Saúde divulga 9º boletim sobre prevenção de sarampo em Vila Velha.

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Boletim EPIDEMIOLOGICO

Secretaria Municipal de Saúde de Vila Velha

- Vigilância Epidemiológica/ Sarampo

Boletim Nº 09

04 de Outubro

ANO 2019

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DO SARAMPO

Max Freitas Mauro Filho Prefeito

Jorge Luiz Carreta Vice Prefeito

Jarbas Ribeiro de Assis Junior Secretário Municipal de Saúde

Stella Dias Subsecretária de Atenção a Saúde

Giovana Seabra Ramalho Coordenadora do Serviço de Vigilância Epidemiológica

Rafaela Cassiano Zamboni Referência Técnica das Doenças Exantemáticas

Waleska Fernandes Peruchi Referência Técnica do Programa Municipal de Imunizações

O setor de vigilância epidemiológica recebeu até a data desta publicação, 68 fichas de notificação compulsória de casos suspeitos de sarampo, de ambos os sexos, dentre eles crianças e adultos proveniente de várias regiões do município. Todos os casos foram investigados e monitorados. Do total de casos notificados: Casos Descartados Casos Sob Investigação Casos Confirmados Óbitos Confirmados Por Sarampo

57 11 0 0

FONTE: Vigilância Epidemiológica do Município de Vila Velha

Todas as medidas de controle e bloqueio vacinal foram adotadas pelo serviço de vigilância epidemiológica. Até o momento, o município de Vila Velha administrou 45.377 doses da vacina tríplice viral que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Destas, 584 doses foram aplicadas nas ações de bloqueio, ou seja, nos contatos dos casos suspeitos de sarampo, 2.362 doses de intensificação e 42.431 doses de rotina.

Luisa Gasperazzo Vigna Referência Técnica da Rede de Frio

ESTRATÉGIAS ADOTADAS Pollyana Marques Ferreira Referência Técnica do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações/SIPNI

CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA O SARAMPO

Rua Castelo Branco nº 1803, Olaria/Vila Velha. 3388-4185 e 3388-4186 vigilancia.epidemiologica@vilavelha.es.gov.br

De acordo com o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Volume 50 | Nº 28 | Out. 2019: A Campanha Nacional de Vacinação contra o 1


Sarampo é uma estratégia diferenciada para interromper a circulação do vírus do sarampo no País e será realizada de forma seletiva, ocorrendo em duas etapas, sendo duas em 2019 e as demais em 2020, visando à interrupção da circulação do vírus sarampo no Brasil e a manutenção de altas coberturas vacinais. Essa estratégia visa em especial: Proteger o grupo mais vulnerável às complicações – a faixa etária de 6 (seis) meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias (<5 anos), conforme evidenciado pelo monitoramento do Centro de Operações de Emergência de Sarampo (COESarampo) e corroborando com a literatura internacional; Aumentar a cobertura vacinal contra o sarampo na faixa etária – 20 a 29 anos – com maior frequência de casos. A realização da vacinação direcionada para este público reduz a possibilidade de aglomeração nas Unidades de Saúde em decorrência da procura pela vacina. A primeira etapa tem o objetivo de restringir temporariamente a campanha para vacinação das crianças de 6 (seis) meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias (<5 anos), devem ser revisados os cartões de vacinação dos vacinados e não vacinados, pois o volume maior de vacinas está direcionado para essa faixa etária. Após o dia 26 de outubro, será reiniciada a vacinação ao outro grupo etário. Segunda etapa o foco da vacinação será a priorização da faixa etária de 20 a 29 anos, com vacinação seletiva. No entanto, essa faixa etária demanda maior tempo de registro da vacinação nos postos e maior esforço da equipe, por isso a justificativa de estratégias separadas em dois dias "D". O município de Vila Velha aderiu a Campanha Nacional de Vacinação Contra o Sarampo e a partir do dia 07.10 ao dia 25.10.19 aguarda todos os residentes de Vila Velha que tenham entre 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade, em suas 17 unidades de saúde distribuídas nas 5 regiões de saúde do município. Em 19.10.19- Sábado- será comemorado o dia D desta primeira etapa da Campanha Contra o

Sarampo. Além das unidades de saúde que funcionarão das 8h às 17h, o município também estará disponibilizando a vacina contra o sarampo para o público de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade, no Shopping Boulevard das 10h às 21h. O município espera avaliar 26.333 cartões de vacina, número este referente à população de crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias (<5 anos) do município. Como a Campanha é seletiva, serão vacinadas somente as crianças da faixa etária supracitada que ainda não foram imunizadas ou que estejam com seu esquema de vacinação atrasado para a vacina tríplice viral que protege contra o Sarampo, Caxumba e Rubéola. CAMPANHA NACIONAL DE VACINAÇÃO CONTRA O SARAMPO 07 a 25.10.19 De 2ª a 6ª feira SÁBADO

