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cervejAria 2013





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MAIS DE 30 RÓTULOS E O QUE NÃO FALTA SÃO EISENBAHN E BADEN BADEN. O MAIOR E MAIS PREM

w w w.brasilk irin.com.br

MAIS DE 3 (incluindo edições sa


DEZENAS DE PRÊMIOS. MOTIVOS PARA BEBER. IADO PORTFÓLIO DE CERVEJAS ESPECIAIS DO BRASIL. 0zonaisRÓTULOS e limitadas)




Uma grande variedade de cervejas especiais para grandes apreciadores

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ma fina combinação para agradar aos mais diferentes paladares e homenagear a cultura cervejeira mundial é o que proporciona uma visita às gôndolas de cervejas especiais no Pão de Açúcar. Pioneira no grande varejo a apostar na categoria, a rede começou em 2010 a investir na importação de rótulos e a desvendar os hábitos de seus

clientes trazendo os rótulos mais desejados. Assim, cervejas de todo o mundo desfilam em nossas prateleiras – são mais de 150 rótulos cadastrados, originários de países como Bélgica, Alemanha, Áustria, Holanda, Espanha, Estados Unidos e Inglaterra, além das deliciosas artesanais brasileiras, cuja qualidade é reconhecida em diversas premiações internacionais.


BEBA COM MODERAÇÃO

Todos os produtos vendidos nas lojas são submetidos a análise de uma equipe treinada e selecionados a dedo pelo área Comercial, sob a supervisão do beersommelier Robson Grespan. Para disseminar a cultura cervejeira, o Pão de Açúcar realiza treinamentos para seus colaboradores das praças de Fortaleza, São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro, divulgando conceitos básicos e princípios de harmonização. Assim, eles ficam mais aptos a orientar e esclarecer as dúvidas dos clientes durante a escolha dos diferentes estilos: Weissbier, Stout, Trippel, Trappistas, India Pale Ale, etc. O Pão de Açúcar leva tão a sério o tema que, para celebrar

o 65º aniversário da marca, em 2013, lançará uma cerveja exclusiva em edição limitada. Em parceria com renomados cervejeiros, a rede participa ainda de eventos, realiza palestras em lojas e desenvolve materiais de comunicação, em um esforço contínuo com a indústria e representantes do setor, pois acredita que não basta gostar de cerveja, tem que saber apreciar. E mais importante: que este seja um momento de felicidade com quem se gosta. Ein Prosit!


Diretores Claudio Schleder Claudio Schleder Filho

cervejAria 2013

Editor e Diretor Claudio Schleder Diretor Executivo Claudio Schleder Filho Consultor Cassio Piccolo Redatores Colaboradores Antônio Carrion (texto das cervejarias) Breno Raigorodsky (texto das aberturas) Direção de Arte RL Markossa Colaboração Danielle Vieira Circulação Maria Adelina de Oliveira Revisão Maria Dolfina Diretora Administrativa e Financeira Tábata Schleder Impressão e Acabamento Ibep Gráfica

cervejAria é uma publicação de INBOOK EDITORA

Rua Jerônimo da Veiga, 428 cj. 82 – CEP 04536-001 – Tel. (11) 3078-7716 – São Paulo – Brasil www.inbook.com.br © INBook 2013 Todos os direitos reservados ISBN 978-85-64654-06-8

cervejAria não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados e anúncios ou mensagens publicitárias desta edição. As pessoas que não constam do expediente não têm autorização para falar em nome de cervejAria . É proibida a reprodução parcial ou total desta publicação sem autorização.



Editorial

A cervejaria da vez Meu primeiro contato com cervejaria foi na adolescência nos anos 60 em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, quando acompanhei meu pai em visita a uma fábrica da Brahma, na época orgulho da cidade, quando se dizia que a água local era prodigiosa. O aroma do malte foi o que mais me impressionou. Um par de anos depois, outra visita, agora na fábrica da Serramalte que inaugurava no município vizinho de Getúlio Vargas. Novamente, a experiência olfativa com o malte foi importante, mas se comentava que a água local era melhor do que a de Passo Fundo... Lembro que a partir daí, e por alguns anos no sul, o assunto cerveja era disputa tipo Gre-Nal, ou Brahma ou Serramalte. Chegando o final do século, em 1999, acompanhei de perto o nascimento da Baden Baden em Campos do Jordão, com um grupo de amigos que tinha nas cervejas especiais uma paixão em comum. Finalmente, em meados do ano passado, quando planejávamos o calendário de lançamentos da editora para o ano seguinte, em noite numa mesa de canto do FrangÓ em São Paulo, decidimos lançar um livro retratando o momento do boom das cervejarias no Brasil. Convidamos ‘à queima roupa’ para atuar como consultor da publicação, o mestre da matéria Cassio Piccolo, que vem seguindo o mercado de cervejas há vinte e seis anos, e que também viu este movimento nascer, acompanhou seu parto e crescimento. O conceito do livro: apresentar o personagem que está fazendo cerveja e propondo coisas novas, que deixou o negócio que fazia ou largou um emprego para se dedicar a algo que descobriu e se apaixonou, transformando a cervejaria em seu projeto de vida. Muitos deles, aliás, se iniciaram como homebrewers. Nossa proposta foi acompanhar a rota deste movimento que ainda está na primeira infância, com todas as dificuldades que se apresentaram em sua trajetória, porque este é um mercado dominado pelas grandes cervejarias. Nas palavras de Cassio, – “São caras que estão fazendo um ótimo trabalho desde o início, com um salto de qualidade inquestionável. Você hoje tem produtos de altíssima qualidade produzidos por cervejeiros daqui.” O movimento se alastra pelo país inteiro, tem mais força em algumas regiões como o sul do país por razões óbvias, onde tudo é mais fácil, a matéria prima, a mão de obra e o mercado de consumo. Mas apesar disso, hoje você vai a qualquer canto do país e se depara com uma cervejaria artesanal local, usando ingredientes do terroir: guaraná, jaboticaba, açaí, rapadura, e por aí vai... Cassio completa – “É só uma questão de tempo acontecer aqui o que já ocorreu nos Estados Unidos, o ritmo pode ser um pouco mais lento por causa da concentração de mercado e da burocracia, mas algumas delas vão aumentar de tamanho, se sobressair e puxar outras a reboque.” Na primeira metade do livro, fazemos um link com as cervejarias estrangeiras que tenham tradição e história, e que sejam reconhecidas mundialmente como tops e ditadoras de padrões de estilo como Duvel, La Trappe ou Paulaner, entre tantas outras, e que graças também a abertura de mercado, proporcionam a este cervejeiro brasileiro contato com inúmeros tipos diferentes de produto, nos quais certamente muitos deles se inspiram. Agora já passando daquele primeiro estágio de aprendizado, e é um eterno aprendizado, chegamos ao momento de busca de uma cervejaria tupiniquim, que não produza uma mera repetição de estilos criados e consagrados por aí. O mais importante para nós é registrar este crescimento e amadurecimento em busca de uma cervejaria com identidade brasileira. Claudio Schleder Editor

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Conteúdo

A cervejaria da vez................................................................................................16 Homem e Cerveja. Um amor através dos tempos...........................24 As importadas, uma energia sofisticada para o mercado......30 Anchor Brewing....................................................................................................32 Anthony Martin...................................................................................................34 Bosteels..........................................................................................................................36 Brasserie St−Feuillien.......................................................................................38 Brouwerij Van Honsebrouck......................................................................40 Chimay.............................................................................................................................42 Czechvar........................................................................................................................44 Delirium.........................................................................................................................46 diva.....................................................................................................................................48 Du v e l Moortgat...................................................................................................50 Erdinger Weissbräu............................................................................................52 Gouden Carolus.....................................................................................................54 H ac k er−Ps c horr..................................................................................................56 Harviestoun...............................................................................................................58 HB − Hofbräu München.....................................................................................60 La Trappe Koningshoeven Trapist Brouwerij...........................62 Lindemans....................................................................................................................64 Pau l an er......................................................................................................................66 Shepherd Neame....................................................................................................68 St. Bernardus............................................................................................................70 Stift Engelszell.......................................................................................................72 Weihenstephan........................................................................................................74 We lls &Young’s.....................................................................................................76 O Sul celebra a cerveja artesanal...............................................................80 As artesanais brasileiras fecham o círculo virtuoso...............84


Abadessa.......................................................................................................................86 Amazon beer.............................................................................................................88 Bäcker..............................................................................................................................90 Baden Baden..............................................................................................................92 Bierbaum........................................................................................................................94 Bierland........................................................................................................................96 Bodebrown..................................................................................................................98 cervejaria do Farol..........................................................................................100 Colorado.....................................................................................................................102 Coruja...............................................................................................................................104 Dado Bier......................................................................................................................106 dama..................................................................................................................................108 Eisenbahn......................................................................................................................110 falke..................................................................................................................................112 Göttlich Divina!......................................................................................................114 Invicta.............................................................................................................................116 Karavelle.....................................................................................................................118 Krug Bier.......................................................................................................................120 Mistura Clássica....................................................................................................122 Opa Bier...........................................................................................................................124 Paulistânia Lager Premium.........................................................................126 ST. GALLEN.......................................................................................................................128 Therezópolis.............................................................................................................130 wÄls....................................................................................................................................132 Zehn bier.......................................................................................................................134 O Beco das Garrafas...............................................................................................136 ‘Os Mestres−Cervejeiros’....................................................................................144




Homem e Cerveja. Um amor através dos tempos Muito antes de o homem inventar a cerveja estupidamente gelada, os povos mesopotâmicos se dividiam conforme o cereal que tinham à disposição, desde 6.000 anos atrás. Evidentemente, não tinham muitas explicações para o que fazia o pão de cevada molhado e amanhecido crescer, fermentar e ganhar um gosto todo especial, para servir de base da cerveja. Acreditavam que isso era coisa de divindades e não simplesmente fruto da ação de uns micro-bichinhos – chamados de leveduras, invisíveis a olho nu – que ao se alimentarem daquela pasta, transformavam o açúcar presente naqueles cereais em álcool e gás carbônico. Sumérios, mesopotâmicos e egípcios, nossos tataravós cervejeiros, não apenas ficavam vendo a mágica da fermentação se dar, como também aprendiam muito bem como reproduzir o fenômeno, mesmo que com poucas explicações para ele. A importância da bebida era tão evidente que acompanhava os faraós em suas pirâmides mortuárias e era submetida a uma lei em torno do ano 2000 a.C., que punia com a morte a produção e a venda de cerveja adulterada! A cerveja, nome derivado da deusa romana da agricultura Ceres, centenas de anos depois, nunca parou de se reinventar principalmente nos países onde o frio e o solo não se mostravam propícios para a produção de vinho. Muito antes do homem da praia pensar na geladeira de isopor, os países do norte e do centro da Europa disputavam a primazia na arte cervejeira e criavam a partir de fermentos que agiam no topo dos tanques de fermentação, chamados Antiga escrita gravada em pedra que faz referência à cerveja, provavelmente do sul do Iraque, do final do período pré-histórico, 31003000 a.C.

em português de alta fermentação. Até que muito recentemente, já no século XIX, descobriu-se outro importante fermento que ganhou o nome Lager, cuja característica diferencial é agir a partir do fundo do tanque, chamado, por isso, de baixa fermentação. Tradução imprecisa, que gera ambiguidade, pois dá a impressão que as primeiras precisam de uma fermentação de alta duração ou temperatura, enquanto que as outras o contrário...

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Hieronymus Brunschwig (1450- 1512), cirurgião alsaciano que primeiro divulgou através dos seus livros os efeitos benéficos do lúpulo como remédio para doenças de pele

Mas ao meio caminho da história - quando o homem já dominava a produção de linguiças e queijos para acompanhar a cerveja - descobriu-se que o lúpulo, um componente vindo de um mosteiro perdido na Suíça, conferia não apenas um amargor delicioso, mas principalmente tinha um grande poder bactericida, o que fazia o líquido viver muito mais tempo, permitindo produções muito mais volumosas e estoques muito mais seguros. Seu amargor, longe de ser um ponto negativo, apesar de causar estranhamento e afastar tantos neófitos, foi sendo gradualmente mais valorizado, a ponto de receber, hoje em dia, uma escala (IBU, International Bitterness Unit) que vai de zero a mais de 120 pontos de amargor. Cervejas como as industriais que tomamos na praia normalmente variam de 10 a 20 pontos de amargor, enquanto que as Stout superam os 50 pontos e as Imperial Indian Pale Ale vão de 60 a 120 pontos! cervejAria

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Homem e Cerveja. Um amor através dos tempos

Pois antes do lúpulo se tornar a unanimidade de hoje, muito se usou como ingrediente aromático, desde as ervas mais conhecidas da culinária europeia como o rosmarinho, o cominho e o gengibre até o malte queimado que defuma, dá cor e adocica. Ou seja, a cerveja sempre foi um campo de disputa entre os ortodoxos e os heterodoxos. Graças a isso, nunca deixou de ser ao mesmo tempo uma bebida da obediência aos ensinamentos recebidos pela história e a experimentação inovadora. Com o passar do tempo, foram conhecendo mais profundamente cada um dos componentes que faziam a cerveja ser assim ou assado e foram sofisticando o processo de produção, aumentando sua longevidade, ganhando maior confiabilidade na receita, passando a eleger, inclusive, o tipo de levedura que levava ao melhor resultado desejado, seja no paladar, seja na cor, seja na densidade da bebida. Até a espuma, que nos parece obrigatória para a identificação da cerveja em boas condições para ser consumida, sequer se forma em determinados estilos muito apreciados e tradicionais como é o caso das extravagantes e caras Lambic, que usam leveduras colhidas ao acaso, que quase nunca liberam as proteínas responsáveis pelo creme claro e espesso que chamamos de colarinho. Linha de produção da cervejaria F.A. Poth Brewing Company da Pensilvânia, cerca de 1890

Mesmo a temperatura ideal para se beber a cerveja é motivo de muita controvérsia, porque afinal nem todos os países consumidores têm a nossa tropicalidade cheia de praia, que quase nos impõem a vontade de ficar de sandálias e bermudas, bem a vontade, de preferência com uma lata quase congelada à mão. Como conclusão, parece óbvio que através do longo caminho trilhado, ela, a cerveja, foi se dobrando ao gosto, ao conhecimento e às matérias primas à disposição dos homens que encontrou pelo caminho da conquista total, bilhões de litros consumidos em todas as suas modalidades, hoje em dia, milhares de anos depois de sua criação.

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Copo especial para beber a belga Pauwel Kwak, uma Golden Strong Ale

Nestes últimos anos, a cerveja no Brasil está saindo das cavernas, saindo das amarras de apenas um jeito de tomar cerveja, e entrando para a modernidade, praticando um mercado de nicho que passa a classificar também a cerveja como artigo de luxo. Acompanhando o sucesso do vinho, as escolas começam a preparar sommeliers e mestres-cervejeiros em várias regiões do país, os supermercados criam gôndolas especiais, a internet oferece cada vez mais blogs especializados, kits de produção caseira são cada vez mais vendidos, mostrando que esta onda de cervejas artesanais veio para ficar. Nosso livro CERVEJARIA conta um pouco desta história de outro jeito, bem mais instrutiva: descortina o leque de alternativas que temos hoje no Brasil, um monte em torno de 700 marcas entre nacionais e importadas, fruto da abertura do mercado, dos avanços da tecnologia, da sofisticação que estamos chegando. cervejAria

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O Punk da Freguesia do Ó…


...que se tornou um clĂĄssico de SĂŁo Paulo.

frangobar.com.br


As importadas, uma energia sofisticada para o mercado A avalanche de cervejas importadas que estamos encontrando nas gôndolas, junto com a produção artesanal que se espalha pelo território brasileiro, amadurece o universo da cerveja no Brasil. Um mercado que nasceu quase que para o consumo próprio, bem artesanal e exclusivo, acabou por se transformar num gigantesco departamento da economia brasileira, tornando-se preferência nacional. E agora cresce também em direção a um mercado alternativo inclusivo, com a presença da grande maioria das opções que se encontra nos lugares mais deslocados do mundo. A primeira cerveja brasileira nasceu com o know-how holandês, no período do reinado de Maurício de Nassau em Olinda, que, como não podia passar sem a bebida, houve por bem trazer em sua bagagem equipamentos e mestre-cervejeiro – um respeitável senhor de nome Dirck Dicx – para implantá-la no seu próprio palácio, em Recife. Em 1640, três anos depois da chegada do Príncipe, estava pronta para o uso. Foram treze anos de muita farra regada com fermentados de cereais, que só acabou com Desembarque de carregamento de pilsen produzida na Czechwar, da região da Boêmia do Sul, circa 1900

a expulsão dos filhos dos diques, que dão existência aos Países Baixos. Ao que consta, os portugueses que ficaram em seu lugar, não curtiam a loira e abandonaram a produção. Foi só 160 anos depois, com a chegada dos ingleses aos nossos portos abertos, que vieram suas cervejas, mas estas encontraram no Brasil um produto similar, a gengibirra, trazida por marinhos, feita com farinha de milho e perfumada com gengibre e limão, que teve sua popularidade entre a incipiente população portuária e comercial do Brasil do século XIX.

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Porque o resto é germânico, entre nós. A cerveja vem com tudo nas bagagens dos colonos alemães que aportaram aqui em torno dos anos 1850. Pois vem da Holanda e de sua vizinha belga, da Alemanha e de sua vizinha República Tcheca, da Grã Bretanha e de sua antiga colônia americana, o grosso das cervejas que invadiram nossas praias nos últimos anos, além de algumas curiosidades como cerveja russa, cerveja australiana e até indiana.

As modernas instalações da cervejaria Delirium em Melle na Bélgica, abertas à visitação, estendida ao seu museu

Por aqui, para competir com as industriais de sempre e com as artesanais brasileiras, uma enorme quantidade de marcas, a ocupar dezenas de gôndolas dos supermercados, bares e casas especializadas. Hoje em dia, há muitos bares e restaurantes com vários rótulos na sua carta de cervejas. Há bares como o FrangÓ – pioneiro das cervejas artesanais em São Paulo – que tem uma carta de mais de 400! Esta variedade toda persegue um nicho que começou a se formar ainda na década de 60 do século XX, em Paris, num lugar chamado Académie de La Bière, que já abriu as portas oferecendo mais de 100 rótulos de várias nacionalidades, com seus respectivos copos ideais. Junto com os franceses, uma onda de nostalgia cervejeira, que agora, graças aos céus, também nos atinge, invadiu os Estados Unidos a partir de 1970 e não parou de crescer e se espalhar por todos os continentes até hoje. São centenas de produtores que lançam suas cervejas para o mundo provar, incluindo nesta onda cervejas de todos os tipos, de Lambic a Indian Pale Ale, de Stout a American Lager, de Dunkell a Weissbier, Pilsen, Barley Wine, seguindo a risca receitas históricas, a inovações que mesclam ingredientes jamais antes fermentados. Claras, pálidas, âmbar, pretas, sólidas, transparentes. Delicadas no álcool e no amargor ou extremamente maltadas, pesadas, alcoólicas, amargas, quase mastigáveis. Mistura de vários lúpulos e vários pontos de malte tornou-se comuns e chegam a nós com aquela força que só uma novidade do bem pode ter. Chegam a nós a preços extremamente variados, alguns muito salgados. Neste capítulo você vai conhecer algumas das mais significativas importadas. Para serem bebidas nos copos e nas temperaturas indicadas. Para degustar como se deve, com o uso de todos os sentidos, buscando todas as sensações que se possa ter. Então, a moral da história deste livro é uma só – vamos degustar, porque tem muitas novas delícias para conhecer. cervejAria

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Anchor Brewing Esta é a primeira cervejaria artesanal dos Estados Unidos. Sua data de fundação remonta à época da Corrida do Ouro, tempo em que o alemão Gottlieb Brekle chegou à Califórnia com sua família. Até hoje não se sabe exatamente o porquê do nome Anchor – provavelmente uma alusão à intensa vida portuária da região. É uma cervejaria que, como uma fênix, sempre renasce, resistindo aos caprichos da roda da fortuna. Passou pelo grande terremoto de São Francisco de 1906, pela Lei Seca dos anos 1920 e chegou aos dias de hoje liderando um movimento revolucionário no país – o renascimento das craft beers, ou seja, cervejas artesanais. A Anchor Brewing é a pedra fundamental desse movimento, sendo até hoje uma das mais respeitadas e autênticas microcervejarias do país. Um brinde à tradição e à renovação! A Anchor não usa arroz, milho ou adjuntos – apenas ingredientes naturais, incluindo claro, caramelo escuro e maltes de trigo, utilizados em diferentes graus, de acordo com a receita única de cada uma das bebidas da casa. Visitando fazendas diversas e a participação de colheitas tem assegurado a qualidade distintiva e a frescura de ingredientes como o Casca de lúpulo do Noroeste do Pacífico, o Nelson Sauvin, lúpulo da Nova Zelândia, ou Citra Saltos de Yakima, de Washington. Entre as bebidas da casa, destaque para: Anchor Bock, versão americana para um clássico alemão. Com boas notas de chocolate, essa é uma cerveja complexa obtida por um blend de maltes e lúpulo in natura. Volume de álcool de 5,5%. Anchor Steam Bier, clássico da cervejaria e seu carro-chefe, criada em 1896. Saboreá-la é reviver o século XIX e a antiga arte de fazer cerveja lager em tanques abertos, típica de São Francisco. Uma cerveja de cor âmbar e bela espuma, um aroma de caramelo com uma deliciosa nota de lúpulo. No sabor, toques de fruta e um final seco, com toques de amargor. Volume alcoólico de 4,9%. Brekle’s Brown é uma Brown Ale de cor escura, obtida a partir de uma receita especial e do blend de maltes torrados. Na produção e na fase de dry hoping, seu sabor distinto se dá pelo uso da variedade Citra de lúpulo, que complementa com seus aromas o delicioso toque de malte dessa cerveja, batizada em homenagem ao fundador da cervejaria. Tem volume alcoólico de 6%. Liberty Ale, bebida que tem bolhas parecidas com o champagne, marcante aroma de lúpulo e o sabor de malte dessa cerveja, que trouxeram de volta à vida as tradições e sabores das centenárias cervejas artesanais americanas. É a primeira IPA produzida nos EUA pós Lei-Seca e a primeira a usar dry hoping – esta cerveja fez uma revolução no craft brewing do país. Tem volume alcoólico de 5,9%. Old Foghorn é a primeira barley wine dos EUA. Na sua fabricação, somente é utilizada a “primeira leva” de um mosto puro malte. São necessários três mostos para cada brassagem dessa espetacular cerveja. Volume alcoólico de 8,8%. Small Bier é uma session beer, feita a partir de uma leva de barley wine. Âmbar, leve e saborosa como toda session beer deveria ser. Volume alcoólico de 3,2%. Summer Ale é uma cerveja puro malte, com mais de 50% de malte de trigo. Clara, não filtrada, absolutamente refrescante, com uma espuma densa e cremosa, típica das cervejas de trigo. Volume alcoólico de 4,5%. www.anchorbrewing.com 1705 Mariposa St, San Francisco, CA 94107, Estados Unidos Tel. +1 415.863.8350

A marca não usa arroz, milho, ou adjuntos - apenas ingredientes naturais, incluindo claro, caramelo escuro e maltes de trigo, utilizados em diferentes graus de acordo com a receita única de cada uma das bebidas da casa

Importador: Uniland Export (www.uniland.com.br)

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Anthony Martin Criada na Bélgica em 1909 pelo cervejeiro britânico John Martin, a The Finest Drinks Company está na sua terceira geração de criadores de bebidas de qualidade inquestionável, fruto da mistura única de tradição belga e do know-how inglês, além de uma dose de coragem para a criação de cervejas premium. John Martin nasceu em 1886, em Newmarket, Reino Unido, mudando-se para Antuérpia na juventude. Entre as cervejas criadas pela companhia, destaque para: Blanche de Brabant, cerveja de coloração clara com creme branco generoso e persistente. É uma típica cerveja de trigo belga, com toques de coentro no aroma e no sabor. Trata-se de uma cerveja refrescante que também pode ser apreciada com limão. Tem 5% de álcool. Dominus Dubbel, cerveja de coloração marrom escura com um creme generoso na cor bege. Tanto seu aroma quanto seu sabor são frutados, com notas de chocolate, café e malte. É uma cerveja produzida na cervejaria De Koningshoeven, na Holanda, sob encomenda da Anthony Martin. Mesma cervejaria que produz as cervejas trapistas La Trappe. Tem 6,5 % de álcool. Diabolici, uma das últimas ousadias da Anthony Martin. A Diabolici é uma cerveja de coloração alaranjada com um creme branco de boa formação. Seu aroma é levemente frutado e apresenta notas do malte. Seu sabor é único, levemente adocicado, com notas frutadas e sutil presença do álcool. Na boca apresenta uma textura suave. Sua apresentação em garrafas de 750 ml e seu copo são um atrativo a parte. Tem 8% de álcool. A Martin’s IPA é uma India Pale Ale, ousadia da Anthony Martin. É uma típica cerveja inglesa fabricada para o mercado belga. Apresenta uma coloração âmbar, clara, com um creme generoso e persistente. Seu aroma apresenta notas florais provenientes da inserção de lúpulo durante o processo de fermentação. Sabor levemente frutado. É uma IPA belga diferenciada. Tem 6,9% de álcool. A Bourgogne Brune é uma cerveja única, fabricada a partir de uma antiga técnica de fabricação chamada infusão lambic. Nesse processo, as melhores Lambics são misturadas com cervejas Dark Ale (Brown Ale) e são maturadas por meses em barris de carvalho. O resultado é uma cerveja de coloração marrom escura, espuma abundante e cremosa, com sabor similar a uma Flemish Brown Ale, mas sem a acidez característica dessa. Tem 5% de álcool. A Anthony Martin também produz uma linha especial, as Gordon, onde se destacam a Gordon Finest Scotch Highland, a Gordon Finest Red e a Gordon Finest Titanium. A primeira talvez seja a mais famosa das Gordon, com coloração escura, marrom avermelhada, e um creme bege claro. Em seu aroma, toques do lúpulo aromático com o malte torrado, café e caramelo. No sabor, presença do malte com notas de café, chocolate e caramelo. Já a Red apresenta uma coloração avermelhada com um creme claro de boa formação e duração. No aroma, presença do malte e de caramelo. Seu sabor é adocicado com uma leve percepção do álcool. A Titanium é uma cerveja com teor alcoólico de 14% vol. e coloração dourada. Seu sabor é levemente adocicado e o álcool se faz presente. Sua apresentação é diferenciada, em lata de 500 ml, com detalhes em relevo. Uma cerveja especial, para poucos. Para as festividades de Natal, a Anthony Martin desenvolveu a Gordon Xmas. Suas notas amadeiradas harmonizam com o seu sabor adocicado. Sua coloração é vermelha rubi, com uma espuma generosa e persistente. Tem 8,8% de álcool. Fundada na Bélgica em 1909 pelo cervejeiro britânico John Martin, a The Finest Drinks Company está na sua terceira geração de criadores de bebidas de qualidade inquestionável, fruto da mistura única de tradição belga e do knowhow inglês, além de uma dose de coragem para a criação de cervejas premium

www.anthonymartin.be RueduCerf, 191, Genval, Bélgica Importador: Armazém do Nono (www.armazemdonono.com.br)

