros, as vendedeiras, as engomadeiras… São vários os poemas em que é clara a preferência de Cesário Verde pelo campo, em detrimento da cidade. É a terra que inspira Cesário, onde ele encontra os seus temas.

Outra referência frequente na sua poesia é a mulher, que o poeta distingue em dois tipos, articulados com os locais. A cidade é associada à mulher fatal, calculista e destrutiva, sem sentimentos. Em oposição, mas ainda relacionada à cidade, temos a mulher frágil, terna e ingénua que podemos encontrar no poema “A Débil”.

A mulher do campo é pobre e doente ou em esforço físico, como podemos aferir nos poemas “Num Bairro Moderno” ou “Contrariedades”. Embora feia e anémica, a mulher do campo parece envolvida numa força épica que caracteriza o povo trabalhador.

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BIBLIOGRAFIA CESÁRIO VERDE

“O Livro de Cesário Verde” (1887) Esta é a principal obra de Cesário Verde, Publicada após a sua morte. Contém uma coletânea dos seus poemas, incluindo os famosos “Sentimentos de um ocidental” e “O Sentimento de um Silêncio.

“Poesias completas de Cesário Verde” (1996)

Esta edição reúne todos os poemas conhecidos de Cesário Verde, incluindo os presentes em “O Livro de Cesário Verde”. Foi organizada pelo escritor e critico literário Mário Cláudio.

“Cesário Verde: Antologia Poética” (2003)

Uma antologia que reúne uma seleção dos poemas mais representativos de Cesário Verde. A edição foi organizada por Fernando Cabral Martins e Richard Zenith.

“ O Melhor de Cesário Verde” (2014)

Uma coletânea de poemas selecionados de Cesário Verde, organizada pelo critico literário Vasco Graça Moura.

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CONTEXTUALIZAÇÃO LITERÁRIA

No contexto histórico, Cesário verde viveu durante um periodo de grandes transformações em Portugal. A segunda metade do século XIX foi marcada pela industrialização, urbanização e mudanças sociais decorrentes da Revolução Industrial. Lisboa, cidade em que Cesário Verde residia, experimentava um rápido crescimento urbano, com a modernização trazendo consigo desafios e problemas sociais. A poesia de Cesário Verde reflete essa realidade nas suas obras, que ganham destaque pela sua abordagem inovadora e observação minunciosa do cotidiano urbano. Os seus versos apresentam um olhar critico e detalhado sobre a vida nas cidades, explorando temas comoa alienação, a exploração dos trabalhadores, a solidão e a desigualdade social. Ao contrário do Romantismo predominante da epóca, Cesário Verde distingue-se pelo seu pelo seu estilo realista, valorizando a objetividade e a descrição precisa dos elementos visuais e sociais. As suas poesias re-

tratam a vida urbana com um olhar desencantado, revelando a dureza e a crueldade dos ambientes citadinos. Apesar de ter vivido pouco tempo, Cesário Verde deixou um legado significativo na literatura portuguesa. Em Portugal destacam-se Cesário Verde (parnasiano), Eugénio de Castro e Camilo Pessanha (simbolistas). Impressionismo ressalta na arte e distancia-se do realismo ao revelar-se mais pessoal. Esfuma-se a fronteira entre o objectivo e o subjectivo como Manet, abrindo caminho aos impressionistas Monet, Renoir, Sisley, entre outros, que são considerados precursores de Cézanne, Gauguin, Van Gogh, já anunciadores do simbolismo, movimento que considera possível trazer à consciência os sonhos e os estados de alma, através das cores e das imagens. Como representantes do Simbolismo e do Impressionismo estão homens como Sérusier, Bonnard, Munch... Esta stética surge representada em Portugal por Sousa Pinto, Columbano, Silva Porto.

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CURIOSIDADES SOBRE O AUTOR

O único livro publicado por Cesário Verde, “ O livro de Cesário Verde”, foi lançado um ano após a sua morte, em 1887. A coletânea foi organizada por uma amigo de Cesário, o escritor Silva Pinto. A sua obra recebeu pouca atenção na época, mas posteriormente conquistou reconhecimento como uma importante contribuição para a literatura portuguesa.