Dia D 19.10.19

LOCAL

HORÁRIO

Nas US do município de Vila Velha, com exceção da US Prainha Shopping Boulevard US do município de Vila Velha com exceção da US Prainha e US Araçás

PÚBLICO ALVO A SER AVALIADO

07h30 às 16h30 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias

10h às 21h

08h às 17h

Dados de imunização e da população de 6 a 11 meses de idade do município de Vila Velha: POPULAÇÃO DE CRIANÇAS DE 6 A 11 MESES

CRIANÇAS DE 6 A 11 MESES IMUNIZADAS COM DOSE ZERO DE TRIPLICE VIRAL

3.409*

2.555**

PORCENTAGEM DE CRIANÇAS DE 6 A 11 MESES IMUNIZADAS COM DOSE ZERO DE TRIPLICE VIRAL 75%

FONTE: DATASUS*/CGPN/DEVEP/SVS-MS em: 01.06.2019 e SIPNI** em: 03.10.2019

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ORIENTAÇÕES IMPORTANTES AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE: 1. Reforça-se a necessidade da realização oportuna das ações de vacinação. Assim, o Ministério da Saúde destaca a importância de realizar ações que minimizem as oportunidades perdidas de vacinação, otimizando a vacina especialmente por meio da busca de pessoas não vacinadas ou com esquema incompleto para o sarampo, conforme o Calendário Nacional de Vacinação e demais estratégias de vacinação já recomendadas.

Laboratório produtor

2. Adverte-se que as pessoas portadoras de

alergia à proteína do leite de vaca (lactolabumina) sejam vacinadas com a vacina tríplice viral dos laboratórios Fiocruz/BioManguinhos ou MSD, em razão de eventos adversos graves registrados após o uso nesse grupo da vacina tríplice viral do laboratório SerumInstituteofIndiaLtda, bem como as crianças menores de 9 meses, conforme tabela abaixo que traz informações das vacinas tríplice

viral distribuídas pelo Ministério da Saúde, conforme laboratório produtor:

Indicação

Apresentação

Fiocruz/BioManguinhos

A partir dos 6 meses de idade, em situação de emergência epidemiológica

Frasco-ampola multidose + diluente

MerckSharpDone (MSD)

A partir dos 6 meses de idade, em situação de emergência epidemiológica

Frasco-ampola unidose + diluente

Serum Institute of India Ltda.

A partir dos 9 meses de idade, em situação de emergência epidemiológica

Frasco-ampola unidose + diluente

Conservação e utilização após a reconstituição Pode ser utilizada no máximo até 8 (oito) horas desde que mantidas as condições assépticas, em temperatura entre +2°C e +8°C e ao abrigo da luz Acondicionada temperatura entre +2°C e +8°C e ao abrigo da luz. Deve ser utilizada imediatamente após a reconstituição. Acondicionada temperatura entre +2°C e +8°C e ao abrigo da luz. Deve ser utilizada imediatamente após a reconstituição.

Cuidados específicos para a administração da vacina Nenhum

Pessoas portadoras de trombocitopenia somente devem receber essa vacina após avaliação clínica e autorização/ prescrição médica. Não administrar em pessoas portadoras de alergia à proteína do leite de vaca.

3. Pessoas com história de reação anafilática a doses anteriores de vacina contendo o componente sarampo devem ser vacinadas em ambiente adequado para tratar manifestações alérgicas graves (atendimento de urgência e emergência).

notificação compulsória e encaminhando em até 24 horas após atendimento realizado, para a vigilância epidemiológica através do endereço eletrônico: vigilancia.epidemiologica@vilavelha.es.gov.br ou pelos telefones: 3388-4185/ 3388-4186.

4. Manterem-se atentos aos sinais e sintomas de casos suspeitos de sarampo, preenchendo com informações legíveis e completas a ficha de

5. Solicitar coleta de material biológico, sangue para sorologia IgM e urina, ainda no primeiro 3


atendimento do caso suspeito de sarampo e encaminhar ao LACEN. 6. Orientar isolamento social/domiciliar para os casos suspeitos não hospitalizados, e quando necessário, o isolamento hospitalar de caso suspeito até 04 dias após o início do exantema. 7. Monitorar a condição de saúde dos casos suspeitos e confirmados de sarampo dos grupos de risco para casos graves e óbitos, garantindo assistência adequada e oportuna.

12. Durante o atendimento de um caso suspeito de sarampo, os profissionais de saúde deverão utilizar Equipamento de Proteção Individual (EPI) para os cuidados básicos de infecção hospitalar e biossegurança, especialmente com o uso de máscara, luva e avental. Os serviços de saúde deverão ter estoque de EPI para situações de surto de Sarampo garantindo a proteção tanto dos profissionais como dos pacientes.

E ainda, de acordo com o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde 9 Volume 50 | Nº 25 | Set. 2019:

13. Recomenda-se que a máscara a ser utilizada para proteção por aerossóis seja a N 95 devido à capacidade de filtração. Para o transporte do paciente suspeito, poderá ser utilizada a máscara cirúrgica para evitar a contaminação de superfícies.