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Bosteels A cervejaria foi criada num casarão do século XVII, construção cuja história se confunde com as origens da família Bosteels. Hoje a fábrica é comandada pela sétima geração dessa família e produz cervejas de grande qualidade. Três cervejas, originais e distintas entre si, são produzidas no lugar: Pauwel Kwak, DeuS e a Tripel Karmeliet. A primeira surgiu no século XVIII. Foi Pauwel Kwak, cervejeiro de Dendermonde, interior da Bélgica, quem a criou. Trata-se de uma bebida produzida com maltes torrados e candy sugar. A Tripel Karmeliet tem sua receita original datada de 1679. Vem de um monastério carmelita que deu origem ao nome. Tem como grãos a cevada, trigo e aveia – malteados e não. A mistura passa por uma fermentação na garrafa. Tem coloração dourada com aroma floral. Em 2008, foi considerada a melhor Ale do mundo pelo World Beer Awards. A DeuS é conhecida como ‘Brut des Flandres’. É uma cerveja inspirada no champagne francês, criada por Ivo Bosteels, proprietário da cervejaria. Entre as curiosidades que envolvem essa bebida está o fato de que, antes do lançamento, Garrett Oliver, Michael Jackson e Fred Eckhardt – nomes de peso no universo cervejeiro – foram convidados a degustar a novidade. A produção do mosto e a primeira fermentação ocorrem em Buggenhout. A bebida vai então para a região de Champagne, na França, onde passa pelo processo conhecido como ‘champenoise’, que envolve envasamento, segunda fermentação na garrafa, remuage e dégorgement. Características de cada bebida: A Tripel Karmeliet é uma Belgian Tripel com 8,40% de álcool. Ainda é fabricada de acordo com uma receita autêntica de 1679. Leva três tipos de grãos: trigo, aveia e cevada. O nome Tripel Karmeliet refere-se tanto à sua origem no monastério quanto à sua refermentação na garrafa. Das muitas cervejas experimentais fabricadas na cervejaria na década de 1990, diz o proprietário da casa, a combinação histórica dos três tipos de grãos continua a ser a mistura ideal. A Tripel Karmeliet é uma bebida refinada e complexa. Essas características derivam não apenas dos grãos usados​​, mas também dos aromas de banana e baunilha. Tem a leveza e o frescor do trigo, além da cremosidade da aveia em conjunto com gosto de limão picante. DeuS Brut des Flandres é uma bière de Champagne/BièreBrut, com 11,50% de álcool. Durante o processo de fermentação – um mês – a bebida leva duas leveduras, é refermentada depois nas proximidades de Épernay, em Champagne, na França. Engarrafada, ela passa nove meses num porão. Nesse período, as garrafas são rodadas durante uma semana e, em seguida, a levedura é removida. O processo da segunda fermentação e de armazenagem é também referido como o “Método Champenoise”. A Pauwel Kwak é uma Belgian Golden Strong Ale com 8,40% de álcool. Apresenta coloração âmbar, luminosa e um colarinho cremoso e denso. É feita com três tipos de cevada e açúcar mascavo. Seu sabor é frutado com toques de “nougat” e alcaçuz, com um final que lembra banana caramelizada. Seu aroma também é frutado, mas ligeiramente picante, com características de banana, abacaxi e, para alguns, até de manga. Kerkstraat 96, 9255 Buggenhout, Bélgica Tel. +32 5233.2323 Importador: Armazém do Nono (www.armazemdonono.com.br)

A Tripel Karmeliet tem sua receita original datada de 1679; vem de um monastério carmelita, que deu origem ao nome. Tem como grãos a cevada, trigo e aveia - malteados e não. A mistura passa por uma fermentação na garrafa cervejAria

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Brasserie St−Feuillien Desde 1873, a família Friart prepara várias cervejas, entre outras, a St-Feuillien. Mas a história dessa cerveja remonta a tempos ainda mais distantes. No século VII, um monge irlandês chamado Feuillien veio para o continente europeu pregar o Evangelho. Infelizmente, em 655, enquanto viajava através da floresta, hoje território da cidade de Le Roeulx, Feuillien foi martirizado e decapitado. No local do seu martírio, os discípulos de Feuillien ergueram uma capela que em 1125 tornou-se a Abadia de Prémontrés, mais tarde conhecida como a Abbaye de St-Feuillien Du Roeulx. Durante séculos, os monges têm fabricado as cervejas St-Feuillien e essa tradição tem sido preservada até os dias de hoje. A família Friart está na quarta geração, mas ainda a mesma paixão toma conta dessa cervejaria. A St-Feuillien Blonde tem coloração dourada e profunda. Possui um colarinho fino e cremoso. Seu aroma é muito perfumado, percebe-se nitidamente a influência de lúpulos aromáticos. Ao degustála sentimos uma nota frutada, cítrica, conferida pela utilização de especiarias. Seu paladar é marcado por um distinto amargor, maltada, apresenta-se seca e lupulada no final. Devido às suas características, mostra-se uma excelente cerveja digestiva. (7,5% vol.). A St-Feuillien Tripel possui colarinho branco, fino e muito cremoso. De coloração âmbar turva, essa cerveja revela uma característica especialmente maltada. Ricamente perfumada, oferece uma combinação única de lúpulos aromáticos, especiarias e aromas típicos da fermentação, muito frutada. Refermentada na própria garrafa, seu sabor é peculiar e sua textura, excepcional. Aperitiva e refrescante no verão, saborosa no inverno, ela se afirma como cerveja de degustação por excelência. (8,5% vol.). A St-Feuillien Brune tem corpo de uma brune de um rubi acentuado. O colarinho é generoso e persistente. O seu aroma é típico e reflete a grande diversidade dos ingredientes necessários à sua fabricação. As notas frutadas resultam da fermentação e se casam harmoniosamente com o dominante alcaçuz e o caramelo. O corpo é estruturado por um aspecto sustentado pelo malte. O amargor é o resultado de uma mistura complexa entre os lúpulos finos e os maltes especiais. Percebe-se uma grande nota típica de chocolate preto. O conjunto se distingue por uma mistura de sensações que revelam uma cerveja com gosto persistente e aroma poderoso. (7,5% vol.). A St-Feuillien Grand Cru é uma cerveja cuidadosamente elaborada. Essa obra-prima é uma extrablonde amber que sofre refermentação na garrafa, resultando em um sabor inesquecível. O segredo está na combinação única de lúpulos mais nobres e os melhores ingredientes aromáticos. A Grand Cru difere de outras cervejas do mesmo tipo por não conter especiarias. Seu branco colarinho é leve e espumoso. Tem cor muito pálida e corpo que exala uma cascata de aromas com notas de lúpulo frutado juntamente com sutileza e riqueza pura. Vários sabores são sentidos no mesmo gole. (9,5% vol.). A St-Feuillien Saison é o que os belgas chamam de cerveja de terroir, uma cerveja tradicional farmhouse ale com todos os sabores das terras férteis do sul da Bélgica. Saison é uma cerveja de alta fermentação, refermentada na própria garrafa, não filtrada, possuindo uma calorosa cor dourada, um grande clássico. Graças à sua fermentação secundária, a Saison tem um sabor inconfundível cheio de nuances ricos e um leve amargor. No Mundial de 2009 World Beer Awards, realizado em Londres, em 30 de julho, a Saison foi eleita “a melhor Saison do Mundo”. (6,5% vol.). Durante séculos, os monges têm fabricado as cervejas St-Feuillien e esta tradição tem sido preservada até os dias de hoje. A família Friart está na quarta geração, mas ainda a mesma paixão toma conta desta cervejaria

www.st−feuillien.com 20, Rue d’ Houdeng Le Roeulx 7070, Bélgica Tel. +32 (0) 6431.1818 Importador Oficial: BuenaBeer (www.buenabeer.com.br)

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Brouwerij Van Honsebrouck A história dessa cervejaria remonta ao século XIX, com Amandus Van Honsebrouck, que se torna fazendeiro e prefeito de Werken, na Bélgica, onde também funda uma cervejaria. Em 1865, após a morte repentina de Amandus, seu filho, Emile assume a cervejaria com apenas 21 anos. Em 1900, Emile se muda para Ingelmunster, aldeia de nascimento de sua esposa Louise. Em 1922, vêm a terceira geração da cervejaria, com Paul e Ernest Van Honsebrouck, filhos de Emile. Em 1930, eles constroem uma grande casa para abrigar a pequena fabrica artesanal de bebidas. Em 1939, criam uma sala de fermentação, sala de depósito e fábrica de engarrafamento. Em 1953, Luc Van Honsebrouck, filho de Paul, vai para uma escola cervejeira e faz estágios na Valônia e na Alemanha. Ele assume a cervejaria e dá-lhe o nome de Cervejaria Van Honsebrouck. Na década de 1960, Van Honsebrouck torna-se o segundo maior produtor na Bélgica, com uma contribuição de 700 mil quilos de malte. Graças ao patrocínio do Club Brugge, a produção de Saint-Louis quebra o recorde com 1 milhão de quilos de malte em 1981. Em 2009, Xavier Van Honsebrouck, a quinta geração, assume a cervejaria. Sua primeira conquista é o lançamento da Kasteel Cuvée Du Chateau. Entre as bebidas criadas pela casa, destaque para: A Brigand possui coloração clara, sabor forte e levemente amargo. Tem 9,0 % de álcool. É uma Belgian Golden Strong Ale. A Kasteel Triple é uma cerveja dourada, brilhante, refermentada na própria garrafa, com 11,0 % de álcool. Trata-se de uma Belgian Tripel. A Kasteel Blond possui coloração dourada brilhante. Tem 7,0 % de álcool. Tem como estilo Belgian Blond Ale. A St. Louis Premium Kriek é uma autêntica Lambic Fruit, feita com 25% de suco natural de cereja. Como uma Lambic, sua fermentação ocorre espontaneamente. Sua coloração é vermelha escura e seu colarinho é rosa. Tem 3,2 % de álcool. A Kasteel Cuvée Du Chateau tem 11 % de álcool. É uma Belgian Strong Dark Ale, bebida desenvolvida para harmonizar com a típica cozinha belga. A inspiração veio das Kasteel Donker envelhecidas por dez anos nos porões da cervejaria. No entanto, ela é mais amarga, menos doce e muito mais refrescante que a Donker tradicional. A linha Bacchus é composta por três cervejas: Bacchus, Bacchus Frambozenbier e Bacchus Kriekenbier. A Bacchus tradicional é utilizada como base na fabricação das versões frutadas Frambozenbier e Kriekenbier. Envelhecida em tonéis de carvalho, apresenta notas vínicas, um sabor ligeiramente ácido, elevada carbonatação e uma coloração marrom avermelhada. Já as versões Frambozenbier e Kriekenbier apresentam aromas das frutas e um final adocicado. www.vanhonsebrouck.be Oostrozebekestraat 41, 8770, Ingelmunster, Bélgica Tel. +32 5133.5160

Na década de 1960, Van Honsebrouck torna-se o segundo maior produtor na Bélgica, com uma contribuição de 700 mil kg de malte. Graças ao patrocínio do Club Brugge, a produção de Saint-Louis quebra o recorde com 1 milhão de kg de malte em 1981

Importador: Armazém do Nono (www.armazemdonono.com.br)

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Chimay Os monges da Abadia de Scourmont em Chimay, Bélgica, pertencem à ordem de Cistercians of the Strict Observance, conhecido geralmente como Trappist. Os monges, que dedicaram as suas vidas a Deus, ganham a vida através de seu trabalho manual ajudando os mais pobres, conforme diz a história. Criada pelos monges trapistas de Chimay, para satisfazer as suas necessidades e atender aos seus fundamentos de apoio ao emprego dentro de sua região, em 1862 a produção de cervejas e queijos trapistas passou a ser reconhecida dentro e fora do território belga devido às suas características e qualidades. São famosas e reconhecidas até os dias de hoje, um grande sucesso. Conforme a história, em meados do século XIX, os monges prepararam a sua primeira cerveja na Abbaye Notre-Dame Scourmont, a Chimay Première, seguindo o método monástico de fabricação natural, num cômodo do monastério reservado para a criação de bebidas e queijos. Sua receita, a mesma apresentada nos dias atuais, teria sido elaborada pelo padre Theodore logo que se reergueu a pequena fábrica, após a Segunda Guerra Mundial. Ele se inspirou diretamente nas receitas originais usadas há dois séculos. Em 1948, o padre Theodore isolou as células de levedura únicas que ainda são a base para a fabricação de cervejas trapistas Chimay. Em 1954, a comunidade monástica desenvolve uma cerveja de Natal, hoje chamada de Chimay Bleue, um grande sucesso na Europa nos meses de inverno. Em 1966, houve a criação da conhecida e espetacular Chimay Triple, cuja fama rodaria o mundo. Em 1982, dá-se a criação da Chimay Grande Reserve e, em 1986, a Chimay Cinq Cents, ambas com 750 ml. Todas as bebidas se tornariam clássicos da casa, que é considerada como um dos sete monastérios trapistas. A Chimay Red ou Première tem uma coloração acobreada e possui um colarinho cremoso que exala um leve e frutado aroma de damascos produzido pela fermentação. O sabor percebido na boca confirma nuances frutadas observadas na fragrância e transmite uma delicada sensação na língua, equilibrado por um leve toque de amargor refrescante. No paladar, o apreciador percebe uma agradável adstringência que complementa as qualidades saborosas dessa cerveja. (Graduação alcoólica: 7,0%). A Chimay Blue ou Grand Reserve é uma cerveja forte cuja fragrância fresca de levedura, com um toque suave de flores, é especialmente agradável. O seu sabor só acentua as sensações agradáveis presentes em seu aroma, revelando um suave toque de malte torrado. Ela não é pasteurizada, sendo refermentada novamente na garrafa. (Graduação alcoólica 9,0%). A Chimay Tripel ou Cinq Cents tem coloração dourada típica, uma aparência ligeiramente turva e colarinho delicado, sendo especialmente caracterizada por seu aroma, resultado da combinação agradável de lúpulo fresco e fermento. Seu sabor, quando sentido na boca, vem do cheiro do lúpulo: apresenta notas frutadas de moscatel e passas. Seu aroma complementa muito bem o gosto ligeiramente amargo. Não é pasteurizada, sendo refermentada novamente na garrafa. (Graduação alcoólica: 8,00%). Rue de Poteaupré, 5, B 6464, Bourlers, Bélgica Tel. +32 (0) 6021.1433 Importador O ficial: BuenaBeer (www.buenabeer.com.br)

Criada pelos monges trapistas de Chimay, para satisfazer as suas necessidades e atender os fundamentos de apoio ao emprego dentro de sua região, em 1862, a produção de cervejas e queijos locais passou a ser reconhecida dentro e fora do território belga cervejAria

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Czechvar Fundada na cidade de Ceske Budejovice, na Boêmia, em 1265, pelo rei Premysl Otakar II, a tradição cervejeira local é um paradigma da República Tcheca. Diz a historia que o nobre concedia aos burgueses do país o direito de estocar malte, fazendo cervejas em suas casas para consumo próprio e para a venda. No decorrer dos séculos, as pequenas cervejarias familiares foram se intensificando. A produção da cervejaria que mais tarde levaria o nome de Czechvar remonta a 1895, com grande produção de bebida de qualidade indiscutível. No ano em que foi criada, teria produzido nada menos que 51.100 hectolitros de líquido, passando a receber o nome atual, Czechvar – combinação de duas palavras, tcheco e pivovar, em Inglês “cervejaria”. É um nome simbólico de uma cerveja que fez fama ao longo dos séculos XIX e XX, até o presente momento. A Czechvar é hoje um ícone da República Tcheca, mas no lugar a bebida é conhecida como Budweiser Budvar. Devido a uma pendência judicial com a Anheuser-Busc, dona da Budweiser norte-americana, a Budvar precisou mudar de nome para ser exportada para alguns países. É uma cerveja que lembra muito as brasileiras, com seu amargor característico marcando o paladar. Utiliza apenas ingredientes de grande qualidade, o que concede um sabor único aos produtos da casa, que possui sua própria cultura de levedura, cultivada sob a supervisão cuidadosa dos mestrescervejeiros locais, um produto chave para o sabor da bebida. A água vem de uma nascente que esperou quase 10 mil anos para ser libertada por poços profundos de 300 metros, o que empresta à cerveja o seu delicioso sabor. O lúpulo utilizado é o Saaz (Humuluslupulus), que é muito valorizado por seu caráter suave inconfundível. A cevada é uma variedade única de Morávia cevada (Hordeumvulgaris), selecionada cuidadosamente, cada ano, a partir de culturas de primeira classe, o que concede à bebida sua tonalidade dourada inimitável. Misturados todos os ingredientes, a bebida amadurece por noventa dias, para a criação dessa que é um verdadeiro paradigma entre as cervejas artesanais produzidas no mundo. A Pilsen da casa começou a ser produzida em 1895 nessa cidade que é a sede do governo da região da Boemia do Sul, ficando a duas horas de Praga e a uma hora da fronteira com a Alemanha, região da Baviera. Uma das marcas mais famosas em seu país, a Czechvar é muito leve e refrescante, mas a dosagem de malte e lúpulo confere ao conjunto um sabor perfeito para esta que é considerada por muitos como uma das melhores pilsen do mundo, que vem colecionando prêmios e sinceros adoradores por todo o mundo. É uma bebida rica em malte, com notas de baunilha e biscoito. É refrescante, suave, equilibrada, é irretocável quanto ao seu sabor. Tem graduação alcoólica de 5%. A sede da cervejaria conta com programação intensa sobre a história da criação da bebida na cidade e nos arredores. O agendamento de visitas pode ser realizado pelo site da marca. www.czechvar.com BBNP Brewery Visitor Centre, KarolinySvetle 4, 370 21 CeskeBudejovice, República Checa Tel. +420 387.705.347 Importador: Uniland Export (www.uniland.com.br)

A Czechvar é um ícone da República Tcheca, mas, no lugar, a bebida é conhecida como Budweiser Budvar. Devido a uma pendência judicial com a AnheuserBusc, dona da Budweiser norte-americana, a Budvar precisou mudar de nome para ser exportada para alguns países cervejAria

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Delirium Em 1654, a cidade belga de Melle já contava com uma fábrica de cervejas artesanais de qualidade. Em 1906, Léon Huyghe comprou tal cervejaria e a nomeou de Brouwerij-Mouterijden Appel. Em 1936, foi construído um novo complexo cervejeiro local, ao longo da Geraardbergsesteenweg. Dois anos mais tarde, o nome foi substituído por Leon Huyghe Ltd. A Brewroom é ainda o orgulho da cervejaria. Em 1988, nasce a cerveja Delirium Tremens, que rapidamente conquistou o mundo com seu sabor, rótulo e garrafa com layout diferente. Nos anos seguintes, mais e mais rótulos foram sendo criados e o aumento da produção e ampliação da fábrica foram inevitáveis, a Huyghe foi ficando cada vez maior. Em 1997, a Delirium Tremens foi eleita a melhor cerveja do mundo e a “chuva” de prêmios, inclusive de outros rótulos, não parou mais. Hoje a cervejaria é também conhecida como Delirium Tremens. Com séculos de tradição, os produtos desta cervejaria são trazidos exclusivamente pela Buenabeer. A Delirium Tremens é apreciada especialmente por suas qualidades degustativas e pelo mistério que há por trás da parede de sua bela garrafa. De coloração dourada, chamada loira perfeita, triplamente fermentada, sendo que a última fermentação ocorre na própria garrafa, possui um colarinho branco, cremoso, de boa duração e formação. Destaca-se pelas qualidades únicas do lúpulo e malte utilizados. Revela no aroma um maltado surpreendente, frutado e de leve álcool. No paladar apresenta-se frutada, picante, condimentada e também de leve álcool. A conclusão é a combinação exata de um amargo e picante, sem toque de agressividade. Ela representa a cerveja forte na sua melhor aparência, sendo eleita a melhor cerveja do mundo. (Vol. 8,5% álc.) A Delirium Nocturnum é uma cerveja escura, encorpada, triplamente fermentada, sendo que a última fermentação ocorre na própria garrafa. Em sua fabricação são utilizados cinco maltes e três tipos de leveduras. Seu aroma é adocicado e o sabor é complexo, com nuances de passas, chocolate e semente de erva-doce. Acompanha muito bem carnes vermelhas. (Vol. 8,5% álc.) A Delirium Noel foi criada em 2000 e é fabricada apenas para o Natal e Ano Novo, completando a trilogia das Delirium. Sua aparência é calorosa, possui uma cor espetacular de cobre com vermelho, lembrando a Nocturnum, exceto quanto ao seu gosto. À primeira vista, ela esconde sua sutileza de um nível de sabores. É abordada com confiança e um toque tipicamente Noel, onde percebemos um pequeno açúcar, encoberto por um tom amargo, sem extensão e, em seguida, uma curiosa sensação de frescor na boca. É apreciada ao primeiro gole, e fideliza-se com o segundo. No entanto, o seu alto volume de álcool exige um consumo responsável. (Vol. 10% álc.) A La Guillotine tem todas as tradições de uma forte e bem arredondada loira, reunidas atrás das paredes dessa garrafa colorida e opaca. Um aroma rico de lúpulos aromáticos, um sabor poderoso se abre no céu da boca, assim como uma conclusão no mesmo tom. Esses são elementos que reforçam seu caráter. (Vol. 9,3% álc.) A Blanche des Neiges tem as bases de uma Blanche tradicional. No entanto, difere no sabor em relação aos seus homólogos, principalmente por uma profunda amargura sobre um buque de aromas perfumados exóticos. Possui uma leve sensação de curaçao e um amargor de raspas de casca de laranja. (Vol. 5% álc.) www.delirium.be

Em 1988, nasce a cerveja Delirium Tremens, que rapidamente conquistou o mundo com seu sabor, rótulo e garrafa com layout diferente. Nos anos seguintes, mais e mais rótulos foram sendo criados e o aumento da produção e ampliação da fábrica foram inevitáveis

Geraardsbergsesteenweg 14 B 9090, Melle, Bélgica Tel. +32 (0) 9252.1501 Importador O ficial: BuenaBeer (www.buenabeer.com.br)

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diva

Utilizando o conhecimento adquirido ao longo do tempo junto a profissionais e amigos em diversos países, unindo experiências de produção de mestres-cervejeiros e home brewers com as tendências entre fornecedores e seus clientes, a On Trade desenvolveu um conceito inovador para uma marca internacional, produzida especialmente para o mercado brasileiro

O consumidor brasileiro, após descobrir o mundo das cervejas especiais e artesanais, está em constante busca por maiores conhecimentos sobre a cultura cervejeira, os diferenciais e as inovações nos produtos que consome. Nesse cenário, a importadora On Trade, uma das pioneiras no segmento no Brasil, aumentou seu escopo de atividade, indo além da importação e distribuição de renomadas marcas internacionais. Utilizando o conhecimento adquirido ao longo do tempo junto a profissionais e amigos em diversos países, unindo experiências de produção de mestres-cervejeiros e homebrewers com as tendências entre fornecedores e seus clientes, a On Trade desenvolveu um conceito inovador para uma marca internacional, produzida especialmente para o mercado brasileiro. Para atingir as metas de qualidade do projeto, foi percorrido todo o processo de mapeamento de estilos, suas origens, os insumos necessários e quais os parceiros se adequariam a essa ambiciosa proposta. Visitados alguns países, foram homologados processos e produtores para que as receitas fossem desenvolvidas exclusivamente para o Brasil, sendo produzidas e engarrafadas no país onde aquele determinado estilo de cerveja nasceu originalmente. A marca é a cerveja Diva, que tem atualmente dois estilos produzidos na Europa e trazidos para o consumidor brasileiro. O 1º rótulo, lançado em 2010, é a Diva Czech Premium Lager, dentro do tradicional estilo Pilsen, original da Republica Tcheca, ainda o estilo de cerveja mais consumido no mundo. A Diva tcheca é produzida na Pivovar Platan, localizada em Protivin, pequena cidade ao sul de Praga, região central da República Tcheca. Com 500 anos de história e tradição contínuas na arte de produzir cervejas, a Platan mantém cuidados centenários em cada passo de sua produção artesanal. Orgulhosamente mantém seu salão original de fermentação com enormes tanques de cobre que foram poupados durante a 2ª Guerra Mundial, sobrevivendo aos exércitos que invadiam as produções para derretê-los e transformá-los em armamentos. O segundo passo foi desenvolver o estilo Blanche Bière ou Wit Bier na Bélgica. Em parceria com a La Binchoiseque, artesanal cervejaria situada na cidade de Binche, próximo a Bruxelas, foi criada a Diva Belgian Craft Ale, uma cerveja de trigo, dentro do estilo belga, com corpo e aroma levemente cítricos, perfeita para o Brasil. Através de seu fundador Jo Van Aert, a Cervejaria dedicou toda a sua experiência para desenvolver a receita aprovada pela importadora, inclusive realizando a técnica de 2ª fermentação na própria garrafa, proporcionando novos elementos sensoriais para a bebida ao longo de sua vida útil. A Diva belga (garrafa com rolha), é uma cerveja elegante, levemente cítrica, devido às sementes de coentro e lascas de casca de laranja adicionados durante o processo de produção. Com 5% de álcool, essa refrescante cerveja de trigo tem coloração turva e apresenta riquíssimo aroma com notas florais e frescas. Seu paladar é equilibrado, vivo e refrescante, com acidez e amargor requintados. Uma excelente harmonização com pratos leves, saladas, frutos do mar, sushi e sashimi. É também acompanhamento perfeito para frutas em calda e sobremesas cítricas. A Diva tcheca é uma bebida para muitos momentos, cerveja do estilo Pilsen, produzida dentro da Lei da Pureza de 1516, apresentando 100% de malte de cevada e sendo todos seus ingredientes 100% naturais. Com 4,7% álcool/vol. e 11% em seu extrato primitivo, cor dourada límpida e bouquet envolvente de malte, levemente floral, a Diva tcheca tem paladar amplo, com muito equilíbrio em seu amargor e na boca oferece intenso sabor. Harmoniza com pães, porções fritas, carnes leves e shimeji grelhado. Em sobremesas com base de chocolate de leve concentração de cacau, é uma harmonização perfeita. Importador: On Trade (www.otd.com.br)

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Du v e l Moortgat

A Duvel tradicional tem cor amarelo claro, é levemente turva e tem espuma branca, possui um sabor adocicado, seco e delicadamente frutado. O teor alcoólico é de 8,5%. A cerveja foi inicialmente nomeada de “Victory Ale”, a Ale da vitória, em homenagem ao final da Primeira Guerra Mundial

Dirigida pela quarta geração da família Moortgat, a cervejaria fundada em 1871 em Breendonk, na Bélgica, foi pioneira na criação das cervejas tipo Belgian Specialty Ale. Atualmente, é responsável por seis diferentes marcas: Duvel Moortgat, De Koninck, Brasserie D’achouffe, Liefmans, Maredsous e Vedett. A Duvel tradicional tem cor amarelo claro, é levemente turva e tem espuma branca, possui um sabor adocicado, seco e delicadamente frutado. O teor alcoólico é de 8,5%. A cerveja foi inicialmente nomeada de “Victory Ale”, a Ale da vitória, em homenagem ao final da Primeira Guerra Mundial. Em sua primeira degustação, feita pelos nobres da cidade, o sapateiro Van De Wouwer disse, ao sentir o seu aroma: “Isso é um verdadeiro diabo!”. Desde 1923, a cerveja é comercializada com o nome “Duvel”, diabo escrito em flamengo. A De Koninck, O Rei escrito em flamengo, foi fundada em 1833, na Antuérpia. É a cervejaria que inventou o copo “bolleke”, modelo usado até hoje por várias cervejarias, que é uma espécie de taça robusta. Na cidade, pedir um “bolleke” é sinônimo de tomar uma tradicional De Koninck (5,2%), bebida âmbar, levemente turva, variedade feita com lúpulo “Saaz-Saaz”. Conta ainda com a De Koninck Triple D’Anvers, que é uma Belgian Triple (8%). A Brasserie D’achouffe foi fundada em 1982 em um pequeno vilarejo belga chamado Achouffe. Seus rótulos são inspirados nas lendas de gnomos que, segundo a cultura local, povoam a região de Ardennes. Fazem parte da marca os rótulos: La Chouffe, que, após a primeira fermentação, é engarrafada e passa por uma segunda fermentação dentro da própria garrafa (8%). Mc Chouffe, que tem como característica a cor marrom. É escura e turva, encorpada, e possui aroma intenso de frutas. É uma Belgian Specialty Ale (8%). E também pela Houblon Chouffe (9%), que é clara e foi inspirada nas cervejas inglesas. Tem grande quantidade de lúpulo. É uma combinação de uma Belgian Triple, intensa, frutada e complexa, com uma India Pale Ale, extremamente amarga. A Liefmans foi fundada em 1679, à beira do rio Schelde, em Oudenaarde. A cervejaria era comandada por Rosa Merckx, a primeira mulher a atuar como mestra-cervejeira na Bélgica. Uma das peculiaridades da marca é o costume de beber uma Liefmans “on the rocks”. Tem como principal rótulo a Liefmans Fruitesse, mas conta com outros, como a elegante Liefmans Cuvée Brut (6%). A Liefmans Fruitesse é fermentada com sucos de morango, framboesa, mirtilo e sabugueiro. Passa 18 meses em baixas temperaturas, maturando em contato com cerejas. Por isso, é considerada uma cerveja refrescante e com acidez agradável (4,2%). A Maredsous foi fundada em 1872, em Denée. Sua produção passou a ser feita em Breendonk a partir de 1960. Seu processo de fermentação único, realizado dentro da própria garrafa, foi desenvolvido por monges belgas da ordem monástica de Abadia. Fazem parte da marca os rótulos: Maredsous Blonde, levemente turva, possui toques frutados e delicado amargor, além de ser levemente maltada (6%). Maredsous Brune, de cor âmbar avermelhada, com aroma de frutas e toques de caramelo e chocolate era feita exclusivamente para o Natal (6%) e Maredsous Triple tem tom âmbar, possui aromas frutados complexos, além de toques de caramelo e amêndoas. Após a primeira fermentação, ela é engarrafada e passa por uma segunda fermentação dentro da própria garrafa (10%). A Vedett Extra White foi lançada em 2008 e está longe de ser uma cerveja tradicional. Ela é leve e extremamente refrescante, clara, fermentada com casca de laranja seca e tem aromas de limão siciliano (4,7%). Tipo: Belgian Witbier. www.duvelmoortgat.be Breendonkdorp, 58 , 2870, Puurs, Bélgica Tel. +32 (0) 3860.9400 Importador: Interfood (www.interfood.com.br)

