Revista Tutti Condomínios - 12ª edição

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Ano 3 | Edição n° 12

Jussara Sansigolo A passista que fez história no Carnaval piracicabano Exclusivo!

Guia do Design Brasil no Mundo

Caia na folia!

Carnaval das Marchinhas chega à 13ª edição

Conheça a programação oficial do Carnaval na cidade Condomínios Áreas gourmet promovem integração dos moradores


Av. Brasil, 991 | Cidade Jardim | 2533.3333 www.2duoimoveis.com.br /duoimoveis



Com um formato moderno, mais páginas para seu conteúdo e acabamento gráfico mais refinado, a Revista Tutti Condomínios circulou em dezembro passado de cara nova e, para nossa satisfação, agradou em cheio aos nossos leitores, distribuídos em quase 120 condomínios horizontais e verticais de Piracicaba.

Editorial

‘Pé no chão’

A Tutti está entrando no seu terceiro ano de circulação e temos motivos de sobra para comemorar nosso crescimento, sustentado pelo planejamento ‘pé no chão’, responsável, que ousa sem, entretanto, correr riscos desnecessários. Nossa meta é continuar levando o melhor conteúdo aos nossos leitores, com design cada vez melhor e alta qualidade gráfica. E por falar em design, esta edição traz com exclusividade o Guia do Design Brasil no Mundo, produzido pelo artista plástico e designerMarcelo Gimenes. Ele é piracicabano e mora na Holanda há quase 30 anos. É um dos grandes nomes do design europeu na atualidade. E, é claro, reservamos espaço para falar do Carnaval, a paixão dos brasileiros. O tema inspirou nossa capa, que traz a bailarina Jussara Sansigolo, uma das estrelas dos áureos tempos do Carnaval piracicabano. Estamos felizes em poder chegar mais uma vez até você, querido leitor. Queremos você sempre por perto! Boa leitura!

Cristiane Sanches Editora

Projeto editorial do MBM Escritório de Ideias desenvolvido especialmente para a Brancalion Administradora de Condomínios

Editora Cristiane Sanches (MTb 21.937)

CNPJ 09461319/0001-99 Rua Regente Feijó, 2387 – Vila Monteiro – Piracicaba – SP – CEP 13418-560 – Fone: 19 3371-5944

Reportagens e textos Cristiane Bonin crisbonin@mbmideias.com.br Cristiane Sanches cristiane@mbmideias.com.br Manu Vergamini manu@mbmideias.com.br Ronaldo Victoria ronaldo@mbmideias.com.br

Publicação bimestral Tiragem 7.000 exemplares Distribuição gratuita, exclusiva e dirigida Diretor Bruno Fernandes Chamochumbi bruno@mbmideias.com.br

mbmideias

Equipe MBM Débora Ferneda Lívia Telles Susane Trevizan Tatiane Fernandes

@mbmideias

Projeto gráfico e paginação: MBM Escritório de Ideias Allan Felipe Dalla Villa Thaís Alves Anuncie na Tutti Condomínios (19) 3371.5944 atendimento@mbmideias.com.br Capa: Jussara Sansigolo Foto: Alessandro Maschio Guia do Design Brasil no Mundo Pesquisa e texto: Marcelo Gimenes Anúncios e informes publicitários são espaços adquiridos pelos anunciantes e seu conteúdo é de inteira responsabilidade de cada um deles, cabendo à Revista Tutti Condomínios apenas reproduzi-los nos espaços comercializados. A opinião de colaboradores não é necessariamente a opinião da revista. Matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores.


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Nesta edição 6- Piranews na Tutti 8- Damas do condomínio 10- Participe das assembleias e exerça seu direito 12- Espaço de Integração 14- XV, a cara de Piracicaba 16- Quanto riso, oh, quanta alegria! 18- Folia em clima de Copa 20- ‘Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala’ 24- Cia Chama Flamenca celebra 21 anos 25- Face-me 26- Sampa 28- Corra, Lauter, corra! 31- Guia do Design Brasil no Mundo

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50- Tudo pelos pequenos 52- Leia mais 53- Ela merece! 54- Pequeno dicionário do lar 55- Quindim dos ‘deuses’ 56- Heróis de carne e osso 57- Popular e antenada 58- Sem dor 60- Alavanque sua carreira em 2014 62- Exclusividade & Luxo

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65- Cinemania 66- Folia na Fractal!


na Tutti Trio Verão Uma interessante oficina de origami realizada por Dorinha Vitti e uma incrível apresentação do famoso grupo Marionetes Guarujá abriram a programação da agenda Trio Verão, que está movimentando o Espaço Lindenberg. As nos dois primeiros sábados de fevereiro. O Espaço Lindenberg, localizado na rua Professor Luiz Curiacos, 79, concentra agora todo o atendimento aos clientes e amigos da Construtora Adolpho Lindenberg, em Piracicaba.

Alessandro Maschio

duas atividades dirigidas ao público infantil aconteceram

MZM inaugura estande

Duas décadas

A construtora MZM já inaugurou o estande de vendas do Idea, primeiro empreendimento residencial da empresa líder do mercado da construção no Grande ABC, em Piracicaba. O estande está localizado na esquina das ruas Napoleão Laureano e Doutor Alvim, no bairro Independência.

A Expert Gestão de Talentos comemora 20 anos de atividades em fevereiro deste ano. Fundada pelo ex-comandante da Guarda Civil de Piracicaba, Antonio Ricardo Sanches, a empresa foi uma das pioneiras na terceirização dos serviços de controle de portaria e limpeza. Atualmente, no comando dos negócios está o empresário Marcello Ricardo Sanches.

Oji patrocina A Oji Papéis Especiais vai apoiar diversos projetos nas áreas de cultura, esporte, geração de trabalho e renda e meio ambiente, em 2014. Só na área cultural serão seis projetos: um documentário sobre o centenário do XV de Novembro; o filme Jogo de Cena, que retrata a terceira edição dos Jogos Mundiais para Cegos; a Orquestra Filarmônica Jovem de Piracicaba; projeto Arte do Bem, que beneficia Divulgação

crianças em tratamento de câncer no Instituto Boldrini; a

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produção teatral Amigos do Baobá; Caminhando Juntos, da ONG Avistar; e o livro Brinca, Brinca e Faz Poesia.


A Vila San Pet, que acaba de ser inaugurada pelos irmãos veterinários Fernanda e Felipe Sansigolo (foto), em Piracicaba, oferece tratamentos que podem ajudar a solucionar doenças e problemas de cães e gatos. Além do centro de estética, boutique e oncologia veterinária, os novos serviços incluem nutrição animal e acompanhamento de peso, fisioterapia, reabilitação na piscina, e acupuntura veterinária. Os tratamentos são feitos com horários pré-agendados. A Vila San Pet fica na rua Bernardino de Campos, 1725, Bairro Alto, fone 2534-0014.

Foto Cleverson Mendes

Novidades para os pets

Pauléo

Tribuna Legrand Hall O presidente do XV de Novembro, Celso Christofoletti, recebeu convidados no Barão da Serra Negra, no dia 22 de janeiro, para anunciar a parceria com a empresa Legrand Hall, que agora dá nome à Tribuna de Honra do estádio. Patrocinadores, apoiadores, autoridades e jornalistas participaram do evento ao lado do diretor de marketing do time alvinegro, Murilo Puydinger. Na foto: Bruno Chamochumbi, Roberto Moraes, Luis Guilherme Schnor, Celso Christofoletti e Murilo Puydinger.

O Piranews é um projeto do MBM Escritório de Ideias e da Rádio Jovem Pan FM. São dicas e informações sobre eventos e acontecimentos de Piracicaba e região. Ouça diariamente na FM 103.1.


Dia da Mulher

Damas do condomínio Cresce o número de mulheres que assumem a função de síndica: organização é o forte delas Por Ronaldo Victoria Foto: Alessandro Maschio

A

s mulheres andam em alta nos condomínios. E por isso a quantidade de síndicas tem crescido ultimamente. Rodrigo Brancalion, da Administradora de Condomínios Brancalion, confirma a tendência de crescimento e diz que hoje a chefia feminina está ligeiramente superior a 50% em sua carteira de clientes, em Piracicaba. “Ainda é uma vantagem pequena, de maneira geral, eu diria que a divisão está quase equilibrada, mas começou a crescer nos últimos anos”, conta.

monstrou há alguns meses, quando uma república masculina começou a gerar reclamações de outros moradores nas noites de quarta-feira. Eles ligavam a televisão e acompanhavam, em alto e nem tão bom som, vários jogos, o que se estendia até depois da meia-noite. “Eu fui conversar com eles e disse que tem um bar bem pertinho do prédio, que eu havia falado com o dono e eles até teriam um descontinho na cerveja. Falei que eles podiam ficar mais à vontade, sem ninguém reclamando”, lembra.

Para ele, a vantagem de trabalhar com síndicas atende por uma qualidade: organização. “De maneira geral, elas são mais organizadas internamente, o que facilita na administração do condomínio”, revela Brancalion.

Com a mesma paciência, Cida conta que foi conseguindo resolver várias questões estruturais como a melhora na coleta de lixo seletivo, a construção de uma quadra esportiva e a divisão de vagas da garagem. Sem contar com a instalação de ar-condicionado, que deve acontecer em breve, ainda no pique do Verão.

Para quatro mulheres que colocam a mão na massa em seus condomínios, a tarefa de administrar não é nada fácil, envolve uma mistura de diplomacia e paciência. E, às vésperas do Dia Internacional da Mulher, elas lembram que, hoje, síndica não é mais exemplo de ‘velha chata que só reclama de festa em apartamento’.

Jogo de cintura Maria Aparecida Giovanetti Trento, a Cida, que está no segundo mandato no Elit´s Park, no Jardim Elite, revela que a vantagem feminina tem um nome: jogo de cintura. “Eu acho que nós sabemos lidar melhor com as situações. Eu tento dialogar da melhor forma possível, porque, às vezes, o morador já chega alterado. Tento explicar que existe uma diferença entre a Cida moradora e a Cida síndica, que foi eleita para cumprir a convenção do prédio”, explica. Um bom exemplo desta qualidade ela de8

Com jeitinho Regina Maria da Silva Oliveira, síndica do Condomínio Ilha de Creta, na Paulista, revela que precisou usar todo o seu jogo de cintura feminino quando foi eleita. “Nós tínhamos problema de convivência aqui. Já estou no terceiro mandato e tenho procurado aceitar as pessoas com todas as suas diferenças”, conta Regina, que tem Deise Nehring como sub-síndica. Juntas elas formam uma dupla dinâmica que substituiu um síndico que, segundo elas, se guiava pelo autoritarismo e até se mudou do prédio. “Eu acredito, sim, que exista uma tendência atual para a presença das mulheres como síndica. A gente tem percebido isso claramente”, opina Deise. “A mulher tem outro jeito de lidar com a mesma situação. Sabemos fazer com


Há um ano, Lílian é síndica do edifício Abel Francisco Pereira

Regina administra o Ilha de Creta

Cida é síndica do Elit’s Park que a pessoa concorde com a gente, sem parecer que estamos impondo”, revela Regina. Hoje elas já conseguiram várias melhorias no Ilha de Creta, como a reforma dos telhados, a colocação de novas bombas d’água, a resolução dos problemas de instalação elétrica e a redução dos vazamentos de água. “Além disso, já não temos mais problemas de reclamação de barulho e aproveitamos melhor o espaço para vagas de estacionamento”, conta.

Visão Para Gilmara Cristina Mathias de Souza, que há nove meses é síndica do condomínio horizontal Chácara Benvenutto, no Campestre, a mulher tem uma visão mais ampla. “Nós sabemos definir mais fácil os critérios, temos um feeling apurado e a visão de um todo, o que facilita o trabalho”, define. Na visão de Gilmara, o que mais prejudica o trabalho é a inadimplência. “Isso dificulta, porque temos de fazer redução de custos, exigir o cumprimento das regras e evitar conflitos entre vizinhos”, diz. Mesmo assim, e apesar do pouco tempo na função, Gilmara acredita que já conseguiu um bom progresso no condomínio, que tem apenas uma rua, área de lazer e uma pequena horta. Hoje conta com 16 casas construídas.

