Historico Parauapebas

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Parauapebas - Pará - Brasil Histórico

Parauapebas está localizada no sudoeste do estado do Pará.A cidade nasceu de conturbado processo de ocupação. De um lado a Companhia Vale do Rio Doce implantava o Projeto Grande Carajás, para explorar cerca de 18 bilhões de toneladas de ferro de alta qualidade (66%). De outro lado, o ouro de Serra Pelada, acentuava o grande fluxo migratório em direção à região. Cerca de 14.000 trabalhadores vieram para a implantação da mina de ferro. Para atender as necessidades de moradia de tanta gente, a Vale iniciou a construção de um núcleo habitacional fora da mina de Carajás. Batizaram o núcleo com o mesmo nome do rio que corta a região: Parauapebas, que em tupi guarani significa "rio de águas rasas". Ao mesmo tempo, uma ocupação espontânea começava a tomar as margens da estrada PA-275, na região conhecida como Rio Verde. Em pouco tempo, a população de Rio Verde superava a do núcleo projetado pela Companhia Vale do Rio Doce e descobria a sua grande vocação para o comércio. Nessa época, Parauapebas pertencia ao município de Marabá, e por sua distância da sede, não recebia a atenção devida. As dificuldades trazidas pela distância fez nascer o desejo de emancipação. A população foi às urnas e em 10 de maio de 1988 Parauapebas transformou-se em município.

Geografia

Dona

de diversos potenciais econômicos, como as jazidas minerais de Carajás, florestas, rios, serra, solo fértil e clima agradável, Parauapebas é um dos municípios com maiores horizontes na região amazônica. A cidade tem aeroporto para aeronaves de grande porte, ferrovia ligando o município com o Porto de Itaqui, no Maranhão, e boas rodovias em várias direções, tornando-a totalmente integrada ao Brasil inteiro e ao exterior.


No entanto, o município de Parauapebas está localizado a sudeste do estado do Pará, aproximadamente 645 quilômetros da Capital (Belém), limita-se com o município de Marabá, município de Curionópolis, município de Canaã dos Carajás e com o município de Água Azul do Norte. O núcleo urbano de Parauapebas, onde foi implantada a sede do município, está situado no curso médio e à margem direita do rio Parauapebas, encravada no sopé da Serra dos Carajás, ficando o seu eixo rodoviário principalmente entre o Km 64 e 69 da rodovia PA-275. Apresenta as seguintes coordenadas geográficas: 06º 3" de latitude sul, e 49º 55" de longitude oeste de Greenwich.

Clima

Devido a sua posição geográfica (zona tropical), e ao relevo, o município apresenta dois subtipos de clima, o de planícies e o de montanhas. Ambos compõem, segundo a classificação do Kopen, o clima "Am" ou seja tropical, quente e úmido, com precipitação pluviométrica (chuvas) elevadas. Caracteriza-se por uma estação seca que vai de maio a novembro chamado regionalmente "verão", quando, por diminuição acentuada das horas de insolação, a temperatura realmente alcança níveis mais baixos. O período restante do ano, quando baixa a temperatura em virtude da precipitação pluviométrica (chuvas), é chamado regionalmente de "inverno". A precipitação pluviométrica é de aumento no "inverno", atingindo em determinadas épocas e áreas o acentuado nível de 2800mm. A umidade relativa do ar chega ultrapassar 90% nos meses de chuva. Na época seca, a umidade relativa desce a menos de 50% e a vegetação de raízes pouco profundas, como o capim e pequenos arbustos, se ressente da falta de água e resseca. O verde luxuriante que predomina na paisagem dá lugar, no verão, a um verde-amarelado refletindo a escassez de água superficial. A vegetação florestal, de maior porte e raízes mais profundas, ressente-se menos mas, ainda assim, tem modificado levemente sua coloração.


