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Brasil
A saída
para os tempos de crise ECONOMIA COLABORATIVA Enquanto empresários abrem mão da individualidade e apostam no diálogo com o concorrente, cidadãos passam a confiar em desconhecidos para economizar e acabam retomando a fé nas relações humanas
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reços altos, queda nas vendas do comércio e na renda das famílias, demissões, pre juízo e endividamento. Esses são alguns dos efeitos nocivos vivenciados por consumidores e em presários na atual crise econômica. O cenário é tido como o início de um período de recessão inédito no Brasil – que na voz de economistas já comprometeu 2016. Ainda assim, olhos criativos enxergam a situação crítica como uma oportunidade de reinventar a lógica econômica brasileira. A cooperação aparece como o principal motor dessa mudança, que promete trans-
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Cidade Nova • Dezembro 2015 • nº 12
formar o jeito de consumir e de fazer negócios no país. São diversos os exemplos de que a união e a criatividade fazem a força. Empresários do mesmo setor modificaram a relação com os concorrentes para se unirem e conseguirem reduzir os preços dos fornecedores. Assim repassam um aumento menor para os consumidores e não comprometem as vendas. Encontrar utilidade para o que está parado em casa, como alugar o carro que fica a maior parte do tempo na garagem, também vale. Até mesmo pedir a ajuda do vizinho para furar a parede em vez de comprar uma
furadeira ou ensinar alguém a tocar violão em troca de aulas de gaita são tentativas dos consumidores para driblar a crise e, de quebra, conhecer novas pessoas através de plataformas de economia colaborativa.
União Foi esse o mote que juntou mais de 50 pizzarias de São Paulo na Associação Pizzarias Unidas (APU), criada em 2002, após um programa do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), com a finalidade de discutir problemas e soluções do setor de maneira in-