Grata surpresa Responsável há um ano pelo condomínio Abel Francisco Pereira, no Castelinho, Lilian Cristina Quecine Marconato conta que teve uma surpresa agradável. “Eu imaginava que ser síndica era um ‘bicho de sete cabeças’, mas tive um ano muito produtivo. Senti que consegui fazer tudo o que me propus e tive o retorno dos moradores”, salienta. Segundo Lilian, o jeito feminino ajuda sim. “A mulher tem mais sensibilidade para reparar não apenas na estrutura, mas em questões como a limpeza e a manutenção. O homem parece não prestar atenção no que ele considera detalhes. Eu consegui criar um clima bom com os funcionários, que garantem tudo e fazem um trabalho perfeito. E tenho a visão feminina de valorizá-los mais. Chega o Natal, pra que eu vou dar uma cesta mais barata? Gasto mais com eles e ganho em retorno”, revela. Lilian conta que, ao longo do último ano, conseguiu resolver vários problemas como a colocação de corrimão nas escadarias, aumentar as churrasqueiras e diminuir o vazamento de água. “Nós já estamos acostumadas com jornada dupla, no trabalho e em casa, por isso fazemos render mais o tempo”, conclui. 9


Síndicas

Participe das assembleias e exerça seu direito Rodrigo Brancalion rodrigo@brancalion.net

O

Código Civil brasileiro, em seu artigo 1.335 inciso III, afirma que é direito do condômino “votar nas deliberações da assembleia e delas participar, estando quite”. Portanto, essa participação é assegurada por lei. Somente por este motivo, entende-se a importância da participação de todos nas assembleias, pois nelas são tomadas as decisões de maior relevância e impacto para o condomínio, tais como eleição de síndico, subsíndico, conselhos consultivo e fiscal; reformas, aquisições, contratações/supressões de novos postos de trabalho, enfim, tudo que promova o bom andamento do condomínio. Em nosso dia-a-dia, ouvimos, às vezes, as pessoas comentarem sobre determinada decisão que as desagradou, porém, quando ques-

tionadas sobre se participaram da assembleia, a resposta geralmente é certeira: não. Por isso, entendemos ser de suma importância a participação dos condôminos nessas ocasiões. Isso impedirá que situações desagradáveis ocorram no futuro e que não haja surpresas. Outro ponto para o qual chamamos atenção é a elaboração da pauta da assembleia, pois somente poderão ir a votação assuntos que estiverem especificados na ordem do dia. Um erro comum é achar que no item ‘assuntos gerais’ pode ser deliberada qualquer matéria, o que é errado. Esse item apenas serve para que se registrem propostas a serem discutidas em assembleias futuras e demais assuntos de menor relevância do cotidiano do condomínio.

Assembleia pode ser: Ordinária: Se realizada anualmente para prestação de contas e previsão orçamentária, e eleição da administração interna, ser for o caso.

Extraordinária: É realizada sempre que há demanda de pauta que motive sua convo-

cação.

Rodrigo Brancalion é diretor da Brancalion Administradora de Condomínios 10



Lazer

Espaço de integração Item indispensável a qualquer condomínio, área gourmet propicia aproximação entre moradores

O

espaço gourmet é hoje uma das áreas mais valorizadas em um condomínio, seja ele vertical ou horizontal. Primeiro porque facilita a integração dos moradores. Depois por permitir a realização de festas e encontros sem grandes despesas e com segurança. Segurança, aliás, é a palavra-chave nestes tempos em que as famílias já não se arriscam muito a sair tanto de casa e que a gastronomia está sendo cada vez mais valorizada. Roni Menegalli, síndico do condomínio horizontal Villa D’Itália, na Pompéia, concorda com essa valorização. Tanto que o local, que

Menegalli em uma das três áreas gourmet do Villa D’Itália

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Por Ronaldo Victoria Foto: Alessandro Maschio

tem atualmente 30 casas em construção, conta com três espaços gourmet. Há o central, chamado Centro de Convívio, que tem um salão principal com 427 metros quadrados e capacidade para 200 pessoas, além de duas cozinhas e banheiros equipados. “O importante do espaço gourmet é trazer segurança e comodidade para o morador. Por isso, quisemos investir nesses equipamentos”, conta Menegalli. O condômino aluga os espaços para festa e paga uma taxa que não chega a R$ 100.


Gurgel, do San Conrado: condomínio oferece infraestrutura para as festas O Villa D’Itália tem também dois quiosques ao lado das quadras esportivas, para eventos menores e diurnos. “Temos um ao lado da quadra de tênis. A ideia é que a mãe venha acompanhar o filho, por exemplo, e tenha o que fazer enquanto o espera”, explica Menegalli. Por isso, o espaço é menor do que o quiosque que fica ao lado da quadra de futebol, que envolve mais jogadores. “Além de dar mais oportunidades de lazer aos moradores, esses espaços permitiram no ano passado uma arrecadação de aproximadamente R$ 1.000, e que investiremos em manutenção”, explica.

Serviço completo No Edifício San Conrado, inaugurado há 15 anos no Jardim Elite, o síndico Sérgio Gurgel conta que o espaço gourmet é fundamental

como forma de integrar os moradores. “Temos um salão com capacidade para 60 pessoas, com duas cozinhas anexas e onde já tivemos várias festas animadas. O morador aluga o lugar e nós fornecemos tudo: mesas, toalhas, pratos, copos e talheres”, conta. Gurgel explica que essa interação é uma de suas metas principais como síndico, cargo que ocupa há dois anos. “É muito bom porque permite que as pessoas se conheçam melhor e nós estamos com várias atividades durante a semana, como noite de basquete, de vôlei e de futsal nas quadras, além de uma noite de pay per view, às quartas, no salão do último andar que tem um belvedere. E, durante a Copa do Mundo, vamos nos unir em todos os jogos do Brasil.”

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Filme

XV,

a cara de Piracicaba Documentário Identidade Quinzista mostra como o time alvinegro define a cidade Por Ronaldo Victoria Fotos: André Covolam e divulgação

S

e existe algo que define a cidade, é o XV de Piracicaba, este time que é a nossa cara e que completou 100 anos em novembro do ano passado. Por isso, o documentário produzido pela empresa DocMe, formada por jovens profissionais, leva o nome Identidade Quinzista. “Não quisemos ficar restritos à comemoração do centenário, mas mostrar que o XV é que define a cidade. A gente quis mostrar que o XV ajuda a definir Piracicaba, a alma e o jeito de ser do piracicabano”, conta o publicitário Maycon Barbon, que trabalhou em todas as fases do projeto ao lado da jornalista Mônica Camolesi e do artista cênico Franco Guidoni. “Fomos desenvolvendo o projeto em seis meses desde agosto, quando tivemos a ideia”, diz Mônica, lembrando que este trabalho é o primeiro da empresa, fundada no ano passado. Para dar o caráter histórico pretendido, a equipe entrevistou profissionais como o jornalista e escritor Cecílio Elias Netto, e o músico e pesquisador Rui Klei-

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ner. “O Cecílio, que conhece como ninguém a história da cidade, nos contou coisas como o fato de ela ser a primeira brasileira a ter água encanada e a segunda a ter energia elétrica, além de lembrar o pioneirismo de Luiz de Queiroz e a chegada da missionária metodista e educadora americana Martha Watts. Cecílio também falou do sotaque que nos torna conhecidos em todo o Brasil, como abordou em seu livro Arco Tarco Verva, assim como Kleiner. “O Rui já nos explicou que esse ‘erre’ carregado abrange toda a reO jornalista Cecílio Elias Netto é um dos entrevistados


Equipe DocMe: Franco Guidoni, Mônica Camolesi e Maycon Barbon gião do médio Tietê, mas aqui ficou ainda mais acentuado”, destaca Maycon. Coisa que os torcedores quinzistas e, por extensão aos moradores da cidade, já não têm preocupação em disfarçar. Além dos estudiosos, a equipe entrevistou torcedores típicos como Saponga, ex-jogadores (Marino Dal Pogetto), jogadores atuais (João Paulo), o ex-secretário de Esportes (hoje da Saúde) Pedro

Mello, e o especialista em esporte amador Dinival Tibério. O trabalho conta com apoio da Prefeitura de Piracicaba, que define a estratégia de lançamento junto com os autores. O vídeo, que tem 32 minutos de duração, não será vendido, mas distribuído para clientes de patrocinadores. “A ideia também é que chegue às bibliotecas das escolas para que seja visto como um material de consulta para os alunos, o que nos deixaria muito felizes”, conclui Mônica.

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Festa

Quanto riso, oh, quanta alegria! Carnaval das Marchinhas chega à 13ª. edição e acontece em 3 de março

Por Ronaldo Victoria Foto: Alessandro Maschio e Antonio Trivelin/Gazeta de Piracicaba

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o décimo-terceiro ano consecutivo que o Carnaval das Marchinhas acontece em Piracicaba. O local é o mesmo desde 2007: o Salão de Cristal do Clube de Campo. O baile acontece na noite da segunda-feira de Carnaval, dia 3 de março, a partir das 23h, e os convites já estão à venda na sede do CCP e na Taís Fantasias. A promoção já tem uma história e, durante este tempo, viu seu alcance crescer na cidade e na região. Este ano, a novidade é a volta de Lili Fadigas na organização. Foi ela quem começou a festa, em 2002, quando era proprietária do extinto Café Preto. A casa ficava na Vila Rezende, tinha capacidade para 50 pessoas e logo no primeiro ano excedeu esse limite. “Eu me lembro muito bem do número de participantes no primeiro ano, que chegou a 80. Foi bem mais do que a gente esperava”, conta Lili, que é terapeuta ocupacional por formação, mas teve trabalhos marcantes fora de Piracicaba, na área ambiental. Logo no primeiro ano, Lili contou com apoio do designer Tayo Cunha. No ano seguinte, a festa já começou a ser feita no salão da Società Italiana, onde ficou até 2006. “Mas logo o espaço ficou apertado porque o público ia crescendo de ano para ano. Então, em 2007, nos mudamos para o CCP, onde ficamos até hoje”, conta Bruno Chamochumbi, diretor do MBM Escritório de Ideias e Revista Tutti Condomínios. A proposta da festa, explica Lili, não é exatamente saudosista. “Não é bem saudosismo. É um evento diferenciado dentro do Carnaval, em que a gente continua acreditando que existe um

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público que curta uma noite diferente. Teoricamente é para a minha faixa etária, dos 40 ou 50 anos, mas tem, sim, um público interessado no Carnaval de antes”, explica. Tayo Cunha concorda e define o jeito da festa como “um resgate dos antigos Carnavais, com uma brincadeira de forma diferenciada”. Para isso, o repertório é peça fundamental, assim como a banda. “Este ano teremos novamente a Banda Canecão, que foi muito elogiada. E a banda vai tocar não apenas marchinha, mas também marcha-rancho e sambas-enredo antigos. Essa diversidade garante ainda mais diversão”, conta. Para 2014, outra novidade na decoração do clube é um espaço maior para a pista de dança, estimulando a participação dos foliões, para que não fiquem muito tempo sentados nas cadeiras. “A disposição das mesas será circular, fazendo com que fique uma espécie de arena e acredito que vai facilitar a animação, com as pessoas mais próximas”, diz Chamochumbi. A ideia, segundo ele, é que as pessoas entrem no espírito de comparecerem fantasiadas, por isso a participação na realização da Taís Fantasias. O primeiro lote de convites, à venda até 15 de fevereiro, custa R$ 60. O segundo, à disposição de 17 a 28 de fevereiro, custa R$ 80. O terceiro, de 1º a 3 de março, estará à venda a R$ 100. Os locais de venda são a Taís Fantasias (rua Riachuelo, 1058, telefone 3436-0358) e no Clube de Campo Piracicaba (avenida Torquato da

Silva Leitão, 297, telefone 3403-6700). No clube também estão sendo vendidas as mesas, a R$ 50 cada uma. Lili Fadigas afirma estar ansiosa para reencontrar os amigos durante a festa. “Eu consegui uma brecha na agenda quando o Carnaval das Marchinhas completou dez anos, mas foi rápido. Agora terei uma participação mais efetiva”, revela. Ela saiu da cidade em 2005, com destino a Salvador, onde trabalhou na Fundação Onda Azul, ONG (Organização Não-governamental) ambiental criada por Gilberto Gil. De lá foi para a Chapada Diamantina, onde atuou junto à comunidade carente, e de lá para Belo Horizonte, onde trabalhou na Comunidade Quilombola. De volta à cidade onde nasceu, ela está montando um espaço cultural e gastronômico no São Dimas. E revela que sente saudade da festa. “Eu voltei pra Piracicaba porque é minha cidade e continuo com planos. E continuo também acreditando que este evento pode crescer ainda mais junto às novas gerações”, conclui. Tayo, Lili e Bruno são os realizadores da festa

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Carnaval

Folia em clima de Copa O Carnaval deste ano, em Piracicaba, prepara o clima para a Copa do Mundo que, a partir de junho, deve incendiar o país e ser uma reedição da folia. O tema escolhido pela Setur (Secretaria Municipal de Turismo) para a programação oficial de 2014 é Bola na Rede e Samba no Pé. De acordo com a secretária Rose Massaruto, que anunciou a programação para a imprensa no final de janeiro, o tema junta duas paixões brasileiras. “O Carnaval é a maior manifestação da cultura do Brasil, o que proporciona ao país a alta temporada de turistas em várias cidades. Para nossa cidade não é diferente: movimenta o lazer do cidadão e a procura pelos visitantes da nossa região”, afirma. Este ano, a Rua do Porto, mais especificamente o Largo dos Pescadores, irá se tornar um local público para os foliões da cidade, e para os visitantes. Quase toda a programação se concentra à beira-rio. Confira os destaques: BANDA DA SAPUCAIA - A Sapucaia volta a abrir o Carnaval de rua de Piracicaba, e surge renovada, marcando seu décimo-oitavo ano consecutivo. Depois da crise do ano passado, quando houve tumulto durante o evento, a banda reformulou seu trajeto. A maior novidade para 2014 se refere à segurança. O percurso será monitorado por meio de câmeras de segurança instaladas ao longo da rua Moraes Barros. Não será permitida a comercialização de bebidas destiladas em embalagens de vidro nos bares da rua. Além disso, a Setur instalará mais de 100 banheiros químicos, dispostos em três bolsões: na altura da escola Alfredo Cardoso, no largo do Bom Jesus e na avenida Armando de Salles de Oliveira. A concentração, que começa às 12h do dia 22, continua sendo na praça Bonga e Daniel, na esquina das ruas Silva Jardim e Moraes Barros.