Relevo

O município engloba as principais elevações que compõem a Serra dos Carajás. Este complexo montanhoso, onde registram grandes ocorrências minerais, é composto pelos maciços de Serra Norte, Serra Sul, Serra Arqueada, Serra de Redenção e Serra do Cinzento, situadas a oeste do Rio Parauapebas (margem esquerda) e Serra do Buriti ou do Rabo, e Serra Leste ou Sereno, e Serra do Paredão, a leste do mesmo rio. Os rios Gelado (afluente do Parauapebas) e Azul, (afluente do Itacaiúnas) com nascentes próximas e direção de cursos opostos, separam a Serra Norte das elevações mais a norte que envolve a Colônia Jader Barbalho. Estas elevações se constituem em continuações da Serra da Redenção. Ao longo da Rodovia PA-275, desenvolve-se uma planície entrecortada por pequenas elevações que se constituem nos contrafortes da Serra Leste ou do Sereno (ao Norte) e Buriti ou do Rabo (ao Sul). O ponto culminante do Município é o Pico da Serra Sul ou S-11, com 889 m de altitude (acima do nível médio do mar).

Extensão Territorial

Quando da sua criação em 10 de maio de 1988, o município de Parauapebas ocupava uma extensão territorial de 17.722,3 Km, segundo o "Anuário Estatístico do Estado do Pará" (1990). . Após sofrer o primeiro desmembramento para a criação do município de Água Azul do Norte, foram desmembrados do seu território 7.658,7 Km2. Recentemente foi desmembrada do Município a área do Cedere II, onde foi criado o novo Município de Canaã dos Carajás. . Assim sendo, restam ao município hoje apenas 6.927,9 Km2 dos quais a CVRD e os índios Xicrins do Cateté, juntos, e o Governo Federal, através de projetos de preservação ambiental (APA – Área de Proteção Ambiental, Rebio – Reserva Biológica e Flonata – Floresta Nacional do Tapirapé) detêm a concessão de 80% do total dessa área.


Hidrografia

Os

limites Sul e Oeste de Parauapebas são materializados, aproximadamente, pelos divisores de água das bacias do Tocantins e Xingú. Por este motivo, todos os rios do Município fazem parte da bacia do Tocantins. Parauapebas é banhado por dois rios, o Parauapebas e o Itacaiúnas. Ambos nascem na Serra Arqueada e corre, no município, na direção Sul-Norte. O Itacaiúnas é formado pela junção de dois ribeirões, do Água Preta e do Água Azul, que banha a localidade de mesmo nome. . Em seguida, o Itacaiúnas recebe, pela margem esquerda, o rio Pium e seu curso passa a separar a Reserva Cataté dos índios da tribo Xicrim (índios de nação Kaiapó), das terras cedidas pelo Governo Federal à CVRD para exploração de minério. A seguir o Itacaiúnas recebe, pela margem esquerda, os rios Cateté, Aquiri, Cinzento e Tapirapé, e pela margem direita as Águas Claras e o Azul. . Após a foz do Tapirapé, o Itacaiúnas irá receber pela sua margem direita as águas do Parauapebas, seu principal afluente. Já fora do município, o Itacaiúnas recebe o Rio Vermelho (margem direita), atravessa Marabá e vai desembocar no Tocantins. O rio Parauapebas é formado pela junção do Ribeirão do Caracol e do córrego da Onça. Sempre correndo na direção Sul-Norte, recebe pela margem esquerda os rios Córrego da Goiaba, Rio Sossego, Igarapé da Gal, Rio Gelado e Rio Sapucaia. Pela margem direita recebe os rios Plaquê e Verde, Igarapé Ilha do Coco (que banha o Rio Verde) e os rios Novo e Caracol (não confundir com o Ribeirão Caracol que é um dos formadores do Parauapebas). O Rio Parauapebas também é conhecido como Rio Caracol ou Rio Plaquê. Tanto o Rio Itacaiúnas quanto o Parauapebas, só são navegáveis por pequenos barcos em trechos freqüentemente interrompidas por corredeiras e pequenas cachoeiras, que se agravam quando os níveis de suas águas baixam. O regime desses rios como o de todos os seus afluentes, varia em função das chuvas (dezembro a abril/maio). A vazão torna-se evidente na época das chuvas. A região das serras apresenta formação de pequenas lagoas, depósito de chuvas, em terreno relativamente impermeável. Essas lagoas situam-se em pequenas depressões situadas nos topos das serras.