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Erdinger Weissbräu Fundada em 1886, a Erdinger Weissbräu é uma cervejaria especializada na produção de cervejas de trigo, sendo hoje a maior cervejaria deste segmento, liderando o mercado mundial de Weissbiers. Produzida apenas em Erding, na Alemanha, mas presente nos cinco continentes, sua linha conquista a cada dia novos apreciadores. ​A cerveja continua até hoje sendo refermentada na garrafa ou barril, em um processo similar ao dos champanhes, permanecendo de três a quatro semanas para maturação em adegas climatizadas. Um método de produção complexo e que pouquíssimas cervejarias utilizam. Não pasteurizadas e feitas com no mínimo 50% de malte de trigo, além do malte de cevada, a Erdinger segue a Lei de Pureza de 1516, Reinheitsgebot, sendo uma cerveja 100% natural. Seu processo de alta fermentação resulta em um sabor frutado e a segunda fermentação conduz a um índice mais elevado de gás carbônico. Essa refermentação utiliza leveduras Lager, de baixa fermentação, trazendo à cerveja mais harmonia e equilíbrio. ​ A Erdinger Tradicional é uma Weissbier clara, com 5,3% de álcool. Refrescante, encorpada, aromática e sutilmente frutada, é o ícone entre as cervejas de trigo. Harmoniza com sushis, peixes, frutos do mar, saladas, grelhados, salsichas e pratos apimentados. Já a Erdinger Urweisse é a versão não refermentada da marca e que mantém assim as características de uma típica German Weissbier, com aroma e paladar complexos, rico em notas frutadas, em especial cravo e banana. Clara, com 4,9% de álcool, utiliza a receita original da fundação da Erdinger, em 1886. Uma cerveja perfeita para acompanhar uma caldeirada de frutos do mar, peixes em geral, queijos de cabra ou de casca branca, como Brie e Camembert, além de pratos condimentados, como os da culinária tailandesa. A Erdinger Dunkel​ é uma Dunkelweizen com 5,3% de álcool. Produzida com malte torrado, é uma cerveja naturalmente escura, encorpada, com toques tostados e notas frutadas. Ideal para acompanhar carnes assadas, carne de porco, funghi e pratos agridoces. A Erdinger Pikantus é uma Weizenbock, cerveja de trigo escura e forte, com 7,3% de teor alcoólico. Uma especialidade Bávara, que adquire seu sabor forte e complexo pela utilização de maltes tostados de trigo e cevada, além do longo período de maturação. É ideal para acompanhar carnes de caça, aves, doces e charutos. A Erdinger Sport Alkoholfrei é a versão não alcoólica da marca. É uma cerveja clara, isotônica, ideal para atletas e para todos que buscam qualidade de vida. Refrescante, encorpada e saborosa, possui vitaminas, minerais, importantes aminoácidos e apenas 25 Kcal a cada 100 ml. Há ainda a Erdinger Champ, feita especialmente para se beber direto da garrafa e duas versões sazonais: a Erdinger Oktoberfest, produzida especialmente para as comemorações desse grande festival da cerveja, e a Erdinger Schneeweisse, a versão natalina da marca, sendo todas cervejas de trigo. www.erdinger.de Privatbrauerei Erdinger Weissbräu Werner Brombach GmbH

As cervejas Erdinger continuam até hoje sendo refermentadas na garrafa ou barril, em um processo similar aos champanhes, permanecendo de três a quatro semanas para maturação em adegas climatizadas, método de produção complexo e que pouquíssimas cervejarias utilizam

Franz−Brombach−Str. 1−20 85435 Erding–Alemanha Tel. +49 812.240.9421 Importador oficial: Bier &Wein Importadora (www.bierwein.com.br)

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Gouden Carolus A história dessa bebida remonta ao ano de 1471, na cidade de Mechelen, Bélgica, quando a entidade economicamente independente Beguine já produzia sua cerveja para consumo próprio, numa produção que vinha acontecendo desde 1369, pelo menos. Até hoje a cervejaria Het Anker usa receitas tradicionais e uma variedade de lúpulos e especiarias que dão às cervejas sabor e aroma únicos. Uma das mais antigas e tradicionais cervejarias da Bélgica (1471) preservou a autenticidade de dias distantes: o pátio interior completo com paralelepípedos, um tímpano de pedra cinzenta com a data histórica de 1625 e as três caldeiras de cobre na brewroom feitas logo após a II Guerra Mundial. Na década de 90, a cervejaria passou por uma reforma completa. Charles Leclef, da quinta geração da família, que comprou a cervejaria em 1873, estabeleceu a restauração dos edifícios antigos e modernizou as instalações de refrigeração, fermentação e armazenamento. Em 2010, uma nova unidade de produção e um hotel foram instalados, sendo apresentados novos produtos. Uma destilaria de gim do século XVII foi comprada e instalada no lugar, além de dois alambiques artesanais escoceses montados para destilar uísque Gouden Carolus Single Malt. Assim, Charles Leclef reabre orgulhosamente a sua cervejaria ao público. A Gouden Carolus Tripel é produzida com ingredientes nobres e lúpulos apenas de origem belga. Possui uma cor dourada, sendo refermentada na garrafa. O colarinho é denso e cremoso. O aroma e o sabor são complexos, sendo levemente adocicados no final. Essa doçura vem dos maltes claros e do alto teor de álcool. (Graduação alcoólica: 9%) A Gouden Carolus Classic possui uma cor vermelha rubi, sendo muito saborosa. Seu colarinho é cremoso e denso, de cor bege. Tanto no aroma quanto no paladar percebem-se notas de café, malte torrado e chocolate misturado com baunilha. A sensação, ao degustar, é um pouco aveludada, com uma textura cremosa e densa. Apesar de sua graduação alcoólica ser alta, o álcool não é perceptível, característica de uma boa cerveja. No final, fica um paladar levemente amargo, predominando o café. É refermentada na garrafa. (Graduação alcoólica: 8,5%) A Gouden Carolus Ambrio é uma cerveja de coloração âmbar e de sabor complexo, obtido a partir de uma balanceada combinação dos maltes e lúpulos utilizados em sua fabricação. A Ambrio consegue harmonizar o sabor complexo de uma cerveja escura com o frescor de uma cerveja clara. (Graduação alcoólica: 8%) A Gouden Carolus Hopsinjoor é a bebida mais recente das cervejas da linha Carolus. Em sua fabricação são utilizados quatro tipos de lúpulos: Golding, Spalt, Hallertau e Saaz. É uma cerveja de coloração amarelo ouro, com aroma predominante de lúpulo e um leve amargor em seu sabor. (Graduação alcoólica: 8%) A Lucifer é uma cerveja clara, de coloração dourada, com um colarinho branco. No aroma, toques cítricos e do malte. No sabor, um toque frutado complementa o final seco e amargo dessa cerveja levemente ácida. (Graduação alcoólica: 8%) A Cuvée Van de Keiser Blauw é uma cerveja especial, safrada, com o início da fabricação ocorrendo sempre no dia 24 de fevereiro de cada ano, data do aniversário do imperador Charles V. De coloração vermelho rubi, quase preto, esta cerveja especial é uma adaptação da tradicional Gouden Carolus Classic, com sabores e aromas únicos e uma graduação alcoólica mais elevada. Na década de 90, a cervejaria passou por uma reforma completa. Charles Leclef, a quinta geração da família que comprou a cervejaria em 1873, estabeleceu a restauração dos edifícios antigos e modernizou as instalações de refrigeração, fermentação e armazenamento

Guido Gezellelaan, 49, B−2800 Mechelen, Bélgica info@hetanker.be Importador Oficial: BuenaBeer (www.buenabeer.com.br)

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H ac k er−Ps c horr A história desta cervejaria remonta ao ano de 1417, exatamente 99 anos antes de ser criada a Lei de Pureza alemã. O nome atual da cervejaria remete a duas tradicionais cervejarias de Munique, que nesses 591 anos passaram por algumas junções e separações. A primeira união entre a Hackerbräu e a Pschorrbräu aconteceu por volta de 1800, quando Joseph Pschorr, agricultor de 23 anos, um dos mais conhecidos cervejeiros da Alemanha, casou-se, em Munique, com Maria Theresia Hacker, assumindo a cervejaria Hacker, do sogro. Tendo construído um grande reservatório subterrâneo, conseguiu disponibilizar cerveja fresca também no verão. Em 1820, assumiu também a cervejaria Zum Bauernhansl, fundando a Hacker-Pschorr. Em 1821, a produção da casa já era da ordem de mais de 350 mil hectolitros anuais, ou seja, a cerveja era uma das mais populares da Alemanha. Após a morte de Joseph, seus filhos Georg Pschorr e Matthias Pschorr continuaram com o negócio paterno. Curiosidades: Joseph Pschorr é o único cervejeiro que consta na Galeria da Fama de Munique, representado com seu busto na Bavária. Sua neta Josephine Pschorr (1838–1910), filha de Georg, casou em 1863 com Franz Strauss, casamento do qual nasceu o compositor Richard Strauss. No começo da década de 1940 as cervejarias Hacker e Pschorr haviam se separado. Em 1944, porém, com o bombardeio da sede da Pschorr, durante a Segunda Grande Guerra, as bebidas da casa passaram a ser feitas na Hacker. Assim, as marcas davam mais um passo para se unirem novamente. Após a década de 1970, quando se instalou numa construção dentro do perímetro urbano de Munique, tornou-se uma visita incontornável nos dias de Oktoberfest. Durante essa festa, o lugar se transforma num dos mais animados cantos da cidade. Vale a visita! Atualmente é uma das seis grandes marcas de cervejas artesanais de Munique, e faz parte do grupo Paulaner. As bebidas se enquadram no estilo Keller Bier, rara maneira de criar cervejas, em que não se pasteuriza nem se filtra as bebidas, sendo que a fermentação ocorre em tanques abertos dentro de caves. A Hacker-Pschorr Anno 1417 traz em seu nome o ano da fundação da cervejaria. É uma bebida da categoria “naturtrübes Kellerbier”, em tradução livre, “cerveja de sótão”, pois, antes da invenção da refrigeração, costumava-se armazenar a cerveja em sótãos, em que a temperatura não subia durante o verão. É um produto não filtrado e leva levedura. Não se trata de uma Weissbier porque é produzida com adição de malte de cevada. Grau alcoólico: 5,5%. Esse estilo de bebida apareceu antes da introdução da filtração no século XIX, então ela é naturalmente turva. Durante a maturação, não é mantida sob pressão. É rica em proteínas e minerais, tem cor dourada e boa formação de espuma duradoura. A Hacker-Pschorr Munich Gold é uma cerveja do tipo Lager, de baixa fermentação, sabor autêntico, com destaque para suas características lupuladas. A comercialização causou frisson no final do século XIX, na Alemanha, para fora das fronteiras de Munique. É a cerveja que representa, internacionalmente, o espírito dessa cidade, assim como a tradição cervejeira bávara. Trata-se de uma bebida de aroma harmonioso e equilibrado, de cor laranja dourada, com notas de pão e de especiarias frescas. É feita de acordo com a Lei de Pureza Alemã e apresenta 5,5% do volume de álcool. www.hacker−pschorr.com Hochstrasse 75, D−81541, Munique, Alemanha

No começo da década de 1940, as cervejarias Hacker e Pschorr haviam se separado; em 1944, porém, com o bombardeio da sede da Pschorr, durante a segunda grande guerra, as bebidas da casa passaram a ser feitas na Hacker. Assim, as marcas davam mais um passo para se unirem novamente

Importador: Casa Flora (www.casaflora.com.br)

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Harviestoun Fundada em 1983 e hoje situada em Alva, Escócia, a Harviestoun produz cervejas de maneira exemplar. Se pretende produzir uma cerveja leve, a marca a faz realmente leve. Se a proposta é criar uma bebida escura, o resultado é realmente uma cerveja escura. Não é à toa que um de seus rótulos é chamado de “Óleo de Motor Velho”. Para as criações da casa, são selecionados os melhores maltes, lúpulos e fermentos. A água utilizada é a mais pura possível, vinda de fontes escocesas. O resultado são cervejas aromáticas, engarrafadas com baixos teores de carbonatação para a preservação de seu frescor e sabor natural. Entre suas criações, destaque para a Bitter & Twisted, feita pela primeira vez em 1997. Reza a lenda que a bebida – amarga e retorcida, em tradução livre – ganhou o nome graças à esposa do cervejeiro da Harviestoun. Uma vívida e refrescante cerveja clara, com um leve amargor e final picante e cítrico, que desce muito bem, independente da história do seu nome. O malte Caramelo aparece para dar um tom adocicado, junto com um toque de aveia para encorpar a receita. Aroma e amargor vêm do balanço dos lúpulos Hersbrucker, Celeia, Perle e Bobek. A bebida recebeu duas medalhas de ouro em 2011 no Great Taste Awards, entre tantas outras medalhas, e foi eleita pela revista Beers of the World como a melhor cerveja Ale do mundo, em 2007. Tem graduação alcoólica de 4,2%ABV. A Harviestoun Schiehallion, ousada como a famosa montanha Escocesa da qual herdou o nome, reserva uma grande recompensa para os bravos que tentam conquistar seu topo. A combinação perfeita do malte de cevada com pequenas quantidades de malte de trigo é o segredo dessa cerveja, com um enlace refrescante e elegante formação de colarinho. O duradouro amargor final que remete a grapefruit garante o frescor presente dos lúpulos. Entre os seus diversos prêmios, destaque para as três medalhas de ouro em 2011 no Great Taste Awards. Tem 4,8%ABV. A Old Engine Oil foi criada pelo primeiro Mestre Cervejeiro da Harviestoun, Ken Brooker, que passou parte de sua vida fazendo protótipos para a Ford Motor Company. Essa cerveja escura e densa fazia Ken lembrar o óleo de motores velhos e por isso ele a batizou assim. É macia, preta como ébano, tem muito malte torrado e aveia. O sabor de chocolate é bem balanceado com os lúpulos Galena, East Kent Goldings e Fuggles. Graduação alcoólica de 6%ABV. Linha Ola Dubh, uma colaboração única com a destilaria Highland Park: Ola Dubh (pronuncia-se “ola-doo”, palavra Gaélica para “óleo negro”) foi concebida em 2007. A primeira linha de cervejas do mundo maturada em barris de whisky single malt provenientes de uma destilaria renomada e com rastreabilidade dos barris, além de garrafas numeradas. A Ola Dubh 12 é maturada em barris previamente utilizados em um dos mais respeitados whiskys puro malte do mundo, o Highland Park 12 Year Old, herdando a doçura do toffee e notas de amêndoas torradas que o carvalho em contato com o whisky produz. Queijos fortes, carnes grelhadas e sobremesas à base de chocolate harmonizam perfeitamente. O teor alcoólico é de 8%ABV. Ola Dubh 16 é uma cerveja maturada em barris de Highland Park 16 Year Old. Combina perfeitamente o alto corpo e as notas tostadas da cerveja com expressões distintas de turfa, característica proveniente da malteação da cevada utilizada para o whisky. O teor alcoólico é de 8%ABV. A Ola Dubh 18 é maturada em barris de Highland Park 18 Year Old, single malt favorito de F. Paul Pacult, um dos maiores especialistas em bebidas do mundo e famoso por sua lista anual de melhores destilados, a Spirit Journal World’s Top 120 Spirits. No aroma, há a clara presença de maltes torrados bem como turfa defumada proveniente dos barris de carvalho. Highland Park 18 Year Old também cedeu um prolongado final defumado à cerveja. O teor alcoólico é de 8%ABV. Feita na Escócia, a cervejaria produz bebidas de forma artesanal, tanto as suas cervejas leves, como as mais escuras. Não é à toa que uma de suas bebidas é chamada de “Óleo de Motor Velho”, um clássico conforme amantes da cerveja

Importador: BeerManiacs (www.beermaniacs.com.br) Tel. (41) 3084.9700

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HB Hofbräu München Em 1589, o duque da Baviera, Wilhelm V, andava insatisfeito com as cervejas produzidas em Munique. Decidiu então produzir a sua própria cerveja e para isso recrutou o mestre-cervejeiro do Monastério de Geisenfeld. E foi assim que nasceu a Hofbräu, a cervejaria oficial da Corte Real Bávara. Pouco tempo depois, em 1602, Maximiliam I, o filho do duque, decidiu que a Hofbräu produziria também cervejas de trigo e, numa jogada estratégica, monopolizou o mercado proibindo a produção desse tipo de cerveja por outras cervejarias privadas. Isso significou não somente um aumento de renda considerável para a corte, como também uma grande experiência em cervejas de trigo. O sucesso foi tanto que a produção já não acompanhava a demanda, sendo necessário encontrar um novo local para a cervejaria. Determinou-se então a praça de Munique como seu novo endereço. Devido à nova construção e ao alto investimento, a Hofbräu decidiu, em 1610, disponibilizar a venda de suas cervejas, restrita até então aos membros da corte, para todos os cidadãos. Em 17 de outubro de 1810, o então rei Maximilian I não poupou recursos para o casamento de seu filho Ludwig com a amada Theresa e realizou uma festa aberta para mais de 40.000 convidados. O clímax ficou por conta de uma corrida de 11 quilômetros com cavalos de raça, em um grande prado fora da cidade nomeado como Theresienwiese (Prado de Theresa), em homenagem à noiva. Na ocasião, decretou-se que a festividade se repetiria todos os anos, tornando-se o que hoje conhecemos como Oktoberfest. Nessas festas, não poderia faltar comida, bebida e diversas tavernas receberam permissão para comercializar seus produtos. Dois anos mais tarde, a HB, anfitriã oficial do evento, desenvolveu uma cerveja mais forte e marcante, específica para a ocasião e em homenagem ao rei: a Oktoberfestbier. A cervejaria Hofbräu pertence até hoje ao Estado da Baviera. Sua fábrica, desde 1988 foi transferida para Riem, subúrbio de Munique, e sua antiga instalação no coração de Munique foi transformada no Hofbräuhaus – a maior e mais famosa choperia do mundo, que recebe 1,2 milhão de visitantes por ano e onde são servidos aproximadamente 5 mil litros de chope por dia! A HB Original é uma cerveja clara, de baixa fermentação, do estilo Münchner Helles, com 5,1% de álcool. É refrescante, levemente amarga, picante e traz em si a verdadeira atmosfera de Munique. É ideal para harmonizar com a culinária alemã, peixes, frutos do mar e saladas. A HB Dunkel é uma Münchner Dunkel Lager, com 5,5% de álcool. Foi a primeira cerveja a ser fabricada pela Hofbräu, sendo uma referência mundial desse estilo. É naturalmente escura, refrescante, com notas tostadas remetendo a chocolate e um toque picante do lúpulo. Ideal para acompanhar carnes grelhadas, assadas e embutidos em geral. A HB Münchner Weisse é uma Hefeweissbier (cerveja de trigo), clara, com 5,1% de álcool. É frisante, refrescante, com boa acidez, sabor frutado e condimento. A levedura presente na garrafa deve ser servida junto com a cerveja, garantindo sua turbidez típica. A HB Oktoberfestbier é uma cerveja comemorativa sazonal, clara, com 6% de álcool. Produzida especialmente para o Oktoberfest, é maltada, encorpada e com amargor equilibrado. Uma clássica especialidade da marca, muito harmônica e fácil de beber. www.hofbraeu−muenchen.de

Criada em 1589, pelo Duque da Baviera - Wilhelm V, que estava insatisfeito com as cervejas produzidas em Munique; para isso, recrutou o mestre cervejeiro do Monastério de Geisenfeld, para criar a cervejaria oficial da Corte Real Bávara

Hofbräuhaus Hofbräuallee 1 81829 München − Alemanha Tel. +49 (0) 8992.1050 Importador oficial: Bier & Wein Importadora (www.bierwein.com.br)

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La Trappe – Koningshoeven Trapist Brouwerij

As bebidas são produzidas apenas com ingredientes puros e naturais, como água, malte, lúpulo e levedura. Um segredo que envolve a produção é a dupla fermentação, que ocorre primeiramente nos tanques e depois na própria garrafa

As cervejas La Trappe são elaboradas desde 1884 na cervejaria da Abadia Cisterciense Onze Lieve Vrouw van Koningshoeven, única produtora de cervejas trapistas situada na Holanda. Todo o ambiente de dedicação, calma e reflexão que reina dentro dos muros do mosteiro reflete-se diretamente nesta magnífica linha de cervejas especiais. São cervejas produzidas apenas com ingredientes puros e naturais, como água, malte, lúpulo e levedura. Um segredo que envolve a produção é a dupla fermentação, que ocorre primeiramente nos tanques e depois na própria garrafa. Desta forma, tanto o sabor quanto o aroma das cervejas continuam a evoluir ao longo do tempo. Toda a fabricação é acompanhada de perto por monges, que garantem a autenticidade, a técnica e a qualidade de suas cervejas. Com paciência, paixão, conhecimentos e experiências tradicionais, eles criam cervejas únicas, seguindo receitas seculares, mantidas zelosamente em segredo. Koningshoeven é, dentre os oito monastérios trapistas produtores de cerveja do mundo, o que oferece a maior variedade de estilos. Assim como cada monge tem sua própria identidade, o mesmo se aplica às suas cervejas, que são repletas de personalidade, cada qual com seu exclusivo e distinto sabor. A La Trappe Blond é uma Blond Ale Trapista. Cerveja clara, com 6,5% de álcool, com espuma persistente, paladar frutado, condimentado e suave amargor, sendo excelente para acompanhar peixes, queijos e saladas. A La Trappe Dubbel é uma Dark Ale Trapista (Belgian Dubbel), escura, com 7,0% de álcool. De cor vermelha rubi, é aromática, com notas adocicadas, toques de frutas maduras e malte. Ideal para acompanhar carnes grelhadas, queijos fortes e sobremesas à base de leite ou chocolate. A La Trappe Tripel é uma Golden Strong Ale Trapista (Belgian Tripel), clara e com 8,0% de álcool. Lupulada, de sabor frutado e doce-amargo, é ideal para acompanhar carnes de porco, frango, crustáceos, queijos azuis, tartins de damasco e sobremesas à base de frutas. A La Trappe Quadrupel é uma Strong Dark Ale Trapista, escura, com 10,0% de álcool. Complexa e forte, com notas de especiarias, malte e frutas secas, harmonizam com pratos e queijos fortes, doces e bolos natalinos, além de ser um excelente digestivo. A Quadrupel também é produzida na versão Oak Aged – envelhecida em barris de madeira. Complexa, forte, com notas base da própria Quadrupel e características peculiares, que variam de lote a lote, já que cada produção utiliza um determinado tipo de barril (de vinho, de destilados e tipos variados de madeiras). A La Trappe Witte é uma Witbier Trapista, clara e com 5,5% de álcool. É uma cerveja de trigo, refrescante e aromática, com notas frutadas e cítricas. Tem a acidez ideal para acompanhar peixes, frutos do mar, saladas e pratos leves. A La Trappe Bock é uma Bock Ale Trapista, escura, com 7,0% de álcool. Naturalmente escura, tem bom amargor, envolvente aroma de chocolate e notas tostadas. Ideal para acompanhar carnes robustas, queijos maturados e sobremesas à base de chocolate. Já a La Trappe Isid’or é uma Special Ale Trapista de cor âmbar, com 7,5% de álcool, feita em homenagem ao frade que iniciou a produção da La Trappe – Isidorus Laaber. Uma cerveja adocicada, com toques de caramelo, suave amargor e sabor frutado. Harmoniza com pratos apimentados, mexilhões, culinária thai e sobremesas à base de frutas. www.latrappetrappist.com Koningshoeven Brewery − Eindhovenseweg 3 − Berkel−Enschot 5000 AJ Tilburg − Holanda Tel. +31 (0) 135.358.147 Importador oficial: Bier & Wein Importadora (www.bierwein.com.br)

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Lindemans A cervejaria belga se localiza em Vlezenbeek, pequena cidade no sudoeste de Bruxelas, na região do Vale do Senne, origem das autênticas Lambics e região abundante em leveduras selvagens. As cervejas são produzidas somente nos meses mais frios do ano, de outubro a maio, sendo feitas com um blend de Lambics com envelhecimento de um a dois anos, maturadas em barris de madeira. Seguindo receitas ancestrais, levam 30% de trigo não maltado, 70% de malte de cevada, além de lúpulos secos e envelhecidos, a fim de aproveitar apenas suas características conservadoras e não seu amargor. As versões da Lindemans com frutas utilizam no mínimo 25% de suco natural e concentrado, criando um adorável equilíbrio com a acidez intensa e típica das Lambics. Especializada na produção dessas cervejas de fermentação espontânea desde 1811, a Lindemans ganhou grande notoriedade mundial por sua excepcional qualidade e por seu diversificado portfólio, composto por rótulos como: Lindemans Pecheresse, uma cerveja Fruit Lambic com pêssego e 2,5% de álcool. Instigante, perfumada, leve e muito saborosa, harmoniza com pratos agridoces, carne de porco assada, sobremesas à base de frutas ou baunilha, tortas suaves e massa folhada. A Lindemans Framboise é feita com framboesa, como o próprio nome já diz. Tem 2,5% de álcool e intenso sabor da fruta. É ideal para acompanhar cheesecake, chocolates, foie gras e patês campestres, sendo também muito versátil no preparo de drinks e molhos. A Lindemans Kriek leva cereja, possui uma bela cor avermelhada e 3,5% de álcool. Com notas de cereja, madeira e suave toque de amêndoas, pode acompanhar pato ou carnes silvestres assadas, queijos de cabra ou de casca branca, além de tortas e bolo de chocolate escuro. A Lindemans Apple, com maçãs verdes e vermelhas e 3,5% de álcool, é suave e traz o fresco sabor das maçãs. É uma perfeita companhia para molhos cremosos, sopas, queijos aromáticos, pratos picantes e sobremesas em geral. A Lindemans Cassis, de cor vermelha púrpura e 3,5% de álcool, é feita com essa pequenina fruta vermelha, também conhecida como groselha negra. Refrescante e com sabor complexo e único de cassis, é ideal para acompanhar lombo de porco, carnes de caça, biscoitos, queijos e frutas frescas. Já a Lindemans Faro, com 4,2% de álcool, não leva frutas, mas sim açúcar para equilibrar sua intensa acidez original. Exótica, agridoce, com notas frutadas e de leveduras selvagens, é ideal para ser servida em brunchs, coquetéis ou como aperitivo. Uma curinga para harmonizar com sobremesas à base de frutas e tortas doces suaves. A Lindemans Kriek Cuvée René Grand Cru é uma especialidade a parte. Uma Fruit Lambic com cerejas, 6% de álcool, paladar seco e de acidez mais pronunciada, com notas de cereja, madeira e leveduras selvagens. Tem grande potencial de guarda. É refermentada na garrafa e harmoniza bem com ceviches, crustáceos, pratos agridoces, tortas de chocolate, frutas e sobremesas em geral. www.lindemans.be Brouwerij Lindemans Lenniksebaan 1479 1602 Vlezenbeek − Bélgica Tel. +32 (0) 2569.0390 Importador oficial: Bier & Wein Importadora (www.bierwein.com.br)