Cesário Verde trabalho como funcionário publico nos Correios de Lisboa durante grande parte da sua vida. A sua rotina de trabalho influenciou a sua poesia, proporcionando uma visão mais próxima das realidades e desafios enfrentados pela classe trabalhadora.

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Cesário Verde foi influenciado por poetas franceses como Charles Baudelaire e Paul Verlaine. As leituras desses autores contribuiram para a formação do seu estilo poético, que explorava temas urbanos e sociais de maneira subjetiva e lirica. Cesário Verde foi um poeta atento às correntes literárias e às tendências artisticas da época. Durante a sua vida, teve contacto com a poesia francesa do século XIX, que exercia uma influência no seu estilo poético.

Cesário Verde trabalhou durante muitos anos também como funcionário público e ao longo da sua vida teve em alguns sitios publicos. Ele ocupou cargos burocráticos no Ministério das Obras publicas e no ministério do Reino, conciliando o seu trabalho nestes sitios publicos com a sua maior paixão que era pela poesia.

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FOTOGRAFIA

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“ Que as sombras, o bulicio, o Tejo, a maresia” Avé-Maria I
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“ Ou erro pelo cais a que se atracam botes.” Avé-Maria I
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E as tascas, os cafés,as tendas, os estancos” Noite Fechada II
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Duas igrejas, num saudoso largo”
Noite Fechada II

Noite Fechada II

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“Com bancos de namoro e exíguas pimenteiras”
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Uma paixão defunta! Aos lampiões distantes, ” Noite Fechada II
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“ E mais: as costureiras, as floristas” Noite Fechada II
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“E, nas esquinas, calvo, eterno, sem repouso,” Ao gás III
20 “ E
gás III
de uma padaria exala-se, inda quente,” Ao
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“ Cantam, de braço dado, uns bebedores” Horas Mortas IV
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“Por baixo, que portões! Que arruamentos!” Horas Mortas IV

MEMÓRIA DESCRITIVA

A primeira fotografia que tirei foi ao Tejo, nas Docas e esta fotografia é referente ao verso “Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia”. Para esta foto decidi usar como referência a ponte 25 de abril porque é a ponte sobre o ”Tejo”, palavra referenciada neste verso. A segunda fotografia foi tirada aos barcos a atracar no Cais do Sodré, pois no verso “Ou erro pelos cais a que se atracam botes” fala sobre os botes que atracavam no cais. De seguida, decidi tirar uma fotografia a um café, que corresponde ao verso “E as tascas, os cafés, as tendas, os estancos”. A próxima fotografia do verso “Duas igrejas, num saudoso largo” foi tirada no largo de São Paulo, ao lado da rua cor de rosa , no Cais do Sodré, porque no verso fala sobre duas igrejas num saudoso largo então, por isso, decidi tirar uma fotografia em que apanhasse o largo e igreja de São Paulo. A fotografia seguinte que mostra um banco de namoro foi tirada no jardim Dom Luís, ao lado do mercado da Ribeira e corresponde ao verso “Com bancos de namoro e exíguas pimenteiras”. A sexta fotografia referente ao verso”Uma paixão defunta! Aos lampiões distantes,”foi tirada no mesmo jardim e retrata um Lampião que é um candeeiro antigo. De seguida, fotografei uma florista no mercado da Ribeira que está associada ao verso “E mais: as costureiras, as floristas, Descem dos magasins, causam-me sobressaltos;” porque neste verso fala sobre essa profissão. Posteriormente, fotografei uma esquina correspondente ao verso “E, nas esquinas, calvo, eterno, sem repouso,” porque é isso que é retratado. Na nona fotografia que é relativa ao verso “E de uma padaria exala-se, inda quente,” decidi fotografar a Padaria Portuguesa no Cais do Sodré porque é conhecida e admirada pelos portugueses e também um pouco pelo mundo. Na décima e penúltima fotografia escolhi tirar a um bebedouro no Jardim Dom Luís porque no verso “Cantam, de braço dado, uns bebedores”, é referido este tema. Para terminar, fotografei a entrada para o mercado da Ribeira porque nela existem portões que são referenciados neste último verso “Por baixo, que portões! Que arruamentos”.

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