FIGUEIREDO, F. J. Q. ; PORTO, C. V. Algumas reflexões sobre o processo avaliativo em línguas estrangeiras: das formas tradicionais às formas alternativas.. In: Darcilia Marindir Pinto Simões; Francisco José Quaresma de Figueiredo. (Org.). Darcilia Marindir Pinto Simões; Francisco José Quaresma de Figueiredo. 1ed.Campinas: Pontes, 2015, v. V, p. 149-175. Maurício Coelho Na introdução do capítulo, os autores abordam as dificuldades que os professores de língua estrangeira têm montar avaliações. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), por sua vez, mostram que a avaliação deve ser formativa, entretanto, o que se ver é que as avaliações ainda são somativas. Talvez por conta de não terem trabalhado sobre esse tema o suficiente na graduação. Os autores citam os princípios de qualidade para que a avaliação seja eficiente, como a validade. Ao longo da graduação, aprendemos em como é complexo elaborar uma prova, por exemplo. Como dito no capítulo, fomos ensinados que não devemos só retirar questões que se encontre no próprio texto, mas produzir questões que faça com que o aluno reflita sobre o que leu. É igual ao passar uma música ou poema, não ensinar só sobre a estrutura, mas também fazer com o que o aluno tenha um olhar crítico para a letra da música. Outro fator é a confiabilidade e praticidade. É importante comentar este último, pois é interessante descobrir que existe uma preocupação até com o tempo e com o gasto. Se for uma prova muito longa, a instituição irá imprimir mais cópias e gerar mais gastos, além de tomar mais tempo do professor, que poderá se cansar e não prestar atenção em sua correção. Outra qualidade importante é a autenticidade da avaliação. Nenhum teste é totalmente autêntico, mas esta qualidade deve estar presente. Podemos fazer aqui um paralelo com o uso da literatura em sala de aula, que motiva os alunos, por se tratar de material autêntico, onde o aprendente tem a oportunidade de ver a língua “real” em uso. Os autores comentam sobre o papel do professor na avaliação. Mesmo com alunos adultos em uma sala de aula ainda há o medo de se fazer uma prova, seja escrita ou oral. O docente, portanto, deverá tranquilizar os alunos de que tudo que estará na avaliação, foi visto e que não deverão estudar apenas para a prova. Uma das formas de tentar fazer com que os aprendizes percam o medo de falar em sala de aula, é a cada aula fazer uma pequena apresentação para que fiquem menos inibidos.
Os autores também dão dicas de como alterar as avaliações tradicionais. Uma delas é o uso de portfólios e diários dialogados. Em Metodologia do Ensino de Inglês I e II tivemos a oportunidade de um dos critérios avaliativos, que fizemos com uma turma do Cursos Livres, ser um logbook, no qual os alunos teriam que escrever sempre ao final da aula, com isso foi possível observar o progresso de cada aluno, além das dificuldades e superações. Outra solução são entrevistas e questionários. Os alunos precisam ter um nível avançado de inglês ou poderão fazer na língua materna. Esses critérios também servem para o professor, que irá verificar suas estratégias de ensino. Na disciplina anteriormente citada, nós entregávamos aos alunos um pequeno questionário, para verificarmos qual foi a parte da aula mais significativa, por exemplo, e com isso estar sempre melhorando nossa prática de ensino. Ainda há os exemplos de avaliações colaborativas, que podem ser tanto escrita como oral. Por isso, é importante que o docente esteja sempre em contato com os textos teóricos e que possa sempre aplicar o que aprendeu, seja em uma graduação ou em uma pós-graduação. Os autores concluem que há diversas maneiras de avaliar os alunos, sempre com o intuito de fornecer feedback sobre o processo ensino-aprendizagem, visando melhorar este processo. Porém, é uma tarefa árdua, uma vez muita das vezes a instituição de ensino, já vem com provas prontas, na qual o professor só deverá aplicá-la.