Seguindo receitas ancestrais, levam 30% de trigo não maltado, 70% de malte de cevada, além de lúpulos secos e envelhecidos, a fim de aproveitar apenas suas características conservadoras e não seu amargor cervejAria

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Paulaner

Sua história remonta ao século XVII, quando Maximiliano I chamou monges paulinos de St. Paola, Itália, para o mosteiro de Neudeckob der Au. Durante o jejum restrito, eles se alimentavam com a bebida. A história ainda diz que, em 1837, a cerveja criada no mosteiro é elevada a artigo de luxo, pelo rei Ludwig I

Criada em 1634, a cervejaria alemã Paulaner utiliza os melhores ingredientes e a tecnologia mais avançada para criar seus produtos, que apresentam a garantia da Lei de Pureza. Trata-se da cervejaria líder do mercado alemão, a patrocinadora oficial do time de futebol Bayern de Munique e uma das patrocinadoras da Oktoberfest. A história da cerveja remonta ao século XVII, quando Maximiliano I chamou dez monges paulinos de St. Paola, na Itália, para o mosteiro de Neudeckob der Au. Durante o jejum restrito, os monges se alimentavam com esta cerveja. Diziam que assim não quebravam o jejum, pois estavam se alimentando de pão líquido. Em 1806, Brewer Franz Xaver Zacherl adquire a cervejaria e em 1813 cria uma das bebidas mais bem-sucedidas da Alemanha. Em 1837, o rei Ludwig I decreta que Paulaner é um artigo de luxo. No mercado local da Alemanha, a marca é líder no estilo Weissbier (cerveja de trigo) e no Oktoberfest Bier. Em exportação, a Paulaner é principal cervejaria exportadora. Entre as bebidas da casa, estão: Hefe-Weissbier Naturtrüb, cerveja de trigo consumida preferencialmente no verão ou em climas quentes. A levedura especial em alta fermentação confere a esta bebida um inconfundível aroma, é consumida por jovens e esportistas devido à presença de vitaminas e sais minerais, e ao seu efeito isotônico, pois, ela não é filtrada e contém leveduras naturais. Sua baixa acidez e aroma frutado fazem dela a preferida do público feminino. Tem 5,5% de álcool. Hefe-Weissbier Dunkel, que tem maior porcentagem de malte de trigo tostado. O malte escuro confere à cerveja uma bonita cor castanha e um aroma refrescante e intenso. A bebida escura não é filtrada antes do envasamento, de maneira que as leveduras utilizadas em sua fermentação estão contidas na garrafa. Essas leveduras conferem um sabor especial à cerveja e são fontes naturais de vitaminas e sais minerais. Tem 5,3% de álcool. A Original Münchner Hell tem refinado aroma de lúpulo, sabor natural e equilibrado. Ocupa um dos primeiros lugares na escala de popularidade. Sua introdução no mercado foi sensação no final do século XIX. É a cerveja que encarna internacionalmente a cidade de Munique e a tradição cervejeira bávara, sendo a número um da Paulaner em termos de exportação. É puro malte, totalmente natural, de fermentação baixa. Tem 4,9% de álcool. Comercializada também na versão em lata. Paulaner Hefe Weissbier Alkoholfrei, sem álcool, produto que manteve o sabor natural de uma cerveja típica de trigo. Através da tampa vermelha é fácil identificar a cerveja de trigo sem álcool. É isotônica, contém eletrólitos, nutrientes e minerais e açúcar de baixa caloria, é um produto puramente natural. A Paulaner Salvator faz parte da família Doppel-bock. Cerveja forte, com aroma de malte, distingue-se facilmente por sua coloração escura, seu sabor é a simbiose perfeita de lúpulo e malte. É particularmente rica e alimentícia. Foi a primeira cerveja da Paulaner, fabricada pelos monges para consumo durante o jejum da Quaresma como “pão líquido”. Hoje, todas as bebidas desse tipo possuem a terminação “-ator” em sua denominação. Trata-se de uma bebida escura, forte, puro malte, de baixa fermentação, fabricada com leveduras das instalações da marca, é cevada e usa lúpulo de Hallertau. Possui 7,5% de álcool. Weissbier Kristallklar é uma cerveja German Wheat & Rye Bier. Tem teor alcoólico de 5,2%. É a terceira cerveja de trigo da Paulaner, junto com a Naturtrüb e a Dunkel. Tem esse nome porque passa por uma cuidadosa filtragem que preserva o sabor das leveduras e do malte de trigo e proporciona a mesma aparência cristalina das cervejas de cevada. www.paulaner.com Hochstrasse 75, D−­­81541, Munique, Alemanha Importador: Casa Flora (www.casaflora.com.br)

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Shepherd Neame Shepherd Neame é uma cervejaria familiar sediada em Faversham, Kent, na Inglaterra, desde 1698. Diz a história que foi criada por monges locais e mestres-cervejeiros, numa parceria que faria história no mundo das bebidas artesanais europeias. Hoje, a marca tem em seu portfólio uma gama de bebidas premiadas, fabricadas com os melhores ingredientes disponíveis no mundo, a começar pela água pura da região. Dessa forma, a Shepherd Neame passou a ser um paradigma de qualidade, com orgulho de se apresentar como uma cervejaria regional que fez fama em pubs do sudeste da Inglaterra antes de ganhar o mundo. Entre as bebidas criadas pela casa, destaques para: A 1698 Special Strong Ale é uma cerveja que tem indicação de origem protegida (Kentish Ale). Os três tipos de lúpulo utilizados em sua composição conferem notas de alcaçuz, massala, caramelo e laranja. Seu final é refrescado por sabor de frutas vermelhas. É perfeita quando servida com queijos defumados e charcutaria. A 1698 recebeu medalha de ouro do British Bottler´s Institute, de prata no Taste of Britain Awards, e foi incluída nas 50 melhores cervejas do mundo no International Beer Challenge, entre tantos outros prêmios ao redor do planeta. (6,5% de álcool) A Bishops Finger Strong Ale também é uma cerveja histórica, premiada em diversos concursos e reconhecida por sua origem única e especial. É produzida pelo mestre-cervejeiro local com ingredientes 100% naturais, assim como as primeiras cervejas produzidas na região, sem quaisquer aditivos ou conservantes. O malte Crystal e o lúpulo provêm de Kent, a água provém do poço artesiano da Shepherd Neame. Tem cor rubi e sabor complexo de ameixas frescas e secas, apricot com notas picantes de canela e laranja no final. (5,4%de álcool) A Master Brew Kentish Ale é uma cerveja delicada e com extrema drinkability. Essa Ale possui o aroma herbáceo do lúpulo sobre o toque permanente de biscoito conferido pelos maltes Pale e Crystal. Tem cor âmbar e aroma de bala toffee e sabor harmonioso. (4,0%de álcool) A Spitfire Premium Kentish Ale é a mais clássica e tradicional Ale inglesa, medalha de ouro em 2009 no Monde Selection. Uma infusão de três lúpulos de Kent conferem o amargor balanceado e aroma floral desta Bitter inglesa de cor vermelho sangue. Notas de geleia de uvas e pimenta do reino saltam de uma cama aveludada de maltes caramelados. Seu final frutado decai aos poucos com lembranças de especiarias e framboesa silvestre. (4,5%de álcool) A Whitstable Bay Organic Ale faz um excelente par com pratos leves, como saladas e frutos do mar. Dourada como o pôr do sol, combina notas de lúpulo fresco com a cremosa consistência dos maltes Pale e Crystal. Plenamente certificada pela Soil Association, é uma Dark Blonde que mescla o aroma cítrico do lúpulo orgânico com toques de pão provenientes dos maltes orgânicos tipo Pale e Crystal. Carrega um toque de fruta madura e tem um final refrescante e agradável. Possui 4,5% de álcool. www.shepherdneame.co.uk The Faversham Brewery, 17 Court St Faversham ME13 7AX, Reino Unido Tel. +44 179.553.2206 Importador: Uniland Export (www.uniland.com.br)

Trata-se de uma cervejaria familiar, sediada em Faversham, Kent, na Inglaterra, desde 1698. Diz a história que foi criada por monges locais e mestres cervejeiros, numa parceria que faria história no mundo das bebidas artesanais europeias cervejAria

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St. Bernardus Criada numa aldeia de belas paisagens do vilarejo de dois mil habitantes chamado Watou – no Flandres Ocidental da Bélgica –, essa cervejaria tem sua história ligada a dois mosteiros trapistas, um dos quais deu o nome da empresa. O lugar girava em torno da Refuge Notre Dame de St. Bernard, comunidade de monges – Catsberg Abbey Community – que deixou o norte da França no final do século XIX devido ao anticlericalismo do país. Nesse lugar, passaram a fabricar um queijo que se tornou famoso e a produzir uma cerveja chamada Westvleteren, sob encomenda do Mosteiro de St. Sixtus. O mestre-cervejeiro da St. Sixtus, Mathieu Szafranski, de origem polonesa, tornou-se parceiro da St. Bernardus, levando suas próprias receitas, o know-how e a cepa de levedura da cerveja que foi produzida por 46 anos em Watou até 1992. Durante mais de 45 anos, a bebida foi fabricada e comercializada enquanto os monges continuavam a preparar para si próprios. Em 1992, a licença chegou ao fim e, desde então, a marca prepara as mesmas cervejas com as mesmas receitas tradicionais da casa. Ao fim do contrato, os monges de Westvleteren decidiram manter a produção da bebida, enquanto os monges da St. Bernardus também continuaram a produzi-la, agora sob nome próprio. A St. Bernardus Wit é uma Witbier desenvolvida com a ajuda do mestre-Cervejeiro Pierre Celis (Hoegaarden). Sua segunda fermentação ocorre na própria garrafa, dando à cerveja seu sabor específico. Muito refrescante e saborosa, apresenta-se com coloração turva devido ao trigo, mas transparente. O colarinho é branco e denso. No aroma, há trigo, um pouco de maçã. Acidez, notas de ervas picantes com coentro e alaranjado marcam a Wit. (5,5% vol.) A Bernardus Pater 6 é mais conhecida como Paterke e se tornou referência no mundo cervejeiro, possuindo cor acastanhada devido ao grau mais elevado de secagem dos maltes nobres. É uma Dubbel clássica com sabor puro. (6,7% vol.) A St. Bernardus Prior 8 possui uma cor avermelhada, tem uma bela espuma que cria, no sabor, um balanço perfeito entre o doce e o amargo. (8% vol.) A St. Bernardus Tripel possui um sabor levemente frutado e floreado, formando o balanço harmonioso entre o doce e o amargo, além de uma grossa e vívida espuma que possui um delicado amargor, com coloração Pale Ale. Em 2006 ela levou a medalha de ouro no World Beer Championships. (8% vol.) A St. Bernardus Abt 12 possui qualidade absoluta e superior na hierarquia da cervejaria. É também a cerveja com o maior teor de álcool, tem cor marfim escuro e é de alta fermentação. A Abt 12 tem um sabor muito frutado e é vista como uma das melhores cervejas do mundo. É muito equilibrada, com um sabor encorpado e perfeito equilíbrio entre malte, amargo e doce. Uma das receitas originais desde os dias de licença de cerveja para os monges trapistas Westvleteren. (10,5% vol.) www.sintbernardus.be Trappistenweg, 23, 8978, Watou, BTW, Bélgica Tel. +32 5738.8021 Importador O ficial: BuenaBeer (www.buenabeer.com.br)

Originada de um povoado de lindas paisagens do vilarejo de dois mil habitantes chamado Watou – no Flandres Ocidental da Bélgica –, essa cervejaria tem sua história ligada a dois mosteiros trapistas, um dos quais deu o nome da empresa cervejAria

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Stift Engelszell O Monastério Stift Engelszell foi o oitavo do mundo a receber o selo de “Autêntico Produto Trapista” para produção de suas cervejas artesanais, todas elas de qualidade inquestionável. As abençoadas e afamadas cervejas dos monges Trapistas, cuja produção era restrita até 2011 a sete monastérios, seis na Bélgica e um na Holanda, passam então a ser produzidas também pelo Stift Engelszell, na Áustria. O monastério é membro da Associação Internacional Trapista (ITA) e em 2009 conquistou o selo de Autenticidade Trapista para sua linha de licores. Em 2012, após inúmeros controles da associação, ganhou a concessão do selo também para suas cervejas. Além das bebidas, é preciso dizer, eles ainda são famosos pela produção dos deliciosos queijos Engelszeller. Fundado em 1293, o Mosteiro Cisterciense criado por Bernhard de Prambach – o bispo de Passau – foi dissolvido em 1786, durante um período de agitação social e política radical na Europa, sendo reestabelecido em 1925, após a I Guerra Mundial, por monges refugiados e expulsos da abadia de Oelenberg, Alsácia, na França. Em 1930, o local foi elevado a Abadia sob a Ordem Cisterciense da Estrita Observância “Cisterciensis Ordo Strictioris Observantiae” (OCSO). Engelszell está situado na Alta Áustria, ao lado do Danúbio, o belíssimo rio que esculpe as colinas rochosas da pacata região de beleza exuberante. Nesse ambiente de paz e contemplação, os monges produzem duas versões especiais de cervejas. A Gregorius, primeira a ser lançada, é uma cerveja Strong Dark Ale Trapista. Forte, escura, de alta fermentação, com 9,7% de teor alcoólico. A bebida possui receita exclusiva e secreta. Sabe-se que leva mel orgânico da região, bem como levedura de vinho da Alsácia. O resultado é uma cerveja licorosa, potente, com notas de mel, tostado e chocolate, ideal para acompanhar sobremesas ou finalizar refeições. Seu nome homenageia o abade Gregorius Eisvogel, responsável por guiar os monges refugiados da Alsácia para a Abadia Mariawald e Banz, ambas na Alemanha, até chegarem ao seu destino final – Stift Engelszell, na Áustria – onde ficou no comando por mais de 25 anos. Já a Benno é uma cerveja Strong Golden Ale Trapista. Forte, clara, de alta fermentação e 6,9% de teor alcoólico. A Benno refere-se ao abade Benno Stumpf, que chegou à Engelszell após ser expulso da Abadia Mariastern, durante a II Guerra Mundial. Sob sua liderança, a edificação e igreja do monastério, construídos em meados do século XVIII em estilo rococó, foram restaurados. A torre tem 76 metros de altura. Trata-se de uma das igrejas trapistas mais famosas da Áustria, que guarda valiosas obras de arte de Johann Georg Üblher, Joseph Deutschmann e Bartolomeo Altomonte. Esse cartão postal teve o teto de sua nave restaurado em 1957 pelo artista Fritz Fröhlich. www.stift−engelszell.at EngelszellerMosterbräu Stiftstrasse 6 A − 4090 Engelhartszellan der Donau, Áustria Tel. +43 (0) 7717.8010 Importador oficial: Bier & Wein Importadora (www.bierwein.com.br)

O monastério em que a bebida é produzida é membro da Associação Internacional Trapista (ITA) e, em 2009, conquistou o selo de Autenticidade Trapista para sua linha de licores cervejAria

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Weihenstephan

É a cervejaria mais antiga do mundo, uma referência mundial quando se pensa na bebida. No início sua produção era destinada ao consumo local dos monges, que faziam plantio de lúpulo, desde 768. Somente em 1040, no entanto, o Abade Arnold recebeu a licença oficial para comercialização de cerveja

Criada no mosteiro fundado na cidade de Freising, na Alemanha, Weihenstephan é a cervejaria mais antiga do mundo. Uma referência mundial quando se pensa na bebida. No início, sua produção era destinada ao consumo local dos monges, que faziam plantio de lúpulo desde 768. Somente em 1040, no entanto, o abade Arnold recebeu a licença oficial para comercialização de cerveja. Essa licença é o documento que comprova até hoje ser a Weihenstephan a cervejaria mais antiga do mundo ainda em funcionamento. Desde 1040, o mosteiro construído no topo da colina Weihenstephan sobreviveu a inúmeros ataques e incêndios, sendo reconstruído incansavelmente pelos monges. Em 1803, a cervejaria foi apropriada pelo Estado da Baviera. A partir da segunda metade do século XIX, foi cercada por escolas técnicas de agricultura, transformando-se na Universidade de Agricultura e Cervejaria em 1919. Em 1921, passou a se chamar Cervejaria Weihenstephan Estatal da Baviera, e desde então é reconhecida como o principal centro de formação cervejeira do mundo, com quase mil anos de tradição, sendo controlada até os dias de hoje pelo Ministério da Cultura e da Ciência. Atualmente, junto ao local onde funciona a cervejaria, encontra-se um dos mais importantes e conceituados centros de pesquisa da cerveja: a Universidade Tecnológica de Munique, que possui o maior banco genético de leveduras do mundo e abastece muitas cervejarias localizadas em diferentes pontos do planeta. As cervejas Weihenstephaner são as únicas com Denominação de Origem Controlada (DOC) na região: “Premium Bavaricum”. Entre os rótulos mais conhecidos estão: A Hefeweissbier, cerveja criada a partir do trigo, não filtrada. Possui 12,7% de extrato primitivo e teor alcoólico de 5,4 %. Nada refresca mais do que esta turva e natural cerveja de trigo com fragrância e paladar de leveduras especiais. Acompanha pratos leves, tais como a especialidade bávara “Weisswurst”.​ A Weihenstephaner Hefeweissbier é considerada a primeira cerveja criada no mundo. A Weizenbock Vitus é uma cerveja bock de trigo, com alta fermentação e também não filtrada. Seu extrato primitivo é de 16,5 % e seu teor alcoólico, de 7,7 %. Elaborada com maltes de trigo e cevada, tem maturação extra nas adegas do monastério, mais um dos motivos que faz desta Weizenbock uma cerveja especial, com corpo e equilíbrio. Uma excelente opção para amantes de cerveja. A Hefeweissbier Dunkel tem extrato primitivo de 12,7 % e teor alcoólico de 5,3 %. É uma bebida macia, maltada e suave. O paladar equilibrado é a grande virtude dessa cerveja escura de trigo. A Original Bayrisch Mild é uma lager de baixa fermentação. Produzida com 100% de malte de cevada, tem extrato primitivo de 11,6 % e teor alcoólico de 5,1 %. Com aroma floral de lúpulo fresco, tem suave amargor e refresca o paladar. Especialmente nos últimos anos, as cervejas da marca ganharam inúmeros prêmios. Em 2005, a Hefeweissbier e a Pilsner ganharam ouro no AIBA, na Austrália. Nesse mesmo ano, na Inglaterra, no IBC., a Hefeweissbier recebeu outra medalha de ouro. Nos Estados Unidos, no Great International Beer Competition, a Hefeweissbier foi a melhor cerveja classificada em 1º lugar no ranking na categoria cervejas de trigo. Em 2004, no AIBA, a medalha de ouro foi para a Kristallweissbier. Em 2003, nesse mesmo concurso, levaram ouro a Hefeweissbier e a Kristallweissbier. No IBC, o ouro foi para a Kristallweissbier. No Aperitif’ Beer Tasting, da Noruega, também em 2005, a Hefeweissbier foi classificada como a melhor cerveja de trigo, com cinco estrelas. Em 2002, o jornal americano The New York Times selecionou a Hefeweissbier como a melhor na categoria bebidas de trigo. As premiações mais surpreendentes, porém, são da Weizenbock Vitus. Rótulo mais recente da cervejaria, lançado em 2008, a Vitus ganhou, desde então, três títulos de melhor cerveja de trigo do mundo no concurso World Beer Awards da Alemanha: em 2012, foi considerada a melhor cerveja forte de trigo da Europa, a melhor cerveja forte de trigo do mundo e ainda a melhor cerveja do mundo. www.weihenstephaner.de Alte Akademie, 2, 85354, Freising, Alemanha Tel. 081.611.5360 Importador: On Trade (www.otd.com.br)

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We lls &Young’s Hoje, a Wells & Young’s é a maior cervejaria familiar artesanal do Reino Unido. Foi fundada em 1875 por Charles Wells, inicialmente como Wells Brewery, no momento em que retornou à Bedford, depois de vinte anos na Marinha Mercante Inglesa. Segundo filho de George Wells, o dono de uma loja de móveis na High Street, Charles estava noivo de uma garota chamada Josephine Grimbley. O patriarca disse ao filho que, se ele se casasse com a senhorita, não deveria sair mais em viagens marítimas. Foi assim que Charles se estabeleceu no local, comprando uma cervejaria e 32 bares em um leilão. Cheio de raça, ele remodelou a cervejaria com afinco e presteza. No primeiro ano de funcionamento, lucrou £ 829. Nos primeiros quatro anos, Charles havia aumentado o número de barris de moer de 3.229 para 5.632. Em 1880, tinha comprado seis outros bares. A cervejaria continuou a expandir-se rapidamente. Em 1890, Wells tinha 80 pubs e produzia 12.552 barris de cerveja por ano. No início de 1900, o lucro alcançou £ 15,000. Seus muitos filhos continuaram a saga da marca. Cada nova geração tratou de investir em novos sabores e equipamentos, além de comprar outras cervejarias em cidades como St. Neots, Pagnall Newport e Northampton, criando novas possibilidades para a cerveja chamada, até então, de Wells. A Wells & Young’s é hoje um ícone entre cervejarias no Reino Unido, tanto no que se refere à excelência de produtos quanto no crescimento empresarial sustentável, combinando a isso os valores familiares tradicionais com inovação e desenvolvimento. Seu portfólio traz diversos rótulos, entre eles alguns dos mais queridos dos britânicos, como a Wells Bombardier, a cerveja mais famosa da casa, criada em 1980, com teor de álcool de 5,2%. Trata-se de uma bitter frutada, feita com água cristalina de um poço aberto pelo próprio Charles Wells em Bedford. A bebida foi pensada para celebrar um prêmio real concedido à empresa devido ao sucesso das exportações da marca. Além da água de boa qualidade, a cerveja é totalmente feita de forma artesanal. O lúpulo é escolhido manualmente, sendo escolhidos somente os mais maduros, e ela tem mais malte do que outras produzidas pela Wells & Young’s. O malte costuma ser esmagado, em vez de moído, e a fermentação é de no mínimo uma semana. O resultado é uma cerveja amarga e plena na boca, de bela coloração avermelhada. É a Cerveja Oficial da Tradição Inglesa. A Young’s Special London Ale é outro destaque. Foi lançada em 1998 e tem teor alcoólico de 6,4%. Inicialmente era feita em Wandsworth, na Inglaterra, até 2006, quando fechou as portas, depois de mais de 400 anos produzindo boas cervejas. Depois disso, a Young’s teve sua produção ligada à cervejaria de Charles Wells, fundando a Wells & Young’s. Essa bebida dourada, com laranja no aroma e sabor cítrico, tem amargor equilibrado. Após a primeira fermentação, antes de ser envasada, ela descansa sob uma camada de lúpulos Target e Golding. As cervejas saborizadas da marca também agradam ao público, principalmente aos mais jovens. Entre elas, destaque para a Banana Bread Beer, que leva bananas maceradas. Tem sabor sedoso e fortes notas dessa fruta no aroma. A Young’s Double Chocolate Stout é uma das mais famosas saborizadas. Tem sabor aromático, por levar chocolate amargo na composição. É sucesso na Disneyland, nos Estados Unidos. A marca conta ainda com os rótulos Waggle Dance e a lendária escocesa Mc Ewans. www.wellsandyoungs.co.uk The Brewery, Havelock Street, Bedford, MK40 4LU, Reino Unido

A Wells &Young’s é hoje um ícone entre cervejarias no Reino Unido, tanto no que se refere à excelência de produtos, quanto no crescimento empresarial sustentável, combinando a isso os valores familiares tradicionais com inovação e desenvolvimento

Tel. 0123.4272.766 Importador: Interfood (www.interfood.com.br)

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Foto de divulgação

Com traços marcantes da colonização alemã, Blumenau é o centro econômico e turístico do Vale do Itajaí

O Su l ce lebr a a cerv eja artesanal Blumenau, conhecida internacionalmente por sediar a maior festa alemã da América Latina, traduz o amor pela bebida em um dos mais conceituados eventos cervejeiros do país 80


Franco Rodrigues

Celebrando a cultura germânica e a cerveja na Oktoberfest

gastronomia, dança e música, trazidas pelos colonizadores há mais de 160 anos. Um século antes da Oktoberfest, Blumenau já possuía nove cervejarias. A Cervejaria Feldmann foi uma das primeiras a começar. Foi fundada em 1898, com produção caseira da Gilberto Viegas

Em outubro, Blumenau (SC) entra em festa. A Oktoberfest, maior festa alemã das Américas, recebe mais de 500 mil pessoas todos os anos para celebrar a cultura germânica. A cerveja, claro, é a bebida oficial dos brindes que acontecem nos dias de folia. Mas, desde que o Festival Brasileiro da Cerveja entrou para o calendário dos grandes eventos cervejeiros do país, março também é mês de voltar às atenções para a cidade. O primeiro evento aconteceu em 2005 e teve a participação das cervejarias do Vale do Itajaí. O projeto foi descontinuado até que, em 2010, os órgãos governamentais e a iniciativa privada se uniram para realizar um evento de abrangência nacional e focado no consumo consciente da bebida. Surgia, então, o Festival Brasileiro da Cerveja como conhecemos hoje. No entanto, a história da bebida se confunde com a própria evolução do município. tradição alemã, cervejas, negócios e reconhecimento

Às margens do Rio Itajaí-Açu, Blumenau é o centro econômico e turístico do Vale do Itajaí, no coração da terra catarinense. A cidade guarda um passado de luta e determinação. Liderados pelo farmacêutico e filosofo Hermann Bruno Otto Blumenau, 17 imigrantes alemães desembarcaram – no dia 2 de setembro de 1850 – na foz do Ribeirão da Velha, afluente da margem direita do Rio Itajaí-Açu, para dar início a colonização do município. Os traços marcantes da colonização alemã revelam-se na arquitetura das casas construídas através da técnica enxaimel, nos jardins, na arte e no artesanato, na gastronomia, na música e nas festas. A Oktoberfest, como falamos, é a maior delas. Em suas 29 edições a Oktoberfest já reuniu mais de 18 milhões de pessoas no Parque Vila Germânica. Isso significa um público superior a 550 mil pessoas, em média, por ano. O sucesso é simples: são 18 dias de festa, um evento cultural que se mantém autêntico, preservando as tradições alemãs na

O som, suor e cerveja... cervejAria

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Mariângela Hoffmann

O Su l ce lebr a a cerv eja artesanal

A Feldmann foi a primeira cervejaria artesanal de Blumenau, fundada pelo alemão Heinrich Feldmann em 1898

aborda desde características básicas de uma boa cerveja e harmonização até critérios técnicos de fermentação ou matérias-primas. Além de grandes nomes nacionais, já estiveram no evento juízes internacionais da bebida como Pete Slosberg e Gordon Strong.