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Assim como o tema oficial, a Sapucaia também se inspirou na Copa, com o slogan A Copa do Mundo é Nossa com a Sapucaia Não Há Quem Possa. Neste ano, o cortejo segue até a avenida Armando de Salles Oliveira, onde será feita a dispersão, por volta das 17h. Não haverá mais retorno para o ponto de partida, nem shows e nem venda de bebida ao longo da Silva Jardim. MARCHINHAS - A atração do dia 28 de fevereiro, a partir das 21h, no Largo dos Pescadores, é a Noite das Tradições - Marchinhas. Na mesma noite acontece o Carnaval das Marchinhas no Teatro São José, numa realização do Clube Coronel Barbosa. MESTRE AMBRÓSIO – O tradicional cordão sai novamente no dia 1º de março. A concentração está marcada para as 16h, na praça da Boyes (rua Luiz de Queiroz) e a chegada duas horas mais tarde no Largo dos Pescadores.


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ESCOLAS DE SAMBA - O desfile acontece no sábado de Carnaval (1º.), a partir das 19h30, na avenida Armando de Salles Oliveira. Participam as agremiações Acadêmicos do Caxambu (com o enredo Brincadeira de Criança), Caxangá (O Samba Virou Funk na Avenida), Ekyperalta (Trabalho e Educação Transformando Homens em Cidadãos), Estrela de Prata (Brasil, Samba e Futebol) e Amigos da Rua do Porto (50 Anos de Aquarela do Brasil), a campeã do ano passado.

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BLOCOS - Domingo, dia 2, é a vez do Encontro de Blocos Carnavalescos. Eles saem às 14h da Passarela Pênsil e chegam ao Largo dos Pescadores, onde acontece show comandado pela cantora Elaine Teotônio. Marcado para ter início às 17h, o espetáculo contará com a presença de vários músicos piracicabanos convidados. O show se repete na segunda-feira, dia 3, mas com início às 20h, novamente no Largo dos Pescadores. BLOCO DA EMA - Neste ano, o Bloco da Ema, comandado por Tony Azevedo, desfila na terça-feira, dia 4, a partir da 15h. Sai de sua sede, na rua Moraes Barros, prossegue pela avenida Beira Rio e termina o percurso no Casarão do Turismo. APURAÇÃO - A apuração do desfile oficial das escolas de samba começa no dia 4, a partir das 10h, na Estação da Paulista.

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MatĂŠria da capa

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‘Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala’

Por Ronaldo Victoria Foto: Alessandro Maschio

Há exatos 40 anos, o Carnaval de Piracicaba começava a mudar. A classe média entrou com tudo na avenida, tanto que a passista que chamou a atenção e ganhou o público era uma garota de 18 anos, professora de balé: Jussara Sansígolo, na época Jussara Siqueira. Com roupas diferentes, ela fazia uma coreografia ousada, uma mistura de samba com outros ritmos. Os puristas não gostaram muito, mas a arquibancada levantava quando a morena passava. Nesta entrevista, Jussara lembra a sua fase na extinta escola de samba Ekypelanka, quando foi chamada de ‘Gigi de Piracicaba’, referência a uma famosa passista branca da Mangueira, e confessa que a dança é sua vida.

Tutti Condomínios - Você ainda curte Carnaval? Jussara Sansigolo - Curto, acho superinteressante. Porém, o Carnaval de hoje é muito diferente do de antigamente. Está meio parado? Está e, além disso, não tem a mesma arte, nem a dança, o samba, a família, os grupos de amigos. Resumindo: está faltando tudo? Sim. E hoje o Carnaval dá muita confusão, muitas pessoas já nem saem mais por causa disso. Então, aquele belo Carnaval em Piracicaba ficou pra trás, lá nos anos 70. Hoje ficou limitado àquele tempo em que as escolas de samba têm que cumprir. Falta interação entre quem está desfilando e quem está assistindo? Exatamente. Falta interação e falta aquela coisa

de dizer: “Eu estou defendendo a minha escola”. Eu, quando fiz parte da Ekypelanka, a defendi, tive outras propostas, mas sempre fiquei nela. E faz exatos 40 anos que você estreou na avenida, no Carnaval de 1974... Tem de falar, né? Nem parece que faz 40 anos! Como surgiu a ideia de desfilar? Na época, um tio meu fazia parte da diretoria da Ekypelanka. Ele e o doutor Alcides Aldrovandi me conheciam do balé. Eu já era famosa em palco de teatro. Fazia sapateado com Heloaldo Castello Silva e balé clássico com Lina Rosa, com supervisão da Lina Penteado, da academia de Campinas. Recebi esse convite e falei: “Nossa, nunca sambei na minha vida!” Disse que não ia conseguir, que não tinha jeito para isso. Perguntei: “Posso fazer do meu jeito?” Daí eles concordaram. 21


E como era o seu jeito? Meu jeito era dançar conforme a música tocava. Eu criava. Não era só um samba. Você misturava várias coisas, não? É, eu misturava. Tanto é que teve uma polêmica num ano em que não recebi um prêmio porque disseram que eu era rumbeira e não passista. Aí o pessoal do (jornal) O Diário ficou muito ofendido e comprou briga com o júri oficial. Aí eles me elegeram a musa do Carnaval de Piracicaba. Você chegava a descer totalmente, deitava no chão, não é? Sim. Eu fazia tanto o spacatto quando caía para trás, me apoiava nos joelhos. Eu fazia mil coisas. E naquele tempo as escolas não tinham tempo fixo de desfile. Então, as escolas que iam à frente ficavam enrolando. Quando você ia passar na frente do júri, às vezes já eram duas horas da manhã! Tinha que ter muita resistência. E muito amor mesmo. Como foi seu primeiro desfile, há 40 anos? Fiquei apaixonada de cara. Aquela bateria tocando, aquele som de cuíca muito próximo do ouvido, tudo isso me deixava deslumbrada. Eu fazia coisas que nem nos ensaios eu conseguia 22

fazer. Em casa, eu punha discos de escolas de samba do Rio, ensaiava para resistência. À noite, ia aos ensaios. Mas, quando ouvia o som ao vivo, criava coisas no momento, que nem tinha ensaiado. E como sua família reagiu à novidade? Deu a maior força. A minha mãe adora, sempre gostou de dança, e minha avó também. Meu pai era professor e jornalista. Tive apoio total. E o marido, à época namorado, não teve ciúme? Nunca, ele sempre me apoiou. Estou casada há 34 anos com o Mário Sansigolo e temos dois filhos, Felipe e Fernanda. Ele sempre desfilava perto de mim, tocava prato na bateria, e também recebeu prêmio no Carnaval. Mas não me segurava não, não impedia nada. Tinha muita inveja, fofoca? Sim, e foi o motivo que me fez parar. Um ano fui querer fazer um passo em que descia até o chão e não percebi um caco de vidro que foi colocado. Quando percebi, continuei normalmente, mas chegando ao final do percurso disse: “Não saio mais!” Foi em 1979. E nunca mais desfilou? Voltei num carro alegórico, já na Caxangá, que era como uma cria da Ekypelanka. O povo


aplaudia e ficava gritando: “Desce! Samba!” E no final deu uma tempestade e o carro quase foi levado pela chuva.

fama imensa, só se falava dela. De repente, vieram jornalistas do Rio e de São Paulo pra cá e fizeram essa comparação.

E como você vê hoje o Carnaval com essas rainhas de bateria, essas ‘globelezas’? É diferente do que fui. Elas todas agem como símbolos sexuais. Tem que ser a mais bonita, a mais sexy, mas ter ritmo, entender de samba, ficou em segundo plano.

Você recebeu convites para sair em escolas de outras cidades? Recebi de uma grande escola do Rio (a Portela), e da X9 de Santos. Eles queriam pagar, mas coincidia com o nosso Carnaval. A minha prioridade era sair na minha cidade.

E elas divulgam as dietas que fazem, o tanto de silicone que colocaram... Antes a mulher nascia de um jeito e ficava, ia para a rua assim. Hoje é construída, ela vai colocando tudo o que precisa.

Apesar do final de sua história com o Carnaval de rua de Piracicaba ter sido traumático, você não guarda mágoas, não? De jeito nenhum! Eu só parei quando vi que estavam colocando caco de vidro, coisas desse tipo. Eu pensei: “Eu danço. Se acontecer alguma coisa, vai acabar o meu sonho”. Do contrário acho que estaria até hoje.

Você não tem isso de colocar botox, né? Não. Mas entendo e não critico quem coloca. A medicina estética avançou muito. Tenho vaidade, como toda mulher, mas vai do gosto. Eu gosto de envelhecer bem. Como se envelhece bem? Eu não quero ter um rosto de uma idade que não tenho. Não quero aparentar ser mais jovem. Mas também não quero parecer mais velha. Eu sou vaidosa para manter o que eu tenho, na raça, dançando, fazendo aula. Envelhecer bem é fazer o que eu faço: vivo do que gosto, tenho uma alimentação saudável. E nem pensa em voltar a desfilar? O Carnaval perdeu bastante, principalmente o nosso. O nosso está crescendo, mas quem já viveu o apogeu do Carnaval sabe que falta muito para voltar a ser o que era. Na época, você foi chamada de ‘Gigi de Piracicaba’, referência a uma passista da Mangueira. Gigi da Mangueira era da sociedade do Rio e foi a primeira a desfilar. Na época, ela fez uma

Sem nunca parar com a dança... Hoje faço a dança dentro da minha escola, num lugar reservado. A gente dança em teatro, sempre com aquela segurança. O artista que vive disso sabe que tem que ter uma dedicação total. O que a dança te trouxe? A vida, toda a minha alegria. Passei a vida dançando. Entrei com três anos e nunca parei. Fiz 58 anos e, todo ano quando começam as aulas é aquela explosão: coisa nova, o que vamos fazer, vamos contratar... Dançar rejuvenesce? Pra mim, dançar é o meu tratamento estético. A dança é o meu botox. Nas férias, eu fico alucinada com a falta da dança. Tirei agora uns dias e fui pro Rio e São Paulo. Fui pro Municipal assistir Quebra-Nozes! Está no sangue. Se mil vezes eu nascesse, mil vezes faria a mesma coisa, não mudaria nada. 23


Cia. Chama Flamenca celebra 21 anos

O

s 21 anos da Cia. Chama Flamenca, dedicada ao ritmo espanhol, serão comemorados em alto estilo no dia 12 de abril, às 20h, no Teatro Erotides de Campos, no Engenho Central, e com música ao vivo. Para quem não entende seu gosto pelo flamenco, Jussara Siqueira Sansígolo lembra que vem do berço. “Eu tenho sangue espanhol, minha avó se chama Soledad e acabou de fazer 100 anos, com muito orgulho”, conta.

A ideia de criar o companhia não partiu dela, mas veio por meio de um convite. “O flamenco surgiu na minha escola quando era uma modalidade nova na cidade. Eu fui procurada pela Lúcia Caruso, uma grande professora de flamenco do Rio de Janeiro e que viveu por muito tempo na Espanha. Ela queria trazer o flamenco para Piracicaba e, na época, eu estava na antiga academia Portal Sports, com o Ballet Jussara Sansígolo terceirizado lá. Achei superlegal o trabalho e fechei com a Lúcia”, lembra Foi um investimento puxado, em que ela e Balu Guidotti, na época dono da Portal, pagavam semanalmente o transporte de Lúcia, primeiro do Rio de Janeiro, depois de São Paulo, para Piracicaba. Tudo por acreditar na proposta. “Ela iniciou um trabalho de primeiríssima

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qualidade e começaram Patrícia Veiga (terceira a aparecer talentos como a partir da esquerda) Patrícia Veiga, Cris Bonato, é diretora artística da Nãna Toledo, Nicole Ayres companhia e muitas outras que têm um valor especial na minha vida. Elas abraçaram um trabalho seríssimo e se apaixonaram”, destaca Jussara Quando a Lúcia se mudou para Londres, Jussara entendeu que a continuidade seria feita com a prata da casa. E convidou Patrícia Veiga para ser a diretora artística. “Na ocasião, ela ficou em dúvida, mas eu disse: ‘Você nem sabe o potencial que tem!’ E é ela que vem trazendo a maior força a esse flamenco, é a diretora artística. É vibrante”, garante. Além do flamenco, a academia se dedica a vários outros ritmos e Jussara conta que todos recebem a mesma atenção. Também são oferecidas as seguintes modalidades: jazz, sapateado, dança do ventre, clássico, dança egípcia e alongamento. A Academia Jussara Sansígolo fica na rua São José, 1213. Funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 21h e aos sábados das 9h às 13h. O telefone é 3434-3080.