8. Em caso de identificação de um caso suspeito de Sarampo, preferencialmente já na triagem, deverão ser tomadas medidas de precaução devido à transmissibilidade do vírus.

14. O paciente deverá ser encaminhado para área de isolamento, com restrição da circulação no serviço de saúde, para continuidade do diagnóstico e manejo clínico.

9. Os estabelecimentos de saúde e os profissionais devem se preparar para adoção de medidas de precaução para aerossóis considerando a alta transmissibilidade do vírus.

15. Considerando a transmissão por aerossóis, recomenda-se que os estabelecimentos de saúde organizem fluxos específicos para entrada e circulação de pacientes suspeitos de sarampo. Preferencialmente, deverão ser organizados espaços de triagem e internação com isolamento e com equipes assistenciais preparadas para o atendimento de pacientes suspeitos.

10. Recomenda-se que todo paciente suspeito, seja imediatamente munido de máscara cirúrgica, bem como receba orientações referentes as medidas de biossegurança, tais como a necessidade de higiene das mãos e das vias respiratórias, e recomendações de precaução respiratória incluindo orientações quanto ao ato de tossir e espirrar. 11. Em todas as áreas de grande circulação dos serviços de saúde (salas de espera, elevadores, banheiros e refeitórios) deverão ser colocadas instruções e alertas referente às medidas de precaução referente à transmissibilidade, orientando a população que busque um profissional de saúde em caso de algum dos sinais e sintomas.

16. Mesmo que os estabelecimentos de saúde não possuam áreas específicas de isolamento, deverá ser organizado um local para acomodação do paciente evitando o contato direto e adotando as medidas de precaução. Não se recomenda que os estabelecimentos de saúde sejam evacuados pela presença de um caso suspeito. A internação é recomendada para casos graves ou quando não é possível o isolamento social adequado evitando a transmissão. Em casos de hospitalização, alertamos para a necessidade de preparação dos serviços para o devido

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isolamento do paciente (leito e/ou enfermaria privativa), no período de transmissibilidade da doença. 17. Para os pacientes internados, não deverá ser permitida visita ou permanência de acompanhante por pessoas que não comprovarem imunização para Sarampo. 18. Caso ocorram complicações tais como febre por mais de 3 dias após o aparecimento do exantema, infecções respiratórias, otites, doenças diarreicas e neurológicas; a hospitalização é recomendada, principalmente em crianças desnutridas e em imunocomprometidos. 19. Em caso de hospitalização, recomenda-se que seja realizada higiene dos equipamentos e mobiliário com apoio da equipe da CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar), preferencialmente com intervalos de até 6 horas. Ainda, após desospitalização, o leito e os equipamentos utilizados devem ser desinfetados sendo recomendada não utilização por no mínimo 2 horas possibilitando a circulação plena do ar no ambiente. 20. Recomenda-se que os casos suspeitos e confirmados sejam acompanhados no ambiente hospitalar pelas CCIH e NVEH (Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar) para desenvolvimento das medidas de precaução durante o cuidado bem como a investigação epidemiológica adequada. 21. Em caso de não haver indicação de hospitalização, o profissional de saúde deve orientar o isolamento social no período de transmissibilidade e o retorno do paciente sempre que houver agravamento de qualquer sinal ou sintoma.

ORIENTAÇÕES IMPORTANTES À POPULAÇÃO: O público menor de 1 ano de idade tem mais possibilidade de adoecer e complicar pelo sarampo. Por isso, é essencial que pais ou responsáveis pelos menores entre 6 a 11 meses de idade, em especial durante o período da Campanha Nacional Contra o Sarampo, que acontece de 07.10 a 25.10.19 com o dia D programado para 19.10.19, levem as crianças a unidade de saúde de sua adscrição, ou ao Shopping Boulevard no Dia D para receberem a “dose zero” de tríplice viral, bem como, as crianças de 12 meses a menores de 5 anos de idade que necessitam ter seus cartões avaliados pela equipe de imunizações, pois estão na faixa etária que apresentam maior número de internações, maior risco de desenvolver complicações, tais como cegueira, encefalite, diarreia grave, otite, pneumonias e óbitos por sarampo. Não devem receber a vacina tríplice viral:    

Casos suspeitos de sarampo, Gestantes, Menores de 6 meses de idade, Pessoas com o sistema imunológico imunocomprometido. SINAIS E SINTOMAS DA DOENÇA

Caso a criança, o jovem ou o adulto inicie com sintomas de febre e manchas avermelhadas pelo corpo, acompanhado de tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite, deve ser encaminhado imediatamente a um serviço de saúde para ser avaliado e orientado por um profissional. Precisa também evitar contato com outras pessoas a partir do surgimento das manchas avermelhadas pelo corpo, que são chamadas de exantemas e caso não necessite de internação, deve seguir em isolamento domiciliar, até que os resultados dos exames laboratoriais fiquem prontos. 5


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