Edição 107

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ABRACAF NEGÓCIOS

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primeiro quadrimestre de 2009 foi o melhor da história das vendas no mercado interno de automóveis e comerciais leves, com 866,9 mil unidades. No mesmo período de 2008 foram emplacadas 866,2 mil unidades (639,7 mil em 2007 e 520,8 mil em 2006). Há quem atribua o bom resultado recente das vendas não apenas à redução do IPI concedida pelo governo, mas também aos descontos que as montadoras ofereceram nas promoções e ao esforço da rede de distribuição.

A renúncia fiscal foi um dos fatores que conteve a crise. Ao antecipar as vendas, a indústria automobilística vendeu muito, chegando ao recorde do primeiro quadrimestre. Mas, como a renda está crescendo mais devagar que o crédito, o limite de endividamento é o grande risco do futuro crescimento.

As medidas do governo, aliadas às ações ousadas e competitivas da nossa indústria, trouxeram o mercado de volta a uma curva ascendente. Hoje, nosso país e a China são os únicos do mundo com forte crescimento da sua indústria automobilística e isso aponta para o alcance de mais um recorde de vendas em 2009. Luiz Romero, presidente da Abracaf

Joel Leite, diretor da Agência AutoInforme

O recorde de crescimento das vendas no primeiro quadrimestre do ano foi resultado das medidas rápidas e bem focadas do governo Lula. A redução do IPI e a entrada firme do Banco do Brasil colocando dinheiro no mercado foram os principais motivos que abafaram a crise no setor automobilístico brasileiro. S. Stéfani, diretor e editor da AutoData.

Celso Ming, analista econômico do jornal O Estado de S. Paulo

Os resultados podem ser considerados positivos se comparados aos últimos meses de 2008 e início de 2009. Ainda que o setor não cresça nada neste ano, o resultado já terá sido positivo. Sérgio Reze, presidente da Fenabrave

“O crédito voltando aos patamares précrise e a redução do IPI contribuíram para a elevação das vendas de veículos. Daqui em diante, o impacto da redução do imposto será menor”. Letícia Costa, presidente da Booz & Company, durante seminário AutoData

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“Apesar do esforço de parte da imprensa e da opinião pública – que por maldade ou incompetência tentou empurrar o Brasil para o fundo do poço –, o mercado reagiu, o governo interveio e o consumidor não foi fulminado pela crise do medo made in USA. Aviso aos pessimistas de plantão: ‘Que nunca mais duvidem da capacidade de reação e da confiança do consumidor brasileiro’”.

“O IPI teve um papel importante no estímulo à indústria, especialmente na virada do ano, quando os estoques estavam em patamar muito elevado”.

“Nós soubemos aproveitar com alguma habilidade as oportunidades surgidas”. Delfim Netto

Jackson Schneider, presidente da Anfavea

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