Michel Téo Sin

bebida. Com o passar do tempo e o aumento da procura, aumentou a produção. Segundo os registros históricos, a primeira empresa brasileira a criar uma receita e produzir uma cerveja do tipo Bock. A região do Vale do Itajaí conta hoje com 11 marcas. Com o apoio dos órgãos governamentais locais, a cerveja passou a ser não só um excelente negócio como também um atrativo turístico, com a Rota das Cervejarias. Nela, os turistas podem agendar visitas às fábricas, conhecer o processo de desenvolvimento da bebida na região no Museu da Cerveja e ainda conhecer as belezas culturais da região. O evento

Neste contexto, nada mais justo que Blumenau sediar um dos mais importantes eventos cervejeiros do país e contribuir para a disseminação das cervejas artesanais no Brasil. Com a retomada do Festival Brasileiro da Cerveja, a cidade se propôs a realizar muito mais do que uma feira, onde os consumidores pudessem degustar e conhecer a bebida. Também teve, desde a sua segunda edição, uma programação de palestras que 82

O würst é um dos pratos de resistência da culinária germânica da região, sem esquecer dos kassler, eisbein e gefülle


Odaliz Fotografia Rafael Althoff

Daniel Zimmermann

Daniel Zimmermann

No Parque Vila Germânica acontece o Festival Brasileiro da Cerveja, onde se degusta e cultua a cerveja artesanal do Brasil

As opções gastronômicas do evento também aumentaram com o passar do tempo. Com isso, as possibilidades de harmonizações também aumentaram. O palco recebe diversos artistas para harmonizar um ambiente confortável com a degustação de rótulos da bebida. Consolidação e Concurso Brasileiro da Cerveja

A edição de 2013 do Festival Brasileiro da Cerveja marcou a consolidação do evento. Além de um público de mais de 27 mil pessoas, 500 rótulos e um cardápio com cerca de 40 opções gastronômicas, a ocasião fez com que as mais de 70 cervejarias

trouxessem 20 lançamentos de novos rótulos para Blumenau. Impulsionados pelo crescimento da credibilidade do evento, os organizadores decidiram então realizar a primeira edição do Concurso Brasileiro da Cerveja. Foram convidados 20 juízes (cinco internacionais) que avaliaram durante dois dias mais de 215 rótulos. Destes, 106 receberam as premiações numa cerimônia que antecedeu a abertura oficial do Festival. Rótulos vindos de sete estados brasileiros foram premiados. A expectativa para os próximos anos não poderia ser melhor: fazer do evento um dos mais importantes do mundo no segmento. Com toda a cultura cervejeira que representa a região e com este curto histórico de sucesso, não há como duvidar. cervejAria

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As artesanais brasileiras fecham o círculo virtuoso Entre outras coisas, este início de milênio ficará marcado por uma impressionante concentração industrial no mundo da cerveja em particular, na onda de uma concentração da indústria das bebidas em geral. Grandes players tornaram-se ainda maiores, pequenos foram incorporados, perdendo, quase sempre com isso sua identidade original. Na guerra que se trava nas geladeiras dos bares e das praias do Brasil, todos saímos perdendo. Diversidade de marcas será sempre saudável, principalmente quando esta significa diversidade de sabores, de intensidade, de métodos de produção. Mas a disputa que assistimos resultou na redenção das marcas existentes, que abriram mão de suas receitas para se submeter ao estilo leve e quase congelado das líderes de consumo. O mercado brasileiro não é pouca coisa e ativa o interesse dos investidores, pois ocupa o quarto lugar em consumo e terceiro em produção, com seus quase 14 bilhões de litros por ano, ficando atrás apenas dos gigantes da cerveja Estados Unidos, Alemanha e China. Significa que quem está bem colocado na torta das porcentagens não quer perder pontos percentuais, muito pelo contrário, quer acompanhar o líder imitando seus atributos e defende sua participação com todos os meios líquidos e concretos, da receita O Brasil é o terceiro consumidor mundial do lúpulo, mas cem por cento da planta é importada dos Estados Unidos, Canadá e Alemanha

da bebida aos esforços de marketing e propaganda. Mas não há mesmice que sempre dure e a própria indústria se apressou em enriquecer suas alternativas, lançando cervejas premium, uma atrás da outra. Em parte como reação a esta pasteurização do gosto, em parte porque as novidades tecnológicas facilitaram a confecção de cervejas artesanais, muitos amantes da bebida realizaram o sonho de produzir sua própria cerveja caseira, elegendo um dos 120 estilos consagrados no mundo, aventurandose a aumentar a produção e investir algo em torno dos quinhentos mil reais para comercializar o que produzia. Rapidamente, acompanhando uma tendência que começou nos anos 1970 nos Estados Unidos, as cervejarias artesanais brotaram do nada por vários estados da nossa Nação Continente, produzindo cervejas de qualidade comparáveis às melhores do mundo.

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Hoje em dia, é possível contabilizar mais de 300 cervejarias artesanais, produzindo mais de 20 estilos, a grande maioria delas em Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Algumas reproduzem exatamente fórmulas de fermentação e aroma aprendidas na literatura existente, outras criam novos temperos e inovam com a introdução de ingredientes autóctones como a castanha do Pará, açaí, priprioca, cajá e café, entre outros tantos sabores, abraçando a mescla tecnológica de manter o tradicional sem deixar de inovar e adaptar, segredo insuperável do marketing de autor. É o que acontece, num

Tonéis de cobre da Amazon Beer, que cria bebidas inspiradas na exuberância da Amazônia

exemplo clássico, com a culinária brasileira moderna que tem o padrão europeu de procedimentos, sistematizado pela cozinha clássica francesa e italiana, mas que não pára de criar a partir dos ingredientes que vai encontrando no caminho. Por menos que signifique no conjunto da produção das cervejas em geral, não conseguindo volume suficiente para começar a assustar as industriais, o fato é que se expande, ganha adeptos, movimenta-se sem parar. Em Nova Lima, Minas Gerais, a Uaiktoberfest brinca com a tradicional Oktoberfest de Blumenau e é voltada exclusivamente às cervejas artesanais, enquanto que a de Sta. Catarina mistura indústria com artesania. Niterói também não perdeu o bonde e tem a sua feira Delibeer em julho, com mais de 150 cervejas para serem apreciadas. Em Juiz de Fora, já se consolidou uma nova atividade turística, o Circuito das Cervejarias Artesanais da cidade, reunindo sete micro-produtores. Em Curitiba, São Paulo e outras capitais, feiras e bares especializados se multiplicam sem parar, popularizando estas cervejas alternativas, introduzindo nomes e marcas que antes eram barrados pelo monopólio exercido pelas grandes cervejarias. Finalmente, enquanto as grandes indústrias concentram o paladar e o capital, as artesanais usam a produção guerrilheira para atacar vindas de todos os pontos cardeais, disparando com os sabores mais diferenciados, para diversificar e rivalizar com aromas que antes só era permitido a quem consumia produtos importados, que, aliás, na maioria das vezes, sequer vinham para o Brasil. cervejAria

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Abadessa

A cervejaria foi fundada em 2005 pelo mestre-cervejeiro Herbert Schumacher. Foi aceita como membro da prestigiosa organização Gesellschaft für Geschichte Des Brauwesens, Sociedade para a História e Cultura Cervejeira em Berlim, Alemanha, sendo a primeira marca nacional a fazer parte dessa organização

Esta cervejaria artesanal localiza-se em Pareci Novo (RS). Foi fundada em 2005 por Herbert Schumacher, mestre-cervejeiro, em cooperação com investidores bávaros, juntamente com Günther Warter, e os irmãos Rosenbach. A marca deve o seu nome a uma homenagem feita à pessoa que descobriu a utilização do lúpulo como conservante natural da cerveja, em 1153, a abadessa Hildegarda de Bingen. A Cervejaria Abadessa foi aceita como membro da prestigiosa organização Gesellschaft für Geschichte Des Brauwesens e.V. (GGB), Sociedade para a História e Cultura Cervejeira em Berlim, Alemanha, sendo a primeira marca nacional a fazer parte dessa organização. A Sociedade para a História e Cultura Cervejeira é uma organização fundada em 1913, em Berlim. Seus membros são companhias cervejeiras, de malteação e indústrias de suprimento, assim como pessoas individuais de toda a Europa. A GGB ajuda a formar intercâmbios de informações entre história da tecnologia e estudos sociais e história econômica, entre biologia e antropologia e entre ciência e artesanato, padronizando estudos da história da cerveja e publicando relatórios de pesquisa. Entre as cervejas produzidas pela Abadessa, destaques para: Slava Pils, do estilo German Pilsen, com 4,1% de álcool. É uma Lager, tipo Pilsen clássica, de baixa fermentação, não filtrada, de cor amarela clara. No aroma, rica em notas florais e frutadas, de intenso frescor e elegância. Ao desgustar tem uma cerveja leve e delicada com lupulagem generosa que remete a notas cítricas persistente em um final longo. Abadessa Helles, do estilo Münchner Helles, tem 4,6% de álcool. É uma cerveja Lager, clara, típica da Baviera. Tem baixa fermentação, natural, não filtrada, de cor dourada, acentuada no aroma do malte de cevada. No paladar é surpreendentemente harmônica com discreto amargor, onde os sabores do malte emergem de modo progressivo, mantendo um final leve e equilibrado. Abadessa Export, do estilo Dortmunder Export, possui 5% de álcool. Trata-se de uma Lager de baixa fermentação, não filtrada e não pasteurizada, de cor avermelhada, imponente aroma do malte de cevada com notas de caramelo, suave nuances de mel, e delicado sabor de lúpulo. Impressiona pela sua balanceada combinação entre os três tipos de maltes utilizados. De final curto e seco. Uma cerveja de caráter, verdadeiramente bem construída. Dunkles Nektar, do estilo Münchner Dunkel, possui 4,6% de álcool. Trata-se de uma cerveja Lager, típica da Baviera, de baixa fermentação, inteiramente natural, não filtrada, coloração castanho escuro, possui aroma com notas de café tostado em harmonia com um baixo amargor de lúpulo. Uma cerveja leve e de fácil consumo. Emigrator Doppelbock, que contém em sua formulação 7,2% de volume alcoólico. Cerveja de cor preta, espuma rica, fina e persistente, complexa no sabor dos maltes torrados e caramelo, com notas de café e chocolate amargo, encorpada e com baixo amargor. Sua maturaçao de mais de 1500 horas lhe confere um equilíbrio e aprimorado paladar. Hildegard von Bingen Weizenbier é uma Ale de trigo, tipo hefeweizen, que obedece a Reinheitsgebot (lei alemã de pureza de 1516). Tem 4,7% de álcool, espuma generosa e persistente. Seus sabores de malte de cevada e trigo são inconfundíveis, apresentando também uma alta sensação frisante, baixo amargor e delicadas nuances de cravo e banana provenientes das leveduras, que são perceptíveis em um final seco. Schumacher Alt, cerveja Ale, tipo Alt-Düsseldorf, mais uma bebida desenvolvida pelo mestre-cervejeiro alemão Benjamin Schultze. Tem cor marrom claro, espuma fina e consistente, é uma bebida com delicado aroma de trigo e sabor levemente frutado. Tem 4,7% de álcool. Frankonia Rauchbier, Lager, de estilo Märzen-Rauchbier, com 6% de álcool, cerveja típica de Bamberg, capital da Francônia. Tem sabor de maltes defumados, doçura do malte tostado com amargor leve e ótima drinkability. www.abade.com.br Avenida José Gertum, 470, Porto Alegre (RS) Tel. (51) 3026.6789

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Amazon beer Fundada em 2000, a cervejaria inovou ao criar bebidas inspiradas na exuberância e riqueza de possibilidades da Amazônia, algo sem similares no mercado. Os produtos da casa se diferenciam pela forma artesanal em que são feitos e pelos sabores e aromas originais, que vêm conquistando a crítica especializada e o público. Primeiramente, lançou duas cervejas, a Forest e a River, ou seja, uma Pilsen leve e outra encorpada e mais forte (5% de teor alcoólico), ambas criadas pelo mestre-cervejeiro Reynaldo Fogagnolli, ex-mestre-cervejeiro da Cervejaria Continental em São Paulo, hoje extinta. Cada etapa de produção é acompanhada de perto por profissionais, que selecionam as melhores matérias-primas da região para criar produtos sem qualquer aditivo químico. Hoje, a cervejaria é considerada um patrimônio do universo cervejeiro paraense, por usar frutos originais da floresta. É também uma unanimidade em termos de cultura cervejeira na região, que vem derrubando fronteiras, para conquistar o Brasil e o mundo. A Amazon Beer possui um bar na Estação das Docas, em Belém, um complexo de lazer que se destaca entre os cartões-postais da cidade paraense. Lá, diante dos clientes, são produzidos diversos estilos de cervejas em imponentes tonéis de cobre. Entre as bebidas da casa, destaque para: Amazon IPA Cumaru, uma cerveja India Pale Ale, com 5,7% de álcool. A bebida é maturada com sementes de cumaru, também conhecida como baunilha da Amazônia. É uma bebida extremamente lupulada, balanceada com maltes nobres. Amazon Beer Red Ale Priprioca, que tem 6% de álcool. É uma bebida feita nos moldes da tradição britânica, mas sem abrir mão dos sabores e aromas do Norte. Maturada com priprioca, raiz típica da região, tem aroma amadeirado, com notas herbais e frutadas, com maltes e lúpulos em perfeito equilíbrio. A Amazon Beer Stout Açaí tem 7.2% de álcool. Trata-se de uma bebida de estilo Dry Stout. Traz aroma e sabor de café, chocolate e malte torrado. É fortificada pela energia do açaí, o mais emblemático fruto da região amazônica. A Amazon Beer Witbier Taperebá tem 4.7% de álcool. É uma bebida aromatizada com taperebá, também conhecido como cajá. Trazem dois tipos de malte, o trigo e a cevada. A Amazon Forest Pilsen tem 3.8% de álcool. É uma Pilsen brasileira. É clara, suave e tem aroma destacado de lúpulo. A Amazon River traz 4.8% de álcool. É uma Lager encorpada, mas suave. A cor dourada resulta do blend de maltes. A Bacuri Beer tem 3.8% de álcool. É clara e suave, com aroma de bacuri. É vencedora do prêmio internacional Tecno Bebida Award e Medalha de Ouro no I Concurso Brasileiro de Cervejas. Um dos destaques da marca é o design de seus rótulos, que remetem à Amazônia, uma criação do americano Randy Moscher, celebridade no mundo cervejeiro. www.amazonbeer.com.br Boulevard Castilhos França, 707, Belém (PA) Tel. (91) 3212.5400

A Amazon Beer possui um bar na Estação das Docas, em Belém, um complexo de lazer que se destaca entre os cartões-postais da cidade paraense. Lá, diante dos clientes, são produzidos diversos estilos de cervejas em imponentes tonéis de cobre cervejAria

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Bäcker Fundada em 1999 e registrada como a primeira cerveja artesanal de Minas Gerais, a Bäcker é uma empresa familiar, que nasceu da iniciativa dos irmãos Halim e Munir Lebbos, para suprir a grande demanda de cervejas especiais no Brasil. Iniciava-se a quebra do paradigma de que somente as grandes cervejarias poderiam fabricar cerveja com tecnologia e qualidade. O local escolhido foi o bairro Olhos d’Água, aos pés da Serra do Curral, com todo o charme do mais belo e importante cartão postal de Belo Horizonte. Aliado a isso, a região dispõe de excelente malha viária, otimizando todo o processo logístico. Com o rigor de uma grande cervejaria, a Bäcker oferece produtos de qualidade e orgulha-se de manter viva e ao mesmo tempo renovada a antiga tradição cervejeira, através da contratação de mestres-cervejeiros renomados, aquisição de equipamento de ponta e seleção rigorosa de matéria-prima. Em Belo Horizonte, a empresa é líder de mercado no setor de cervejas premium. Está ainda presente nos melhores bares e restaurantes da cidade. No interior, as cervejas Bäcker são encontradas nas mais importantes cidades do Circuito Estrada Real, assim como Uberlândia, sul no Circuito das Águas e norte de Minas e é a única do estado a exportar seus produtos. A cervejaria Bäcker faz dez estilos de cervejas artesanais e, ainda vai lançar mais um rótulo em homenagem à Copa do Mundo de 2014. A marca também inovou, ao elaborar as primeiras receitas inspiradas na escola cervejeira americana, com a linha 3 Lobos Extreme, em 15 anos de atuação no mercado nacional.

Com o rigor de uma grande cervejaria, a Bäcker oferece produtos de qualidade e orgulha-se em manter viva e ao mesmo tempo renovada a antiga tradição cervejeira, através da contratação de mestres-cervejeiros renomados, aquisição de equipamento de ponta e seleção rigorosa de matéria-prima

Entre as bebidas da casa, destaques para: Bäcker Pale Ale é uma típica Inglesa, ruiva, encorpada, de amargor pronunciado e alta fermentação. Com aroma frutado e complexo, apresenta caráter marcante e paladar sedutor. Teor alcoólico 4,8% Vol. Bäcker Brown, combinação equilibrada com notas de chocolate, coloração escura proveniente da torrefação dos maltes. Sabor inconfundível e baixa fermentação. Receita Original da Serra do Curral. Graduação alcoólica: 4,8% vol. Bäcker Pilsen é uma Standard American Lager, com 4.8% de álcool, dourada com coloração marcante e macia no paladar. Refrescante e de baixa fermentação. Bäcker Trigo é uma German Weizen com 5% de álcool. Tem alta fermentação, paladar equilibrado, apresenta notas de especiarias e aromas frutados. Bäcker Capitão Senra é uma Amber Lager com aromas de maltes alemães, baixa fermentação e lúpulos nobres. Com aparência âmbar ligeiramente avermelhada, espuma branca e persistente. O sabor é suave e levemente encorpado, com acabamento equilibrado dos maltes e dos lúpulos, que conferem um amargor moderado. Teor Alcoólico: 5,3% 3 Lobos Bravo é do tipo Imperial Porter, com variada composição de maltes especiais e maior lupulagem, maturada em barris de umburana, cor escura e teor alcoólico de 9%. 3 Lobos Exterminador é uma American Wheat Rye com 4.5% de álcool. Leva açúcar mascavo, malte de trigo, fermento e capim-limão. 3 Lobos American Pilsen é do estilo Lager, com 5% de álcool. Tem forte lupulagem de variedades americanas e adição de açúcar mascavo. É rica em diversas vitaminas, como: Potássio, Cálcio e Ferro. 3 Lobos Pele Vermelha é uma Indian Pale Ale, da série extreme, com 7% de álcool. Passa por processo de maturação de 60 dias e possui raspas de laranja-da-terra. Ideal para acompanhar carnes de caças e carnes vermelhas com molho. Medieval é uma Belgian Blond Ale, com 6.7% de álcool. É inspirada na tradição artesanal dos monges cervejeiros. Cerveja de alta fermentação, maltes especiais, lúpulos florais e condimentados. www.cervejariabacker.com.br Rua Santa Rita, 220 Olhos D´água, Belo Horizonte (MG) Tel. (31) 3228.8888

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Baden Baden Criada em Campos do Jordão, SP, em 1999, a cervejaria foi a primeira a produzir cervejas gourmet no Brasil. Com o tempo, a Baden Baden começou a crescer, mas sempre mantendo o mesmo conceito de produção de cervejas artesanais com ingredientes escolhidos a dedo. Em 2007, foi adquirida pelo então Grupo Schincariol, hoje Brasil Kirin. O parque fabril em Campos do Jordão foi mantido, bem como o processo artesanal de fabricação do produto. A cervejaria não só produz uma deliciosa cerveja artesanal, como também se mantém atualizada com as novas tendências mundiais do mundo da cerveja, visando sempre agradar ao paladar de todos os seus consumidores. Em 2008, a Baden Baden Stout conquistou a Medalha de Ouro no renomado European Beer Star, na Alemanha, sendo eleita “A melhor cerveja Dry Stout do mundo”. Um ano depois, dobradinha: a Stout levou a medalha de prata na categoria Dry Stout no Australian International Beer Awards, segundo concurso de cerveja mais importante do mundo e com maior número de inscritos. Além dela, a premiação consagrou a Baden Baden Red Ale com uma medalha de bronze na categoria Scotch Ale and Barleywines Packaged. A Baden Baden 1999, cerveja que homenageia o ano em que a cervejaria foi criada, levou a medalha de bronze na categoria Britsh Style Pale Ale. Sempre em busca de novidades, a cervejaria lança cervejas sazonais, com edições limitadas e garrafas numeradas, que se encaixam perfeitamente nos sabores e temperaturas de cada estação ou feriado especial. Assim como um bom vinho, os complexos sabores das cervejas Baden Baden podem ser harmonizados com pratos e ingredientes. Com o rigor de uma grande cervejaria, a marca oferece um produto de alta qualidade. Entre as bebidas da marca, estão: A Baden Baden Red Ale é uma Double Red, que tem 9,2 % de álcool. Bebida forte, de cor âmbar escura com nuances avermelhadas, com espuma cremosa e aroma marcante. A Baden Baden Tripel é uma Belgian Tripel com 14% de álcool. Trata-se de uma bebida de corpo denso, e textura licorosa, devido ao processo de tripla fermentação e longa maturação pelo qual é fabricada. A Baden Baden Stout é uma Dry Stout que tem 7,5% de álcool. De origem irlandesa, a receita leva grãos tostados de cevada, o que lhe confere uma forte personalidade e cor escura. A Baden Baden Weiss é uma típica South German Hefeweissbier com 5,2% de álcool. Com receita inspirada na tradição da Baviera, região do sul da Alemanha, é produzida com maltes de cevada e trigo. Não filtrada, tem notas de especiarias e frutas maduras. A Baden Baden Bock é uma Lager Bock e tem 6,5% de álcool. Encorpada, possui cor castanha, amargor moderado, sabor adocicado e aroma levemente tostado. A Baden Baden Cristal é uma American Lager e tem 5% de álcool. É leve e tem aroma frutado. Vem da linhagem das cervejas criadas há mais de 150 anos, na República Tcheca. Leva em sua receita água pura das montanhas de Campos do Jordão, malte de cevada e lúpulos especialmente selecionados. A Baden Baden 1999 é uma Bitter Ale, com 6,0% de álcool. Criada com base nas cervejas inglesas, possui uma combinação única entre aroma intenso e genuíno de lúpulos florais, equilibrado com um elevado amargor. A Baden Baden Golden Ale é uma Fruit Flavoured Beer, com 4,5% de álcool. É uma cerveja de corpo leve e sabor adocicado. Seu corpo e o aroma frutados lembram especiarias. É uma das primeiras cervejarias a criar bebidas gourmet no Brasil; com o tempo, a Baden Baden começou a crescer, mas sempre mantendo o mesmo conceito de produção de cervejas artesanais com ingredientes escolhidos a dedo

www.badenbaden.com.br Avenida Mateus Costa Pinto, 1653 Campos do Jordão (SP) Tel. (12) 3664.2004

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Bierbaum Criada pelos irmãos Bierbaum em 2004, em Treze Tílias, Santa Catarina, cidade também conhecida como “Tirol Brasileiro“, a cervejaria se estabeleceu no anexo do charmoso restaurante Edelweiss, com fórmulas exclusivas, elaboradas com a mais pura água, malte de cevada, lúpulos e levedura oriundos da Áustria e da Alemanha, seguindo rigorosamente as técnicas da Lei Alemã de Pureza de 1516, o Reinheitsgebot. O mestre-cervejeiro local assegura o alto padrão de qualidade dos produtos da casa, da moagem do malte ao envase final da bebida, analisando e controlando os processos para que o chope e cervejas da Bierbaum cheguem ao mercado consumidor sempre com o mesmo padrão de qualidade. De suas ideias brotam as mais diversas fórmulas e combinações, resultando em aromas e sabores inigualáveis.

O mestre-cervejeiro local assegura o alto padrão de qualidade dos produtos da casa, da moagem do malte ao envase final da bebida, analisando e controlando os processos para que o chopp e cervejas da Bierbaum cheguem ao mercado consumidor sempre com o mesmo padrão de qualidade

Entre os produtos da casa, destaques para: A Bierbaum Lager, cerveja dourada clara de baixa fermentação, do tipo Pilsen, com baixo teor alcoólico e boa formação de creme e perlagem, com sabor suave e bem equilibrado, devido ao lúpulo e malte utilizados em sua formulação, resultando saborosa e refrescante. Tem 4,8 de álcool. A Bierbaum Gold, bebida 100% malte, com médio teor alcoólico, de baixa fermentação, do tipo Pilsen. A sua coloração, apesar de clara, é dourada e intensa, devido à grande variedade de maltes utilizados em sua composição, com boa formação de creme e boa perlagem, por sua regular carbonatação, que ajuda a realçar o aroma, e levemente floral em função dos lúpulos utilizados. Tem 5,7 de álcool. A Bierbaum Bock é uma cerveja 100% malte, de alto teor alcoólico e baixa fermentação, do tipo Bock, com coloração âmbar escura e boa formação de creme, destacando sua coloração, carbonatação regular que ajuda a realçar os aromas dos maltes especiais. O que mais se destaca nesta cerveja é o equilíbrio entre a doçura dos maltes especiais em sua formulação, o amargor do lúpulo e seu teor alcoólico. Tem 4,9 de álcool. A Bierbaum Dunkel é uma bebida negra mais conhecida como Schwarzbier. Como o próprio nome sugere, é uma cerveja escura, de baixa fermentação, médio teor alcoólico, com boa formação de creme, sabor levemente suave do malte torrado que vai em sua formulação, o que não a torna persistente, com equilíbrio e baixo amargor residual de lúpulo. O resultado dessa combinação torna essa cerveja ideal para harmonização com sobremesas a base de chocolate. Tem 5,8 de álcool. A Bierbaum Weiss Helles é uma cerveja de trigo de alta fermentação do tipo Weiss, usando em sua formulação apenas maltes de trigo e de cevada, que dá uma sensação leve e refrescante. A coloração amarela turva e boa formação de creme são características próprias das cervejas Weiss Europeias. Seu aroma destaca o cravo e, em segundo plano, a banana-passa, com discreto amargor de lúpulo. Tem 4,9 de álcool. A Bierbaum Vienna tem estilo Vienna e foi desenvolvida em 1841 por Anton Dreher. É uma cerveja de baixa fermentação. Apesar de ser um estilo tradicional, possui poucos representantes atuais no mercado. Possui quatro tipos de malte de cevada especial e um tipo de malte de cevada Pilsen, que lhe conferem uma coloração avermelhada. O aroma remete a tons florais e cítricos vindo dos três tipos de lúpulo utilizados, além de leves notas adocicadas sugerindo caramelo, vindas do malte. Seu sabor apresenta boa presença de malte no inicio, remetendo a leves notas adocicadas e que recebe, em seguida, generosa porção de lúpulo, trazendo agradável e persistente amargor. Tem 5,4% de álcool. A Bierbaum Weizenbock é uma cerveja escura de trigo de alta fermentação, do tipo Weiss e alto teor alcoólico. O paladar experimenta um toque suave, sobre a língua é encorpada, compacta e refrescante, com um toque de caramelo. Ela termina com um sabor suave e delicado do amargor. Tem 8% de álcool. www.bierbaum.com.br Rua: Dr. Gaspar Coutinho, 439, Treze Tílias (SC) Tel. (49) 3537.0531

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Bierland

Desde a abertura, um bar anexo disponibiliza espaço para degustação. Com a capacidade produtiva ampliada, colocou em funcionamento a partir do segundo semestre de 2009 sua linha de engarrafamento, oferecendo ao mercado a linha de cervejas Bierland

