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Resumos comentados da literatura médica mundial. Volume 1 - Número 1

CONSELHO CIENTÍFICO

Papel e regulação da cicloxigenase-2 durante a inflamação

Prof. Dr. Adil Muhib Samara Professor Titular da Disciplina de Reumatologia da UNICAMP e PUCCAMP Prof. Dr. Márcio Passini G. de Souza Diretor do Pronto-Socorro do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da USP Prof. Dr. Nilson Roberto de Melo Professor Assistente Doutor da Disciplina de Ginecologia da USP; Presidente da Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP)

NESSA EDIÇÃO Papel e regulação da cicloxigenase-2 durante a inflamação ........................ 1 Toxicidade gastrintestinal pelos antiinflamatórios não-hormonais ...... 2 Tratamento da dor na osteoartrite: o papel dos inibidores da COX-2 ..... 3 Efeitos gastrintestinais da terapia antiinflamatória não-esteróide .......... 5 Caracterização do rofecoxib como inibidor da isoforma cicloxigenase-2 e a demonstração da analgesia em um modelo de odontalgia ....................... 6 O dispositivo intra-uterino: um método de contracepção esquecido e difamado ..... 7 A inibição da cicloxigenase-2 pelo rofecoxib reverte a febre em seres humanos .......................................... 8

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As opiniões emitidas nesta publicação não refletem necessariamente a opinião de Merck Sharp & Dohme

Simon LS. Am J Med 1999;106(5B):37S-42S Comentários: Prof. Dr. Márcio Passini G. de Souza RESUMO

As prostaglandinas são formadas a partir do ácido araquidônico, pela ação da cicloxigenase (COX) e subseqüente sintetase. Recentemente, acredita-se que existam duas formas intimamente relacionadas de COX, que são agora conhecidas como COX-1 e COX-2. Embora as duas formas dessa enzima convertam o araquidonato em prostaglandinas, existem diferenças significativas em suas distribuições no corpo e no seu papel na saúde e na doença. A base para essas importantes diferenças está nos genes da COX-1 e da COX-2 e na sua regulação. A COX-1, a forma predominantemente constitutiva da enzima, manifesta-se por todo o corpo e é responsável por certas funções homeostáticas, como manter uma mucosa gástrica normal, influenciar o fluxo sangüíneo renal e auxiliar na coagulação do sangue, favorecendo a agregação plaquetária. Em contrapartida, a COX-2, a forma indutível, manifesta-se em resposta a estímulos inflamatórios e outros estímulos fisiológicos e fatores de crescimento e está envolvida na produção

das prostaglandinas que medeiam a dor e perpetuam o processo inflamatório. Todas as drogas antiinflamatórias não-esteróides convencionais (AINEs) inibem de forma não-específica tanto a COX-1 como a COX-2 em doses antiinflamatórias-padrão. Os efeitos benéficos dos antiinflamatórios e analgésicos ocorrem pela inibição da COX-2, mas a toxicidade gastrintestinal e a diátese hemorrágica leve ocorrem como resultado da inibição simultânea da COX-1. É importante que os médicos entendam inteiramente a base farmacológica das diferentes ações dos AINEs ao prescrevê-los para a dor e a inflamação. Esse entendimento é também importante para que os médicos possam avaliar de forma crítica o fundamento e os dados emergentes sobre os inibidores específicos da COX-2 e seu provável papel na medicina clínica. Os agentes que inibem a COX-2 enquanto poupam a COX-1 representam um desenvolvimento terapêutico e podem representar um importante avanço no tratamento da artrite reumatóide e da osteoartrite, bem como de várias outras condições.


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