Nãna

Cenas do cotidiano...

III. No cartório:

I. No encontro:

“O QUE ABUNDA, NÃO PREJUDICA”, disse o cartorário, no momento das assinaturas... E eu, cerrando os lábios pra não cair na gargalhada... Ui...

- “Oi, me conte de você? “ -”Bem, sou químico formado pela Federal do Estado, mas quis ampliar minhas habilidades então fiz engenharia junto com a química e logo emendei um MBA no exterior. Depois de algum tempo tirei dois anos para um sabático e rodei o mundo inteiro. Da Rússia até o Vietnã. Da Noruega até a Nicarágua. E você?” -”Eu? Bem... Eu sou um ser humano. Minha formação foi severamente baseada no respeito, no afeto e na força do caráter. Minha maior e mais importante viajem foi aquela que fiz para dentro de mim.” II. No médico: Na sala de espera do consultório, a moça (moça mesmo) ao meu lado, grávida, com outros dois filhos, e com o que deveria ser a avó (coitada - pra ajudar na pequena creche), me pergunta:

IV. No mercado: Havia uma placa na casa de frangos que dizia: “TEMOS PÉ DE FRANGO (DIREITO E ESQUERDO)”. Hein??? Tipo: você vai lá e pede uns dez pés direitos, porque quer fazer uma galinhada começando COM O PÉ DIREITO??? Ah, #meubrasilbrasileiro... V. No posto de gasolina: A louca aqui abastecendo o carro: “- O que vai ser hoje, dona?”, pergunta o frentista. “- Açúcar e álcool, moço” - aaaaaaaai... Calor,

- E você, não tem filho não???

Dor,

Respiro fundo para conter minha acidez, pois a minha vontade interior, mentalizada, era de responder:

De cabeça, A beça!

- NÃO SUA GIGGIA*! PORQUE NESSA SUA BRINCADEIRA, OCÊ PRATICAMENTE ROUBOU A MINHA COTA!

Feliz 2014 procê! Aquele beijo!

Ah, tenha santa paciência!

Nãna Toledo é um ser humano em busca da sua identidade.

(*GIGGIA: o mesmo que estrupícia).

facebook.com/nãna • iamnana1@hotmail.com


Coluna

Por Manu Vergamini manu@mbmideias.com.br

Fundação Maria Luisa e Oscar Americano A residência do casal foi transformada em fundação pelo proprietário, alguns anos depois da morte da esposa. Em 1980, o acervo arquitetônico, paisagístico e artístico tornou-se acessível ao público. O “lado B” do passeio está no Salão de Chá, que recebe os visitantes no estilo inglês de servir, em um ambiente aconchegante e um cardápio delicioso. Terça a domingo – das 10h às 17h30 Av. Morumbi, 4077 – Morumbi (em frente ao Palácio dos Bandeirantes) - (11) 3742-0077 Ingressos: R$ 10 (meia entrada para estudantes e maiores de 60 anos) Salão de Chá: de R$ 55 a R$ 65 por pessoa. www.fundacaooscaramericano.org.br

Divulgação

Nesta edição, você vai conhecer museus que oferecem não só exposições temporárias e acervos maravilhosos, como também atividades paralelas e outras opções de lazer. Não perca!

Divulgação

Masp

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O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand é considerado o mais completo do Hemisfério Sul, já que possui o mais rico e abrangente acervo. São mais de 8.000 peças. É sob seu famoso vão que acontece, aos domingos, uma das mais tradicionais feiras de antiguidades da cidade. O evento tem 33 anos e apresenta bancas com os mais variados e inusitados tipos de objetos, de arte sacra a artefatos militares. Acervo Terça a domingo e feriados – das 10h às 18h. Quintas - das 10h às 20h Av. Paulista, 1578 – Consolação - (11) 3251-5644 Ingressos: R$ 15 (R$ 7 para estudantes, professores e aposentados com comprovante). Grátis às terças Feira de Antiguidades do Masp Domingo – das 10h às 17h www.masp.art.br


mbmideias

Localizado em um bairro nobre da capital paulista, o MCB conserva um valioso acervo de móveis, alfaias religiosas e objetos decorativos, de importância histórica e artística, produzidos no Brasil e no exterior entre os séculos 17 e 20. Não deixe de passear pelo imenso jardim, nos fundos da casa, onde acontecem apresentações culturais e shows. São 6.000 m² de área verde, com mais de 200 exemplares de árvores. Para o grand finale, dê uma passadinha no Santinho, o restaurante do museu, comandado pela conceituada chef Morena Leite. Terça a domingo - das 10h às 18h Av. Brigadeiro Faria Lima, 2705 – Itaim Bibi - (11) 3032-3727 Ingressos: R$ 4 (meia entrada para estudantes e maiores de 60 anos) Gratuito aos domingos e feriados www.mcb.org.br Restaurante Santinho no MCB Terça a domingo - das 10h às 18h - (11) 3032-2277 Buffet de almoço – terça a sexta, das 12h às 15h; sábados e domingos, das 12h às 17h mcb.reservas@restaurantesantinho.com.br

Rodrigo Zorzi

Museu da Casa Brasileira

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Entrevista

Corra, Lauter, corra!

Por Ronaldo Victoria Foto: Lucas Bueno

O carioca Lauter Nogueira até fez engenharia mecânica para satisfazer a vontade da família. Mas, dois anos depois de formado, foi correndo (sem trocadilho) fazer faculdade de educação física e ir atrás de sua verdadeira vocação. “O esporte me deu tudo o que sou e sei hoje”, conta Lauter, que há mais de 30 anos coordena grupos de corrida de rua com a mesma disposição e vontade de ensinar. Foi o que ele mostrou na clínica Vecol para corredores de Piracicaba, que aconteceu dias 23 e 24 de novembro, na Unimep. No encontro, promovido pelo MBM Escritório de Ideias, Chelso Marketing Esportivo e Editora Luxor, Nogueira cativou atletas profissionais e amadores de várias idades. “O esporte me deu tudo o que sou e sei”, conta Lauter, que acompanhou várias Olimpíadas e também é comentarista do Sportv e da Globo para a Corrida de São Silvestre e outras provas Tutti Condomínios - Na cobertura da São Silvestre, que imagem vocês têm disponível? Lauter Nogueira - Vemos aquilo que o espectador vê. Temos que ter criatividade, mas na São Silvestre não é tanto assim. Já na Maratona de São Paulo, em que o nível técnico não é tão alto, as informações que recebemos dos atletas estreantes não são tão boas. Mas a memória ainda funciona e a gente vai levando. Você acompanha esporte desde quando? Praticamente desde que nasci. O primeiro evento internacional que assisti ao vivo foram os Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984, e eu já era apaixonado por Olimpíada desde 1968, quando o evento aconteceu no México e foi mostrado na televisão. Para mim, foi um salto. Meus ídolos, que eram da história em quadrinhos, saltaram dos gibis e se tornaram reais para mim como grandes atletas. E como foram suas outras Olimpíadas? Em 1972 (Munique, Alemanha), teve o drama dos atletas israelenses mortos pela organização terrorista Setembro Negro. Isso embaçou

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um pouco o brilho, mas teve a ginasta romena Nadia Comaneci, o nadador americano Mark Spitz e o velocista finlandês Lasse Given, que ganhou a prova dos 10 mil metros de forma extraordinária depois de ter caído no meio do percurso. A partir daí a paixão se estendeu e, de Los Angeles para cá, comecei a ver ao vivo. Acabou virando uma enciclopédia das Olimpíadas? Não sei se sou uma enciclopédia. Eu sei bastante coisa porque gosto. E eu me lembro, nos anos 80, que haveria embate entre comunistas e capitalistas, mas não houve. Em 1980, em Moscou, e em 1984, em Los Angeles, houve boicote dos dois lados. Só houve esse encontro em 1988, em Seul (Coréia do Sul). Mas desta Olimpíada não tive boa recordação, porque tive uma fadiga por causa do fuso horário. O que o esporte lhe trouxe, além desse conhecimento? Pois é, eu vivo do, para e pelo esporte. É direto, gosto de tudo. Porque é muito doido isso, gosto de lidar com pessoas. E é durante o esporte,


Lauter: ‘Todo mundo é capaz de correr’

na prática da atividade física, ou torcendo, que as comportas da personalidade das pessoas são abertas e elas se mostram. E, às vezes, se mostram assustadoras, não? Sim, mas é isso que é demonstrar a essência. Você fala do novo corredor. Como é esse corredor? A contar dos anos 70, hoje estamos na quinta onda da corrida. A partir da terceira mudança, levamos um susto, porque começavam a brotar corredores do chão. Entre a quarta e a quinta ondas, foi um susto pra gente, pois quase quatro milhões de pessoas corriam. Hoje são mais de cinco milhões que correm e 30 milhões que caminham. Ou seja, cresceu demais, e hoje o novo corredor é um ser muito diferente do antigo. É diferente em quê? O antigo corredor era das classes C e D. A corrida era esporte de classe baixa. A classe média começou a se apaixonar efetivamente na virada dos anos 80. E a partir daí, as corridas de rua pegaram de jeito nessa classe. Hoje muda um pouco por conta dessa melhoria econômica, não sei se efêmera, da classe C. E essa entrada mudou totalmente o perfil. Por quê? Porque esse novo corredor não gosta de correr, gosta de interagir, de comunicar, do ambiente de corrida e de passar para o mundo a seguinte informação: ‘Eu sou vigoroso, elétrico, moderno, eu cuido da minha saúde’.

Parece marketing pessoal. É marketing pessoal. Você diz que o prazer de correr se perdeu. Como isso aconteceu? Aquele prazer de correr está perdido. O cara começa a correr pelos mais variados motivos, menos o prazer de correr. Pra emagrecer, pra fugir da solidão, pra correr atrás de uma nova mulher ou de um novo homem, pra ficar perto do patrão. Porque também é uma festa, e todos esses motivos são válidos. Então, o cara começa sem muito esforço, mas, de repente, o que acontece? Ele diz: ‘Caramba, eu gosto dessa porcaria!’ E aí ele não para mais... Não significa que ele goste, mas o ato de correr gera serotonina. E a serotonina gera prazer. Então, aos poucos, ele se vicia. Como faz quem é sedentário? Tem de começar com caminhada? Ele tem de passar pelo médico antes. Todo mundo é capaz de correr, mas é importante saber se o cara está apto, naquele momento da vida, a correr. Isso só quem pode dizer é o médico. A partir daí, você pode procurar um profissional da área ou pode arriscar-se sozinho. O que é ser criativo hoje, no caso do treinamento? É algo importante hoje, pois vejo cara criativo demais e que sai completamente do seguro e do ético. Isso acontece muito. Você mandar planilha igual pra 1.000 pessoas é antiético. É lindo, mas é pra todo mundo não é pra um.

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‘Hoje o novo corredor é um ser muito diferente do antigo’ Eu tenho certeza de que o exercício que serve para você não é o mesmo que serve para outro. Por isso é que são necessárias as avaliações. E, baseado nelas, vou te levar a treinos que levem à melhor saúde. Por que não temos renovação dos nossos fundistas? Esses jovens fundistas saem rapidamente da pista e vão para a rua. Mas, se você quer ser um grande maratonista, tem de ser antes um grande fundista. O que não acontece porque ele sai precocemente da pista. Finalmente você vai ver uma Olimpíada ao vivo em sua cidade. Qual sua expectativa? A nossa realidade de agora vai ser praticamente a mesma de 2016. Não dá mais pra mudar. São necessários de oito a 11 anos para fazer um atleta olímpico. Para você ter um vencedor olímpico, precisa ter 50 outros na mesma modalidade. Sempre achei um sonho isso acontecer, pena que vai se tornar um pesadelo. Não está sendo pessimista? Não tenho a menor dúvida disso. Os Jogos Olímpicos mais caros de todos os tempos, R$ 100 bilhões na nossa conta. Quer outros dados interessantes? O Brasil vai gastar de R$ 7 a R$ 9 bilhões com o treinamento das equipes. A Grã-Bretanha vai gastar a metade, se tanto. Qual é a mágica?