Inaugurada em agosto de 2003 em Blumenau (SC), a Cervejaria Bierland é uma homenagem ao município em que está localizada, uma vez que o seu nome, traduzido do alemão, significa “Terra da Cerveja”. Desde a sua fundação, a Bierland valoriza a história e as tradições de sua cidade, reconhecida nacionalmente pela vocação cervejeira de seu povo, descendente de imigrantes europeus, em sua maioria alemães. As cervejas Bierland possuem alto nível de qualidade, fruto do cuidadoso processo de pesquisa, desenvolvimento e inovação, e do intenso trabalho de equipe. O resultado deste esforço traduz-se em cervejas com características próprias, inspiradas nos mais diversos estilos das diferentes escolas cervejeiras, tais como alemã, belga, inglesa e norte americana. Estes fatores fazem da Bierland uma das cervejarias mais premiadas do Brasil, com reconhecimento internacional, que além de atestarem a qualidade de seus produtos, contribuem para a evolução permanente da cervejaria. A Bierland Blumenau é uma releitura histórica e tem entre suas principais características o uso de levedo de alta fermentação em contato com o meio externo e sem controle da temperatura. Também não é filtrada e utiliza lúpulos da época. Notam-se aromas e sabores de malte e florais do lúpulo, com assertivo amargor. O teor alcoólico é de 4,0%. A Bierland Pilsen é uma cerveja da família Lager. É produzida com um tipo de malte de cevada que lhe proporciona cor dourada e os dois tipos de lúpulo utilizados lhe conferem um amargor médio e agradável aroma. O teor alcoólico é de 4,8%. A Bierland Weizen é inspirada nas tradicionais cervejas de trigo da Baviera, na Alemanha. Ela faz parte da família Ale e é produzida com maltes de cevada e de trigo. Dourada e naturalmente turva, preserva parte do fermento em sua composição. Destaque para as notas frutadas e condimentadas no aroma e no sabor. O teor alcoólico é de 4,8%. A Bierland Belgian Blond Ale foi produzida em colaboração com o cervejeiro Ronaldo Dutra Ferreira, de Florianópolis (SC), vencedor do Concurso Cervejeiro Caseiro Bierland 2012 com a cerveja “Bruxa”. É dourada e pode apresentar alguma turbidez por não ser filtrada. O aroma traz notas frutadas e especiarias. Possui amargor médio e condimentado, final seco e suavemente alcoólico. Seu teor alcoólico é de 7,5 %. A Bierland Pale Ale possui cor âmbar, sendo filtrada e brilhante. Possui aroma de lúpulo e notas frutadas. No paladar, a presença de três diferentes tipos de malte lhe confere nuances de caramelo e discreto dulçor. Os três tipos de lúpulo apresentam notas que se destacam, trazendo bom amargor e final seco. Seu teor alcoólico é de 4,8%. A Bierland American Red Ale foi inspirada nas Red Ales norte-americanas da região noroeste do Pacífico. Possui coloração cobre avermelhada e límpida. Traz equilíbrio entre lúpulos cítricos, notas de malte e sutil caramelo, tanto no aroma quanto no sabor. Amargor médio e final generosamente lupulado. Teor alcoólico é de 5,2%. A Bierland Vienna é cuidadosamente filtrada e possui três tipos de malte de cevada, que lhe conferem uma coloração avermelhada. O aroma remete ao floral e cítrico vindo dos três tipos de lúpulo utilizados, além de suave caráter de malte. No sabor, notas de caramelo, corpo médio e final suavemente amargo. O teor alcoólico é de 5,4%. A Bierland Bock é filtrada e brilhante. Possui cor marrom avermelhada e seu amargor médio traz notas tostadas e equilibra perfeitamente com a agradável presença de malte no paladar. Uma cerveja sazonal, produzida anualmente e comercializada especialmente nas estações do outono e inverno. O teor alcoólico é de 6,0%. A Bierland Imperial Stout é uma cerveja complexa, com perfil aromático levemente frutado, incluindo frutas escuras, como uva passa e ameixa. Os cinco diferentes tipos de malte de cevada utilizados proporcionam cor preta e contribuem para os aromas e sabores que variam do café expresso ao chocolate meio amargo. O teor alcoólico e de 8,0%. A Bierland Strong Golden Ale é uma cerveja especial. Além da primeira fermentação nos tanques da cervejaria, passa por uma segunda fermentação na garrafa. Tem coloração dourada. No aroma e no sabor sente-se frutado, nuances condimentadas e breves notas de álcool. Seu teor alcoólico é de 9,0% www.bierland.com.br Rua Gustavo Zimmermann, 5361 Itoupava Central, Blumenau (SC) Tel. (47) 3337.3100

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Bodebrown

A marca do cervejeiro Samuel Cavalcanti vem recebendo prêmios ao redor do mundo, entre eles, 11 medalhas conquistadas. Trata-se da única cervejaria sul-americana a ter vencido por três vezes consecutivas medalhas de ouro no Mondial de La Bière, em Montreal, Canadá, em 2011, com a Wee Heavy, e em 2012, com a Imperial Stout

Tudo começou quando, depois de anos pesquisando o mercado cervejeiro, Samuel Cavalcanti decidiu mergulhar no incrível mundo das cervejas artesanais criando a Bodebrown em Curitiba. Somando sensibilidade a uma boa dose de inspiração, a cervejaria se transformou em uma das mais famosas microprodutoras de cerveja gourmet do Brasil e, também, uma importante formadora de opinião no universo das cervejarias. Às sextas-feiras e sábados, a cervejaria promove encontros na sua sede, recebendo cervejeiros e degustadores. Uma excelente oportunidade para os homebrewers e apreciadores da bebida difundirem a cultura cervejeira. Além disso, a marca organiza eventos inusitados de degustação a bordo de um trem que faz percurso de Curitiba a Morretes. A Bodebrown produz cerca de 16 mil litros por mês. A marca é pioneira no conceito de Engenharia Gourmet para cervejas artesanais, o que eleva a qualidade da cerveja ao estado da arte, com o uso da tecnologia. Entre as tantas premiações, destaques para o Mondial de La Bière Montreal, em que obteve ouro /Wee Heavy /2011, ouro /Imperial Stout /2012, ouro / Wee Heavy / 2013; no Brasil, ganhou 12 prêmios no Festival Brasileiro da Cerveja; na Argentina, quatro prêmios; no Austrália International Beer Awards, recebeu troféus Gary Shephard / Melhor Cervejaria estreante/2012, entre outros. Entre as bebidas da casa, destaques para: Bodebrown Hop Weiss, teor alcoólico de 5,0%. Cerveja de trigo com Dry-Hopping (adição de lúpulo no final da maturação) de Amarillo (lúpulo cítrico americano, sazonalmente com Nelson Sauvin, Galaxy). Aroma de notas de banana, cravo e cítrico de maracujá. Bodebrown Wee Heavy, teor alcoólico de 8,0%. Clássica Scotch Ale, alcoólica, encorpada, com doçura residual do malte evidente. Aromas: maltados, tostados e trufados. Bodebrown do Amor, teor alcoólico de 8,0%. Cerveja que agrada em cheio os fãs das frutadas, balanceados com características de uma cerveja Belgian Tripel. Apresenta uma leve acidez característica da fruta. Aromas de amoras. Bodebrown Perigosa Imperial IPA, teor alcoólico de 9,2%. Cerveja no estilo norte americano Imperial IPA. Aromas: cítricos dos lúpulos, lembrando maracujá e goiaba, resultado do Dry-Hopping no filtro, técnica desenvolvida na Bodebrown. Bodebrown Perigosa Imperial Stout, teor alcoólico de 12%. Cerveja no melhor estilo inglês, com características fortes de maltes escuros. Aroma: torrado e tostado. Bodebrown Blanch de Curitiba, teor alcoólico de 5,5%. Cerveja de trigo belga, com presença de casca de laranja, semente de coentro e especiarias. Aroma moderado de perfume de sementes de coentro. Bodebrown Black Rye IPA, teor alcoólico de 7%. Com forte presença de lúpulos cítricos norte-americanos, balanceados com os maltes torrados e tostados, e um leve toque picante, proveniente do malte de centeio, caramelizado e centeio torrado. Aroma: maltes torrados, caramelo e cítricos provenientes de lúpulos americanos, presença levemente picante do centeio. Bodebrown Cara Preta, teor alcoólico de 3,5%. Cara Preta é uma homenagem aos trabalhadores das minas de carvão do Reino Unido que frequentavam pubs, onde consumiam o estilo Mild em doses elevadas. Notas maltadas e de caramelo. Bodebrown Tripel Montfort, teor alcoólico de 10,0%. Belgian Tripel de cor dourada, com aromas frutados e forte presença de especiarias, como Grains of Paradise, cascas de laranja, semente de coentro e pimenta rosa. Aroma: frutados e forte presença de especiarias, cascas de laranja, coentro e pimenta rosa. Stone/Bodebrown Cacau IPA, teor alcoólico de 6,1%. Cerveja produzida em colaboração com a cervejaria norte-americana Stone Brewing, da Califórnia, com uma pitada de inovação brasileira, adição de cacau. Notas maltadas e de caramelo, cítrico e Cacau. www.bodebrown.com.br Rua Carlos de Laet, 1015 Hauer Curitiba, Paraná, 81610−050 Tel. (41) 3082.6354

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cervejaria do Farol Criada em 2003, em Canela, no Rio Grande do Sul, a marca tem bebidas artesanais que trazem o espírito das primeiras cervejarias familiares de Stuttgart e Nürnberg, na Alemanha, com suas produções pequenas e de qualidade ímpar. Produzidas através da experiência do cervejeiro Mateus José da Silva, que está na casa desde a sua fundação, a cervejaria brasileira tornou-se um ícone entre amantes de cervejas artesanais no país. Assim como nas empresas da Alemanha, a Cervejaria do Farol mantém seus produtos enquadrados na Lei de Pureza Alemã, de 1516, que permite a adição de apenas quatro ingredientes básicos: água, malte, lúpulo e leveduras, jamais permitindo o uso de corantes, estabilizantes e adjuntos. Localizada em meio à exuberância da Mata Atlântica, a Cervejaria do Farol foi construída de modo a preservar a vegetação nativa ao redor. O mesmo cuidado se reflete na produção das cervejas da marca respeitando a lei de pureza em sua fabricação, com destaque para a água cristalina – com perfeito equilíbrio de minerais para a fabricação de cervejas –, que corre pelos vales da Serra Gaúcha. Desta forma, conquistou a crítica e o público nacional amante de cervejas premium. Desde a sua inauguração, a Cervejaria do Farol cria diversos estilos de cervejas, entre elas, destaques para: A Weiss da casa é uma bebida com 4% de álcool, cor palha, média espuma, turva. O aroma é frutado com notas naturais de banana e cravo. Trata-se de uma cerveja à base de malte de trigo (predominante) e de cevada. A Pilsen tem 4,5% de álcool, cor dourada, com espuma perseverante, aroma maltado remetendo a pão, biscoito e fermento. É uma cerveja estilo German Pilsen de coloração amarelo ouro, lúpulo bem evidenciado, refrescante, final com amargor agradável. A cervejaria ainda cria bebidas sazonais, como a ESB, a Oktoberfest Bier, a Doppel Bock, a Bock, a Stout, a As Saison Belga FarmHouse e a Framboise Bier, em diferentes épocas do ano. Um dos atrativos é o bar e restaurante que funciona junto à cervejaria. Os pratos são típicos da Alemanha além de outras especialidades da cozinha brasileira, entre petiscos, sopas, saladas e sobremesas, todos em sistema à la carte. Entre os destaques, estão o marreco assado com molho escuro, o joelho de porco acompanhado por chucrute e batata corada, além de receitas feitas com molho de cerveja e lúpulo. Trata-se de uma verdadeira festa para os amantes da culinária e da cultura alemãs, recriadas com afinco pela cervejaria. O local é ideal para o happy hour com os amigos, colegas ou a família. De terça à sexta-feira, abre a partir das 17h, sábados a partir das 11h às 0h30, e domingos a partir das 11h até às 17h. A cervejaria também é considerada um ponto turístico da cidade, com a sua torre de 30 metros de altura e 137 degraus, que proporciona uma vista exuberante do entorno, em que se destaca a natureza. www.cervejariafarol.com.br Rua Severino Inocente Zini, 150, Canela (RS) Tel. (54) 3282.7007

Localizada em meio à exuberância da Mata Atlântica, a Cervejaria do Farol foi construída de modo a preservar a vegetação ao redor. O mesmo cuidado é repassado à produção das cervejas da marca, que utilizam somente elementos citados pela lei de pureza em sua fabricação cervejAria

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Colorado A cervejaria foi fundada em 1995, passando a funcionar a pleno vapor dois anos depois, após instalar o maquinário vindo dos Estados Unidos e da obtenção de todas as licenças de funcionamento. O nome seria Califórnia, de carona no apelido de “Califórnia Brasileira”, dado à região de Ribeirão Preto (SP). Porém, a existência de bar com o mesmo nome nos fez optar por Colorado. Originalmente, foi aberta como um Brewpub, produzindo apenas chopp para o próprio restaurante e particulares. Já em 1997, começou a produção de vários estilos de cerveja, como a Ipa, a Amber Ale, Red Ale, California Steam Beer, Honey Wheat, etc. O País começava a se abrir para importações, neste momento, mas não havia aqui cultura cervejeira. Toda cerveja importada era Mainstream Lager. Cada Colorado começa com uma pesquisa em livros cervejeiros, uma história e uma ideia do ingrediente regional. A casa produz: A Caium, variação da American Lager, que os proprietários vendiam no Brewpub. A esta cerveja foi agregada a mandioca. Curiosidade: o nome Caium vem da cerveja que faziam nossos índios e também é o nome de uma ONG com a qual a Colorado contribui. Appia, que quer dizer abelha em latim. É uma cerveja de trigo com mel que nasceu de uma colaboração com um apiário local chamado Apis Flora, do qual a marca compra mel. É a cerveja mais vendida. É nossa porta de entrada para quem ainda não conhece o mundo da cerveja artesanal. Indica, nome foi dado por Michael Jackson (o crítico de bebidas, não o cantor) no autógrafo que nos deixou em seu livro: “To Marcelo, great Indica, Cheers, Michael Jackson”. Um grande comentário para uma cerveja Cult. Demoiselle é a cerveja de café, criada em parceria com o cervejeiro caseiro Ricardo Rosa, depois de um bate-papo com o “cervejólogo” Randy Mosher, feita de infusão de café a frio. O resultado foi uma bebida equilibrada, aromática, que recebeu medalha de ouro no European Beer Star, de 2008. Vixnu é a cerveja que nasceu sazonal e vai entrar em linha em 2013. É uma variação da Double Indica, que a casa vinha experimentando em diversos festivais ao redor do Brasil. Esta cerveja começou quase como uma brincadeira, conquistando três medalhas em um concurso no Chile, onde conquistou diversos gourmets e amantes da bebida. Ithaca é uma cerveja nascida de uma odisseia. Envelheceu um ano no “convés” da marca, ou seja, na sua cave, antes de ser aprovada por autoridades competentes. Assim como Ulisses, o herói da Odisseia, ela aproveitou todo este tempo para maturar e evolucionar seus sabores. Sob o nome de Guanabara, uma versão adaptada desta cerveja está sendo exportada para os Estados Unidos. É a cerveja de guarda, pois, guardada em ambiente escuro e fresco, pode durar 20 anos. Berthô é a bebida feita de castanha do Pará, também conhecida mundialmente como castanha do Brasil. É uma Double Brown Brazil Nut Ale. Trata-se da primeira cerveja do mundo com este produto. Tem 8% de graduação alcóolica e bom potencial de envelhecimento. O aroma e o sabor de noz é marcante. www.cervejariacolorado.com.br Rua Minas, 394, Ribeirão Preto (SP) Tel. (16) 3441.5090

Originalmente, foi aberta como um Brewpub, produzindo apenas chopp para o próprio restaurante e particulares; em 1997 começou a produção de vários estilos de cerveja, como a Ipa, a Amber Ale, Red Ale, California Steam Beer e Honey Wheat cervejAria

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Coruja Os arquitetos gaúchos Micael Eckert e Rafael T. N. Rodrigues sempre acreditaram que a cerveja pode e deve ser um veículo de sabedoria. Entre croquis e botecos da Cidade Baixa, bairro boêmio de Porto Alegre, os dois resolveram transformar a sede em uma nova empresa. Cansados da mesmice no mercado, lançaram, em 2004, a Cerveja Coruja. A ideia era ousada: o mercado de cervejas especiais ainda vivia um estágio inicial no Brasil. Nessa época, apenas algumas dezenas de empresas atuavam no formato de microcervejaria no País. Apesar disso, a Coruja chegou com uma proposta inovadora de linguagem e de produto. A Coruja Viva, criada em 2004, impressionava à primeira vista. A Lager não pasteurizada, envazada em uma garrafa vintage de um litro, rapidamente ganhou fama na capital gaúcha. O nome da empresa era uma homenagem à sabedoria e aos pensadores de hábitos noturnos – como a Coruja, muitos boêmios também são bichos que viram a cabeça. As criações da Coruja – encontradas em cinco Estados do Brasil – seguem um princípio básico: receitas originais, que não se enquadram nos estilos clássicos do BJCP, Beer Judge Certification Program. O espírito é de uma cerveja urbana, que bebe na tradição, mas sempre busca uma referência contemporânea, valorizando a cultura. À exceção das cervejas Weizen, Alba e Alba Weizenbock, todas as formulações da Coruja são Lagers. Muitas vezes subestimadas, os produtos dessa categoria têm muito a oferecer na visão da marca. Por apresentarem um comportamento complementar, as Lagers não competem com as especiarias e condimentos adicionados às receitas. “Para nós é um desafio criar Lagers diferentes e sofisticadas”, destaca o sócio Micael Eckert. A família de produtos da Coruja cresceu. Até 2007, as únicas cervejas no mercado eram a Coruja Viva e a Extra Viva. Em 2010, a empresa passou a investir em uma linha de produtos pasteurizados, surgiram a Strix e Otus, versões pasteurizadas da Viva e Extra Viva, respectivamente, a Coruja Alba Weizen de trigo e Alba Weizenbock de trigo escuro. Em 2012, a série de produtos foi ainda ampliada com o lançamento da Linha Fora de Série. A princípio, o projeto teria uma tiragem restrita, mas a aceitação do mercado foi grande, e a empresa decidiu colocar os produtos em linha. Baca, Labareda e Coice são as criações da série. Pense em pitanga, pimenta e canela, ingredientes que fazem da Linha Fora de Série três experiências ousadas de sabor. Lançadas em 2012 em versões limitadas, elas reinventam estilos e misturam arte, cultura e tradição cervejeira no mesmo tanque de fermentação. A proposta é tomar como referência alguns estilos clássicos e adicionar ingredientes que conferem um tom autoral às receitas. www.cervejacoruja.com.br facebook.com/cervejacoruja twitter.com/cervejacoruja coruja@cervejacoruja.com.br Rua Riachuelo, 525 Centro Histórico, Porto Alegre (RS)

A Coruja Viva, criada em 2004, impressionava à primeira vista; a Lager não-pasteurizada, envazada em uma garrafa vintage de 1 litro, rapidamente ganha fama na capital gaúcha. O nome da empresa era uma homenagem à sabedoria e aos pensadores de hábitos noturnos cervejAria

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Dado Bier A tradição e o respeito estão presentes nos valores e na história da família Bier. Fundada em 1995, em Porto Alegre, a Dado Bier é a primeira microcervejaria do Brasil e, por isso, é referência na fabricação de cervejas especiais. É a primeira a seguir o Reinheitsgebot, o Decreto de Pureza da Baviera, criado em 1516 para orientar a produção cervejeira na Alemanha. Em respeito dos fundamentos das cervejas especiais, sem perder seu tradicionalismo, a Dado Bier ousa, inova e descobre cada vez mais sabores para suas cervejas, com diferentes combinações e experimentos. Primeiramente montada em meio ao restaurante, a cerveja tinha sua produção artesanal para o consumo dos clientes da casa. Em 2004, é inaugurada a fábrica da Dado Bier, com uma capacidade ampliada e o engarrafamento das cervejas. Em 2009, a fábrica teve uma grande ampliação e foi transferida para cidade de Santa Maria (RS) e hoje conta com uma capacidade de produção de 1.000.000 litros de cerveja ao mês. O mestre-cervejeiro da casa é Carlos Bolzan, um apaixonado pela arte de produzir cervejas especiais. Mestre em Tecnologia Cervejeira pela Universidade Politécnica de Madrid, na Espanha, ele iniciou sua vida profissional em 1988. Com o tempo, direcionou o seu trabalho para as cervejas especiais, ingressando na Dado Bier em 2006, onde vem desenvolvendo novidades para o mercado cervejeiro. Entre as bebidas feitas pela cervejaria estão: A Dado Bier Royal Black, bebida do tipo Bock de baixa fermentação e teor alcoólico mais elevado (5,5% vol.). É elaborada com um blend de maltes importados, entre eles Munique e Viena. A Dado Bier Original, uma cerveja filtrada, de cor amarelo brilhante, do tipo Pilsen Extra, de baixa fermentação e médio teor alcoólico (4,5% vol.). É elaborada com maltes importados e lúpulos especialmente selecionados. A Dado Bier Weiss, uma cerveja especial de alta fermentação, elaborada com maltes de trigo e cevada especialmente selecionados. Possui cor clara e médio teor alcoólico (5,0% vol.). A Dado Bier Red Ale, uma bebida de alta fermentação, coloração avermelhada e médio teor alcoólico (5,3% vol.). É elaborada com alguns dos melhores lúpulos do mundo e um blend de três maltes de cevada. A Dado Bier Belgian Ale, uma cerveja de alta fermentação, dourada e com elevado teor alcoólico (8,5% vol.). É elaborada com fermento especial importado da Bélgica, com alguns dos melhores lúpulos do mundo e um blend de cinco tipos de maltes especialmente selecionados. A Dado Bier Ilex, a primeira cerveja do Brasil produzida com erva-mate. Elaborada com Ilex paraguariensis, que é uma erva-mate, lúpulo e um blend de maltes importados cuidadosamente selecionados. Uma cerveja única de coloração levemente esverdeada, baixa fermentação e alto teor alcoólico (7% vol.). A Dado Bier Double Chocolate Stout é uma cerveja do tipo Imperial Stout que apresenta as características de uma extreme beer. Elaborada com ingredientes extraordinários, numa complexa composição de maltes e lúpulos, esta iguaria é coroada com o mais nobre extrato 70% Cacau, produzido com exclusividade pela Kopenhagen, a mais tradicional e sofisticada chocolateria do Brasil. Possui elevado teor alcoólico, 10,5% vol., e um sabor único, intenso e inesquecível. A Dado Bier Lager, uma cerveja tradicional do tipo Pilsen. É elaborada com maltes especialmente selecionados e com o famoso lúpulo alemão Hallerteauer, que confere personalidade e sabor marcantes. O teor alcoólico é de 5% e é produzida por meio do processo de longa duração. Primeiramente montada em meio ao restaurante, a cervejaria tinha sua produção artesanal para o consumo dos clientes da casa. Em 2004, é inaugurada a fábrica da Dado Bier, com uma capacidade ampliada e o engarrafamento das cervejas

www.dadobier.com.br Rua Túlio de Rose, 80, Porto Alegre (RS) Tel. (51) 3378.3000

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A marca possui diversas bebidas, entre elas, destaques para a Dama Bier Pilsen, que tem cor dourada, aroma com personalidade maltada e suave notas de lúpulo; é uma das bebidas mais famosas da marca, harmonizando com peixes, mariscos e saladas

Fundada em 26 de Janeiro de 2010 na cidade de Piracicaba, no estado de São Paulo, a Dama Bier é uma empresa familiar. Seus idealizadores viajaram por diversas regiões do mundo, buscando o que há de melhor para produção de cerveja. A fábrica está situada em uma área de 1900m2 localizada no bairro Piracicamirim, e tem capacidade produtiva de 60.000 litros/mês. A cervejaria está focada na produção de cerveja com diferencial em qualidade e com grande personalidade sensorial. Cada um dos estilos produzidos possui características particulares, tais como: cor, teor alcoólico, amargor, sabor e aroma. Por isso a equipe conta com um mestre-cervejeiro e um bier sommelier para deixar a cerveja Dama Bier perfeita e de acordo com o estilo proposto. A marca possui variados estilos de cerveja, entre elas, destaques para a Dama Bier Pilsen, que possui cor dourada, aroma com personalidade maltada e suaves notas de lúpulo. Tem médio amargor, gerando um bom equilíbrio e proporcionando refrescância. Possui 4,8% de álcool e harmoniza bem com peixes, mariscos, saladas, comida japonesa e queijos, como a mussarela de búfala. A Dama Stout é uma interpretação do estilo Foreign Extra Stout, produzida com cinco diferentes variedades de maltes e três tipos de lúpulo, que proporcionam uma sensação complexa e agradável na boca. Encorpada e de cor escura, o lúpulo proporciona médio amargor, aliados a notas de torrefação e chocolate amargo vindos do malte, proporcionando excelente equilíbrio. Pertence à família Ale e seu teor alcoólico é de 6%. Harmoniza perfeitamente com carnes grelhadas, sobremesas, principalmente aquelas com chocolate, além de ser uma ótima parceira de sorvete de creme ou baunilha. A Dama India Pale Ale possui cor âmbar, seu aroma passeia por tons cítricos, frutados e por notas maltadas. Os sabores seguem as características do aroma, com sabor e duradouro amargor de lúpulo contracenando harmoniosamente com os delicados dulçores dos maltes. Faz parte da família Ale e seu teor alcoólico é de 6,5%. A harmonização acontece com comida indiana, mexicana, frango grelhado e queijos duros, como grana padano. A Dama Hefe-Weiss apresenta coloração amarelada, com natural turbidez, visto que parte da levedura não é retirada no processo de preparo. Possui aroma complexo, passando por notas condimentadas e frutadas. No paladar apresenta sensação frisante, sabores condimentados e levemente frutados, resultando em um final com suave dulçor. O teor alcoólico é de 5,0%. À mesa, a cerveja vai bem com salsichas, frutos do mar, aves, saladas, queijos como Gouda e Gruyère e sobremesa como strudel de maçã. A Dama München tem coloração castanha com nuances avermelhadas. Seu aroma é predominantemente maltado, com lembranças de toffee e nozes. O sabor segue a mesma linha e traz notas maltadas no paladar, o lúpulo oferece equilíbrio ao conjunto passando quase despercebido. O teor alcoólico é de 4,8%. A Dama ESB é cerveja de origem inglesa, apresentando coloração avermelhada intensa e translúcida. O dulçor dos maltes remete a uma lembrança de biscoito, pão, caramelo e a riqueza aromática é bem pronunciada devido aos lúpulos europeus e o processo de Dry Hopping. Com teor alcoólico 5,8% e 45 de IBU. Estes são os estilos produzidos no dia a dia, entretanto a Dama Bier logo terá uma linha de cervejas sazonais, além de novos lançamentos que talvez sejam produzidos uma única vez, por isso é bom ficar atento as novidades da marca. Uma outra novidade da marca é o Gastropub que será anexo a fábrica, com ênfase em proporcionar uma experiência gastronômica com cerveja, oferecendo uma atmosfera envolvente, onde o atendimento, música de qualidade, boa gastronomia e variadas cervejas estão juntos, enquanto você aproveita momentos de prazer com a família e amigos. www.damabier.com.br Avenida Rio das Pedras, 104 Piracicaba (SP) Tel. (19) 3411.7006