Relevo

Parauapebas situa-se no centro da mais rica província mineral do mundo, onde a ocorrência dos mais diversos minérios, metais e pedras já está registrada pelos serviços de geologia, e ainda continuam sendo registrados. Por isso, a exploração mineral é sua principal fonte econômica. Situam-se no município grandes empreendimentos na área de mineração, especialmente os da Vale do Rio Doce com a extração do ferro de Carajás, do ouro do Igarapé Bahia, e o manganês do Azul. Destacam-se também a crescente atividade agrícola e a exploração da madeira. . Mas a cidade não se restringe às riquezas minerais de Carajás, a maior província mineral do mundo. Nos últimos anos, Parauapebas está diversificando suas alternativas econômicas, possibilitando o crescimento do agronegócio, com a ênfase para a pecuária, de corte e leiteira, para a fruticultura e produção de grãos. . No entanto, a cidade cresce em diversos setores, o comércio se diversifica a cada dia e o setor de serviço amplia seus negócios.

Formação Administrativa

Elevado à categoria de município e distrito com a denominação de Parauapebas, pela lei estadual nº 5443, de 10 de maio de 1988, desmembrado de Marabá. Seus limites foram alterados para a criação dos municípios de Agua Azul do Norte através da Lei 5.694 de 13 de dezembro de 1991, Bannach através da Lei 5.761 de 15 de outubro de 1993 e Canãa dos Carajás através da Lei 5.860 de 05 de outubro de 1994.

A independência

O

desenvolvimento de Parauapebas acontece, principalmente, após a

separação política de Marabá. Em 1984, surgiram os primeiros movimentos pela municipalização do povoado.


Liderado por pioneiros como o administrador Francisco Brito, Evaldo da Opção, Walmir da Transrodovia, Mudubin, Dr. Wolner, Zé Nunes, Valdir Flausino,

Márcio

Dalfert,

Manoel

do

Baratão

e

mais

20

pessoas,

aproximadamente, o movimento de independência alegava que, apesar de todos os impostos gerados pela extração do minério e comércio local serem recolhidos por Marabá, o lugar estava abandonado. Em 1988, aconteceu também a primeira eleição direta do município. Nela concorreram Faisal Salmen e Dr. Wolner. O médico Faisal Salmen foi o vencedor da disputa. O comércio local continua a se expandir. A rede hoteleira não perde para as grandes cidades e uma extensa área verde em volta da cidade. São 411.948,87 hectares de Floresta Nacional (Flona) de Carajás protegidos pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), onde se encontram as jazidas de minério, o Parque Zoobotânico e parte dos projetos da Vale.

Gentílico: parauapebense


Símbolos

Bandeira LEI Nº 059/90, de 29 de Agosto de 1990.

Brasão LEI Nº 058/90, de 29 de Agosto de 1990.


Hino

Letra e música: Profª. Benilda Ferreira de Souza Um povo forte e destemido aqui habita E luta com coragem e garantia Projeta e executa para colher bons frutos Com trabalho, amor e ousadia Um povo preparado pra lutar e vencer Une qualidades sem igual Somas mil virtudes, ó Parauapebas De uma cultura universal Parauapebas, Parauapebas És estrela entre milhões Parauapebas, Parauapebas Perpetuarás as gerações Parauapebas, Parauapebas Já conquistastes os corações És escolhida e abençoada por Deus Pra acolher o povo teu Ó terra de cerrados e densas florestas Onde habita um povo varonil Teu solo tem minérios de onde jorra o ferro Castanhais, madeira e grandes rios As serras e montanhas demonstraram firmeza De uma terra nova sem igual Teu povo acredita em ti, Parauapebas Presente e futuro nacional Parauapebas, Parauapebas És estrela entre milhões Parauapebas, Parauapebas Perpetuarás as gerações Parauapebas, Parauapebas Já conquistastes os corações És escolhida e abençoada por Deus Pra acolher o povo teu

Fontes: site da prefeitura de Parauapebas e IBGE


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