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A mágica é competência. O que nós temos aqui é roubo e incompetência. Não vai dar certo isso! Nas recentes manifestações, alguns slogans eram contra investimento no esporte. O que acha disso? Antigamente, os atletas choravam dinheiro. Hoje tem muito dinheiro. No quadriênio 20092012, o Brasil gastou R$ 2,8 bilhões. E outra vez a Grã-Bretanha gastou menos da metade. Gente, tudo bem, vamos gastar dinheiro, mas as pessoas continuam morrendo nas filas dos hospitais públicos. O que se gasta com educação no Brasil é uma vergonha, é muito pouco. E ainda nos damos ao luxo de gastar mal. É ridículo, parece um discurso panfletário o que eu faço, mas é a pura realidade. Não precisamos de mais verbas para o esporte, precisamos é devolver dinheiro! Para um governo competente gastar em outras áreas. Não existe isso em lugar nenhum do mundo. O Comitê Olímpico Brasileiro tem aquela sede suntuosa que mais parece uma Igreja Universal do Reino de Deus na Barra da Tijuca, com aquele nefasto senhor (Carlos Arthur Nuzman) perenizado no cargo. Uma vez, ele me perguntou, numa festa: ‘O que acha de o esporte estar em mãos competentes?’. Eu disse: ‘Eu acho que os dirigentes e as fraldas devem ser trocados sempre. E pelos mesmos motivos!’


guia do

DESIGN Brasil no Mundo

Tudo é design da lancheira de plástico da escola primária ao carregador do seu iPhone, tudo foi devidamente pensado antes da fabricação

MADEIRA

As últimas tendências do material mais apreciado da natureza

Eco ou Techno Ecologia e tecnologia a serviço do design


Capa: cadeira WaterTower da Bellboy, concebida pelo designer norteamericano Mat De Scroll, é feita de pedaços de madeira reciclada de uma antiga caixa d’água no bairro do Brooklyn, em Nova York cadeira: Mat De Scroll foto: Joshua Dalsimer contato: info@bellboynewyork.com

Sem clichês Por Rê Fernandes refernandescor@uol.com.br

P

assei alguns anos dando aulas de história do design na faculdade, embora essa não seja minha especialidade. Gosto mais da mão na massa, de promover oficinas, trabalhar o projeto, avaliar as ideias e, principalmente, de me ocupar das cores, minha grande paixão. Entretanto, o conteúdo deste guia me encanta à medida que foge dos clichês sobre a evolução histórica e promove um ‘descanso’ merecido à Bauhaus, escola alemã considerada um marco da atitude projetual do design no mundo. Filha da revolução industrial, essa escola decretou o fim das peças únicas e dos detalhes considerados desnecessários e criou o binômio forma X função. Assim, a arquitetura, o mobiliário, os objetos de decoração, utensílios domésticos, vestuário e até mesmo obras de arte (que passam a ser reproduzidas em escala) recebem uma nova ótica de avaliação embasada nas leis da Gestalt, a teoria da percepção da forma. Simplicidade, regularidade, fechamento, simetria, pregnância passam a ser conceitos

dominantes e sofisticados ao longo no século 20. Somente no final dos anos 90 é que outras questões passam a criar novos enfoques. A ecologia, aliada a uma demanda estética libertadora, vem traçando novos rumos para o design no mundo. A premissa de Bruno Munari, designer e arte-educador italiano, expressa em seu livro Das Coisas Nascem Coisas, parece fundamentar melhor o belíssimo material mostrado neste guia elaborado por Marcelo Gimenes, designer piracicabano radicado na Holanda. Suas escolhas de imagens e produtos, que considera ser o caminho atual do design denotam seu olhar ao mesmo tempo criterioso e livre, aberto para os movimentos da atualidade. É com conteúdos como este que a Revista Tutti Condomínios reafirma sua função jornalística de qualidade e bom gosto, o que faz com que seus leitores fiquem cada vez mais bem informados e exigentes. Texto e imagens aqui se complementam e nos brindam com aspectos inovadores e deliciosas tendências do design atual que, felizmente, não são dogmas nem regras.

Rê Fernandes, piracicabana carioca, é designer, arte e cineeducadora, autora de inúmeros projetos e artigos, professora universitária , é autora do livro Da Cor Magenta – Um Tratado Sobre o Fenômeno da Cor e Suas Aplicações. 32


O que é design? De (fora) signum (marca, sinal). A palavra inglesa deriva do latim designare, que significa ‘projetar como um todo’. Do italiano indica ‘esboço, desenho, plano ou projeto’. Desenho no uso mais genérico e projeto quando associado a um método de trabalho. Design, portanto, é uma atividade projetual responsável pela estrutura estética e funcional de um produto para sua fabricação em série. Tudo é design. Da lancheira de plástico da escola primária ao carregador do seu iPhone, tudo foi devidamente pensado antes da fabricação. Também um cesto de vime, um pregador de roupas, aquela capinha para botijões de gás cuidadosamente desenvolvida em crochê, seu carro, sua bicicleta, seu refrigerador, sua escova de dentes, enfim, tudo tem um desenho, uma estrutura estética, uma função e um objetivo.Design é emoção, carrega em si os valores culturais de uma sociedade e reflete suas preferências e necessidades. Design vai além da estética. Faz parte da herança cultural de uma sociedade e de sua evolução. Relativamente novo, o design brasileiro ganha cada vez mais espaço em nível internacional, sombreando pouco a pouco a genitora do design: a querida Itália. Nomes respeitados e produtos de alto nível fazem do Brasil 2014 o país do novo, do inusitado, da criatividade. E design tem tudo disso. Se em tempos remotos passávamos horas espiando por cima do muro, apreciando o quanto

a grama do vizinho era bela, hoje é aqui no Brasil que se produz a mais verde de todas. Com uma população criativa, jovem e a procura de novas fronteiras, o Brasil se estabelece no mundo do design internacional e inicia uma nova etapa em que a herança cultural se espalha pelo globo, levando para longe nossa visão da sociedade no mundo em que vivemos. •

Design é emoção

Árvore Generosa designer: Pedro Useche

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Entendendo o futuro Ele está à nossa volta e não à nossa frente Tendência é o que ainda está por vir, o que ainda não é. Mas o que são tendências e como elas se originam? Tendências são expressões de nossas necessidades básicas adaptadas ao nosso meio ambiente, à época em que vivemos e à forma como vivemos. Como essas necessidades se expressam depende dos recursos que não

(como por meio da pesquisa de preços pela internet), abrindo assim espaço para uma nova tendência (lojas virtuais e compras on-line). O homem se deixa influenciar e acolhe ideias novas a cada momento. Tudo tem seu ciclo. Tudo se transforma e se reinventa. Uma tendência nada mais é que a

são disponíveis, como, por exemplo, tecnologia, desenvolvimento social e cultural, liberdade de expressão, conhecimento etc. A necessidade nasce com o desenvolvimento do ser humano. Quanto mais recursos, maior a possibilidade de expressão e, por conseguinte, mais forte a tendência.

análise do meio ambiente e da sociedade em que vivemos. Toda tendência, seja ela política, social ou artística, é baseada no que está acontecendo e não no que pode estar por vir. O presente é tudo o que necessitamos para ver o futuro. Tudo está conectado. Toda ação causa sempre uma ou mais reações. Um país rico em recursos sociais e culturais se expressa de forma direcionada, criando a necessidade de novas ideias para atingir novos objetivos. No mundo do design não é diferente.

Fazendo as contas Um avanço tecnológico cria uma necessidade básica (o uso frequente do computador) que se expressa de uma nova maneira

Cadeira Bristle e jogo de talheres Satae, Francis Bitonti Studio; Mesa: Nucleo Wood Fossil, Gabrielle Ammann Gallery.

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Vestido: Luke Libermoore.

Os prognósticos de tendências ditadas pelos gurus internacionais são nada mais que observações críticas de uma sociedade e seus recursos. A crise mundial abre espaço para novas tendências, como o regionalismo e o aquecimento global, que agita o mercado de orgânicos. Assim se faz as tendências e preconizá-las nada mais é que analisar nosso dia-a-dia e nossas necessidades. •

O presente é tu do o qu e nec essitamos para ver o fu tu ro 35


Eco ou Techno? Uma tendência mais qu e nec essária No palco do design dois protagonistas distintos se destacam: a natureza que deve ser preservada e, sobretudo, protegida, e o progresso tecnológico avançando com novas técnicas, propiciando a criação de novos materiais.

bilidades. De outro lado, prolongar a vida tem seu lado funesto. Com a perspectiva de uma vida mais longa e mais saudável, o aumento da população é fato incontestável e apresenta um quadro menos positivo para o futuro da humanidade.

Cada movimento novo das tendências mundiais que se apresentam tem, em sua essência, uma dessas direções. Chegamos a um ponto de bifurcação e entendemos como seres vivos dependentes do meio ambiente, que salvar a natureza do desastre não só é nosso dever como filhos da Terra, mas também pelo simples fato de dela depender nossa (possível) futura existência. Mas nem todo mundo está preparado para o aconchego agrário, nem tampouco se emociona com a perspectiva de uma vida verde, sem radiações de wifi com a ausência da tecnologia de massa e seus estragos. O progresso vicia e nos promete vida longa. Os avanços na tecnologia e na medicina chegam a ser tão futuristas que a concepção de uma vida média de 100 anos já não é tão sci-fi como se acreditava nos anos 80. Dentro de relativamente pouco tempo, o ser humano será capaz de imprimir órgãos vitais em impressoras 3D prontos para transplante.

A natureza ainda tem seus limites e já não é mais possível viver cada dia como se fosse o único sem se responsabilizar pelo que acontece à nossa volta. A mentalidade carpe diem tem suas desvantagens e, sobretudo, um preço cada vez mais alto.

A extensão da vida biológica traz consigo a perspectiva de uma vida com mais possi36

A tecnologia ajuda na preservação da humanidade, mas depende dessa mesma humanidade a preservação da natureza, sem a qual qualquer forma de tecnologia se torna obsoleta. Nesse vai e vem de tecnologia e ecologia, designers abraçam novas técnicas e desenvolvem projetos fantásticos. Francis Bitonti Estúdio colaborou com Michael Schmidt Studios e Shapeways para criar um vestido 3D impresso, totalmente articulado, projetado especificamente para Dita Von Teese. O vestido tem cerca de 3.000 juntas articuladas únicas e é adornado com mais de 12 mil cristais Swarovski. Definindo a linguagem visual e formal para a nossa geração, Francis Bitonti Studio usa uma mistura única de técnicas de computadores e tecnologias de fabricação de ponta. Ao mesmo tempo, a mes-


O tapete Broinha da designer Cláudia Araújo, é produzido a partir de fibras de rama, um material descartado pela indústia têxtil. Matéria-prima inteligente e feito a mão, o produto não desperdiça recursos naturais e respeita o meio ambiente

Vestido: Francis Bitonti Studio Foto: Albert Sanchez

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ma tecnologia suporta e dá vazão às ideias geniais da arquiteta mais inovadora da galáxia, Zaha Hadid. O superyacht da Blohm + Voss , projetado por Zaha Hadid, é a perfeita apoteose da tecnologia e criatividade. Com 128 metros, a mother ship (nave mãe), como é chamada, agrega os mais recentes avanços de design digital e técnicas de fabricação dentro do paradigma de parametricismo (um estilo emergente, que é baseado no projeto computacional avançado e técnicas de animação digital para criar visualizações digitais e desenhos) e, francamente, dispensa comentários, afinal, navegar nunca foi tão preciso. •

Nesse vai e vem de tecnologia e ecologia, designers abraçam novas técnicas e desenvolvem projetos fantásticos Blohm+Voss/Zaha Hadid Project

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Madeira O m ilag re n a tu ral

Avançamos a passos largos rumo a um futuro digital, robótico e sem fio, expressando nossa necessidade de evolução como seres inteligentes e, ao mesmo tempo, ainda nos arrastamos na pré-história, desequilibrando nosso habitat à procura da fórmula perfeita para nossa subsistência.

miseta feita em Bangladesh, vendida a uns míseros três euros, não pode ser fruto de trabalho digno, tampouco adulto. Um móvel feito a partir da madeira extraída ilegalmente da mata responsável pelo oxigênio do planeta passa a ser também nossa responsabilidade e não só dos produtores. Designers e a indústria se unem a favor do meio ambiente, e móveis e pisos de madeira passam a ser concebidos a partir da matéria-prima e de suas origens. Reciclagem ganha status e o que seria lixo vira luxo.