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Eisenbahn Obra de uma família amante de cervejas especiais, a cervejaria trouxe tradição, sabor e variedade ao mercado brasileiro. Foram alguns anos de pesquisas, conversas com mestres cervejeiros da Alemanha, Bélgica e Estados Unidos, até que, em 2002, nasceu a Cervejaria Sudbrack, com a marca Eisenbahn, com três estilos de chope: o Pilsen, de origem tcheca; o Dunkel, de origem alemã, e o Pale Ale, de origem belga. No ano seguinte, foi lançado o Weizenbier, chope de trigo originário da Alemanha. Em 2004, surge a primeira cerveja orgânica do Brasil, feita com ingredientes orgânicos sem conservantes e sem agrotóxicos. Nesse mesmo ano, é lançada também a Weizenbock, cerveja escura de trigo, ideal para os dias de inverno. Depois, veio a Kölsch, cerveja originária da cidade de Colônia, também na Alemanha. Já no final do mesmo ano, 2005, a Eisenbahn lança a Rauchbier, primeira cerveja brasileira feita com maltes defumados. Por toda essa inovação em seus produtos, nesse mesmo ano a Eisenbahn foi a única cervejaria brasileira convidada a ter os seus produtos comercializados na Galeria Lafayette, em Paris, durante as comemorações do Ano do Brasil na França. Em 2006, a Eisenbahn lança a sua 10º cerveja, a Strong Golden Ale, de inspiração belga e alto teor alcoólico. No mesmo ano, a superação: o lançamento da Eisenbahn Lust, cerveja produzida pelo mesmo método de fabricação dos champanhes franceses, sendo a terceira no mundo e, mais uma vez, a única no Brasil. O reconhecimento internacional começa a surgir em 2007. As cervejas Eisenbahn ganharam as páginas da inglesa Beers of the World. A Eisenbahn Lust, a Eisenbahn Strong Golden Ale e a Eisenbahn Dunkel receberam a melhor pontuação na edição de fevereiro/março. O crítico Jeff Evans experimenta cervejas do mundo inteiro e nesse mês abriu a sua matéria falando da Cervejaria Eisenbahn, colocando as três cervejas citadas como Editor’s choice (a escolha do editor). Em 2008, a Eisenbahn aparece no Beer Judge Certification Program, organização americana responsável por treinar juízes e publicar em seu site uma descrição técnica detalhada de cada estilo de cerveja existente. A Eisenbahn apareceu como exemplo em cinco diferentes estilos, com a Eisenbahn Rauchbier, Eisenbahn Kölsch, Eisenbahn Weizenbock, Eisenbahn Pale Ale e Eisenbahn Weizenbier em 2009, 2011 e 2012, no Australian International Beer Awards e no South Beer Cup em 2011 e 2012, entre tantos outros. Entre as bebidas da marca, seguem alguns dos destaques: Eisenbahn Dunkel, cerveja escura do tipo Lager, de baixa fermentação. Ao contrário das lagers escuras nacionais, que normalmente são adocicadas e escurecidas com caramelo, é feita com maltes torrados importados, que lhe conferem aroma e paladar incomparáveis de café e chocolate. A receita leva cinco diferentes tipos de maltes. Grau alcoólico: 4,8%. Eisenbahn Kolsch, cerveja de alta fermentação, com corpo leve, coloração dourada e aroma levemente frutado. Para chegar até essa suave combinação, são utilizados quatro tipos de malte. Teor Alcoólico: 4,8%. Eisenbahn Pale Ale, bebida de cor âmbar; no nariz, aroma frutado e lupulado. Na boca, o amargor mais acentuado. Grau alcoólico: 4,8%. Eisenbahn Pilsen, bebida que agrada a todos os paladares. Produzida com os mais puros ingredientes, é leve, de cor dourada, baixa fermentação, suavemente amarga e de médio teor alcoólico. Grau alcoólico: 4,8%. Eisenbahn Pilsen Orgânica, primeira cerveja orgânica do Brasil. Pura e saborosa, é produzida apenas com ingredientes certificados e não possui agrotóxicos ou fertilizantes sintéticos. Grau alcoólico: 4,8%. www.eisenbahn.com.br

Por toda a inovação em seus produtos, a Eisenbahn foi a única cervejaria brasileira a ser convidada a ter os seus produtos comercializados na Galeria Lafayette, em Paris, durante as comemorações do ano do Brasil na França

Rua Bahia, 5181, Blumenau (SC) Tel. (47) 3488.7307

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falke A história desta cervejaria remonta ao ano de 1988, quando Marco Falcone iniciou sua produção homebrew e por um ano fabricou cervejas todos os finais de semana no sítio da família. “Cirvizia Aquila” foi a sua marca inicial. A cerveja fabricada para consumo próprio era refermentada na garrafa, gelada em pé e servida em jarras, para não misturar a levedura decantada no fundo e, consequentemente, não assustar os bebedores, desacostumados com a cerveja artesanal na época. Em 2000, Falcone inicia uma sequência de quatro anos de viagens à Europa, onde visita microcervejarias diversas para fundar, em 2004, a Falke Bier, cervejaria familiar, que nasceu da iniciativa de Marco e seus irmãos, Juliana e Ronaldo. A cervejaria foi criada num ambiente campestre, com equipamentos de alta tecnologia e a atmosfera da cultura cervejeira, a 35 quilômetros do centro de Belo Horizonte.

A cervejaria foi criada num ambiente campestre, com equipamentos de alta tecnologia e a atmosfera da cultura cervejeira, a 35 Km do centro de Belo Horizonte. O local possui espaço de degustação e análise sensorial de cervejas

Cervejas produzidas: Falke Pilsen, tem corpo médio, creme intenso e duradouro, coloração dourada, onde aroma e sabor são dominados pelo malte. Disponível somente em versão chope. Falke Bier Red Baron, cerveja estilo Vienna Lager, utiliza o malte Pilsen “tratado” com temperatura. O resultado é uma cerveja avermelhada, com sabor refrescante das lager, revelando a modificação do malte. Ouro Preto, uma Schwarzbier, feita com malte torrado na própria cervejaria, tornando-a única no cenário das cervejas especiais brasileiras. Premiada com o 1° lugar na categoria no South Beer Cup em 2012 e Medalha de Ouro no Festival Brasileiro de Cervejas em Blumenau 2013. Monasterium, uma cerveja Belgian Strong Ale, subestilo Tripel, foi a primeira da categoria produzida no Brasil. Envasada em garrafas de champanhe reserva e arrolhada como os espumantes, é refermentada na garrafa e passa por um período de maturação de um mês em adega subterrânea, ao som de canto gregoriano. Foi premiada pela Nielsen Business com o “Tecnobebidas Award 2008 – Produto Mais Inovador”. Estrada Real IPA é a primeira licenciada pelo Instituto Estrada Real, uma cerveja do estilo India Pale Ale. No sabor notam-se sabores do malte e amargor pronunciado. Estrada Real Weiss, que traz malte de trigo em sua formulação. É uma cerveja refrescante, com notas frutadas que lembram banana e cravo. Diamantina, uma Bohemian Pilsner, bebida que traz o lúpulo tcheco Saaz e homenageia a cidade mineira de Diamantina. Villa Rica, o estilo Dry Stout tão célebre na Irlanda é feito com malte torrado, tem baixo corpo e revela notas de café. Pouca lupulagem, baixo amargor, carbonatação média. Vivre pour Vivre, uma cerveja que passa por três fermentações: a primeira é alcoólica, com ação de leveduras. Depois, sofre ação de lactobacilos, ganhando acidez. Três anos depois é fermentada pela terceira vez, com leveduras novamente, e com a adição da brasileiríssima jabuticaba. Produto sazonal, só é produzida nas safras de jabuticaba, com produção limitada. Premiada com a Medalha de Prata na categoria “Fruit Beer” no Concurso Brasileiro de Cervejas em Blumenau 2013. A Falke Bier recebeu também o Prêmio Paladar 2009 – Cerveja Artesanal – Produto do Ano do jornal O Estado de S. Paulo e foi escolhida pelo blog World of Beer do canadense Stephen Beaumont como a melhor cerveja da América Latina, incluindo América Central e México, no ano de 2011. A cervejaria possui três características originais: adega subterrânea, onde as cervejas são maturadas ao som de canto gregoriano; um espaço para degustação e análise sensorial das cervejas e torrefadora de café adaptada para torrefação do seu próprio malte. www.falkebier.com.br Alameda dos Falcões, 680 Vale do Ouro, Ribeirão das Neves (MG) Filial: Rua Manaus, 373 Sta. Efigênia Belo Horizonte (MG)

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Göttlich Divina! O conceito da marca Göttlich Divina! nasceu em 2007 na Alemanha, durante visita da importadora ON Trade ao Monastério de Weihenstephan. Desenvolvidas especialmente para atender ao mercado superpremium, as Divinas surgiram em 2010 no sul do Brasil, em Joinville, no estado de Santa Catarina. Rótulos de marca própria da importadora, a proposta da Göttlich Divina! busca unir o conhecimento cervejeiro do Velho Mundo e seus ingredientes originais com a inovadora escola cervejeira do Brasil. Essa união certamente resultaria em cervejas únicas, com características exclusivas e especiais. Saborosas e aromáticas, as cervejas Göttlich Divina! são elaboradas a partir de matérias-primas das regiões mais tradicionais da Europa, importadas de países de grande cultura e referência cervejeira. Os fermentos alemães são fornecidos pela Weihenstephan, a Cervejaria mais antiga do mundo e os lúpulos vêm de Hallertau, na Alemanha e de Saaz, na República Tcheca. Através de exclusivas receitas desenvolvidas em conjunto com o renomado cervejeiro artesanal Leonardo Botto, e produzidas com um ingrediente especialmente brasileiro, de característica marcante, o guaraná, as Divinas conquistaram em pouco tempo o reconhecimento dos apreciadores de cervejas especiais no País e no exterior, podendo ser degustadas nas principais capitais do Brasil e da Europa. Em pouco tempo também, surpreendentes, as Divinas conquistaram premiações importantes: A Göttlich Divina! Pilsen recebeu a medalha de prata na 2ª edição da South Beer Cup, realizada em 2012 em Blumenau, sendo considerada neste ano a 2ª melhor cerveja no estilo Pilsen da América do Sul. A Göttlich Divina! Weiss conquistou em 2013 o título de melhor cerveja de trigo frutada do Brasil com a medalha de prata no 1º Concurso Brasileiro de Cervejas, também realizado em Blumenau, em março de 2013. Neste primeiro ano do concurso brasileiro, não houve a premiação da medalha de ouro para o estilo Fruit Wheat Beer, cerveja de trigo frutada, nesta categoria a medalha conquistada pela Divina! Weiss foi a premiação máxima. As Divinas são fermentadas com nobre caráter e possuem características específicas e, entre outras virtudes, oferecem excelentes opções para harmonizações gastronômicas: A Göttlich Divina! Pilsen apresenta 5.5% álc/vol. e tem 14.8% de extrato primitivo. Seu processo artesanal de “Dry Hopping” confere presença marcante de lúpulo. Harmoniza bem com saladas de folhas e entradas grelhadas e fritas, seu creme branco e persistente e sua extrema refrescância limpam o paladar, carnes vermelhas grelhadas harmonizadas com esta Pilsen diferenciada são excelentes combinações. A Göttlich Divina! Weiss, com 14.0% de extrato primitivo e 5.8% de álc/vol., é uma bebida leve e refrescante. Efervescente e com creme generoso, é uma cerveja perfeita para grandes ocasiões. Sua harmonização adequada eleva a refeição ao momento especial, frutos do mar, risotos claros e carnes brancas assadas são harmonizações perfeitas, na sobremesa, torta de limão acompanhando esta Weiss tropical faz uma divina harmonização. www.otd.com.br ON Trade Importação e Distribuição Email: otd@otd.com.br Tel. (11) 5041.0182

Rótulos de marca própria da importadora, a proposta da Göttlich Divina! busca unir o conhecimento cervejeiro do Velho Mundo e seus ingredientes originais com a inovadora escola cervejeira do Brasil cervejAria

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Invicta Ribeirão Preto é a terra da cerveja! E, nesse berço riquíssimo de grandes marcas e deliciosos sabores, surgiu a Cervejaria Invicta, genuinamente ribeirão-pretana. Com uma história que já nasce grande, devido à experiência de mais de 13 anos do mestre-cervejeiro Rodrigo Silveira na criação de receitas gourmets para apreciadores de boas cervejas, a empresa conquistou cinco medalhas no primeiro semestre de 2013. No Concurso Brasileiro de Cerveja de Blumenau a medalha de prata foi garantida na categoria Imperial India Pale Ale, com a Invicta Imperial India Pale Ale. Na categoria German-Style Pilsener a Invicta German Pilsener nasceu contemplada, lançada nacionalmente no festival, foi a única a conseguir pontuação, e conquistou a medalha de prata, deixando o cervejeiro Rodrigo Silveira extasiado, “é muita honra pensar que com a prata garantimos ser a melhor do Brasil”, relata. Rodrigo também trouxe para casa uma medalha de bronze na categoria American-Style Black pela India Black Ale. Já no South Beer Cup, que premiou cervejas artesanais de origem latino americanas, ocorrido em Buenos Aires, a Invicta ficou com a medalha de prata no estilo Other Beer Styles com a cerveja India Black Ale, e no estilo Imperial Ipa, a Invicta Imperial Ipa teve a única medalha do grupo, de bronze, ficando vencedora isolada na categoria. Muito conhecimento e ingredientes de altíssima qualidade resultam em cervejas de sabores e aromas deliciosos que fazem sucesso entre os apreciadores mais exigentes. Para comprovar isso, a Invicta lançou em 2012 sete novos rótulos de cerveja, que além de muito saborosas, prestam uma homenagem a Ribeirão Preto. As embalagens são estilizadas e diferentes das convencionais, ilustradas com pontos turísticos da cidade produzidos pelo artista Beto Candia com design de Ana Zago e Cordeiro de Sá. Desenvolvidas também por Silveira, as opções são para todos os gostos: Weiss, German Pilsener, Pilsener, Imperial India Pale Ale, Imperial Stout, India Black Ale e Porter. Os apreciadores de todo o Brasil podem encontrar a India Black Ale, Imperial India Pale Ale, Imperial Stout e a German Pilsener nos principais restaurantes, armazéns, cervejarias e empórios do Brasil todo. Os demais rótulos serão lançados no segundo semestre de 2013.

Além de servir o chope Invicta aos frequentadores da cervejaria, os empresários também vendem barris, que variam de 10 a 50 litros. Já as cervejas German Pilsener, Imperial India Pale Ale, India Black Ale e Imperial Stout são comercializadas para estabelecimentos de todo o país

Sobre as cervejas: A Invicta German Pilsener é uma cerveja persistente. Seu processo Dryhopping de lúpulo lhe confere amargor de média intensidade bastante marcante. 35IBU | 4,5% teor alcoólico. A Invicta Imperial India Pale Ale é uma cerveja ousada. Mistura o sabor levemente doce dos maltes com o amargor e aroma floral da dosagem generosa de lúpulo. 115IBU | 8% teor alcoólico. A Invicta Imperial Stout é uma cerveja aveludada. Seus aromas de café e chocolate são encorpados com final amargo de notas tostadas. 65IBU | 9% teor alcoólico. A Invicta India Black Ale é uma cerveja robusta. Apresenta um conjunto de lúpulos equalizados com maltes torrados. 75IBU | 7,5% teor alcoólico. A Invicta Pilsener é uma cerveja clássica. Tem o sabor leve e refrescante dos maltes Pilsener, Viena e Trigo, que também proporcionam sua cor dourada e espuma cremosa. 15IBU | 4,5% teor alcoólico. A Invicta Porter é uma cerveja superior. A partir de malte torrado e com final seco, apresenta aromas de Café e notas de Chocolate. 35IBU | 6% teor alcoólico. A Invicta Weiss é uma cerveja verdadeiramente alemã. Seus aromas de Banana e Cravo, típicos deste estilo europeu.15IBU | 4,5% teor alcoólico. www.cervejariainvicta.com.br Avenida do Café, 1365 Vila Tibério, Ribeirão Preto (SP) Tel. (16) 3878.1020

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Karavelle “Adoramos curtir momentos especiais, na presença de amigos, em casa ou em qualquer ocasião especial. Sempre fomos apreciadores de boas cervejas e por isso criamos a nossa Cervejaria, para brindar o melhor da vida.” História, linha do tempo: 2009 – Nasce em Indaiatuba, São Paulo, a Cervejaria Vera Cruz, com uma receita exclusiva, elaborada por experientes mestres-cervejeiros. A seguir é lançada a marca Karavelle, juntamente com seu primeiro produto, o chope Pilsen Premium. 2010 – O sucesso do chope Pilsen Premium trouxe as cervejas e, o lançamento das garrafas Karavelle Pilsen Premium, vem acompanhado de mais dois sabores: a Karavelle Keller e Porter Barba Negra. 2011 – As cervejas impulsionam a marca e a distribuição. Agora, a Karavelle está presente nos melhores bares e restaurantes de Indaiatuba e São Paulo, e nas grandes redes de supermercados. O lançamento de mais dois tipos de Karavelle, a Weiss e a Red Ale Hell, celebra o novo momento. 2012 – A distribuição atinge praticamente toda a região sudeste e parte da região Sul. O lançamento da tradicional cerveja India Pale Ale traz a sexta Karavelle ao mercado e conquista ainda mais o reconhecimento do consumidor. 2013 – A inauguração do Brewpub Karavelle, em São Paulo, marca o novo momento da marca e com ele o lançamento da sétima cerveja, a Karavelle Farm House Heaven. As cervejas artesanais são tradicionalmente elaboradas com ingredientes selecionados para valorizar a qualidade e as características do produto. A Karavelle prima pela excelência de suas cervejas, mas sabe que o sabor é o que realmente conquista.

Os sócios Dinho Diniz, Seu Jorge e Otávio Uchoa da Veiga Neto brindam o melhor da vida e o sucesso de seu chopp Pilsen que originou as cervejas da linha Karavelle. A marca criada em Indaiatuba, SP, faz cerveja elaborada por experientes mestres-cervejeiros

A marca conta com sete tipos de cerveja premium com inspiração internacional, criadas para atender ao clima e sabor brasileiros: A Pilsen é uma cerveja de baixa fermentação, puro malte, sua aparência é clara, brilhante com persistente creme e aroma floral. Essa combinação resulta em um sabor único, muito refrescante e sensorialmente leve. A Keller é uma Lager, que fica mais tempo em nossos tanques de maturação, obtendo um sabor maltado mais acentuado, contrastando com o frescor do lúpulo. Por não ser filtrada, tem um aspecto turvo. Barba Negra é uma Porter, fabricada com um blend de maltes torrados. Possui coloração negra, espuma bege e duradoura. Tem um leve aroma e sabor de café torrado, com um suave amargor. A Weiss é uma cerveja de Trigo Extra de alta fermentação, refrescante e naturalmente turva, apresentando aroma e sabor frutados, levemente condimentados, além de uma densa e abundante espuma. Harmoniza com peixes, frutos do mar, carnes brancas, saladas, queijos leves, petiscos, pães e sobremesas. A Karavelle Red Ale é uma cerveja de alta fermentação, de cor âmbar, aroma de malte e leve amargor. Essa Ale é uma cerveja de caráter distinto, sabor maltado, que contrasta com o frescor do lúpulo importado. A Karavelle IPA é uma autêntica India Pale Ale. Criada pelos ingleses para resistir às longas jornadas da Inglaterra até a Índia, surgiu como uma cerveja com teor alcoólico elevado e mais lupulada. Intensa no amargor e perfumada no aroma. No caso da Farmhouse Heaven, trata-se de uma cerveja de alta fermentação, desenvolvida para surpreender o paladar de seus apreciadores. É a primeira cerveja com Batata Doce do mundo, tem aroma levemente cítrico devido aos lúpulos ingleses, sabor sutilmente adocicado com final seco e marcante, possuindo coloração âmbar. www.karavelle.com.br Rua Augusto Tonin, 386, Indaiatuba (SP) Tel. (19) 3936.2601

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Krug Bier Criada em 1997, é a primeira cervejaria artesanal de Minas Gerais. No entanto, a marca começou a produzir e comercializar a cerveja Áustria, em 2004. Assim que foi criada, a Áustria By Krug Bier já conquistava alguns prêmios relevantes no cenário das cervejas artesanais. Em franco crescimento, a Krug Bier inova cada vez mais. A fábrica mudou para Nova Lima, em 2004, e a cervejaria foi para a Rua Major Lopes, 172, no bairro São Pedro em Belo Horizonte em 2009. A fábrica aumentou enormemente a capacidade de produção, com uma planta moderna, equipamentos exclusivos, preservando o processo artesanal. Enquanto isso, a cervejaria Krug Bier passava a contar com três ambientes, com espaços para eventos e encontros de negócio e lazer. A Krug Bier transformou-se em referência de choperia na capital mineira. Os chopes da Krug Bier passam por um processo de produção especial, trazendo o que há de melhor da Áustria, numa receita tradicional que conquista o paladar dos mineiros. Possui várias opções de chope, com sabores exclusivos, todos feitos com os melhores ingredientes: Chopp Weiss, Chopp Amber, Chopp Cristal, Chopp Krug, Chopp Golden Ale e Chopp Export. Em 2013, a Krug lançou a primeira cerveja de uma série chamada “Imperium”, a Imperial IPA. As cervejas Áustria by Krug Bier são desenvolvidas com maestria ímpar. São elas: Lager: Cerveja tipo Pilsen ou American Lager, leve cremoso com sabor de malte e baixo nível de amargor. Teor alcoólico baixo (4,8%). Export: Cerveja típica da região de Dortmund, na Alemanha, de baixa fermentação, encorpada e sabor de malte e nível de amargor mais elevado. Teor alcoólico médio 5,3%. Hefeweizen: Cerveja típica da região da Baviera e Áustria, de alta fermentação, feita, em parte, com trigo maltado, com sabor marcante de cravo e banana originado da levedura especial suspensa na cerveja. Cerveja de teor alcoólico de 5,1%. Amber: Cerveja escura secco de teor alcoólico baixo, de 4,8%, e com uma leve nota de café originada do uso de malte torrado na composição dos vários tipos de malte. Sabor intenso com amargor baixo. Golden Ale: Cerveja de alta fermentação, com teor alcoólico médio, de 4,9%, sabor frutado e amargor baixo. Imperium Imperial IPA: Cerveja de tipo Imperial IPA com carga de maltes selecionados extremamente, alto teor alcoólico, de 9,5%, e sabor e aroma originados dos lúpulos aromáticos selecionados. Entre os chopes, a casa se destaca pelas seguintes bebidas: Chopp Krug Bier Export, paladar com notas de lúpulo mais acentuadas, sabor com personalidade marcante, tipicamente austríaca, e coloração convidativa. Teor alcoólico: 5,3% Chopp Krug Bier Amber, uma exclusividade Krug Bier. Chope leve e escuro tipo Viena Lager, com nota suave de café proveniente do uso de malte torrado. Sabor marcante e original. Teor alcoólico: 4,7% O Chopp Krug Bier Cristal Premium é o tradicional chope que conhecemos, leve, puro e cristalino, porém com a diferenciada qualidade Krug Bier. Teor alcoólico de 4,5% O Chopp Krug Bier Golden Ale tem alta fermentação, com sabor encorpado e frutado. Elaborado com levedura típica e uma seleção de maltes especiais nobres. Teor alcoólico de 4,5%. Chopp Krug Bier Weiss, típico da região da Baviera e oeste da Áustria, com fermento específico de alta fermentação que proporciona um sabor autêntico, com notas de cravo. Teor alcoólico de 5,1%. Chopp Krug Bier Premium, bebida que segue a tradição das cervejarias europeias. Possui aparência menos cristalina e sabor mais intenso. Teor alcoólico de 4,5%. Os pratos da cozinha da Krug Bier são exclusivos. A ideia dos fabricantes é surpreender o paladar do cliente. Para isso, conta no menu com mais de 30 opções. Os chopes da Krug Bier passam por um processo de produção especial, trazendo o que há de melhor da Áustria, numa receita tradicional que conquista o paladar dos mineiros

www.krug.com.br Rua Alaska, 115ª, Nova Lima (MG) Tel. (31) 3507.0777

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Mistura Clássica Criada na cidade de Volta Redonda, na região Sul Fluminense, em abril de 2003, a Cervejaria Mistura Clássica começou produzindo uma cerveja Lager do estilo Pilsen e uma Ale do estilo Amber, comercializadas na forma de chope. Outro produto também lançado na época foi o revolucionário sistema de delivery, com a entrega dos chopes em endereços solicitados pelo cliente. Foi um verdadeiro sucesso, uma febre na cidade e região. Isso deu a possibilidade de os clientes montarem combos desejados ideais para festas. Em julho de 2003, a marca inaugurou um pub bar dentro da fábrica, no intuito de divulgar os produtos da empresa. O espaço é caracterizado com o espírito da Cervejaria Mistura Clássica. Trata-se de um lugar aconchegante, criado para degustação dos chopes diretamente da fonte, muito bem acompanhadas de petiscos e músicas selecionadas para uma perfeita sintonia de sensações, proporcionando aos clientes momentos de descontração e, é claro, qualidade. As cervejas produzidas pela cervejaria Mistura Clássica foram formuladas seguindo a lei da região da Bavária de 1516, pois são fabricadas com água potável própria para a finalidade, ou seja, puríssima, maltes, lúpulos e fermento, sem a adição de qualquer tipo de aditivos para a sua conservação ou preservação. O abastecimento diário dos tanques da cervejaria permite ao consumidor degustar produtos sempre novos, no ponto de venda, com características próprias e com alto padrão de qualidade. Em 2005, foi lançada mais uma cerveja Lager e uma Pilsen Premium do estilo American Lager. Os lançamentos a partir dessa data tornaram-se anuais, no mês de julho, quando são comemorados os aniversários da cervejaria e do pub, sempre com uma nova cerveja. Essas formulações sempre aconteceram com a participação de clientes, com suas valiosas sugestões e desejo de apreciar outros estilos, o que antes era possível apenas fora do País. Seguindo a trajetória da empresa, em julho de 2006 foi realizado o lançamento de uma cerveja do estilo América Stout, bebida que traz em sua composição o café gourmet produzido na fazenda Olinda, situada na região oeste do estado da Bahia. Nos anos seguintes, foram criadas novas receitas, sempre com o objetivo de oferecer ao cliente produtos de primeira linha e de valor agregado. Segue a lista das novas formulações: 2007 – Red Ale, de estilo Irish Red Ale. (CHEERS) 2007 – Weiss, cerveja de trigo com o perfil alemão do estilo Hefeweiss com um toque Belga. (MATILDA) 2008 – Strong Dark Ale, de estilo Belga (STRONG) 2009 – Belgiun Strong Golden Ale (SPUTNIK) 2009 – Belgiun estilo Tripel (BEATUS) 2010 – American Pale Ale (BILL´S) 2011 – Brown Ale (MISSISSIPPI) 2012 – Imperial IPA (AMNÉSIA)

As cervejas produzidas pela marca foram formuladas seguindo a lei da região da Bavária, de 1516, pois são fabricadas com água potável própria para a finalidade, ou seja, puríssima, maltes, lúpulos e fermento, sem a adição de qualquer tipo de aditivos para a sua conservação ou preservação

Para 2013, estão em andamento as produções de mais três estilos: Vienna Lager (MARY HELP), Robust Porter (MIB) e uma Tripel IPA para serem lançadas em julho, em comemoração aos 10 anos da Cervejaria Mistura Clássica. www.misturaclassica.com.br cervejaria@misturaclassica.com.br Av. Almirante Adalberto de Barros Nunes, 1904 Vila Mury, Volta Redonda (RJ) Tel. (24) 3346.2071