Dessa necessidade evolutiva nasce, por consequência, a revalorização de produtos naturais com certificados de origem, cultivados e colhidos em harmonia com o meio ambiente e com respeito aos produtores. O consumidor assume cada vez mais sua posição de responsabilidade, se preocupando em se aprofundar na origem dos produtos que adquire. Uma caCadeira: Arne ter Laak Foto: Ellen Mandemaker

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A cadeira WaterTower (foto da capa) da Bellboy, concebida pelo designer norte-americano Mat De Scroll, é feita de pedaços de madeira reciclada de uma antiga caixa d’água do bairro do Brooklyn, em Nova York. Em 2008, o brasileiro Carlos Motta desenhava a cadeira Radar, construída em peroba-rosa de redescobrimento, especialmente desenvolvida para a exposição Used and Reused Wood, que aconteceu em Nova York, em setembro de 2010. No Brasil, essa tendência se aperfeiçoa nos pisos exclusivos e internacionalmente famosos da Indusparquet que, há mais de 40 anos, é considerada líder no segmento de pisos de madeira maciços proveniente de florestas manejadas, respeitando os aspectos ambientais, sociais e econômicos. Presente em mais de 20 países, a empresa é reconhecida mundialmente pela qualidade dos pisos e pela preocupação com o meio ambiente. Com essa sabedoria, o consumidor e a indústria reforçam a tendência ecológica em que a preocupação está na origem do produto e não no seu preço final. Uma tendência que se faz presente em diferentes países, em classes sociais distintas e sem restrições.•

Cadeira Radar, de Carlos Motta

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Piso rústico de madeira nobre da brasileira Indusparquet; tratamento manual garante um aliança harmônica entre o visual antigo e a qualidade de um piso de madeira maciço (www.indusparquet.com.br)

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Digitalmente luxuoso O novo ru mo da exclu sividade Se depender das profecias dos gurus internacionais, depois de alguns anos na escuridão dos cinzas devido à persistência da crise econômica mundial, os interiores do futuro próximo serão em cores. A tendência se espalha numa velocidade notável pelo planeta, colorindo todo o cinza e acrescentando têxteis à decoração como nunca antes. Tecidos voltam a adornar a decoração de interiores modernos, em que o uso de têxteis até então estava praticamente extinto. O retorno dos tecidos nobres, como a seda e a lã, promete uma mudança radical nas tendências dos próximos anos. A valorização dos produtos feitos à mão e de materiais de luxo, a preços e tiragem exclusivos, cresce a cada dia como que numa tentativa desesperada de individualização do consumidor. Com a padronização mundial dos centros comercias e das lojas de departamentos, o consumidor, para se sentir exclusivo e individu- alizar seu estilo, necessita de muita atenção e tratamento especial. Se até mesmo uma multinacional, produtora em massa número 1 como a Coca-Cola, oferece padroniza42

ção de seu produto – seu nome na latinha – é sinal de que essa tendência vem pra ficar. Um novo grupo aponta no horizonte, oferecendo design sob medida: os designers haute couture oferecem luxo sem restrições e sem modelagem. Nada de superprodução, produção em massa ou materiais inferiores. Cada objeto é único e desenhado especialmente para o cliente. Papéis de parede e tecidos pintados à mão ou simplesmente papel de parede customizado, em que a estampa é aperfeiçoada para o espaço decorado. Com a popularização de técnicas de impressão, são infinitas as possibilidades para a execução de projetos diferenciados e únicos, sem a necessidade de estoques e com uma pegada ecológica menos agressiva. A holandesa Snijder&Co apresenta coleções inspiradas na natureza com ares de modernidade. Os desenhos são em cores fortes contrastando com o fundo branco. O uso de sombras e a alta definição da impressão garantem o efeito hiper-realista e moderno. Os dessins são disponíveis em painéis de 3x4 metros, mas podem ser adaptados e personalizados de acordo com o ambiente. •

Almofada, pratos decorativos e papel de parede da snijder-co.nl


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Os fantásticos anos 50 Quando a qualidade fala mais alto Após a Segunda Guerra Mundial, o foco era crescer. Crescer e reinventar. A indústria oferecia o que havia de mais moderno à dona de casa moderna, e esta, em êxtase, se familiarizava cada vez mais com a ajuda dos eletrodomésticos que, pouco a pouco, invadiam seu dia-a-dia. A tecnologia chegava para nos livrar de todo excesso de trabalho manual. Com o desenvolvimento da indústria e com um continente a ser reconstruído, os anos 50 do século passado deixaram sua marca no mundo do design. Com a possibilidade de produção em massa, os anos 50 são o exemplo de progresso. A supervalorização do instituto familiar, o posicionamento da mulher como dona de casa feliz em servir, filhos educados, pais competentes e trabalhadores e família feliz acrescentam romantismo e moralidade a um tempo marcado pelo moderno. Os designers Charles e Ray Eams são exemplos transformadores da época. Seus móveis

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são até hoje sinônimo de qualidade, luxo e, sobretudo, de bom gosto. Seus modelos ainda são mundialmente comercializados a preços ainda restritos aos ‘poucos e felizes’.

No cenário atual, os anos 50 trazem à tona todo o romantismo e positividade de uma década marcada pela reconstrução da economia mundial e do posicionamento da família como centro da sociedade.

A tendência vintage é, portanto, uma resposta lógica ao cenário político e econômico atual, com a nostalgia dos anos 50 e sua promessa de tempos melhores. Afinal, em tempos incertos, o certo mesmo é procurar por certezas. E para isso nos valemos Cabideiro Loose de Jader Almeida; Vazos e luminária vintage; mesa Fifties de Guilherme Torres


do passado, quando tudo supostamente era bem melhor. Essa tendência não se restringe somente ao design vintage. A nova geração de designers e fabricantes se rende ao estilo, às linhas elegantes e à qualidade dos móveis dessa época que trazem consigo um misto de segurança e certeza, baseados na memória coletiva de um tempo positivo, de grandes empreendimentos, de reconstrução e de progresso. E é exatamente disso que a humanidade necessita neste momento. •

Lounge chair de Charles e Ray Eames na sala de estar da Eames House em Los Angeles (www.hermanmiller.com)

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Publieditorial

Alessandro Maschio

Valdir e Ana Rosa investem no atendimento personalizado da Habitare

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Habitare Decor é uma loja de decoração diferente em todos os sentidos. Começa por fora, já que fica numa casa tombada pelo patrimônio histórico, situada na travessa Maria Maniero, 86, bem atrás do Mirante. O imóvel teve preservadas todas as características da época, adaptado para o conforto dos clientes, arquitetos e decoradores.

De acordo com o casal, o sucesso da loja nesses 21 anos está em três pontos, que são seus diferenciais. O primeiro ponto básico é atender às necessidades do cliente. Para isso, a Habitare conta com um show room completo, com enorme variedade de produtos expostos e instalados, desde persianas, cortinas, papéis de parede, toldos e tapetes.

Quando o cliente, que geralmente marcou hora, entra, começa de fato a diferença. Isso porque a loja, que em março completa 21 anos de funcionamento em Piracicaba, investe num atendimento diferenciado, feito pelo próprios donos: o casal Ana Rosa Corrente e Valdir Fedrizzi.

“Utilizamos somente materiais de primeira qualidade. Oferecemos opções para quem pretende fazer uma decoração bonita sem gastar muito , atendendo residências, escritórios, empresas etc. Nosso objetivo é sempre satisfazer o cliente”, afirmam.

“Foi um desafio muito grande porque tivemos a ideia de nos dedicar a um nicho diferente do mercado, voltado para um atendimento personalizado”, conta Valdir, que nasceu no ramo de decoração, e lembra que viveu o tempo todo nesse meio. Ana Rosa era estudante quando eles se casaram e acabou indo para o ramo do marido, hoje, como decoradora, auxilia os clientes na especificação dos produtos.

Para isso, o segundo ponto fundamental é a mão de obra especializada, e não terceirizada, comandada pelo próprio Valdir. “Tudo é feito com muito critério, e para a total satisfação e segurança do cliente. Eu fui criado nesse meio, desde menino sei o que é isso. Sou do ramo”, lembra Valdir. E o terceiro ponto, mas não menos importante, é o pós-venda. “A venda começa aqui e termina na casa do cliente”.

Trav. Maria Maniero, 86, Vila Rezende - Piracicaba • (19) 3421-6494 Horário de funcionamento: 2a. a 5a. feira: 10h às 12hs - 13h30 às 17h • 6a. feira: 10h às 12h Outros horários somente com agendamento www.HABITAREDECOR.com.br (A loja não tem filial)


Associado ao

Showroom

ARTELUZ

o melhor do design para os melhores profissionais Há 25 anos, a ArteLuz está presente nos melhores projetos. São muitos watts de história para contar. Entre os projetos e parceiros, a ArteLuz apoiou a montagem de 16 ambientes da Casa Cor Interior Piracicaba 2013.

Thais Costa

Suíte do Casal

Carla Mateuzzo e Roberta Ruschel

Home Theater Cristiane Furlan

Lavabo e Circulação

Geisa Bernardino e Carolina Miata

Sala do Colecionador

Monica Alexandra Gonçalves e Marcela Rossi

av. 31 de março, 1960 – piracicaba | arteluzpiracicaba.com.br | 19 3422.6822

Jardim do Lago

Maria Paula Orlando

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Varanda do Casal


TECIDO-ARTE FRANCÊS INSPIRA PORTAS DA COLEÇÃO MATELASSÉ.


ANÁLIA FRANCO 3469 7033 D&D 3043 9430 IBIRAPUERA 5053 3999 JD AMÉRICA 3062 8188 LAR CENTER 2223 2020 ABC 4438 2298 ALPHAVILLE 4191 6885

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PIRACICABA


Tutti do Bem

Tudo pelos pequenos Entidade atende 94 crianças de zero a cinco anos de idade com apoio da Igreja Metodista

Por Ronaldo Victoria Foto: Alessandro Maschio

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undada em 1975, com apoio da Igreja Metodista, a Amas (Associação Metodista de Ação Social) hoje exerce, em Piracicaba, um trabalho totalmente voltado para a criança, da faixa de zero aos cinco anos de idade. A entidade mantém a Creche Marhslea Dawsey, que fica no bairro Nova América, na rua Mário Telles, esquina com a avenida Alberto Vollet Sachs. Foi exatamente naquela região que tudo começou. Nos anos 80, o local tinha a favela do Sapo, localizada às margens do ribeirão Piracicamirim, que quase sempre inundava no início do ano. “O trabalho começou com a distribuição de cestas básicas para as famílias atingidas pelas enchentes. Com o tempo, e a melhoria da habitação, a situação mudou. A mulher foi para o mercado de trabalho e assim nos voltamos para a questão da criança. Ou, na verdade, à questão da mulher que precisa trabalhar

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para garantir o sustento da casa e não tem com quem deixar os filhos”, explica Maria Aparecida Rossi, atual vice-presidente e que foi presidente em outras gestões. Não é uma tarefa fácil, reconhece o presidente atual, Márcio Prado Oliveira. Hoje, a Amas acolhe 94 crianças dessa faixa etária, que ficam na creche em tempo integral, das 7h30 às 17h, e que, além de todo o acompanhamento pedagógico, recebem quatro refeições diárias: café da manhã, almoço, lanche da tarde e um lanche mais reforçado na saída. “Nós recebemos, da prefeitura, R$ 216 referentes a cada criança. Precisamos de aproximadamente R$ 25 mil para fechar essa conta, pois temos despesas com funcionários e todas as contas com água, luz e telefone. O resultado é que precisamos correr atrás de R$ 7.000 a R$ 8.000 por mês”, explica.


Maria Aparecida e Márcio são diretores da entidadeem período integral

Além de eventos especiais, como bingo e outras festas beneficentes, a Amas conta com a renda da Festa das Nações, promoção em que sempre esteve presente representando a Barraca Espanhola. “Não foi uma escolha, houve um sorteio logo no início, no tempo em que o comando da festa era da então primeira-dama Rosa Maluf. Ficamos com a Espanha e acabamos gostando”, lembra Maria Aparecida. Para este ano, a entidade promete novidades no comando da barraca. O presidente reconhece que o prato principal – a paella servida em duas opções, a valenciana (com frutos do mar) e a de la huerta (com vegetais) – ainda é visto como uma opção cara pela maioria dos frequentadores. Por isso, pela primeira vez a entidade vai vender porções pequenas do prato, logo no quiosque da entrada, e a um preço mais acessível. Além de doações, a Amas também conta com recursos do Fumdeca (Fundo Municipal de Apoio à Criança e ao Adolescente) e também com apoio de empresas. E neste sentido, Márcio faz questão de destacar o empenho da Caterpillar. “Todo ano nós passamos uma lista para a Caterpillar e a empresa retorna com um presente especial, com o nome de cada uma das crianças e uma cartinha para a família. Isso que é legal, pois não é apenas fazer por fazer, mas demonstrar carinho”, diz. Além disso, a

entidade conta com apoio da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) que, este ano, vai dar todo o apoio logístico para a Festa das Nações. Em relação a voluntários, a associação só precisa mesmo para a festa, já que todos os funcionários são especializados. Assistente social da Amas, Ana Maria Orsini Rossi fica com a difícil tarefa de fazer a triagem das crianças, e afirma que, em média, apenas 40% são aceitas por ano, entre todas as que se inscrevem. “Analisamos várias questões, mas é fundamental que a mãe trabalhe e não tenha com quem deixar o filho”, explica. Ana Maria lembra também que a Amas mantém um bazar beneficente, que está localizado no número 974 da rua Dom Pedro I, ao lado da Igreja Metodista Central. O local fica aberto de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30 e aos sábados, das 8h30 às 13h. “Lá nós temos à disposição eletrodomésticos, utensílios domésticos, roupas (masculinas, femininas e infantis), calçados e bolsas. Tudo é comercializado a um preço bem acessível, que vai de R$ 0,50 a, no máximo, R$ 80”, conta. O bazar tem duas voluntárias, que trabalham uma em cada período. Recebe doações e vai retirar na casa da pessoa. Os interessados devem ligar para (19) 3042-2539.

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STORYNHAS Rita Lee Companhia das Letras O livro mostra um encontro especial: a imaginação sem fronteiras de Rita Lee com o traço criativo de Laerte. São narrativas cômicas, ternas ou tristes, às vezes críticas ou raivosas. Sem esquecer o lado doce. Tudo no mesmo texto, às vezes na mesma frase. Os fãs de Rita já se acostumaram com o humor da roqueira ao longo do tempo, não apenas nos rocks, mas em sua página no Twitter. Mas ela faz uma ressalva: não se trata de um livro para crianças.

FIM Fernanda Torres Companhia das Letras Atriz com mais de 30 anos de carreira, Fernanda Torres há algum tempo começou a se aventurar na escrita, em colunas de jornais e revistas. Aqui ela estréia no romance. O livro conta a história de cinco amigos cariocas e suas vidas diferentes. Há o solitário que não suporta a ex-mulher, o drogado em tempo integral, o rato de praia agora viciado em Viagra, o careta e o Don Juan invejado por todos. A autora mistura humor com sensibilidade.

CHICO BUARQUE: O POETA DAS MULHERES, DOS DESVALIDOS E DOS PERSEGUIDOS Rinaldo de Fernandes Leya Brasil A obra de Chico Buarque é tão rica que as ideias sobre ela parecem não se esgotar. No livro, o leitor encontra novas versões para aspectos supostamente conhecidos da poesia do compositor. Os 24 ensaios passeiam pelas músicas e pelos personagens mais marcantes, como as figuras femininas de Angélica ou Bárbara, ou os desamparados do país nas letras de Construção e Pedro Pedreiro. Os textos também revelam os bastidores da criação das canções.

PROFISSÕES DO FUTURO – VOCÊ ESTÁ NO JOGO?

Bolly Vieira

Sidnei Oliveira Integrare Editora Com uma leitura leve, rápida e fluida, o livro traz respostas a questões que são cruciais para os profissionais do mercado de trabalho e, mais ainda, para aqueles que estão no início de carreira. Um livro esclarecedor sobre as questões que se colocam para o mundo das profissões: estejam elas no campo da formação tradicional ou e áreas absolutamente inovadoras.

SOCIEDADE EXCITADA – FILOSOFIA DA SENSAÇÃO, DE CHRISTOPH TÜRKE “A obra trabalha o duplo sentido de sensação, como percepção e o sensacional. Também discute o aparato midiático. A filosofia da sensação de Türcke é uma contribuição central para a teoria da sociedade de hoje”.

Rosana Zaccaria, professora e publicitária, moradora do edifício Joca Adamoli 52


Vitrine

Ela merece! Divulagaçã

Se você está pensando em comemorar o Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, a Revista Tutti Condomínios traz sugestões de presentes para todos os gostos e bolsos! Boas compras!

Se tem uma coisa que mulher gosta é acumular sapato, e a falta de espaço é sempre um problema. Por isso, uma boa opção de presente pode ser a Neoshoes: uma sapateira que otimiza o espaço e deixa os sapatos à mostra. A loja vende pela internet para todo o Brasil. www.neocool.com.br Preço médio: R$ 200

O atelier da ceramista Cristina Maranhão, em São Paulo, oferece peças criativas e funcionais, como a caneca portuguesa e os copinhos de cachaça. A vitrine no Facebook é de encher os olhos e traz mais opções. www.facebook.com/AtelierCristinaMaranhao Preço médio da caneca portuguesa: R$ 35 Preço médio dos copinhos de cachaça (jogo com seis unidades): R$ 50

*Preços sujeitos a alteração sem prévio aviso.

Divulagação

Divulagaçã

Essas peças foram confeccionadas no Espaço Artesão, do Instituto Rumo. A caixinha tem 6 divisórias e é forrada com veludo por dentro. Por fora, ambas as peças são forradas com tecido. Há várias opções de cores e estampas. Rua Moraes Barros, 230, Centro – Piracicaba. Fone: (19) 3412-6479 Preço médio do porta-retrato: R$ 19 Preço médio da caixinha: R$ 18

A. Maschio

A linha Gifts da chiquérrima Trousseau traz uma série de produtos e kits que são uma ótima opção de presente. Duas sugestões: o sabonete líquido e o aromatizador de ambiente, ambos com um agradável perfume de lavanda. Os produtos podem ser adquiridos pelo e-commerce, no site da marca. www.trousseau.com.br Sabonete líquido Lavande: R$ 76 Spray de ambiente Lavande: R$ 118


BOLOR: Como acabar e prevenir essa presença indesejada que adora lugares úmidos e escuros.

O QUE É? Bolor (ou mofo) é uma designação comum dada a fungos filamentosos, com estruturas diferentes das dos cogumelos. Esses fungos vivem principalmente em lugares úmidos e escuros. ACABE COM ELE! Banheiro: esfregue a metade de um limão sobre os azulejos e rejuntes e depois enxágue com água. Superfícies duras: misture 3/4 de xícara de alvejante à base de cloro líquido com quatro litros de água. Ponha num borrifador, aplique nas áreas afetadas e esfregue utilizando uma escova. Seque completamente o local para impedir que o bolor se forme outra vez. Paredes: prepare uma solução com um litro de água e um litro de água sanitária e uma colher de sabão em pó ou líquido. Encharque um pano na mistura, passe na parede e depois retire usando um pano úmido com água. Abra as janelas para secar bem. Roupas: nesta situação, o vinagre é seu melhor aliado. Passe delicadamente sobre a mancha uma escovinha encharcada com vinagre branco e deixe o produto agir por 15 minutos. Coloque água quente em cima e deixe secar. A mancha terá saído.Em seguida, lave a peça. Armários: se você sentiu aquele cheirinho de guardado assim que abriu a porta do roupeiro, é hora de agir. Tire toda a roupa do armário, coloque vinagre branco num borrifador e espirre em todos os cantos, inclusive nas gavetas. Passe um pano úmido e deixe secar com as portas abertas. Faça isso uma vez por mês.

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10 DICAS PARA EVITAR 1- Mantenha a casa sempre limpa e ventilada. 2- Mantenha sempre limpas e secas as peças do ar-condicionado, da geladeira e dentro dos móveis. 3- Em dias de sol, abra a porta dos armários por pelo menos 15 minutos para ventilar. 4- Coloque um punhado de giz dentro de um pote sem tampa no local onde desejar (quanto mais umidade, mais giz). Quando o giz estiver úmido, é só levá-lo ao sol e estará pronto para usar de novo. O mesmo giz pode ser usado por seis meses. 5- Leve todas as roupas, inclusive as de cama, para tomar sol a cada seis meses. Aproveite para fazer uma faxina no armário. 6- Substitua, se possível, carpetes por piso frio e cortinas pesadas por persianas. Desta forma, o ambiente fica menos abafado e úmido. 7- Nunca guarde uma peça de roupa que você acabou de usar. Deixe-a fora do armário para arejar um pouco. 8- Deixe os móveis afastados, pelo menos, 5 cm das paredes. Caso ocorra uma infiltração, ele estará protegido da umidade. 9- Ligue o exaustor ou abra uma janela quando estiver no chuveiro, cozinhando ou usando a lavadora de roupas. 10- Depois do banho deixe a janela aberta no banheiro e pendure as toalhas.


Gastronomia

Quindim dos ‘deuses’ Esta receita da zootecnista e produtora agrícola Alice Brûlé leva ovos caipiras e açúcar orgânico Foto: Alessandro Maschio

Ingredientes 8 gemas 2 ovos inteiros 200 ml de leite de coco 50 g de coco ralado seco 200 g de açúcar orgânico

Modo de fazer Coloque todos os ingredientes em uma tigela. Com ajuda de uma colher, misture bem até ficar homogêneo. Unte uma forma com manteiga e salpique açúcar tipo cristal. Asse o

doce em banho-maria por cerca de 50 minutos em forno médio-baixo.

Rendimento Dois quindins pequenos e cada um deles rende 12 porções. Dica 1: Comece assando em forno alto por 10 minutos. Dica 2: Para a primeira água do banhomaria, coloque a metade de água quente para acelerar o processo. Dica 3: O doce pode ser congelado após assado.

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Voluntariado

Heróis de carne e osso Homens e mulheres encarnam super-heróis para levar alegria a crianças em tratamento contra o câncer

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magine uma criança passando por uma sessão de quimioterapia enquanto bate um papo com o Batman. Ou canta alguma música legal junto com a Mulher Maravilha. Pois isso já está acontecendo, e desde o dia 21 de janeiro, quando o projeto Heróis na Luta Contra o Câncer Infantil começou no Ceon (Centro de Oncologia) do HFC (Hospital dos Fornecedores de Cana), de Piracicaba. O encontro acontece todas as terças-feiras, no período da manhã, horário em que as 26 crianças, com idades que variam de cinco a 12 anos, passam pelas sessões de quimioterapia. A ideia foi de Adriana Tayar Trivelin, que também já havia desenvolvido, junto com o hospital, a Terapia Assistida por Animais, que trabalha basicamente com cachorros para auxiliar o tratamento. “Pensei em dar continuidade à experiência de voluntariado. Entrei em sites dos Estados Unidos e conheci o trabalho dos limpadores de vidraças que se vestiam de super-heróis. Então, pensei: por que nós não nos vestimos como esses heróis e interagirmos com as crianças?”, conta Adriana.

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Por Ronaldo Victoria Fotos: Kátia Sândalo

Ela apresentou a ideia para a gestora Ana Lúcia Pavão, que consultou o provedor do HFC, José Coral. Recebeu o sinal verde. Com esse aval, Adriana conta que precisou do apoio do Grupo Drogal para a confecção das 22 fantasias, e da Gazeta de Piracicaba para o apoio e divulgação. “Escolhidos os personagens, tivemos todo o cuidado para fazer com que cada voluntário entrasse na roupa certa. Tivemos um trabalho orientado por um psicólogo nesse sentido para que nada saia errado. É algo de muita responsabilidade, temos de encarnar o herói e mostrar também o lado humano dele. O Batman dos quadrinhos, por exemplo, era um garoto que perdeu os pais assassinados”, lembra Adriana, que veste a fantasia da Mulher Maravilha. A equipe conta com profissionais de várias áreas. São psicólogos, protéticos, comerciantes, fotógrafo, professor e publicitário. O time de personagens já está fechado, mas quem desejar fazer doações, como brinquedos, pode entrar em contato pelo telefone 99815-6529. Conheça a página no facebook: www.facebook. com/heroisnalutacontraocancerinfantil.


Rádio municipal

Popular e antenada Diretora da Educativa FM quer ampliar o público ouvinte da emissora

Por Ronaldo Victoria Foto: Alessandro Maschio

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irar a emissora dos estúdios e levar para as ruas. Popularizar sem cair no ‘popularesco’. Esses são dois objetivos da jornalista Jacqueline Santana desde que assumiu a direção da Educativa FM, há pouco mais de um ano. “O meu primeiro ano foi bastante produtivo. Em 2013, procurei tomar conhecimento de tudo o que se referia à rádio. Acho que você consegue administrar aquilo que conhece. A partir daí, só desenvolve uma série de ações”, conta. Quando Jacqueline fala de ‘sair dos estúdios’, reconhece o sucesso de programas como o Bom Dia, Cidade, comandado por Xilmar Ulisses, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 10h. “A ideia é aumentar as opções para o público. Da mesma maneira, quando falo em popularizar, não significa que a rádio vai tocar Michel Teló, não é nada disso. Mas é, sim, criar mais opções para ampliar o nosso público, que está situado nas classes A e B, por volta dos 30 anos. E para aumentar a penetração junto a essa faixa, tem de haver uma associação da música e da notícia com a informática”, ensina Jacqueline. Para isso, desde 2013 a Educativa FM conta com novo sistema de informática, que foi totalmente reformulado e com internet mais rápida, numa instalação assumida pela Secretaria Municipal de Educação. Ainda na parte estrutural, a diretora da rádio conta que já foi solicitada a troca de equipamentos, que ainda passará por licitação. Outra novidade é o novo site da rádio (www. educativafm.com.br), que agora permite ao ouvinte sintonizar a emissora por computador, notebook, tablets e celulares de todos os sistemas operacionais. “Além disso, a Educativa passará por reformas em suas instalações e está modernizando seus estúdios e equipamentos. Novas

A jornalista Jacqueline Santana é presidente da Educativa desde 2013 atualizações continuarão a ser feitas na grade de programação, com foco cada vez maior na qualidade. Novos eventos beneficentes, como o do ano passado, com o Lar dos Velhinhos, também estão nos planos”, conta. Um novo programa já está no ar desde outubro do ano passado, e com sucesso. É o Educativa Raiz, apresentado por Daniel Rogero, que vai ao ar das 6h às 7h30, em substituição ao Café com Viola. A proposta é manter o público que curte música sertaneja tradicional e, ao mesmo tempo, ampliar e informar às famílias que vivem do campo, com previsão do tempo, preço dos alimentos e varejões em funcionamento. As coberturas externas começam a ser ampliadas neste Carnaval. Além de transmitir os desfiles das escolas de samba de Piracicaba, domingo (2 de março), na avenida Armando de Salles Oliveira, a rádio transmitirá também, na íntegra, o evento que abre a programação carnavalesca. Acontece no dia 22 de fevereiro, quando, a partir do meiodia, a rádio interrompe a sua programação normal e passa a transmitir o desfile da tradicional Banda da Sapucaia, que entra no seu décimo-oitavo ano. A transmissão, coordenada pelo técnico André Degasperi, vai permitir ao ouvinte da rádio acompanhar tudo o que acontece durante o desfile, que este ano desce a rua Moraes Barros, da rua Silva Jardim até a avenida Armando de Salles Oliveira, onde se dispersa. Ao mesmo tempo, os trios elétricos estarão todos sintonizados na Educativa FM.