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Opa Bier Joinville possui uma tradição cervejeira que iniciou em 1852 com a chegada de seus primeiros imigrantes alemães. A primeira cerveja artesanal da cidade, a Schmalz, era feita de milho, já que o clima da região era impróprio para o cultivo de cevada. Desde então, várias cervejarias se destacaram na cidade, que ganhou fama pela qualidade de suas cervejas devido à água pura que brota de suas terras. Fundada em 2006, a Opa Bier nasceu para resgatar essa tradição cervejeira de Joinville. É uma homenagem aos primeiros colonizadores, que encontraram água pura para a produção de cerveja, e aos cervejeiros, que por muito tempo deram fama à cidade fabricando a melhor cerveja do Brasil. A Opa Bier se dedica à produção de cervejas artesanais, elaboradas com maltes e lúpulos selecionados. Elmar Schmitz de Alvarenga é o mestre-cervejeiro da casa. Com formação em Engenharia Química, trabalha no segmento cervejeiro há cerca de 20 anos, com experiência em grandes cervejarias e também em unidades artesanais. Atualmente, desenvolve as receitas da família Opa Bier. Entre os produtos da casa, estão os chopp Opa Bier, que são produzidos conforme a Lei Alemã de Pureza, o Reinheitsgebot. O processo artesanal de fabricação e o uso de matéria-prima selecionada impedem o uso de adjuntos e cereais não maltados em sua composição. Além do chopp, a cervejaria conta com uma ampla linha de cervejas: A Pilsen, uma lager leve e pura que possui todo o sabor e equilíbrio de uma bebida Puro Malte. É elaborada com uma combinação de lúpulos selecionados, que realçam um suave amargor e proporciona uma deliciosa espuma cremosa com teor alcoólico de 4,6%vol. A Weizen é uma Ale, ou seja, de alta fermentação. É encorpada com maltes de trigo e cevada. Possui sabor e aroma frutados, com notas de banana e cravo. Preserva suas propriedades naturais por não passar pelo processo de filtração. Seu teor alcoólico é de 4,6%vol. A Pale Ale, de alta fermentação e cor acobreada, possui paladar seco e levemente frutado, com destaque para seu aroma característico do lúpulo Hallertau. Possui 4,8% vol. de teor alcoólico. A Porter, que se trata de uma Ale e é escura devido a torrefação de seu malte. Encorpada, possui aroma intenso e paladar marcante com notas de café torrado. É um ótimo acompanhamento para apreciadores de charutos e destilados de alto teor alcoólico. Possui 4,6% vol. de teor alcoólico. A Old Ale foi criada para comemorar os cinco anos de aniversário da cervejaria. De estilo inglês, possui aroma envolvente e paladar marcante, deliciosamente lupulado. Possui teor alcoólico de 6,5% vol. A Opa 500 mostra o pioneirismo da Opa Bier. É a primeira cerveja envasada em garrafa de alumínio em território nacional. Trata-se da Pilsen Puro Malte com um toque de ousadia. Seu rótulo estampa a invenção desse líquido precioso pelos Sumérios. É uma Lager e possui 4,6% vol. de teor alcoólico. Aberta à visitação apenas com hora marcada, a fábrica não possui bar, mas, para degustar os produtos fresquinhos, a cervejaria conta com o Opa Boteco, com sede em Joinville e Pomerode e o Parque Opa Bier de Joinville, que conta com restaurantes de variados segmentos, além de uma casa para eventos. A cervejaria conta também com uma loja, a Opa Store, que oferece uma infinidade de produtos da marca além de cervejas importadas. A Cervejaria Joinville fabrica também as marcas Divina Göttlich (Pilsen e Weissbier), Balsa Bier (Pale Ale, Weizen e Pilsen), Zoontje Botto Bier (Belgian India Pale Ale), Parque Opa Bier (Porter, Weizen e Pilsen), e Merecida (Pilsen). Fundada em 2006, a Opa Bier nasceu para resgatar a tradição cervejeira de Joinville. É uma homenagem aos primeiros colonizadores, que encontraram água pura para a produção de cerveja, e aos cervejeiros, que por muito tempo deram fama à cidade fabricando a melhor cerveja do Brasil

www.opabier.com.br Rua Dona Francisca, 11.560, Joinville (SC) Tel. (47) 3435.4707

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Paulistânia Lager Premium

As cervejas da marca são elaboradas com lúpulos nobres (alemães e americanos) e 100% puro malte de cevada. Todas as versões da marca passam por um longo processo de fermentação - que dura entre 3 a 4 semanas - garantindo balanço ideal entre complexidade e drinkability

A marca de cerveja própria da Bier & Wein Importadora é o resultado do trabalho ininterrupto desta empresa pioneira em cervejas especiais no Brasil, desde 1993. Suas receitas são produzidas sob licença em Cândido Mota, São Paulo, pela cervejaria Casa Di Conti, inaugurada em 2001 com equipamentos de ponta Steinecker/Krones e toda a infraestrutura e tecnologia necessárias para garantir o total controle de qualidade na produção da Paulistânia. As cervejas são elaboradas com lúpulos nobres alemães e americanos e 100% puro malte de cevada. Todas as versões da marca passam por um longo processo de fermentação – que dura entre 3 a 4 semanas –, garantindo balanço ideal entre complexidade e drinkability. A Paulistânia está disponível atualmente em três versões: clara, escura e vermelha, sendo todas Lagers (cervejas de baixa fermentação). A Paulistânia Clara é uma Pale Lager, com 4,8% de álcool e produzida com um blend de dois maltes importados e dois lúpulos exclusivos. Refrescante, aromática e encorpada, com ricas notas de malte e amargor harmônico. Acompanha bem desde pratos leves, como grelhados, sushis e saladas, até pratos mais fortes e picantes. A Paulistânia Escura é uma Dunkel Lager, com 5,6% de álcool. Feita com um blend de quatro maltes importados e dois lúpulos exclusivos, é naturalmente escura, delicadamente frutada, com notas tostadas lembrando café, chocolate e com suave amargor. Harmoniza com churrasco, feijoada, assados, embutidos, queijos duros ou defumados e sobremesas à base de leite ou chocolate. Já a Paulistânia Vermelha é uma exclusiva Strong Red Lager, com 6,2% de álcool. Produzida com blend de quatro maltes importados e dois lúpulos exclusivos, é uma cerveja potente, com agradável aroma lupulado e acaramelado. Seu paladar é adocicado, contraposto às notas tostadas de malte e um final ligeiramente amargo. Ideal para acompanhar pratos robustos e picantes, queijos azuis e maturados, além de sobremesas em geral. Além da qualidade superior de suas cervejas, a marca prima pela boa comunicação e disseminação cultural. Seus rótulos são ineditamente ilustrados por imagens diversas de São Paulo e do Brasil, celebrando a diversidade cultural de nosso país. Para a primeira edição de rótulos da Paulistânia Clara, foram selecionadas 12 fotos antigas da cidade de São Paulo. As fotos transformaram os rótulos em uma verdadeira viagem no tempo, trazendo nostalgia e reflexão, instigando-nos a conhecer e valorizar a identidade desta megacidade. A segunda edição de rótulos da Paulistânia Clara foi ilustrada por 12 fotos de cidades brasileiras, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Manaus, Fortaleza, Curitiba, entre outras, fazendo jus ao slogan da marca: “um brinde a todas as cidades, da cidade de todos”. Para a Paulistânia Escura, lançada em comemoração ao primeiro ano da marca – em janeiro/2011 –, um potpourri de 12 fotos noturnas da cidade de São Paulo foi selecionado, criando um sutil elo entre o escuro da noite e da cor desta cerveja. Nos rótulos da Paulistânia Vermelha, última versão da linha, lançada em maio/2012, a ilustração ficou por conta das 12 fotos vencedoras do concurso cultural “Seu Olhar Sobre SP”. Elas foram feitas por consumidores da Paulistânia que participaram desta campanha nacional promovida pela marca. E assim ela pretende continuar: sempre transformando sua embalagem e materiais em um canal de cultura e informação. www.cervejapaulistania.com.br Bier &Wein Importadora e Distribuidora Tel. (11) 3405.7000 sac@buw.com.br www.buw.com.br

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ST. GALLEN Ano 613 d.C., nos Alpes da antiga Germânia, monges beneditinos de Sankt Gallen iniciam uma importante e prazerosa busca: elaborar as mais agradáveis cervejas. Século XXI, nas montanhas de Teresópolis – Rio de Janeiro, cervejeiros imbuídos do mesmo espírito se dedicam a produzir cervejas sofisticadas, que combinam equilíbrio e personalidade, bebidas dignas dos mais exigentes apreciadores. Na Idade Média, os mosteiros europeus desempenhavam relevante papel social e cultural, acolhendo os peregrinos de terras distantes. Por isso, os monastérios dispunham de albergue, taberna e uma cervejaria. Naquela época, os monges fabricavam cerveja empregando diversas ervas para aromatizá-la. Mas foi no mosteiro de Sankt Gallen, um dos conventos mais antigos a iniciarem a produção de cervejas (fundado em 613 d.C. e nomeado em honra do santo irlandês que ali viveu) que uma revolução na elaboração da bebida aconteceu: foi introduzido o lúpulo no processo de fabricação, garantindo melhor conservação, além do aroma refrescante e o amargor que caracterizam as melhores cervejas do mundo até os dias de hoje. Em homenagem a esta importante referência histórica, hoje são produzidas na Cervejaria Sankt Gallen, a mais de 900 metros de altitude, com a mais pura água mineral das montanhas de Teresópolis, as cervejas especiais St.Gallen. São Cervejas Super Premium, de alta fermentação, que proporcionam uma experiência impar através do excelente paladar e aroma. Entre os estilos produzidos estão: St. Gallen Weissbier é uma cerveja elaborada segundo o tradicional método da região sul da Alemanha, produzida com água mineral, puros maltes de trigo e cevada, lúpulo e levedura de alta fermentação. Essa cerveja refrescante tem corpo médio e bem carbonatado, baixo amargor e final cítrico, possui uma forte cor dourada, espuma persistente e é naturalmente turva por não ser filtrada. Seu aroma traz uma sutil nota de banana e especiarias. St. Gallen Weissbier é a cerveja perfeita para acompanhar pratos condimentados, frutos do mar, aves, saladas, weisswurst (salsicha branca) com mostardas apimentadas, pretzel e leves queijos de cabra. Temperatura ideal para degustar: 3ºC / 4ºC Teor alcoólico: 5,5% St. Gallen Irish Red Ale tem estilo nobre, sendo uma típica cerveja da Irlanda, de cor avermelhada, que utiliza em sua formulação seis maltes especiais, lúpulo e fermento de alta. É marcante, saborosa e encorpada, com espuma persistente. Seu aroma intenso e duradouro apresenta notas de frutas e caramelo que, ao final, são sobrepostos pelo leve amargor dos lúpulos finos. Harmoniza perfeitamente com queijos fortes, carnes assadas, codorna e pato. É ótima acompanhando doces finos. Temperatura ideal para degustar: 5ºC / 6ºC Teor alcoólico: 6,2% St. Gallen Imperial Stout é uma cerveja de origem inglesa, escura, forte e robusta, produzida com fermento Ale. Sua receita original foi elaborada para a exportação marítima, nobres do império russo do século XVIII apreciavam muito a cerveja. É composta por maltes tostados e balanceados por lúpulos nobres. Ficam evidenciadas as notas de café e um leve toque achocolatado. Harmoniza com queijo Gorgonzola, carnes vermelhas e sobremesas a base de chocolate. Temperatura ideal para degustar: 6ºC / 7ºC Teor alcoólico: 8,0% Além das Cervejas Especiais St. Gallen a Cervejaria Sankt Gallen produz também o Chopp Premium da Estação*: são receitas sazonais, de produção limitada. Um novo estilo a cada estação do ano. Inspirada no pioneirismo e paixão pela bebida ancestral, foi construída a Vila St. Gallen: lugar mágico, com capelinha, rua do comércio, agradáveis restaurantes e uma bela cervejaria, coração desta vila germânica

* Com exclusividade na Vila St. Gallen (www.vilastgallen.com.br)

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Therezópolis

Numa vila ​nórdica, em Teresópolis-RJ, a Cervejaria Sankt Gallen​produz a Cerveja Therezópolis com base na receita de imigrantes dinamarqueses que povoaram a cidade no Século XIX. Em 1912, junto a família, Mestre Alfredo Claussen (segurando uma garrafa da Cerveja Therezópolis) comemora a inauguração da primeira cervejaria da cidade serrana fluminense. Nascia uma clássica entre as Cervejas Especiais

No ano bissexto de 1912, enquanto os cariocas torciam animados no primeiro Fla x Flu e festejavam a inauguração do Bondinho do Pão de Açúcar, o visionário Alfredo Claussen, neto de imigrantes dinamarqueses que povoaram a cidade de Teresópolis durante o séc. XIX, fundou a primeira cervejaria (e também a primeira indústria) do município da Região Serrana do Rio de Janeiro. Naquele momento, Mestre Claussen apostou, como grande diferencial de seu produto, na tradição nórdica resgatada de seus antepassados para a elaboração da cerveja (a receita caseira original chegou ao Brasil em 1826, na bagagem do casal de imigrantes dinamarqueses Jacob Henrich Claussen e Caroline Claussen, que se estabeleceram e tiveram seus filhos nas montanhas da Serra Fluminense). O cervejeiro aliou o uso da melhor matéria-prima importada da Europa com a cristalina água mineral das montanhas. Surgia assim a Cerveja Therezópolis, uma Lager de bela cor dourada, alegria não somente de seu criador e dos ilustres que visitavam a cidade, mas de todos os apreciadores da bebida na região. Ao final da Primeira Grande Guerra, o Brasil rompe relações diplomáticas com o bloco germânico e as dificuldades de importar matéria-prima de qualidade aumentaram, afetando a produção da Cerveja Therezópolis nos padrões exigidos por Alfredo Claussen. Em 1922, o cervejeiro-empreendedor encerra a produção da cerveja em escala comercial e volta a produzi-la apenas em ocasiões especiais. Em homenagem a esta história de pioneirismo, e sob a bênção dos descendentes diretos do Mestre Claussen, a Cervejaria Sankt Gallen resgatou esta preciosidade e lançou a linha de Cervejas Especiais Therezópolis: Therezópolis Gold é uma refrescante Premium Lager de receita dinamarquesa que possui médio amargor, bela cor dourada e cremosidade generosa. Esta cerveja traz a perfeita combinação entre o puro malte, os três tipos de lúpulos – dois aromáticos e um de amargor, e a cristalina água mineral das montanhas. Sua versatilidade permite acompanhar muito bem os pratos da cozinha asiática, frutos do mar, crustáceos, pizzas, queijos leves, salsichas brancas, salames e os famosos petiscos brasileiros. Temperatura ideal para degustar: 3ºC / 4ºC Teor alcoólico: 5,0% Therezópolis Ebenholz é uma cerveja Dunkel elaborada no tradicional estilo Münchner. Leva em sua receita quatro tipos nobres de maltes, lúpulo e a cristalina água mineral das montanhas. Cerveja aromática, com sabor bem maltado e notas de torrefação equilibradas pelo frescor do lúpulo. Embora encorpada e com paladar intenso, esta cerveja de baixa fermentação é bem eclética e harmoniza com os sabores das carnes vermelhas, caças, aves bem temperadas e carnes suínas. Temperatura ideal para degustar: 4ºC / 5ºC Teor alcoólico: 5,5% Therezópolis Rubine é uma autentica Bock, de cor vermelho intenso, composta por maltes tostados do tipo Munich e Carared, equilibrados pelo leve amargor do lúpulo e pela leveza da água mineral das montanhas. Cerveja de baixa fermentação e maturação prolongada, corpo denso e creme persistente, seu aroma traz notas de ameixa preta, café e toffee. No entanto, no retrogosto o amargor do lúpulo equilibra o dulçor do malte. Sua densidade pede os sabores das carnes de carneiro, coelho ou avestruz, mas também é perfeita para a degustação de nozes. Temperatura ideal para degustar: 5ºC / 6ºC Teor alcoólico: 6,0% Além das Cervejas Therezópolis a Cervejaria Sankt Gallen produz também o Chopp Premium da Estação*: com receitas sazonais, de produção limitada. Um novo estilo a cada estação do ano. * Com exclusividade na Vila St. Gallen (www.vilastgallen.com.br)

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Em 2012, foi eleita a melhor cervejaria da América do Sul pelo South Beer Cup, com o maior número de medalhas de ouro na competição, disputando com mais de 400 cervejas; em 2013, consagrou-se como a cervejaria que produz a melhor cerveja do Brasil

A charmosa região da Pampulha, na capital mineira, foi escolhida em 1999 para abrigar a cervejaria Wäls, que tem como portfólio cervejas inspiradas nas tradicionais escolas Belgas e Tchecas. O reconhecimento da cervejaria é descrito no próprio slogan “Fazemos mais que cervejas, criamos obras de arte”. Em 2012, foi eleita a melhor cervejaria da América do Sul pelo South Beer Cup, com o maior número de medalhas de ouro na competição, disputando com mais de 400 cervejas. Em 2013, consagrou-se como a cervejaria que produz a melhor cerveja do Brasil. A Wäls Pilsen obteve a maior pontuação entre os mais de 200 rótulos julgados no Concurso Brasileiro de Cerveja. Entre as bebidas criadas pela Wäls, estão: Wäls Witte, uma Wit Bier com 5,0 % de álcool. Cerveja de trigo refrescante, elaborada com especiarias diversas. Tem coloração amarelo claro, turvo. O aroma cítrico e condimentado remete a especiarias como a pimenta da Jamaica e a laranja da terra. De corpo leve, tem espuma consistente e cremosa. É ideal para os dias de calor. Pode ser servida com uma fatia de laranja. A X-Wäls é uma American Lager que tem 4,0 % de álcool. Uma bebida cristalina, de baixa fermentação e sabor refrescante. Trata-se de uma cerveja com equilíbrio entre o malte pilsen e o lúpulo cascade, com aroma floral intrigante, ao mesmo tempo suave e marcante. É produzida com refinada técnica de lupulagem chamada Dry Hopping. Bohemia Pilsen, que tem 5,0% de álcool. É uma cerveja dourada, de baixa fermentação e sabor maltado e lupulado incomparável. É uma fiel representante do estilo tcheco Bohemian Pilsener, preparada com dose intensa do tradicional lúpulo Saaz. A Dubbel, uma Belgian Strong Ale com 7,5% de álcool. É castanha escura e possui espuma densa e duradoura. Traz aroma de frutas secas com notas de especiarias e maltes especiais. Paladar com persistência e levemente picante e bastante seca. Refermentado na garrafa. A Trippel, que também é uma Belgian Strong Ale com 9% de álcool. Tem cor alaranjada, espuma densa e duradoura. É elaborada com maltes, leveduras e lúpulos especiais, coentro, casca de laranja e outras especiarias. Aromas cítricos, paladar frutado e condimentado. Refermentada na garrafa. A Quadruppel, que é Belgian Dark Strong Ale e elaborada com quatro tipos de malte, nobre cepa de levedura, lúpulos especiais e várias especiarias. Coloração marrom rubi, equilibrado amargor e espuma aveludada. Intenso aroma e sabor de malte, chocolate toffee, mel e frutas secas. Maturada em carvalho francês marinado com cachaça genuinamente mineira. Refermentada na garrafa com 11% de álcool. A Wäls Petroleum é uma Russian Imperial Stout. Produzida com diversos tipos de grãos escuros, corpo aveludado, licoroso e denso. Aromas complexos de chocolate belga, café, toffee e caramelo. Amargor equilibrado. Espuma de baixa formação e longa durabilidade. Maturada com cacau extrabruto e torrado. Receita desenvolvida pela cervejaria Dum, do Paraná. Tem 12% de álcool. A Wäls Brut é uma Bière Brut elaborada através do tradicional método champenoise. Complexa e delicada, é produzida com leveduras de champagne. Coloração dourada e translúcida, aromas que remetem ao vinho branco e notas cítricas. Perlage fino e duradouro. Sofisticada e sedutora, passa nove meses em maturação na nossa cave com temperatura e umidade controladas. Refermentada na garrafa, tem 11% de álcool. Saison de Caipira é uma Saison com 6,5% álcool. Elaborada com cana de açúcar em parceria com o mestre cervejeiro da Brooklyn Brewery NY, Garrett Oliver. Aromas frutados, notas terrosas, alta carbonatação, sabores que lembram o fundo do tacho de rapadura. Cerveja clara, coloração cobre, seca e refrescante. Refermentada na garrafa. www.wäls.com.br Rua Padre Leopoldo Mertens, 1460 Belo Horizonte (MG) Tel. (31) 3443.2811

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Zehn bier A cervejaria segue as tradições germânicas desde a fundação, em 2003. Produzidas com malte, lúpulo, fermento e água, sem adição de produtos químicos, as cervejas da casa são maturadas por 21 dias, não são filtradas, acentuando o aroma e sabor do malte. Todo o processo de fabricação é zelado pelo mestre-cervejeiro da casa, que é formado em Munique. O chope e as cervejas Zehn Bier são ideais para harmonizar com a gastronomia ou simplesmente apreciar em boa companhia. O chope é comercializado diretamente pela fábrica e as cervejas são distribuídas exclusivamente pela Cia Hemmer Ind. e Com. para todo o Brasil. Entre os produtos da marca estão: Chopp Chopp Pilsen, bebida da baixa fermentação, teor alcóolico de 4,6%, estilo German Style Pils. Tem coloração amarelo claro, ligeiramente turvo, não filtrado, maturado por 21 dias. Sabores de malte e lúpulo equilibrados. O representante do estilo mais consumido no mundo. Chopp Porter, igualmente de baixa fermentação, teor alcóolico de 5,6%, estilo Robust / Brown Porter, tem coloração marrom intenso, não filtrado, maturado por 21 dias. Produzido com três tipos de malte: pilsen, caramelo e torrado. O malte torrado transfere para a chopp os aromas de chocolate e de café. Segue o estilo originário da Inglaterra, onde ganhou esse nome por ser a preferida dos trabalhadores portuários londrinos, conhecidos como “Porters”.

A Weizen da casa é uma Ale, com teor alcoólico de 5,5%, uma German Weizen. É uma cerveja de trigo, dourada, tipicamente turva, pasteurizada, sem adição de produtos químicos e conservantes. Sabor e aroma suaves e frutados, com notas de banana e cravo. Espuma abundante e branca. É considerada “espumante” pelos alemães, que costumam bebê-la no café da manhã, especialmente no verão

Cerveja Cerveja Pilsen, bebida Lager, com teor alcoólico de 4,6%, estilo German Style Pils, coloração amarelo claro, ligeiramente turva, não filtrada, pasteurizada, sem adição de produtos químicos e conservantes. Sabores de malte e lúpulo equilibrados. Boa formação e estabilidade de espuma. Cerveja Pilsen Extra, igualmente uma Lager, com teor alcoólico de 5,6%, estilo Dortmunder Export. É dourada, não filtrada, pasteurizada, sem adição de produtos químicos e conservantes. Seu aroma e sabor revelam a maior presença de malte, características do estilo Export. Elaborada para atender apreciadores de uma cerveja de puro malte. Medalha de bronze no 1º Concurso Brasileiro de Cervejas de Blumenau, em 2013. Cerveja Heller Bock, Lager com teor alcoólico de 6,8%. O estilo é Maibock / Helles Bock. Tem coloração âmbar, não filtrada, pasteurizada, sem adição de produtos químicos e conservantes. Produzida a partir da combinação de 2 maltes especiais: Pilsen e Caramelo. Sabor encorpado, aroma marcante, paladar de malte caramelo e retrogosto de lúpulo. Boa formação de espuma com tonalidade âmbar. Produzida especialmente para a comemoração de 5 anos de fundação da Zehn Bier. É única do estilo no Brasil. Medalha de bronze no South Beer Cup, Blumenau em 2012. Medalha de prata na categoria nacional, ABRADEG, em 2011. Cerveja Weizen, bebida Ale, com teor alcoólico de 5,5%, trata-se de uma German Weizen. É uma cerveja de trigo, dourada, tipicamente turva, pasteurizada, sem adição de produtos químicos e conservantes. Sabor e aroma suaves e frutados, com notas de banana e cravo. Espuma abundante e branca. É considerada “espumante” pelos alemães, que costumam bebê-la no café da manhã, especialmente no verão. Cerveja Porter é uma Lager Escuro, com teor alcoólico de 5,6%. Tem por estilo Robust / Brown Porter. Coloração marrom intenso, não filtrada, pasteurizada, sem adição de produtos químicos e conservantes. Produzida com três tipos de malte: pilsen, caramelo e torrado. O malte torrado transfere para a cerveja os aromas de chocolate e de café. Forte formação e estabilidade de espuma. A equação perfeita entre os sabores doce e amargo, cremosa e robusta tipica do estilo. Premiada nacionalmente com a medalha de ouro na categoria nacional, ABRADEG, em 2011. www.zehnbier.com.br Benjamin Constant, 26, Bairro São Luiz, Brusque (SC) Tel. (47) 3351.6685

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O Beco das Garrafas Entre os anos 50 e 60, o Beco foi o cenário de reunião de músicos, poetas e boêmios cariocas. Ali se concentrou a nata da MPB e surgiram parcerias e composições inequecíveis da nossa música. Pelas boates do Beco das Garrafas passaram os grandes nomes da música brasileira da época, como Airto Moreira, Ronaldo Boscoli, Elis Regina, Sérgio Mendes, Lenny Andrade,Vinicius de Moraes e Tom Jobim. Nossa homenagem ao Beco com 320 rótulos de cervejas ícones no universo brasileiro, nos seus estilos mais diversos, lager, lambic, dunkel, bock, ale, porter, stout, ipa, weiss...

importadas

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Quem é Quem

‘Os Mestres−Cervejeiros’ Ópera em três atos, escrita e composta pelos artistas e empreendedores em sua busca eterna pelo aroma e sabor, combinando natureza com tecnologia

Herwig Gangl, proprietário da Krug Marcus Vinícius Faturi Dapper, mestre-cervejeiro da Baden Baden

Adam Broz, mestre-cervejeiro da Czechvar

Gerhard Beutling, mestrecervejeiro da Eisenbahn

Christian Dahncke, mestre-cervejeiro da Paulaner e Hacker-Pschorr

Charles Wells, proprietário da Wells & Young

Mateus José da Silva, proprietário e mestre-cervejeiro da Farol

Samuel Cavalcanti, proprietário da Bodebrown 144

Michel Moortgat, proprietário da Duvel

Herbert Schumacher, proprietário da Abadessa

Anthony Martin, proprietário da Anthony Martin


Thijs Thijssen e Monk Isaac, proprietários da La Trappe

Marcelo Carneiro da Rocha, proprietário da Colorado

Lodewijk Swinkels, mestre-cervejeiro da La Trappe

Carlos Bolzan, mestre-cervejeiro da Dado Bier

Jonathan Neame, em frente ao retrato de seu pai, o Sr. Robert Neame, proprietário da Shepherd Neame

Equipe de mestres-cervejeiros da Shepherd Neame

Peter Marianus Hauseder, mestre-cervejeiro da Stift Engelszell

Paula Lebbos, diretora de marketing da Backer

Micael Eckert e Rafael Rodrigues, proprietários da Coruja

Otávio Uchoa da Veiga Neto, proprietário da Karavelle

Eduardo Bier, proprietário da Dado Bier

Arlindo Guimarães, proprietário da Amazon

Caio Guimarães, beer sommelier da Amazon

Frank Pfeifer, mestre-cervejeiro da Weihenstephan cervejAria

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‘Os Mestres−Cervejeiros’

Severino Batista, mestre-cervejeiro da Mistura Clássica

Rodrigo Silveira, proprietário e mestrecervejeiro da Invicta

Marcelo Stein, proprietário da Paulistânia

Ivo e Antoine Bosteels, proprietários da Bosteels

Gabriel Di Martino e Mauricio Loureiro Machado, cervejeiros; Paulo Pedrinho Bartelmebs, mestre-cervejeiro da St. Gallen e Therezópolis

Gustavo Sanches e Mauricio Nogueira, proprietários da Göttlich Divina! e Diva

José Felipe e Tiago Carneiro, proprietários da Wäls

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José Carlos Zen, proprietário da Zehn Bier

Ricardo Bierbaum e Markus Bierbaum proprietários da Bierbaum

Stuart Cail, mestre-cervejeiro da Harviestoun

Curt Zastrow, mestre-cervejeiro da Zehn Bier

Itamar Rodrigo Zanini, mestre-cervejeiro da Bierbaum

Eduardo Krieger, proprietário da Bierland

Luiz Alexandre de Oliveira, o Xico, proprietário da Opa Bier

Paulo Bettiol, bier sommelier; Renato Bazzo, proprietário e Ilceu Dimer, mestre-cervejeiro da Dama Bier

Xavier Van Honsebrouck, proprietário da Van Honsebrouck

Marco Falcone, proprietário da Falke





9 788564 654068

ISBN 978-85-64654-06-8


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