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Saúde

Sem dor A fisioterapia traz qualidade de vida para quem está na Terceira Idade

Por Ronaldo Victoria Foto: Alessandro Maschio

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ualidade de vida. Não é apenas uma receita mágica, mas o objetivo perseguido pela fisioterapeuta Carla Campos quando atua com a Terceira Idade. “Quando trabalho com idosos, o foco principal é a prevenção. Tenho muitos pacientes que ainda não apresentam dor. A questão central é prevenir esse aparecimento, garantindo qualidade de vida nessa faixa etária”, conta. Segundo a fisioterapeuta, existem três atitudes principais que melhoram a prevenção e diminuem a chance de aparecimento de problemas em articulações: 1 – Fazer exercícios de alongamento para manter a amplitude normal da articulação 2 – Realizar exercícios de movimentação ativa, com resistência. Podem ser feitos tanto sozinho quanto com o acompanhamento do profissional. “Com essa prática, o paciente mantém a força e o tônus da musculatura”, explica.

3 – Incluir entre as práticas a realização de exercícios respiratórios para manter a capacidade

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funcional normal do pulmão. “Eu tenho um paciente que já passou dos 80 anos e que leva uma vida ativa. “Ele é um exemplo de paciente com atendimento preventivo. Tem dores em alguns momentos, mas agimos rapidamente sobre elas, aliviando o quadro doloroso”. Carla também trabalha com o que chama de intervenção fisioterápica, que vai além da prevenção, quando os sintomas já começaram a aparecer. “Nessa faixa de idade, até pelo desgaste das articulações, as dores são bastante comuns. As regiões mais comuns são os joelhos, a dor muscular resultante do acúmulo de tensão na região cervical, a lombalgia e a hérnia de disco”, enumera a fisioterapeuta. Uma de suas pacientes é a médica Maria Aparecida Fernandes Sérgio, de 72 anos, que tem dores na região lombar e cervical. “Ela passou recentemente por uma artroplastia do fêmur, uma cirurgia que reconstitui a cabeça do osso, e está num período pós-operatório, que é bastante delicado”, diz Carla.


A médica passa por sessões de fisioterapia com Carla há três anos. “Nesse período notei uma melhora, mas ela decidiu fazer a cirurgia porque as dores começaram a incomodar. Eu digo que a fisioterapia pode ser uma substituta da intervenção cirúrgica, mas sempre temos de aceitar a decisão do paciente. A palavra final é dele”, garante.

Carla esclarece que não atende apenas idosos, mas pacientes de todas as faixas etárias, e tem um trabalho voltado para a área de saúde da mulher e para a estética. Ela realiza atendimento domiciliar, que pode ser agendado pelo e-mail carlacm@gmail.com ou pelo telefone 98111-7426.

HIDROTERAPIA Além das sessões em casa dos pacientes, Carla também recomenda as atividades em piscina, a chamada hidroterapia. “A água reduz o peso corpóreo e, portanto, facilita a realização dos exercícios. Além disso, acalma e relaxa, o que também ajuda bastante”, conta a fisioterapeuta, que realiza sessões de hidroterapia com a médica, na piscina de uma academia no Jardim Elite. “Eu estou me sentindo bem melhor. Essas sessões me dão mais segurança”, conta Maria Aparecida, que se submeteu à cirurgia há quatro meses. Ela demorou a se decidir pela cirurgia por três anos, por puro medo, confessa. “Quem está acima do peso tem esse problema e eu, como médica, sei que a obesidade é um dos fatores de risco para a operação. Mas consegui emagrecer 12 quilos e, quando me decidi, não tive medo”, Afirma a médica. Hoje, Maria Aparecida faz fisioterapia duas vezes por semana, uma em casa e outra na piscina, sempre com o acompanhamento de Carla. “Eu já faço há três anos com ela, em quem tenho muita confiança. Já sinto um progresso grande depois da cirurgia, as dores diminuíram. Gosto muito das sessões, principalmente na água, para mim é algo prazeroso”. O marido, o dentista aposentado João José Sérgio Junior, 74, confirma a melhora. “O progresso Maria Aparecida e a dela está sendo muito bom, a recuperação fisioterapeuta Carla na tem sido fruto da força de vontade e da sessão de hidroterapia disciplina dela e também da dedicação da fisioterapeuta”, afirma.

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Artigo

Alavanque sua carreira em 2014 Por Marisa Matavelli mm.consultoria.gp@gmail.com

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uando pensamos em alavancar uma carreira profissional, pensamos também no que dá sustentação a essa carreira e vemos que existem alguns pilares, que chamamos de família, saúde, amigos e educação. No início de um novo ano sempre fazemos o famoso ‘balanço’, quando analisamos o que deu certo e buscamos corrigir o que não foi tão bom. Como seres humanos, buscamos incansavelmente a felicidade nas diversas áreas da vida.

Temos tantos desejos e sonhos de realizações que criamos e projetamos maravilhosas ideias, e o que seria de nós sem as nossas idealizações? Mas será que tudo isso é suficiente para chegarmos ao sucesso e, assim, obtermos a verdadeira felicidade na vida profissional e pessoal? Sem dúvida é preciso desenvolver um projeto em que possamos estabelecer as quatro mais importantes palavras, eu diria ‘palavrinhas mágicas’, que são: ‘onde, como, quando e por que’ se deseja alavancar a carreira. Porém, se neste projeto contemplarmos apenas as respostas, faltaria o essencial, e por essencial entendo o verdadeiro sentido da vida, que tem como base os valores que carregamos da família. Em meu consultório, sempre pergunto aos profissionais que vêm em busca de orientação de carreira (coaching): “Se você fosse contratar hoje um profissional para sua empresa, o que 60

desejaria que esta pessoa tivesse como valores pessoais? Quais valores você consideraria fundamentais neste profissional que irá trabalhar e dividir o dia-a-dia com você?” Veja como fica fácil entender quais são os seus valores e o quanto a sua família, professores e amigos contribuíram na formação dos mesmos. Quando buscamos nos conhecer e, acima de tudo, reconhecer nossas qualidades, virtudes e defeitos, estamos prontos para dar início ao nosso projeto de carreira, lembrando que a diferença entre um projeto e a realização é a data. É fundamental estabelecer as datas para que haja comprometimento com o plano. Não adianta apenas desejar crescer profissionalmente, é preciso querer que isso aconteça de forma estruturada, organizada e planejada. Estabeleça também ações realizáveis para cada meta. Está lançado o desafio! Assim, você sairá do ciclo de fazer sempre igual e desejar resultados diferentes. 2014 chegou! Abrace com vontade a mudança e faça acontecer! Marisa Matavelli é pós-graduada em gestão de negócios pela Unimep e bacharel em psicologia com foco em psicologia empresarial. Atua como consultora em gestão de pessoas e carreira e professora universitária. Trabalhou como consultora na Caterpillar Brasil, Tecumseh Product Company e coordenadora de recursos humanos na Delphi Automotive Systems.



Turismo

Exclusividade &

luxo Fotos: Divulgação

Ícone de sofisticação, resort em Santa Catarina possui a chancela Relais & Châteaux

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m meio a morros cobertos de vegetação nativa, pastos e costões, o litoral da península de Governador Celso Ramos (SC) revela cenários quase que intocados, praia após praia. A maravilhosa vista é um dos muitos destaques que o Spa Ponta dos Ganchos, localizado dentro do exclusivo resort de mesmo nome, oferece a seus clientes. O espaço é ideal para quem busca esquecer completamente a vida agitada das cidades grandes. O spa oferece excelentes massagens, além de tratamentos corporais e faciais feitos por profissionais especializados e com formação em naturologia. Logo na chegada, o hóspede poderá relaxar no lounge aberto que traz, como trilha sonora, o som do mar batendo da encosta e dos bambus balançando ao vento. O spa conta com três estruturas de vidro e madeira cercadas por um belo jardim, e cada uma conta com uma vista diferente, uma para o pôr do sol, a outra para o canal entre as ilhotas, e a terceira vislumbra toda a entrada da Baía de Ganchos. Dentre os muitos tratamentos oferecidos, destacam-se três: a massagem Ponta dos Ganchos, a massagem desintoxicante e o pré-bronzeamento. A primeira é ideal para quem quer relaxar e desintoxicar o organismo. Feita com uma combinação de óleo de canela quente, massagem ayurvédica e pindas de ervas especialmente desenvolvidas, a massagem proporciona um profundo relaxamento e bem-estar. A de desintoxicação é feita por meio da associação dos movimentos da drenagem linfática com a massagem redutora e todos os benefícios das algas, um tônico de saúde para a sua pele. Já o pré-bronzeamento funciona como uma preparação para que a pele receba as boas energias do sol, ativando a síntese da melanina e permitindo um bronzeado mais rápido, seguro e uniforme. Outro grande destaque é o Ritual Ponta dos Ganchos, realizado antes de qualquer tratamento. Ele começa por um escalda-pés e uma massagem nas costas, ombros e pescoço. Os produtos usados no Spa Ponta dos Ganchos são da linha profissional para spas da Germaine de Capuccini, marca espanhola de grande sucesso na Europa. 63


Exclusividade e luxo Reconhecido por sua sofisticação e exclusividade, o Ponta dos Ganchos Resort possui a chancela Relais & Châteaux. O selo francês atesta o nível de conforto das instalações, da gastronomia

e a qualidade dos serviços. A infraestrutura do Ponta dos Ganchos oferece, ainda, acadermia, cinema, business center, restaurante, bar, lounge, sala de jogos, quadra de tênis, caiaques, barcos à vela, trilhas e piscina interna aquecida.

Serviço: Ponta dos Ganchos Exclusive Resort, rua Eupídio Alves do Nascimento, 104 - Governador Celso Ramos (SC), (48) 3953-7000 www.pontadosganchos.com.br

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Por Ronaldo Victoria ronaldo@mbmideias.com.br

Começar de novo Quando um ano começa, todo mundo, até a mais pessimista das criaturas, reserva um espacinho na mente para os pensamentos positivos. E o cinema tem muitas histórias de gente que se achava no fundo do poço, mas conseguiu voltar à tona. >  Há Tanto Tempo que Te Amo (França, 2008) – Afastada há 15 anos da família, por causa da trágica morte do filho, Juliette (Kristin Scott Thomas) volta para morar com a irmã mais nova, Lea (Elsa Zylberstein), que lhe dá apoio.

< Os Garotos Estão de Volta (Reino Unido, 2009) – Depois da trágica morte da ex-esposa, o jornalista esportivo Joe Warr (Clive Owen) tem que tomar conta de seu filho, um garoto de seis anos a quem praticamente não conhece.

>  Up – Altas Aventuras (Estados Unidos, 2009) – O desenho tem uma dupla improvável: Carl, um viúvo que quer conhecer uma cachoeira na Venezuela, e Russell, um escoteiro gordinho. Juntos eles dão a volta por cima (literalmente).

<  Tão Forte e Tão Perto (Estados Unidos, 2011) – O garoto Oskar perdeu o pai, Thomas (Tom Hanks), nos atentados de 11 de setembro. Teme perder as lembranças paternas e sai por Nova York procurando quem o conheceu.

> Um Lugar para Recomeçar (Estados Unidos, 2004) – Einar (Robert Redford) e Mitch (Morgan Freeman) são amigos há mais de 40 anos. O cotidiano deles muda quando chega à fazenda Jean (Jennifer Lopez), ex-nora de Einar.

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